Cerâmica Vieira · Mês Internacional das Bibliotecas Escolares, uma importante data para estas...

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Ano III / nº33 | Preço: Gratuito | Periodicidade: Mensal | www.diariodalagoa.com | facebook.com/diariodalagoa | Diretor: Norberto Luís | Dezembro 2016 Dos meandros da fábrica emana tradição e pureza. A empresa, que já vai na 5ª geração, é gerida por duas irmãs. III Festival de Sopas de Água de Pau Pub. Pub. Secundária da Lagoa assinala XV aniversário Jovem lagoense lança segunda obra literária Página 11 Página: 07 Página 08 Página 03 Cerâmica Vieira O perfecionismo de 154 anos

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Ano III / nº33 | Preço: Gratuito | Periodicidade: Mensal | www.diariodalagoa.com | facebook.com/diariodalagoa | Diretor: Norberto Luís | Dezembro 2016

Dos meandros da fábrica emana tradição e pureza. A empresa, que já vaina 5ª geração, é gerida por duas irmãs.

III Festival de Sopas deÁgua de Pau

Pub.

Pub.

Secundária da Lagoa assinala XV aniversário

Jovem lagoense lançasegunda obra literária

Página 11Página: 07

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Página 03

Cerâmica Vieira O perfecionismo de 154 anos

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Diário da Lagoa | dezembro 2016Página 02

Sessão de leitura “no deserto”

Na primeira semana do mêsde novembro, nos dias 2 e 3, osalunos das 3 turmas do 7º ano daEBI de Água de Pau participaramna primeira sessão do projeto“Newton gostava de ler”, tal comosucedido no ano letivo transato. OProjeto, apoiado pela Câmara Mu-nicipal da Lagoa, é resultante daparceria entre a Universidade deAveiro, a Fábrica da Ciência, aExpolab e a Rede Regional de

Bibliotecas Escolares.Sob o tema Difrat’arte ou difra-

ção da luz, os alunos ouviram ahistória “A princesa e o cérebroque sentia demais”, sobre umaprincesa muito sensível cujos neu-rónios se assustavam muito e rea-giam demasiado a todas asinformações enviadas pelas célu-las nervosas. Esta primeira parteda sessão foi da responsabilidadeda coordenadora da bibliotecaescolar, a professora Ângela

Coroado. Ao conto, seguiu-se um atelier

de ciência, desenvolvido pela pro-fessora Hermínia Rodrigues, pro-fessora de físico-química.

Neste momento, os alunos pin-taram desenhos, contornaram, acaneta preta, imagens coloridas,desenharam imagens e visualiza-ram os seus trabalhos e alguns fil-mes curtos, fazendo uso de óculos3D. Analisaram, então, as percep-ções do seu cérebro.

EDUCAÇÃO - EBI ÁGUA DE PAU/ LOCAL

Projeto “Newton gostava de ler”

Assinalou-se, no final de ou-tubro, na EBI de Água de Pau, oMês Internacional das BibliotecasEscolares, uma importante datapara estas organizações no reforçoda sua visibilidade e da conscien-cialização pública do seu valor nasaprendizagens.

Instituído o dia 27 de outubrocomo o Dia da Biblioteca Escolarpelo Gabinete da Rede de Biblio-tecas Escolares, a BE da EBI deÁgua de Pau promoveu, um diamais tarde, através do seu Clubede Expressões, duas sessões de re-conto da história “Sábios como ca-melos”, de José Eduardo Agualusa,como forma de evidenciar a im-portância da leitura e das bibliote-cas.

Participaram nesta iniciativa asduas turmas do 2º ano da escola,que embarcaram na grande via-gem através do deserto do conto,guiados pelos colegas mais velhosque integram o recém-criadoclube “Rua da Lua”. Juntos relem-braram as regras de utilização dabiblioteca da escola, a formacomo estão organizados os livrose como podemos procurá-los, ecantaram, por fim, uma música,resumo da história, que atestou opoder dos livros, capazes de trans-formar 400 camelos em contado-res de histórias da Antiga Pérsia.

O clube de expressões Rua daLua surgiu, este ano letivo, na es-cola, como um projeto multidisci-plinar da biblioteca que concilia otexto com outras formas de ex-

pressão como o teatro, a música ea expressão plástica. Assume-secomo um instrumento de suporteà aprendizagem, mas tambémcomo um espaço de lazer e de ex-pressão pessoal, de construção dosaber e da personalidade, onde semanifestam as diferentes “fases”que a todos assombram e o ladolunar, por vezes o real motivo paraos insucessos da vida e da escola.

Neste dia dedicado à leitura,este clube pretendeu mostrar que,no deserto ou na escola, as biblio-tecas guardam em si tesouros lite-rários e culturais que contribuempara o crescimento individual decada um e para o desenvolvi-mento da sua imaginação.

A Equipa da BE

José Andrade apresenta a sua mais recente obra na Lagoa

“A Autonomia podia sersempre melhor. Mas, sem Auto-nomia, estaríamos todos muitopior” – é assim que termina odiscurso do autor José Andrade,proferido em plena BibliotecaMunicipal Tomaz Borba Vieira,na sequência da apresentação dasua mais recente obra: “1976:AUTONOMIA! – O Governo Pró-prio dos Açores”, que conta,aliás, com o prefácio de JoãoBosco Mota Amaral, ilustre polí-tico açoriano.

Esta obra, que valoriza o pas-sado dos Açores, insurge-secomo a última peça fundamentalde uma trilogia – “Anos Decisi-vos” – que reúne conteúdo sele-cionado a partir de sete jornaisdiários das três capitais dos anti-gos distritos autónomos: emPonta Delgada, o Açores, o Cor-reio dos Açores e o Diário dosAçores; em Angra do Heroísmo,o Diário Insular e A União; naHorta, O Telégrafo e o Correio daHorta. Acrescente-se que os trêslivros da trilogia “Anos Decisivos”reconstituem a vida política aço-riana de 1974, 1975 e 1976.

Considerando que a Autono-mia açoriana já passou pela ditafase da “adolescência”, JoséAndrade, em declarações ao Diá-rio da Lagoa, destaca que “qua-renta anos de Autonomia não émuito tempo, mas é tempo bas-tante para percebermos que esteé o caminho certo que devemoscontinuar a seguir”. Embora oautor considere que “não hásistemas perfeitos” e que “nemtodas as opções foram as melho-res”, havendo sempre margempara crescer, o mesmo afirmaque “se não fosse a Autonomia,quarenta anos depois nós nãoestaríamos a viver tão bem nasnossas ilhas”. Este livro é, por-tanto, segundo José Andrade,

“dedicado às novas gerações au-tonómicas que, de algumaforma, devem tudo o que são etudo o que têm a esses nossosprimeiros autonomistas que, háquarenta anos, iniciaram esta ca-minhada que nós todos temos aobrigação de prosseguir”.

Se os açorianos estão satisfei-tos com a Autonomia? JoséAndrade tem as suas dúvidas.Confrontado com esta mesmapergunta, o mesmo afirma que“gostava que os açorianos esti-vessem mais satisfeitos, ou, pelomenos, que essa satisfação setraduzisse melhor na altura fun-damental de a manifestarem,que é através da participaçãoeleitoral”, ainda que a débil par-ticipação eleitoral possa não tera ver propriamente com algumdescontentamento popular emrelação à Autonomia, mas simcom “determinadas opções par-tidárias, com determinadaspessoas.”

Reafirmando, convictamente,que “a Autonomia está acimadas pessoas, acima dos parti-dos”, o autor de já quinze livrospublicados, contribuiu, assim,desta feita, com esta sua novaobra, para enriquecer a culturapolítica e histórica dos leitoresaçorianos, celebrando, de formameritória e fundamentada, osAçores e um capítulo importanteda sua história.

Lança, por fim, um aviso im-portante: “é bom que os açoria-nos em geral e as novas geraçõesem especial assumam a Autono-mia como sendo coisa sua e per-cebam que a Autonomia serátanto mais forte quanto maiorfor a participação política dosaçorianos”.

DL/JTO

Foto: DL

A apresentação decorreu na Biblioteca Municipal.

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Diário da Lagoa | dezembro 2016 Página 03

Entrega dos Certificados de Excelência

À semelhança dos anos letivos anterio-res, a Escola Básica Integrada de Lagoa re-conheceu os melhores alunos do quarto esexto anos de escolaridade, com a entregados Certificados de Excelência referente aoano letivo 2015/2016, que decorreu numacerimónia a 20 de outubro, na bibliotecada escola EB2,3 Padre João José do Ama-ral.

A cerimónia decorreu com a presençade alunos, pais e encarregados de educa-ção, professores e outros funcionários daescola. O momento foi animado pela atua-ção de um grupo de alunos do Clube deMúsica, acompanhados pelos docentes deEducação Musical, e pela apresentação deduas histórias contadas pelas docentesresponsáveis pelo projeto “Canta Comigo,Leio Contigo”.

No seu discurso o presidente do Con-

selho Executivo enalteceu o trabalho des-tes alunos, felicitando-os por este Certifi-cado de Excelência, que é oreconhecimento do seu empenho aolongo da sua vida escolar. Por sua vez, sa-lientou a também a ação dos Pais e Encar-regados de Educação, como parterelevante no acompanhamento ao longoda vida particular e escolar, bem como navalorização do esforço dos seus educan-dos. Dirigiu ainda uma palavra de apreçoaos educadores e professores, pela suaação no processo de ensino, e aprendiza-gem e pelo acompanhamento aos alunose consequente sucesso escolar.

No final desejou as maiores felicida-des a todos, fazendo votos que continuema empenhar-se e a trabalhar com entu-siasmo ao longo das suas vidas.

O Conselho Executivo

EDUCAÇÃO- EBI LAGOA/ LOCAL

O jovem lagoense Júlio T. Oliveira pro-cedeu, no passado dia 3 de dezembro, naEscola Secundária de Lagoa, ao segundolançamento da sua nova – e segunda –obra, de nome “O que não ficou pordizer”.

Este é, pois, segundo o autor, “um livroque desafia as fronteiras tradicionais daliteratura e que nos incita, de certa forma,a fazermos diferente, a sermos a diferençaque queremos ver”. Explicando o que olivro tem de tão diferente e especial, JúlioT. Oliveira afirma que “a mistura entrepoesia e prosa que empreendeu na obrafaz com que a mesma seja, pelo menosem relação à grande maioria das obras,inovadora e pioneira”.

O modelo, sobre o qual a obra foi cons-truída, permite uma leitura alternada deexcertos, assim como permite ao leitorque descanse a leitura, sem se preocuparem perder o fio à meada, como usual-mente acontece. É, segundo o autor, “umlivro assexuado, sem um género definido,pois ultrapassa as fronteiras do romancetradicional, não pisando outros terrenosdentro da literatura.”

Acrescenta ainda que a obra “aproxima-se mais do romance, sem dúvida, sendoque, embora não seja um romance pro-priamente dito, é possível considerá-louma espécie de neo-romance, por sernovo, por ultrapassar o romance tradicio-nal e por não entrar em trivialidades e ba-nalizações que já cansam.” Afirma que“toda a gente anda a escrever romances,toda a gente anda a escrever sobre o

amor, porque é isto que anda a venderlivros, até de forma injustificada”. Diz oautor que não se quis limitar, apenas, e deforma comum, a usar a temática do amor.Quis, antes, “usar essa temática através deum estilo diferente, intrometendo na obraum enredo diferente e uma forma dife-rente de contar esse enredo”.

Esta segunda obra, segundo o autor, fazperguntas e dá respostas, embora as mes-mas não estejam diretamente presentes.Segundo o autor, “é preciso que o leitordescubra as perguntas e descubra as res-postas dentro da obra, e, se o fizer, nofinal, descobrirá a verdadeira dimensão doque leu.”

Acrescenta Júlio T. Oliveira que “este éum livro muito psicológico, que carregadentro de si um enredo perturbador.”“Embora o enredo não seja a espinha dor-sal desta obra, sendo que esta será aforma como se experimenta e como sesente o enredo, a verdade é que o papeldo enredo é fundamental para perceber-mos, de facto, a dimensão da ilusão nasnossas vidas e aquilo que, de certa forma,qualquer amor permite: a ferida aberta deuma verdade.”

“Qual a veracidade daquilo que nãovemos?” Esta é uma pergunta que paira,necessariamente, sobre este livro. Umlivro que explora a ilusão de uma formabrutal. Um livro que explora os meandrosmais profundos de um sentimento quenos é comum a todos: o amor.

DL/JTO

O que não ficou por dizer: qual é averacidade daquilo que não vemos?

No dia 31 de outubro, comemorou-seo HALLOWEEN na EB2,3 Padre João Josédo Amaral com um concurso desfile defantasias de Halloween, intitulado Hallo-ween Costume Fashion Show, promovidopelo Departamento de Línguas Estrangei-ras, no âmbito das atividades integradasno Plano Anual de Atividades da EBI deLagoa. a atividade

No pavilhão central e ao som de Thrillerde Michael Jackson e de outras músicasadequadas ao tema, os alunos que partici-param no concurso desfilaram na passe-relle perante um júri e os seus colegas que

encheram a sala de convívio. Os alunosparticiparam em três categorias: vampiros,fantasmas e bruxas ou feiticeiros.

O vencedor de cada categoria recebeuum certificado e um prémio, e no final daatividade todos os alunos da escola rece-beram guloseimas.

O Departamento agradece a todos osalunos que participaram no desfile, e atodos os docentes e funcionários que co-laboraram na realização da atividade, bemcomo à Câmara Municipal de Lagoa queofereceu as guloseimas.

Departamento de Línguas Estrangeiras

Halloween na EB2,3 Padre João José do Amaral

A 19 de novembro o livro teve o seu primeiro lançamento em Lisboa.

Segundo livro do jovem lagoense que explora a ilusão de uma forma brutal.

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Diário da Lagoa | dezembro 2016Página 04 PUBLICIDADE

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Diário da Lagoa | dezembro 2016 Página 05REPORTAGEM/ PUBLICIDADE

Momento de partilha é o propósito do São Martinho no Cabouco

O São Martinho no Cabouco,pelo quarto ano consecutivo, pro-porcionou um verdadeiro mo-mento de partilha para oshabitantes do Cabouco, a todos oslagoenses mas também a muitaspessoas oriundas de outros locaisda ilha.

Para Cláudio Gaspar, represen-tante do Grupo de Amigos do SãoMartinho, esta quarta edição teveum balanço muito positivo, “pelaparticipação das pessoas da fre-guesia e não só, as várias fregue-sias foram representadas nocortejo. A freguesia do Caboucorecebeu um bocadinho de toda aIlha”.

O ex-libris do São Martinho no

Cabouco, é o cortejo etnográficoalusivo à época e festa medieval,sendo que “todo o cenário que foicriado este ano foi um sucesso”,nomeadamente com mais de 200figurantes e animais que retrata-ram vários estados sociais: “no-breza, clero e povo”.

De destacar, as muralhas e pór-ticos de entrada, que fizerammuito sucesso pela população eque demonstraram o “crescimentoda festa”, para além de represen-tarem a época medieval e traze-rem algum realismo ao ambientedo evento.

As crianças não ficaram de forada festa de São Martinho e pude-ram participar numa tarde infantilcom pula-pulas, onde mais de 230crianças, puderam brincar e des-frutar de um cachorro acompa-nhado de um sumo e participar nodesfile.

Os diversos patrocinadores, per-mitiram que a população pudesseusufruir de forma gratuita, a umavasta gastronomia num espaçocom uma decoração alusiva aotema medieval e num ambienteacolhedor e festivo, nomeada-mente com muita animação musi-cal.

Assim, através da lenda de São

Martinho, crianças, jovens e adul-tos puderam reviver uma épocapassada, numa festa “feita nointuito de receber”, partilhandodurante os dias 11 e 12 de novem-bro, mais de 150 quilos de carnede porco, 150 quilos de carne denovilho e 500 quilos de sardinhase cerca de 100 litros de vinho.

Para a esposa do pescador Ema-nuel Cordeiro, que oferece todosos anos as sardinhas, “sem sardi-nhas não há São Martinho, vinhocastanhas e sardinhas”.

Como afirmou o representantedo Grupo de Amigos de São Mar-tinho, a “única nódoa negra”, foi aimpossibilidade financeira, de ofe-recer as castanhas à população,derivado ao elevado preço dasmesmas.

Este ano, algumas novidades dei-xaram os visitantes surpreendidospositivamente, para além das mu-ralhas, as quatro tendas de artesa-nato e as provas de saboresalusivas ao São Martinho, com ovinho, enchidos e queijos.

O Grupo de Amigos de São Martinho, “é um grupo que se mantemunido o ano inteiro, há divergên-cias como toda a gente tem, masé construtivo, quando se trabalhapara crescer é normal que nem

todos estejam de acordo porque afase de crescimento é semprecomplicada”, referiu Cláudio Gas-par ao Diário da Lagoa.

Segundo Adriano Costa, Presi-dente da Junta de Freguesia do Ca-bouco e Presidente da Casa dePovo do Cabouco, uma das entida-des parceiras do São Martinho nafreguesia, esta festa “tem sido umsucesso”, sendo o cortejo etnográ-fico o verdadeiro segredo do êxitoda mesma.

As diversas parcerias “servemambas as instituições” sendo oprincipal objetivo “dar algo aopovo” e “todos os anos temos tidouma novidade” com uniões que“têm resultado”.

De destacar ainda o apoio dassenhoras do Centro Social e Cultu-ral do Cabouco, assim como daCasa do Povo, que ajudaram nadecoração do espaço onde decor-reu o São Martinho do Cabouco.

DL/AS

Pub.

Fotos: DL/ CM

Imagens do Cortejo Etnográfico realizado no primeiro dia.

Tarde infantil.

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Diário da Lagoa | dezembro 2016Página 06 OPINIÃO/ LOCAL

“Alerta” - Ser Escuteiro!A nossa vida escutista ainda é tão curta mas

já foi e é bem vivida. Foi através das aventurascontadas pelos outros irmãos escutas, foi pelosorriso que carregavam ao explicar o que viviamneste movimento que ficamos curiosas e aceita-mos o desafio! Tendo como objetivo, colorir anossa vida um pouco mais e tornando-nos pes-soas melhores. Nesta espécie de metragem, tri-lhamos a ilha, movemos montanhas com gestospequenos e sorrisos, ajudámos o próximo, en-chendo assim o coração de quem não tem quemo faça.

Pretendemos ter uma caminhada longa e pro-dutiva, com força e fé para ultrapassar qualquerobstáculo, superar todas as expectativas e comoum dia uma escuteira nos disse: "Já dizia B.P:Deixa o mundo melhor que aquilo que o encon-traste." Concluindo este testemunho, agradece-mos a oportunidade de pertencer a esta família.Desejando também força e poder um dia dizer:"somos tão orgulhosas de ser escuteiras do CNE".

Tânia FurtadoClara Pacheco

Agrupamento 1290 Stª Cruz - Lagoa

Espaço dedicado ao Agrupamento de Escuteiros 1290 de Santa Cruz - Lagoa

O município de Lagoa encon-tra-se a envidar esforços parareforçar a todos os munícipes, emespecial com mais de 65 anos, daimportância da vacinação gratuitacontra a gripe.

Esta iniciativa do Serviço Nacio-nal de Saúde, em colaboraçãocom a Direção-Geral da Saúde e aPlataforma Saúde Sazonal, tendoem vista a proteção da populaçãoa nível nacional ganha especialimportância quando, como é so-bejamente conhecido, os idososencontram-se entre as faixas dapopulação mais vulneráveis àcontração deste vírus e, também,que mais sofrem com as suas con-

sequências.Assim, até ao final do inverno,

recomenda-se que todos oslagoenses com 65 anos ou maisse dirijam ao Unidade de Saúdede Lagoa, para efetuar uma va-cina sem custos e sem precisar dereceita médica, que contribuirápara uma saúde melhor duranteo outono e o inverno que se apro-xima. Importa relembrar que agripe é uma doença contagiosaque, sobretudo entre os idosos eoutros grupos de risco, pode cau-sar graves problemas de saúde oumesmo colocar em risco a vida,sendo a vacina o melhor meio deprevenção.

De acordo com dados do Insti-

tuto Nacional de Estatística, atéao passado mês de junho Lagoaregistava um total de 14.674habitantes, dos quais 1628 (apro-ximadamente 11,1%) tinham 65anos ou mais. A vacinação pre-tende, assim, contribuir para obem-estar e o envelhecimento dequalidade de muitas centenas deidosos do concelho, uma popula-ção cujas necessidades estão pre-sentes nas preocupações e nosobjetivos do plano de atividadesda autarquia lagoense, membroda Rede Portuguesa de Municí-pios Saudáveis, que também seencontra a divulgar esta campa-nha.

DL

Vacinação gratuita contra virus da gripe

LegalmenteFalando

O espaço que aqui se apresenta resulta em parte, da necessi-

dade de melhor informar os leitores sobre matérias que eventual-mente lhes possam interessar.

Pretende -se de forma simples e objetiva tratar de questões legaisdo dia a dia, dúvidas que poderão se dissipar com uma breve leiturano intervalo para o café!

Programa Especial de Redução de Endividamento ao Estado

O Governo, apostado em ar-recadar o máximo de receita fis-cal possível, aprovou emconselho de ministros os traçosgerais do PERES, programa esteque traz benefícios aos que, comdívidas ao Estado, as possam li-quidar com perdão de juros ecustas processuais.

As contribuições devidas à Se-gurança Social e Autoridade Tri-butárias estão incluídas nesteprograma de redução do endivi-damento dos cidadãos e empre-sas face ao estado.

Contribuições devidas como aTSU, IVA, IMI ou IUC, são algunsdos impostos que importará liqui-dar em que se "perdoarão" even-tuais juros de mora e respetivascustas com o processo.

No entanto as novidades não secolocam apenas ao nível do paga-mento integral da dívida. Aqueles

que apenas a possam liquidar emprestações, poderão fazê-lo até150 prestações, sendo nestecaso, aumentado consideravel-mente o n.º máximo de presta-ções admitidas para pagamentoao Estado de dívidas fiscais, aliás,segundo alguma comunicaçãosocial, no limite, poderemos iraté aos 11 anos para pagamentodiferido das dívidas.

Ora, não só o perdão dos jurosde mora constitui uma vantagempara o contribuinte na adesão aeste programa, sendo que outravantagem notória é a dispensa degarantias/cauções, aquando danegociação do pagamento da dí-vida, recorrendo a pagamentoprestacional.

Hélder Pimentel MedeirosAdvogado

[email protected]

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Assinado protocolo para implementação de bolsas de estudo no C.C.C.No passado dia 14 de novem-

bro, no Centro Cultural da Calourafoi assinado o protocolo comArmindo Louro que tem comoobjetivo a implementação de umsistema de bolsas de estudo desig-nadas “Dr.ª Conceição AraújoOliveira Louro” aos estudantes doEnsino Superior. A designaçãodeste sistema de bolsas de estudo

surge no âmbito de uma homena-gem póstuma à médica ConceiçãoLouro.

Segundo uma nota enviada aojornal Diário da Lagoa, a autarquialagoense mostra-se satisfeita commais este contributo em prol daeducação, visto que poderá favo-recer muitos lagoenses que ingres-sarem no Ensino superior.Refira-se que, não só o município

lagoense beneficiará destesistema de bolsas de estudo, massim toda a região dos Açores,assumindo grande importância nocontexto atual de crise económica,permitindo a muitos açorianosprosseguir os seus estudos.

O Protocolo surge na sequênciade bolsas já atribuídas porArmindo Louro a várias dezenas dealunos da Universidade dos Açores

e que vigorou formalmentenaquela instituição, nos anos 2013e 2014, tendo cessado a 12 de no-vembro de 2014.

Armindo Louro é uma figuramuito prestigiada da Costa Lestedos Estados Unidos, tendo emi-grado da cidade de Pombal (Dis-trito de Leiria) aos dezanove anos.Frequentou o Ensino superior nopaís de acolhimento, tendo-se

Licenciado em Engenharia Civil naUniversity of Massachusetts, em1977.

Posteriormente, em conjuntocom familiares, criou uma Compa-nhia de Construção Civil, na cidadede Fall River, com grande volumede negócios.

DL

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Diário da Lagoa | dezembro 2016 Página 07Reportagem

Escola Secundária de Lagoa já alcançou um estatutode “sucesso e de excelência”

A Escola Secundária de Lagoa(ESL) completou o seu 15º aniver-sário e de forma a assinalar a data,de 21 a 25 de novembro, tendo-proporcionado, aos alunos, umconjunto de atividades. Na SessãoSolene comemorativa do 15º ani-versário da ESL, que teve lugar a21 de novembro, foram entreguesdiversos diplomas de mérito cívicoe académico, juntamente com aentrega do prémio ao melhoraluno do 9º ano, Catarina RegoPerry, e ao melhor aluno do ensinosecundário do ano letivo2015/2016, Marco Alexandre Tei-xeira Campos, condecoração rece-bida juntamente com a atribuiçãode um prémio monetário de mileuros, patrocinado pela CâmaraMunicipal de Lagoa.

Na sessão solene, que teve atransmissão em direto na RádioLagoa, o Presidente do ConselhoExecutivo da Escola Secundária deLagoa, Alexandre Oliveira, referiuque a escola tem que estar ao ser-viço da comunidade, pois é namesma que “amanhece a sabedo-ria, lealdade e liberdade” e assimsendo ela “estará a cumprir comos seus objetivos”.

Alexandre Oliveira destacou aimportância das atividades extra-curriculares, nomeadamente amusica, o cinema, a fotografia, adança, (etc), de forma a que todosos alunos se sintam integrados nasociedade e isso porque “trabalha-mos todos os dias para os alunos,quer para os que querem ser me-lhores como para os que queremdesistir”. Desta feita, o Ensino

Vocacional, permitiu dar uma es-colha “mais de acordo com a von-tade de cada aluno”.

De forma a colocar os alunos daCidade de Lagoa na “Rota doFuturo”, o Presidente da ESL, refe-riu que a escola quer contribuirpara a tecnologia, o espírito cien-tifico e práticas cientificas, e assimfazer com que a ESL seja “umaescola sempre melhor”.

Foi com grande “satisfação eorgulho”, que Cristina Calisto DecqMota, Presidente da CâmaraMunicipal de Lagoa, reconheceutodo o sucesso dos alunos de mé-rito e de quadro de honra da ESL,demonstrando já um “estatuto desucesso e de excelência que estaescola alcançou”.

Para a edil lagoense, a ESL per-mite a “construção de uma visãocritica e estimula o desenvolvi-mento cultural” e numa ótica deinserção no mercado de trabalho,“a educação é o pilar e um vetorde importância”.

Segundo fez questão de recor-dar nesta sessão, durante doisanos, a Câmara Municipal deLagoa, tem apostado de formapermanente na educação, nosprogramas culturais, de forma ater uma cidade “educadamenteculta e formada”, sendo que o pro-grama educativo e cultural de2016 foi “das artes ao artesanatocontemporâneo” e para 2017 otema será a “cidadania”.

“Nos últimos dois anos, a autar-quia, teve uma preocupaçãoacrescida no âmbito da educação,adotando e redefinindo várias me-didas, deste modo passamos a dis-

por de uma plano educativo e cul-tural, que permitiu conceber umprograma de cultura, extensível avários equipamentos municipais eo compromisso de continuar ainvestir na educação”, salientouCristina Calisto Decq Mota.

A edil lagoense, destacou aindaas diversas colaborações entre aautarquia e a Escola Secundária,nomeadamente o ensino vocacio-nal, o ProSucesso, a Bolsa Jovem àDescoberta, assim como o inter-câmbio entre os alunos da Cidadede Lagoa e da Suécia.

Finalmente, foi anunciado queno próximo mês de dezembro,numa iniciativa da Escola Secundá-ria, em parceria com a CâmaraMunicipal de Lagoa, haverá umencontro de culturas, recebendo aLagoa um “grupo de 40 professo-res de Viana do Castelo, que paraalém da ESL, vão dar-se a conhecerà comunidade através do Fado deCoimbra e do Folclore, em atua-ções em espaços públicos”, sendoo projeto intitulado “Ilha Verde-Verde Minho”.

Ao longo de uma semana de ce-lebração, foram desenvolvidasvária atividades culturais e educa-tivas, desde um Curso Profissionalde Animação Sociocultural, Perfor-mance “15”, mas também uma re-colha de bens e comida paraanimais, “Ajude a Ajudar” e umapeça de teatro, intitulada “Paraalém da Pintura”.

Realizou-se ainda um workshopde fotografia, “Por detrás da Câ-mera”, sendo que as festividadesencerraram com um jantar conví-vio comemorativo.

No âmbito das comemorações,decoreu ainda o XI Cross Escolar,dinamizado pelo Grupo de Educa-ção Física.

Ano após ano, o número de alu-nos a participar nesta prova des-portiva tem vindo a aumentar eesta 11ª edição contou com a par-ticipação de 234 alunos, entre osquais quatro com necessidades es-peciais.

Para a coordenadora do Des-porto Escolar da ESL, Ana Flores, oCross Escolar “foi um sucessocomo sempre na nossa escola”,salientando toda a importânciadas atividades físicas pois paraalém do desporto em si tambémpermite participar na “dinâmica daescola” sendo que esta é uma ati-vidade voluntária onde, infeliz-mente, alguns alunos “ainda nãoquerem participar”.

Outras atividades desportivasestão previstas durante o anoescolar, nomeadamente o corta-mato de bicicleta, torneios de bas-quetebol, badminton, voleibol euma maratona de futsal, referiu adocente em declarações à RádioLagoa.

O professor de Educação Física,Vitor Simas, destacou a diferençadas condições físicas de cadaaluno e estas foram visíveisdurante a prova de Cross, salien-tando que o principal objetivo doevento foi de mostrar a importân-cia da atividade física diariamentena vida dos alunos, sendo “funda-mental para a saúde deles”.

“O sucesso do Cross Escolar,deve-se fundamentalmente a nós,Grupo de Educação Física, incutir-mos nos miúdos que é impor-tante, ainda por cima fazendoparte dos anos da Escola, da festade aniversario, juntar à festa da es-cola o exercício físico”, salientouVitor Simas.

Os primeiros seis alunos de cadaescalão, ficaram automaticamenteclassificados para o corta-mato anível de Ilha, que irá decorrerentre em janeiro ou fevereiro de2017, no Pinhal da Paz e conse-quentemente poderão ficar apura-dos para o corta-mato Regional eNacional.

DL/AS

Na sessão solene dos 15 anos, foram entregues diversos diplomas de mérito cívico e académico.

Fotos: DL/ CML

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Diário da Lagoa | dezembro 2016Página 08 REPORTAGEM

Cerâmica Vieira: o perfecionismo de 154 anos

A cerâmica é uma arte quepreza o trabalho, o perfeccionismoe que exige uma dedicação perma-nente. Existem, assim, empresasdedicadas a valorizá-la e a traba-lhá-la, como é o caso da CerâmicaVieira, em plena Cidade de Lagoa,sendo que os seus trabalhadoresdedicam-se, com todo o tempo ecuidado, a esta arte.

Dos meandros da fábrica emanatradição e pureza. Entrar na Cerâ-mica Vieira significa dar de carascom 154 anos de muito trabalho,significa dar de caras com as ori-gens da arte em si, sendo que estaempresa lagoense destaca-se exa-tamente por manter intactos eintocáveis os meios de produçãotradicionais: “é isso que nos distin-gue”, destaca uma das duas irmãs

presentes, sendo que as duas, jun-tas, honram, nos dias de hoje, coma sua extrema dedicação e capaci-dade de liderança, os antepassa-dos familiares que fundaram essamesma Cerâmica Vieira.

Manuela e Teresa Vieira fazemparte da 5º geração. O seu pai,António Vieira, que se distinguepela sapiência e experiência pró-prias de um verdadeiro mestre,criou, assim, duas filhas insepará-veis que gerem esta empresa cen-tenária sempre com “muitapersistência, muita vontade deestar presente nos sítios e de darsempre a volta por cima quandoaparecem dificuldades. Satisfazero cliente é importante”.

O primeiro passo foi dado em1862, precisamente por Bernar-dino da Silva. Contam-nos as irmãs

que o mesmo “veio de Vila Novade Gaia, fixando-se na ilha de SãoMiguel. À falta de uma cerâmicavidrada, fundou uma – já que eraútil para a cozinha, para as pessoascomerem, para arrumarem enchi-dos de porco, etc. Ele passou porcá, voltando, mais tarde, a VilaNova de Gaia, sendo que, quandoregressou, veio com um colabora-dor. Juntos fundaram a CerâmicaBernardino da Silva, junto ao Portodos Carneiros”.

Mantendo-se sempre estável aolongo dos anos, a Cerâmica Vieiranem sempre se alicerçou tanto noturismo como acontece agora.Antigamente, a afluência provinhaprincipalmente de habitanteslocais, sendo que, atualmente “aprocura vem do turismo, dos emi-grantes que chegam de qualquerparte do mundo e, claro, provémtambém dos de cá”. A afluênciaturística é tal que “no Verão, demanhã, chegam até nós 3,4,5autocarros cheios de turistas”.

Existindo sempre aquela von-tade de inovar e de fazer dife-rente, ambas as irmãs deixam umagarantia: “fazemos o possível paracarimbar inovação e originalidadeem todas as nossas peças”, em-bora a inovação não passe, neces-sariamente por uma presençaassídua nas plataformas digitais,justificada pelas dificuldades detransporte inatas às vendas online,tendo em conta os produtos quese pretendem fazer vender, sendoque “estamos a falar de loiça quese parte e que tem de ser condi-cionada. Estamos a lidar com pro-dutos que não podem serfacilmente transportados”.

E como o Natal se aproxima,

assim se trabalham produtos cadavez mais natalícios. Para a épocanatalícia, pode contar-se com vá-rias novidades: os pratos, os bone-cos de efeitos onde as velaspodem ser colocadas, o pai natalpara se colocar nas garrafas e algu-mas peças que vão sair agora poraltura do Natal, sendo que todasestão à venda na loja”, conta Ma-nuela Vieira. Acrescenta ainda quetêm “pratos para os bolos, as tor-teiras para pôr as típicas tortas deNatal, serviços de chá e café, osserviços de jantar completos paraas pessoas fazerem a sua con-soada, árvores de natal com velaspara decoração, entre outras coi-sas”.

Se a Cerâmica Vieira esteve sem-pre presente até aos dias de hoje,a intenção é que se mantenha

sempre assim durante uns bonsanos. Para o futuro, o propósito éo de se continuar a produzir,havendo abertura total a “qual-quer tipo de propostas que noscheguem, mesmo às mais moder-nas”. O objetivo, esse mantém-meintocável: prestar um serviço à co-munidade, abraçar novos projetose produzir com o mesmo rigor desempre, “modernizando sempreum bocado ao nível de algum mo-delo, de cores, de desenho, sendoque, embora isso, algumas coisas– porque já são nossas – não sepodem mudar radicalmente. Oimportante é satisfazer o cliente,ter qualidade no produto, naspeças que se fazem e que se pin-tam”, referiu.

DL/JTO

“A Cerâmica Vieira faz todos os possiveis para carimbar inovação e originalidade em todas as suas peças”. Fotos: DL

O espaço centenário é visitado diariamente por muitos turistas. São também criadas peças alusivas ao Natal.

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Diário da Lagoa | dezembro 2016 Página 09REPORTAGEM

O edifício Paços do Concelho,na Cidade de Lagoa, foi palco, a 26de novembro, da comemoraçãodo Dia do Poder Local e da Ceri-monia de atribuição da medalhade ouro do Município a JoãoPonte.

A homenagem ao atual Secre-tario Regional da Agricultura eFlorestas, ex-autarca da Lagoa de2006 a 2015, foi considera “justa”e “merecida” por todos os presen-tes. Refira-se neste âmbito que

foram muitos os lagoenses, ami-gos e familiares que prestaramhomenagem a João Ponte com asua presença na cerimónia.

Cristina Calisto Decq Mota, Pre-sidente da Câmara Municipal deLagoa, referiu que João Ponte,durante 10 anos de mandato,“soube defender a Lagoa e oslagoenses”, sempre com determi-nação e persistência “soube elevaro nome da Lagoa”.

“Irreverência, determinação,liberdade de pensamentos, inteli-

gência e visão de futuro” foramalgumas das palavras utilizadaspela autarca para descrever o seu“amigo” João Ponte, que fez histó-ria quando apesar das dificuldadesconseguiu elevar a Lagoa ao titulode Cidade.

Esta homenagem permite assimreconhecer todo o trabalho querealizou em prol do desenvolvi-mento da Lagoa, desempenhando“o cargo de autarca como umamissão honrosa”, sendo que “JoãoPonte foi um presidente do povo!”

Foi com um discurso muito emo-tivo, principalmente no agradeci-mento aos pais, que João Ponte,recebeu a homenagem e salientouque o objetivo final do seu man-dato “foi sempre a melhoria dascondições de vida dos lagoenses ea atratividade do concelho”.

Na colaboração que teve com aatual autarca, referiu que procura-ram sempre, “cada um com o seuestilo, encontrar as melhores res-postas para os desafios com quefomos confrontados” e apesar dasdificuldades e incertezas “a Lagoacontinua a trilhar o caminho de

sucesso, onde as políticas sociaissão uma prioridade, a par dodesenvolvimento económico doconcelho”.

Do seu percurso como autarcalagoense, salientou a construçãodo Tecnoparque e do Parque deCiências e tecnologia de SãoMiguel- Nonagon, onde a Lagoa,continuou a crescer e a moderni-zar-se, “com um conjunto de infra-estruturas que, no meu entender,ou eram feitas naquela altura ouentão nunca mais seriam, e que,estou certo, poderiam influenciaro futuro da Lagoa”.

No que diz respeito à Comemo-ração do Dia do Poder Local, JoãoPonte, pensa ser “uma administra-ção democrática que transformoua face da nossa terra”.

Assim sendo, o Poder Local paraalém de contribuir para a “conso-lidação da democracia, mudoumentalidades e trilhou um cami-nho seguro em direção aos dias dehoje, que apesar de difíceis, são demodernidade e progresso”.

Assegurando finalmente, que oPoder Local “foi, é e será sempre o

melhor instrumento político paraa coesão nacional, para o desen-volvimento do país e para garantirbem-estar às populações”.

Por sua parte, Cristina CalistoDecq Mota, argumentou que oPoder Local “é a essência da De-mocracia na sua expressão maispróxima dos cidadãos, cujo exercí-cio é legitimo pela livre escolha dopovo, através das eleições”.

Permitindo ao longo de 40 anosde Poder Democrático, “consagrardireitos, promover mudanças, im-pulsionar positivas transforma-ções económicas e sociais”.

Apesar de nos últimos tempos,assistirmos a um período “maisdifícil e conturbado da historia”,nomeadamente por causa da criseeconómica, no entanto, a situaçãotem “vindo a melhorar” e osmunicípios “não são, nem estãoindiferentes”.

Finalmente, a edil lagoense, fri-sou que o “trabalho de resposta ede proximidade às populações” éuma das grandes áreas de atuaçãoda Câmara Municipal de Lagoa.

Lagoa atribui medalha de ouro a João PonteFoto: DL

O Salão Paroquial de SantaCruz recebeu as comemoraçõesdo IX aniversário da AssociaçãoMusical de Lagoa, no mesmo diaem que se comemorou o Dia deSanta Cecília.

Celebrações que decorreram in-tegradas num programa conjunto,realizado entre a Paróquia deSanta Cruz e a Associação Musical.

Pelo palco do Salão Paroquialpassaram vários grupos do conce-lho e na Igreja Matriz, foi cele-brada a eucaristia em honra deSanta Cecília, com a participaçãodos grupos da paróquia.

Para o Pe. Nuno Maiato, estaunião é importante, sendo umexemplo de que varias instituiçõespodem-se unir, até porque parti-lham o mesmo objetivo e vivên-cias, apesar do que as distingueper si.

O pároco de Santa Cruz adiantaque este poderá ser assim o pontode partida para continuar a fazerda festa de Santa Cecília, um mo-mento de reunião e união dos vá-rios grupos e associações que seexpressam através da música ecanto.

A primeira parte das celebraçõesdecorreram no Salão Paroquial,com momento musical com vários

grupos do concelho, a convite daAssociação, sendo que numa se-gunda parte, decorreu a eucaristiacom a presença dos grupos da pa-róquia, na celebração da missa emhonra de Santa Cecília. “Um mo-mento que ao fim de nove anos fi-nalmente se cruzaram para fazer afesta em conjunto”.

O Pe. Nuno Maiato acredita queexistem condições para engrande-cer esta festa, sendo uma parceriaque só vai enriquecer todos os queparticipam e todas as instituições.

As celebrações terminaram comos parabéns à Associação Musicale distribuição dos bolos pelos par-ticipantes.

Por outro lado, a Associação Mu-sical assinala o seu nono aniversá-rio com um renovar de energias,sendo o exemplo o aumento deinscrições.

Neste ano letivo são cerca de oi-tenta os alunos inscritos, sendoque, na opinião de Aquiles Preto,Diretor Pedagógico da AssociaçãoMusical, demonstra no fundo umnovo ciclo, tendo em conta que al-guns alunos já terminaram o seupercurso de cinco anos pela Asso-ciação e agora surge a entrada denovos alunos.

Uma adesão significativa face aoutros anos, sendo que surge tam-

bém pelo facto da própria afirma-ção da Associação e um maiorconhecimento e reconhecimentodo trabalho desenvolvido por esta.

Em declarações ao Jornal Diárioda Lagoa, Aquiles Preto consideraque, sendo esta uma atividadeextra curricular, não deixa de serimportante para as crianças terconhecimentos musicais. “Apren-der a toar um instrumento é muitoimportante, onde se aprende tam-bém regras, disciplina, concentra-ção, o que ajuda no crescimentodas crianças. O trabalhar emgrupo, o respeitar os outros, é

importante no crescimento dequalquer criança”.

Além dos habituais instrumen-tos que fazem parte da lecionação(piano, canto, guitarra, baixo, ba-teria, saxofone e acordeão), esteano está a ser lecionado na Asso-ciação Musical de Lagoa um novoinstrumento, nomeadamenteBombardino.

Aquiles Preto diz ser importantea inscrição de um instrumento desopro, até para as próprias bandasfilarmónicas.

Esta é de resto uma luta de hámuito por parte da própria asso-

ciação que sempre quis ser umparceiro das bandas filarmónicas.

O Diretor Pedagógico da Asso-ciação Musical considera ser im-portante as escolas de música dasbandas, mas a Associação Musicalpoderá ser um complemento, poistem professores dedicados, aocontrário das bandas.

Quanto ao futuro, Aquiles Pretoacredita que Associação tem per-nas para andar, pois neste novociclo, onde se regista o aumentode inscrições e dos instrumentos alecionar, a abrangência acaba porser maior.

A Associação Musical de Lagoa assinala IX aniversário

João Ponte homenageado em Dia do Poder Local.

Foram vários os grupos que atuaram no Salão Paroquial e durante a Eucaristia a Santa Cecília.

Fotos: DL

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Diário da Lagoa | dezembro 2016Página 10 OPINIÃO/ POESIA

Natal para todos

1Todos os anos eu me lembro

Com amor sem igualDeste mês de dezembroQue é a festa do Natal.

2Festa que nos trás esperanças

Sempre com muita alegriaPorque até mesmo as crianças

Esperem por este dia.

3Festa para comemorar

Com um sentido profundoE alegres recordar

O nosso Salvador do mundo.

4Deu há luz a Virgem Maria

Nosso Jesus verdadeiroHoje em dia essa alegria

Se espalhou pelo mundo inteiro.

5Festas de amor e carinho

Que as crianças esperem com féPara por o sapatinho

No canto da chaminé.

6Não é uma festa qualquer

É Natal que se alcançaOnde até mesmo uma mulher

Espera a sua lembrança.

7É para os Cristãos em geral

Esta festa tão queridaAté mesmo a árvore de NatalRepresenta a árvore da vida.

8Há quem desta festa não gostaMas para muitos é uma deliciaPorque a Bíblia dá a resposta

A esta festa natalícia.

9Peço a Deus como bom Cristão

Com um pensamento nobrePara que nunca falte o pão

Sempre na mesa de um pobre.

10Lembra-te do teu vizinhoQue é pobre com certeza

Se tens dá-lhe um pouquinhoPara por na sua mesa.

11Se podes dá-lhe em segredo

Mas dá-lhe com amor e carinhoPode não ter um brinquedo

Para dar ao seu filhinho.

12Faz de ti um homem nobre

Honesto e verdadeiroPorque Jesus também foi pobreMas era o Rei do mundo inteiro.

13Certamente te pagará

Com uma bênção queridaE de certo te ajudará

Para o resto da tua vida.

14Assim podem fazer os bôdos

Em paz com fé e amorE um natal para todos

Com as Bênçãos do Senhor.

15Eu desejo a qualquer pessoaPara todo o leitor em geral

Junto com o Diário da LagoaFelizes festas de Natal.

16Mas como são gente boa

Quero ouvintes ou leitoresEm nome da Rádio Lagoa

Dar boas festas para os Açores.

17Sempre em sua companhia

Esta rádio de primeiraQue lhe dá musica com alegria

E para sua família inteira.

18Para América e Canada

A todos com muita alegriaTambém já chegamos lá

Para vos fazer companhia.

19Bom Natal amigos meus

Um abraço forte e profundoPeço que rogam a DeusPela paz neste mundo.

20Desejamos a todo o povo

Na Diáspora por igualE de Santa Maria ao Corvo

Tenham um feliz Natal.

21Termino na esperança

De ganhar mais um amigoDesde a mais nova criançaAo velhinho mais antigo.

João Silvério Sousa

VOZ DO PASSADO - A IMPRENSA LAGOENSE ANTIGA | 02

“Quem vê, quer ver….e, quem não sabeler, tem de aprender”. Era este um doslemas da professora Beatriz Augusta daCosta já em 1904, na sua escola.

Daremos conta hoje das dificuldadesque passou o professorado no início do sé-culo XX neste concelho. Assim como o be-nemérito marquês Jácome Correiaprovidenciou a construção dum edifícioescolar na freguesia do Rosário, em Águade Pau a professora Beatriz Augusta daCosta leccionava na sua casa, dotandouma parcela da mesma, para sala de aula.

Instrução Pública no Concelho de Lagoa(Jornal O Lagoense. Página 3. Número 46,Ano I -27 de Novembro de 1904)

O relatório sobre o estado da instruçãopública n´este Distrito, organizado peloExmo. Sr. Subinspector, para ser enviadoao Governo começa por este Concelho, di-zendo o seguinte:(...) Água de Pau – sexo feminino. – Tempor único material de ensino 2 quadrospretos, em mau estado, e uma esfera de-teriorada e por mobiliário 2 mesas velhas.(...) Água de Pau – sexo masculino – Possui6 bancos e 6 mesas, em péssimo estado,de formato antigo e 1 quadro negro emigual estado.(...) Não pode ser maior a miséria e penú-ria das nossas escolas públicas, nem sabe-mos como uma boa parte do nossoprofessorado, sem material algum de en-sino, tem conseguido propor alguns alunosa exame. Só podemos atribuir isso a umgrandíssimo esforço de boa vontade eamor á sua nobre profissão. E d´entre estalaboriosa e honrada classe, seja-nos per-mitido especializar um nome, o da profes-

sora oficial do sexo feminino da freguesiad´Agua de Pau, Sr.ª D. Beatriz Augusta daCosta.

Há simplesmente 3 anos que esta se-nhora se acha na regência daquela escola.No primeiro ano habilitou e propôs aexame do 1º grau 9 alunas, e do 2º 1, queficaram aprovadas com boas classifica-ções, e, n´este ano, 26 do 1º grau e 5 do2º, sendo todas aprovadas e as melhoresclassificadas. Simplesmente extraordiná-rio! Pasmoso!...

N´uma povoação rural onde são fre-quentes as faltas á escola parece impossí-vel que uma professora, mesmo adespeito de muitíssimo trabalho, possaconseguir tal; mas não o foi para a Sr.ª D.Beatriz, e aí estão bem patentes a con-firma-lo. Carecida de mobília e material deensino se encontrava a sua escola, mastudo venceu com a sua comprovada ilus-tração, inteligência robusta, actividade eperfeitíssimo método de ensino.

N´este ano não houve em todo o Dis-trito outro professor que a igualasse, emuito menos a excedesse, no número dealunos a exame; e afirma-nos a mesma sr.ªprofessora que está habilitando, para osexames do ano futuro, um número de alu-nos talvez nunca inferior ao do passado.

Eis uma heroína, um campeão da ins-trução, um esforçado e valoroso generalatacando, batendo e triunfando das cerra-das e compactas fileiras do analfabetismo.

O Exmo.º Sr. Subinspector, tendo na má-xima consideração os seus valiosos e im-portantíssimos serviços, quis dar-lhe umajusta e merecida prova de distinção, con-vidando-a para fazer parte do júri dos exa-mes de 2º grau, honrosa missão de que sehouve dignamente.

Se por um lado sentimos ver naqueletriste quadro, relatado pelo Exmo.º Su-binspector de instrução primária, a po-breza das nossas escolas, consola-nosporem ver e falar d´aqueles que, suprindoestas faltas, nos apresentam prodígios devalor e abnegação. Honra ao mérito.

ANNUNCIOPela Administração do Concelho da

Lagoa correm editos de 30 dias convi-dando todas as autoridades, chefes ou ge-rentes de quaisquer estabelecimentos etodas as pessoas interessadas a apresen-tarem na Administração do Concelho asreclamações ou qualquer motivo de opo-sição contra a concessão de licença para ahabilitação de um pelame na Rua dos Bar-rancos da freguezia de Nossa Senhora dosAnjos do lugar de Agua de Pau, requeridapor José Vieira Pacheco, do referido lugar.

Vila da Lagoa, 3 de Março de 1904.O Secretario – Guilherme Gouveia Fra-

gosoVerifiquei C. Vasconcellos (In Jornal O Lagoense. Página 3. Nú-

mero11, Ano I (6 de Março de 1904).Lagoa – Açores).

Por: RoberTo MedeirOs

Profª Beatriz Augusta da Costa

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Diário da Lagoa | dezembro 2016 Página 11REPORTAGEM/ LOCAL

O Centro Comunitário JoãoBosco Mota Amaral, na Vila deÁgua de Pau, na Lagoa, recebeu,pelo terceiro ano consecutivo, oFestival de Sopas, que teve lugar a6 de novembro.

O festival, organizado pela As-sociação Criativa e Promotora deEventos Culturais “Os Quiridos”,recebeu mais de duas centenas depessoas para degustar as 15 sopasa concurso e doces tradicionais.

Num convívio com animaçãomusical e cultural, para o Presi-

dente da Associação, João Cabral,o III Festival de Sopas foi umsucesso e “de ano para ano, as coi-sas têm crescido, sempre no bomsentido”.

Este ano o evento contou comalgumas diferenças, nomeada-mente com a participação desopas provenientes de outrossítios fora da comunidadepauense, demonstrando que oFestival “está a ser projetado forado concelho”.

Duas sopas destacavam-se pelasua originalidade por representa-

rem a gastronomia e cultura deoutro país, em concreto a sopaMoçambicana e Indiana. Para JoãoCabral, estas sopas trazem “sabo-res diferentes” aos sabores tradi-cionais das sopas açorianas.A aderência do público de fora dafreguesia demonstrou a vontade,tanto dos açorianos como dosturistas, de fazer a degustação dasdiversas sopas.

O III Festival de Sopas “promoveo convívio nesta Vila e como otempo já é mais frio apetecemesmo umas sopinhas e temos

uma tarde em que esta sala estevesempre cheia e continua cheia ecom as pessoas a chegarem”, refe-riu, ao Jornal Diário da Lagoa, Cris-tina Calisto Decq Mota, aPresidente da Câmara Municipalde Lagoa.

Por outro lado, o “momentorecreativo e de laser” permitiu“escutarmos as tradições da Vilade Água de Pau” com “os gruposmusicais aqui da terra”, nomeada-mente com a atuação do Grupo deCantares Vozes do Monte Santo edo Grupo Folclore Jovem Pauense.A “Açorda Cabreira”, da Santa Casada Misericórdia de Santo António,foi a grande vencedora entre as 15sopas em concurso.

O prémio foi recebido comgrande agrado pelas três cozinhei-ras, Joana Almeida, Lurdes Flo-rença e Maria dos Anjos Esteireiro,revelando que “o segredo é seruma sopa muito antiga e que nin-guém se lembrou de fazer senão agente”, sendo a açafroa e o limãoos ingredientes que fazem toda adiferença.

Em segundo lugar ficou a “Sopade Açafroa” e em terceiro a “Sopados Pobres”.

Ao Diário da Lagoa, o Presidenteda Associação Criativa e Promo-tora de Eventos Culturais “Os Qui-ridos”, João Cabral, garante que “épara continuar” e assim sendo po-demos aguardar um IV Festival

de Sopas para 2017.Para além da Comunidade

Lagoense, muitas pessoas de forado Concelho foram degustar as di-versas sopas a concurso, nomea-damente turistas franceses.

Para os três turistas, Mickael,Laurent e Catherine, este convíviopermitiu provar uma parte da gas-tronomia açoriana e conhecer deforma divertida a cultura pauense,nomeadamente com com a atua-ção do Grupo de Cantares Vozesdo Monte Santo e do Grupo Fol-clore Jovem Pauense.

Oriundos da Bretagne e Aix-en-Provence, os franceses viram umcartaz do III Festival de Sopas deÁgua de Pau e decidiram experi-mentar, sobretudo porque emFrança não têm por hábito comersopa e esta foi a ocasião ideal parafraternizar com a comunidade aço-riana.

Catherine, uma verdadeira apai-xonada pelos Açores, decidiu mos-trar a “fabulosa” Ilha de SãoMiguel aos amigos e tomou umadecisão importante a nível pessoal“ir viver para a Ilha de SantaMaria”.

O festival de Sopas de Água dePau, permitiu assim um verda-deiro momento de partilha tantoda gastronomia como da culturaaçoriana.

DL/AS

III Festival de Sopas de Água de Pau volta a ser um sucessoFotos: DL

Várias foram as sopas presentes, com destaque para os sabores de Moçambique e da India.

Campanha de recolha solidária no Cabouco

A época natalícia e o Natal,são sinónimos de um bom conví-vio, ao redor de uma mesa re-cheada de comida saborosa etradicional e de uma árvore denatal abastada com diversos pre-sentes.

Infelizmente esta utopia não éuma realidade para todas as famí-lias portuguesas e de forma a quetodas as famílias da Freguesia doCabouco, tenham um Natal maisfeliz, a Casa do Povo de Cabouco,na Cidade de Lagoa, vai efetuaruma Campanha de Recolha Solidá-ria.

Do dia 21 de novembro ao 21de dezembro, irá decorrer a Cam-panha de Recolha Solidária, “Mi-minho de Natal”, onde todos osinteressados poderão contribuircom brinquedos ou alimentos, de-positando os mesmos na Casa doPovo de Cabouco.

Desta feita, serão constituídoscabazes de Natal e distribuídos àsfamílias de menores recursos naFreguesia do Cabouco e assimtodos “Juntos vamos dar aos ou-tros o melhor que a vida tem paraoferecer: o amor, a partilha e ale-gria de fazer alguém feliz”!

Lagoa recebeu Taça de São Miguel em PA

O Pavilhão da Escola Secun-dária da Lagoa recebeu a Taça deSão Miguel em Patinagem Artís-tica.

Tratou-se de uma prova porequipas, realizada sob a organiza-ção da Associação de Patinagemde Ponta Delgada, com a colabo-ração do Clube de Patinagem deSanta Cruz, e que serve para darrodagem às equipas, numa alturado ano em que a competição émuito pouca.

Participaram nesta prova 40atletas de três clubes, Clube dePatinagem de São Vicente Fer-reira, Academia de Patinagem Ar-tística dos Açores e Clube dePatinagem de Santa Cruz.

Em prova estiveram atletas detodos os escalões, Benjamins, In-fantis, Iniciados, Cadetes, Juvenis,Juniores e Seniores, sendo que osatletas do Clube de Patinagem deSanta Cruz foram totalistas dosprimeiros lugares do pódio, emtodos eles.

Na classificação por equipas, oprimeiro e segundo lugar foi paraequipas do Clube de Patinagemde Santa Cruz, equipa A com 53pontos e a equipa B com 38 pon-tos respetivamente, tendo subidoao terceiro lugar do pódio aequipa A da Academia de Patina-gem Artística dos Açores com 28pontos.

Os juízes e calculadores foramnomeados pela Associação de Pa-tinagem de Ponta Delgada.

Foto: DL

Atletas participantes na Taça de São Miguel em Patinagem Artística.

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Diário da Lagoa | dezembro 2016Página 12 PUBLICIDADE

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Diário da Lagoa | dezembro 2016 Página 13PUBLICIDADE

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Diário da Lagoa | dezembro 2016Página 14 LOCAL/ NECROLOGIA

Atividade da PSP NECROLOGIAFreguesia de Santa Cruz

Lúcia Correia da SilvaNasceu: 09-03-1960Faleceu: 03-11-2016

Freguesia de Santa Cruz

António da Paixão GouveiaNasceu: 28-03-1921Faleceu: 07-11-2016

Freguesia de Santa Cruz

Ana Catarina Tavares de MedeirosNasceu: 30-04-1982Faleceu: 21-11-2016

Ficha TécnicaDiário da LagoaRegisto ERC: 126473Deposito Legal: 402139/15Propriedade: Suzi Paula Melo MonizDiretor/ Editor: Norberto LuísRedação: Norberto Silveira (CP4248),Andréa de SousaDireção Comercial: Telmo Ferreira

Colaboradores nesta edição:Luís Moniz, João Silvério Sousa, HélderPimentel Medeiros, Agrupamento1290 de Santa Cruz, Roberto Medei-ros, Funerária Carvalho.Periodicidade: MensalImpressão: Gráfica Funchalense.Rua da Capela da Nossa Senhora daConceição, nº 50 - Morelena2715-029 Pêro Pinheiro – Portugal

Telefone: +351 219 677 450Tiragem: 750 exemplaresNa internet:http://diariodalagoa.comhttp://facebook.com/diariodalagoaSede: Rua Calhau D Areia, nº299560-057 Lagoa - AçoresRedação: Rua do Estaleiro, nº69560-080 - Lagoa - AçoresEmail: [email protected]

Contacto: 935 319 608

nota: Os conteúdos dos artigos de opi-nião, aqui publicados, são da respon-sabilidade de quem os assina.Os anúncios aqui publicados são daresponsabilidade dos respetivos anun-ciantes, salvo erro tipográfico

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No âmbito da atividade policial recordamos, neste quadro,algumas das ações desenvolvidas pelos elementos da Esquadra daPSP de Lagoa, e divulgada através do relatório diário do ComandoRegional da PSP.

Ressalvamos que estessão dados que não refletem a totalidadeda atividade dos elementos desta esquadra.

27OUT2016 - Foram detidos, dois indivíduos do sexo masculino,de 18 e 21 anos, por furto em interior de hipermercado.

17NOV2016 - Foi detido, um indivíduo do sexo masculino, de19 anos, por condução de veículo, sem habilitação legal.

19NOV2016 - Foi detido, um indivíduo do sexo masculino, de40 anos, por furto em interior de veículo.

21NOV2016 - Foi detido por violência doméstica, um indivíduodo sexo masculino, de 34 anos de idade, após terinfligido maus tratos à progenitora.

Foram empossados a 22 denovembro, os novos Corpos Ge-rentes da Sociedade FilarmónicaEstrela D’Alva, em Santa Cruz,Lagoa.

Numa tomada de posse empleno dia da Padroeira, os novoscorpos sociais assumiram o co-mando da sociedade que já contacom quase 130 anos de existência,tendo sido fundada em 2 de feve-reiro de 1887.

A direção volta a ter como pre-sidente Sandra Moniz que, peloterceiro ano consecutivo assume a

direção desta sociedade. Desde1994 que Sandra Moniz está ligadaà instituição.

Em declarações ao Jornal Diárioda Lagoa, considera a tomada deposse dos novos corpos sociaisnum dia especial, Dia da Pa-droeira, considerando ser estemais um desafio e importante.Sem nunca ter tocado na banda,mantém-se ligada à instituição, lu-tando pela sua manutenção.

Com um novo mandato surgemalgumas alterações.

Segundo explicou, está previstaa revisão dos estatutos da socie-

dade que data de há várias deze-nas de anos, havendo essa neces-sidade com o evoluir dos tempos.Outra novidade será a inaugura-ção do novo fardamento que estáem fase de acabamento.

As eleições deixarão de seranuais e passarão a bienais, sendoque algumas competências passa-rão a ser mais abrangentes.

Por outro lado, segundo SandraMoniz, o atual fardamento já nãotem condições, sendo que os jo-vens foram crescendo, outras saí-ram e outros entraram, e já não háfardamento para todos nas condi-

ções pretendidas, dai ter surgido anecessidade de adquirir um novofardamento, que deverá ser es-treado em breve.

Novas cores irão marcar o fu-turo da banda, com fato de corpreta e com bordado dourado,uma cor uniforme e neutra.

Em estudo está igualmente arealização de uma viagem fora dailha de São Miguel por parte dabanda.

Trata-se de uma banda commuita história e que prende-seque continue, adiantou ainda San-dra Moniz.

Atualmente são cerca de 40 oselementos que fazem parte dabanda, momentos houve em queeram apenas pouco mais de 20,mas atualmente o número é ra-zoável para o que a banda apre-senta nas suas atuações.

O maestro Paulo Gordo mantém-se à frente da banda, apresen-tando-se como uma peçafundamental da continuidade mu-sical desta banda.

A presidente da direção da Es-trela D’Alva destaca o papel impor-tante que o maestro, que tambémé musico, e que muito tem feitopara que os jovens possam conti-nuar, cativando-os.

Na casa mãe está aberta uma es-cola de música, tendo em 2015

aberto um polo da escola de mú-sica nos Remédios, de onde algunsjovens músicos já integram abanda.

Em 2016/2017 é pretendidoabrir um polo da escola da bandano Cabouco. Um projeto de hámuito que agora vê a sua concre-tização.

Os Corpos Gerentes da Socie-dade Estrela D’Alva para2016/2017 são:

Assembleia GeralPresidente: António Borges1ª Secretária: Maria Odete CabralVogal: Gilberto Melo

DireçãoPresidente: Sandra MonizVice-presidente: Edmundo Bote-lho1º Secretário: Álvaro Cabral2º Secretário: Carlos RaimundoTesoureiro: Ricardo TavaresVogais: Maria de Fátima Sousa,Manuel Tavares Júnior, ManuelCaetano Marques, EmanuelMoniz, José Carlos Pires, Abel Ti-búrcio Moniz.

Conselho FiscalPresidente: António Chora1º Secretário: Frederico Men-donçaVogal: João Telheiro

DL

Empossados novos corpos gerentes da Sociedade Filarmónica Estrela D’Alva

Freguesia de Nª Sª Rosário

Angelina Martins PachecoNasceu: 28-08-1937Faleceu: 28-11-2016

Atalhada - Nª Sª Rosário

Isabel Martins da SilvaNasceu: 19-08-1921Faleceu: 28-10-2016

Vila de Água de Pau

Maria de Jesus moniz NogueiraIdade: 85 anosFaleceu: 17-11-2016

A tomada de posse nos novos corpos sociais ocorreu a 22 de novembro na sede da sociedade.

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Diário da Lagoa | dezembro 2016 Página 15PASSATEMPO / HORÓSCOPO

PASSATEMPO HORÓSCOPO DE DEZEMBROCarneiro (21/3 a 20/4)

A vida afetiva caracteriza o mo-mento ideal para consolidar relações, ma-nifestando carinho e compreensão pelosenvolventes. A nível profissional a conjuntura marca umaevolução na carreira, materializada emoportunidades bem aproveitadas.

Touro (21/4 a 21/5)

A vida afetiva harmonizada per-mite quebrar rotinas e promover relaçõestranquilas, agradáveis e absolutamente es-táveis. A nível profissional expanda a imaginação epreste atenção a novas oportunidades, fun-damentais para trilhar o seu futuro.

Gémeos (22/5 a 21/6)

A vida afetiva coloca a necessi-dade de conciliar o pensamento e o senti-mento, examinando a idoneidade da suaatitude. A nível profissional estão favorecidos osnovos empreendimentos e todas as açõescontribuem para abrir novos horizontes.

Caranguejo (21/6 a 23/7)

A vida afetiva reflete a necessi-dade de simultaneamente expandir a co-municação e evidenciar toda a sua riquezainterior.

A nível profissional estão favorecidos osprojetos comunitários e, com a ajuda de fi-guras de autoridade, renovará a carreira.

Leão 24/7 a 23/8)

A vida afetiva reflete a capacidadede manifestar a generosidade do seu cará-ter, essencial ao desenvolvimento de rela-ções proveitosas. A nível profissional podem surgir problemasesperados, entretanto, as decisões devemser tomadas com serenidade e racionali-dade.

Virgem (24/8 a 23/9)

A vida afetiva indica que esta faseé ideal para fortalecer relações e, com sa-bedoria, recomeçará uma nova etapa muitopróspera. A nível profissional vai encontrar apoios ex-traordinários para concretizar os seus pro-jetos, principalmente no estrangeiro.

Balança (24/9 a 23/10)

A vida afetiva depende do seu equilíbriopessoal e da habilidade para desenvolverrelações na base da mútua compreensão. A nível profissional as decisões devem serinteligentes e firmes, de forma a atrair umanova dinâmica mais bem-sucedida.

Escorpião (24/10 a 22/11)

A vida afetiva favorecida facilitaum comportamento mais extrovertido e,desta forma, aproveite para partilhar senti-mentos. A nível profissional poderá alcançar grandesobjetivos, valorizando a formação continuae especializando os conhecimentos.

Sagitário (23/11 a 21/12)

A vida afetiva acusa alguma insta-bilidade, mas, certamente, a sua naturezaotimista contribuirá para atrair condiçõesmais positivas. A nível profissional pode corajosamentecriar novos projetos e apresentar as suasideias, com confiança e muita determina-ção.

Capricórnio (22/12 a 20/1)

A vida afetiva prioriza a família e aatenção estará mais dirigida para o lar. O conforto emocional é encontrado na inti-midade do “Ser”. A nível profissional a criatividade é colocadaà prova e desenvolvendo a capacidade deiniciativa poderá iniciar novas realizações.

Aquário (21/1 a 19/2)

A vida afetiva estimula a resoluçãode problemas antigos e, conscientemente,pondere sobre as suas atitudes nesta área. A nível profissional terá um trabalho difícilpara encontrar o sucesso, contudo, estejaconfiante nos resultados.

Peixes (20/2 a 20/3)

A vida afetiva enfatiza o seucharme e exalta a sua Fé, facilitando a exe-cução de todas as atividades humanitárias. A nível profissional as ideias visionárias, co-locadas em prática, poderão trazer-lhegrandes benefícios no seu trabalho.

Descubra as dez diferenças.

Labirinto: Descubra o caminho correto.

Soluções do passatempo do mês de novembro de 2016

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Diário da Lagoa | dezembro 2016Última LOCAL / PUBLICIDADE

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Karatecas do Centro de Karaté deLagoa (CKL) sagraram-se, no últimofim de semana de novembro, cam-peões regionais nos escalões deCadete, e Júnior. Títulos alcançadosno Campeonato Regional de Karatéque decorreu na ilha Terceira. Alémdos três títulos regionais, o CKL con-seguiu ainda um terceiro lugar no Es-calão de Júnior.

Carlos Furtado sagrou-se assimCampeão Regional Cadete Kumite (-52Kg), José Caetano sagrou-se Cam-

peão Regional Júnior Kumite (-55kg e-61kg) e ainda Francisco Oliveira sa-grou-se Campeão Regional JúniorKumite (-76kg e +76kg).

Ana Rita Amaro alcançou ainda o3ºLugar em Junior Kumite (-48Kg e -53Kg).

Neste Campeonato Regional deKaraté decorrem provas nos escalõesde cadetes, juniores e seniores,tendo participado cerca de uma cen-tena de karatecas de 16 clubes regio-nais em representação de três ilhas(São Miguel, Faial e Terceira).

A organização esteve a cargo daAssociação de Karaté dos Açores econtou com a colaboração da Fede-ração Nacional de Karaté – Portugale o apoio da Câmara Municipal daPraia da Vitória, Rent-a-Car Ilha 3 eDireção Regional do Desporto.

O Centro de Karate de Lagoa, foifundado a 14 de novembro de 2000,e tem objetivo a divulgação e a prá-tica do Karate Shotokan no Concelhoda Lagoa.

Centro de karaté de Lagoa com três campeões regionais.

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“Os de cá”Todos os meses, um escritor O Diário de Lagoa, a par-

tir de Janeiro, irá dar desta-que, na sua ediçãoimprensa, aos escritores na-turais da Lagoa.

Num trabalho de pesquisaexclusivo, todos os mesesserá disponibilizado no jor-nal um artigo acerca de umescritor em particular, cujasorigens são lagoenses. Esteé um trabalho que visa dara conhecer a literaturalagoense aos lagoenses,assim como as figuras queedificaram essa mesma lite-ratura.

Com a colaboração daBiblioteca Municipal TomazBorba Vieira, este trabalhoincidirá, principalmente,sobre ícones que, através daescrita, marcaram e aindamarcam.

Todos os artigos serãomeramente biográfico-in-formativos, contendo infor-mações de cariz biográficasobre os escritores, assimcomo alguns traços caracte-rísticos da sua escrita e obraconstruída.

A iniciativa advém da ne-cessidade mais do queóbvia de se dar a conhecero que é nosso, de se valori-zar o que é nosso, sendoque a qualidade existe e éinegável, embora o reco-nhecimento esteja, muitasvezes, aquém das expectati-vas.

E porque é tão importantenão esquecer as figuras dopassado e do presente, oseu jornal compromete-se alembrá-las e a celebrá-lastodos os meses.

Iluminação de Natal na Freguesia do Rosário

Fotos: DR

Fotos: DR

Inaugura estaquinta-feira, dia 08 dedezembro, a ilumina-ção de Natal, na Fre-guesia de NossaSenhora do Rosário.

Trata-se de uma ini-ciativa da Junta deFreguesia que, apesardo elevado custo queacarreta, pretendedar outra cor às noi-tes da freguesia,nesta época natalícia.

As ruas do centro dafreguesia estão assimcom mais cor, numaépoca que a todos diz

muito.Fonte da edilidade

diz tratar-se de um es-forço financeiro su-plementar que érealizado no final decada ano, mas quenão deixa de ser im-portante.

A Iluminação aliadaà sonorização em vá-rias ruas, acaba porser um efeito extranesta época no Rosá-rio, por forma a lem-brar a alegria doNatal.