Cetáceos no Arquipélago da Madeira

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Edição Museu da BaleiaAutores: Luís Freitas, Ana Dinis, Filipe Alves, Filipe NóbregaAno de edição: 2004Penso que a edição original se esgotou. Está disponível para download no site Emecetus/Museu da Baleia em www.emecetus.com/downloads/LivroCetaceosMadeira.pdf

Transcript of Cetáceos no Arquipélago da Madeira

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Ficha TcnicaTtulo Cetceos no Arquiplago da Madeira Autores Lus Freitas Ana Dinis Filipe Alves Filipe Nbrega Ilustrao Cientfica Helena Encarnao Concepo grfica / Fotocomposio Antnio Pestana Impresso e acabamentos Multiponto S.A. Tiragem 1.000 exemplares Depsito Legal n. 221103/05 ISBN 972-99413-0-0 Edio Museu da Baleia Largo Manuel Alves 9200-032 Machico Madeira, Portugal Telefone: 291 961 858 Fax 291 961 859 [email protected] Publicao co-financiada no mbito do Projecto para a Conservao dos Cetceos no Arquiplago da Madeira por: Muncipio de Machico Programa Europeu Life-Natureza Setembro 2004 Reservado todos os direitos. Probida a reproduo total ou parcial do texto imagens ou ilustraes, sem autorizao dos autores e do editor.Fotografia da Capa: Lus Freitas Cachalote Fotografia da Contra-capa: Ana Dinis Golfinhos-malhados-do-atlntico

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Nome da espcie: Nome ou nomes comuns mais utilizados para designar a espcie. Sequncia de mergulho: Sequncia de posies do corpo de uma baleia superfcie do mar desde que respira at ao momento do mergulho. Esta sequncia varia de espcie para espcie e pode ajudar na sua identificao. Comprimento: comprimento mdio dos adultos e crias. Peso: Peso mdio dos adultos.

1: Olho 2: Espirculo 3: Calosidades 4: Maxilar Superior 5: Maxilar Inferior ou Mandibula 6: Linha da Boca (Comissura bucal)2 metros

7: Barbatana Peitoral 8: Dorso 9: Ventre 10: Barbatana Caudal 11: Chanfradura Mediana 12: Pednculo Caudal 13: Barbatana Dorsal

Caractersticas diagnosticantes:Descrio das caractersticas anatmicas e comportamentais dos animais, que ajudam sua identificao no campo. As caractersticas aqui referidas so normalmente as mais visveis e/ou que permitem distinguir a espcie observada de outras espcies com as quais pode ser confundida no mar. So mencionadas muitas vezes caractersticas que, apesar de serem difceis de observar no mar, so as nicas suficientemente especficas para permitir a identificao da espcie com confiana.

CETCEOS COM DENTES - ODONTOCETES15: Bico ou Rostro

14: Melo

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Nome comum: nome (ou nomes comuns) pelo o qual designada a espcie. Nome tradicional na Madeira: nome tradicional utilizado na Madeira para designar a espcie, particularmente, por pescadores e, no passado, pelos caadores de baleias. Nome cientco: designao cientfica da espcie e autor da descrio e nomeao dessa espcie. Nome comum (ingls): designao mais comum da espcie em lngua inglesa. Ecologia: Breve descrio de algumas caractersticas ecolgicas da espcie, incluindo habitats preferenciais e dieta. Estatuto de conservao (IUCN): Global - apresentado o estatuto da espcie a nvel Mundial conforme considerado pela IUCN - Internacional Union for the Conservation of Nature (C. Hilton-Taylor, 2000) e que segue um conjunto de critrios definidos pela mesma Instituio (IUCN, 1994). Regional - apresentada a categoria proposta para a espcie no arquiplago da Madeira. Esta avaliao foi efectuada seguindo os critrios da IUCN (2001), incluindo a adaptao ao nvel regional desses critrios (J. Ginsburg, 2001; IUCN, 2002). A avaliao foi efectuada com base na informao disponvel sobre os cetceos na Madeira at 2003. Algumas espcies no foram avaliadas devido h pouca informao existente sobre as mesmas, resultante da sua presena ocasional ou rara nas guas da Madeira. Foi efectuada a avaliao para algumas espcies (o grampo, a orca e o cachalote pigmeu), consideradas ocasionais neste livro, pois existia mais informao para essas espcies. No entanto, essa informao veio a revelar-se ainda escassa, acabando por ser atribuda a categoria DD (informao insuficiente) a essas espcies. A baleia tropical no foi considerada para avaliao pois foi apenas observada nas guas da Madeira em 2004. A avaliao do estatuto de conservao para os cetceos do arquiplago da Madeira est integrada num trabalho mais vasto de avaliao do estatuto de conservao dos vertebrados de Portugal, presentemente em fase de publicao (Brito, J.C. et al (in.prep.) Livro Vermelho dos Vertebrados de Portugal. I.C.N., Lisboa). Estatuto Legal de Proteco: Estatuto legal de proteco da espcie na Regio Autnoma da Madeira incluindo o decreto Legislativo Regional. apresentada a proteco da espcie a nvel europeu atravs da Directiva Habitats e as convenes que Portugal assinou e rectificou onde a espcie alvo de estatuto e medidas de proteco. Ameaas: So mencionadas algumas das ameaas mais importantes a nvel global para a espcie, bem como, as ameaas conhecidas para a espcie no arquiplago da Madeira.

Distribuio Geral: Distribuio da espcie a nvel mundial. Presena na Regio: Foram definidas quatro categorias para classificar os cetceos quanto sua presena nas guas do arquiplago da Madeira. Esta classificao tem por base dados recolhidos nos ltimos 10 anos (avistamentos oportunsticos, censos nuticos e areos, e arrojamentos). Bastante comum: observaes bastante frequentes, dirias ou quase dirias da espcie ao longo do ano ou em determinado perodo do ano; Comum: observaes regulares todos os anos, ao longo do ano ou em determinado perodo do ano. Podem ser grupos pequenos ou grandes, ou animais em associao com outras espcies; Ocasional: presena ocasional que se resume a alguns avistamentos quase todos os anos. Rara: Presena espordica e imprevisvel, de ano para ano, da espcie nas guas da Madeira. Normalmente so efectuados poucos avistamentos, mesmo que de grandes grupos. Ocorrncia ao longo do ano: Foram definidas cinco categorias para classificar a ocorrncia dos cetceos ao longo do ano nas guas do arquiplago da Madeira. Esta classificao tem por base dados recolhidos nos ltimos 10 anos (avistamentos oportunsticos, censos nuticos e areos, e arrojamentos). Anual permanente: espcie observada ao longo de todo o ano com bastante regularidade; Anual peridica: espcie observada ao longo do ano de forma intermitente. Este padro est associado passagem de grupos de animais que ficam nas guas da Madeira durante alguns dias. Aqui podem alimentar-se e desenvolver outras actividades; Sazonal denida: A maioria das observaes efectuada num perodo definido do ano. Podem ser efectuadas observaes espordicas da espcie fora deste perodo. Pode, tambm, haver uma ligeira oscilao inter-anual na altura da chegada e partida destes animais das guas da Madeira;

Sazonal ao longo de definido CETCEOS COM DENTES - ODONTOCETES irregular: As observaes so irregulares (intermitentes) animais que um perodoguas da do ano. Este padro pode estar associado a movimentos dos utilizam as Madeira durante alguns dias na passagem para outros locais. Aqui podem alimentar-se e desenvolver outras actividades. A irregularidade das observaes pode, tambm, dever-se ao reduzido nmero de animais que utilizam estas guas; Indeterminada: O baixo nmero de avistamentos impede a definio de qualquer padro de ocorrncia da espcie ao longo do ano nas guas da Madeira. Esta categoria tambm aplicada a espcies que pela sua dificuldade de identificao no mar ou at de observao (e.g. resultante do comportamento pouco conspcuo), nos impede de as conhecer melhor.

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Baleia-franca ou Baleia-bascaComprimento adultos - 17m / crias - 4m Peso adultos - 90 000kg

Caractersticas diagnosticantes Corpo muito largo e arredondado, sem barbatana dorsal. Colorao geral do corpo cinzento escuro a preto, com possveis manchas brancas na regio ventral. Cabea com calosidades esbranquiadas e com a linha de contorno da boca fortemente arqueada. Mostra a barbatana caudal quando mergulha.

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Nome comum: Baleia-franca, Baleia-basca ou Baleia-da-biscaia Nome tradicional na Madeira: Raituel Nome cientco: Eubalaena glacialis (Mller, 1776) Nome comum (ingls): Northern Right Whale Ecologia: Ocorre preferencialmente em guas costeiras e pouco profundas, contudo, pode ser tambm observada ao largo. Tende a formar grupos relativamente pequenos, entre 2 e 12 indivduos. So nadadores lentos e efectuam mergulhos de pouca profundidade que no ultrapassam os 20 minutos de imerso. Com uma dieta especializada em microplncton, preferem consumir coppodes. Evitam o consumo de peixes e grandes invertebrados. Estatuto de Conservao (IUCN) - Global / Regional: Espcie em perigo / No avaliada. O Stock do Atlntico Norte est considerado em perigo. Populao do Atlntico Noroeste estimada em poucas centenas de indivduos adultos. A populao do Atlntico Nordeste considerada quase extinta. Estatuto Legal de Proteco: Espcie protegida legalmente atravs do Decreto Legislativo Regional N 6/86/M; Directiva Habitat - Proteco rigorosa (anexo IV); CITES (anexo I); Conveno de Bona - em perigo (anexo I) ; Conveno de Berna - Estritamente protegida (anexo II). Ameaas: Afogamento acidental em artes de pesca e colises em locais de elevado trfego martimo. Desconhecidas na Madeira.

Presena na Regio: Rara A nica observao documentada desta espcie nas guas da Madeira remonta a 27 de Fevereiro de 1967, quando uma fmea e cria foram capturadas pela Empresa Baleeira do Arquiplago da Madeira (EBAM). Ocorrncia ao longo do ano: Indeterminada

CET A sua S C distribuio TES - OD Distribuio geral: CEOactualOM DENrestringe-se, sobretudo, s guas frias e temperadas das costas do Atlntico Noroeste.

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Baleia-azul

Comprimento: adultos - 25m / crias - 7m Peso: adultos - 120 000kg

Caractersticas diagnosticantes Grande corpulncia, com corpo muito alongado. Barbatana dorsal minscula, situada na parte posterior do corpo perto do pednculo caudal. Colorao geral do corpo cinzento-azulado. Cabea larga em forma de U. Quando emerge mostra a parte de cima da cabea e o espirculo. Espirculo proeminente. Sopro estridente e muito alto, at aos 10 m de altura.

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Nome comum: Baleia-azul Nome tradicional na Madeira: Finbeque Nome cientco: Balaenoptera musculus (Linnaeus, 1758) Nome comum (ingls): Blue Whale Ecologia: Ocorre em todos os mares desde guas costeiras a ocenicas. So normalmente solitrias ou formam, no mximo, pares. So nadadores lentos mas podem atingir os 16 ns quando perseguidas. Dieta especializada em crustceos como o krill, ingerindo diariamente at cerca de 4 toneladas. Estatuto de Conservao (IUCN) - Global / Regional: Espcie em perigo / No avaliada. Populao do Atlntico Norte estimada em poucas centenas, mximo um milhar, de indivduos adultos. Estatuto Legal de Proteco: Espcie protegida legalmente atravs do Decreto Legislativo Regional N 6/86/M; Directiva Habitat - Proteco rigorosa (anexo IV); CITES (anexo I); Conveno de Bona - em perigo (anexo I) ; Conveno de Berna - Estritamente protegida (anexo II). Ameaas: Reduo drstica no tamanho original das populaes, algumas at 99%, provocada pela caa que terminou oficialmente em 1966. Afogamento acidental em artes de pesca e colises em locais de elevado trfego martimo. Desconhecidas na Madeira. Distribuio geral: Cosmopolita.

tudo, tendo em conta a sua disperso cosmopolita e possveis avistamentos por utilizadores do mar, faz com que a baleia azul esteja includa no presente guia de identificao. Ocorrncia ao longo do ano: Indeterminada

CETCEO Presena na Regio: RaraS COM DENTES - O No existe nenhum registo confirmado desta espcie para a regio, con-

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Baleia-comumComprimento adultos - 20m / crias - 6m Peso adultos - 80 000kg

Caractersticas diagnosticantes Corpo muito alongado. Possui uma barbatana dorsal menos pronunciada que a baleia sardinheira e situada mais posteriormente. Colorao do corpo cinzento-azulado escuro na regio dorsal e barbatanas peitorais, e clara na regio ventral. Lbio inferior esquerdo escuro e o direito branco. Quando emerge no possvel observar o espirculo e a dorsal simultaneamente superfcie. Quando mergulha no mostra a barbatana caudal mas arqueia o pednculo caudal. Sopro vertical e muito alto, at aos 5 m de altura.

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Nome comum: Baleia-comum Nome tradicional na Madeira: Finbeque Nome cientfico: Balaenoptera physalus (Linnaeus, 1758) Nome comum (ingls): Fin Whale Ecologia: Ocorre geralmente em guas ocenicas profundas e raramente observada em zonas costeiras. So normalmente solitrias ou at grupos de 5 indivduos. So nadadores rpidos, com mdias de 9 ns. Dieta baseada em pequenos crustceos planctnicos como os coppodes, pequenos peixes e cefalpodes. Estatuto de Conservao (IUCN) - Global / Regional: Espcie em perigo / Informao insuciente. Estatuto Legal de Proteco: Espcie protegida legalmente atravs do Decreto Legislativo Regional N 6/86/M; Directiva Habitat - Proteco rigorosa (anexo IV); CITES (anexo I); Conveno de Berna - Estritamente protegida (anexo II). Ameaas: Afogamento acidental em artes de pesca e colises em locais de elevado trfego martimo. No mar da Madeira h um caso de abalroamento por uma embarcao. Distribuio geral: Cosmopolita, mas mais frequente em guas temperadas e subpolares.

foram testemunhadas interaes entre estes animais e embarcaes de pesca, designadamente, a roarem o dorso no casco. Ocorrncia ao longo do ano: Sazonal denida Frequente nos meses da Primavera e Vero. Observaes espordicas em outros meses do ano.

Presena na Regio: Comum O CE nas guas do arquiplago da Madeira. ForamNTOCETES Presena regularTCEOS COM DENTES - OD observados animais acompanhados de crias e/ou em alimentao. Tambm

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Ricardo Antunes Museu da Baleia

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Baleia-sardinheiraComprimento adultos - 14m / crias - 4m Peso adultos - 25 000kg

Caractersticas diagnosticantes Corpo muito alongado. Possui a barbatana dorsal mais alta e situada mais anteriormente que as restantes baleias de barbas. Colorao do corpo cinzento-azulado escuro na regio dorsal e barbatanas peitorais, e clara na regio ventral. Quando emerge possvel observar o espirculo e a dorsal simultaneamente superfcie. Quando mergulha no mostra a barbatana caudal nem arqueia o pednculo caudal. Sopro vertical at aos 3 m de altura.

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Nome comum: Baleia-sardinheira Nome tradicional na Madeira: Finbeque Nome cientco: Balaenoptera borealis (Lesson, 1828) Nome comum (ingls): Sei Whale Ecologia: Ocorrem em todos os mares, sobretudo, em guas ocenicas. Podem ser vistos volta de ilhas, mas raramente em qualquer outro lugar prximo de costa. Formam grupos de 2 a 5 animais. Em reas boas para alimentao podem juntar-se at 30 individuos. Podem interagir com as embarcaes. Dieta especializada em pequenos crustceos planctnicos como os coppodes e tambm pequenos peixes como chicharros e sardinhas. Estatuto de Conservao (IUCN) - Global / Regional: Espcie em perigo / No avaliada. Estatuto Legal de Proteco: Espcie protegida legalmente atravs do Decreto Legislativo Regional N 6/86/M; Directiva Habitat - Proteco rigorosa (anexo IV); CITES (anexo I); Conveno de Berna - Protegida (anexo III).

Ameaas: Afogamento acidental em artes de pesca e colises em locais de elevado trfego martimo. Desconhecidas na Madeira. Distribuio geral: Ocorre em todos os oceanos desde os trpicos at guas sub-polares. Apesar das suas migraes parecerem bastante irregulares, cr-se passarem o Vero em latitudes elevadas e o Inverno mais prximos dos trpicos. Presena na Regio: Ocasional O primeiro registo oficial desta espcie nas guas do arquiplago da Madeira foi obtido em 2002. Foram observados animais em alimentao nestas guas onde parecem permanecer durante um ou mais meses. Ocorrncia ao longo do ano: Sazonal denida Frequente nos meses da Primavera e Vero. Podero ser efectuadas observaes espordicas em outros meses do ano. A informao recolhida nos ltimos dois anos para a espcie ainda relativamente escassa, apesar de evidenciar um padro sazonal.

Ana Dinis Museu da Baleia

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Baleia-tropical ou Baleia-de-brydeComprimento adultos - 13m / crias - 3,5m Peso adultos - 18 000kg

Crista longitudinal

Caractersticas diagnosticantes Muito semelhante baleia sardinheira. Distingue-se pelo facto de possuir 3 cristas longitudinais no rostro e de arquear o pednculo caudal quando mergulha.

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Nome comum: Baleia-tropical ou Baleia-de-bryde Nome tradicional na Madeira: Finbeque Nome cientco: Balaenoptera edeni (Anderson, 1879) Nome comum (ingls): Brydes Whale Ecologia: Encontradas em reas especialmente produtivas. So observadas isoladas ou em pares, formando com menor frequncia grupos at sete animais. Em reas de boa alimentao podem ser vistas at trinta baleias dispersas. Alimentam-se de pequenos peixes e, por vezes, de pequenos crustceos planctnicos (e.g. krill). No so conhecidos padres de migrao sazonal para esta espcie. Podem, no entanto, efectuar movimentos costa-largo. Podem interagir com as embarcaes. Estatuto de Conservao (IUCN) - Global / Regional: Informao insuciente / No avaliada. Estatuto Legal de Proteco: Espcie protegida legalmente atravs do Decreto Legislativo Regional N 6/86/M; Directiva Habitat - Proteco rigorosa (anexo IV); CITES (anexo I); Conveno de Berna - Estritamente protegida (anexo II). Ameaas: Afogamento acidental em artes de pesca, colises em locais de elevado trfego martimo e poluio. Desconhecidas na Madeira.

Presena na Regio: Ocasional O primeiro registo oficial desta espcie nas guas do arquiplago da Madeira de 2004. Foram observados animais em alimentao e deu costa uma cria pequena, apontando para a utilizao destas guas pelas fmeas para darem luz. Ocorrncia ao longo do ano: Indeterminada A espcie tem sido observada entre Junho e Outubro, evidenciando uma ocorrncia sazonal. No entanto, a existncia apenas de observaes de um ano (2004) no nos permite tirar concluses.

Distribuio geral: guas tropicais e temperadas quentes de todo o mundo, normalmente entre 35N e 35 Sul. Pode ser observada esporadicamente a latitudes mais elevadas. No Atlntico Nordeste CETCEOS COM DENTAfricana at ONTOCETES podem ser avistadas prximas da costa Nordeste ES - OD o Estreito de Gibraltar.

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Baleia-de-bossas ou JubarteComprimento adultos - 14m / crias - 3,5m Peso adultos - 30 000kg

Caractersticas diagnosticantes Possui muitas protuberncias arredondadas, ndulos ou bossas na cabea e nas barbatanas peitorais, claramente visveis quando o animal est superfcie. Possui barbatanas peitorais muito compridas, at 1/3 do comprimento total do corpo. Colorao do corpo preto-azul escuro na regio dorsal, enquanto que pode ser clara ou escura na regio ventral. Quando mergulha arqueia fortemente o dorso e eleva a barbatana caudal totalmente fora de gua.

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Nome comum: Baleia-de-bossas, Jubarte ou Baleia-corcunda Nome tradicional na Madeira: - - Nome cientco: Megaptera novaeangliae (Borowski, 1781) Nome comum (ingls): Humpback Whale Ecologia: Habita geralmente guas costeiras, cruzando guas profundas durante a migrao. So normalmente observadas em pequenos grupos. So curiosas com as embarcaes e extremamente activas, saltando com muita frequncia. Quando em guas frias, alimentam-se de crustceos e de pequenos peixes, no ingerindo qualquer alimento durante os meses de reproduo. Estatuto de Conservao (IUCN) - Global / Regional: Vulnervel / No avaliada. Estatuto Legal de Proteco: Espcie protegida legalmente atravs do Decreto Legislativo Regional N 6/86/M; Directiva Habitat - Proteco rigorosa (anexo IV); CITES (anexo I); Conveno de Berna - Estritamente protegida (anexo II). Ameaas: Reduo de 95% no tamanho da populao provocada pela caa que terminou oficialmente em 1966. Afogamento acidental em artes de pesca. Desconhecidas na Madeira.

Presena na Regio: Rara Utiliza possivelmente as guas da regio de passagem nas rotas de migrao. Raramente observada nas guas do arquiplago da Madeira. Existem algumas observaes e capturas de animais nos anos 50 e 60 do sculo XX pela Empresa Baleeira do Arquiplago da Madeira (EBAM) e dois avistamentos nos dois ltimos anos. Ocorrncia ao longo do ano: Indeterminada Poder ser observada nas guas da regio nos meses da Primavera quando em migrao para latitudes mais elevadas e nos meses de Outono quando em migrao para latitudes mais baixas.

Distribuio geral: Espcie migratria que ocorre em todos os oceanos. Passa o Vero em reas de alimentao localizadas em latitudes elevadas, migrando no Inverno para reas de reproduo localizadas em guas pouco profundas em volta de ilhas, bancos submarinos, ao longo de costas continentais e em regies tropicais e subtropicais. As guas C Ilhas de Cabo CO constituem ES - deDONTOCETES em redor das ETCEOSVerdeM DENTa rea O reproduo conhecida do Atlntico Nordeste.

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Baleia-anComprimento adulto: 9m / crias: 2,5m Peso adultos: 8000Kg

Caractersticas diagnosticantes Corpo muito alongado e cabea muito pontiaguda. As barbatanas peitorais tm uma faixa branca. Colorao do corpo cinzento-azulado escuro na regio dorsal e clara na regio ventral. Quando emerge possvel observar o espirculo e a dorsal simultaneamente superfcie. Quando mergulha no mostra a barbatana caudal. Sopro baixo at aos 2-3 m de altura.

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Nome comum: Baleia-an Nome tradicional na Madeira: - - Nome cientco: Balaenoptera acutorostrata (Lacpde, 1804) Nome comum (ingls): Minke Whale Ecologia: Ocorre em guas ocenicas e costeiras, podendo entrar em esturios e baas. So normalmente solitrias, raramente mais de 3 indivduos. So animais curiosos podendo, por vezes, aproximarem-se das embarcaes. Animais oportunistas, alimentando-se desde pequenos peixes em cardumes at plncton, designadamente Krill. Estatuto de Conservao (IUCN) - Global / Regional: Pouco preocupante / No avaliada. Estatuto Legal de Proteco: Espcie protegida legalmente atravs do Decreto Legislativo Regional N 6/86/M; Directiva Habitat - Proteco rigorosa (anexo IV); CITES (anexo I); Conveno de Berna - Protegida (anexo III). Ameaas: Mortalidade directa, afogamento acidental em artes de pesca e colises em locais de elevado trfego martimo. Desconhecidas na Madeira. Distribuio geral: Ocorre em todos os oceanos em guas tropicais, temperadas e polares. So avistadas preferencialmente prximo da costa e na plataforma continental. Podem atravessar guas profundas durante a migrao.

mentada. Raramente observada nas guas do arquiplago da Madeira. As observaes so normalmente de animais solitrios. Ocorrncia ao longo do ano: Indeterminada Os poucos avistamentos e arrojamentos para a Madeira tm acontecido, sobretudo, no Vero.

CETCEO Presena na Regio: RaraS COM DENTES - OD A distribuio desta espcie no Atlntico Nordeste no est bem docu-

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Cachalote

Comprimento adultos - 11m () - 15m / Crias - 4m () Peso Adultos - 20 000kg () - 40 000kg ()

Caractersticas diagnosticantes Insero do espirculo do lado esquerdo da cabea, originando um sopro oblquo, inclinado 45 para a frente e ligeiramente para a esquerda. Colorao geral cinzento-castanho escuro. Pele com aspecto enrugado a partir das barbatanas peitorais at ao pednculo caudal. Cabea lisa. Grande corpulncia, com cabea muito volumosa e sem bico. Barbatana dorsal praticamente inexistente e as peitorais so muito reduzidas. Barbatana caudal triangular, elevando-a completamente fora de gua quando mergulha.

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Nome comum: Cachalote Nome tradicional na Madeira: - - Nome cientco: Physeter macrocephalus (Linnaeus, 1758) Nome comum (ingls): Sperm Whale Ecologia: Ocorre em guas profundas onde efectua mergulhos que podem ir at aos 3000 m para capturar cefalpodes pelgicos, que constituem a sua principal presa. Os grandes machos podem permanecer 1h30m em apneia e as fmeas 45min. Os machos adultos tendem a formar grupos pequenos ou so solitrios, enquanto que as fmeas com crias e machos imaturos formam grupos de 20 ou mais animais. So normalmente pouco activos quando superfcie, com velocidade de deslocao normal entre 3 a 5 ns. Podem permanecer vrias horas superfcie em socializao. Estatuto de Conservao (IUCN) - Global / Regional: Vulnervel / Vulnervel. Estatuto Legal de Proteco: Espcie protegida legalmente atravs do Decreto Legislativo Regional N 6/86/M; Directiva Habitat - Proteco rigorosa (anexo IV); CITES (anexo II); Conveno de Berna - Protegida (anexo III).

Ameaas: Reduo da populao no perodo de vida das ltimas 3 geraes e colises em locais de elevado trfego martimo. Na Madeira, casos de ingesto de material antropognico (e.g. Plsticos). Distribuio geral: Cosmopolita. Grupos de fmeas e machos imaturos utilizam normalmente as guas entre latitudes 40S e 42N. Os machos adultos deslocam-se at s latitudes mais elevadas. Presena na Regio: Comum observada com regularidade nas guas do arquiplago da Madeira. Utiliza a regio em passagem, para alimentao, socializao e para dar luz as suas crias. Ocorrncia ao longo ano: Anual peridica Esta espcie utiliza as guas da Madeira em qualquer poca do ano, chegando em grupos de 2 at 30 indivduos. A permanecem vrios dias. Podem, por vezes, serem observados animais solitrios. Assim, a presena de cachalotes intermitente ao longo do ano.

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Cachalote-pigmeuComprimento adultos - 3m / crias - 1,2m Peso adultos - 350kg

Caractersticas diagnosticantes Corpo pequeno mas robusto. Colorao escura na regio dorsal, que contrasta com a colorao clara na regio ventral. Cabea com forma cnica quando observada por cima. Sulco entre o olho e a base da barbatana peitoral. Barbatana dorsal bastante reduzida e situada no princpio da regio posterior.

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Nome comum: Cachalote-pigmeu Nome tradicional na Madeira: Cachalote-ano Nome cientco: Kogia breviceps (Blainville, 1838) Nome comum (ingls): Pygmy Sperm Whale Ecologia: Ocorre preferencialmente ao largo da plataforma continental. Tende a formar grupos pequenos, at 6 animais ou solitrio. A sua dieta composta por cefalpodes, apesar de pode ingerir invertebrados bnticos e peixes dimersais. Estatuto de Conservao (IUCN) - Global / Regional: Pouco preocupante / Informao insuciente. Estatuto Legal de Proteco: Espcie protegida legalmente atravs do Decreto Legislativo Regional N 6/86/M; Directiva Habitat - Proteco rigorosa (anexo IV); CITES (anexo II); Conveno de Berna - Estritamente protegida (anexo II). Ameaas: Captura directa em pequena escala, captura acidental por actividade pesqueira e falta de conhecimento sobre a biologia desta espcie. Desconhecidas na Madeira. Distribuio geral: Ocorre globalmente em guas temperadas e tropicais, preferencialmente ao largo da plataforma continental, onde se incluem as ilhas ocenicas. Presena na Regio: Ocasional O comportamento pouco conspcuo deste espcie (e. g. evita as embarcaes) torna difcil a sua observao no mar. considerada ocasional

em virtude do baixo nmero de observaes, que podero no ter relao com o nmero de animais que utilizam as guas da Madeira. Ocorrncia ao longo do ano: Indeterminada A reduzida frequncia de observaes e arrojamentos desta espcie nos mares do arquiplago da Madeira, associada a uma distribuio irregular das mesmas ao longo do ano, no nos permite estabelecer qualquer padro de ocorrncia anual.

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Rui Prieto

W. H. Dawbin

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ZoComprimento adultos - 6m / crias - 2,3m Peso adultos - 2 500kg

Caractersticas diagnosticantes Corpo longo e robusto. Colorao geral do corpo varivel de cinzento a castanho escuro. A regio da cabea pode apresentar uma colorao mais clara, de cinzento-azulado claro a rosa. Cabea com uma ligeira concavidade na zona do espirculo que termina num bico curto e proeminente. O maxilar inferior projecta-se ligeiramente em relao ao superior. Os machos apresentam 2 dentes visveis na extremidade do maxilar inferior. Pode ser facilmente confundida com outras espcies de baleias de bico. A forma da cabea e em especial do bico, facilitam a sua identicao. A barbatana caudal no possui chanfradura mediana.

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Nome comum: Zfio Nome tradicional na Madeira: - - Nome cientco: Ziphius cavirostris (Cuvier, 1823) Nome comum (ingls): Cuviers Beaked Whale Ecologia: Ocorre preferencialmente ao largo da plataforma continental, em zonas profundas. Efectuam mergulhos profundos podendo permanecer at 90% do tempo debaixo de gua. Tende a formar grupos pequenos de 3 a 7 indivduos. So muitas vezes observados animais solitrios. Normalmente evitam as embarcaes, dificultando o seu estudo. Grande parte das informaes conhecidas sobre a sua biologia deriva de arrojamentos e observaes oportunistas. A sua dieta composta por espcies de profundidade, principalmente cefalpodes e peixes. Estatuto de Conservao (IUCN) - Global / Regional: Informao insuciente / Informao insuciente.

Presena na Regio: Ocasional O comportamento pouco conspcuo deste espcie (e. g. evita as embarcaes) torna difcil a sua observao no mar. considerada ocasional em virtude do baixo nmero de observaes, que podero no ter relao com o nmero de animais que utilizam as guas da Madeira. Ocorrncia ao longo do ano: Indeterminada A reduzida frequncia de observaes e arrojamentos desta espcie nos mares do arquiplago da Madeira, associada a uma distribuio irregular das mesmas ao longo do ano, no nos permite estabelecer qualquer padro de ocorrncia anual.

Distribuio geral: Ocorre globalmente em guas temperadas e tropicais.

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Ameaas: Escassez de conhecimento sobre a biologia da espcie. Casos recentes de mortalidade associada a exerccios militares navais em vrios locais, incluindo no arquiplago da Madeira, onde h tambm registo de casos de mortalidade directa, abalroamento por embarcaes e ingesto de material antropognico (e.g. plsticos).

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Estatuto Legal de Proteco: Espcie protegida legalmente atravs do Decreto Legislativo Regional N 6/86/M; Directiva Habitat - Proteco rigorosa (anexo IV); CITES (anexo II); Conveno de Berna - Estritamente protegida (anexo II).

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Baleia-de-bico-de-garrafaou

Baleia-bico-de-sowerbyComprimento adultos - 4,5m / crias - 2,4 m Peso adultos - 1100kg

Caractersticas diagnosticantes Corpo alongado, mais alto do que largo. Colorao geral do corpo varivel de cinzento-escuro a azulado, ligeiramente mais claro na regio ventral. Cabea que termina num bico proeminente. Maxilar inferior projecta-se ligeiramente em relao ao maxilar superior. Sensivelmente a meio do maxilar inferior esto localizados um par de dentes que apenas so visveis nos machos adultos. Apresentam um par de sulcos na garganta. Quando emergem, aparece o bico em primeiro lugar. A barbatana caudal no possui chanfradura mediana. Pode ser facilmente confundida com outras espcies de baleias de bico, especialmente do gnero Mesoplodon. A forma do bico e da linha da boca ajudam a distinguir as espcies, bem como a posio dos dentes, quando existentes e visveis.

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Nome comum: Baleia-de-bico-de-sowerby Nome tradicional na Madeira: Baleia-de-Bico-de-garrafa Nome cientco: Mesoplodon bidens (Sowerby, 1804) Nome comum (ingls): Sowerbys Beaked Whale Ecologia: Ocorre preferencialmente em reas profundas. A pouca informao existente aponta para a formao de grupos pequenos, de 1 a 2 indivduos. Normalmente tmidos e discretos, evitam as embarcaes, dificultando o seu estudo. Grande parte das informaes conhecidas sobre a sua biologia deriva de arrojamentos e observaes oportunistas. A sua dieta composta por espcies de profundidade, principalmente cefalpodes e peixes. Estatuto de Conservao (IUCN) - Global / Regional: Informao insuciente / No avaliada. Estatuto Legal de Proteco: Espcie protegida legalmente atravs do Decreto Legislativo Regional N 6/86/M; Directiva Habitat - Proteco rigorosa (anexo IV); CITES (anexo II); Conveno de Berna - Estritamente protegida (anexo II). Ameaas: Na generalidade desconhecidas. Potencialmente a poluio e falta de conhecimento sobre a biologia da espcie. Desconhecidas na Madeira. Distribuio geral: Ocorre em guas frias e temperadas do Atlntico Norte. O arquiplago da Madeira representa o limite Sul da sua distribuio.

Presena na Regio: Rara A dificuldade em diferenciar esta espcie de outras baleias de bico (especialmente o gnero Mesoplodon) no mar, constitui um obstculo ao estudo da sua presena na regio e da sua ocorrncia ao longo do ano. Existe apenas um avistamento confirmado desta espcie nas guas da Madeira. Ocorrncia ao longo do ano: Indeterminada

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J. Benney - N. Tregenza

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Baleia-de-bico-grosso Baleia-de-bico-de-blainvilleComprimento adultos - 4,5m / crias - 2m Peso adultos - 800kg

ou

Caractersticas diagnosticantes Corpo alongado, mais alto do que largo. Colorao geral do corpo varivel de cinzento escuro a preto, ligeiramente mais claro na regio ventral. Cabea que termina num bico proeminente. Metade posterior do maxilar inferior muito alta, claramente sobrepondo-se ao maxilar superior. Na metade posterior do maxilar inferior esto localizados um par de dentes que apenas so visveis nos machos adultos. Apresentam um par de sulcos localizados na garganta. Quando emergem, aparece o bico em primeiro lugar. A barbatana caudal no possui chanfradura mediana. Pode ser facilmente confundida com outras espcies de baleias de bico, especialmente do gnero Mesoplodon. A forma do bico e da linha da boca ajudam a distinguir as espcies, bem como a posio dos dentes, quando existentes e visveis.

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Nome comum: Baleia-de-bico-de-blainville Nome tradicional na Madeira: Baleia-de-bico-grosso Nome cientco: Mesoplodon densirostris (Blainville, 1817) Nome comum (ingls): Blainvilles Beaked Whale Ecologia: Ocorre preferencialmente em reas profundas. Tende a formar grupos pequenos de 1 a 6 indivduos, no ultrapassando normalmente uma dezena. Normalmente tmidos e discretos, evitam as embarcaes, dificultando o seu estudo. Grande parte das informaes conhecidas sobre a sua biologia deriva de arrojamentos e observaes oportunistas. A sua dieta composta por espcies de profundidade, principalmente cefalpodes e peixes. Estatuto de Conservao (IUCN) - Global / Regional: Informao insuciente / No avaliada. Estatuto Legal de Proteco: Espcie protegida legalmente atravs do Decreto Legislativo Regional N 6/86/M; Directiva Habitat - Proteco rigorosa (anexo IV); CITES (anexo II); Conveno de Berna - Estritamente protegida (anexo II). Ameaas: Na generalidade desconhecidas. Potencialmente a poluio e falta de conhecimento sobre a biologia da espcie. Desconhecidas na Madeira. Distribuio geral: Ocorre globalmente em guas temperadas e tropicais. Presena na Regio: Ocasional A dificuldade em diferenciar esta espcie de outras baleias de bico (especialmente o gnero Mesoplodon) no mar, constitui um obstculo ao

estudo da sua presena na regio e da sua ocorrncia ao longo do ano. Existem vrios avistamentos confirmados desta espcie na Madeira, especialmente de machos adultos que apresentam o maxilar inferior bastante arqueado com os dentes visveis. Ocorrncia ao longo do ano: Indeterminada

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OrcaComprimento adultos - 7m () - 8,5m () / crias - 2,2 m Peso Adultos - 3 800kg () - 6 000kg ()

Caractersticas diagnosticantes Regio dorsal com colorao negra que contrasta com uma mancha branca de forma elptica atrs do olho e outra mancha acinzentada clara atrs da barbatana dorsal. Regio ventral branca. Barbatana dorsal bastante proeminente e triangular, podendo atingir os 2 m nos machos e 0.8 m nas fmeas. As barbatanas peitorais so largas e achatadas. Corpo bastante robusto e cabea arredondada sem bico.

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Nome comum: Orca ou Roaz-da-bandeira Nome tradicional na Madeira: Quelha Nome cientco: Orcinus orca (Linnaeus, 1758) Nome comum (ingls): Killer Whale Ecologia: Espcie geralmente gregria, frequentemente em grupos de menos de 40 indivduos. Apresentam segregao sexual e de maturidade, e tambm acentuado dimorfismo sexual. Indivduos activos, muito geis e que nadam rapidamente a cerca de 12 at aos 25 ns. Raramente acompanham as embarcaes. Predadores vorazes e activos, ocupam o topo da cadeia alimentar dos ecossistemas marinhos. Dieta diversificada, composta por lulas, peixes, aves, focas, tartarugas e at pequenos e grandes cetceos. Possuem eficientes tcnicas de caa em grupo. Estatuto de Conservao (IUCN) - Global / Regional: Pouco preocupante / Informao insuciente. Estatuto Legal de Proteco: Espcie protegida legalmente atravs do Decreto Legislativo Regional N 6/86/M; Directiva Habitat - Proteco rigorosa (anexo IV); CITES (anexo II); Conveno de Bona - Populao do Nordeste Atlntico com estatuto de conservao desfavorvel (anexo II); Conveno de Berna - Estritamente protegida (anexo II). Ameaas: Poluio, aumento do trfego martimo e captura acidental em actividades pesqueiras. Desconhecidas na Madeira. Distribuio geral: Cosmopolita. Embora observada em guas tropicais e em mar aberto, mais abundante em guas costeiras e em latitudes mais elevadas.

Presena na Regio: Ocasional Utiliza a regio de passagem e/ou para alimentao. observada com pouca frequncia nas guas do arquiplago da Madeira. Ocorrncia ao longo do ano: Indeterminada Apesar da reduzida frequncia desta espcie nos mares do arquiplago da Madeira, j foi observada em diferentes estaes do ano.

Tiu Smil

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Boca-de-panela Baleia-piloto-tropicalou

Comprimento adultos - 4,5m / crias - 1,5m Peso adultos - 2 500kg Caractersticas diagnosticantes Colorao geral cinzento-escuro a negra, e com uma mancha clara atrs da barbatana dorsal. A cabea arredondada e com um melo proeminente, sem bico proeminente. A barbatana dorsal pouco elevada, arredondada e com a base de insero muito larga, situada na regio anterior. Esta forma um ngulo obtuso com a regio dorsal anterior. Animais mais corpulentos do que qualquer outra espcie de golfinhos. A extremidade das barbatanas peitorais no ultrapassa a base da barbatana dorsal.

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Nome comum: Baleia-piloto-tropical Nome tradicional na Madeira: Boca-de-panela Nome cientfico: Globicephala macrorhynchus (Gray, 1846) Nome comum (ingls): Short-finned pilot whale Ecologia: Espcie que habita guas costeiras e ocenicas. Espcie gregria, frequentemente em grupos de alguns at vrias dezenas de indivduos. Podem apresentar segregao sexual e de maturidade. Espcie pouco activa, no se aproximando muito frequentemente das embarcaes. A sua dieta baseada em cefalpodes pelgicos apesar de ocasionalmente consumirem peixe (at 45 kg por dia). Algumas vezes formam grupos mistos com roazes. Estatuto de Conservao (IUCN) - Global / Regional: Pouco preocupante / Pouco preocupante. Estatuto Legal de Proteco: Espcie protegida legalmente atravs do Decreto Legislativo Regional N 6/86/M; Directiva Habitat - Proteco rigorosa (anexo IV); CITES (anexo II); Conveno de Berna - Estritamente protegida (anexo II). Ameaas: Captura acidental por actividades pesqueiras e poluio. Na Madeira, desconhecido qualquer impacto das actividades pesqueiras. Contudo, condutas menos apropriadas por parte de operadores martimo-tursticas podero induzir stress. Distribuio geral: Ocorre globalmente em guas tropicais e temperadas quentes. No habita o mar Mediterrneo.

Frequncia na Regio: Comum So observadas com frequncia grupos com crias em alimentao, descanso ou socializao. Ocorrncia ao longo do ano: Anual permanente possvel observar esta espcie nos mares do arquiplago da Madeira em qualquer estao do ano, no entanto, em menor frequncia que o roaz.Luis Freitas Museu da Baleia Luis Freitas Museu da Baleia Luis Freitas Museu da Baleia

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Falsa-orca ou Orca-bastardaComprimento Adultos - 5m / Crias - 1,6m Peso Adultos - 1 500kg

Caractersticas diagnosticantes Colorao geral cinzento-escuro a negra. Corpo muito fusiforme e alongado. A cabea esguia sem melo nem bico salientes. A barbatana dorsal elevada e pontiaguda, com uma insero muito central em relao ao corpo. Arqueiam o pednculo caudal quando mergulham.

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Nome comum: Falsa-orca ou Orca-bastarda Nome tradicional na Madeira: - - Nome cientco: Pseudorca crassidens (Owen, 1846) Nome comum (ingls): False Killer Whale Ecologia: Espcie tipicamente ocenica. Espcie gregria, formando frequentemente grupos de poucos at vrias dezenas de indivduos. Podem apresentar segregao sexual e de maturidade. Indivduos muito geis e que nadam velozmente. Podem acompanhar as embarcaes. Predadores vorazes e activos, caando em grupo. Capturam presas de grandes dimenses como atuns, dourados, espadins, cefalpodes e at outros mamferos marinhos. Estatuto de Conservao (IUCN) - Global / Regional: Pouco preocupante / No avaliada. Estatuto Legal de Proteco: Espcie protegida legalmente atravs do Decreto Legislativo Regional N 6/86/M; Directiva Habitat - Proteco rigorosa (anexo IV); CITES (anexo II); Conveno de Berna - Estritamente protegida (anexo II). Ameaas: Captura directa em pequena escala e captura acidental na actividade pesqueira. Desconhecidas na Madeira. Distribuio geral: Ocorre globalmente em guas temperadas e tropicais, geralmente entre latitudes 50S e 50N. Ocorre no mar Mediterrneo.

Presena na Regio: Ocasional Utiliza a regio de passagem e/ou para alimentao. observada com pouca frequncia nas guas do arquiplago da Madeira. Ocorrncia ao longo do ano: Sazonal irregular Apesar da baixa frequncia desta espcie nos mares do arquiplago da Madeira, j foi observada em diferentes estaes do ano. A espcie tem sido, sobretudo, observada nos meses de Vero.

Lus Dias

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GrampoComprimento Adultos - 3,2m / Crias - 1,3m Peso Adultos - 400Kg

Caractersticas diagnosticantes Colorao predominantemente cinzenta, que aclara com o aparecimento de cicatrizes brancas a cobrir quase todo o corpo. A cabea arredondada, sem bico proeminente. A barbatana dorsal elevada, pontiaguda e escurecida. Animais mais corpulentos que a maioria dos golfinhos.

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Nome comum: Grampo Nome tradicional na Madeira: Alvarinho Nome cientco: Grampus griseus (Cuvier, 1812) Nome comum (ingls): Rissos Dolphin Ecologia: Espcie geralmente ocenica, por vezes associada a montes submarinos de grande produtividade. Espcie gregria, frequentemente em grupos de poucas a vrias dezenas de indivduos. Animais pouco activos que raramente se aproximam das embarcaes. A sua dieta baseada em cefalpodes, sendo a dentio muito reduzida.Com a idade aparecem mais riscos (cicatrizes), que os tornam gradualmente mais brancos, chegando a ficar com a cabea quase branca. Estatuto de Conservao (IUCN) - Global / Regional: Informao insuciente / Informao insuciente. Estatuto Legal de Proteco: Espcie protegida legalmente atravs do Decreto Legislativo Regional N 6/86/M; Directiva Habitat - Proteco rigorosa (anexo IV); CITES (anexo II); Conveno de Berna - Estritamente protegida (anexo II). Ameaas: Captura directa em pequena escala, captura acidental por actividade pesqueira e poluio. Desconhecidas na Madeira.

Ocorrncia ao longo do ano: Sazonal irregular Os poucos avistamentos registados ocorreram durante os meses de Vero.

Luis Freitas Museu da Baleia Ricardo Antunes Museu da Baleia Rui Prieto ImagDOP

Distribuio geral: Ocorre globalmente em guas temperadas e tropicais, entre os 40S e os 60N. Ocorre tambm no mar Mediterrneo. Presena na Regio: Ocasional Utiliza a regio para alimentao. Espcie muito pouco frequente nas guas do arquiplago da Madeira.

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Roaz ou Roaz-corvineiroComprimento Adultos - 3m / Crias - 1m Peso Adultos - 350Kg

Caractersticas diagnosticantes A cabea tem um melo frontal arredondado que apresenta um sulco profundo a separar o bico da testa. Bico bastante curto e espesso. O maxilar inferior proeminente relativamente ao maxilar superior. Na regio dorsal predomina um padro cinzento escuro uniforme. A regio ventral mais clara, em tons brancos e rosa. Corpo muito robusto.

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Nome comum: Roaz ou Roaz-corvineiro Nome tradicional na Madeira: Bto Nome cientco: Tursiops truncatus (Montagu, 1821) Nome comum (ingls): Bottlenose Dolphin Ecologia: Espcie comum prximo da costa e em zonas ocenicas, sobretudo, junto a ilhas. Os grupos podem apresentar segregao sexual e de maturidade. Espcie gregria, frequentemente em grupos de poucos indivduos a poucas dezenas, podendo contudo serem observados grupos de algumas centenas. Alguns animais formam grupos mistos com as Bocas-de-panela onde normalmente esto em inferioridade numrica. Velocidade de cruzeiro lenta mas, quando em alimentao, podem atingir picos de 25 ns. Regularmente observada em interaco com embarcaes. A sua dieta baseada em pequenos peixes e cefalpodes. Aparenta ser oportunista na escolha de presas. Estatuto de Conservao (IUCN) - Global / Regional: Informao insuciente / Pouco preocupante. Estatuto Legal de Proteco: Espcie protegida legalmente atravs do Decreto Legislativo Regional N 6/86/M; Directiva Habitat - Proteco rigorosa da espcie e habitat (anexo II); CITES (anexo II); Conveno de Berna - Estritamente protegida (anexo II). Ameaas: Captura directa, captura acidental na actividade pesqueira, alterao de habitat e poluio. Na Madeira existem casos pontuais de interaco com a pesca, mortalidade directa e stress causado por embarcaes martimo-tursticas. Distribuio geral: guas temperadas e tropicais dos Oceanos Atlntico, ndico e Pacfico. Ocorre tambm nos mares Mediterrneo e Negro.

Presena na Regio: Bastante comum Utiliza a regio para alimentao, reproduo e socializao. Espcie comum em todas as guas do arquiplago, at bem prximo da costa. Ocorrncia ao longo do ano: Anual permanente possvel observar esta espcie durante todo o ano. Estudos de foto-identificao conduzidos pelo Museu da Baleia apontam para a existncia de um grupo residente nas guas do arquiplago da Madeira. No entanto, na Primavera e Vero, h um aumento de avistamentos que parece ser resultante da passagem de roazes transeuntes que permanecem temporariamente nesta rea.

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Ricardo Antunes Museu da Baleia

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CaldeiroComprimento Adultos - 2,3m / Crias - 1m Peso Adultos - 130Kg

Caractersticas diagnosticantes A cabea composta por um bico comprido que no apresenta um melo frontal distinto. Barbatanas peitorais e dorsal largas e proeminentes. Maxilar inferior e lbios bastante claros, em tons de branco ou rosado. Regio dorsal com padro escuro, contrastando com a regio lateral que azul acinzentado claro.

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Nome comum: Caldeiro Nome tradicional na Madeira: - - Nome cientco: Steno bredanensis (Lesson, 1828) Nome comum (ingls): Rough-toothed Dolphin Ecologia: Espcie geralmente ocenica, ocorrendo apenas junto costa em ilhas. Espcie gregria, frequentemente em grupos de 10 a 20 indivduos, podendo ocorrer aglomeraes de mais de 50 indivduos. A sua dieta baseada em pequenos peixes e cefalpodes. Estatuto de Conservao (IUCN) - Global / Regional: Informao insuciente / Informao insuciente. Estatuto Legal de Proteco: Espcie protegida legalmente atravs do Decreto Legislativo Regional N 6/86/M; Directiva Habitat - Proteco rigorosa (anexo IV); CITES (anexo II); Conveno de Berna - Estritamente protegida (anexo II). Ameaas: Captura directa em pequena escala e captura acidental por actividade pesqueira. Desconhecidas na Madeira. Distribuio geral: Ocorre globalmente em guas temperadas e tropicais, entre os 35S aos 40N. Ocorre tambm no mar Mediterrneo. Presena na Regio: Rara Utiliza a regio para alimentao. A frequncia de avistamentos desta espcie no arquiplago da Madeira reduzida. O baixo nmero de observaes pode ser indicador do baixo nmero de animais que se deslocam de guas tropicais at Madeira e do carcter passgeiro da sua presena. Foram observados em alimentao nestas guas.

Ocorrncia ao longo do ano: Sazonal irregular Pontualmente presente nos mares do arquiplago da Madeira. Apesar dos dados serem insuficientes para definir estaes preferenciais, os escassos avistamentos ocorreram no Vero.

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Golnho-comumComprimento Adulto - 2m / Crias - 0,8m Peso Adultos: 100Kg

Caractersticas diagnosticantes Padro amarelado nos ancos entre o olho e a barbatana dorsal, facilmente visvel quando saltam. Sela escura em forma de V, com o vrtice directamente por baixo da barbatana dorsal. Flancos posteriores e pednculo caudal cinzento claro. Ventre branco. Bico proeminente e esguio de cor negra. Barbatana dorsal alta e escura, frequentemente com uma zona mais clara no centro.

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Nome comum: Golnho-comum Nome tradicional na Madeira: Toninha ou Antoninha Nome cientco: Delphinus delphis (Linnaeus, 1758) Nome comum (ingls): Short-beaked Common Dolphin Ecologia: Espcie gregria observada na Madeira em grupos de uma a vria dezenas de animais, podendo, no entanto, formar agrupamentos de centenas de indivduos. A dimenso dos grupos varia sazonalmente e consoante a altura do dia. Muito activos, interagindo frequentemente com as embarcaes. A sua dieta baseada em pequenos peixes e cefalpodes. procura de alimento deslocam-se a uma velocidade mdia de 5 ns, podendo no entanto atingir 25 ns em velocidade de ponta. Estatuto de Conservao (IUCN) - Global / Regional: Pouco preocupante / Pouco preocupante. Estatuto Legal de Proteco: Espcie protegida legalmente atravs do Decreto Legislativo Regional N 6/86/M; Directiva Habitat - Proteco rigorosa (anexo IV); CITES (anexo II); Conveno de Berna - Estritamente protegida (anexo II). Ameaas: Captura acidental em artes de pesca e captura directa em pequena escala. Na Madeira existem casos pontuais de interaco com pesca, mortalidade directa e por ingesto de material antropognico (e.g. plsticos). Distribuio geral: Ocorre globalmente nos mares temperados, subtropicais e tropicais, entre os paralelos 40N e 40S, exceptuando no Atlntico Norte onde observado acima do paralelo 60N. Observada nos mares Mediterrneo e Negro.Ricardo Antunes Museu da Baleia

Presena na Regio: Bastante comum Espcie muito comum nas guas da Madeira, onde desenvolve um conjunto de actividades como a alimentao, a socializao e a reproduo. Ocorrncia ao longo do ano: Sazonal denida Animais observados com bastante frequncia nas guas do arquiplago da Madeira no Inverno e Primavera. Pode ser observado mais raramente em outras alturas do ano.

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Golnho-riscadoComprimento Adulto - 2,1m / Crias - 1m Peso Adultos - 120Kg

Caractersticas diagnosticantes Uma risca longa e fina que vai do olho at regio ventral posterior. Apresenta ainda uma segunda risca que mais pequena, que comea no olho e termina na base da barbatana peitoral. A regio dorsal escura, a ventral clara e a posterior acinzentada. Todos os indivduos apresentam uma mancha mais clara em forma de pincelada (caracterstica do Gnero) no dorso, por baixo da barbatana dorsal. Bico proeminente esguio e escuro.

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Ecologia: Espcie geralmente ocenica. Os grupos podem apresentar segregao sexual e de maturidade. Espcie gregria, frequentemente em grupos de poucas dezenas de indivduos, podendo contudo serem observados grupos com algumas centenas. Muito activos interagindo pouco com as embarcaes. Saltam quando em deslocao e so muito velozes (at 28 ns). A sua dieta baseada em pequenos peixes e cefalpodes. Estatuto de Conservao (IUCN) - Global / Regional: Pouco preocupante / Informao insuciente. Estatuto Legal de Proteco: Espcie protegida legalmente atravs do Decreto Legislativo Regional N 6/86/M; Directiva Habitat - Proteco rigorosa (anexo IV); CITES (anexo II); Conveno de Berna - Estritamente protegida (anexo II). Ameaas: Captura acidental em artes de pesca, em especial em redes de cerco de atum e redes de emalhar. Desconhecidas na Madeira Distribuio geral: Ocorre globalmente nos mares temperados e tropicais, entre os paralelos 40N e 40S, exceptuando no Atlntico Norte onde observado acima do paralelo 60N. Observada no mar Mediterrneo. Presena na Regio: Comum Espcie regular em todas as guas do arquiplago da Madeira, formando,

muitas vezes, grupos mistos com o golfinho-comum e o golfinho-malhado, onde geralmente esto em inferioridade nmerica. Tm sido observados em alimentao. Ocorrncia ao longo do ano: Sazonal irregular Presente na Madeira em perodos de maior presena de golfinhos-comuns (finais do Inverno e Primavera) e golfinhos-malhados (Vero). Podem no entanto ser observados esporadicamente em outras alturas do ano.

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Ricardo Antunes Museu da Baleia

Nome comum: Golnho-riscado Nome tradicional na Madeira: Toninha ou Antoninha Nome cientco: Stenella coeruleoalba (Meyen, 1833) Nome comum (ingls): Striped Dolphin

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Golnho-malhado-do-atlnticoComprimento Adultos - 2m / Crias - 0,9m Peso Adultos cerca de 120Kg

Caractersticas diagnosticantes Colorao acinzentada com pintas brancas na zona dorsal do animal e colorao mais clara com pintas cinzentas na zona ventral. As pintas aumentam em nmero com a idade. Os juvenis apresentam ainda uma colorao branca ou rosada no ventre. Todos os indivduos apresentam uma mancha mais clara em forma de pincelada (caracterstica do Gnero) no dorso, por baixo da barbatana dorsal. Bico proeminente e alongado.

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Nome comum: Golfinho-pintado ou Golfinho-malhado-do-atlntico Nome tradicional na Madeira: Toninha ou Antoninha Nome cientco: Stenella frontalis (Cuvier, 1829) Nome comum (ingls): Atlantic Spotted Dolphin Ecologia: A forma ocenica desta espcie, que a que ocorre nos mares do arquiplago da Madeira, menor e menos pintada. Espcie gregria, frequentemente em grupos de dezenas a poucas centenas de indivduos. Muito activos, frequentemente acompanhando as embarcaes e com comportamentos areos muito acrobticos. Podem facilmente nadar a 18 ns. A sua dieta baseada em pequenos peixes e cefalpodes. Estatuto de Conservao (IUCN) - Global / Regional: Informao insuciente / Pouco preocupante Estatuto Legal de Proteco: Espcie protegida legalmente atravs do Decreto Legislativo Regional N 6/86/M; Directiva Habitat - Proteco rigorosa (anexo IV); CITES (anexo II); Conveno de Berna - Estritamente protegida (anexo II). Ameaas: Captura acidental em artes de pesca e captura directa em pequena escala. Na Madeira existem casos pontuais de interaco com a pesca, mortalidade directa e por ingesto de material antropognico (e.g. plsticos). Distribuio geral: guas tropicais e temperadas do Oceano Atlntico (Este, Central e Oeste), entre aproximadamente os 45N e 20S. No observada no mar Mediterrneo.

Presena na Regio: Bastante comum Espcie bastante comum em todas as guas do arquiplago da Madeira, onde desenvolve um conjunto de actividades como a alimentao, a socializao e a reproduo. Ocorrncia ao longo do ano: Sazonal denida Animais bastante comuns nas guas da Madeira na Primavera e Vero. Pode, no entanto, ser observado com menor frequncia em outras alturas do ano.

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REGRAS RECOMENDADAS PARA OBSERVAO DE CETCEOS NO MAR (EMBARCAES DE RECREIO) A observao de baleias e golfinhos pode ser um experincia nica e inesquecvel para crianas e adultos que em embarcaes privadas saiam para o mar. No entanto, para que possam observar estes animais no seu meio natural, respeitando-os, devem-se seguir algumas regras: DEVE

Quando um grupo de golfinhos acompanhar a embarcao proa deve manter o rumo e a velocidade inicial, at que os animais se afastem espontaneamente da embarcao;SINAIS DE PERTURBAO

Baleias e golfinhos em geral: Natao evasiva e repetido evitamento da embarcao; Prolongamento do tempo de mergulho aps a aproximao da embarcao; Batimentos repetidos da barbatana caudal na superfcie da gua; Afastamento, acelerao ou flexo brusca do corpo; Movimentos dos adultos de forma a afastar as crias ou a interporem-se entre elas e a embarcao.

NO DEVE

manter o rumo paralelo e ligeiramente pela rectaguarda dos animais; ter ateno a outros animais que no os observados anteriormente; a 500m reduzir a velocidade para menos de 10 ns; para menos de 4 ns;

passar pela frente de um animal ou grupo de animais; fazer rudos na proximidade dos animais, que os perturbe ou atraia; fazer mudanas bruscas na direco e no sentido da embarcao;

Cachalotes em socializao * Mergulho brusco de todo o grupo, com elevao da barbatana caudal; Cachalotes em alimentao **

ES CET ES - ODONTOCET Mergulhos curtos, sem elevao da barbatana caudal. DENT a 400m reduzir a velocidade CEOS COM separar um grupo ou isolar crias;

no se aproximar a menos de 50m das baleias ou golfinhos. CET de si! Deixe-os aproximarem-seCEOS

COM BARBAS - MISTICETES

perseguir animais que evitem repetidamente a embarcao ou denotem sinais de perturbao.

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Quando em socializao, os cachalotes estendem-se juntos sossegadamente superfcie ou interagem activamente, esfregando-se e rolando volta uns dos outros, tocando-se, olhando em volta e vocalizando.

Caso um grupo de baleias se aproxime da embarcao, coloque o motor em ponto morto e efectue a observao deriva;

** Quando em alimentao, os cachalotes fazem longos e profundos mergulhos (durante cerca de 50 minutos), permanecendo aproximadamente 10 minutos superfcie. Geralmente, mostram a barbatana caudal quando iniciam um mergulho profundo.

T de baleias vela. Tenham sempre No se aproximeCEOS - Ficha Explicao motor ligado e no nade com estas criaturas, que apesar de serem dceis, so animais selvagens com comportamentos e reaces imprevisveis;OBSERVAO DE CETCEOS

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Para mais informaes contacte: Museu da Baleia, Largo Manuel Alves, 9200-032 Canial Telefone/fax 291 961 859 [email protected]

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O QUE FAZER SE ENCONTRAR UMA BALEIA OU UM GOLFINHO NA COSTA OU DERIVA NO MAR? Animal vivo: Se o animal estiver dentro de gua preso por uma rede ou cabo e no seja necessrio manej-lo, tente libertar o animal, devendo ter ateno aos movimentos do mesmo para no se magoar com o seu peso. Esteja particularmente atento cauda e boca pois podem feri-lo(a); Se o animal estiver em terra ou em pouca gua, de maneira que no pode nadar livremente, no tente mover o animal. No tente colocar o animal no mar!

Animal morto: No se aproxime demasiado ou toque no animal (so, muitas vezes, portadores de doenas); No corte, mexa ou perfure o animal. Tais aces dificultam os estudos nestes animais e aumentam muito os riscos para a sade pblica. A pele do animal funciona como um saco, mantendo todos os microrganismos e vermes no seu interior. Ao furar a pele, o sangue vaza contaminando a rea em redor; Transmita estas informaes s outras pessoas presentes. As crianas devem ser alvo de ateno especial! Alerta:

Esta tabela contm algumas indicaes sobre o que deve e o que noONTOCETEm qualquer das situaes anteriores deve imediatamente alertar o Museu da ES CETCEOS COM DENTES - OD deve fazer enquanto aguarda a chegada de alguma autoridade competente: Baleia atravs dos nmeros 291 961 859 ou 291 961 407 (das 9h00 s 18h00 incluindo sbados e domingos). Transmita as seguintes informaes: DEVE manter a pele do animal hmida;

NO DEVE

CETCEOS COM permanecerBAS -daMISTIcabea;TES BAR muito perto cauda ou da CE empurrar ou puxar as barbatanas peitorais,

erguer um abrigo que fornea sombra;

a caudal ou a cabea; manter frescas as barbatanas peitorais, dorsal

e caudal;

(orifcio plicat va CETCEOS - Ficha Exde respirao ino topo da cabea); deixar entrar gua ou areia o espirculo; aplicar uma loo solar na pele do animal;

tapar o espirculo

Local onde encontrou o(s) animal(ais); Nmero de animais e tamanho do(s) animal(ais); Espcie (se souber); Se o animal(ais) est vivo(s) ou morto(s) e o seu estado; Condies do mar no local; Tirar fotografias se puder. Pode ainda alertar o Servio Regional de Proteco Civil da Madeira (291 700 112, 24 horas por dia 7 dias por semana) ou a Polcia Martima. Para mais informaes contacte: Museu da Baleia, Largo Manuel Alves, 9200-032 Canial Telefone/Fax 291 961 859 [email protected]

manter as pessoas distncia; fazer o menor barulho possvel; tentar manter o animal com o dorso para cima.

OBSERVAO DE CETmaisEOSnecessrio. C do que o tocar no animal

ARROJAMENTO DE CETCEOS

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NDICE

Mapa das Espcies .................................................................................. Verso da Capa Ficha explicativa ........................................................................................................... A Fichas de identificao .................................................................................................. B Regras recomendadas para observao de cetceos ..................................................... W O que fazer quando d um cetceo costa? ................................................................ X

I. ndice ......................................................................................................................... II. Prefcio ...................................................................................................................... III. Nota dos Autores ....................................................................................................... IV. Agradecimentos .........................................................................................................

3 5 7 9

1. Introduo ................................................................................................................. 11 2. Biologia e Ecologia ...................................................................................................... 15 3. Origem e Evoluo .................................................................................................... 21 4. Adaptao ao Meio Marinho ....................................................................................... 23 5. Acstica ...................................................................................................................... 27 6. Tcnicas e Estudos dos Cetceos no Arquiplago da Madeira...................................... 30 7. Cetceos no Arquiplago da Madeira.......................................................................... 37 8. Conservao .............................................................................................................. 45 8.1 Observao de Cetceos .................................................................................... 45 8.2 Lixos Persistentes ................................................................................................ 49 8.3 Outros Impactos ................................................................................................. 53 8.4 Educao e sensibilizao .................................................................................... 55 9. Bibliografia .................................................................................................................. 58 10. Sites Recomendados .................................................................................................. 62

PrefcioOs mares do Arquiplago da Madeira so muitas vezes acordados pela movimentao de vida de vrias espcies de cetceos. Como revela este estudo, a situao geogrfica do arquiplago e a sua topografia submarina so factores determinantes no privilgio de observar estes cetceos em pleno ecossistema marinho. Todo o acto de publicar reserva uma valncia de inestimvel interesse para o presente e para o futuro e que, justamente serve de mecanismo de sensibilizao e de consciencializao,

CETCquerS COM pblico TES - ODONTpara o TES em EO para um DEN especializado quer OCE pblicogeral. Deste modo, a divulgao deste trabalho, promovido pela equipa de investigao do Museu da Baleia, no Canial,

S CETCEOS COM espritoBAS - MISTICETEProjecto para R encarna esse BA cientfico integrante doa Conservao dos Cetceos no Arquiplago da Madeira desenvolvendo, paralelamente, uma vertente social e cultural bretudo para o Concelho de Machico.

CETCEOSesqueceraa Explicativa turstica que lhe advm, sosem - Fich potencialidadePor ltimo, gostaria de louvar a iniciativa editorial dos autores, social e educativo.

OBSERVAO DE CETCEOSinteresse cientfico, cultural, tendo plena conscincia do seu

ARROJAMENTPresidente ETCEOS O O DE C da Cmara Municipal de MachicoEmanuel Sabino Vieira GomesCETCEOS DO ARQUIPLAGO DA MADEIRA N

CE IEDAM A N OAAL UIPL RA O S MADEI E A ARTCEOS DO GRQPIUQAGO DA OECTRC

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Nota dos autoresA presente publicao editada pelo Museu da Baleia no mbito do Projecto para a Conservao dos Cetceos no arquiplago da Madeira, onde os autores pretendem dar a conhecer ao leitor as baleias e golfinhos do arquiplago da Madeira e alguns dos conhecimentos acerca destes animais, obtidos nos ltimos quatro anos de estudos no mar. So includas 21 fichas identificativas das espcies de cetceos que utilizam as guas do arquiplago, reunindo, tanto quanto possvel, o conhecimento existente da espcie para o arquiplago. Estas fichas foram organizadas de maneira a constiturem um guia de identificao no campo, que esperamos desperte o interesse do leitor por estes animais e o auxilie a reconhec-los no mar.

CETCEOS COM DENTES - ODONTOCETES

A presente publicao engloba tambm um conjunto de textos com informao geral sobre os cetceos, abrangendo tpicos como a biologia, a ecologia, a evoluo,CEadaptaes ao meio as TES

CETCEOS COM BARBAS - MISTI

marinho e a acstica que esperamos constitua uma introduo aprazvel ao leitor menos versado nesta temtica e que possa ser um documento de consulta para os nossos estudantes do ensino

CE bsico e secundrio. TCEOS

- Ficha Explicativa

Por ltimo, e tendo em mente o objectivo do projecto no qual se enquadra a presente publicao, foi dedicado um captulo conservao dos cetceos. Este captulo apresenta uma perspectiva global e regional dos principais problemas para sua a conservao e enfatiza o papel fundamental de cada cidado na conservao do meio marinho.

OBSERVAO DE CETCEOS

ARROJAMENTO DE CETCEOSCanial, Setembro de 2004

CETCEOS DO ARQUIPLAGO DA MADEIRA N

Os Autores

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AgradecimentosAo longo de quatro anos do Projecto para a Conservao dos Cetceos no Arquiplago da Madeira, a equipa do Museu da Baleia contou com a colaborao de inmeras pessoas, empresas e instituies, sem as quais a concretizao deste projecto teria sido mais difcil e menos enriquecedora. A todos o nosso agradecimento. No podemos, no entanto, deixar de mencionar em particular alguns apoios, designadamente: A Secretaria Regional da Educao pela cedncia de instalaes, que tm vindo a ser utilizadas como sede do projecto; A vereao do Municpio de Machico pelo seu apoio e constante interesse no projecto e que, em conjunto com os servios administrativos camarrios, contribuiu para que este navegasse correcta e suavemente pelo mar de burocracia; os funcionrios de outros servios camarrios que nos ajudaram na logstica; Os voluntrios Carla Freitas, Nlida Aguiar, Srgio Teixeira, Anne-Sophie Reymond, Conceio Pereira, Ana Catarina Alves, Ana Nunes, Snia Ramos, Joana ETES CETCEOS COM DENTES - ODONTOC Abreu, Helena Encarnao, Francisco Gonalves, Simone Vogel e Joo Sousa, que nas diferentes aces em que participaram (censos nuticos, censos areos e arrojamentos), deram uma ajuda entusiasmada reforando a equipa do Museu da Baleia; Os Senhores TCEOS Fidlio GomesRBAS -Santos porCETESgraciosamente CE Carlos Freitas, COM BA e Dinarte MISTI cederem a embarcao Calcamar que nos permitiu efectuar as campanhas de mar at chegada do veleiro Ziphius, adquirido pelo projecto; o Sr. Miguel Moreira e a empresa 33 16 pelo apoio logstico na ilha do Porto Santo, durante as campanhas de mar; O Parque Natural da Madeira pela cedncia da cativa CETCEOS - Ficha Expli embarcao Buteo para a campanha de mar s ilhas Selvagens e o Sr. lvio Pereira, patro da embarcao, pela sua competncia, boa disposio e capacidade de trabalho, que contribuiu para o sucesso da viagem; O professor Miguel Valrio, e o Direco Regional de Formao Profissional da Madeira, por todo O o entusiasmo, apoio tcnico e aconselhamento S manuteno de equipamentos BSERVAO DE CETCEOna mecnicos, contribuindo para que embarcao estivesse sempre em condies de navegar; o Sr. Carlos Slvio Fernandes e o Sr. Tadeu Dantas pelo aconselhamento nos trabalhos de manuteno e adaptao do veleiro Ziphius nas suas reas de especialidade e os mestres lvio Lume e Miguel Viveiros pelo seu trabalho competente e sugestes na execuo ARRO Somague pela cedncia graciosa de OS desses trabalhos; a JAMENTO DE CETCEferramentas; a Secretaria Regional do Equipamento Social, Parque de Maquinas, pela disponibilizao do mestre Nlio Freitas que executou parte do sistema elctrico do veleiro; O Sr. Ministro da Repblica para a Madeira, Dr. Monteiro Dinis, a Fora Area Portuguesa e a Direco CEOS DO APescas PLAGO Dfacilitado EIRA CET Regional de RQUI por terem A MAD a presena de um observador do N Museu da Baleia a bordo do aviocar da Fora Area, nos voos de deteco de tundeos

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nas guas da Madeira, permitindo que se desse incio aos censos areos. Com o fim desses voos, os censos areos continuaram graas ao apoio da Secretaria Regional do Ambiente e dos Recursos Naturais, Direco Regional do Ambiente, que disponibilizaram horas de voo mensais no helicptero da Heliatlantis; a toda a equipa da Heliatlantis pelo profissionalismo e entusiasmo demonstrado; Os operadores martimo-tursticos que aderiram ao cdigo de conduta, de adeso voluntria, para a observao de baleias e golfinhos, implementando-o com interesse e entusiasmo, e colaborando com o Museu em diferentes aces, designadamente, no registo de avistamentos oportunsticos de cetceos, autorizando o embarque de observadores do Museu nas suas embarcaes, entre outros; O Servio Regional de Proteco Civil da Madeira, as Cmaras Municipais, as Capitanias do Porto do Funchal e do Porto Santo, e particulares, pela disponibilidade e pela forma rpida como informaram o Museu da Baleia de cetceos arrojados, permitindo-nos recolher muitos animais ainda em estado fresco, viabilizando o seu exame post-mortem; O SanasMadeira e os seus voluntrios, as Cmaras Municipais, os agentes da Polcia Martima da Madeira e Porto Santo, os Vigilantes do Parque Natural Madeira, as Corporaes de Bombeiros e a Marinha de Guerra Portuguesa pelo apoio na recolha, manuseamento e transporte de cetceos, especialmente os de maior porte e arrojados em locais de difcil acesso, muitas vezes, s seis horas da tarde das sextas-feiras ou aos fim-de-semana, altura em que parecem arrojar mais cetceos; a Porto Santo Line, o Cte Joo Bela e a tripulao do Navio Lobo Marinho pelo apoio e transporte NTES - do PortoNTOCETES para CETCEOS COM DEde cetceos ODO Santo para a Madeira serem necropsiados; o Museu Municipal do Funchal (Histria Natural) Estao de Biologia Marinha pela ajuda sempre pronta e amiga, facilitando o uso de instalaes e outros meios para que o nosso trabalho pudesse ser efectuado; o Laboratrio Regional de Veterinria e seus tcnicos pela disponibilidade e trabalho competente MISTICETES CE - nas anlises laboratoriais;

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O Dr. Jonathan Gordon, o Dr. Harry Ross e o Dr. Manuel Garcia Hartmann, consultores do projecto, por todo o apoio cientfico, crtica construtiva e disponibilidade; Os professores e alunos das diferentes escolas da Regio, desde a Pr-primria at ao C que CEO - Ficha E pli ativa Secundrio,ETsempreSdemonstraramxumacgrande receptividade e interesse pelo projecto, impulsionando-nos a fazer mais e melhor na rea da educao e sensibilizao ambiental; o Sr. Miguel Lira e o Sr. Antnio Pestana por todo o apoio interessado, profissional e amigo na preparao dos vdeos e material de divulgao, respectivamente;

OB agradecem ao O Jos CET Biscoito, Dr. Por ltimo os autoresSERVADr. DE ManuelCEOS Rui Prieto Silva e Dra. Ana Margarida Barbosa pela leitura atenta, pelas crticas construtivas e sugestes efectuadas que contriburam para importantes melhorias neste livro, e aos autores/titulares de propriedade das imagens cedidas graciosamente ao Museu da Baleia para utilizao no presente livro, designadamente, Mnica Almeida ARROJPrietoEN O DFreitas, TCEOW.H. Dawbin, J. Benney, N. Silva, Rui AM Silva, Carla E CE Tiu Smil, S T Tregenza, Lus Dias, Jos Cymbron, Petra Deimer, IFAW, ImagDOP e Sea Watch Foundation.

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CETCEOS DO ARQUIPLAGO DA MADEIRA N

C A P T U L O

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IntroduoOs oceanos encerram uma grande diversidade de formas de vida. Das mais simples como as algas unicelulares at s mais complexas como os cetceos. As Ilhas ocenicas constituem locais privilegiados para se conhecer, estudar e interagir com o mar e as suas riquezas nicas. Este privilgio traz consigo a responsabilidade de contribuirmos activamente para a conservao desse patrimnio natural. Os cetceos constituem um grupo diversificado que engloba as baleias, golfinhos e botos. Na sua totalidade e a nvel mundial, so consideradas aproximadamente 78 espcies de cetceos divididas em duas sub-ordens. No arquiplago da Madeira foram observadas at ao presente, com frequncia ou ocasionalmente, 20 espcies, das quais sete pertencem sub-ordem Mysticeti (cetceos com barbas) e treze sub-ordem Odontoceti (cetceos com dentes). As grandes baleias, integradas na primeira sub-ordem utilizam estes mares de passagem ou sazonalmente, CET permanecem por perodos de vrios DONTO sido ES onde alguns indivduos CEOS COM DENTES - Omeses. Tm CETobservadas baleias comuns, baleias tropicais e baleias sardinheiras em alimentao e, para as duas primeiras espcies, foi confirmada a presena de crias nestas guas. Os golfinhos, baleotes e o cachalote pertencem segunda sub-ordem. Utilizam o mar da Madeira como ponto de passagem, como CE como rea S COM B e para, pelo MISTICETES rea de alimentao, TCEOde reproduoARBAS -menos uma espcie, como rea de

CETCEOS - Ficha ExplicativaMadeira

Porto Santo

Desertas

OBSERVAO DE CETCEOS

ARROJAMENTO DE CETCEOS

Selvagens

Fig. 1.1 - a) Localizao geral do arquiplago da Madeira (O) e circulao geral das correntes de superfcie no Atlntico, incluindo aquelas que influenciam este arquiplago (adaptado do Roteiro do arquiplago da Madeira, CET de EOS DO ARQUIP L localizao relativa IR Ilhas constituintes do arquiplago Instituto Hidrogrfico CPortugal); b) Conjuntoe AGO DA MADEdasA N da Madeira.

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residncia. Com o aumento do esforo de observao e do estudo dos cetceos nas guas da Madeira possvel que espcies at agora no consideradas para estas guas sejam avistadas. O arquiplago da Madeira est localizado sensivelmente a 400 km do Noroeste do Continente Africano a uma latitude e longitude mdias de 32 46N e 16 46W, respectivamente (fig. 1.1). O arquiplago inclui um agrupamento de ilhas formado pela Madeira, Porto Santo e ilhas Desertas, e mais a sul, as ilhas Selvagens. O seu meio marinho caracterizado por guas ocenicas oligotrficas (em geral pouco ricas em nutrientes), influenciadas pelos braos da corrente do Golfo que se dirigem para sul, designadamente a corrente dos Aores e a corrente de Canrias. Sendo um arquiplago ocenico a sua topografia submarina caracterizada pela ausncia de plataforma continental que se traduz no aumento rpido da profundidade desde a costa at poucas milhas de distncia desta. Desta forma cetceos tipicamente ocenicos, que vivem normalmente em guas profundas, aproximam-se bastante da costa e so facilmente observados. Os arquiplagos ocenicos constituem osis para os cetceos no meio do vasto oceano. As caractersticas oceanogrficas e ecolgicas so a base desta preferncia e esto, normalmente, relacionadas com disponibilidade de alimento (produtividade superior do mar arquipelgico em relao ao mar alto), com as condies que oferecem para o desenrolar de actividades como a reproduo, o nascimento e sobrevivncia das crias nos primeiros tempos de vida, socializao, descanso, entre outras. de esperar que estes arquiplagos tambm funcionem como pontos de referncia que facilitem a orientao destes grandes migradores quando efectuam as suas movimentaes a grande escala na bacia ocenica. Os arquiplagos macaronsicos de Cabo CET Aores parecem ser bastante importantes para os cetceos ocenicos Verde, Canrias, Madeira eCEOS COM DENTES - ODONTOCETES do Atlntico Norte constituindo uma cadeia de osis num vasto mas, em geral, pouco produtivo domnio pelgico. As actividades humanas tm, muitas vezes, impactos no meio marinho afectando directa ou indirectamente asCETCEOS COM BARBAS - MISTICETES baleias e golfinhos. A morte directa de cetceos terminou em 1981 nas guas do arquiplago da Madeira com o fim da caa ao cachalote. Apesar de terem sido mortos directamente alguns golfinhos no passado recente com lanas e armas de fogo e existirem algumas interaces com as artes de pesca, resultandoCETCEOS morte haanimais,icativa no ferimento ou - Fic de Expl estas ameaas no parecem ser mais do que acontecimentos isolados. No entanto, constituem actos inteis e desnecessrios que causam sofrimento e morte aos animais sem qualquer benefcio da retirado. Persistem, no entanto, um conjunto de problemas que afectam as baleias e golfinhos no nosso arquiplago. A degradao O DE Cdos mais importantes e expressa-se de diversas OBSERVAdo habitat um ETCEOS maneiras. Apesar de no mar da Madeira a poluio marinha no atingir nveis alarmantes , no entanto, uma preocupao crescente, especialmente no que diz respeito aos lixos persistentes lanados ao mar, na sua maioria produzidos localmente, ou trazidos por correntes de outras paragens. Sacos de R A plstico,AMENTOnylon eCETCEOSporta-latas e outros objectos ROJ redes, fios de DE cabos perdidos, plsticos causam ferimentos ou a morte dos cetceos e outros seres marinhos.

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CETCEOS DO ARQUIPLAGO DA MADEIRA N

A actividade de observao de baleias e golfinhos (Whale-watching), at h pouco tempo atrs numa fase embrionria, est, no entanto, em crescimento acentuado no arquiplago da Madeira. A actividade desenvolvida presentemente de forma oportunstica foi efectuada at 2002 sem qualquer tipo de cdigo de conduta. Foi implementada no arquiplago da Madeira legislao de proteco dos cetceos em 1986, que visa terminar com a morte directa, captura e manuseamento indevido de baleias e golfinhos. No entanto esta medida apesar de importante no suficiente para minimizar os problemas actuais para a conservao dos cetceos, como so a degradao do habitat, os lixos persistentes no mar e a regulamentao de actividades martimas que possam ter um impacto nestes animais. O conhecimento, at h pouco tempo, dos cetceos nas guas da Madeira era bastante escasso e reduzia-se essencialmente