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Coedicin: Ediciones Era/Universidad Autnoma de Nuevo Len/Universidad Autnoma de Sinaloa

Primera edicin: 2013 ISBN: 978-607-445-208-2 DR 2013, Ediciones Era, S.A. de C.V. Calle del Trabajo 31 , 14269 Mxico, D.F. Impreso y hecho en Mxico Printed and made in Mexico

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Para Mara Elena Parra, ms que hermana, amiga, compaera y cmplice ideal en la ruta de la vida

A la memoria de Daniel Sada, indiscutible maestro de maestros

n d i c e

E l c a m i n a n t e

1 1

M a l d a p a r a u n v e l o r i o

1 7

E n l a o r i l l a

3 2

L a c o s t u r e r a

4 2

l t i m o r o u n d

5 7

E l h o m b r e d e l c o s t a l

6 0

N u n c a h a b a o d o l a l e t r a

6 7

E l f e s t n d e l o s p u e r c o s

( H e r i b e r t o F r a s e n T o m c h i c , 1 8 9 2 )

7 7

P a r n t e s i s

8 6

U n d i e n t e s o b r e e l p a v i m e n t o

9 7

9

10

El despertar de la calle 107

No hay maana 113

Calor callado 120

Nadie 131

La madre del difunto 142

E l c a m i n a n t e

P e r o e n o c a s i o n e s c r e o q u e m i c e r e b r o m e e n g a a y n o e s v e r -

d a d q u e e n o t r a p o c a p e r m a n e c e n u n s o l o s i t i o : u n p u e b l o

l e j a n o l l e n o d e g e n t e c o n o c i d a . D e s e r a s , h e e s t a d o s i e m p r e e n

e l c a m i n o , e n m e d i o d e n i n g u n a p a r t e , e n t r e l a s s i l u e t a s f u g a -

c e s d e q u i e n e s , d e p r o n t o , d i r i g e n u n a m i r a d a i n d i f e r e n t e a m i

p a s o . N o i m p o r t a q u e l o s s u e o s m e h a b l e n d e u n a c a s a d e p i e -

d r a , u n s e m b r a d o y u n a r r o y o c a s i s e c o , o d e u n a m a d r e m u e r t a

p o c o a n t e s d e l a p a r t i d a d e s u n i c o h i j o , o d e u n p a d r e a p e -

n a s e n t r e v i s t o e n l o s p r i m e r o s p l i e g u e s d e l a n i e z , d e s a p a r e c i d o

m s t a r d e a l l e n d e l a f r o n t e r a , c o m o s e e s f u m a n l a s n u b e s t r a s l a s

m o n t a a s : p o r e l e m p u j e d e l v i e n t o .

C i e r t a s n o c h e s c l i d a s , b a j o l a s t e m b l o r o s a s c o n s t e l a c i o n e s ,

c o n s i g o a t i s b a r e n m i m e m o r i a - e n l o q u e r e s t a d e e l l a - u n r o s -

t r o c u y a s o n r i s a e s s i g n o d e a f e c t o . O t r a s n o c h e s m i s t m p a n o s

c r e e n p e r c i b i r e l e c o d e u n n o m b r e , a c a s o e l q u e l l e v e n u n a

e d a d r e m o t a , p r o n u n c i a d o c o n a n s i e d a d p o r l a b i o s d e m u j e r .

M a s e l r o c o d e l a s m a d r u g a d a s m e t r a e u n s a b o r d e l g r i m a s d e

d e s p e d i d a , y e n t o n c e s m e d a p o r r e i n v e n t a r u n a t a r d e e n q u e

o p t p o r d e j a r l a c a s a , e l p u e b l o , l a m e m o r i a f e l i z d e l o s p r i m e r o s

a o s , p a r a s e g u i r l a s p i s a d a s d e l a u t o r d e m i s d a s . E r a l a h o r a d e l

c r e p s c u l o y h a b a u n a j o v e n j u n t o a m e n l a s a l i d a d e l p u e b l o .

S . S u s b r a z o s a c o g e d o r e s s e a m o l d a b a n a m i e s p a l d a . S u c a l o r

m e d e c a q u d a t e , a q u s e r s f e l i z . P e r o y o n o p e n s a b a s i n o e n e l

s e n d e r o q u e s e e x t e n d a i n t e r m i n a b l e a n t e m i v i s t a .

E x i s t i r e s e l u g a r a l q u e a l g u n o s l l a m a n l a f r o n t e r a ? M e l o h e

p r e g u n t a d o p o r a o s , y s e l o p r e g u n t o a t o d o a q u e l c o n q u i e n

m e e n c u e n t r o . E n l o s i n i c i o s d e e s t e v i a j e , c u a n d o c a m i n a b a p o r

r i d o s l l a n o s y l a s m o n t a a s a p e n a s i n s i n u a b a n s u s c o n t o r n o s

e n l a l e j a n a , c o n f r e c u e n c i a m e r e b a s a b a n l a r g a s c a r a v a n a s c u -

y o s g u a s c o n f i a b a n e n a l c a n z a r m u y p r o n t o s u d e s t i n o . L u e g o ,

1 1

conforme transcurran los meses, stas se extinguieron y ya slo me topaba con algn caminante solitario como yo que me deca que los confines del pas no estaban lejos, que no perdiera la esperanza, que la riqueza me aguardaba al otro lado de un ro con dimensiones de lago, o una laguna con aspecto de mar, no recuerdo con exactitud. Riqueza?, me preguntaba yo al ver sus andrajos, su rostro cansado, su expresin hambrienta. Y me ale-jaba de l sin decir nada.

Durante su enfermedad, mi madre mencion una nacin de hbitos raros, ciudades de oro y dioses crueles, cuya lengua re-sulta incomprensible. Un reino, asegur, protegido por muros y ros anchsimos, con un ejrcito diestro en impedir la invasin de los brbaros de piel oscura. Al notar en mi semblante que no entenda sus palabras, aquella moribunda, mi madre, me explic con voz tierna, como si yo an fuera el infante que buscaba su re-gazo: Los brbaros somos nosotros, hijo. Y mi padre?, pregunt de inmediato. l es un brbaro tambin? Asinti con sus escasas fuerzas, y con sonrisa triste aadi que a pesar de la muralla, el agua y los soldados, desde tiempos antiguos muchos de los nues-tros traspasan el lmite con el fin de perderse en las ciudades ureas del pas ajeno.

Esta charla, que slo retengo en sueos, me da nimo para continuar unos meses, y la inercia los transforma en aos. Pero cuando el fro arrecia y convierte mis pies en dos pesadas pie-dras, cuando el sol se llena de odio y quema con furia tal que mi piel ennegrece en instantes, cuando los campesinos rehsan compartir conmigo el pan, o cuando la sed seca hasta mis ojos impidindome ver los escollos del camino, siento el impulso de abandonar la marcha, hablo conmigo y me digo es intil seguir, nunca encontrars lo que buscas, vuelve. Aunque, volver adn-de? Y golpeo mis sienes con los puos obligndome a recordar. Y grito. Increpo a las montaas y a los valles. Insulto a los desiertos que escuchan impasibles mis reclamos. Pateo el agua de los ros por haberme diluido la memoria. Y lloro. Cunto he sollozado de desesperacin, dolor, ira, mientras me repito que tal frontera no es sino una ilusin, una esperanza vana, un embuste creado

12

r q u i e n e s n e c e s i t a n t e n e r f e e n o t r o s m u n d o s , u n c u e n t o q u e

m a d r e s h a n i n v e n t a d o c o n o b j e t o d e e x p l i c a r a l o s h i j o s l a a u -

s e n c i a d e l o s p a d r e s . M a s e s t o s a r r e b a t o s p a s a n r p i d o y e l d e s e o

e r e t o r n o s e m e a p a g a , p u e s n o e n c u e n t r o e n m i i n t e r i o r l a s

r e f e r e n c i a s s u f i c i e n t e s p a r a s a b e r q u i n s o y y d e d n d e v e n g o .

E n o t r a p o c a l o s u p e , d e e s o n o h a y d u d a . P e r o h e a t r a v e s a d o

r a n t o s r o s q u e l a s e s c e n a s d e m i p a s a d o s e h a n i d o d e s l a v a n d o

a s t a p e r d e r e l c o l o r , l a n i t i d e z e n l o s t r a z o s , e l t i m b r e d e l a s

o c e s . A n t e s , c u a n d o t o d a v a e r a j o v e n y t r a n s i t a b a r e g i o n e s d e -

r t i c a s d o n d e l a l l u v i a y l a v e g e t a c i n c o n s t i t u a n u n a p r o m e s a

i n c u m p l i d a , l a n o s t a l g i a m o r t i f i c a b a m i a l m a p o r l a s n o c h e s y r e -

p a s a b a m i s r e c u e r d o s . Y a d o r m i d o , l o s s u e o s e r a n u n a d e l a n t o

d e l o s s i t i o s q u e p r o n t o v i s i t a r a , c o m o s i l a m e n t e l o s l a n z a r a d e

' - a n g u a r d i a a n t i c i p a n d o m i l l e g a d a . A s , v i v a e n e l p a s a d o y e l

f u t u r o a l a v e z . S i n e m b a r g o , d e s p u s d e c r u z a r a n a d o e l p r i m e r

r o d e a n c h o c a u c e a l g o s u c e d i d e n t r o d e m : p o r u n t i e m p o

r u v e l a s e n s a c i n d e c a m i n a r e n c r c u l o s , s i n a l e j a r m e d e l o r i g e n

y s i n a c e r c a r m e a l a m e t a . T a m b i n p e r d c a s i t o d o s m i s r e c u e r -

d o s , y l o s s u e o s e n l o q u e c i e r o n o c u p a n d o s u l u g a r . D e s d e e n -

t o n c e s s l o t u v e m e m o r i a a l d o r m i r , s i e m p r e e n i m g e n e s o c r e s ,

d i f u s a s , s u s u r r a n t e s . S o n r e c u e r d o s , o s i m p l e s r e s o n a n c i a s f a l s a s

d e l a p o c a e n q u e a n p o d a r e c o r d a r ? N o l o s . A u n q u e h a y

a l g u n a s d e e s a s i m g e n e s e n l a s q u e c r e o .

A n t e s d e e m p r e n d e r e l v i a j e f u i c o n l o s j v e n e s d e m i e d a d a l

b i l l a r d e l p u e b l o . E n t a n t o j u g b a m o s u n a p a r t i d a , l e s p r e g u n t

c u n t o h a b a d e c a m i n a r p a r a a l c a n z a r l a o r i l l a d e l p a s . S i n d e s -

p e g a r l o s l a b i o s , m e m i r a r o n c o m o s e m i r a a l o s l o c o s : c o n u n a

m e z c l a d e l s t i m a y r e p u l s i n . I n s i s t , y n i n g u n o q u i s o o s u p o r e s -

p o n d e r . B u s q u e n t o n c e s e n e l c a f a l o s v i e j o s s a b i o s y c a d a u n o

d e e l l o s e n s a y u n a r e s p u e s t a . A j u s t n d o s e l o s q u e v e d o s p a r a v e r

m e j o r l a l e j a n a , e l m a e s t r o d e l a e s c u e l a h a b l d e s e m a n a s d e

v i a j e a t r a v s d e d e s i e r t o s c a l c i n a n t e s y c u m b r e s e s c a r p a d a s . E l

a l c a l d e f r o t s u s c o r v a s r g i d a s y s u g i r i m e s e s d e a r d u a c a m i n a -

t a . E l s a c e r d o t e m u r m u r l a p a l a b r a a o s u n a y o t r a v e z , c o m o s i

s a l m o d i a r a u n a p l e g a r i a . S i n e m b a r g o , e l m s v i e j o d e t o d o s , d e

q u i e n s e a s e g u r a b a q u e h a b a g a s t a d o l a j u v e n t u d d e p a s e n p a s ,

1 3

me tom de los hombros, ech su aliento agrio encima de mi rostro, y mirndome desde sus acuosas pupilas me dijo que deba estar preparado para un periplo que durara toda mi existencia. Igual que el de tu padre; aunque t no dejas un hijo que despus vaya tras de ti. No he retenido bien el resto de sus palabras, pues en mis sueos su voz es apenas un susurro. Mencion un gran ro de aguas violentas, algo sobre la memoria, y extendi el brazo hacia el norte. Luego me dio la espalda y fue a descansar al lado de los otros ancianos.

No le cre. De haberlo hecho, jams habra partido. Pero hoy, despus de fatigar durante aos la tierra con las plantas de los pies, estoy seguro: el viejo sabio dijo verdad. Peor an: el camino no slo es infinito: es un ser vivo. Un dios iracundo que no suel-ta lo que engulle. Por eso los sedentarios que moran a su vera desconfan de l y se limitan a observar a los transentes como quien contempla la digestin del alimento a travs de un enreve-sado intestino. Un dios caprichoso. Cuando lo desea se ramifica, multiplicndose en veredas y senderos, para ms adelante reunir sus brazos de nuevo en uno solo, en zigzag a ratos, ahora recto, enseguida curvo, ascendente o descendente. Transforma el pai-saje a sus flancos segn su arbitrio: arena yerma del llano, selvas rumorosas, lomeros erizados de cactos y magueyes, valles lacus-tres, despeaderos, planicies y hondonadas. Y si se le agotan las opciones, inicia otra vez.

Cuando siento que avanzo por un paraje recorrido con an-terioridad, echo mano de toda mi concentracin para escrutar en torno mo los rboles, el ganado, las aves, las cabaas de los lugareos, las nubes, hasta convencerme. Nunca antes camin por aqu, me digo aliviado. En esas ocasiones incluso he pensado que mi destino est cerca, y creo vislumbrar adelante, a lo lejos, la figura de mi padre (no lo conoc, es cierto, mas imagino una traza semejante a la ma). Y entusiasmado desvo mis pasos y me acerco a alguna vivienda lleno de esperanza, aunque tambin con actitud suplicante, temeroso de no ser comprendido, mor-diendo la vergenza al presentir en los ojos de los extranjeros el asco que debe provocarles mi notoria barbarie. Pero en cuanto

14

r e p a r o e n s u p i e l o s c u r a y e s c u c h o c o n c l a r i d a d s u s p a l a b r a s d e

r e c h a z o , m e d o y c u e n t a d e q u e h a b l a n m i l e n g u a y c o m p r e n d o

q u e s i g o e n m i p a s . S u s v o c e s s u e n a n c o n u n t o n o d i f e r e n t e a l

d e l a m a t a n s l o p o r q u e s o m o s d e p u e b l o s d i s t a n t e s . D e c e p c i o -

n a d o , m e a l e j o f i n g i e n d o q u e n o l e s e n t i e n d o , o r e s p o n d o a s u s

a g r e s i o n e s c o n a l g n i n s u l t o a p r e n d i d o d e n i o , o y a d e a d u l t o

e n c u a l q u i e r r e g i n r e m o t a , y r e t o m o e l c a m i n o c o n l a s e g u r i d a d

d e e n c o n t r a r , e n m i s i g u i e n t e p a r a d a , p e r s o n a s c o r d i a l e s , c a r i t a -

t i v a s c o n u n p e r e g r i n o q u e v i e n e d e t a n l e j o s .

Y l a s p i e r n a s m e i m p u l s a n a c o n t i n u a r c o m o s i r e s p o n d i e r a n

a u n a v o l u n t a d a j e n a , s u p e r i o r . T a l v e z l a d e l c a m i n o m i s m o . Y o

o b e d e z c o , a u n q u e m i s z a n c a d a s s e a n m s l e r d a s c a d a d a , p o r q u e

d e u n t i e m p o a e s t a p a r t e h e e m p e z a d o a s e n t i r c a n s a n c i o . S e r

q u e e s t o y e n v e j e c i e n d o d e m a s i a d o r p i d o ? Q u l a c o n t i n u a p o s -

t e r g a c i n d e m i a r r i b o a l a f r o n t e r a p o r f i n a p l a s t l a s l t i m a s e s -

p e r a n z a s q u e h a b a e n m ? Q u i z . Y l a a u s e n c i a d e m e m o r i a q u e

o b n u b i l a m i e n t e n d i m i e n t o e s o t r o p e s o s o b r e l a e s p a l d a q u e e n -

t o r p e c e l a s e x t r e m i d a d e s . S i n r e m e m b r a n z a s n t i d a s e l p u e b l o ,

l a c a s a d e p i e d r a , l o s a n c i a n o s s a b i o s , m i m a d r e y a q u e l l a j o v e n

q u e f u e a r o g a r m e q u e n o m e f u e r a m e r e s u l t a n l e j a n o s e n e x t r e -

m o , p e r t e n e c i e n t e s a u n a p o c a n u n c a o c u r r i d a . N o p u e d o c r e e r

e n s u e x i s t e n c i a . D e l a d e m i p a d r e t a m b i n p o c o a p o c o h e c o -

m e n z a d o a d u d a r . H a d e s a p a r e c i d o d e m i h o r i z o n t e . D e s d e h a c e

s e m a n a s , o m e s e s , n a d i e m e v i s i t a p o r l a n o c h e . E n l u g a r d e l a s

i m g e n e s d e l s u e o , a l d o r m i r m e i n v a d e u n a a g i t a c i n i n t e n s a ,

a n g u s t i a n t e , v a c a .

N o l l e g a r n u n c a . L o s l a t i d o s s i n r i t m o d e l c o r a z n m e l o

a n u n c i a n s e g u n d o a s e g u n d o . S e g u i r a n d a n d o h a s t a e l l t i m o

i n s t a n t e , c u a n d o l a m u e r t e v e n g a a a r r e b a t a r m e d e l a s g a r r a s d e

e s t e s e n d e r o . P e r o a n t e s m i m e m o r i a q u e d a r t a n l i m p i a c o m o

l a s d u n a s d e l d e s i e r t o t r a s e l s o p l o d e l v i e n t o m a t u t i n o . L o s

p o r q u e y a s e h u e l e e n l a a t m s f e r a l a h u m e d a d d e l p r x i m o t o -

r r e n t e . A l l d e l a n t e s u s u p e r f i c i e e s p e j e a l o s r a y o s d e l s o l c o n u n

m u r m u l l o s o r d o q u e a p a g a t o d o s l o s s o n i d o s . N o p a r e c e m a r , n i

l a g u n a , n i r o , s i n o t a n s l o a g u a , m u c h a a g u a . A v a n z o d e c i d i d o

h a c i a e l l a m i e n t r a s m e v o y d e s p o j a n d o u n a v e z m s d e l a r o p a ,

1 5

de los pensamientos, de mi vida entera. Al otro lado se ve una pequea sucesin de cerros escarpados que alguien podra con-fundir con una muralla, sus rboles lucen enjutos, con el tronco desnudo de ramas y follaje, como lanzas altas. Entro al caudal y mis pies agradecen la frescura lquida. Antes de sumergirme di-rijo la vista al frente, distingo una franja de tierra ancha y serpen-teante que asciende entre dos de los cerros, y me embarga una alegra serena. Ahora lo s: cuando alcance la orilla opuesta, sin nada que me retenga en el pasado, encontrar sin problema el siguiente tramo del camino.

16

M a l d a p a r a u n v e l o r i o

. . . . e g u s t a c o n a l g o d e v i o l e n c i a , s e d i j o M a r c o s s i n p e n s a r l a s

p a l a b r a s p e r o s i n t i e n d o c o s q u i l l a s e n l a s y e m a s d e l o s d e d o s a l

~-e rla c a m i n a r p o r e l s a l n c o n u n a r r e g l o f l o r a l e n t r e l a s m a -

n o s . E l r e p i q u e t e o d e s u s t a c o n e s d e a g u j a e s t r e m e c i l a c a l m a

s o f o c p o r u n i n s t a n t e l o s s u s u r r o s d e q u i e n e s r e z a b a n , e n

t a n t o e l a i r e i n v e r n a l a b s o r b a u n p e r f u m e s a l v a j e , a g r e s i v o ,

q u e o c u l t d u r a n t e u n o s s e g u n d o s e l t u f o a c e r a b l a n d a y c a r -

n e c o r r u p t a i m p r e g n a d o e n l a s p a r e d e s . M a r c o s d u d s i e s e

a r o m a e r a d e l a s f l o r e s o d e l a m u j e r q u e s e m o v a s i n d e s c a n s o

d e u n l a d o a o t r o p a r a c o n v e r s a r c o n l o s p r e s e n t e s , a t e n d e r a

l o s r e c i n l l e g a d o s , d e s p e d i r a l o s q u e s e i b a n y s u p e r v i s a r e l

s e r v i c i o d e c a f , c o m o s i e n v e z d e u n f u n e r a l f u e r a u n a e x p o -

s i c i n , l l e n a n d o c a d a s i t i o c o n l a c a l i d e z d e s u p r e s e n c i a m i e n -

t r a s u n a s d i m i n u t a s g o t a s l e a p a r e c a n e n l a f r e n t e y e n c i m a d e l

l a b i o s u p e r i o r , i g u a l q u e c u a n d o s e a c e r c a b a a l o r g a s m o . C o n

v i o l e n c i a , s e r e p i t i M a r c o s . A u n q u e s i n e x a g e r a r . N a d a d e e x -

c e s o s : n a l g a d a s , a p r e t o n e s , m o r d i d a s y , e s o s , m u c h a f u e r z a e n

l a p e n e t r a c i n .

L a s c o s q u i l l a s d e l o s d e d o s e n c o n t r a r o n e c o e n l a p a r t e s u p e -

r i o r d e s u s m u s l o s y e m p r e n d a n u n a s c e n s o r p i d o , p e r o a l v e r

d e n u e v o a O f e l i a , e s t a v e z c o n d u c i e n d o a u n p a r d e a n c i a n o s

l a c r i m o s o s h a c i a e l f r e t r o p a r a q u e d~positaran s o b r e l u n a

c o r o n a , s e s i n t i a v e r g o n z a d o y s a c u d i l a c a b e z a e n u n i n t e n t o

p o r r e p r i m i r l o s r e c u e r d o s . N o l o c o n s e g u a . S e r e a c o m o d e n

e l a s i e n t o , m i r a l o s h o m b r e s a r r e b u j a d o s e n s u s a b r i g o s j u n t o

a l a s p a r e d e s r e c u b i e r t a s d e d u e l a , t r a t s i n x i t o d e i n t e r p r e t a r

l o s c o m e n t a r i o s e n v o z b a j a , y a l f i n s e p u s o e n p i e c o n o b j e t o d e

a c e r c a r s e a l c u e r p o d e L o r e n a p o r v e z p r i m e r a e s a n o c h e . H a b a

a v a n z a d o a p e n a s d o s p a s o s c u a n d o u n a d a m a g o r d a m s o m e -

n o s d e l a e d a d d e O f e l i a s e l e c r u z e n e l c a m i n o .

1 7

-Seor Del Fierro, qu pena -dijo en tanto le echaba encima un abrazo viscoso que lo devolvi de inmediato a la realidad- . Lo acompao en su dolor. Qu desgracia, una mujer tan joven, tan bella, quin lo iba a pensar. Y en un da como hoy .. .

Agradeci las condolencias y, con algo de esfuerzo, consigui desprenderse de las carnes de la dama para continuar su camino. Saba que todos estaban atentos a l, la presin de las miradas le-vantaba vibraciones en su nuca. Cerca del atad, a cuyos costados recitaban el ensimo rosario unas tas de Lorena que no recorda-ba haber conocido antes, se sinti de pronto inseguro, desprote-g_ido, y busc con la vista el apoyo de Ofelia. Ella reciba psames en la puerta de la capilla, por lo que Marcos respir fuerte, tens los msculos y se arrim adonde, a travs de la cubierta levanta-da, el cristal protector permita ver el rostro de su esposa muerta.

Los tcnicos de la funeraria la haban maquillado con destre-za; an conservaba la armona de rasgos que lo hizo prenderse de ella casi al mismo tiempo de conocerla. Pero su piel antes tersa luca endurecida, lisa, lo que le daba un aspecto de mani-qu. Qu rpido acta la maldita muerte, pens Marcos con la garganta cerrada y desvi la vista. Toc el vidrio en un ademn inconsciente mientras en el rincn resonaba un sollozo, acaso de una prima de la difunta conmovida con la escena. Por qu tuviste que irte as, sin que nos lo esperramos?, le pregunt en silencip. Ni tu madre ni tus tas ni nadie lo cree. Te das cuenta la pena que desataste? Aunque quiz exageran sus demostracio-nes de luto porque ninguno se va a quedar mucho rato. La fiesta los espera en casa y, mientras estn aqu por cumplir, con cara de circunstancia, slo piensan en la cena, en los regalos y en el vino. No los culpes, quin te manda morir en 24 de diciembre? Es mal da para un velorio ...

Un leve soplo de viento le provoc un escalofro justo cuando la recordaba una noche atrs, saliendo de la regadera mientras repasaba su list

p e q u e o s y f i r m e s , c o n p i e l d e g a l l i n a e n l o s b r a z o s a n t e s

e t e r s e b a j o l a s c o b i j a s . L a v i s i n d e s u m u j e r s e m i d e s n u d a

" 1 o l o r a l i m p i o d e s u c u e r p o l o e x c i t a r o n t a n t o q u e y a i b a a

~~ la t e l e v i s i n y a c e r c r s e l e , m a s e n c u a n t o e s t i r l a m a n o

r a t o m a r e l c o n t r o l r e m o t o e l l a a d i v i n s u s i n t e n c i o n e s y l o

: . . . . . i . j d i c i e n d o q u e n e c e s i t a b a d o r m i r s e t e m p r a n o p o r q u e n o

s e n t a b i e n , y q u e a d e m s a l d a s i g u i e n t e t e n d r a m u c h s i -

- c o s a s q u e c o m p r a r p a r a l a c e n a . L o r e n a e r a a s : b e l l a p e r o .

- - s t a n t e ; a r d i e n t e e n a p a r i e n c i a p e r o f r a e n l a i n t i m i d a d . S i n

. r r i e s g a r s e a i n s i s t i r p a r a q u e n o l o r e c h a z a r a d e m o d o a b i e r -

- - . Y i a r c o s r e g r e s l o s o j o s a l a p a n t a l l a , d o n d e s e e x h i b a u n a

l c u l a n a v i d e a , y a p a g l a l u z . S l o d e s p u s d e o r e l p r i m e r

~nquido a s u l a d o s e a t r e v i a p e n s a r e n l a s p a l a b r a s d e s u

a e g r a : N o s s i s t a s a l i a s u p a d r e o a l a f a m i l i a d e s u p a d r e ,

e d i j o l a p r i m e r a v e z q u e t o c a r o n e l t e m a . P o r q u e d e l o s m o s

? U e d e s e s t a r s e g u r o q u e n o s a c n a d a . N i c a r a , n i c u e r p o , n i

e m p e r a m e n t o . N o s o t r o s l o s S a n t i a g o s o m o s m s b i e n f e t o s , u n

p o c o m a l h e c h o s , p e r o e s o s , t r o p i c a l o n e s . E n c a m b i o a q u l l o s

o n u n o s f i g u r i n e s y l a s m u j e r e s p a r e c e n m o d e l o s , p o r l o m e n o s

m i e n t r a s l e s d u r a l a j u v e n t u d p o r q u e l u e g o s e v i e n e n a b < : Y q d e

u n d a p a r a o t r o c o m o e d i f i c i o s s i n c i m i e n t o s , p e r o m s f r o s

q u e u n a t u m b a , m u c h a c h o . N o t e p r e g u n t o q u l e v i s t e p o r q u e

l o s . P e r o y a q u e l a c o n o c a s , p o r q u t e f u i s t e a c a s a r c o n u n

t m p a n o c o m o m i h i j a ?

- S , p e n s M a r c o s c o n l a s p u p i l a s f~as e n e l r o s t r o r g i d o , e r a s

u n v e r d a d e r o t m p a n o , y a u n a s t e v o y a e x t r a a r . Y a t e e x t r a -

o . . . C a m i n u n o s p a s o s e n t o r n o a l a t a d l e y e n d o l a s t < p j e t a s

d e l a s c o r o n a s . N o c o n o c a a n a d i e d e q u i e n e s l a s f i r m a b a n .

L a m u e r t e d e L o r e n a h a b a s i d o d e m a s i a d o r e p e n t i n a , y M a r -

c o s a p e n a s t u v o t i e m p o d e l l a m a r a C i u d a d J u r e z a s u m a d r e

y h e r m a n o s , q u e l e d i e r o n e l p s a m e d e s d e l a r g a d i s t a n c i a y s e

d i s c u l p a r o n p o r n o a s i s t i r a l v e l o r i o e n e s a f e c h a . S o l i t a r i o y a n -

t i s o c i a l , e n s u s s e i s a o s d e m a t r i m o n i o n u n c a p r e s t a t e n c i n

a l o s f a m i l i a r e s d e s u m u j e r , m e n o s a l o s a m i g o s y c o n o c i d o s . S i

n o f u e r a p o r O f e l i a , r e c o n o c i , a h o r a m e e n c o n t r a r a e n t r e p u -

r o s r o s t r o s a n n i m o s , c o m o r e c i n l l e g a d o a u n a t i e r r a e x t r a a .

1 9

A sus compaeros de trabajo y a los dos o tres amigos con los que contaba en la ciudad ni les haba dicho. No tena caso. Slo alguno habra venido media hora para hacer acto de presencia y enseguida retirarse a cumplir con el compromiso de la cena familiar.

Sigui revisando las ofrendas hasta que su mirada top con el pequeo arreglo con el que haba visto entrar a Ofelia unos mi-nutos antes. No llevaba taijeta. Tampoco de sus flores se des-prenda el perfume que le haba desatado recuerdos lbricos. Era ella, se dijo mientras cerraba los ojos. Su aroma de hembra brotndole de todos los poros. Carajo, por qu ahora? Ofelia, Marcos lo recordaba bien, despeda aromas distintos segn su es-tado de nimo. Si la atacaba la furia, emanaba de ella un efluvio a almizcle ms o menos amargo; cuando se hallaba contenta, sus humbres eran infantiles, como los de un recin nacido; invadida por la tristeza, ola a talco o a leche, y si estaba excitada, su piel pareca evaporarse en una mezcla incisiva de flores silvestres, bri-sa marina y sangre fresca. Entonces su mirada se asemejaba a la de un depredador al acecho, su voz enronqueca y de su boca brotaban frases vulgares difciles de concebir en una seora de su edad. Marcos sinti una oleada de calor y al mismo tiempo una punzada de culpa en el pecho. Cmo puedo pensar estas cosas?, se reproch en tanto se acercaba a las rezanderas para que su letana alejara de l los malos pensamientos, mas no pudo evitar que su mente repitiera, en la voz vibrante de Ofelia, fra-ses como "ahora vas a ver cmo te exprimo hasta la ltima gota, hijo de la chingada", o "empuja con fuerza, cabrn, rmpeme!, qu?, no queras una puta?"

Mientras se dejaba envolver por la reiteracin del rosario un acceso de llanto se le ator en el pecho, aunque no consegua identificar el motivo real de su pesadumbre. No era dolor por el fallecimiento de su esposa. Ni el desconcierto que se le vino encima esa maana, cuando al tratar de despertarla la encontr fra e inmvil y se neg a aceptar su muerte hasta que se pre-sent el mdico quien, tras una breve revisin, dictamin que haba fallecido a causa de un infarto que "en una mujer de trein-

20 /

d o s a o s t e n d r a q u e s e r f a t a l p o r n e c e s i d a d " . T a m p o c o s e

-~oa a q u e e l r e p e n t i n o d e c e s o d e L o r e n a h u b i e r a a r r u i n a d o

s \ a c a c i o n e s d e f i n d e a o , p u e s n o h a b a h e c h o n i n g n p l a n .

:~:.monees?, s e p r e g u n t . E s n o m s e l c a m b i o d e v i d a a l q u e

e c o n d e n a s u m u e r t e ? E l v a c o q u e d e j a e n l a c a s a ? D e t u v o s u

e n s a r p a r a e x a m i n a r s e c o n a t e n c i n e n b u s c a d e l s e n t i m i e n t o

n e c t o , p e r o e l m i s m o p e r f u m e d e u n r a t o a t r s , m s i n t e n s o

E S t a v e z , l l e n e l a i r e e n t o r n o s u y o .

- L a a r r e g l a r o n b i e n , n o t e p a r e c e ? - O f e l i a s e h a l l a b a j u n t o a

: o b s e r v a n d o a L o r e n a - . E s t m u y g u a p a . H a s t a p a r e c e d o r m i d a .

E l s u d o r h a b a d e s a p a r e c i d o d e s u r o s t r o q u e , s i n e m b a r g o ,

_ _ n o t a b a a l g o e n c a r n a d o c o m o s i e x p e r i m e n t a r a u n a c o n s t a n t e

g i t a c i n i n t e r n a . M a r c o s p e r c i b i e l a u r a c l i d a d e s u c e r c a n a

~ l a p e s a d u m b r e q u e l o a b r u m a b a d i s m i n u y . C e r r l o s o j o s e n

r a n t o a s p i r a b a s u o l o r h a s t a s e n t i r q u e l a c a b e z a l a d a b a v u e l t a s .

L a r e c o r d d e s n u d a , r e t o r c i n d o s e e n s u s b r a z o s m i e n t r a s d e s u

g a r g a n t a e m e r g a u n g e m i d o l a r g o q u e c a s i s i e m p r e a c a b a b a p o r

r r a n s f o r m a r s e e n g r i t o . U n a s p a l p i t a c i o n e s r e p e t i d a s a p a r e c i e -

r o n e n t o n c e s e n s u s s i e n e s , y e s t u v o a p u n t o d e a l a r g a r e l b r a z o

p a r a e s t r e c h a r l a d e l a c i n t u r a , p e r o a b r i l o s o j o s y s e d i o c u e n t a

d e q u e e l l a c o n t i n u a b a c o n l a v i s t a f~a e n e l c a d v e r . S u s p u p i l a s

t e n a n u n b r i l l o d e h u m e d a d . A l r e s p i r a r s o l l o z a b a s i n r u i d o , y

s u p e c h o s e s a c u d a e n u n e s t r e m e c i m i e n t o c o n s t a n t e . L a d e j

d a r r i e n d a s u e l t a a s u d o l o r s i n d e c i r p a l a b r a . S l o c u a n d o a d -

\ i r t i q u e s u s r a s g o s s e c r i s p a b a n e n u n a m u e c a d e s u f r i m i e n t o

s e a t r e v i a a c a " i c i a r l e e l h o m b r o c o n l a m a n o . F u e u n c o n t a c t o

i n o c e n t e , p e r o a l l l e v a r l o a c a b o M a r c o s n o p u d o d e j a r d e p a l p a r

d e b a j o d e l s a c o l a s u a v i d a d d e l a c a r n e d e O f e l i a , l a r e d o n d e z d e

s u s f o r m a s . U n a c c e s o d e r e m o r d i m i e n t o l e a r a a b a e l e s t m a g o

y o p t p o r r e t i r a r s e d e e l l a , m a s e n e s e i n s t a n t e v o l v i a e s c u c h a r -

l a c o n u n t o n o l e j a n o , c a v e r n o s o .

- Y a q u e s t a m o s , u n i d o s p o r l a m u e r t e , e l v i u d o j o v e n y l a m a -

d r e d e l a d i f u n t a . S o l o s e n t r e t a n t a s p e r s o n a s .

- P o r l o m e n o s s a b e s q u i n e s v i n i e r o n - M a r c o s o a s u p r o p i a

v o z m o n o c o r d e y t e m b l o r o s a - . Y o n o c o n o z c o a n a d i e . N i s i q u i e -

r a s q u d e c i r l e s .

2 1

Ofelia gir la cabeza para mirarlo y en sus labios se traz una media sonrisa que, en ese momento, a l le record la de Lorena.

-No digas nada. Son ellos los que deben reconfortarte -su son-risa se volvi amplia al mirarlo de arriba a abajo-. Adems no tienes que preocuparte demasiado, alrededor de las diez se van a largar.

Se trataba de la misma mirada y la misma sonrisa, desafiantes, un tanto burlonas, con las que Ofelia lo haba atrado la primera ocasin, cinco aos antes, en su estudio de pintura. Marcos dio un paso atrs, murmur un ."necesito sentarme" y se alej del fretro para ocupar un asiento entre dos hombres tiesos que no emitan sonido. Recorri con la vista a los dems asistentes al ve-lorio sin verlos de verdad: su cerebro estaba ocupado con otras imgenes.

Desde que Lorena los present, entre los dos se haba estable-cido una hostilidad que volva tensos los encuentros previos a la ceremonia nupcial poniendo en aprietos a la novia, hasta que ella decidi hablar con cada uno para exigirles que realizaran un esfuerzo por tolerarse. Ambos lo prometieron. En adelante las visitas al departamento materno fueron ms cordiales, aunque bajo el barniz de la cortesa tanto Ofelia como Marcos seguan deslizndose comentarios mordaces y crticas veladas. A ella le disgustaba que su hija fuera a casarse con un hombre ocho aos mayor, oriundo de una ciudad lejana, con cultura y costumbres diferentes y, para colmo, dedicado a un trabajo casi de mecnico, pues era el administrador de una lnea de transportes. A l no lo acababa de convencer que la madre viuda de su novia fuera una pintora aficionada que viva en absoluta lib

e s u m a d r e y m a r i d o s o s t e n a n e n t u s i a s t a s c o n v e r s a c i o n e s .

e s p u s O f e l i a c o m e n z a v i s i t a r l o s e n s u n u e v a c a s a c o n e l f i n

e m o s t r a r l e s l a s e r i e q u e e s t a b a p i n t a n d o p a r a u n a e x p o s i c i n ,

r r a t d e a n i m a r l o s a q u e p o s a r a n p a r a e l l a p o r s e p a r a d o . l

s e n e g , p e r o a l c o n t e m p l a r l o s r a s g o s d e L o r e n a e n u n c u a d r o

m m q u e r e c o n o c e r l a c a l i d a d d e l a o b r a . U n o s m e s e s m s t a r d e ,

O f e l i a v o l v i a l a c a r g a . L e a s e g u r a b a a M a r c o s q u e s i n s u r e t r a t o

a s e r i e q u e d a r a i n c o m p l e t a , q u e n e c e s i t a b a a a l g u i e n c o n t i p o

n o r t e o , p u e s a s s u t r a b a j o p r e s e n t a r a v a r i e d a d . L l e g a b a a l a

c a s a c u a n d o L o r e n a a n n o h a b a s a l i d o d e l t r a b a j o e n l a a g e n -

c i a d e d i s e o y , t r a s h a c e r l o r e r c o n a l g u n a a n c d o t a d e s u s c o -

n o c i d o s , l e e n u m e r a b a l a s v i r t u d e s f s i c a s q u e p o s e a u n h o m b r e

c o m o l , i n s i s t i e n d o e n l o a f o r t u n a d a q u e s e r a s i l e p e r m i t i e r a

p l a s m a r l a s e n u n l i e n z o . Y c u a n d o L o r e n a a p a r e c a , s e s u m a b a a

l o s e x h o r t o s d e s u m a d r e . P o r f i n M a r c o s a c e p t i r a l e s t u d i o d e

O f e l i a u n s b a d o p o r l a m a a n a .

E r a u n a m p l i o c u a r t o e n l a a z o t e a d e l e d i f i c i o d o n d e e l l a t e -

n a s u d e p a r t a m e n t o , c o n u n n i c o m u r o d e l a d r i l l o y l o s d e m s ,

i n c l u i d o e l t e c h o , d e u n c r i s t a l r e f o r z a d o q u e d e j a b a p a s a r l a l u z

n a t u r a l c a s i a c u a l q u i e r h o r a d e l d a . A p e n a s a t r a v e s l a p u e r t a ,

M a r c o s s e s i n t i u n p o c o m a r e a d o a c a u s a d e l c a l o r y d e l o s o l o -

r e s a p i n t u r a y o t r a s s u s t a n c i a s q u e s e u t i l i z a b a n c o m o s o l v e n t e s .

S u s u e g r a e s t a b a v e s t i d a c o n t e n i s v i e j o s y u n o v e r o l o s c u r o l l e n o

d e m a n c h a s d e t o d o s c o l o r e s q u e , a u n q u e h o l g a d o , e n c i e r t a s

p o s i c i o n e s d e j a b a a d i v i n a r q u e n o t r a a o t r a r o p a d e b a j o . L o h i z o

s e n t a r s e e n u n b a n c o m i e n t r a s e l l a m a n i p u l a b a l o s p i n c e l e s s o -

b r e e l l i e n z o . l n u n c a l a h a b a v i s t o t a n s e r i a , c o n c e n t r a d a e n

s u t r a b a j o y , a u n q u e q u i z y a l o h a b a p e n s a d o , e n e s o s i n s t a n -

t e s d e c i d i q u e O f e l i a e r a u n a s e o r a m u y a t r a c t i v a . U n a m u j e r

d i s t i n t a , s e d i j o . A l g o e x t r a a , s , a u n q u e b a s t a n t e s e n s u a l . E l l a

s l o a b a n d o n a b a s u p u e s t o d e t r s d e l c a b a l l e t e p a r a a c e r c a r s e a

l y a c o m o d a r l o e n l a p o s e d e s e a d a , t o m n d o l e l a c a b e z a e n t r e

l a s m a n o s . C u a n d o e l l o o c u r r a , M a r c o s l a o b s e r v a b a d e c e r c a

a s p i r a n d o , b a j o e l o l o r a p i n t u r a , e s e a r o m a s u a v e p e r o p e n e t r a n -

t e q u e l e p r o v o c a b a u n a i n t e n s a a g i t a c i n i n t e r n a . E l r o s t r o d e

O f e l i a n o e r a " f e t o " , s e g n e l l a m i s m a d e c a , s i n o i n t e r e s a n t e ,

2 3

como el de las actrices que al madurar, si bien pierden lozana y frescura, ganan expresividad y actitud. Y aunque se conservaba delgada, sus hombros, pechos y caderas eran rotundos y con-sistentes. En una de las ocasiones en que ella se alej de la tela para redefinir su postura, Marcos advirti que se haba bajado el cierre del overol dejando visible el nacimiento de los senos por donde resbalaban algunas gotas de sudor. La vio a la cara y, por su sonrisa, supo que ella se haba dado cuenta de sus miradas fur-tivas. Nada dijeron en ese instante, pero l sinti que las manos de Ofelia ya no manipulaban su cabeza: la acariciaban. El pulso se le aceler y un temblor pasajero recorri su mejilla derecha, como siempre que se excitaba. Ella regres al lado del caballete y desde ah lo contempl con intensidad.

- Tienes muy buena figura, Marcos - su voz brot en un suspiro nervioso-. Me dan ganas de pintarte desnudo.

Las cosquillas en las yemas de sus dedos aparecieron en forma instantnea. No saba si indignarse ante semejante insinuacin de la madre de su esposa, echarse a rer tomndolo a broma o sa-lir rpido de ah. Iba a decir algo, mas guard silencio seguro de que si hablaba sera con tartamudeos. Los ojos de Ofelia estaban f~os en los suyos, y slo se desviaban para recorrerle el cuerpo, centrndose en la bragueta que comenzaba a ganar volumen. Ella haba adoptado una expresin de lujuria alegre y conteni-da, aunque en algn momento se mordisque el labio inferior. Marcos hizo acopio de la poca resistencia que le quedaba para responderle "ests loca", pero abri la boca y sus palabras fueron otras.

- No acostumbro a desnudarme frente a una mujer vestida. Al reconocer lo que haba dicho ya se hallaba caminando con

paso incierto hacia Ofelia, quien lo esperaba sonriente y serena. Aunque le era imposible razonar, en su interior bullan emocio-nes encontradas de ternura y rechazo, ira y deseo. No la bes, ni la toc. Busc con los dedos el cierre de su overol y lo baj de un golpe viendo cmo los senos primero, y enseguida el torso desnudo, se desprendan de la prenda que resbalaba hasta los tobillos. Marcos contempl durante unos segundos el pubis, ms

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p o b l a d o d e v e l l o q u e e l d e L o r e n a , p e r c i b i q u e a h s e c o n c e n -

t r a b a e s e a r o m a q u e t a n t o l o p e r t u r b a b a y s i n t i q u e s u f a l o s e

e r g u a . E n t o n c e s e m p u j a O f e l i a d e l o s h o m b r o s o b l i g n d o l a a

p o n e r s e d e r o d i l l a s , s e a b r i l a b r a g u e t a y e x t r a j o e l m i e m b r o .

E l l a a d e l a n t l a n a r i z , l o o l i s q u e u n p o c o y a b r i l a b o c a c o n

u n g e m i d o .

- M a r c o s , e l s e o r G u t i r r e z y s u e s p o s a s e r e t i r a n . Q u i e r e n

d e s p e d i r s e d e t i - O f e l i a l o v e a c o n g e s t o s e v e r o , c o m o s i l o h u -

b i e r a s o r p r e n d i d o d u r m i e n d o - . l e r a e l j e f e d e L o r e n a e n l a

a g e n c i a .

L a a c o m p a a l a e n t r a d a d e l a c a p i l l a d o n d e d e n u e v o r e c i -

b i l a s c o n d o l e n c i a s , n o s l o d e l m a t r i m o n i o G u t i r r e z , s i n o d e

v a r i o s f a m i l i a r e s d e L o r e n a c u y a p r i s a p o r s a l i r d e l a f u n e r a r i a

e r a e v i d e n t e . T o d o s r e p e t a n l o m i s m o s o b r e l a d e s g r a c i a q u e

s i g n i f i c a b a p e r d e r a u n a e s p o s a t a n j o v e n y g u a p a , h a s t a q u e e s a s

p a l a b r a s p e r d i e r o n s u s i g n i f i c a d o p a r a M a r c o s , q u i e n s e g u a s i n

e n t e n d e r l a c a u s a p o r l a q u e s e s e n t a a b r u m a d o . S e r p o r q u e

n u n c a t u v e o c a s i n d e d e s c a r g a r m i c u l p a ? , v o l v i a c u e s t i o n a r -

s e m i e n t r a s c o n c a r a d e t r i s t e z a e s c u c h a b a e n s i l e n c i o f r a s e s d e

p s a m e q u e l e p a r e c a n s a c a d a s d e u n m a n u a l . O f e l i a d a b a l a s

g r a c i a s a l a g e n t e p o r h a b e r v e n i d o , a b r a z a b a a l o s h o m b r e s , u n a

s u s l a b i o s a l a s m e j i l l a s d e l a s m u j e r e s y l u e g o , t o m n d o l o a l

d e l b r a z o , e s p e r a b a a q u e s e d e s p i d i e r a n l o s s i g u i e n t e s , d i c i n -

d o l e d e q u i n e s s e t r a t a b a y c u l e r a s u r e l a c i n c o n L o r e n a . L e

h a b l a b a e n v o z b a j a y a l o d o . M a r c o s n o e s c u c h a b a s u s p a l a b r a s ;

t a n s l o s e n t a e l c h o r r o d e a l i e n t o c a l i e n t e c o m o s i f u e r a l a l e n -

g u a d e O f e l i a e x p l o r a n d o s u i n t e r i o r . S e e s t r e m e c i , y e l l a p a r e -

c i d a r s e c u e n t a p o r q u e d e n u e v o l e d i r i g i u n a m e d i a s o n r i s a ,

a c o m p a a d a e s t a v e z c o n u n a m i r a d a i r n i c a . S a b e q u e m e p o n e

n e r v i o s o y e s o l a d i v i e r t e , a l c a n z a p e n s a r a n t e s d e s o l t a r s e d e s u

s u e g r a p a r a i r d e n u e v o a l i n t e r i o r d e l s a l n .

L o s a s i e n t o s v a c o s y e l d e s c e n s o d e l a t e m p e r a t u r a l e i n d i c a -

r o n l o a v a n z a d o d e l a h o r a e i m a g i n a l o s a s i s t e n t e s a l v e l o r i o

a r r i b a n d o a s u s c a s a s a d o r n a d a s c o n l u c e s i n t e r m i t e n t e s , m o n i -

g o t e s n a v i d e o s y p i n o s l l e n o s d e e s f e r a s d e c o l o r e s r o d e a d o s d e

r e g a l o s . A u n q u e a n c u s t o d i a b a n e l f r e t r o a l g u n a s d e l a s t a s

2 5

solteronas de su mujer, calcul que no tardaran en irse tambin, pues el fervor en los rezos comenzaba a decrecer. Ocup un lu-gar cerca de ellas, casi de espaldas a la entrada de la capilla. No quera ver a Ofelia hacindole seas para que la acompaara. Fij la vista en la caja mientras trataba de localizar, en su fuero interno, algn rastro de dolor sincero por su prdida. Record a Lorena en sus momentos felices: en su luna de miel en Cancn, en las celebraciones por los ascensos de ambos en sus respectivos trabajos, en las cenas de cumpleaos, cuando hacan planes para el futuro, cuando sentan que se amaban ms que nunca. Pero en cada uno de esos recuerdos surga algn detalle frustrante que terminaba por echarlo a perder, un comentario crtico de su esposa, sus gestos de indiferencia, sus ademanes de rechazo. No, suspir Marcos en silencio, no hay dolor. Por ms que lo busco, lo nico que encuentro en m es algo de culpa por haberla enga-ado de ese modo. Y sin que pudiera evitarlo, volvi a escuchar en la mente las palabras de su suegra: Por qu te fuiste a casar con un tmpano como mi hija?

Desde aquella maana de sbado en el estudio de pintura, Marcos comenz a visitar a Ofelia con cualquier pretexto. Si Lorena deba darle un recado, l se ofreca a llevrselo; aban-donaba la oficina en hor:as hbiles por lo menos tres veces por semana, y en ocasiones hasta algn domingo consegua separar-se de su esposa una o dos horas para verla. La culpa que lo haba atenazado al principio pronto pas a segundo plano, amortigua-da por la fascinante sensacin de estar inmerso en algo parecido al incesto, por la certeza de que con ello se desquitaba de los constantes desaires de Lorena y por la lujuria sin lmites de Ofe-lia, quien con sus habilidades lbricas saba borrar de la mente de Marcos cualquier pensamiento negativo. Se encontraban en el departamento de ella o en el estudio, donde la ausencia de mobiliario converta sus encuentros en lances gimnsticos que la mujer sorteaba con una flexibilidad increble. Ella no tena prejuicios ni ideas preconcebidas respecto al sexo, como Lorena, y por lo tanto era incapaz de negarle nada. Se arrastraba desnu-da por el piso, embadurnaba su piel con pintura, se acomodaba

26

r

s p o s i c i o n e s q u e M a r c o s s u g e r a , n u n c a m o s t r a b a c a n s a n -

. a b u r r i m i e n t o y s e e n t u s i a s m a b a c o n l a s e x t r a v a g a n c i a s . L e

t a b a h a b l a r m i e n t r a s l l a p e n e t r a b a , y s u l e n g u a j e s e v o l v a

- r : m s e x p l c i t o c o n f o r m e c r e c a s u e x c i t a c i n . " A h , c o n q u e

o r a q u i e r e s r e v e n t a r m e e l c u l o , p i n c h e d e g e n e r a d o ? " , f u e s u

, o u e s t a l a p r i m e r a v e z q u e M a r c o s l a v o l t e p a r a h u n d i r l e , e l

~mbro p o r d e t r s . " n d a l e , t e v o y a d a r g u s t o n o m s p o r q u e

q u e e n t u c a s a t e l o n i e g a n , c a b r n " , y n o s l o s e l o p e r m i t i ,

- o h i z o u n e s f u e r z o p a r a q u e l e r e s u l t a r a i n o l v i d a b l e a p r e t a n d o

v e z m s s u s m s c u l o s i n t e r i o r e s y r e a l i z a n d o e l l a t o d o s l o s

m i m i e n t o s . L o d e j a b a s i e m p r e e x h a u s t o , c o n t e n t o y c o n g a n a s

e v e r l a d e n u e v o l o m s p r o n t o p o s i b l e . Y a l c o n d u c i r s u a u t o a

c a s a , M a r c o s s e g u a e s c u c h a n d o e s a s p a l a b r a s q u e t a n t o l o c a l e n -

2 b a n , a l g r a d o d e q u e e s t a b a a p u n t o d e d a r m e d i a v u e l t a p a r a

: - e g r e s a r j u n t o a O f e l i a : " Q u i e r e s o t r a m a m a d i t a ? T e q u e d a u n

p o c o d e l e c h e t o d a v a , m h i j o ? " S i n e m b a r g o , c u a n d o a b r a l a

p u e r t a d e l a r e c m a r a y v e a a L o r e n a d o r m i d a o v i e n d o l a t e l e v _ i -

s i n , l o s r e m o r d i m i e n t o s l o a c e c h a b a n y l a s p r o m e s a s d e " n u n c a

m s " c o m e n z a b a n a r o n d a r s u c e r e b r o , h a s t a e l m o m e n t o e n q u e

d e c i d a i r a v e r d e n u e v o a s u s u e g r a .

L a r e l a c i n c l a n d e s t i n a c o n t i n u a s p o r c u a t r o a o s . N o s e

h a b r a n d e t e n i d o , s i n o e s p o r q u e L o r e n a c a s i l o s d e s c u b r i e n

d o s o c a s i o n e s . L a p r i m e r a a l l l e g a r d e r e p e n t e a v e r a s u m a d r e

u n m i r c o l e s p o r l a m a a n a , c u a n d o l o s a m a n t e s r e t o z a b a n e n

e l p i s o d e l e s t u d i o , a m b o s c o n e l c u e r p o c u b i e r t o d e m e r m e l a d a .

O f e l i a a l c a n z a e s c u c h a r e l t i m b r e y , e n t a n t o M a r c o s s e o c u l t a -

b a d e t r s d e u n o s c u a d r o s a r r u m b a d o s c o n t r a l a p a r e d , a p e n a s

t u v o t i e m p o d e m e t e r s e e n e l o v e r o l p a r a e n c o n t r a r e n l a s escal~

r a s a s u h i j a , q u i e n y a s u b a a l n o h a b e r o b t e n i d o r e s p u e s t a e n e l

d e p a r t a m e n t o . L a s e g u n d a f u e durant~ u n a v i s i t a d e l a s u e g r a e n

c a s a d e e l l o s : L o r e n a h a b a i d o a r e c o s t a r s e u n r a t o a r g u m e n t a n -

d o q u e e s t a b a c a n s a d a , y M a r c o s o b l i g a O f e l i a a e n t r a r e n u n

c l s e t , d o n d e t r a s a r r i n c o n a r l a l e a l z l a f a l d a d e l t r a j e s a s t r e , l e

b a j l a s p a n t i m e d i a s y l a s b r a g a s , y l a h i z o d a r s e v u e l t a p a r a s o d o -

m i z a r l a e n s i l e n c i o c o n l a d e s e s p e r a c i n d e u n a d o l e s c e n t e , e n

l a o s c u r i d a d y b a j o s u p r o p i o t e c h o , l o q u e p a r a l c o n s t i t u a u n a

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verdadera novedad. Apenas terminaba de vaciarse en el recto de su amante, los dos oyeron los pasos de Lorena buscndolos en la sala y en el comedor; cuando sali a revisar el jardn, Marcos aprovech para correr hacia un bao, mientras Ofelia, acomo-dndose la ropa, se acost en el cuarto de huspedes y fingi que dorma una siesta. Una semana ms tarde, Marcos, vencido por la culpa y el miedo, le propuso a Ofelia que no se vieran ya de ese modo. Ella, sonriendo con su cinismo habitual, no tuvo otro remedio que aceptar.

-Seor Del Fierro - dijo de pronto la gorda de haca un rato, que ahora se hallaba frente a l-, quiero repetirle lo consterna-da que estoy por su prdida. Ya debo marcharme, pero quera decrselo otra vez.

Marcos permaneci sentado con el fin de evitar un nuevo abra-zo, y dio las gracias con una sonrisa muda y triste que la dama interpret como una muestra de su abatimiento. Despus cruz en la puerta unas palabras de despedida con Ofelia, mientras lo miraba an con aspecto compungido. Las tas rezanderas de Lorena ya no estaban de rodillas, sino de pie, abotonando sus abrigos y enredndose bufandas en el cuello para enfrentar en la calle el fro de diciembre. Mientras los ltimos dolientes se pre-paraban para retirarse, el fretro luca cada vez ms abandonado en medio del saln. En unos minutos vamos a estar de nueva cuenta solos, se dijo Marcos y sinti el escozor de la angustia. Dos hombres se acercaron a despedirse de l estrechndole la mano, aunque no pudo ni verles la cara. "Murdeme", le deca Ofelia en el recuerdo, "aprieta con fuerza esos dientes, o qu? Tienes miedo de arrancarme el pezn? Murdelo ya! No sabes cmo lo disfruto!" Una anciana algo encorvada por los aos aprove-ch su escasa estatura para estrecharlo en sus brazos en seal de adis, y el contacto hizo ver a Marcos el rostro de Ofelia conges-tionado de placer, con los ojos vidriosos y sudando. "No te vengas todava", suplicaba, "esprame, vamos a acabar juntos, mi amor." Ofelia debajo de l, jadeando y con el pecho enrojecido, los pezo-nes erectos y las piernas aprisionndolo por la cintura. Ofelia en cuatro patas, abrindose las nalgas con ambas manos para que

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c o s c o n t e m p l a r a a p l a c e r s u s o r i f i c i o s . O f e l i a c h u p a n d o g o l o -

f a l o h a s t a d e j a r l o f l c i d o y v a c o . O f e l i a d e s n u d a , d e j n d o -

t e m p l a r d e s d e t o d o s l o s n g u l o s . O f e l i a a p u n t o d e s a l t a r

e l , a c e r c n d o s e a g a t a s c o n g e s t o c n i c o y e x p r e s i n f i e r a

r r a s d e c a : " L o q u e t e v o y a h a c e r h o y n o l o e s p e r e s n u n c a

m n t a d e m i h i j a " .

-~o p u d o a g u a n t a r l a a c e l e r a c i n d e s u s l a t i d o s y , l u e g o d e o r

- c o n d o l e n c i a s d e u n h o m b r e j o v e n , c o m p a e r o d e t r a b a j o d e

r e n a , s e i r g u i c a s i d e u n s a l t o y a v a n z h a c i a e l a t a d . R e s p i r a -

c o n d i f i c u l t a d , e n j a d e o s e n t r e c o r t a d o s . L a c u l p a c o n s u e s p o -

u e r t a l o h a c a s u d a r a p e s a r d e l f r o , e m p a p n d o l e l a s a x i l a s

e l c u e l l o d e l a c a m i s a . T e n g o q u e p e d i r l e p e r d n , p e n s a b a . S ,

e s d e m a s i a d o t a r d e . A l l l e g a r j u n t o a l a c u b i e r t a l e v a n t a d a

: - . i r t i q u e l o s l a b i o s d e l c a d v e r s e h a b a n s e p a r a d o y d e j a b a n

r u n t r o z o d e l e n g u a g r i s c e a , c a r e n t e d e c o l o r ; e n u n r a t o m s

-~ndran q u e s u j e t a r l e l a q u i j a d a c o n u n p a u e l o . L o s p r p a d o s

q u i l l a d o s d a b a n u n a s p e c t o d e c a r t n humedeci~o, y t e n a

g r u m o s d e r m e l e n t r e l a s p e s t a a s . L a n a r i z , a f i l a d a e n e x c e s o

? O r l a m u e r t e , p a r e c a u n a c u c h i l l a h u n d i d a e n m e d i o d e l r o s -

o . Y n o p u d o v e r l a m s p o r q u e l a s l g r i m a s l e n u b l a r o n l a v i s t a .

P e r d n a m e , m i _ a m o r , d i j o e n s i l e n c i o . P e r d n a m e , e n v e r d a d

e s t o y a r r e p e n t i d o . N o s o p o r t o l a i d e a d e h a b e r t e t r a i c i o n a d o . . .

c o n e l l a . C o n f o r m e f o r m u l a b a e n l a m e n t e l a s p a l a b r a s , u n a e n -

g a o s a s e n s a c i n d e a l i v i o l e a h u y e n t a b a l a a n g u s t i a d e l p e c h o , y

c o n t i n u r e p i t i e n d o l a s m i s m a s f r a s e s c o m o s i s e t r a t a r a d e u n a

l e t a n a , d e l a o r a c i n c o n l a q u e i m p l o r a b a e l e t e r n o d e s c a n s o

d e l e s p r i t u d e s u e s p o s a , d e s u d e s p e d i d a d e f i n i t i v a .

P e r o L o r e n a y a n o s e e n c o n t r a b a a h . L o s u p o a l v o l v e r a f i -

j a r s e e n s u c u e l l o , q u e l u c a c o m o t a l l a d o e n m a d e r a b u r d a , y s u

p e c h o c o m o u n a m a s i j o l a c i o q u e n o a l c a n z a b a a l e v a n t a r l a t e l a

d e l a b l u s a . M a r c o s s e a g a c h e n t o n c e s s o b r e e l c r i s t a l y l a c o n -

t e m p l d e c e r c a . N o , a q u l l a n o e r a s u m u j e r . N a d a d e L o r e n a

q u e d a b a e n e s e b u l t o d e c a r n e y e r t a q u e e n c u e s t i n d e h o r a s

e m p e z a r a a d e s c o m p o n e r s e . E s e d e s c u b r i m i e n t o l o h i z o t a m -

b l e a r s e , s i n t i q u e l a s f u e r z a s l o a b a n d o n a b a n y s e a g a r r d e l

a t a d p a r a n o c a e r . E s c u c h l o s p a s o s d e l o s l t i m o s e n i r s e , q u e

2 9

no se haban atrevido a importunarlo con la despedida, mientras realizaba ejercicios de respiracin con el fin de controlar la debi-lidad de sus miembros y la nusea. Cuando el malestar pas por fin, se dio cuenta de que la capilla se hallaba en completo silen-cio, sin murmullos ni rezos. Mir a su alrededor y slo encontr sillas vacas, vasos de cartn abandonados en los rincones y coro-nas de muerto. Ni siquiera Ofelia estaba en la puerta como haca unos momentos. Ofelia, se dijo. Se habr ido con los dems? Mas la sola mencin de su nombre le despert un rumor interno que estimulaba su memoria, bombardendolo con escenas del pasado, y volvi a acercarse al rostro de Lorena para acallado.

Ya se fueron todos, mi amor, pensaba. Tus tas, tus primos, tus compaeros de la agencia. Tu madre. Te fuiste t tambin. No hay nadie en esta caja a quien pedirle perdn por mis errores. Se llev las manos al rostro y lo tall con fuerza. No me queda otro remedio que asimilarlos y vivir con ells, pens en tanto lo inva-da una extraa sensacin de ligereza, como si el peso que car-gaba se hubiera desvanecido en pocos segundos. Vivir con ellos, se repiti y una sonrisa, la primera desde que haba encontrado a su esposa muerta, se le dibuj en los labios. Entonces, libre ya de cualquier atadura, dej que los recuerdos de sus encuentros furtivos con Ofelia le llenaran el cerebro mientras caminaba has-ta un extremo del saln y tomaba una de las sillas para llevarla cerca del fretro. "Hoy no te voy a dejar ir sino hasta que te ven-gas tres veces por lo menos", le h~ba dicho ella en una ocasin, "una en cada uno de mis agujeros." Al arrastrarla, las patas de la silla produjeron un rechinido que retumb en la soledad de la capilla. "Por favor, por lo que ms quieras, maldito, mtemela porque me estoy quemando." Tom asiento sin dejar de sonrer, en tanto vea en su memoria la cintura, la espalda y la nuca de Ofelia cimbrndose ante sus embestidas, cubrindose de sudor y esparciendo en el aire ese aroma penetrante que lo haca perder el juicio. Un cosquilleo intenso se apoder de toda su piel, y llev la mano a su entrepierna para apretarla con cierta urgencia, al tiempo que cerraba los prpados y alzaba el rostro en busca de ese olor cada vez menos tangible en el recuerdo y ms consisten-

30

- ~--: l a r e a l i d a d . O y p a s o s l e j a n o s q u e s e a p r o x i m a b a n , s u b a n

o n e s , r e c o r r a n u n p a s i l l o . Z a p a t o s d e t a c n d e a g u j a . M a r -

e m p u s u m i e m b r o s o b r e l a b r a g u e t a y d e s u e s p i n a d o r s a l

e r o n d i s p a r a d a s m i l e s d e p e q u e a s f l e c h a s h a c i a s u s t e r m i n a -

e s n e r v i o s a s . C u a n d o e l o l o r d e O f e l i a l o e n v o l v a o t r a v e z

~completo, s u p o q u e e s t a b a l i s t o .

- _ \ s , v a c o , e s t e l u g a r s e p a r e c e a m i e s t u d i o - d i j o e l l a c e r r a n -

p u e r t a p o r d e n t r o .

_~o Y o l t e a v e r l a . E s c u c h s u s p a l a b r a s y e l r u i d o d e l a c e r r a -

- e l t a c o n e o q u e a t r a v e s a b a e l s a l n y e l r o c e d e l a r o p a . M a r -

~ s e d e s a b o t o n e l s a c o y a f l o j l a c o r b a t a c o n l a m a n o q u e n o

r i m a e l f a l o . L o s t a c o n e s e n m u d e c i e r o n p a r a d a r p a s o a l s o -

o d e u n o s p i e s d e s c a l z o s a v a n z a n d o h a c i a e l a t a d . E n t o n c e s

i o : a d e m s d e l o s z a p a t o s , O f e l i a s e h a b a d e s h e c h o d e l s a c o

s u t r a j e s a s t r e y s u b l u s a a h o r a m o s t r a b a u n e s c o t e a m p l i o . S e

e r c a l a c u b i e r t a l e v a n t a d a , s u s r a s g o s s e c o n t r a j e r o n e n u n

: s c S t o d e d i s g u s t o , s u s u r r " E s t o y a n o e s m i h i j a " y c e r r l a c a j a d e

u n g o l p e . D e s p u s s e v o l v i h a c i a l , l o r e c o r r i c o n l a m i r a d a

e l a f r e n t e a l o s p i e s , y s u s p u p i l a s y d i e n t e s b r i l l a r o n a l d e m o -

e d o n d e M a r c o s m a n o s e a b a s u c a r n e e n d u r e c i d a . S i n a p a r t a r '

\ i s t a t e r m i n d e d e s p o j a r s e d e l a s p r e n d a s y p e r m i t i q u e p o r

o s s e g u n d o s l o s o j o s d e l h o m b r e l a a d m i r a r a n s i n t a p u j o s .

- P o r f i n n o s q u e d a m o s e n v e r d a d s o l o s - d i j o m i e n t r a s s e a r r o -

d i l l a b a d e s p a c i o e n t r e l a s p i e r n a s d e M a r c o s - . A h o r a s u e l t a e s o .

D j a m e h a c e r l o a m .

3 1

En la orilla

. . . jams les hemos importado, por qu iban a importarnos uste-des?, pasan y pasan ante nosotros, orondos y veloces con sus vi-drios que nos encandilan al reflejar el rencor del sol, con sus faros que alargan las sombras en lo oscuro, con rugidos de fiera encabronada retndonos a pararnos delante, a atravesarnos en su camino pa sembrarnos en pedazos entre las piedras y olvidar-nos luego en un alarde de fuerza que nos azorrilla, nos hace sentirnos chiquitos, inferiores, insignificantes y hasta con la obli-gacin de agradecer el aironazo de horno que nos echan en la jeta y el terregal que alzan a su paso ... y si anduvieran despacio se limitaran a voltear a vernos sin mirarnos, como si el pellejo se nos hubiera puesto ya igual de plido que la arena por culpa de la calor o como si furamos otro arbusto seco del pinche desier-to, de esos que ni siquiera son capaces de retener el aire entre sus ramas, y sus miradas de ustedes pudieran atravesarnos pa ir ms all, siempre ms all, carajo, nunca se preguntan qu hacemos aqu en la orilla, tumbados debajo del sombrero, con las manos en veces extendidas, en veces junto al cuerpo o en las bolsas del pantaln, mirndolos ir o venir con tristeza y envidia, con espe-ranza y coraje, con humildad e impotencia?, nunca piensan en detener su maldita carrera hacia quin sabe dnde pa enterarse por qu la vida se nos va en mirarlos pasar?, no, pos cmo, pa ustedes somos unos animales ms de los que ven desde atrs del vidrio, igual que una cabra rumiando yerba o el cadver de un caballo con las patas parriba y la panza inflada, a punto de reven-tar por haberse tragado una campamocha (sabrn siquiera lo que es una campamocha?, no, pa saberlo tendran que apagar la mquina, apearse y preguntarle a uno de nosotros, pero eso sera indigno, sera rebajarse), s, unos animales apenas de pie sobre sus patas traseras, cubiertos de trapos terregosos, jorobados de

- "

32

t o e s t a r c o n e l e s p i n a z o g a c h o , r o d e a d o s d e s u s c a c h o r r o s

r r i e t o s y t r a s i j a d o s c o m o t a s a j o s q u e t a m b i n l o s m i r a n a u s t e d e s

,c o n o j o s g r a n d o t e s y h u n d i d o s , c o n l a h e m b r a a u n l a d o , g r e u -

p a n z o n a y d e t e t a s g u a n g a s , q u e s i n e m b a r g o n a d a l e s p i d e n ,

c a s i n a d a , p o r q u e a l o m e j o r n o s c o n f o r m a r a m o s c o n q u e n o s

i e r a n , n o m s c o n e s o , n o s d a r a a l g o d e c o n t e n t o q u e a l t r a n s i -

: a r p o r a q u p o r d o n d e e s t l a p o q u i t a g e n t e q u e v a g a e n e l d e -

S : e r t o d e t u v i e r a n a u n q u e f u e r a u n a n a d a s u l o c a c a r r e r a h a c i a

. o n d e v a n y g i r a r a n a m e d i a s l a c a b e z a p a p l a n t a r e n a l g u n o l a

' s t a , s , l a v i s t a , p o r q u e u n a s o n r i s a o u n s a l u d o s a b e m o s q u e s e -

r i a m u c h o p e d i r , n o m s u n a m i r a d a , a u n q u e f u e r a r p i d a , , u n

r i l l o e n l a s n i a s d e l o s o j o s q u e n o s h i c i e r a s e n t i r q u e d e v e r a s

e s t a m o s a q u , q u e d e v e r a s e x i s t i m o s y n o s o m o s l a s n i m a s s i n

' d a q u e e n v e c e s c r e e m o s s e r y q u e e s c o m o n o s v e m o s e n t r e

o s o t r o s , s e r m u c h o e s p e r a r , m u c h o q u e r e r , m u c h o a f e r r a r s e

a u n a e s p e r a n z a h u e c a ? , s i n o f u e r a p o r e s o y a n o s h u b i r a m o s

m e t i d o m s d e n t r o d e l l l a n o , d o n d e n o h a y b r a m i d o s d e m o t o r e s

n i p e d o r r e a s d e e s c a p e s , d o n d e e l s o l n o m s d e s t e l l a e n l a s p i e -

d r a s p u l i d a s o e n l a s a l i m a a s n e g r a s q u e s e t i e n d e n a d o r a r s e

c u a n d o n o e s t n l i s t a s p a s a l t a r n o s e n c i m a , d o n d e l o n i c o q u e

n o s m i r a s o n l a s c u e n c a s v a c a s d e l a s c a l a v e r a s d e l a s b e s t i a s q u e

s e m u r i e r o n d e p u r a h a m b r e y s e d . . . y e s q u e u s t e d e s n o s a b e n

o q u e e s e s t a r a q u , e n t r e e l s i l e n c i o y l a s o l e d a d , p i s a n d o s i e m -

p r e e s t a t i e r r a y e r m a y p e d r e g o s a d e b a j o d e e s a b o l a d e l u m b r e

q u e n o s t a t e m a d e s p a c i t o l a c a b e z a h a s t a h a c e r n o s v e r v i s i o n e s ,

i n d e f e n s o s a n t e l o s r u m o r e s d e l a n a d a q u e n o s s a l e n a l e n c u e n -

r r o e n c u a l q u i e r p a r t e : y d i g o e s t a r a q u , n o v i v i r a q u , p o r q u e

r e s u l t a t r a b a j o s o l l a m a r l e v i v i r a e s t o q u e h a c e m o s s i n q u e h a g a -

m o s n a d a p a h a c e r l o , n o , a q u n o s e v i v e , n o m s s e e s t , c o m o

e s t e s e p u e n t e o l o s c a c t o s , l o s n o p a l e s , l o s m a g u e y e s , l o s c h a p a -

r r o s : a l a i n t e m p e r i e , s i n r e p a r o , m a s t i c a n d o u n a y o t r a v e z u n

m i s m o i m p u l s o q u e n o p a r a d e d a r v u e l t a s a d e n t r o h a s t a q u e s e

d e s g a s t a o s e d e r r i t e s i n q u e n u n c a t o m e v e r d a d e r a f o r m a p e r o

q u e , s i n q u e s e p a m o s p o r q u o c m o , n o s e m p u j a t o d o s l o s d a s

a l a o r i l l a p a v e r l o s a u s t e d e s . . . e n e s t e l l a n o t a m p o c o s e p i e n s a :

l a s p a l a b r a s , l a s i d e a s , l o s m o v i m i e n t o s v i e n e n s o l o s y l o a t r a v i e -

3 3

san a uno a lo mejor porque noms no saben estarse quietos y nos caen llegados de quin sabe dnde, se sienten primero en el estmago, luego en los muslos abajito de las verijas, ms despus en los hombros y cuando uno acuerda los tiene rebotando en la mente y entonces los pies se le mueven solos y lo llevan a uno lejos del jacal o de la choza hacia ese camino negro que parte en dos el desierto, y esto ocurre desde siempre, desde donde alcan-zan los recuerdos ... uno nace aqu porque aqu lo ech fuera la madre bajo cualquier sombra, junto a un anafre en el que tres o cuatro palos de mezquite ardiendo trataban de mantener las v-boras y los escorpiones a raya y de calentar un poco el frillazo de las noches, al lado de una mesa o un cajn podrido donde un da s y dos no haba algo que llevarse a la boca y entretener el gruir de la panza, en los alrededores de un pozo del que nunca sali ms agua que la necesaria pa mantener el resuello, y despus de nacido aqu comienza a arrastrarse, a gatear, a crecer noms mi-rando cmo muchos de los dems se quedan poco a poco secos por el sol, el polvo y la falta de tragadera en brazos de su madre, hasta que un buen da ya no son sino otro tronco correoso aban-donado en la arena, y uno se pregunta por qu su corazn sigue latiendo cuando los de ellos se apagaron tan rpido, y se hace resistente a fuerza de no tener nada, de sacarle la vuelta a las bes-tias de peligro, de aprender a hacer todo solo y sin ayuda, a fuer-za de perseguir esos pensamientos que noms nunca acaban de estar claros pero siguen apretndole la panza desde abajo con un dolor muy distinto al del hambre, y en menos de lo que lo cuen-to un da se acuesta escuincle y al otro da despierta muchacho, con los huesos largos y el cuero curtido, con pelos en la cara y alrededor del quiote, con ganas de hacer hartas cosas y de ir a hartos lugares y conocer hartas viejas pero sin saber cmo, sin estar cierto de que quienes se largaron siguiendo el camino lle- , garon a algn lugar, sin las agallas pa arriesgarse a cruzar el pra-mo porque quin sabe si de verdad del otro lado haya algo diferente a esto, y al final se queda dando vueltas en redondo, unos pasos por aqu, otros por all, pa acabar siempre donde mismo, ai donde lo llevaron los grandes de chico, donde comen-

34

a i r s o l o c u a n d o s u p o c a m i n a r , d o n d e s e p u e d e v e r a l g o d i s t i n -

, . _ a u n q u e s e a n o m s p o r u n o s s e g u n d o s : a l a o r i l l a d e l c a m i n o a

s p e r a r q u e u s t e d e s p a s e n p a m i r a r l o s v e n i r d e s d e l e j o s y l u e g o

r d e r s e m s l e j o s t o d a v a c o m o s i q u i s i e r a n g a n a r l e a l v i e n t o e n

c a r r e r a . . . a s c o m o u n d a u n o s e d e s p i e r t a m u c h a c h o , o t r o

- a m a n e c e h o m b r e c o n m u j e r y h a s t a c o n h i j o s , p e r o p o r m u -

f u e r z a q u e h a g a n o p u e d e a c o r d a r s e d e l m o d o e n q u e l e s a -

l a f a m i l i a , a l a v i e j a a l o m e j o r s e l a t o p a q u m i s m o e n l a

r i l l a o e n a l g u n a c h o z a d e ! a s q u e d e t a n t o e n t a n t o h a y m s

e n t r o c e r c a d e l a s n o p a l e r a s o l a s m a c o l l a s d e b i z n a g a s u n d a

n q u e e q u i v o c e l r u m b o y e n v e z d e i r h a c i a u s t e d e s a g a r r a l

o c o n t r a r i o , o c a m i n a n d o a t a r a n t a d a p o r e l s o l e n c u a l q u i e r

e r e d a d e l a s q u e c a s i n i s e n o t a n , e l c a s o e s q u e a i e s t j u n t o a

o , s i g u i n d o l o a t o d a s p a r t e s c o n s u s p a s i t o s c o r t o s , s u s i l e n c i o

e r r a d o r y s u m i r a d a t r i s t e d e p e r r o s i n d u e o , u n e s c u i n c l e e n

b r a z o s c o n l o s l a b i o s p r e n d i d o s a l p e z n y o t r o s d o s o t r e s

3 . ! e r r a d o s a s u s e n a g u a s d a n d o b o q u e a d a s p a p o d e r r e s p i r a r e n

e l b o c h o r n o , y u n o e n t o n c e s l a m i r a y v u e l v e a m i r a r l a y s e p r e -

g u n t a q u f u e l o q u e v i o e n e l l a l a p r i m e r a v e z , q u l o h i z o h a -

l a r l e y t o c a r l a y l l e v r s e l a , p e r o c o m o e n e s e c u e r p o m a l h e c h o

e n e s a c a r a d e d e s g r a c i a n o e n c u e n t r a r e s p u e s t a m e j o r t u e r c e

t a m i r a d a a d o n d e u s t e d e s t r a n s i t a n p o r q u e a i e s d o n d e c o n s i g u e

a l e t e a r l a e s p e r a n z a . . . e n v e c e s a u n q u e v a y a n t a n a n a p u e d e n

a t i s b a r s e l a s c a r a s d e l o s q u e v i a j a n d e n t r o d e l a s m q u i n a s , u n o s

- o n p e l a o s e n g r u p o c o n c e r v e z a s e n l a m a n o p a s o p o r t a r l a c a l o r

m u e r t o s d e r i s a p o r l o q u e s e d i c e n o p o r l o q u e v a n a e n c o n t r a r

c u a n d o l l e g u e n a d o n d e v a n ( s e g u r o u n a h e m b r a b o n i t a y l i m -

p i a , c o n l u z e n l o s o j o s y u n o s c h a m a c o s a l e g r e s y g o r d o s q u e

h u e l e n b i e n ) , o s o n f a m i l i a s c o m p l e t a s q u e h a c e n v i s a j e s r i s u e -

o s c o m o s i f u e r a n c a n t a n d o m i e n t r a s s e r e p a r t e n t a c o s u n o s a

o t r o s y s e m i r a q u e n o s u d a n n i s e a b o c h o r n a n d e t r s d e l o s v i -

d r i o s c o n e s e a i r e f r e s c o q u e l o s a c o m p a a a t o d o s l a d o s , o s o n

t i p o s s o l o s c o n c a r a p e n s a t i v a y c i g a r r o e n l a m a n o , a t e n t o s a l

c a m i n o c o m o s i d e r e p e n t e s e l e s f u e r a a m o v e r , y m u y p o c a s v e -

c e s p a s a n t a m b i n m u j e r e s s o l a s q u e t r a s e l v o l a n t e l u c e n m s

d e c i d i d a s q u e l o s h o m b r e s , f u e r t e s y t r a n q u i l a s c o m o s i v i n i e r a n

3 5

de otro mundo, y uno no deja de preguntarse si all donde ter-mina la carretera todas las hembras son iguales a ellas, con pelos de distintos colores flotando sobre sus cabezas, boca roja y trom-puda, con esos colguijes brillantes y ropa llamativa, y dan hartas ganas de ora s acercarse ms y respirar el aire que sueltan a su paso noms pa saber .a qu carajos huele una mujer as, pero en menos de lo que se piensa todos acaban perdindose en la dis-tancia y el camino se queda tan solo, tan abandonado de la mano de Dios por horas o hasta por das, como el llano de ms adentro, que comienza a crecerle a uno la pregunta de si de veras habr Dios como nos ensearon los viejos o si noms es un invento de quienes nos trajeron aqu pa que nos quedramos por los siglos de los siglos a cuidar de esta tierra que no tiene nada pa cuidarle, luego oscurece y con las oscuridades llega el fro y esa sensacin miedosa de estar siendo vigilados por muchsimos ojos, y uno piensa en las bestias de ponzoa, en los murcilagos chupasan-gre, en los coyotes que rondan las sombras, y como aqu en el camino ya no se mira nada, si acaso y con tan tita suerte un par de luces muy de vez en cuando, pero a nadie dentro igual que si las mquinas vinieran solas, entonces uno recoge sus pasos con el desnimo que da la certeza de que otro da se fue y nadie de los que pasan por el camino lo vio, y regresa all adonde quienes lo trajeron al mundo le dejaron el refugio de un techo, que es el rincn en el que la hembra y los hijos lo esperan enteleridos y engarruados de miedo y fro y hambre .. . pero pa qu contar todo esto, no?, si a ustedes no les importamos, nunca les hemos importado ni les importaremos, ser noms pa llenar el silencio de palabras, con eso de que este lugar es tan callado ... una vez hace aos hubo harto ruido cuando comenzaron a pasar mqui-nas gigantes, mucho ms grandes que una casa, tanto as que los pelaos con casco que llevaban al volante parecan nios escon-dindose de alguien, avanzaban despacio como si les costara tra-bajo moverse y de tanto en tanto se detenan, luego el hombre se apeaba, se quitaba el casco y miraba el desierto buscando algo, una seal o una piedra, marcaba el piso con polvo blanco, se en-caramaba de nuevo y volva a arrancar pa hacer todo otra vez ms

36

J a n t i t o , l u e g o v e n a n o t r o s y l a s c o s a s s e r e p e t a n , y c o m o e n

. s d a s n o p a s a b a n a d i e m s q u e e l l o s e m p e z a m o s a p r e g u n t a r -

- s i e l t i e m p o n o s e h a b r a v u e l t o l o c o y g i r a b a i g u a l q u e t r o m -

r a m b i n p a q u i e n e s t r a n s i t a b a n e l c a m i n o y l o q u e v e a m o s

l o q u e y a h a b a m o s v i s t o y e n v e z d e v a r i o s h o m b r e s y v a r i a s

- u i n a s s e t r a t a b a d e l m i s m o q u e p a s p o r a q u l a p r i m e r a v e z ,

s o n o s d i o m i e d o y t r i s t e z a p o r q u e s i a s h u b i e r a s i d o y a n o h a -

d a t e n i d o t a s o v e n i r h a s t a a c a v e r c o s a s d i f e r e n t e s , a q u e n l a

r i l l a s e r a i g u a l q u e a d e n t r o , p e r o e n t o n c e s u n e s c u i n c l e s e a n i -

, a a c e r c a r s e a l h o m b r e d e l c a s c o y l e p r e g u n t q u i n e r a , y s i n

t e a r a m i r a r l o e l h o m b r e r e s p o n d i q u e e r a e l g o b i e r n o q u e

e n a a t r a e r n o s p r o g r e s o y q u e e l p r o g r e s o n o s i b a a d a r u n a v i d a

e j o r , l u e g o s e s u b i a s u m q u i n a y s e a l e j d e s p a c i o , e l m o t o r

e a b a y l a s l l a n t a s p a r e c a n a r r a n a d a s h a s t a q u e d e s a p a r e c i ,

: > e r o n o f u e e l l t i m o , t o d a v a p a s a r o n m u c h o s i g u a l e s h a c i e n d o

m i s m o p o r v a r i a s j o r n a d a s h a s t a q u e d e j a r o n d e v e n i r e l l o s y

p o c o a p o c o r e g r e s a r o n l a s m q u i n a s d e s i e m p r e , l a s d e u s t e d e s ,

o v o l v i m o s a v e r l o s s i n o h a s t a m u c h o t i e m p o d e s p u s c u a n d o s e

e t u v i e r o n t o d o s j u n t o s c o n s u s m q u i n a s y s u s c a s c o s a u n l a d o

d e l c a m i n o y p e g a n d o d e g r i t o s u n o s b a j a r o n m o n t o n e s y m o n -

o n e s d e b u l t o s y o t r o s a p i l a r o n h a r t o s f i e r r o s p o r a i m i e n t r a s l o s

q u e p a r e c a n m a n d a r c o n t a b a n l o s p a s o s q u e h a y d e u n l a d o a

o t r o y a l z a b a n l o s o j o s h a c i a l o a l t o , n o a l c i e l o n i a l s o l s i n o a l a i r e

a r r i b a d e l s u e l o , n o s o t r o s n o s a r r i m a m o s a v e r q u h a c a n , a m i -

r a r l e s l a s c a r a s d e c e r q u i t a y a v e r s i e l l o s n o s m i r a b a n , p e r o n i

c u e n t a s e d i e r o n d e n u e s t r a p r e s e n c i a , y a l o s c u r e c e r e n v e z d e

l a r g a r s e p o r d o n d e h a b a n l l e g a d o l e v a n t a r o n u n a s c a s i t a s b l a n -

c a s d e l o n a , e n c e n d i e r o n l u m b r e s , s e r e p a r t i e r o n c e r v e z a s y c o -

m e n z a r o n a p l a t i c a r y a r e r s e d e s u s c o s a s h a s t a q u e n o s o t r o s n o s

f u i m o s a t e r i d o s d e f r f o y d e c a n s a n c i o a n u e s t r a s c h o z a s , a s v a -

r i o s d a s c o n s u s n o c h e s , l o s p e l a o s t r a b a j a b a n i g u a l q u e h o r m i -

g a s e n c o n s t r u i r e l m e n t a d o p r o g r e s o q u e n o s t r a a n , y c u a n d o

u n a s e m a n a d e s p u s s e f u e r o n y e n d o e l m i s m o e s c u i n c l e q u e s e

l e s h a b a a c e r c a d o p r i m e r o v o l v i a a g a r r a r v a l o r y l e p r e g u n t a l

m a n d a m s q u e r a e s o q u e h a b a n d e j a d o , n o l o v e s ? , e s u n

p u e n t e , l e r e s p o n d i v i e n d o a l f o n d o d e l l l a n o , u n p u e n t e ? , d i j o

3 7

el escuincle, pero si aqu no hay ro, el hombre entonces hizo un visaje de cansancio, se levant el casco, mir al cielo y como si lo regaara dijo que gracias a ese puente los habitantes del lugar iban a poder cruzar la carretera sin poner en peligro sus vidas, o algo as dijo, y el chamaco, que era de los ms listos de nosotros, se rio del gobierno y de su puente, de que llamara "habitantes" a los tres o cuatro gatos que andan por aqu y del peligro de atra-vesar un camino por el que pasan mquinas cuando mucho tres veces al da, pero el pelao del casco no lo oy porque ya se haba trepado a la ltima de las maquinotas y con el motor bufando se alejaba pano volver jams, y ai sigue el puente aunque el escuin-cle aquel ya no est con nosotros, l tena inteligencia, suspensa-mientos s acabaron de tomar forma y, cuando ya fue muchacho, una tarde que vino hasta la orilla decidi no detener sus pasos y poco a poco se fue perdiendo a lo lejos, all donde se pierden tambin todos ustedes los que pasan por aqu. .. la verdad ni lo echamos en falta, por estos rumbos los hombres, las mujeres y los nios desaparecen seguido sin que nadie se pregunte cul fue su suerte porque, sin ellos tragando; los nopales y biznagas, los quiotes y las flores de palma, las ratas y las cascabeles acabalan pa llenar ms bocas, y adems es seguro que luego de un tiempo uno se encuentre lo que qued de ellos medio enterrado en la arena, seco, en pedazos, o los puros huesos blancos desperdiga-dos aqu y all, que es como quedan cuando los coyotes hacen lo suyo con un cadver o con un moribundo, y es que en el llano lo ms fcil que hay es morirse, ya de un piquete de ponzoa, ya porque uno se aleja mucho del pozo y le gana la sed, ya porque el espinazo se le acab de quebrar por el hambre, ya porque se top con un cristiano de esos malhumorados que no le piensan pa sacar el filo, o noms porque ya le tocaba, tan simple, as que cuando un fulano que antes estaba de pronto ya no est los de-ms ni siquiera se preguntan si se habr ido por el camino negro hacia el norte o hacia el sur, o si tom el otro, el invisible, el que lleva de este mundo al otro donde si Dios quiere habremos de encontrarnos todos algn da ... pero a ese escuincle tan listo que despus era muchacho s hubo quien lo mir alejarse paso a paso

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h a s t a v o l v e r s e u n p u n t i t o l e j a n o q u e s e c o n f u n d i c o n l o s a r e n a -

l e s a l p a r d e a r e l d a , l u e g o d i c e n q u e m s a d e l a n t e a l g u i e n l o v i o

u b i r a u n a m q u i n a l l e n a d e c h i v o s q u e s e d e t u v o a s u l a d o y q u e

e n e l l a l l e g m u y l e j o s , h a s t a l a c i u d a d , d o n d e l e d i e r o n t r a b a j o

y p r o s p e r y c o n e l t i e m p o t u v o s u p r o p i a m q u i n a y c o n e l l a v i n o

a p a s a r a n t e n o s o t r o s c o m o c u a l q u i e r a d e u s t e d e s , c o n t r a p o s

d i s t i n t o s y l l e n o s d e c o l o r e s , f u m a n d o s u c i g a r r o t r a s e l v o l a n t e ,

m u y s o n r i e n t e , c o m o s i y a t u v i e r a t a m b i n s u h e m b r a l i m p i e c i t a

y c h u l a y u n o s e s c u i n c l e s l i s t o s y g o r d o s q u e h u e l e n a f l o r e s , e s o

d i c e n p o r a q u l a s l e n g u a s , u n o s l o c r e e n y o t r o s a s e g u r a n q u e n o

e s m s q u e c h i s m e , l e y e n d a , p e r o s e a l o q u e s e a e l c u e n t o a l g o

n o s a l b o r o t a p o r d e n t r o c u a n d o v e n i m o s a l a o r i l l a i g u a l q u e s i

e s p e r r a m o s d e r e p e n t e r e c o n o c e r a l e s c u i n c l e e s e t r e p a d o e n

u n a d e l a s m q u i n a s , s o b r e t o d o c u a n d o m i r a m o s e l p u e n t e q u e

n o s e u s a n u n c a p o r q u e n o s i r v e p a n a d a r e s q u e b r a j n d o s e a l s o l

y n o s a c o r d a m o s d e l o s h o m b r e s c o n c a s c o q u e d i j e r o n q u e n o s

t r a a n e l p r o g r e s o y u n a v i d a m e j o r , s e r ? , c a s i n a d i e l o c r e y y

l a m a y o r a d e j d e a r r i m a r s e a l c a m i n o p o r d o n d e e s t , p r e f i e r e n

i r s e a p l a n t a r m s l e j o s , n o m s u n o s p o c o s v e n i m o s t o d a v a a c ,

a l m i s m o l u g a r d e s i e m p r e , a l o m e j o r p o r q u e e l c u e n t o d e l e s -

c u i n c l e l i s t o y l a v i s i n d e e s e c o m o c a m i n o d e c e m e n t o e n e l a i r e

n o s d e s p i e r t a a l g o q u e n o s a b e m o s e n t e n d e r p e r o q u e n o s i m -

p u l s a a s e g u i r v i n i e n d o , y l u e g o s i n a p e n a s d a r n o s c u e n t a c o m e n -

z a m o s a p a r a r n o