Colectores Solares - domestico
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Fundos Estruturais
Utilizao de Colectores
Solares paraAquecimento de gua no Sector Domstico
Iniciativa promovida e financiada por
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Utilizao de Colectores
Solares paraAquecimento de gua no Sector Domstico
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Ficha Tcnica
Fundos Estruturais
TTULOUtilizao de Colectores Solares para Aquecimento de gua no Sector Domstico
EDIODGGE / IP-AQSpP
DESIGN2 & 3 D, Design e Produo, Lda.
IMPRESSOTipografia Peres
TIRAGEM30 000 exemplares
ISBN972-8268-29-7
DEPSITO LEGAL???????????????
Lisboa, Abril 2004 (2 edio)
Publicao Gratuita
Para mais informaes:
www.aguaquentesolar.com
Edio financiada por
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Iniciativa Pblica AQSpP
1. Enquadramento
2. Aproveitamento Trmico da Energia Solar
3. A Influncia do Consumo de gua no
Desempenho de Colectores Solares
4. Informao Econmica
5. Integrao em Edifcios
6. Escolha e Aquisio de Colectores /
Sistemas Solares
7. Certificao e Garantias
8. Resoluo de Conflitos
8.1. Condomnios
8.2. Direito ao Sol
Anexo - Pr-instalao
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05
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09
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ndice
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Em finais de 2001, atravs da Resoluo do Conselho de Ministros n
154/2001, de 19 de Outubro, foi lanado o programa Eficincia Energtica
e Energias Endgenas, Programa E4, o qual rene um conjunto de medidaspara melhorar a eficincia energtica e o aproveitamento das energias
renovveis em Portugal, entre as quais a promoo do recurso a colectores
solares para aquecimento de gua, quer nos sectores residencial e servios,
quer na indstria: programa gua Quente Solar para Portugal (AQSpP).
Para implementar este programa e aumentar a contribuio dos colectores
solares para aquecimento de gua, o POE - Programa Operacional daEconomia, actual PRIME - Programa de Incentivos Modernizao da
Economia, aprovou a iniciativa pblica IP-AQSpP promovida pela Direco
Geral de Geologia e Energia (DGGE), potenciando sinergias entre vrias
instituies com vista sua concretizao: a Agncia para a Energia
(ADENE), o Instituto Nacional de Engenharia, Tecnologia e Inovao(INETI), a Sociedade Portuguesa de Energia Solar (SPES) e a Associao
Portuguesa da Indstria Solar (APISOLAR).
O objectivo especfico do sub-programa AQSpP a criao de um merca-
do sustentvel de energia solar, com nfase na vertente "Garantia da
Qualidade", de cerca de 150 000 m 2 de colectores por ano, que poder
conduzir a uma meta da ordem de 1 milho de m2 de colectores instalados
e operacionais at 2010.
Para contribuir para a sustentabilidade do mercado e uma nova imagem do
produto, os profissionais credenciados do sector s instalam equipamentos
certificados e oferecem garantias de 6 anos, contra todos os defeitos de
fabrico e de instalao, incluindo a manuteno dos equipamentos instala-
dos durante o mesmo perodo.
Esta brochura pretende servir como guia de informao bsica para a uti-lizao de energia solar no sector domstico, no sentido de apoiar os uti-
lizadores na adopo da alternativa "colector solar" como uma das soluesviveis para satisfazer as suas necessidades energticas no aquecimento de
guas sanitrias.
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Iniciativa Pblica AQSpP
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No sector domstico, a gua quente utilizada essencialmente em
duches e banhos de imerso, na lavagem de loua e da roupa.
Os equipamentos convencionais mais comuns utilizados no
aquecimento da gua so os esquentadores e caldeiras murais a
gs e os termoacumuladores a gs e elctricos. Estes aparelhos
so responsveis por cerca de 50% do consumo de energia no
sector domstico, com o correspondente peso na factura ener-
gtica mensal das famlias. A utilizao de colectores solares,
em larga escala, poder contribuir para a reduo substancialdessa factura e do peso do sector no balano energtico global.
Por outro lado, a energia solar um recurso endgeno gratuito
que pode proporcionar uma importante poupana para os seus
utilizadores e contribuir para a reduo das emisses de CO2.
O potencial disponvel em Portugal para aproveitamento deenergia solar para aquecimento de gua significativo. De acor-
do com estudos recentes1, no nosso pas poderiam ser instalados
no sector domstico cerca de 7 500 000 m 2 de colectores sola-
res, proporcionando cerca de 4 900 GWh/ano de energia til.
Mesmo que apenas 1/3 desse potencial seja concretizado at
2010, esse resultado j permitir reduzir em 150 000 tep a
nossa dependncia energtica de recursos fsseis provenientesde outros pases e evitar a libertao de 620 kton de CO 2 eq.
(1% das emisses de 1990).
Estes so os nmeros globais, mas para que a sua importncia
possa ser mais facilmente perceptvel pelos consumidores a nvel
individual, podem ser dados os valores correspondentes con-
tribuio de uma famlia tpica de 4 pessoas que possui um carrofamiliar e resolve instalar um sistema solar para aquecimento de
guas sanitrias. Tratando esta situao em termos mdios paraa radiao incidente, para o rendimento do sistema, para o con-
1. Enquadramento
1Frum "Energias Renovveis em
Portugal" Uma contribuio para
os objectivos de poltica energtica
e ambiental, ADENE/INETI,
Dezembro 2002.
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sumo em gua quente, para o consumo em combustvel do trans-
porte familiar e para a respectiva quilometragem anual, chega-
se aos seguintes nmeros:
Sistema Solar: Toneladas de CO2 evitados: 3,4 tonCarro familiar : Toneladas de CO2 produzidos: 3,3 ton
Concluso: A quantidade de CO2 evitado por uma famlia que
resolve instalar um sistema domstico de aquecimento de gua
com 4m2 de colectores compensa a quantidade de CO2 por que
responsvel, ao fazer com o seu carro, uma quilometragemmdia anual de 15 000 km...!
Em Portugal, a disponibilidade do recurso solar elevada,situando-se bem acima da mdia Europeia (o nmero mdio
anual de horas de Sol em Portugal de aproximadamente 2500
horas). Ao contrrio do que comum pensar-se, a variao daradiao solar til entre o Sul e o Norte de Portugal (aproveita-
da por um sistema solar para aquecimento de guas) no sig-
nificativa, cifrando-se em apenas 18% de diferena entre o Porto
e Faro.
Basicamente, um sistema solar pode ser definido como um equipa-mento que aquece a gua a partir do Sol. Tem dois componentesessenciais: o colector solar para captao da energia solar e o
depsito para armazenamento da gua quente. Estes dois compo-
nentes podem ser interligados com ou sem bomba circuladora,
dependendo da possibilidade de colocar ou no o depsito de
acumulao a um nvel mais elevado que o(s) colector(es) solar(es).
2. Aproveitamento Trmico da
Energia Solar
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Os sistemas solares mais utilizados para aquecimento solar de
guas sanitrias, no sector domstico so:
i) Os monoblocos - sistemas compactos em que a captao e o
armazenamento formam uma unidade, com ou sem utilizao de
bomba circuladora; estes sistemas destinam-se a satisfazer as
necessidades de gua quente de uma famlia.ii) Os sistemas colectivos, que servem mais do que uma famlia
num mesmo edifcio.
Os sistemas solares so de grande fiabilidade, como o compro-va o perodo de garantia de 6 ou mais anos actualmente ofere-
cido pelos principais fabricantes e instaladores, superior dos
equipamentos convencionais de aquecimento de guassanitrias. Existem numerosos casos de sistemas solares a fun-
cionar em boas condies h mais de 15 anos, o que d uma
perspectiva dos resultados satisfatrios que o utilizador pode
esperar obter.
Figura 1 Sistema em circu-
lao forada / Sistema em
termossifo
Figura 2 Instalao de siste-
mas em termossifo em mora-
dias unifamiliares
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Independentemente da sua dimenso, os componentes bsicos de
um sistema solar para aquecimento de guas so os seguintes:
Captador
Um ou mais colectores que transformam a radiao solar inci-dente em energia trmica, mediante aquecimento do fludo de
transferncia de calor que nele(s) circula.Armazenamento
Um depsito que acumula a gua quente at que esta seja
necessria para consumo.Permutador
Efectua a transferncia da energia trmica captada pelos colectores
(circuito primrio) para a gua quente de consumo (opcional).Circuito hidrulico
Tubagens, bombas, vlvulas, etc..Regulao e controlo
Elementos mecnicos e electro-mecnicos que asseguram o cor-
recto funcionamento da instalao.Apoio energtico
Para fazer face a perodos de menor insolao ou sem Sol, uti-
lizado um equipamento convencional de apoio (caldeiras, termo-
acumuladores, resistncia elctrica) que deve, no entanto, serinstalado de forma a dar sempre prioridade ao bom funcio-
namento do sistema solar.
A figura seguinte mostra a integrao dos diversos componentes
num sistema solar.
8
Figura 3 Esquema de princpio
de funcionamento de um sistema
solar com permutador externo
1 - Colectores solares2 - Purgador de ar
3 - Vlvula de 3 vias4 - Permutador ligado ao sistema de apoio energtico
5 - Depsito de acumulao
6 - Sistema de comando diferencial7 - Bomba circuladora
8 - Vaso de expanso
9 - Permutador de calor
10 - Dreno11 - Vlvula de segurana
1
2
3
4
5
6
7
8
9
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Rede
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No sector domstico, os colectores solares para a produo de
guas quentes sanitrias (AQS), so geralmente dimensionados
para cobrir (suprir) a totalidade das necessidades de gua quen-te durante os meses de Vero, sem recurso ao sistema de apoio
energtico convencional. Nas outras estaes, a cobertura das
necessidades energticas repartida entre o sistema solar e o
sistema de apoio energtico convencional, numa percentagem
que varia em funo da disponibilidade de recurso solar. Em ter-
mos globais anuais, o sistema solar pode satisfazer 50 a 80%
das necessidades de aquecimento de gua, produzindo emmdia entre 500 a 850 kWh/m2.
Como regra bsica, para instalaes domsticas de pequena
dimenso, pode estabelecer-se uma relao directa entre a rea
de colectores necessria (1 a 2 m2
por pessoa) e o volume dearmazenamento (50 a 70 litros por pessoa).
As variaes na rea de captao dependem ainda da loca-
lizao, da inclinao e da orientao das guas do telhado
onde instalado o colector. Desvios significativos em relao ao
Sul devem ser compensados com um acrscimo no nmero de
colectores (ver mais adiante em "integrao em edifcios").
Para uma melhor percepo do valor da energia fornecida peloscolectores solares propem-se trs cenrios, utilizando sempre
um mesmo sistema monobloco de boa qualidade com 150 litros
de armazenamento e 2 m2 de rea de captao.
Os grficos 1 a 3 ilustram o s trs cenrios e apresentam a dis-
tribuio da energia mdia mensal necessria para a produo
de um determinado volume de AQS e a respectiva contr ibuiodos colectores solares. A diferena entre ambas constitui a
energia no fornecida pelos colectores solares e que ter queser fornecida pelo apoio (sist ema convencional de aquecimen-
to). Os mesmos grficos mostram que, nos meses de Vero,
3. A Influncia do Consumo de gua no
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com o aumento da temperatura da gua da rede, a energia
necessria para aquecer o mesmo volume de gua inferior
quando comparada com os meses mais frios.
Fixando o valor 100 kWh de energia necessria como pontovisual de referncia nos trs grficos que ilustram os cenrios
descritos, fcil observar as variaes referidas.
Cenrio 1
Se o consumo de AQS for o previsto no dimensionamento do
sistema, os colectores solares proporcionaro a energia suficien-te para suprir cerca de 75% das necessidades e funcionaro a
um rendimento adequado.
No exemplo que se apresenta no Grfico 1, realizado para um
consumo mdio dirio de 150 litros de AQS, a energia necessria
de 1 805 kWh/ano e a contribuio dos colectores solares 1
427 kWh. A energia de apoio anual ser cerca de 378 kWh.
Cenrio 2
Se o consumo for inferior ao previsto, a contribuio dos colec-
tores solares ser inferior, mas com maior impacto na contabi-lizao total.
No exemplo, ilustrado no Grfico 2, para um consumo dirio deAQS de 100 litros, a energia necessria seria de 1 204 kWh/ano,
enquanto que os colectores contribuiriam com cerca de 1 062
kWh, o que representaria 88% das necessidades.
Nesta situao, as temperaturas de funcionamento seriam mais
elevadas e o rendimento dos colectores seria mais baixo. A contri-buio da energia de apoio convencional passaria a 142 kWh/ano.
Cenrio 3
Finalmente, se o consumo for superior ao previsto, os colectores
solares proporcionaro mais energia, embora a sua contribuio
no total seja menor.
No mesmo exemplo, ilustrado no Grf ico 3, para um consumo de
200 litros por dia, a energia necessria seria de 2 408 kWh/ano,os colectores solares contribuiriam com 1 680 kWh, o que repre-
sentaria cerca de 70% de satisfao das necessidades pelo siste-
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ma solar. As temperaturas de funcionamento seriam mais baixas
e o rendimento dos colectores aumentaria. A energia de apoio
tambm teria um acrscimo significativo passando a situar-se a
volta de 728 kWh/ano.
Em jeito de concluso pode-se afirmar que, o colector solar
normalmente dimensionado para satisfazer cerca de 60 a 80%
das necessidades de gua quente no perodo de um ano. Os
hbitos de consumo tm influncia directa nos benefcios que se
podem retirar da utilizao destes equipamentos.
Grfico 1
Grfico 2
Grfico 3
11
50
100
150
200
250
Jan Fev Mar Abr Mai Jun Jul Ago Set Out Nov Dez
Consumo de gua : 150 Litros
Energia Necessria ao Consumo Energia do Colector Solar
kWh
50
100
150
200
250
Jan Fev Mar Abr Mai Jun Jul Ago Set Out Nov Dez
Consumo de gua : 100 LitroskWh
Energia Necessria ao Consumo Energia do Colector Solar
50
100
150
200
250
Jan Fev Mar Abr Mai Jun Jul Ago Set Out Nov Dez
Consumo de gua : 200 LitroskWh
Energia Necessria ao Consumo Energia do Colector Solar
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Investir num sistema solar j , em muitos pases, resultado
apenas de consideraes e preocupaes de natureza ambiental,
dada a consciencializao crescente dos cidados, por via deuma cada vez maior divulgao da informao associada aos
impactes negativos para o ambiente que resultam do uso dos
combustveis de origem fssil. Essa consciencializao tem tam-
bm vindo a acontecer no nosso Pas mas natural que a ela se
associe uma certa expectativa por parte dos utentes em obter
redues nas facturas de gs, energia elctrica ou de outro tipo
de combustvel tradicionalmente utilizado na produo de AQS,como forma de amortizao do investimento nos colectores sola-
res de aquecimento de gua.
O custo de um sistema solar depender da sua dimenso e da
dificuldade/facilidade de instalao que, por sua vez, dependede diversos factores, nomeadamente do nmero de utilizadores,
do nvel de consumos, do tipo de utilizao, da intensidade edisponibilidade da radiao solar no local, etc..
possvel apontar algumas linhas orientadoras em termos de
investimento e financiamento, as quais podem ser teis para o
utilizador fazer uma apreciao melhor enquadrada das pro-
postas recebidas de potenciais fornecedores.
Um sistema monobloco com 200 litros de capacidade e 2 m 2 de
rea de colectores custa, instalado, no presente, a partir de 1 750
euros, enquanto que a energia anual convertida pode variar entre
1 500 e 1 800 kWh, dependendo do nmero de pessoas (1 a 3)
e hbitos de consumo. Este investimento inicial , em parte, com-
pensado pela possibilidade de deduzir colecta no IRS, 30% das
importncias despendidas com a aquisio de equipamentossolares novos, com o limite mximo de 700 euros, desde que,
simultaneamente, no se beneficie de crdito habitao. Para oexemplo citado, a reduo seria no valor de 525 euros.
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4. Informao Econmica
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Caso o futuro utilizador no disponha de meios ou condies
financeiras para suportar o investimento, poder recorrer ao cr-
dito para a aquisio do equipamento. A maioria das instituies
financeiras oferece crdito individual para a compra de produtos
indiferenciados de consumo. De um modo geral, no existerestrio ao que possvel adquirir atravs de crdito pessoal,
pelo que o utilizador poder tentar recorrer a este mecanismo
para a aquisio de equipamentos solares. Neste contexto,
importante atender taxa de juro proposta e escolher bem a
instituio de crdito.
Outra opo para fazer face ao investimento a aquisio de
um servio de venda de gua quente. J disponvel, este servio
ser semelhante aos servios convencionais de abastecimento
de gs natural ou de electricidade. O utilizador apenas compra
a gua quente fornecida pelo colector solar, a qual lhe factu-
rada de acordo com o consumo efectuado. O utilizador no
ter de suportar o encargo de compra do equipamento e asempresas prestadoras deste servio asseguraro, mediante con-
trato, a manuteno do sistema e o fornecimento de gua quente
por um perodo a acordar entre as partes. Para mais infor-
maes, ver a lista de empresas que fornecem este servio nosite www.aguaquentesolar.com.
Uma das formas de avaliar, do ponto de vista econmico, osbenefcios obtidos com a aquisio de um sistema solar o
tempo de retorno do investimento, isto , a razo entre o custo
do sistema (investimento inicial) e as poupanas mdias anuais
esperadas. Estas so calculadas considerando que, pelo facto de
se utilizar o sistema solar, a factura de energia convencional
(electricidade ou gs) reduzida anualmente num valor mdioequivalente energia fornecida pelo sistema solar.
Nos grficos seguintes representam-se os tempos de retorno do
investimento efectuado na aquisio do sistema solar considera-
do nos vrios exemplos desta brochura, para diferentes hipteses
de energia convencional substituda e para diferentes valores de
custo desta, admitindo-se que este preo se mantm constante
ao longo dos anos. Este tipo de apresentao dos resultados tem
a ver com o facto de o custo da energia substituda, nas suasvrias formas, ter tendncia a subir no futuro por via da escas-
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sez e da incorporao no seu custo das chamadas externalida-
des2 permitindo essa leitura uma compreenso por parte dos
utentes do interesse crescente na aplicao em sistemas solares
trmicos, pois os perodos de retorno tornam-se sempre muito
mais interessantes medida que sobe o custo da energia con-vencional. H que lembrar que um sistema solar, com equipa-
mento certificado e boa manuteno, pode durar 15 ou mais
anos em boas condies de funcionamento.
Ressalta tambm dos grficos o elevado impacto que representa
a deduo de 30% do custo do sistema no IRS.
Em cada um dos grficos esto representadas quatro curvas que
indicam o tempo de retorno do investimento nas seguintes
situaes:
a) Sistema solar instalado em habitao que j dispe de um
aparelho convencional correspondendo a um investimento a par-
tir de 1 750 euros;b) Situao idntica a a) considerando o investimento deduzido
do valor correspondente ao benefcio fiscal;
c) 3 Sistema solar instalado durante a construo do edifcio cor-
respondendo a um investimento de 1 250 euros;d) 3 Situao idntica a c) considerando o investimento deduzido
do valor correspondente ao benefcio fiscal.
Com a economia de energia proporcionada pelo aquecimento
solar, tem-se tipicamente o retorno do dinheiro investido no
equipamento entre 6 e 9 anos para as famlias que utilizam o
gs propano ou butano. Para as famlias que utilizam o gs natu-
ral, o tempo de recuperao do investimento um pouco maior,
resultando mais interessante onde o preo do gs natural formais elevado, consoante o concessionrio local e o volume degs consumido anualmente. Nota-se ainda uma diferena signi-
ficativa entre quem utilize a caldeira mural, cujo rendimento de
queima pode ser de cerca de 90%, e quem utilize o simples
esquentador, cujo rendimento pode ser to baixo como 65%.
Para quem utilizar a tarifa normal da electricidade para preparar
AQS em cilindros elctricos, sem beneficiar de forma inteligente
da tarifa bi-horria, os colectores solares so tambm uma
alternativa muito interessante.
14
2As externalidades no so
mais do que os custos que a
sociedade em geral tem de
suportar para minimizar osefeitos perversos no
ambiente resultantes da
utilizao normal e dos
acidentes de transporte e
explorao dos combustveis
de origem fssil.
3 Para situaes em que a
energia solar adoptadadurante a construo do
edifcio e sendo uma
primeira escolha de
aparelho de produo de
guas quentes sanitrias, o
tempo simples de retorno
ligeiramente inferior dado
que possvel obter
poupanas no custo do
sistema de aquecimento de
AQS, optimizando a sua
concepo relativamente a
uma situao de
readaptao.
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Comparao com Caldeira G NaturalAnos
euros/m3
0.45
28
24
20
16
12
84
0
0.50 0.55 0.60 0.65 0.70 0.75
Deduzindo 30% do Inv.Sem Benefcio Fiscal
Sem Benefcio Fiscal (*) Deduzindo 30% do Inv. (*)
Comparao com Esquentador G NaturalAnos
euros/m3
0.45
28
24
20
16
12
84
0
0.50 0.55 0.60 0.65 0.70 0.75
Deduzindo 30% do Inv.Sem Benefcio Fiscal
Sem Benefcio Fiscal (*) Deduzindo 30% do Inv. (*)
Comparao com Caldeira G PropanoAnos
euros/m3
2.60
12
10
8
6
4
2
0
2.65 2.70 2.75 2.80 2.85 2.90
Deduzindo 30% do Inv.Sem Benefcio Fiscal
Sem Benefcio Fiscal (*) Deduzindo 30% do Inv. (*)
Comparao com Esquentador G PropanoAnos
euros/m3
2.60
12
10
8
6
4
2
0
2.65 2.70 2.75 2.80 2.85 2.90
Deduzindo 30% do Inv.Sem Benefcio Fiscal
Sem Benefcio Fiscal (*) Deduzindo 30% do Inv. (*)
Comparao com Caldeira G ButanoAnos
euros/m3
1.00
14
12
10
8
6
4
2
0
1.05 1.10 1.15 1.20 1.25 1.30
Deduzindo 30% do Inv.Sem Benefcio Fiscal
Sem Benefcio Fiscal (*) Deduzindo 30% do Inv. (*)
Comparao com Esquentador G ButanoAnos
euros/m3
1.00
14
12
10
8
6
4
2
0
1.05 1.10 1.15 1.20 1.25 1.30
Deduzindo 30% do Inv.Sem Benefcio Fiscal
Sem Benefcio Fiscal (*) Deduzindo 30% do Inv. (*)
Comparao com Cilindros ElctricosAnos
euros/kWh
0.0517
28
24
20
16
12
8
4
0
0.0617 0.0717 0.0817 0.0917 0.1017 0.1117
Deduzindo 30% do Inv.Sem Benefcio Fiscal
Sem Benefcio Fiscal (*) Deduzindo 30% do Inv. (*)
FAMLIA DE 3 PESSOAS
(*) Sistema solar instalado durante a construo do edifcio.
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Uma instalao solar pode envolver a colocao de alguns equi-
pamentos em locais que eventualmente possam ficar visivelmen-
te transformados. No entanto, possvel e boa prtica ter emconta a integrao daqueles equipamentos nos locais onde se
instalam, para minimizar o impacto arquitectnico.
A orientao ptima (em Portugal) para os sistemas solares o
Sul e a inclinao 38. No entanto, um desvio de at 45 para
Este ou Oeste no prejudica mais de 5%, desde que a inclinao
se reduza para cerca de 25.
O sistema pode instalar-se respeitando a inclinao do telhado
da casa (isto minimiza o possvel impacto visual do sistema na
arquitectura do imvel), assegurando um ngulo mnimo de 8.
Quando possvel, o ngulo com a horizontal ser o de Latitude5. Para o caso de Lisboa poder ser de 35.
Os ngulos com a horizontal superiores a 35 favorecem o
Inverno e os ngulos inferiores a 35 favorecem o Vero, pelo
que, em instalaes de uso estival, a inclinao dever ser de 30
e, para instalaes de uso anual, a inclinao dever ser de 45,
sendo admissveis desvios de 15 para qualquer dos casos.
5. Integrao em Edifcios
Figura 4 Exemplo de boaintegrao arquitectnica de
um campo de colectores num
edifcio
Figura 5 Exemplo de m
integrao arquitectnica de
um campo de colectores num
edifcio
16
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Nos casos em que o sistema de captao de energia solar no
pode ser orientado a Sul (i.e., para Oeste ou Este), ngulos meno-
res com a horizontal (menor inclinao) beneficiam a captao.
Havendo possibilidade de escolher a orientao, o lado doOeste prefervel devido possibilidade de ocorrncia de nebli-
nas matinais que podem surgir em zonas litorais.
A instalao de sistemas do tipo monobloco a opo que, em
princpio, se apresenta como mais prtica para moradias. A sim-
plicidade de instalao em terraos e telhados orientados a Sul ea integrao do depsito e do colector numa unidade compacta
so vantagens importantes deste tipo de sistema. No entanto,
algumas das solues podem no ser compatveis com o sistema
monobloco, tanto em termos de instalao, como por razes
estticas. Nesses casos, poder ser mais adequada a utilizao
de sistemas no compactos (colectores e depsito separados).
Nos edifcios multifamiliares, geralmente prdios de habitao,
existem quatro opes bsicas para a integrao de uma
instalao de energia solar:
A - Sistema totalmente centralizado
Colectores comuns no telhado ou na fachada do edifcio, dep-
sito comum de gua quente e sistema de apoio comum consti-tudo por uma caldeira a gs.B - Sistema solar centralizado com apoios individuais
Colectores comuns no telhado ou na fachada do edifcio, dep-
sito solar comum de gua quente e sistemas de apoio individu-
ais (esquentador, caldeira mural ou termoacumulador) para cada
apartamento em linha com o depsito.C - Sistema de colectores centralizado
Colectores comuns no telhado ou na fachada do edifcio, dep-
sitos e sistemas de apoio individuais para cada apartamento.D - Sistema totalmente individual (monoblocos)
Semelhante ao descritos para moradias.
O ideal neste tipo de habitaes que o prdio seja construdo
de raiz com um sistema solar. Desta forma, evitam-se os naturais
incmodos com a obteno de aprovaes e autorizaes, comas obras no edifcio e com eventuais interrupes momentneas
do fornecimento de AQS. Caso o prdio no disponha de colec-
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tores solares, a sua instalao posterior construo poder teras implicaes atrs referidas, de onde se destaca a necessida-
de de ter a aceitao de todos os condminos e o mximo pos-
svel de utilizadores aderentes ao sistema, de forma a simplificar
e a viabilizar a implementao do mesmo. Estas situaes
podero ser simplificadas se o edifcio dispuser de uma pr-
instalao para o sistema solar (ver Anexo).
De referir ainda que, em breve, a regulamentao energtica
nacional para edifcios de habitao (RCCTE) vai introduzirnovas exigncias, com vista ao cumprimento de Directivas
Comunitrias relativas segurana de abastecimento energtico
e minimizao de impactes ambientais, as quais certamente
do um papel de relevo energia solar.
No novo RCCTE, os edifcios vo ter um "oramento energtico"
para aquecimento, arrefecimento e preparao de AQS. O contri-
buto das energias renovveis no contabilizado nesse "oramen-
to". Portanto, o recurso a colectores solares de produo de AQSvai ser uma forma de conseguir satisfazer os requisitos do RCCTE.
Dado que os edifcios passaro tambm a ter um "certificado ener-
gtico", o aquecimento de guas sanitrias com colectores vai tor-nar os edifcios melhor classificados em termos de consumos de
energia, o que lhe vir a dar um maior valor comercial.
Neste mbito, o Programa para a Eficincia Energtica em
Edifcios (P3E) tem tido um papel importante, como instrumento
de actuao, sobre o lado da procura, para uma utilizao mais
eficiente de energia nos sectores residencial e de servios.
Figura 6
A, B - Sistema totalmente cen-
tralizado Sistema centraliza-
do com apoios individuais
C, D - Campo de colectores
Sistemas individuais
1 - Campo de colectores 2 - Depsito solar 3 - Depsito de apoio 4 - Sistema de apoio
1 1 1 12 2
34
3
4
3
4
3
4
3
4
3
4
3
4
4
4
4
SISTEMA A
contador de gua quentecontador de gua fria
SISTEMA B
contador de gua quentecontador de gua fria
SISTEMA C
contador de gua quentecontador de gua fria
SISTEMA D
contador de gua quentecontador de gua fria
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A integrao de uma instalao solar trmica num edifcio j
construdo apresenta algumas dificuldades, na maior parte das
vezes de fcil resoluo, geralmente resultantes da localizao e
montagem dos colectores e depsito, da colocao de tubagens
e cabos elctricos e da compatibilidade com o sistema de apoio.No final desta brochura, apresentam-se alguns conselhos sobre
este tema.
A fase de consulta de mercado para seleco de equipamento e
fornecedores um passo muito importante no processo de aqui-sio de colectores solares para aquecimento de guas
sanitrias. Primeiro, o futuro utilizador deve familiarizar-se com
os termos e aspectos tcnicos mais relevantes desta tecnologia,
de forma a facilitar o dilogo com os potenciais fornecedores eo entendimento das propostas recebidas. Poder para isso recor-
rer a www.aguaquentesolar.com, trocar impresses com outros
utilizadores ou consultar bibliografia da especialidade.
Aps esta fase preparatria, o futuro utilizador poder abordar o
mercado, seguindo alguns princpios orientadores, nomeadamente:
- consultar mais do que uma empresa, para assim comparar pro-
postas e optar por aquela que melhor lhe convier;
- exigir garantia total de, pelo menos, 6 anos;- solicitar uma visita prvia do fornecedor ao local, para que omesmo nunca possa invocar falta de conhecimento ou o forneci-
mento de dados errados;
- abordar empresas com profissionais e equipamento certifica-
dos, no se esquecendo de exigir os respectivos comprovativos
de certificao dos equipamentos de acordo com as Normas
Europeias (EN 12975-1/2 e EN 12976-1/2).
Nesta abordagem, o futuro utilizador dever solicitar propostasescritas s empresas, as quais devero incluir alguns aspectos
relevantes, nomeadamente:
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6. Escolha e Aquisio de Colectores /
Sistemas Solares
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- descrio do sistema e seus componentes, incluindo marca,
modelo e capacidade (se aplicvel);
- custo total do sistema, incluindo discriminao dos custos de
material, de equipamentos e de mo de obra;
- previso dos encargos com assistncia e manuteno aps operodo de garantia;
- estimativa de desempenho e perspectivas de retorno do investimento;
- condies de pagamento, de preferncia com o pagamento
deferido para aps a instalao e confirmao da operacionali-
dade do sistema;
- durao e condies de cobertura da garantia e condies demanuteno peridica durante a sua vigncia;
- lista de referncias de instalaes j realizadas.
Aps anlise e ponderao cuidadas das propostas recebidas, o
utilizador dever confirmar a aceitao da proposta do fornece-
dor escolhido, passando ento a mesma a ter a validade de um
contrato escrito.
Os utilizadores destes equipamentos devem escolher apenas
dentre colectores certificados que correspondem a equipamento
que foi ensaiado em laboratrio acreditado e cuja continuada
qualidade de produo assegurada por ensaios peridicos de
unidades seleccionadas aleatoriamente pelo CERTIF, uma entida-
de integrada no Sistema Portugus de Qualidade.
A certificao um processo que permite dar uma maior garan-
tia ao utilizador final, visto que o produto certificado apresenta
caractersticas de qualidade comprovada relativamente a produ-
tos no certificados, designadamente:
- o produto foi sujeito a ensaios rigorosos e passou nos critrios
de aceitao/rejeio da norma de requisitos;
- a produo controlada atravs de um sistema implementado
pelo fabricante e inspeccionado pela entidade certificadora, oque garante que o produto ensaiado representativo do produ-
to colocado no mercado pelo fabricante.
7. Certificao e Garantias
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Est actualmente em curso um programa nacional de certificao
de equipamento e de profissionais ligados ao sector. Os instala-
dores certificados s trabalham com equipamentos certificados
(ver www.aguaquentesolar.com). Assim sendo, a opo do ut iliza-
dor dever ser sempre por equipamento certificado.
semelhana de outros produtos, o fornecimento de equipa-
mentos solares deve ser acompanhado de um certificado de
garantia total de qualidade. As condies e o perodo de vign-
cia da garantia revelam a confiana que o fornecedor tem no
seu produto e tendem a assegurar ao utilizador uma utilizaolivre de complicaes durante, pelo menos, 6 anos.
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DECLARAO
"GARANTIA DE INSTALAO DE SISTEMAS SOLARES TRMICOS"
_______contribuinte n____________, empresa instaladora/instalador de sistemas sola-res n ___________ (ou data em que frequentou o curso no INETI), declaro que o siste-ma de aproveitamento de energia solar para o aquecimento de guas instalado em:
______________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________ foi instalado de acordo com o projecto de instalao que me foientregue, e que se encontra abrangido por uma garantia total de seis (6) anos a contarda data indicada no final desta declarao, incluindo operaes de manuteno. A pre-sente garantia perde totalmente a validade nos seguintes casos:
1 - Em toda e qualquer alterao executadas por terceiros;2 - Na manipulao indevida por parte do utilizador ou pessoas alheias nossa empre-sa;3 - No no cumprimento das condies previstas no manual do utilizador;4 - Na recusa de permisso de acesso instalao;5 Quando no nos sejam comunicados, logo que detectados, danos fsicos a qualquerum dos elementos da instalao, com ou sem fugas de liquido;6 Por alterao da fonte de abastecimento de gua, sem conhecimento prvio ao insta-lador
Esto igualmente excludas da garantia danos causados por:
7 -. Calamidades naturais: terramotos, furaces, inundaes, etc.;8 - Causas externas: incndios, roubo ou actos de vandalismo ( da responsabilidade docliente a compra de um seguro que preveja estas possibilidades).
A presente declarao feita em dois originais que iro ser assinados pelo instalador epelo cliente de que ser enviada cpia para o observatrio da IP AQSpP. (Estrada de
Alfragide, Praceta 1, n 47, 2720-537 Amadora), pela empresa instaladora/instalador.
_________________, _____/____/______
Cliente:
Empresa instalador/Instalador:
Nota: No caso de empresa esta declarao ter de ser feita em papel timbrado da mesma
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Tal como noutros projectos que envolvem equipamentos e infra-
estruturas imveis, podem surgir situaes de conflito que
obstem normal instalao e utilizao de colectores solares.Os instaladores qualificados esto adequadamente preparados
para proporcionar um bom servio, respeitando as normas e
regras de boas prticas e utilizando equipamento e colectores
certificados. No entanto, nos casos em que o utilizador se depa-
re com um problema cuja responsabilidade julgue ser do insta-
lador e/ou do fabricante do equipamento, dever reclamar junto
destes. Caso a reclamao no seja atendida, o utilizador poderrecorrer ao Observatrio que funciona na ADENE para apresentao
da sua reclamao ou queixa (ver www.aguaquentesolar.com).
8.1 Condomnios
No caso de prdios que no disponham de um sistema solar de
origem, a instalao posterior de colectores solares implica nor-
malmente a respectiva aprovao pelo condomnio. importan-
te falar com os outros condminos e sensibiliz-los para as van-
tagens do sistema solar, pois, se todos aderirem, a soluo sermais simples. Dever-se- ter presente que a utilizao de reas
comuns (telhados, terraos, etc.) carece da aceitao formal em
assembleia de condminos. Para alm disso, nos casos que
impliquem alteraes significativas na fachada do edifcio, con-
vm consultar previamente a Cmara Municipal para obteno
de eventual autorizao (quando exigido). Naturalmente que
estas situaes no existem ou so de mais fcil resoluo emedifcios novos com sistema solar instalado de origem ou com
uma pr-instalao para o mesmo.
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8. Resoluo de Conflitos
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8.2 Direito ao Sol
Em relao construo futura de outros edifcios nas proximi-
dades, importa ter em conta a possibilidade de estes virem aprovocar sombras nos colectores solares. Ainda no h uma lei
em Portugal que garanta o acesso ao Sol. Porm, em alguns
casos possvel, atravs da consulta na Cmara Municipal do
respectivo Plano Director, prever que imveis podero ser cons-
trudos nos terrenos a Sul do seu. Essa informao poder ser
utilizada para adaptar a localizao do campo de colectores.De referir ainda o caso particular do futuro Servio de Venda de
gua Quente Solar, onde estas e outras questes podero ficar
a cargo da empresa prestadora do servio. Neste caso, o uti-
lizador dever atentar ao contrato de prestao do servio e
assegurar que o mesmo salvaguarda os seus interesses e contm
indicaes claras das responsabilidades das partes.
A pr-instalao visa tornar mais fcil uma instalao posteriorde um sistema solar no edifcio. Esta tcnica assenta na intro-
duo no imvel de alguns elementos que facilitem uma monta-
gem posterior do sistema solar. Permite ultrapassar algumas das
dificuldades mais comuns na fase de instalao, nomeadamente
a implantao dos colectores e depsito, a colocao de tuba-
gens e cabos elctricos e a integrao com o sistema de apoio.Podem-se distinguir dois tipos de pr-instalao: as realizadasem edifcios novos (de preferncia ainda na fase de projecto) e
as introduzidas na fase de reabilitao de edifcios j existentes
(geralmente em condomnios). Em qualquer dos casos, h alguns
aspectos que os utilizadores e os projectistas devem assegurar
que existam na pr-instalao, nomeadamente:
- no caso de sistemas tipo monobloco, a ligao com o apoio
energtico ou com o circuito de distribuio interior, a qual
deve incluir uma tubagem para alimentao de gua fria aocolector e outra (com isolamento trmico) para fornecimento
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Anexo - Pr-instalao
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de gua quente ao interior da residncia. A pr-instalao tam-
bm deve ter previsto o conjunto de ligaes elctricas neces-
srias para os elementos de controlo e/ou alimentao do equi-
pamento;
- no caso de sistemas no integrados (colector e depsitos sepa-rados), o espao para montagem tanto do colector como do
depsito, bem como as ligaes entre estes componentes. Deve
tambm ser instalado um tubo guia para colocao da sonda de
temperatura dos colectores e outros elementos de controlo;
- um by-pass para as ligaes ao depsito solar, o qual deve ser
instalado a montante do equipamento de apoio, de forma a que,mediante uma simples actuao de vlvula, se proceda ao aco-
plamento do sistema solar ao circuito de consumo.
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1 - Colector(es) solar(es)
2 - Bomba circuladora3 - Vlvula de trs vias
4 - Ligao ao apoio energtico
5 - DepsitoCD - Controlo diferencial.
Figura 8 Ilustrao de um
sistema solar com os negati-
vos da rede de tubagem
1
2
3
4
5
CD
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gua Quente Solar para Portugal
Esta brochura editada no mbito da Iniciativa Pblica
"gua Quente Solar para Portugal", promovida pela
DGGE para criar um mercado sustentvel de colectores
solares com garantia de qualidade para o aquecimento
de gua em Portugal.
Iniciativa executada por
abr_
04