Considerando o medo

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CONSIDERANDO O MEDO Joana de Angelis A vida são as experiências vitoriosas ou não, que te ensejem aquisições para o equilíbrio e a sabedoria. Não sofras, portanto, por antecipação, nem permitas que o fantasma do medo te perturbe o discernimento ante os cometimentos úteis, ou te assuste, gerando perturbação e receio injustificado.

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CONSIDERANDO O MEDO Joana de Angelis

A vida são as experiências vitoriosas ou não, que te ensejem aquisições para o equilíbrio e a sabedoria.

Não sofras, portanto, por antecipação, nem permitas que o fantasma do medo te perturbe o discernimento ante os

cometimentos úteis, ou te assuste, gerando perturbação e receio injustificado.

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Quem de nós já não sentiu ou sente medo (ou medos)?

Medo do escuro; dos mortos; de aranhas ou cobras; de lugares fechados...de perder; de lutar; de chorar; de perder quem se ama...

De empobrecer; de não ser amado...De dentista; de sentir dor... da violência; de ser vítima de crimes...Do vestibular; das provas escolares; de novas oportunidades de

trabalho ou emprego...O medo envolve as pessoas e, as impede de realizar as mínimas obrigações do dia-a-dia. Ou, de outro modo, as

perturba de modo tão profundo, que provoca o desânimo, a prostração, a imobilidade, a depressão...

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Em Mateus cap 25, v 25Na Parábola dos talentos , aquele servo que ganhou um talento e esconde na terra vai –se justificar ( diante dos problemas temos duas características, justificar ou se culpar). Ele se atemoriza tem medo, e diz:

Temendo , fui e escondi o teu talento na terra

Desperdício que provoca na alma humana. Esse medo faz com que o individuo crie uma justificativa .

Na parábola não é uma questão de quantidade que esta em jogo , não é o quanto pode devolver daquilo que recebe de

Deus. Mas sim disposição para o trabalho, é não ser ocioso.

Jesus não nos capacitou para a inércia

Medo

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O medo provoca a omissão da violência de não usar a capacidade que tem de não servir, não trabalhar de ser inerte.

Não seja morno

Não seja morno como servo que devolveu o talento, alguém que não acredita em si, que se acha incapaz , que se lamenta,

Alguém que só chora.O TALENTO FOI RETIRADO, além de se omitir, não agiu no bem

que podia fazer.A punição é temporária , não é castigar, punir. É ACORDARO que importa para Deus não é 100, 200 ou um talento. O

importante e usar o talento que você tem. TRABALHE

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Existe um medo natural e preservador da vida e existe outro neurótico , que é considerado tóxico.

O primeiro é necessário e indispensável; o segundo é o resultado da falta de habilidade de entender o que ele quer

nos ensinar. Isso o torna uma adversário emocional .

O medo neurótico é composto por medos cujas funções sagradas são alertar e nos fazer perceber algo sobre nossa

vida interior , mas que não conseguiram cumprir seu objetivo. Em boa parte das vezes , o objetivo dele é sinalizar que

necessitamos enfrentar o que tememos , porque a experiência adquirida com esse enfretamento é a porta que

se abre para desenvolver um talento que esta adormecido e pode nos libertar.Livro: Um encontro com Pai João -

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Quando tememos algo, deixamo-nos dominar por forças desconhecidas da personalidade, que instalam lamentáveis processos de distonia

nervosa, avançando para o desarranjo mental. Os acontecimentos são conforme ocorrem e como

tal devem ser enfrentados.

O medo avulta os contornos dos fatos, tornando-os falsos e exagerando lhes a significação.

Predispõe mal, desgasta as forças e conduz a situação prejudicial sob qualquer aspecto se

considere.Joanna de Angelis: Leis Morais

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O que se teme raramente ocorre como se espera, mesmo porque as interferências divinas sempre

atenuam as dores, até quando não são solicitadas.

O medo invalida a ação benéfica da prece, esparze pessimismo, precipita em abismos.

Um fato examinado sob a constrição do medo descaracteriza-se, um conceito soa falso, um socorro

não atinge com segurança.

Constrição: constrangimento Joana de Angelis

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A pessoa com medo agride ou foge, exagera ou se exime da iniciativa feliz, torna-se difícil de ser ajudada e

contamina, muitas vezes, outras menos robustas na convicção interna, desesperando-as, também.

O medo pode ser comparado à sombra que altera e dificulta a visão real.

Necessário combatê-lo sistemática, continuamente.*

Joanna de Angelis

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A própria cultura ou formação religiosa nos incute o medo.

A crença do pecado original que a Humanidade, segundo tal entendimento, carrega até hoje. Isto resulta, naturalmente, no medo de Deus e das reprimendas ou represálias que Ele pode

lançar sobre as pessoas ou civilizações. A religião incute o medo do futuro, a vida além-morte, já que, segundo o entendimento dominante, a passagem nos levará a

uma de três situações: Céu, Inferno e Purgatório. Como raros são os que se

consideram habilitados para o Paraíso, não nos considerando criaturas tão evoluídas ou merecedoras assim, dentre as

possibilidades possíveis, ou iremos para o Inferno ou - dos males o menor – para o Purgatório.

E teremos de suportar mais sofrimentos.

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Podemos analisar os chamados medos dos espíritas, ou os medos decorrentes do contato com a filosofia espírita.

São eles:Medo da vida; da morte; do futuro; dos

relacionamentos; dos outros; dos Espíritos; da reencarnação; do destino...

Medo da vida, Na verdade, o medo é de fracassarmos no resgate de erros pretéritos ou da experimentação, por novas provas que poderiam, ambas (provas e expiações), nos garantir o ingresso em melhores condições espirituais

futuras.

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Medo da morte, porque por mais que possamos ler obras que relatam a vida no Plano Espiritual e os

depoimentos daqueles que lá estão, ainda somos céticos em aceitar tais informações como verdades, primeiro porque não temos recordação de nossos “retornos”, segundo porque não nos achamos, muitas vezes, nos mesmos

patamares daqueles que nos trazem informações “do lado de lá”.

O medo do futuro acha-se associado a pós-morte, como visto acima, mas também enquadra a extensão dos dias de

nossa atual experiência encarnatória, imaginando que haverá, ainda, muitos débitos para serem ajustados e

experiências desconhecidas, as quais não temos ideias se conseguiremos ou não administrar e sermos exitosos

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Dos relacionamentos, tendo em vista o nível comum dos seres que habitam este orbe, temos medo de “nos abrirmos” ao outro, com receio de sermos enganados,

machucados, prejudicados. Disto resulta a ausência de plenitude, de envolvimento, de

vivência dos sentimentos e das sensações que fazem parte da própria vida, ou seja, é impossível saber o “gosto” das coisas

e situações sem experimentá-las.Medo dos outros, de que possam nos causar mal, em qualquer dos ambientes em que nos inserimos: o vizinho, o conhecido, o amigo, o parente... Todos, ou quase, nos representam ameaças vivas àquilo que projetamos ou desejamos para nós.

Somente vivenciando é que saberemos se o outro é companheiro ou inimigo, se quer nos ajudar ou

prejudicar...

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De todos os medos listados, comuns aos espíritas, o mais intrigante é o de Espíritos. Afinal, no cotidiano das instituições espíritas, com seus diversificados trabalhos, o

contato e a parceria entre encarnados e desencarnados, é a matéria-prima da atividade espiritista.

Como podemos temê-los, se a teoria kardequiana nos explica, detalhadamente, quem são eles, quais suas características e de que modo se processam as relações entre “vivos” e “mortos”?

Há espíritas, muitos mesmo, por aí, que se arrepiam ante a perspectiva de travarem qualquer contato com “os Espíritos”, de presenciarem qualquer fenômeno mediúnico. Chegam a ter medo de dormir, de ficar sozinhos, de apagar a luz, na iminência de serem

“surpreendidos” por alguém que já está “do outro lado”.

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Medo da reencarnação? Porque, pela interpretação espírita, quando não aproveitamos as situações de nossa

atual existência e continuamos a perseverar no erro, provavelmente teremos de retornar em condições

existenciais mais difíceis, com maiores provas e sujeitos à reparação de outros débitos.

Então o ser olha para si, para sua vida, para aquilo que considera quase impossível de realizar ou

melhorar, e sente enorme receio de ter que retornar a este “vale de lágrimas”.

Medo do “destino”, como se este existisse, como se, a cada um de nós, estivesse “reservado” Enxergamos a

vida como se ela fosse pré-traçada de modo definitivo (ou quase) e que não pudéssemos, nós, alterar-lhe o curso pré-

estabelecido.

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Doenças, problemas, notícias, viagens, revoluções, o porvir, não os temas. Nunca serão conforme supões.Uma atitude calma ajuda a tomada de posição para

qualquer ocorrência aguardada ou que surge inesperadamente.

Não são piores umas enfermidades do que outras. Todas fazem sofrer, especialmente quando se as teme e não se encoraja a recebê-las com elevada posição de

confiança em Deus.

Joanna de Angelis

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Os problemas constituem recursos de que a vida dispõe para selecionar os valores humanos e eleger os verdadeiros dos falsos

lutadores.As notícias trazem informes que, sejam trágicos ou lenificadores, não modificam, senão, a estrutura de uma irrealidade que se está a viver.

As viagens têm o seu fanal e recear acidentes, aguardá-los, exagerar providências, certamente não impedem que o homem seja

bem ou mal sucedido.As revoluções e guerras que alcançam bons e maus estão em

relação à violência do próprio homem que, vencido pelo egoísmo, explode em agressividade, graças aos sentimentos predominantes

em a sua natureza animal.

( Joana de Angelis)

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Ninguém pode prever o imprevisto ou evadir-se à necessária conjuntura cármica para o acerto com as Leis Superiores da evolução.

Prudência, sim, é medida acautelatória e impostergável para se evitarem danos desnecessários.

Afinal, em face do medo, deve-se considerar que o pior que pode suceder a alguém é advir a desencarnação. Se tal ocorrer, não há,

ainda, porque temer, desde que morrer é viver.O único cuidado que convém examinar diz respeito à situação interior

de cada um perante a consciência, ao próximo, à vida e a Deus.Em face disso, ao invés do sistemático cultivo do medo, uma

disposição de trabalho árduo e intimorato, confiança em Deus, a fim de enfrentar bem e utilmente toda e qualquer coisa, fato, ocorrência,

desdita ...

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TALENTO todos nós temosO servo infiel teve medo da própria luz, do talento que tinha e

que podia multiplicar, ele se comparou, se justificou, se sentiu Pequeno , ele não agiu , não trabalhou., não andou e não mudou

de patamar.

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Com o medo de não conseguir dar conta das obrigações da vida, faremos um encontro com talentos de forças

desconhecidas que temos em nós mesmos, que surgirão quando buscamos superar desafios que baterão à porta,

pedindo esforço e vontade firme. Nessa perspectiva, o medo é um revelador de talentos

Pior seria se nada tentássemos, porque correríamos o risco de pegar os atalhos da irresponsabilidade para tentar resolvermos

de forma ilusória os desafios da existência

Livro: Um encontro com Pai João

BOA NOITE