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Câncer no BrasilDados dos Registros de

Base Populacional

Rio de Janeiro - 1991

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Câncer no BrasilDados dos Registras de

Base Populacional

EdItorMariaT~ Bostem""te Teise.ita.\

Co-Ed1toresAnlOWo CariaI EIlima MuuciuJo

Eduardo Barre. FrancoGubw Azevedo e SDvI Meacbaça

LDcilia Reis PiDhe.iroMarix Souto Rebelo

PartldplattsRepro de CInccr de Bale Populaciona.! de Be1tm

Seadaria de &tado de Sa6de P6blic1

Av. Alcino c.ec.la. 1966 • Be.l!m • PA· CEP 66000

CoordeJwlor. AnltDOr Madeira Neto

Reaisuo de Clnoer de Base Populacional de Fortaleza

lnltituto de C1noer do Cead

Rua Papi Junior 1222 Rodolfo Teofilo • Fonaleza - CE • CEP 60430

Coordenador: Marcelo Omiti Carlos di Silva

Repstro de C1ncer de B_ Populacional de Recife

Faculdade de Medicina· OFPE

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Coordenador: Manocl Ricardo da Costa Carvalho

Relistro de CIncet de Base Populacional de Sio Paulo

faculdade de Sa6de Póblica • USP

Av, Dr. Amaldo. 715 • Sio Pulo· SP • CEP 01225

Coordcaador: AntOnio Pedro MUra

Repsuo de CIn<:cr de Bue Popu1aeioaal de Parto Alep.

Sc:aetaria &tadual de Sa6de c do Meio Ambiente

Rua Wu.lúAllc. Luiz. 868 Cidade Baixa • Porto AleI" . RS • CEI" 90010

Coordenador: PMdo ReceDl Graai

Repsao de CIDccr de Bale Populacioaal de GoilaiaFudaçIo Leidc das Ncva Fc.mira

RUI 16 A, 792 Selor Aeroporto • OollDia • ao . CEP 74(0)

CoordcDadc:n: Muia 'aula Cu.rwjo

ReT\sioJ<qe Eôwdo Fipeiredo de Oliveira.. Wauderley

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© 1991, Ministério da Saúde

É permitida a reprodução parcial ou total desta obra. desde que citada a fonte.

Criação, redação, editoração,

distribuição e informações:

Instituto Nacional de Câncer ( INCa )

COOrdenação de Programas de Conuole de Câncer ( Pro-Onco )

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Tels.: (021) 26H5681253-19561263-8565

Fax: (021) 263-8297

Ficha catalngrãfica

Ministério da Saúde. Institutn Nacional de Câncer ( INCa ).COOrdenação de Programas de Conuole deCâncer ( Pro-Onco ).

Câncer no Brasil. Dados dos Regislros deBase Populacional. Rio de Janeiro - 1991/Ministério da Saúde, Instituto Nacional deCâncer, COOrdenação de Programas deConuole de Câncer, 1991

1. Registros de Base Populacional - dadosDados estalÍsticos sobre incidência decâncer DO Brasil. I. Titulo.p.36

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sUMÁRIo

Apresentação .Prefácio .Introdução .Metodologia .

Dados Geográficos e DemográficosBrasil.. .Bel6m .Fortaleza .Recife .São Paulo .Porto Alegre .GoHinia .

incidência de cAncerLocalizações mais freqüentes - masculino ..Localizações mais freqüentes - feminino .Todas as Localizações ( Exceto 173 - pele) .151- Estômago .162 -Pulmão .174 - Mama Feminina ..179 +180 - Colo de Útero .185 • Próstata .153 +154 - Cólon e Reto .

Mortalidade e incidênciaBe16m - 1987 .Fortaleza - 1983 .Recife - 1980 .São Paulo -1978 .Porto Alegre - 1987 .Goiânia - 1988 .

Dfini - Es •.e çoes tatiStlcas .

Bibliografia .

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APRESENTAÇÃO

o Instituto Nacional de Câncer,cumprindo suas finalidades constitucionais,apresenta pela primeira vez o resultadodo trabalho dos Registros de BasePopulacional, instrumento indispensávelpara o estudo da morbidade e mortalidadepor câncer.

O trabalho que agora publicamosrepresenta um esforço muito grande dealguns abnegados e que esperamos possase solidificar e ser publicado regularmentecom o apoio do INCa.

O país carece de estatísticas confiáveisem saúde, coletadas por pessoal competentee analisadas por epidemiologistas deformação em câncer. O presente fascículoconsubstancia a associaçâo de todas essasvirtudes. Os que trabalharam aqui constituemo que temos de melhor e passaram pelocrivo e análise do Instituto Nacional deCâncer.

Em 1982 publicamos o livro Câncerno Brasil - Dados Histopatólogicos ­1976-1980, que representou o primeirogrande estudo sobre as freqüências relativasde tumores com base no Registro Nacionalde Patologia Tumoral. A versão número 2

está no prelo e deve ser publicada nopróximo mês, tendo como título RegistroNacional de Patologia TumoralDiagnósticos de Câncer - Brasil ­1981185.

Cabe ao INCa estimular e apoiarde todas as formas as bases definitivaspara que os Registros de BasePopulacional e Hospitalar passem arepresentar a fonte principal de dadospara o estudo epidemiológico de câncer.

O INCa, no momento em quepublica pela primeira vez os Dados dosRegistras de Base Populacional, agradecea Antenor Madeira Neto, MarceloGurgel C. Silva, Manoel Ricardo deCosta Carvalho, Antonio Pedro Mirra,Paulo Recena Grassi e Maria PaulaCurado, sem os quais teria sidoimpossível essa realização.

Marcos F. MoraesDiretor

INSITIUfO NACIONAL DE CÂNCER

MINISTÉRIO DA SAÚDE

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PREFÁCIO

Este trabalho, que apresenta os dadosdos Registros de Câncer de BasePopulacional do Brasil, RCBP, hoje emnúmero de seis, é o primeiro neste sentidono país. Esta publicaçâo tem por objetivoprincipal funcionar como umreconhecimento e um estimulo a todosaqueles que direta e indiretamente vêmcontribuindo para a manutençâo econsolidaçâo dos Registros.

É propósito fundamental do InstitutoNacional de Câncer, através daCoordenadoria de Programas de Controlede Câncer (Pro-Oncol, desde sua criaçâoem 1987, estabelecer mecanismos quepossibilitem dotar O país de instrumentosconfiáveis em relaçâo à morbidade porcâncer, e inegavelmente os Registros deBase Populacional se constituem no maisimportante destes instrumentos.

É com grande satisfaçâo que, aoapresentarmos esta publicaçâo, estamostambém fazendo a divulgaçâo dos primeirosdados relativos às Regiões Centro-Oestee Norte, através dos Registros de Goiâniae de Belém, implantados em 1986 e 1987respectivamente. Vemos assim que, apesardo reconhecimento das dificuldades a seremenfrentadas, ainda existem profissionaisda área de saúde capazes de se empenharemna busca de objetivo tâo pouco reconhecidoem nosso país. A partir de agora, portanto,temos as cinco macrorregiões brasileiras

contempladas, sendo a Regiâo Nordestedetentora de dois Registros: Fortalezae Recife.

Outro trabalho importante naaferiçâo da morbidade por câncer noBrasil que estamos procurando estimulare apoiar é o dos Registros Hospitalares.Já podemos registrar, hoje, a existênciade dez registros implantados ou emfase final de implantaçâo, ao mesmotempo em que temos constatado umcrescente interesse por parte dosadJilinistradores dos hospitais e serviçosde câncer em dotar sua instituiçâo deum registro hospitalar. Isto, num futuropróximo, além de melhorar a qualidadeda informaçâo, facilitará sobremaneiraa coleta ativa desenvolvida pelos RCBP.

Finalmente, estamos certos deque esta publicaçâo, ao possibilitar ummaior conhecimento da incidência eda mortalidade por câncer no Brasil,fator fundamental na eficácia das açóesde controle, contribuirá para a reduçâoda morbi-mortalidade desta que já seconstitui hoje uma das mais importantescausas de morte no nosso país.

Evaldo de AbreuCoordenaçlo de Programas de ColllrOle de Clncer (pro-Onco)

INsmuro NACIONAL DE CÂNCER

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INTRODUÇÃO

Câncer é uma importante causade óbito entre os indivíduos em idadeprodutiva no Brasil. Em 1980 o câncerfoi responsável por 10% de todos osóbitos registrados, sendo que, em re­giões de melhor nível sócio-econõmi­co, este percentual chegou a 14%, en­quanto que, em áreas carentes, foi de7% (Ministério da Saúde, 1983).

Os neoplasmas, que em 1930 ocu­pavam o quinto lugar, perfazendo ape­nas 2,7% do total de causas de morteno país, tiveram sua freqüência relati­va consideravelmente aumentada nasdécadas seguintes (ENSP, 1984). A par­tir de 1970 os óbitos por doenças infec­ciosas e parasitárias deixam de ocuparo primeiro lugar entre as causas demorte, dando lugar aos óbitos decorren­tes das doenças do aparelho circulatório,das causas externas e do câncer.

Considerando-se que para muitasdas neoplasias malignas a letalidadecontinua alta e a sobrevida reservada,na realidade este aumento da mortalida­de por câncer reflete em última instân­cia um aumento na incidência dos tumo­res malignos na população.

É evidente, porém, que algunsfatores podem estar contribuindo paraisto; entre eles destacam-se a melhoriada qualidade da informação sobre amortalidade e o aumento da vida média

da população, o que implica um maiortempo de exposição a fatores potencial­mente cancerígenos ao longo desses anos.

Sendo assim, o conhecimentode diferenças regionais em termos deocorrência do problema são imprescin­díveis para a complementação de pro­gramas assistenciais e preventivos.

Esta publicação apresenta os da­dos relativos à incidência de câncerem seis capitais brasileiras nas quaisexistem Registros de Base Populacional.

As limitações boje existentes noque diz respeito à atualização dos da­dos e ao aprimoramento da informaçãonão invalidam o esforço para consolida­ção dos mesmos. Ao contrário, divul­gá-los e torná-los mais acessíveis con­tribuirá, certamente, para melhorar suaqualidade, na medida em que qualquersistema de informação tende a se aper­feiçoar na razão direta da utilizaçãode seus dados.

Sistema de Informação em Cân­cer é fundamental para O fornecimentode subsídios para a melhor compreen­são do problema no país. É a partir debases sólidas, que garantam o reconhe­cimento da ocorrência do câncer nasdiversas regiões do país, que será possí­vel traçar estratégias que visem à pre­venção do câncer e à sua assistência.

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METODOLOGIA

As técnicas e procedimentos em­pregados para a apresentação da informa­ção são descritas a seguir de forma apermitir que o leitor fique familiarizadocom a metodologia utilizada.

Fonte de dadosOs dados de iocidência e mortali­

dade do Registro de Fortaleza são inédi­tos e referem-se ao ano de 1983, assimcomo os de Porto Alegre, para o anode 1987.

Os dados de Belém e Goiãnia sãorelativos aos anos de 1987 e 1988, res­pectivamente.

Os dados sobre incidência de cân­cer relativos ao Registro de Recife (1980)foram extraídos da publicação CancerIncidence in Five Continents, volumeV (Waterhouse et aI., 1987) e os de mor­talidade foram fornecidos pelo próprioRegistro, através do Instituto Ludwig.

Para São Paulo os dados tabula­dos mais recentes referem-se ainda a1978 e foram extraídos das publicações:Incidência de COncer no Município deSão Paulo (Mirra, Franco, 1985) e Can­cer Mortality in São Paulo (Mirra e Fran­co, 1987).

A codificação dos casos foi feitasegundo a Classificação Internacionalde Doenças, Lesões e Causas de Óbito:9' revisão (CID 9', 1979), em três digi­tos, de forma a identificar a localizaçãoanatômica da neoplasia maligna. Estesdados foram tabulados por sexo e idade.

Com vistas à obtenção dos deno­minadores populacionais para o cálculodos coeficientes foram feitas projeçãesa partir dos dados do Censo-Brasil 1970e 1980 (FIBGE-Censo, 1974 e 1983) pa­ra se obter o número de habitantes porfaixa etária, segundo o sexo.

Cálculo dos coeficientesForam calculados os coeficientes

brutos e específicos por idade, para ca­da sexo, por grupos etários de 5 anosaté 74 anos e 75 e mais.

Para se proceder às comparaçôesentre registros, os coeficientes foram pa­dronizados por idade segundo a popula­ção mundial (Smith, 1987).

O programa utilizado para o cálcu­lo das taxas foi o Ratecalc (Campos Fi­lho, Franco, 1987).

Apresentação dos dadosSão apresentados os coeficientes

de incidência para todas as localizaçôesanatômicas e para as mais freqüentes (es­tômago, mama, colo de útero, pulmão,próstata, cólon e reto).

Foi evidente a importância doscasos registrados como neoplasias malig­nas de pele. O câncer de pele foi o maisfreqüente em ambos os sexos em Goiâ­nia. No sexo masculino foi também omais freqüente em São Paulo, Recife eBelém e o segundo mais incidente emFortaleza e o terceiro em Porto Alegre.

No sexo feminino foi a segundalocalização mais registrada em São Pau­lo e a terceira em Recife, Porto Alegre,Belém e Fortaleza.

Optou-se, porém, por seguir o pa­drão de apresentação internacional ondeos tumores malignos de pele são trata­dos à parte, devido à baixa malignidadeda grande maioria dos casos.

A seguir são apresentados os valo­res absolutos e os coeficientes de morta­lidade e incidência por todas as localiza­ções anatômicas por sexo para cada umadas cidades com Registro de Câncer.

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BRASILDADOS GEOGRÁFICOS E DEMOGRÁFICOS

País da América do Sul, situado em suaporção centro-oriental, O Brasil é o mais exten­so da América Latina e um dos maiores do mun­do. Apenas dois países da América do Sul nãotêm fronteiras com o Brasil: o Equador e o Chile.

O relevo brasileiro caracteriza-se pelasbaixas altitudes; cerca de 58% do território estãoa menos de 300 metros acima do nível do mar;as maiores áreas correspondem aos planaltos cris­talinos ou sedimentares, seguindo-se as terras bai­xas e planas de natureza sedimentar - planíciesbrasileiras.

O Brasil acha-se estreitamente ligado àságuas do Oceano Atlântico, por seu extenso lito­ral pouco recortado e por uma rede fluvial classi­ficada como uma das mais ricas do mundo e quenas águas do Atlântico desembocam.

O Brasil, tendo a maior parte de seu terri­tório localizada entre o Equador e o Trópico deCapricórnio, e não possuindo relevo de grandesaltitudes, caracteriza-se por sua tropicaJidade, des­frutando das influências benéficas resultantes desua posição no hemisfério meridional, que se no­tabiliza pelo equilíbrio térmico.

Na configuração do quadro climático, oBrasil possui cinco tipos: o equatorial, com tem­peraturas elevadas e chuvas abundantes (caracte­rístico da Amazônia); o tropicaJ, com temperatu­ras elevadas e existência de duas estações bemdefinidas, a chuvosa e a seca (característica doPlanalto Central e Meio-Norte); o semi-árido, comtemperaturas elevadas e chuvas escassas (caracte­rístico do Sertão do Nordeste); o tropical de altitu­de, com temperaturas amenas e chuvas distribuí­das pelo ano todo sem estação seca (característi­co de parte do Sudeste e da Região do Sul do país).

O regime das chuvas preside a distribui­ção geográfica contrastante dos vários tipos devegetação, que ocupam mais da metade do territó­rio brasileiro, a saber: Floresta Amazónica, ~a­ta Atlântica, Mata da Araucária ou Pinheirais,os Babaçuais, as caatingas e os cerrados.

O Brasil ocupa uma área de 8.511.965km.2 e conta com uma população estimada de141.452.187 habitantes (1987), ficando entre osmais populosos países do mundo, porém comuma fraca densidade demográfica.

o Brasil é uma Rep6blica Federativacomposta de 26 estados e O Distrito Federal,onde se localiza a capital do país - BrasOia.

O país é dividido em cinco grandesregiões, que constituem a Divisão Regionaldo Brasil, formada por extensos blocos territo­riais com característicos traços comuns (tIsi­cos, humanos, econômicos e sociais), porémse tornando bem distintas umas das outras;são elas: Região Norte, Região Nordeste, Re­gião Centro-Ceste, Região Sudeste e Região Sul.

O país apresenta grandes desníveis deordem econômico-social, com áreas de gran­de concentração de renda (Sul-Sudeste) e áre­as de renda muito baixa (Norte-Nordeste).Nas áreas menos favorecidas o retrato se com­pleta pelo reflexo no nível de saneamento bá­sico, no nível e natureza da alimentação, nosproblemas de saúde em geral e de educação.O baixo grau de urbanização essencial e deeducação básica nessas áreas, em associaçãocom a desnutrição e os problemas de assistên­cia à saúde, agravam o quadro, no qual se in­clui a criação de condições propícias (mauscuidados de higiene, por exemplo) ao desen­volvimento de diversas patologias, o câncerentre elas.

O acompanhamento contínuo e siste­mático da incidência de câncer regionalmen­te constitui um dos principais componentesda vigilância epidemiológica desta patologia.Para realizar esta atividade foram criados osRegistros de Câncer de Base Populacional,que, no Brasil, foram geograficamente distri­buídos. O RCBP de Recife, na região Nordes­te, foi o primeiro a ser criado no país, em1967, após o qual se seguiram os RCBP deSão Paulo, na Região Sudeste (1969), de For­taleza (Região Nordeste, 1971), de Porto Ale­gre (Região Sul, 1973), de Goiânia (RegiãoCentro-Oeste, 1986) e o de Belém (RegiãoNorte, 1987).

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BELÉMDADOS GEOGRÁFICOS E DEMOGRÁFICOS

Id.d. PIRÂMIDE POPUlACIONAL DA REGIÁO METROPOLITANA DE BElÉM. 1987

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75 e·70-74

65-6960-64

55-59

50-5445-49

40-44

35-3930-34

25-29

20-2415-1910-14

5-90-4

homens

No5945433(o)

R'm•..--mulheres

No644016(-)

6 6 4 2 012345678~

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Cidade do Norte do Brasil, capital doEstado do Pará. Sua situação geográfica, juntoa uma das das bocas da foz do Amazonas, co­loca-a em posição privilegiada em relação àAmazônia, da qual é a porta de entrada.

A cidade de Belém está edificada noãngulo fonnado pelo Rio Guamá, ao sul, coma Baía de Guajará a oeste. A área urbana écaracteristicamente plana, com poucas altitu­des. Belém apresenta clima quente e úmido,sem estação seca, com média térmica de 26°Ce constância de temperatura o ano todo. Aschuvas em Belém são freqüeotes, e a região,como conseqüência diret3 do clima, é cober­ta por floresta de tipo equatorial.

Graças à sua posição geográfica, domi­nando a entrada de uma das mais vastas re­giões da América do Sul, Belém é denomina­da a Metrópole da Amazônia.

Até a implantação do RCBP na áreametropolitana de Belém, o único indicador amedir a importância do câncer no Estado eraa mortalidade.

A área metropolitana de Belém é cons­tituída pelas cidades de Belém e Ananindeua,com uma área de 718 km'; tem uma popula­ção de médio porte estimada em 1.239.451babitantes (1987), eminentemente jovem, à

semelhança de todo país; esta popula­ção representa cerca de 29% do total da popu­lação do Estado do Pará.

Em reunião coordenada pelo Ministé­rio da Saúde em 1987 e que contou com aparticipação dos estados que então desenvol­viam o RCBP (pernambuco, Ceará, Goiás,São Paulo e Rio Grande do Sul), ficou defini­do que a região Norte, através de um. de seusestados, deveria ser parte integrante desse tra­balho. A escolha recaiu no Estado do Pará,por apresentar sua capital condições técnicasideais para o trabalho em questão.

Desse modo, a Comissão lnterinstitu­cional de Saúde - CIS, em convênio com oMinistério da Saúde - MS, através do Departa­mento de Áreas EspeciaislDivisão de Contro­le de Doenças Crónico-Degenerativas daSespa, implantou o Registro de Câncer de Ba­se Populacional na área metropolitana de Belém,um 20 de julho de 1987, ficando este comoparte integrante do Núcleo de Pesquisa da Se·cretaria de Estado de Saúde Pública.

Em 1991 foi publicado o l' relatóriode câncer da área metropolitana de Belém,com dados preliminares referentes ao ano de1987. No presente texto apresentamos essesdados já revisados.

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FORTALEZADADOS GEOGRÁFICOS E DEMOGRÁFICOS

Idade PIRÁMIDE POPULACIONAL DE FORTALEZA. U8J

75 e+70-7465-69

60-64

55-5950-5445-4940-44

35-39

30-3425-29

20-2415-19

10-14

5-90-4

homens

N·666514 C·)

mulheres

N'773966C-)

6 7 6 5 4 3 2 1 O 2 4 6 6 10 %

Cidade no Nordeste do Brasil, capitaldo Estado do Ceará; é a segunda cidade daRegião Nordeste. Estã localizada na planíciecosteira, à margem do Oceano Atlântico, emtrecho onde são abundantes as formações dedunas. Situada em área de clima tropical, tcmuma temperatura média anual de 31'C.

Além de sua importante função políti­co-administrativa, ~ Fortaleza centro comer­ciai, industrial e educacional. A atividade co­mercial aumenta por ser sede de firmas queexportam os produtos do Estado, ao mesmotempo que 6 centro de abastecimento do inte­rior. A atividade industrial concentra-se nasfábricas de tecidos e de beneficiamento deprodutos naturais. A atividade educacional temsua maior expressão na Universidade do Cea­rã, que congrega várias faculdades, e nos esta­belecimentos de ensino de l' e 2' graus e téc­nico-profissional.

A área geográfica de cobertura do Re­gistro de Câncer de Fortaleza se restringe ape­nas ao município de Fortaleza, que ocupauma área de 336 km'.

Fortaleza, com uma população estima­da em 1.442.500 babitantes (1983), concentramais 25% da população do estado e experi-

menta crescimento demográfico expressivo.O RCBP do Ceará foi instalado e·im­

plantado em 1971, sob os auspícios do lnstitu­to do Cáncer do Ceará (ICC), instituição civilde carácter beneficente médico-social. O Re­gistro de Câncer de Fortaleza eatá vinculadoa uma entidade de caráter privado.

O RCBP de Fortaleza teve seus dadosdo período de 1978/82 publicados pelo lnter­national Agency for Research on Cancer(lARC), no Cancer Incidence in Five Conti­nents, volume V, de 1987.

Em continuidade, esses dados forampublicados em 1982, através da Secretaria deCultura e Desporto do Cearã, o livro COneerem Fortaleza - Morbidade e Mortalidade, comos dados do período de 1978/80, sendo editorMarcelo Gurgel Carlos da Silva.

O RCBP do Cearã mantém a continui­dade de suas atividades superando as dificul­dades existentes; apresentam-se nesta publica­ção os dados referentes a 1983.

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RECIFEDADOS GEOGRÁFICOS E DEMOGRÁFICOS

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ldld. PIRÁMIDE POPULACIONAL DE RECIFE. 1980

75 e+70-74

65-6960-64

55-59

50-54

45-49

40-44

35·3930-34

25-2920-2416-19

10-14

5-90-4

homens

N·560509(·)

­IR\'I

**~--

mulheres

N·643171(·)

7654321012345678%r') lDcJaj 1Gl homfDl e 119 mulhua com klade lpondJI

Cidade do Nordeste do Brasil, capitaldo Estado de Pernambuco, situada na grandecwva que descreve o litoral do país, projetan­do-se em direção à África.

Localiza-se na mais rica região nordesti­na, a Zona da Mata, faixa de clima tropicalúmido, que se beneficia da presença de solosf~rteis. derivados da decomposição de rochascristalinas, onde a cana-de-açúcar encontrou ex­celentes condições de reprodução.

Apoiada basicamente nessa função eço.

nômica, pôde a cidade expandir sua área de in­fluência pelo interior do Nordeste, em ZODas

de clima sub úmido e semi-árido, como a doSertão Nordestino e praticamente por todo O

Nordeste, especialmente Alagoas, Paraíba e RioGrande do Norte, o que lhe valeu o título deMetrópole do Nordeste. A Cidade do Recife 10­

caliza·se entre locais apropriados à existênciade portos de mar, no litoral do Nordeste, emgeral sem recortes. Assenta-se numa planíciesituada no estuário do Rio Capibaribe, ondeuma linha de recifes protege das águas do oce·ano. Próximo à orla costeira, o rio e o mar cons­truíram uma esp6cie de arquipélago, com a con­tribuição de outros cursos d'água menores, prin­cipalmente o Beberibe. Daí a existência de pia.níeies alagadiças e de manguezais, que comple­tam o quadro natural.

Esse permanente contato com a águajustifica a nome de Veneza Brasileira, que lhe

tem sido dado.A cidade tem temperatura tropical e

úmida, uma área de 209 k:m.2• representando21% da área ocupada pelo estado. A população,essencialmente urbana, ~ de 1.203.680 habitan­tes (censo de 1980). A cidade possui muitas in­dústrias e atrai imigrantes de outros municípiose estados vizinhos.

O Registro de Câncer de Pernambucoiniciou suas atividades em 1987, em conexãocom o Departamento de Patologia da Faculda­de de Medicina da Universidade Federal de Per­nambuco, situando-se como parte integranteda referida universidade.

O RCBP de Recife teve seus dados refe·rentes ao período de 1968n1 publicados peloIARC, no Cancer Incidence in Five Continents,volume llI, de 1976; e os dados referentes aoperíodo de 1980, no volume V, de 1987, da re·ferida publicação.

Em 1986, em publicação conjunta como Instituto Ludwig de Pesquisa sobre o Câncer,foram divulgados dados de um período de 13anos, desde o início das atividades do Registro,em 1967, tendo como editores Manoel Rica.r·do da Costa Carvalho e Eduardo Franco.

No momento, levados pela escassez derecwsOS financeiros e falta de apoio politico,o RCBP de Recife sofreu descontinuidade desua atividade operacional. Nesta publicação sãoapresentados os dados referentes a 1980.

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SAO PAULODADOS GEOGRÁFICOS E DEMOORÁFlCOS

mulheres

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homens

PIRÁMlDE POPULACIONAL DA CIDADE DE SÃO PAULO, 1978--l\1W

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Cidade 00 Sudeste do Brasil, capital doEstado de São Paulo. Estã situada a 731 me­tros acima do nível do mar no Planalto Atlân­tico (no platõ da Serra do Mar). Caracteriza­se por um clima tropical de altitude, com tem·peraturas mais baixas, na média de 20aC chu­vas de verão e secas de inverno.

A maior parte do território do Estadode São Paulo pertence à Baixa do Rio Para­ná, onde se destaca um de seus formadores,o Rio Grande, além de afluentes como o Tie­tê, que corta a cidade.

A área geográfica de cobertura do RCBPde São Paulo é a cidade, com uma extensãode 1.516 km'.

São Paulo é a maior cidade do país. con­tando com uma população de 6.868.194 habi­tantes (1978), compreendendo aproximadamen­te 30% do total da população do estado, pos­suindo característica essencialmente urbana,com vários grupos de imigrantes: portugue­ses, italianos, espanhóis, japoneses e outros.

As suas principais atividades econômicassão a indústria, o com~rcio e a prestação deserviços.

O RCBP de São Paulo foi implantadoem janeiro de 1969, com apoio do Ministério

da Saúde (Divisão Nacional de Doenças Cro­nico-Degenerativas), Secretaria &tadual deSaúde, Secretaria de Higiene e Saúde do mu­nicípio e da Universidade de São Paulo.

O RCBP de São Paulo é parte integran­te do Departamento de Epidemiologia da Es­cola de Saúde Pública da Universidade deSão Paulo.

Os dados do RCBP de São Paulo forampublicados pelo lARC, DO Cancer lncidencein Five Continenrs, nos volumes III (1976),IV (1982), V (1987), referentes respectivamen­te a 1969, 1973 e 1978.

Em 1987, em publicação conjunta como Instituto Ludwig de Pesquisa sobre Câncer,foram divulgados os dados de morbidade de1969-1973-1978, editados por Antonio PedroMirra e Eduardo Franco; tais períodos são osmesmos incluídos nas publicações do IARC.

Ao longo do tempo, o Registro de Cão­cer de São Paulo tem enfrentado dificuldadesoperacionais decorrentes de apoio politico des­continuado e carência de recursos financeirose humanos; no momento, está passando porum período de reestruturação que deverá ga­rantir sua continuidade. Aqui apresentamosos últimos dados publicados, que se referemao ano de 1978.

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PORTO ALEGREDADOS GEOGRÁFICOS E DEMOGRÁFICOS.

mulheres

N-666965(-)--

PIRÁMlDE POPULACIONAL DE PORTO ALEGRE, 1987-..homens

N-606464(-)

70 e+

65-69

60-64

55-59

50-54

45-49

40-44

35-39

30-34

25-29

20-24

15-19

10-14

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Cidade do Sul do Brasil, capital doEstado do Rio Grande do Sul. Situada à mar­gem esquerda do Rio Guaíba, próxima à jun­ção dos rios Jacuí, Caí, dos Sinos e Gravataí,e à Lagoa dos Patos. Localizada longe dooceano, com a construção de estradas de roda­gem e vias férreas, passou a crescer em rit­mo acelerado, transformando-se na maior cida­de do extremo sul do país.

Assenta-se principalmente sobre terre­nos cristalinos, que se elevam. à margem es­querda do Rio Guaíba, constituindo uma sériede colinas de até 150 metros acima do níveldo mar.

Ao lado das funções político-administra­tivas, cultural e comercial, próprias de todogrande centro urbano, Porto Alegre destaca­se por sua ativa função industrial, representa­da por curtumes, fábricas de tecidos de Jã, vi­nhos e alimentos.

O clima da cidade é subtropical, sofren­do influências de massas de ar polar, do suldo continente, e tropical do Oceano Atlânti­co. A ocorrência de chuvas é bem distribuí­da ao longo do ano. A temperatura médiaanual é de 19" C.

A ãrea geográfica de cobertura do

RCBP de Porto Alegre é de 552 km'.Sua população é predominantemente

urbana, com uma estimativa de 1.293.429 ha­bitantes (1987).

O RCBP de Porto Alegre foi implanta­do em 1972, com o apoio da Secretaria Esta­dual de Saúde do Rio Grande do Sul e doMinistério da Saúde, ficando como parte inte­grante da Divisão de Estatística da Secretariade Saúde do Rio Grande do Sul.

Os dados do RCBP de Porto Alegrereferentes ao período de 1979/82 forarn divul­gados através da publicação do !ARC, Can­cer Incidence in FilJe Continents, volume V,de 1987.

As atividades do Registro de Câncerde Porto Alegre foram interrompidas por difi­culdades operacionais e fmanceiras, estandono momento em plena rcativação. Foram recu­perados os dados referentes a 1985, 1986 e1987, e aqui publicamos este último ano.

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GOIÂNIADADOS GEOGRÁFIcos E DEMOGItAnCOS.

PIRÁMIDE POPULAOONAL DE GOlÁNIA. 1988

75 e+

70-7465-69

60-6455-59

50-54

45-49

40-44

35-3930-3426-29

20-2415-19

10-14

5-90-4

homens

N-478876

876543210 2

mulheres

N-SOBl12

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Cidade do Centro-Oeste do Brasil, ca­pital do Estado de Goiás. Situada na área deoootato entre o Planalto de Goiás, cristalino,e os terrenos sedimentares, a uma altitudemédia de 790 metros, no centro da região demaior desenvolvimento e com maiores possi­bilidades econômicas do estado - O sul deGoiás. Tem um clima tropical, que a altitudeameniza, sobretudo DO verão.

Foi planejada e construída para ser acapital do estado, em substituição à velha Q­dade de Goiás.

A cidade dispõe de amplas avenidase ruas arborizadas, além de zoneamento fun­cional e reservas florestais destinadas a par­ques; em selares bem definidos, a cidade temao norte sua área comercial e industrial, aosul a área residencial e ao centro as ativida­des administrativas.

Exerce importante função regionalem todo o sul de Goiás, tomando-se um cen­tro industrial de destaque, notadamente na pro­dução de gêneros alimentícios.

A área geográfica de situação doRCBP de Goiânia abrange 929 km2 da cida­de de Goiânia.

A população estimada de Goiânia éde 986.979 habitantes (1988).

O RCBP de Goiânia foi criado em se­tembro de 1986 junto à Secretaria de Saúdedo Estado de Goiás, na Divisão de DoençasCrânico-Degenerativas. Foi instalado sob aorientação do Ministério da Saúde, sendo oquinto Registro de Base Populacional do Brasil.

A partir de outubro de 1988, o RCBPde Goiânia foi inserido na Fundação Leidedas Neves Ferreira.

O RCBP de Goiânia assumiu uma im­portância relevante com o acidente nuclearde Goiânia; elaborou um relatório divulgan­do os dados referentes ao ano de 1988, quesão aqui publicados.

No momento, recebe sólido apoio quegarante seu pleno funcionamento.

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LOCALIZAÇÓES MAIS FREQÜENTES( MASCULINO )

Belém - 1987 Fortaleza· 1983

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(FEMININO)

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