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CENTRO REGIONAL DE CIÊNCIAS NUCLEARES DO CENTRO-OESTE LABORATÓRIO DE RADIOECOLOGIA Relatório de Avaliação dos Resultados Analíticos do Programa de Monitoração Ambiental e Vigilância Pós-Operacional no Período de Controle Institucional do Repositório de Rejeitos Radioativos de Abadia de Goiás julho de 2010 a junho de 2011 Abadia de Goiás dezembro/2011

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CENTRO REGIONAL

DE CIÊNCIAS NUCLEARES

DO CENTRO-OESTE

LABORATÓRIO DE RADIOECOLOGIA

Relatório de Avaliação dos Resultados Analíticos do Programa de Monitoração Ambiental e

Vigilância Pós-Operacional no Período de Controle Institucional do Repositório de Rejeitos Radioativos de Abadia de Goiás

julho de 2010 a junho de 2011

Abadia de Goiás dezembro/2011

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CENTRO REGIONAL

DE CIÊNCIAS NUCLEARES DO CENTRO-OESTE

Relatório de Avaliação dos Resultados Analíticos do Programa de Monitoração Ambiental e

Vigilância Pós-Operacional no Período de Controle Institucional do Repositório de Rejeitos Radioativos de Abadia de Goiás

julho de 2010 a junho de 2011

Edison Ribeiro

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SUMÁRIO

Página RESUMO ........................................................................................................... 04 1. INTRODUÇÃO ............................................................................................. 05 2. PROGRAMA DE MONITORAÇÂO AMBIENTAL (PMA) ........................... 06 2.1. Procedimentos de Amostragem e Preparação de Amostras ....... 10 2.2. Medidas ............................................................................................. 11 3. RESULTADOS E AVALIAÇÂO ................................................................... 12

3.1. Água de Superfície ........................................................................... 12 3.2. Água Subterrânea ............................................................................ 13 3.3. Solo ................................................................................................... 17 3.4. Sedimento ......................................................................................... 18 3.5. Vegetação ......................................................................................... 20 3.6. Taxa de Kerma no Ar.......................... ............................................. 21 3.7. Programa Nacional de Intercomparação-PNI 25

4. CÁLCULO DE DOSE .................................................................................. 28 4.1. Dose Devido ao Consumo de Água de Superfície ........................ 28 4.2. Dose Devido ao Consumo de Água Subterrânea .......................... 4.3. Dose Devido à Exposição ao Sedimento do Fundo de Rio...........

29 29

4.4. Dose Devido ao Uso de Água Subterrânea.................................... 30 5. ESTAÇÃO METEOROLÓGICA................................................................... 34 6. CONCLUSÕES ........................................................................................... 43 7. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ........................................................... 45 8. ANEXOS...................................................................................................... 46

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RESUMO

Neste relatório são apresentados os resultados analíticos referentes ao

período de julho de 2010 a junho de 2011, fase Pós-Operacional do Programa de

Monitoração Ambiental do Repositório de Rejeitos Radioativos de Abadia de

Goiás – Centro Regional de Ciências Nucleares do Centro Oeste – CRCN-CO.

Os resultados apresentados são relativos à análise por espectrometria

gama de amostras de água de superfície, água subterrânea, sedimento do fundo

de rio, solo e vegetação, além da análise da taxa de kerma no ar, feita por

dosimetria termoluminescente (TLD). Também são apresentados registros dos

dados obtidos pela estação meteorológica instalada na área dos Depósitos I e II.

Os valores obtidos para a atividade de 137Cs por unidade de massa ou de

volume, na maioria das amostras, foram menores que a Atividade Mínima

Detectável cuja média geométrica é de 0,06 Bq/L, para as águas de superfície e

0,07Bq/L para as águas subterrâneas; de 0,56 Bq/kg para solo; 0,39 Bq/kg para

sedimento e 1,83 Bq/kg para vegetação.

São feitos também cálculos de estimativa de dose efetiva para indivíduos

do público circunvizinho às instalações do Repositório, levando em consideração

as possíveis vias de exposição para esta população.

As doses efetivas obtidas a partir dos resultados das análises mostraram-

se abaixo de 0,3 mSv/ano, que é o limite de dose estabelecido pela Comissão

Nacional de Energia Nuclear, para impactos dos repositórios nos indivíduos do

público, indicando que a instalação vem operando com total segurança, sem

causar impacto radiológico ao meio ambiente circunvizinho.

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1. INTRODUÇÃO

O Programa de Monitoração Ambiental para a área do entorno do

Depósito Definitivo de Rejeitos Radioativos de Abadia de Goiás, está sendo

executado em sua Fase Pós-Operacional desde agosto de 1997, numa operação

conjunta entre o Centro de Desenvolvimento da Tecnologia Nuclear - CDTN e o

CRCN-CO, unidades da Comissão Nacional de Energia Nuclear - CNEN.

Em sua fase inicial, este Programa era realizado pelo Instituto de

Radioproteção e Dosimetria (IRD) desde 1988, como conseqüência da instalação

em Abadia de Goiás, do depósito provisório dos rejeitos provenientes do acidente

radiológico com césio-137 na cidade de Goiânia. A seleção desta área para o

depósito final dos rejeitos, permitiu que este Programa se tornasse o Programa de

Monitoração Ambiental Pré-Operacional /1/, com os resultados obtidos servindo

de base para o controle radiológico no Programa de Monitoração Ambiental Pós-

Operacional e Vigilância no Período de Controle Institucional /7/.

No período de agosto de 1997 a junho de 1998, correspondente às quatro

primeiras campanhas de amostragem, as análises das amostras ambientais foram

realizadas unicamente pela Supervisão de Meio Ambiente do CDTN, sendo a

coleta das amostras realizadas pela equipe do Laboratório de Radioecologia do

CRCN-CO.

A partir de setembro de 1998, o Laboratório de Radioecologia do CRCN-

CO passou a realizar em conjunto com o CDTN, as análises radiométricas das

amostras coletadas, intercomparando-as. Em setembro de 2000, o CDTN deixou

de realizar as análises das amostras ambientais coletadas, sendo estas

analisadas, somente, pelo Laboratório de Radioecologia do CRCN-CO, ficando a

cargo da Supervisão de Meio Ambiente e Técnicas Nucleares do CDTN, a

análise dos dosímetros termoluminescentes.

Em dezembro de 1999, este Laboratório inscreveu-se no Programa

Nacional de Intercomparação de Análises de Radionuclídeos em Amostras

Ambientais (PNI), coordenado pelo Instituto de Radioproteção e Dosimetria

(IRD/CNEN). O PNI é um trabalho colaborativo cujo objetivo é alcançar através de

discussões técnicas e trocas de informações, a qualidade nas análises de

radionuclídeos emissores gama, em amostras ambientais de solo, vegetação e

água.

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Este laboratório conta atualmente com 1 técnico de nível superior, 2

técnicos de nível médio , tendo como atribuições principais a execução do

Programa de Monitoração Ambiental e desenvolvimento de estudos em

Radioecologia.

O presente relatório mostra os resultados obtidos nas campanhas de

amostragem referentes ao período de julho de 2010 a junho de 2011. Além disso,

é feita uma estimativa de dose equivalente efetiva do público para diferentes

caminhos críticos de exposição do homem à radiação. Todos os resultados são

comparados com o limite estabelecido pela Comissão Nacional de Energia

Nuclear /2/. Também são apresentados os registros de dados obtidos pela

estação meteorológica, localizada na área dos Depósitos I e II.

2. PROGRAMA DE MONITORAÇÃO AMBIENTAL (PMA)

O Programa de Monitoração Ambiental – Fase Pós-Operacional foi

elaborado pelo CRCN-CO e aprovado por DRS/SLC/COREJ e IRD/DEPRA, e tem

como principais objetivos: • Manter um registro contínuo dos efeitos da instalação sobre os níveis de

radioatividade ambiental.

• Avaliar a dose real ou potencial de radiação para os grupos críticos e

populações nas vizinhanças do Repositório.

• Detectar eventuais falhas e implementar medidas corretivas.

• Identificar mudanças relativas aos mecanismos e vias de transferência de

radionuclídeos, em conseqüências de modificações das condições locais,

causadas pela atividade humana, fenômenos naturais, etc., permitindo que o

Programa seja reavaliado à luz da experiência e em resposta a qualquer

mudança de condição.

• Prestar informações para o público em geral.

A elaboração deste programa levou em consideração as seguintes

características da região: dados climáticos e hidrológicos, atividades sócio-

econômicas, hábitos alimentares e recreativos da população local, distribuição

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das populações e forma de utilização dos recursos naturais, além dos

conhecimentos relativos ao comportamento do césio no meio ambiente /1/.

Os pontos de amostragem, com os códigos de amostras, tipos de

amostras coletadas, frequência de amostragem e análise estabelecidos neste

programa, são apresentados na Tabela 1 e na Figura 1. As referências

geográficas dos pontos amostrados estão relacionados no anexo 1, que

complementa as informações da Tabela 1 e Figura 1.

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Tabela 1 – PMA: Fase Pós-Operacional

Ponto de Amostragem

Código da Amostra Meio Monitorado Unidade de

Medida Freqüência de Amostragem e

Análise Medida

01 a 10 TLD 01 a TLD 10 Ar mGy/ano Trimestral Taxa de Kerma

no Ar

A

ASU 01 Água de Superfície Bq/L

Trimestral Concentração de atividade

de137Cs SOL 01 Solo Bq/Kg (seco)

VEG 01 Vegetação Bq/Kg (seco)

B

ASU 02 Água de Superfície Bq/L

Trimestral Concentração de atividade

de137Cs

SED 02 Sedimento Bq/Kg (seco)

SOL 02 Solo Bq/Kg (seco)

VEG 02 Vegetação Bq/Kg (seco)

C ASU 03 Água de Superfície Bq/L

Trimestral Concentração de atividade

de137Cs SED 03 Sedimento Bq/Kg (seco)

D

ASU 06 Água de Superfície Bq/L

Trimestral Concentração de atividade

de137Cs

SED 06 Sedimento Bq/Kg (seco)

SOL 06 Solo Bq/Kg (seco)

VEG 06 Vegetação Bq/Kg (seco)

E SOL 04 Solo Bq/Kg (seco)

Trimestral Concentração de atividade

de137Cs VEG 04 Vegetação Bq/Kg (seco)

F SOL 05 Solo Bq/Kg (seco)

Trimestral Concentração de atividade

de137Cs VEG 05 Vegetação Bq/Kg (seco)

G ASB 01 a ASB 04 Água Subterrânea Bq/L Trimestral

Concentração de atividade

de137Cs

H ASB 05 a ASB 08 Água Subterrânea Bq/L Trimestral

Concentração de atividade

de137Cs

I ASB 09 Água Subterrânea Bq/L Trimestral Concentração de atividade

de137Cs

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Figura 1 – Localização dos Pontos de Amostragem e Medidas

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2.1. Procedimentos de Amostragem e Preparação de Amostras

Ø Taxa de Exposição Gama Ambiental

Para medida da taxa de radiação integrada foram utilizados dosímetros

termoluminescentes (TLD) de cristais de LiF:MgTi, colocados a altura de 1 metro

do solo, dentro de um tubo de PVC, permanecendo expostos por um período de

aproximadamente 3 meses.

Ø Solo Em cada ponto de amostragem foram coletados aproximadamente 3 Kg

de solo, em área previamente demarcada com cerca de 40 x 40 cm a uma

profundidade de 3 cm. As amostras foram secas em estufa a 100 ºC durante 24

horas, peneiradas até fração < 2 mm, que foram separadas e analisadas em

seguida. A massa seca de cada amostra analisada é indicada nos anexos 2, 3, 4

e 5.

Ø Sedimento Amostras de aproximadamente 3 Kg foram coletadas nos remansos dos

cursos d’água, em três pontos, nos mesmos locais de amostragens de água de

superfície. O procedimento de preparo foi o mesmo utilizado para solo. A massa

seca de cada amostra analisada é indicada nos anexos 2, 3, 4 e 5.

Ø Vegetação As amostras de vegetação forrageira (pasto) foram coletadas em vários

pontos de 20 x 20 cm2 , próximos aos locais de amostragem de solo. Para cada

ponto de amostragem foram coletados cerca de 8 Kg de vegetação (peso úmido),

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secos a 100 ºC durante 24 horas em estufa e calcinados a 450 ºC por 48 horas. A

massa seca de cada amostra analisada é indicada nos anexos 2, 3, 4 e 5.

Ø Água de Superfície

Em cada ponto de amostragem foram coletados 5 litros de água em

recipiente de polietileno. As amostras foram filtradas em membranas de acetato

de celulose de 0,45 μm de porosidade e acidificadas com 2 ml/l de ácido nítrico

concentrado.

Ø Água Subterrânea

Utilizando-se de bomba de sucção, as amostras foram coletadas e

preparadas seguindo o mesmo procedimento das amostras de água de superfície.

2.2. Medidas Todas as amostras preparadas no Laboratório de Radioecologia foram

analisadas por espectrometria gama em espectrômetro da marca Camberra, com

detector coaxial de germânio hiperpuro (HPGe), modelo GX2518, com eficiência

relativa de 25%, pré-amplificador modelo 2002 CSL e “software” Genie-2000. O

tempo de contagem foi de 15 horas e a geometria de contagem variou de acordo

com a matriz analisada:

• para amostras de água empregou-se béquer Marinelli de 3,5 litros;

• para amostras de solos e sedimentos empregaram-se frascos de polietileno de

1 litro.

• também para amostras de vegetação empregaram-se frascos de polietileno de

1 litro.

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3. RESULTADOS E AVALIAÇÃO

Durante o período de julho de 2010 a junho de 2011 foram coletadas e

analisadas 104 amostras e 40 dosímetros termoluminescentes dentro do PMA. A

maioria das amostras analisadas (35%) foram de águas subterrâneas,

ressaltando que estas foram coletadas dentro da área dos depósitos.

A tabela 2 mostra o número de matrizes coletadas e analisadas com os

respectivos períodos de coletas. A distribuição percentual das matrizes analisadas

é mostrada na Figura 2.

Para avaliação dos resultados devemos fazer as seguintes considerações

/3/:

• Os níveis de concentração de Cs-137 e medida de exposição gama

podem apresentar uma variabilidade, devido aos fatores que

compõem o processo.

• A variabilidade decorrente de causas comuns, conhecida como

variabilidade natural do processo, é inerente ao mesmo e estará

presente mesmo que todas operações sejam executadas empregando

métodos padronizados. Quando apenas estas causas comuns estão

atuando, a quantidade de variabilidade se mantém em uma faixa

estável, conhecida como faixa característica do processo.

• As causas especiais de variação surgem esporadicamente, devido a

uma situação particular que faz com que o processo se comporte

completamente diferente do usual.

3.1. Água de Superfície Os resultados das análises de concentração de atividade de 137Cs das

águas de superfície são apresentados nas tabelas 3 a 6. Em cada tabela é

apresentado o valor máximo da concentração de 137Cs nas amostras da matriz

analisada, referentes à Fase Pré-Operacional realizada pelo IRD. Também são

apresentados as médias e os desvios geométricos dos resultados referentes ao

período anterior (julho de 2009 a junho de 2010).

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As 16 amostras analisadas apresentaram valores de concentração de

atividade abaixo da Atividade Mínima Detectável. A média geométrica dos

resultados obtidos foi de 0,06 Bq/L com desvio-geométrico de 1,08.

3.2. Água Subterrânea Os resultados das análises de concentração de atividade de 137Cs das

águas subterrâneas são apresentados nas tabelas 7 a 15. Em cada tabela são

apresentadas as médias geométricas dos resultados da matriz amostrada,

referentes à Fase Pré-Operacional realizada pelo IRD e as médias geométricas e

desvios geométricos da concentração de atividade de 137Cs no período anterior

(julho de 2009 a junho de 2010).

Nenhum dos pontos de amostragem apresentou concentração de

atividade mensurável. A média geométrica encontrada para os valores de limites

mínimos de detecção foi de 0,07 Bq/L com desvio geométrico de 1,11.

Tabela 2 – Número de amostras coletadas, preparadas e medidas

Amostragem TLD CDTN

Meio Monitorado

N.º de Amostras

Preparadas e Analisadas Solo Sedimento Vegetação Água de

Superfície Água

Subterrânea set /10 10 5 3 5 4 9 26 dez/10 10 5 3 5 4 9 26 mar/11 10 5 3 5 4 9 26 jun/11 10 5 3 5 4 9 26 Total 40 20 12 20 16 36 104

Figura 2 – Percentual de amostras coletadas e analisadas

Amostras Coletadas e Analisadas

19%12%

19%15%35%

SoloSedimentoVegetaçãoÁgua de SuperfícieÁgua Subterrânea

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Tabela 3 - Água de Superfície - ASU 01

Data de Coleta Concentração de Atividade de 137Cs

(Bq/L)

Média do Período Anterior 137Cs

(Bq/L)

Fase Pré-Operacional 137Cs (Bq/L)

set/10 < 0,06

0,06 ± 1,08 < 0,04 dez/10 < 0,07 mar/11 < 0,06 jun/11 < 0,07

Tabela 4 -Água de Superfície - ASU 02

Data de Coleta Concentração de Atividade de 137Cs

(Bq/L)

Média do Período Anterior 137Cs

(Bq/L)

Fase Pré-Operacional 137Cs (Bq/L)

set/10 < 0,06

0,06 ± 1,08 < 0,04 dez/10 < 0,07 mar/11 < 0,07 jun/11 < 0,06

Tabela 5 - Água de Superfície - ASU 03

Data de Coleta

Concentração de Atividade de 137Cs

(Bq/L)

Média do Período Anterior 137Cs

(Bq/L)

Fase Pré-Operacional 137Cs (Bq/L)

set/10 < 0,07

0,07 ± 1,08 < 0,04 dez/10 < 0,06 mar/11 < 0,06 jun/11 < 0,06

Tabela 6 - Água de Superfície - ASU 06

Data de Coleta Concentração de Atividade de 137Cs

(Bq/L)

Média do Período Anterior 137Cs

(Bq/L)

Fase Pré-Operacional 137Cs (Bq/L)

set/10 < 0,07

0 ,06 ± 1,08 < 0,04 dez/10 < 0,06 mar/11 < 0,06 jun/11 < 0,07

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Tabela 7 - Água Subterrânea - ASB 01

Data de Coleta Concentração de Atividade de 137Cs

(Bq/L)

Média do Período Anterior 137Cs

(Bq/L)

Fase Pré-Operacional 137Cs (Bq/L)

set/10 < 0,07

0,07 ± 1,08 0,017 ± 0,004 dez/10 < 0,06 mar/11 < 0,07 jun/11 < 0,06

Tabela 8 - Água Subterrânea - ASB 02

Data de Coleta Concentração de Atividade de 137Cs

(Bq/L)

Média do Período Anterior 137Cs

(Bq/L)

Fase Pré-Operacional 137Cs (Bq/L)

set/10 < 0,07

0,06 ± 1,08 0,017 ± 0,004 dez/10 < 0,06 mar/11 < 0,06 jun/11 < 0,07

Tabela 9 - Água Subterrânea - ASB 03

Data de Coleta

Concentração de Atividade de 137Cs

(Bq/L)

Média do Período Anterior 137Cs

(Bq/L)

Fase Pré-Operacional 137Cs (Bq/L)

set/10 < 0,07

0,07 ± 1,08 0,017 ± 0,004 dez/10 < 0,07 mar/11 < 0,06 jun/11 < 0,06

Tabela 10 - Água Subterrânea - ASB 04

Data de Coleta Concentração de Atividade de 137Cs

(Bq/L)

Média do Período Anterior 137Cs

(Bq/L)

Fase Pré-Operacional 137Cs (Bq/L)

set/10 < 0,07

0,07 ± 1,08 0,017 ± 0,004 dez/10 < 0,06 mar/11 < 0,06 jun/11 < 0,07

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Tabela 11 - Água Subterrânea - ASB 05

Data de Coleta Concentração de Atividade de 137Cs

(Bq/L)

Média do Período Anterior 137Cs

(Bq/L)

Fase Pré-Operacional 137Cs (Bq/L)

set/10 < 0,08

0,07 ± 1,15 0,017 ± 0,004 dez/10 < 0,06 mar/11 < 0,08 jun/11 < 0,07

Tabela 12 - Água Subterrânea - ASB 06

Data de Coleta

Concentração de Atividade de 137Cs

(Bq/L)

Média do Período Anterior 137Cs

(Bq/L)

Fase Pré-Operacional 137Cs (Bq/L)

set/10 < 0,08

0,06 ± 1,09 0,017 ± 0,004 dez/10 < 0,06 mar/11 < 0,07 jun/11 < 0,07

Tabela 13 - Água Subterrânea - ASB 07

Data de Coleta Concentração de Atividade de 137Cs

(Bq/L)

Média do Período Anterior 137Cs

(Bq/L)

Fase Pré-Operacional 137Cs (Bq/L)

set/10 < 0,07

0,06 ± 1,00 0,017 ± 0,004 dez/10 < 0,06 mar/11 < 0,06 jun/11 < 0,06

Tabela 14 - Água Subterrânea - ASB 08

Data de Coleta Concentração de Atividade de 137Cs

(Bq/L)

Média do Período Anterior 137Cs

(Bq/L)

Fase Pré-Operacional 137Cs (Bq/L)

set/10 < 0,08

0,06 ± 1,09 0,017 ± 0,004 dez/10 < 0,07 mar/11 < 0,07 jun/11 < 0,07

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Tabela 15 - Água Subterrânea - ASB 09

Data de Coleta

Concentração de Atividade de 137Cs

(Bq/L)

Média do Período Anterior 137Cs

(Bq/L)

Fase Pré-Operacional 137Cs (Bq/L)

set/10 < 0,08

0,06 ± 1,00 0,017 ± 0,004 dez/10 < 0,06 mar/11 < 0,06 jun/11 < 0,08

3.3. Solo Os resultados das análises de concentração de atividade de 137Cs das

amostras de solo são apresentados nas tabelas 16 a 20. Nessas tabelas são

apresentadas as médias geométricas e desvios dos resultados referentes à Fase

Pré-Operacional realizada pelo IRD, bem como as médias e os desvios

geométricos dos resultados referentes às análises do período anterior (julho de

2009 a junho de 2010).

Tabela 16 – Solo – SOL 01

Data de Coleta Concentração de Atividade de 137Cs

(Bq/Kg seco)

Média do Período Anterior 137Cs (Bq/Kg seco)

Fase Pré-Operacional

137Cs (Bq/Kg seco) set/10 0,29 ± 0,14

0,45 ± 1,90 1,7 ± 1,7 dez/10 1,11 ± 0,11 mar/11 0,87 ± 0,10 jun/11 < 0,57

Tabela 17 – Solo – SOL 02

Data de Coleta

Concentração de Atividade de 137Cs

(Bq/Kg seco)

Média do Período Anterior 137Cs (Bq/Kg seco)

Fase Pré-Operacional

137Cs (Bq/Kg seco) set/10 < 0,64

0,52 ± 1,36 1,7 ± 1,7 dez/10 0,32 ± 0,20 mar/11 0,32 ± 0,19 jun/11 0,53 ± 0,12

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Tabela 18 – Solo – SOL 04

Data de Coleta Concentração de Atividade de 137Cs

(Bq/Kg seco)

Média do Período Anterior 137Cs (Bq/Kg seco)

Fase Pré-Operacional

137Cs (Bq/Kg seco) set/10 < 0,49

0,58 ± 1,05 1,7 ± 1,7 dez/10 < 0,66 mar/11 < 0,61 jun/11 < 0,55

Tabela 19 – Solo – SOL 05

Data de Coleta Concentração de Atividade de 137Cs

(Bq/Kg seco)

Média do Período Anterior 137Cs (Bq/Kg seco)

Fase Pré-Operacional

137Cs (Bq/Kg seco) set/10 < 0,59

0,59 ± 1,11 1,7 ± 1,7 dez/10 < 0,74 mar/11 < 0,73 jun/11 < 0,49

Tabela 20 – Solo – SOL 06

Data de Coleta Concentração de Atividade de 137Cs

(Bq/Kg seco)

Média do Período Anterior 137Cs (Bq/Kg seco)

Fase Pré-Operacional

137Cs (Bq/Kg seco) set/10 < 0,50

0,57 ± 1,05 1,7 ± 1,7 dez/10 < 0,59 mar/11 < 0,70 jun/11 < 0,55

Das 20 amostras de solo analisadas, seis apresentaram concentração de

atividade mensurável, referente à três coletas do ponto A, SOL 01 e três referen

te ao ponto B, SOL 02.

As concentrações de atividade de 137Cs das demais amostras analisadas

encontram-se abaixo do limite de detecção, com média geométrica de 0,54 Bq/Kg

e desvio geométrico de 1,43 para todas amostras.

3.4. Sedimento Os resultados das análises das amostras de sedimento são apresentados

nas tabelas 21 a 23. São mostrados ainda a média geométrica e o desvio

geométrico dos resultados referentes à fase Pré-Operacional, além das médias

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19

geométricas e desvios geométricos dos resultados referentes ao período anterior

(julho de 2009 a junho de 2010).

Tabela 21 – Sedimento – SED 02

Data de Coleta Concentração de Atividade de 137Cs

(Bq/Kg seco)

Média do Período Anterior 137Cs (Bq/Kg seco)

Fase Pré-Operacional

137Cs (Bq/Kg seco) set/10 < 0,40

0,34 ± 1,17 1,1 ± 1,7 dez/10 < 0,43 mar/11 < 0,34 jun/11 < 0,30

Tabela 22 – Sedimento – SED 03

Data de Coleta Concentração de Atividade de 137Cs

(Bq/Kg seco)

Média do Período Anterior 137Cs (Bq/Kg seco)

Fase Pré-Operacional

137Cs (Bq/Kg seco) set/10 < 0,38

0,42 ± 1,21 1,1 ± 1,7 dez/10 < 0,39 mar/11 < 0,44 jun/11 < 0,34

Tabela 23 – Sedimento – SED 06

Data de Coleta Concentração de Atividade de 137Cs

(Bq/Kg seco)

Média do Período Anterior 137Cs (Bq/Kg seco)

Fase Pré-Operacional

137Cs (Bq/Kg seco) set/10 < 0,40

0,47 ± 1,29 1,1 ± 1,7 dez/10 < 0,42 mar/11 < 0,41 jun/11 < 0,40

Das 12 amostras de sedimento analisadas, nenhuma apresentou

concentração de atividade de 137Cs mensurável. A média geométrica, calculada

com os valores mínimos de detecção de todas amostras, é de 0,39 Bq/Kg e

desvio geométrico igual a 1,12.

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20

3.5. Vegetação (Pasto)

Os resultados das análises de concentração de atividade de 137Cs das

amostras de vegetação são apresentados nas tabelas 24 a 28. Nessas tabelas

são apresentadas as médias geométricas e os desvios dos resultados referentes

à fase Pré-Operacional e também as médias geométricas e desvios dos

resultados referentes ao período anterior (julho de 2009 a junho 2010 ).

Tabela 24 – Vegetação – VEG 01

Data de Coleta Concentração de Atividade de 137Cs

(Bq/Kg seco)

Média do Período Anterior 137Cs (Bq/Kg seco)

Fase Pré-Operacional

137Cs (Bq/Kg seco) set/10 1,09 ± 0,06

1,11 ± 2,23 0,71 ± 1,8 dez/10 1,30 ± 0,15 mar/11 0,64 ± 0,07 jun/11 0,55 ± 0,10

Tabela 25 – Vegetação – VEG 02

Data de Coleta Concentração de Atividade de 137Cs

(Bq/Kg seco)

Média do Período Anterior 137Cs (Bq/Kg seco)

Fase Pré-Operacional

137Cs (Bq/Kg seco) set/10 1,31 ± 0,07

0,58 ± 2,01 0,71 ± 1,8 dez/10 6,83 ± 0,16 mar/11 1,01 ± 0,12 jun/11 0,34 ± 0,06

Tabela 26 – Vegetação – VEG 04

Data de Coleta Concentração de Atividade de 137Cs

(Bq/Kg seco)

Média do Período Anterior 137Cs (Bq/Kg seco)

Fase Pré-Operacional

137Cs (Bq/Kg seco) set/10 0,44 ± 0,09

0,36 ± 2,08 0,71 ± 1,8 dez/10 2,62 ± 0,16 mar/11 2,97 ± 0,09 jun/11 0,76 ± 0,11

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21

Tabela 27 – Vegetação – VEG 05

Data de Coleta Concentração de Atividade de 137Cs

(Bq/Kg seco)

Média do Período Anterior 137Cs (Bq/Kg seco)

Fase Pré-Operacional

137Cs (Bq/Kg seco) set/10 5,74 ± 0,14

1,12 ± 1,11 0,71 ± 1,8 dez/10 7,11 ± 0,13 mar/11 10,04 ± 0,20 jun/11 0,69 ± 0,10

Tabela 28 – Vegetação – VEG 06

Data de Coleta Concentração de Atividade de 137Cs

(Bq/Kg seco)

Média do Período Anterior 137Cs (Bq/Kg seco)

Fase Pré-Operacional

137Cs (Bq/Kg seco) set/10 4,29 ± 0,10

1,66 ± 2,78 0,71 ± 1,8 dez/10 2,07 ± 0,25 mar/11 2,44 ± 0,08 jun/11 7,28 ± 0,14

Das 20 amostras analisadas, todas apresentaram concentração de

atividade mensurável. O valor da média geométrica, para todas as amostras, é de

1,83 Bq/Kg seco com desvio geométrico de 2,82. Os valores encontrados são

inferiores aos obtidos em fazendas da região de Angra dos Reis de 1,4 a 17,3

Bq/Kg seco /7/.

3.6. Taxa de Kerma no Ar Os resultados de medidas de taxa de kerma no ar são apresentados na

coluna 2 das tabelas 29 a 32. Nestas tabelas são apresentadas também as taxas

de kerma no ar dos períodos anteriores, coluna 4.

Os valores anuais, coluna 3, foram calculados pelo somatório dos

resultados trimestrais, correspondendo a três rodadas anteriores mais a do

período citado.

Na figura 3, são apresentadas as variações das taxas de kerma no ar

para cada ponto de medida.

Os valores de 0,06 µGy/h a 0,26 µGy/h para taxa de kerma no ar estão

bem próximos dos encontrados no pré-operacional entre 0,07 µGy/h e 0,10

µGy/h.

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22

Tabela 29 – Taxa de kerma no ar – resultados de 30/06/10 a 30/09/10 (90 dias)

Código do Ponto Taxa de Kerma no Ar µGy/h

Taxa de Kerma no Ar

mGy/ano*

Período Anterior mGy/ano**

TLD 001 0,26 ± 0,05 1,49 0,85

TLD 002 0,21 ± 0,02 1,29 1,05

TLD 003 0,13 ± 0,01 0,92 0,73

TLD 004 0,12 ± 0,01 0,87 0,77

TLD 005 0,13 ± 0,02 0,92 0,74

TLD 006 0,11 ± 0,01 0,97 0,77

TLD 007 0,11 ± 0,01 0,89 0,79

TLD 008 0,11 ± 0,02 0,86 0,60

TLD 009 0,11 ± 0,02 0,90 0,70

TLD 010 0,09 ± 0,01 0,79 0,62 * Período: 30/09/09 a 30/09/10

** Período: 29/09/08 a 30/09/09

Tabela 30 – Taxa de kerma no ar – resultados de 01/10/10 a 31/12/10 (90 dias)

Código do Ponto Taxa de Kerma no Ar µGy/h

Taxa de Kerma no Ar

mGy/ano*

Período Anterior mGy/ano**

TLD 001 0,08 ± 0,005 1,48 0,80

TLD 002 0,10 ± 0,002 1,27 1,00

TLD 003 0,08 ± 0,009 0,91 0,74

TLD 004 0,08 ± 0,006 0,85 0,77

TLD 005 0,08± 0,006 0,89 0,77

TLD 006 0,09 ± 0,002 0,98 0,79

TLD 007 0,08 ± 0,002 0,83 0,79

TLD 008 0,06 ± 0,003 0,82 0,59

TLD 009 0,07 ± 0,003 0,88 0,70

TLD 010 0,07 ± 0,004 0,77 0,64 * Período: 31/12/09 a 30/12/10

** Período: 09/01/08 a 31/12/09

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23

Tabela 31 – Taxa de kerma no ar – resultados de 30/12/10 a 31/03/11 (91 dias)

Código do Ponto Taxa de Kerma no Ar µGy/h

Taxa de Kerma no Ar

mGy/ano*

Período Anterior mGy/ano**

TLD 001 0,15 ± 0,01 1,48 0,95

TLD 002 0,19 ± 0,02 1,40 1,12

TLD 003 0,15 ± 0,01 1,02 0,80

TLD 004 0,14 ± 0,01 0,94 0,83

TLD 005 0,15 ± 0,01 0,98 0,85

TLD 006 0,15 ± 0,01 1,07 0,85

TLD 007 0,16 ± 0,01 0,94 0,87

TLD 008 0,14 ± 0,01 0,94 0,67

TLD 009 0,16 ± 0,01 1,02 0,75

TLD 010 0,14 ± 0,01 0,88 0,70 * Período: 31/03/10 a 31/03/11

** Período: 31/03/09 a 31/03/10

Tabela 32 – Taxa de kerma no ar – resultados de 01/04/11 a 30/06/11 (90 dias)

Código do Ponto Taxa de Kerma no Ar µGy/h

Taxa de Kerma no Ar

mGy/ano*

Período Anterior mGy/ano**

TLD 001 0,07 ± 0,01 1,21 1,12

TLD 002 0,07 ± 0,01 1,23 1,10

TLD 003 0,04 ± 0,03 0,87 0,82

TLD 004 0,07 ± 0,01 0,89 0,79

TLD 005 0,06 ± 0,01 0,91 0,83

TLD 006 0,11 ± 0,07 0,99 0,94

TLD 007 0,07 ± 0,01 0,91 0,86

TLD 008 0,06 ± 0,01 0,80 0,78

TLD 009 0,06 ± 0,01 0,86 0,84

TLD 010 0,07 ± 0,01 0,80 0,74 * Período: 30/06/10 a 30/06/11

** Período: 30/06/09 a 30/06/10

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0,00

0,20

0,40

0,60

0,80

1,00

1,20

1,40

1,60

TLD 001 TLD 002 TLD 003 TLD 004 TLD 005 TLD 006 TLD 007 TLD 008 TLD 009 TLD 010

Taxa

de

Kerm

a no

Ar (

mG

y/an

o)

30/09/09 a 30/09/10 31/12/09 a 30/12/10 31/03/10 a 31/03/11 30/06/10 a 30/06/11

Figura 3 – Taxa de Kerma no Ar

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25

3.7. Programa Nacional de Intercomparação-PNI

No período do presente relatório os resultados das análises do Programa

Nacional de Intercomparação referem-se, somente, a análises por espectrometria

gama em água de amostras enviadas pelo DEPRA/IRD, nos meses de agosto/2010,

dezembro/2010 e abril/2011. As avaliações dos resultados obtidos por este

Laboratório, feitas pelo PNI-IRD/CNEN, mostram que o desempenho do Laboratório

de Radiecologia é considerado BOM, conforme as Tabelas 33, 34 e 35, e as Figuras

4, 5 e 6.

Tabela 33 – Rodada agosto/2010

X = CRCN-CO U = IRD

Rodada agosto/2010

0,01,02,03,04,05,06,07,0

Co-60 Zn-65 Ru-106 Ba-133 Cs-134 Cs-137

(Bq/

l)

CRCN-CO IRD

Figura 4 – Análise Comparativa CRCN-CO/IRD

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26

Tabela 34 – Rodada dezembro/2010

X = CRCN-CO U = IRD

Rodada dezembro/2010

0,02,04,06,08,0

10,0

Co-60 Zn-65 Ru-106 Ba-133 Cs-134 Cs-137

(Bq/

l)

CRCN-CO IRD

Figura 5 – Análise Comparativa CRCN-CO/IRD

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27

Tabela 35 – Rodada abril/2011

X = CRCN-CO U = IRD

Rodada abril/2011

0,0

2,0

4,0

6,0

8,0

Co-60 Zn-65 Ru-106 Ba-133 Cs-134 Cs-137

(Bq/

l)

CRCN-CO IRD

Figura 6 – Análise Comparativa CRCN-CO/IRD

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28

4. CÁLCULO DE DOSE

A seguir são apresentadas as estimativas de dose efetiva para indivíduos do

público circunvizinho às instalações do Repositório de Rejeitos Radioativos de

Abadia de Goiás, no período de julho de 2010 a junho de 2011.

O valor limite para incremento de dose nos indivíduos do público, adotado

como referência, é de 0,3 mSv/ano.

O cálculo leva em consideração as possíveis vias de exposição para a

população das áreas circunvizinhas ao depósito que são: I) consumo de água de

superfície; II) consumo de água subterrânea; III) exposição ao sedimento do fundo

de rio; IV) uso da água subterrânea.

Tanto a dose equivalente efetiva para exposições externas quanto a dose

equivalente para incorporações são estimadas a partir do produto da concentração

do radionuclídeo no compartimento ambiental, por fatores que levam em conta o

tempo e a forma de exposição do indivíduo a este meio /4/.

4.1. Dose Devido ao Consumo de Água de Superfície

A dose equivalente efetiva devido ao consumo de água de superfície foi

calculada através da equação /3,4/

E = Σ Ci.Iig.FCDig

Onde:

E é a dose equivalente efetiva (Sv/ano);

Ci é a concentração de atividade de 137Cs na água (Bq/m3);

Iig é a taxa de ingestão de água (m3/ano);

FCDig é o fator de conversão de dose por ingestão para o 137Cs (Sv/Bq).

As doses foram calculadas assumindo-se um consumo diário de 2 litros de

água, durante o ano todo, e o fator de conversão de dose por ingestão para o 137Cs

(Sv/Bq) de 1,30 x 10-8 Sv/Bq /5/.

Uma vez que todos os resultados da concentração de atividade de 137Cs nas

amostras de água de superfície apresentaram valores inferiores a Atividade Mínima

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29

Detectável, a média dos valores destes limites (0,06 Bq/L) foi adotada como

referência para estimativa de dose.

A dose equivalente efetiva calculada para os pontos “A”, “B”, “C” e “D” foi de

5,69 x 10-4 mSv/ano.

4.2. Dose Devido ao Consumo de Água Subterrânea

A dose equivalente efetiva devido ao consumo de água subterrânea foi

calculada utilizando-se a mesma equação anterior para cálculo de dose devido ao

consumo de água de superfície.

Todos os resultados da concentração de atividade 137Cs nas amostras de

água subterrânea apresentaram valores inferiores a Atividade Mínima Detectável.

Sendo assim, média dos valores destes limites (0,07 Bq/L) foi adotada como

referência para estimativa de dose.

A dose equivalente efetiva calculada para as amostras de água subterrânea

foi de 6,64 x 10-4 mSv/ano.

4.3. Dose Devido à Exposição ao Sedimento do Fundo de Rio

A dose equivalente efetiva devido à exposição ao sedimento do fundo de rio

foi calculada através da equação /3,4/

E = Σ Ci.ρs..FCDi.Is..Wm

Onde:

E é a dose equivalente efetiva (Sv/ano);

Ci é a concentração de atividade de 137Cs no sedimento (Bq/kg);

ρs é a densidade superficial efetiva do material sedimentar (Kg/m2);

FCDi é o fator de conversão de dose externa para o 137Cs (Sv.h-1/Bq.m-2).

Is é o tempo de permanência nas margens do córrego (h/ano);

Wm é o fator de geometria da fonte para atividades na margem

(adimensional).

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30

As doses foram calculadas supondo-se um tempo de permanência nas

margens dos córregos de 2 horas por dia, durante o ano todo. Adotou-se os valores

de 40 Kg/m2 para a densidade superficial do material sedimentar; 0,2 para o fator de

geometria da fonte e 1,37 x 10-12 Sv.h-1/Bq.m-2 para o fator de conversão de dose

externa para o 137Cs.

Para o cálculo da dose equivalente efetiva foi utilizada a média geométrica

dos resultados obtidos para cada ponto analisado. Os resultados são apresentados

na Tabela 36.

Tabela 36 – Dose Equivalente Efetiva Devido a Exposição ao Sedimento de

fundo de rio

Ponto de Amostragem

Concentração de Atividade de 137Cs

(Bq/kg)

Dose Equivalente Efetiva (mSv/ano)

B 0,36 2,88 x 10-6

C 0,39 3,12 x 10-6

D 0,41 3,28 x 10-6

4.4. Dose Devido ao Uso de Água Subterrânea

A dose é calculada considerando hipoteticamente o uso dos poços situados

na área do Repositório.

Os mecanismos de transferência de radionuclídeos pelas vias de exposição

apresentadas no Relatório Final de Análise de Segurança-RFAS /7/, são as

seguintes:

a) Água

b) Leite ( caminho água – vaca – leite )

c) Carne ( caminho água – gado – carne )

d) Leite ( caminho água – capim – vaca – leite )

e) Carne ( caminho água – capim – gado – carne

f) Vegetais ( caminho água – solo – vegetal )

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31

com base na seguinte equação /7/: 6

D = Fc.∑Ai I =1

onde:

D = taxa de dose de ingestão

Fc = fator de dose de ingestão para o Cs-137 = 1,4.10-8 Sv/Bq

Ai = atividade de Cs-137 incorporada anualmente, Bq/a Os índices i, variando

de 1 a 6, representam cada um dos seis caminhos de dose citados anteriormente.

As atividades incorporadas anualmente, Ai, podem ser determinadas por

equações e parâmetros a seguir:

a) Água do poço

A1 = U1.C.e-λ . t 1

onde:

U1 = consumo anual de água = 880 l /a

C = concentração de atividade de Cs-137 na água do poço, Bq/l .

λ = constante de decaimento radioativo do Cs-137 = 7,33.10- 10s- 1

t1= intervalo de tempo compreendido entre a reti rada da água do

poço e a ingestão da mesma. O valor de t1 é considerado

conservativamente como sendo igual a zero segundos.

b) Lei te ( caminho água – vaca – lei te )

A2 = U2.C.L.TR 2 onde:

U2 = consumo anual de lei te e seus derivados = 330 l /a

L = consumo diário de água pelo gado lei teiro = 75 l /d

TR2 = fator de transferência de Cs-137 da água ingerida para o

lei te de vaca = 1,2.10-2d/l

c) Carne ( caminho água – gado – carne )

A3 = U3.C.L.TR 3

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32

onde:

U3 = consumo anual de carne e seus derivados = 150 kg/a

TR 3 = fator de transferência de Cs-137 da água para a carne de

gado = 4.10-3d/kg

d) Lei te ( caminho água – capim – vaca – lei te )

( ) ( )

−+−= −− 0444

4

.r24 1.

365...

1...C.I.TUA Bww tRpt

eff

eP

tTWe

YNW λλ

λλ

onde:

I = consumo diário de capim pelo gado = 55 kg/d

Tr4 = fator de transferência de Cs-137 do capim consumido para o

lei te de vaca = 1,2.10-2 d/l

W = taxa de i rrigação = 1,2.10-5 l /m2.s

N = fração de deposição de Cs-137 no pasto devido à i rrigação =

0,25

Y = fator de ocupação superficial do solo pelo pasto = 0,85 kg/m2

λp = constante biológica do Cs-137 no pasto = 5.10-7 s-1

λef f = λ + λp = constante efetiva no pasto

tw4 = intervalo de tempo no qual o pasto foi contaminado por

i rrigação durante o período de crescimento = 2,6.106s (30 d)

Tp4 = fator de transferência solo-pasto = 5.10-2

tR = número de dias no ano em que ocorre a irrigação = 180

P = ocupação mássica do solo na profundidade arável de 15 cm = 240 kg/m2

TBo = tempo total de enriquecimento de Cs-137 no solo = 1,57.109 s (50 a)

e) Carne ( caminho água – pasto – gado – carne )

( ) ( )

−+−= −− 0444

5

.r35 1.

365...

1...C.I.TU A Bww tRpt

eff

eP

tTWe

YNW λλ

λλ

onde:

Tr 5 = fator de transferência de Cs-137 do pasto consumido para a carne de

gado = 4,0.10-3d/kg

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33

f) Vegetal ( caminho água – solo – vegetal )

( ) ( )

−+−= −− 0664 .

66 1.365..

.1

...C.UA Bww tRpt

eff

eP

tTWe

YNW λλ

λλ

onde:

U6 = consumo anual de vegetais = 462 kg/a

tw 6 = intervalo de tempo no qual o vegetal é contaminado durante o período de

crescimento = 5,2.106s (60d)

Tp 6 = fator de transferência de Cs-137 do solo para o vegetal = 5.10-2

Todos os resultados da concentração de atividade 137Cs nas amostras de

água subterrânea apresentaram valores inferiores a Atividade Mínima Detectável.

Sendo assim, média dos valores destes limites (0,07 Bq/L) foi adotada como

referência para estimativa de dose.

Os resultados são apresentados na tabela 37

Tabela 37 – Taxa de Dose devido ao uso de água subterrânea

Vias Selecionadas Taxa de Dose

mSv/ano

Água 8,62 x 10-04

Leite ( água – vaca – leite ) 2,91 x 10-04

Carne ( água – gado – carne ) 4,41 x 10-05

Leite ( água – capim – vaca – leite ) 10,20 x 10-04

Carne ( água – capim – gado – carne ) 4,65 x 10-04

Vegetal ( água – solo – vegetal ) 3,72 x 10-03

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34

5. ESTAÇÃO METEOROLÓGICA

A estação meteorológica, instalada na área dos depósitos I e II, é dotada de

um sistema de aquisição de dados - Datalogger - CR10 - programado para registrar

automaticamente, a cada 5s, os seguintes parâmetros meteorológicos:

• Umidade Relativa do Ar

• Precipitação

• Temperatura

• Radiação Global

• Pressão Atmosférica

• Velocidade e Direção do Vento

Para cada intervalo de 15 minutos, o Datalogger integra os valores e

armazena as médias desses parâmetros, este sistema está conectado à um

microcomputador através de cabo UTP. Esta conexão permite que os dados sejam

coletados diretamente na sala de controle no Laboratório de Radioecologia. Todos

os trabalhos de consulta aos sensores podem ser realizados on line /8/.

A seguir são apresentados os valores e as médias mensais dos parâmetros

registrados, correspondentes ao período de julho de 2010 a junho de 2011, com a

identificação dos meses em que houve coleta de amostras para o PMA. Não houve

registro de dados no dia 11 de janeiro de 2011 devido à pane no sistema datalogger,

causada por descarga elétrica atmosférica.

Os registros obtidos mostram valores que confirmam as informações

relacionadas no RFAS /7/.

- Umidade Relativa do Ar Conforme figura 7, as médias mais altas de umidade relativa do ar são

observadas no verão, até 99%, e as mais baixas no inverno, atingindo

valor de mínimo de 8% no início do mes de setembro. Entretanto, em

qualquer época do ano, registram-se valores de até 100%.

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35

- Precipitação Pluviométrica Na figura 8, observa-se que as chuvas são fortemente concentradas no

período de setembro a abril e o período mais seco ficou restrito aos meses

de maio e agosto. Nos meses de junho e julho as chuvas foram menos

intensas.

Na região não são raras as chuvas intensas, verdadeiros “temporais”, o

que provoca, invariavelmente, um agravamento na erosão superficial e no

sulcamento do solo. Razão pela qual a área dos depósitos é mantida com

cobertura de gramíneas para evitar estes efeitos.

- Temperatura Na figura 9, observa-se que as temperaturas médias e máximas não

apresentam grandes variações ao longo do ano, mas as temperaturas

mínimas variam de acordo com as estações do ano.

A temperatura mais baixa, de 7,9°C foi registrada em junho e a mais alta,

de 35,1°C, em setembro.

- Radiação Global

Na figura 10, observa-se o seguinte:

Valores máximos para radiação solar nos meses de verão em torno de

1100W/m2.

Valores máximos registrados no inverno abaixo de 900 W/m2.

Os valores de radiação média ao longo do ano tem um comportamento

semelhante para todo o período, ou seja, não variam tão intensamente

como ocorre com os valores da radiação máxima. Isto pode ser justificado

pelo fato de que, para a média, dois fatores são importantes: a intensidade

de radiação solar e o tempo de incidência. O primeiro fator é maior no

verão e menor no inverno, já o segundo é menor no verão e maior no

inverno.

- Velocidade e Direção do Vento As figuras 11 e 13 a 26, mostram as variações da velocidade e direção

dos ventos.

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36

Quanto aos ventos, importantes também na dispersão de elementos

lançados à atmosfera, observam-se intensidades fracas e moderadas

caracterizando-os como brisas, com predominância acentuada daqueles

oriundos do leste e sudeste durante o outono, inverno e primavera.

Apenas no verão, a predominância passa a ser das direções norte e

noroeste.

O valor máximo de velocidade registrado foi de 10,5 m/s, no mês de julho.

A maior velocidade média mensal foi registrada no mês de outubro e no

mês de janeiro, de 1,6 m/s.

A menor média mensal foi registrada no mes de maio, de 0,1 m/s.

- Pressão Atmosférica A estação meteorológica está localizada a uma altitude 850 metros. A

pressão registrada é a local.

Na figura 12, observa-se que:

O valor máximo registrado foi de 691,6 mmHg, nos mes de maio/2011.

O valor mínimo registrado foi de 506,9 mmHg, também no mes de

maio/2011.

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37

CNEN - Comissão Nacional de Energia NuclearCRCN-CO - Centro Regional de Ciências Nucleares do Centro-Oeste

FIGURA 7 - UMIDADE RELATIVA DO AR

Mês jul/10 ago/10 set/10 out/10 nov/10 dez/10 jan/11 fev/11 mar/11 abr/11 mai/11 jun/11

Máxima: 94,0 89,0 96,0 97,0 99,0 98,0 100,0 100,0 100,0 100,0 98,0 100,0Mínima 15,0 12,0 8,0 15,0 32,0 37,0 31,0 34,0 32,0 23,0 20,0 19,0Média 47,0 37,0 33,0 62,0 74,0 74,0 76,0 78,0 79,0 69,0 62,0 58,0

FIGURA 8 - PRECIPITAÇÃO

Mês jul/10 ago/10 set/10 out/10 nov/10 dez/10 jan/11 fev/11 mar/11 abr/11 mai/11 jun/11

Total 1,0 0,0 36,8 77,5 187,5 211,3 225,6 283,5 291,8 86,1 0,0 9,9Obs.: Não houve registro de dados do dia 11 de jan/11 devido à pane no sistema datalogger, motivada por descarga elétrica atmosférica.

Laboratório de Radioecologia

0

20

40

60

80

100

jul/10 ago/10 set/10 out/10 nov/10 dez/10 jan/11 fev/11 mar/11 abr/11 mai/11 jun/11

(%)

Máxima: Mínima Média

0,0

50,0

100,0

150,0

200,0

250,0

300,0

350,0

400,0

jul/10 ago/10 set/10 out/10 nov/10 dez/10 jan/11 fev/11 mar/11 abr/11 mai/11 jun/11

( mm

)

Coleta PMA

ColetaPMA

ColetaPMA

ColetaPMA

Coleta PMA

Coleta PMA

Coleta PMA

ColetaPMA

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38

CNEN - Comissão Nacional de Energia NuclearCRCN-CO - Centro Regional de Ciências Nucleares do Centro-Oeste

FIGURA 9 - TEMPERATURA

Mês jul/10 ago/10 set/10 out/10 nov/10 dez/10 jan/11 fev/11 mar/11 abr/11 mai/11 jun/11

Máxima: 30,9 33,7 35,1 34,8 32,7 31,9 32,5 30,5 30,8 30,7 31,9 29,4Mínima 12,1 11,1 22,4 16,1 7,6 10,0 8,0 14,9 12,7 10,0 8,3 7,2Média 21,7 22,5 25,6 24,2 22,6 22,8 22,5 22,4 22,3 22,9 21,0 20,1

FIGURA 10 - RADIAÇÃO GLOBAL

Mês jul/10 ago/10 set/10 out/10 nov/10 dez/10 jan/11 fev/11 mar/11 abr/11 mai/11 jun/11

Máxima: 951,0 903,0 957,0 1037,0 1091,0 1104,0 1182,0 1145,0 1170,0 951,0 749,0 734,0Média 184,6 229,3 225,5 213,7 183,4 183,4 182,0 180,8 170,2 183,6 163,4 145,9

Laboratório de Radioecologia

05

101520253035404550

jul/10 ago/10 set/10 out/10 nov/10 dez/10 jan/11 fev/11 mar/11 abr/11 mai/11 jun/11

Tem

pera

tura

(ºC

)

Máxima: Mínima Média

0100200300400500600700800900

1000110012001300

jul/10 ago/10 set/10 out/10 nov/10 dez/10 jan/11 fev/11 mar/11 abr/11 mai/11 jun/11

Rad

iaçã

o (W

/m2)

Máxima: Média

ColetaPMA

ColetaPMA

ColetaPMA

ColetaPMA

ColetaPMA

ColetaPMA

ColetaPMA

ColetaPMA

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39

CNEN - Comissão Nacional de Energia NuclearCRCN-CO - Centro Regional de Ciências Nucleares do Centro-Oeste

FIGURA 11 - VELOCIDADE DO VENTO

Mês jul/10 ago/10 set/10 out/10 nov/10 dez/10 jan/11 fev/11 mar/11 abr/11 mai/11 jun/11

Máxima: 10,5 7,0 8,9 7,7 7,9 8,9 7,6 9,5 6,0 7,2 7,9 8,0Média 0,7 0,4 0,5 1,6 0,9 0,9 1,6 0,9 1,2 0,3 0,1 1,4

FIGURA 12 - PRESSÃO ATMOSFÉRICA

Mês jul/10 ago/10 set/10 out/10 nov/10 dez/10 jan/11 fev/11 mar/11 abr/10 mai/11 jun/11

Máxima 690,1 690,8 689,3 687,1 686,3 685,6 686,3 685,6 685,6 686,3 691,6 688,6Mínima 561,8 578,3 552,0 548,3 563,0 563,3 519,1 513,2 512,1 549,8 506,9 536,3Média 670,5 676,9 659,0 650,0 672,0 649,2 655,0 659,4 651,7 658,4 650,1 655,4

Laboratório de Radioecologia

0

2

4

6

8

10

12

14

jul/10 ago/10 set/10 out/10 nov/10 dez/10 jan/11 fev/11 mar/11 abr/11 mai/11 jun/11

Velo

cida

de (m

/s)

Máxima: Média

ColetaPMA

ColetaPMA

ColetaPMA

ColetaPMA

500,0

550,0

600,0

650,0

700,0

750,0

jul/10 ago/10 set/10 out/10 nov/10 dez/10 jan/11 fev/11 mar/11 abr/10 mai/11 jun/11

Pres

são

(mm

Hg)

Máxima Mínima Média

ColetaPMA

ColetaPMA

ColetaPMA

ColetaPMA

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40

CNEN - Comissão Nacional de Energia NuclearCRCN-CO - Centro Regional de Ciências Nucleares do Centro-Oeste

FIGURA 13 - DISTRIBUIÇÃO ANUAL DA FREQUÊNCIA DE DIREÇÃO DO VENTO

Frequência Percentual da Distribuição do Vento

FIGURA 14Direção %

N 3,68NNE 8,20NE 8,08ENE 8,29E 9,86ESE 10,61SE 7,98SSE 5,17S 3,93SSW 2,70SW 2,39WSW 3,09W 4,25WNW 5,87NW 7,25NNW 8,66

Laboratório de Radioecologia

Distribuição de Frequência da Direção do Vento

0

2

4

6

8

10

12

14

16

18

20

N NNE NE ENE E ESE SE SSE S SSW SW WSW W WNW NW NNW

Direção

Porc

enta

gem

Distribuição Anual de Frequência da Direção do Vento

1,0

10,0

100,0N

NNE

NE

ENE

E

ESE

SE

SSES

SSW

SW

WSW

W

WNW

NW

NNW

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41

CNEN - Comissão Nacional de Energia NuclearCRCN-CO - Centro Regional de Ciências Nucleares do Centro-Oeste

DISTRIBUIÇÃO POR MÊS DE FREQUÊNCIA DA DIREÇÃO DO VENTO

PMA - coleta de amostras

Fig. 15 - jul/10 Fig. 16 - ago/10

Fig. 17 - set/10 Fig. 18 - out/10

Fig. 19 - nov/10

Laboratório de Radioecologia

Fig. 20 - dez/10

1,0

10,0

100,0N

NNENE

ENE

E

ESE

SESSE

SSSW

SW

WSW

W

WNW

NWNNW

1,0

10,0

100,0N

NNENE

ENE

E

ESE

SESSE

SSSW

SW

WSW

W

WNW

NWNNW

0,1

1,0

10,0

100,0N

NNENE

ENE

E

ESE

SESSE

SSSW

SW

WSW

W

WNW

NWNNW

0,1

1,0

10,0

100,0N

NNENE

ENE

E

ESE

SESSE

SSSW

SW

WSW

W

WNW

NWNNW

1,0

10,0

100,0N

NNENE

ENE

E

ESE

SESSE

SSSW

SW

WSW

W

WNW

NWNNW

1,0

10,0N

NNENE

ENE

E

ESE

SESSE

SSSW

SW

WSW

W

WNW

NWNNW

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42

CNEN - Comissão Nacional de Energia NuclearCRCN-CO - Centro Regional de Ciências Nucleares do Centro-Oeste

DISTRIBUIÇÃO POR MÊS DE FREQUÊNCIA DA DIREÇÃO DO VENTO

PMA - coleta de amostras

Laboratório de Radioecologia

Fig. 23 - mar/11 Fig. 24 - abr/11

Fig. 21 - jan/11 Fig. 22 - fev/11

Fig. 25 - mai/11 Fig. 26 - jun/11

1,0

10,0

100,0N

NNENE

ENE

E

ESE

SESSE

SSSW

SW

WSW

W

WNW

NWNNW

1,0

10,0N

NNENE

ENE

E

ESE

SESSE

SSSW

SW

WSW

W

WNW

NWNNW

0,1

1,0

10,0

100,0N

NNENE

ENE

E

ESE

SESSE

SSSW

SW

WSW

W

WNW

NWNNW

1,0

10,0

100,0N

NNENE

ENE

E

ESE

SESSE

SSSW

SW

WSW

W

WNW

NWNNW

0,1

1,0

10,0

100,0N

NNENE

ENE

E

ESE

SE

SSES

SSWSW

WSW

W

WNW

NWNNW

1,0

10,0

100,0N

NNENE

ENE

E

ESE

SESSE

SSSW

SW

WSW

W

WNW

NWNNW

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43

6. CONCLUSÕES

Os resultados obtidos a partir da análise dos meios monitorados no

Programa de Monitoração Ambiental, durante o período de julho de 2010 a junho de

2011, permitem chegar às seguintes conclusões:

• As inspeções visuais e os serviços de manutenção executados sobre a

cobertura solo-vegetal que recobrem os depósitos comprovam a

integridades destas coberturas que agem como barreira de engenharia.

• Todos os resultados obtidos para concentração de Cs-137 em água de

superfície ficaram entre 0,06 e 0,07 Bq/L, ligeiramente acima do valor

encontrado no pré-operacional de 0,04 Bq/L.

• Todos o resultados obtidos para concentração de Cs-137 em água

subterrânea ficaram entre 0,06 e 0,08 Bq/L, compatível com os valores

encontrados no pré-operacional de 0,015 a 0,12 Bq/L.

• Das 20 amostras de solo analisadas, seis apresentaram valores

mensuráveis, mostrando valores entre 0,29 e 1,11 Bq/kgseco ,os limites de

detecção das demais amostras variou entre 0,49 e 0,74, muito abaixo

dos valores encontrados no pré-operacional de 0,72 a 5,62 Bq/kgseco.

• Das 12 amostras de sedimentos analisadas, nenhuma apresentou valor

mensurável, sendo os limites de detecção de 0,30 a 0,44 Bq/kgseco ,

muito abaixo dos valores encontrados no pré-operacional entre 0,43 a

7,34 Bq/kgseco .

• Das 20 amostras de vegetação analisadas, todas apresentaram valores

mensuráveis, variando de 0,34 a 10,04 Bq/kgseco , acima dos valores

encontrados no pré-operacional entre 0,27 a 1,64 Bq/kgseco , mas muito

abaixo dos valores encontrados na região de Angra dos Reis, com

valores variando de 1,4 a 17,3 Bq/Kg seco

• Nos quarenta TLD’s que mediram em dez pontos a taxa de kerma no ar

foram encontrados valores entre 0,06 μGy/h e 0,26 μGy/h. Com exceção

do TLD 001 e TLD 002 no período de junho a setembro de 2010 (0,26 e

0,21μGy/h) os demais estão em conformidade com os valores

encontrados no pré-operacional entre 0,07 μGy/h e 0,10 μGy/h.

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44

• De acordo com as avaliações do PNI-IRD/CNEN, os resultados do

Laboratório de Radioecologia, nas análises por espectrometria gama em

água é bom, considerando assim a excelência das análises realizadas

por este Laboratório.

• A dose equivalente efetiva devido ao consumo de água, à exposição ao

sedimento do fundo de rio e ao uso de água subterrânea, apresentou

valores muito inferiores ao limite de 0,3 mSv/ano estabelecido para

indivíduos do grupo crítico.

• Os cálculos de dose foram realizados com ênfase na utilização da água

subterrânea como a primeira e mais importante via de transporte de

radionuclídeos, por considerar as características de construção e as

barreiras de engenharia estabelecidas para os depósitos no Relatório Final de Ánalise de Segurança-RFAS.

• As concentrações de atividade de 137Cs em solo e vegetação foram

tomadas a título de indicadores de contaminação, não sendo necessário

o cálculo de dose de radiação para indivíduos do público para essas

matrizes.

• Os registros obtidos na estação meteorológica confirmam os dados

reportados no RFAS, período pré-operacional, principalmente os

relacionados à direção dos ventos como sendo este-sudeste e a

intensidade de chuvas. As condições atmosféricas registradas na

estação meteorológica não representaram riscos para a integridade dos

depósitos.

Todos os resultados nos cálculos de dose mostraram-se abaixo do limite de

0,3 mSv/ano estabelecido pela Comissão Nacional de Energia Nuclear, para

indivíduos do público, indicando portanto, que a instalação vem operando sem

causar impacto radiológico ao meio ambiente circunvizinho.

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45

7. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

/1/ Distrito de Goiânia. Plano de Monitoração Ambiental – Fase Operacional

do Repositório de Rejeitos Radioativos de Abadia de Goiás. Goiânia: CRCN-

CO, 1997.

/2/ Comissão Nacional de Energia Nuclear. Diretrizes Básicas de Radioproteção Rio de Janeiro, RJ.: CNEN, 1988 (CNEN-NE-3.01).

/3/ PEIXOTO, C., JACOMINO, V. Relatório de Avaliação dos Resultados Analíticos do Programa de Monitoração Ambiental do Repositório de Rejeitos Radioativos de Abadia de Goiás – Fase Operacional – Belo

Horizonte: CDTN, 2001 (Publicação CDTN 894).

/4/ DELLA ROCCA, F. Estimativa de Dose nos Indivíduos do Público Decorrentes da Liberação de Efluente Líquido Pelo IPEN., (Dissertação de

Mestrado). IPEN, USP. São Paulo, SP. 1995.

/5/ INTERNATIONAL ATOMIC ENERGY AGENCY (IAEA). International Basic Safet Standards for Protection Against Ionizing Radiation and For the Safety of Radiation Sources. 1994. (IAEA-SS-115-I).

/6/ Centro de Desenvolvimento da Tecnologia Nuclear. Relatório Técnico – Avaliação dos Resultados da 5ª Campanha de Amostragem – Setembro/98 – Programa de Monitoração Ambiental do repositório de Rejeitos Radioativos de Abadia de Goiás – Fase Operacional. Belo

Horizonte: CDTN, 1999. (CDTN-RC-CT-003/99).

/7/ NUCLEN, Engenharia e Serviços S.A. Repositório de Abadia de Goiás – Relatório Final de Análise de Segurança. Vol. 2. 1994

/8/ BARRETO, A. A. Estação Meteorológica do CRCN-CO/CNEN – Resultados e Análises Durante o Ano de 1.998. Belo Horizonte: CDTN,

2000. Publicação CDTN – 882/2000.

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46

8. ANEXOS

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47

PROGRAMA DE MONITORAÇÃO AMBIENTAL PONTOS DE AMOSTRAGEM

COORDENADAS UTM ANEXO 1

PONTO UTM

A SOL 01, VEG 01, TLD 07 0667834

8146365 ASU 01 0667855

8146237

B SOL 02, VEG 02, TLD 08 0669056

8146675 ASU 02, SED 02 0668978

8146715

C ASU 03, SED 03 0669263 8146499

D SOL 06, ASU 06, VEG 06, SED 06

0668780 8146612

E SOL 04, VEG 04 0667877 8146713

F SOL 05, VEG 05, TLD 09 0667277 8147400

G

ASB 01 0668041 8146725

ASB 02 0668007 8146726

ASB 03 0668035 8146742

ASB 04 0668072 8146736

H

ASB0 5 0667727 8146550

ASB 06 0667710 8146568

ASB 07 0667709 8146591

ASB 08 0667730 8146583

I ASB 09 0667744 8146458

TLD’S

TLD 01 0667606 8146556

TLD 02 0667741 8146440

TLD 03 0667982 8146624

TLD 04 0668164 8146624

TLD 05 0668178 8146761

TLD 06 0667683 8146741

TLD 10 0666909 8145645

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48

PROGRAMA DE MONITORAÇÃO AMBIENTAL ANEXO 2

COLETA Nº 53, setembro/2010

COLETA DE SOLOS

AMOSTRA DATA MASSA ÚMIDA

(Kg)

MASSA SECA TOTAL(Kg)

MASSA SECA ANALISADA

(Kg) TÉCNICO

SOL 01 01/09/10 2.530 2.430 1.290 LUCINEI/OSVALDO

SOL 02 01/09/10 2.040 1.940 1.114 LUCINEI/OSVALDO

SOL 04 01/09/10 2.550 2.450 1.323 LUCINEI/OSVALDO

SOL 05 01/09/10 2.150 1.950 1.143 LUCINEI/OSVALDO

SOL 06 01/09/10 2.840 2.640 1.376 LUCINEI/OSVALDO

COLETA DE SEDIMENTOS / LAMAS

AMOSTRA DATA MASSA ÚMIDA

(Kg) MASSA SECA

TOTAL(Kg) MASSA SECA ANALISADA

(Kg) TÉCNICO

SED 02 01/09/10 3.750 3.050 1.530 LUCINEI/OSVALDO

SED 03 01/09/10 3.725 2.625 1.511 LUCINEI/OSVALDO

SED 06 01/09/10 3.615 2.815 1.494 LUCINEI/OSVALDO

COLETA DE VEGETAÇÃO

AMOSTRA DATA MASSA ÚMIDA

(Kg)

MASSA SECA ANALISADA

(Kg)

CINZAS (g)

TÉCNICO

VEG 01 01/09/10 4.200 3.300 188.69 LUCINEI/OSVALDO

VEG 02 01/09/10 5.300 2.900 275.37 LUCINEI/OSVALDO

VEG 04 01/09/10 3.600 2.100 178.00 LUCINEI/OSVALDO

VEG 05 01/09/10 6.200 2.900 167.18 LUCINEI/OSVALDO

VEG 06 01/09/10 4.000 2.400 187.53 LUCINEI/OSVALDO

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49

PROGRAMA DE MONITORAÇÃO AMBIENTAL ANEXO 3

COLETA Nº 54, dezembro/2010

COLETA DE SOLOS

AMOSTRA DATA MASSA ÚMIDA

(Kg)

MASSA SECA TOTAL(Kg)

MASSA SECA ANALISADA

(Kg) TÉCNICO

SOL 01 01/12/10 3.530 2.830 1.253 LUCINEI/OSVALDO

SOL 02 01/12/10 2.740 2.240 1.157 LUCINEI/OSVALDO

SOL 04 01/12/10 2.950 2.450 1.260 LUCINEI/OSVALDO

SOL 05 01/12/10 2.750 2.450 1.169 LUCINEI/OSVALDO

SOL 06 01/12/10 3.440 2.940 1.408 LUCINEI/OSVALDO

COLETA DE SEDIMENTOS / LAMAS

AMOSTRA DATA MASSA ÚMIDA

(Kg) MASSA SECA

TOTAL(Kg) MASSA SECA ANALISADA

(Kg) TÉCNICO

SED 02 01/12/10 3.950 3.150 1.539 LUCINEI/OSVALDO

SED 03 01/12/10 4.325 3.225 1.523 LUCINEI/OSVALDO

SED 06 01/12/10 3.815 3.015 1.507 LUCINEI/OSVALDO

COLETA DE VEGETAÇÃO

AMOSTRA DATA MASSA ÚMIDA

(Kg)

MASSA SECA ANALISADA

(Kg)

CINZAS (g)

TÉCNICO

VEG 01 01/12/10 8.500 2.400 192,22 LUCINEI/OSVALDO

VEG 02 01/12/10 10.700 2.800 237,56 LUCINEI/OSVALDO

VEG 04 01/12/10 8.100 2.300 179,11 LUCINEI/OSVALDO

VEG 05 01/12/10 9.000 3.900 262,30 LUCINEI/OSVALDO

VEG 06 01/12/10 9.700 4.600 208,03 LUCINEI/OSVALDO

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50

PROGRAMA DE MONITORAÇÃO AMBIENTAL ANEXO 4

COLETA Nº 55, março/2011

COLETA DE SOLOS

AMOSTRA DATA MASSA ÚMIDA

(Kg)

MASSA SECA TOTAL(Kg)

MASSA SECA ANALISADA

(Kg) TÉCNICO

SOL 01 01/03/11 3.230 2.830 1.306 LUCINEI/OSVALDO

SOL 02 01/03/11 2.640 2.040 1.218 LUCINEI/OSVALDO

SOL 04 01/03/11 2.450 2.850 1.348 LUCINEI/OSVALDO

SOL 05 01/03/11 2.750 2.450 1.149 LUCINEI/OSVALDO

SOL 06 01/03/11 2.640 1.940 1.135 LUCINEI/OSVALDO

COLETA DE SEDIMENTOS / LAMAS

AMOSTRA DATA MASSA ÚMIDA

(Kg) MASSA SECA

TOTAL(Kg) MASSA SECA ANALISADA

(Kg) TÉCNICO

SED 02 01/03/11 3.950 3.250 1.638 OSVALDO/LUCINEI

SED 03 01/03/11 3.825 2.725 1.518 OSVALDO/LUCINEI

SED 06 01/03/11 3.717 2.915 1.498 OSVALDO/LUCINEI

COLETA DE VEGETAÇÃO

AMOSTRA DATA MASSA ÚMIDA

(Kg)

MASSA SECA ANALISADA

(Kg)

CINZAS (g)

TÉCNICO

VEG 01 02/03/11 11.500 3.000 260.70 OSVALDO/LUCINEI

VEG 02 02/03/11 12.200 2.800 250.08 OSVALDO/LUCINEI

VEG 04 02/03/11 11.600 3.800 245.77 OSVALDO/LUCINEI

VEG 05 02/03/11 10.000 2.600 241.56 OSVALDO/LUCINEI

VEG 06 02/03/11 10.600 4.300 157.45 OSVALDO/LUCINEI

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51

PROGRAMA DE MONITORAÇÃO AMBIENTAL ANEXO 5

COLETA Nº 56, junho/2011

COLETA DE SOLOS

AMOSTRA DATA MASSA ÚMIDA

(Kg)

MASSA SECA TOTAL(Kg)

MASSA SECA ANALISADA

(Kg) TÉCNICO

SOL 01 01/06/11 3.230 3.030 1.384 OSVALDO/LUCINEI

SOL 02 01/06/11 2.940 2.540 1.232 OSVALDO/LUCINEI

SOL 04 01/06/11 3.550 2.650 1.284 OSVALDO/LUCINEI

SOL 05 01/06/11 3.450 2.750 1.441 OSVALDO/LUCINEI

SOL 06 01/06/11 3.740 2.440 1.288 OSVALDO/LUCINEI

COLETA DE SEDIMENTOS / LAMAS

AMOSTRA DATA MASSA ÚMIDA

(Kg) MASSA SECA

TOTAL(Kg) MASSA SECA ANALISADA

(Kg) TÉCNICO

SED 02 01/06/11 4.250 3.350 1.585 OSVALDO/LUCINEI

SED 03 01/06/11 4.025 3.125 1.551 OSVALDO/LUCINEI

SED 06 01/06/11 3.615 2.615 1.453 OSVALDO/LUCINEI

COLETA DE VEGETAÇÃO

AMOSTRA DATA MASSA ÚMIDA

(Kg)

MASSA SECA ANALISADA

(Kg)

CINZAS (g)

TÉCNICO

VEG 01 01/06/11 6.500 1.700 174.20 OSVALDO/LUCINEI

VEG 02 01/06/11 7.800 3.700 221.40 OSVALDO/LUCINEI

VEG 04 01/06/11 5.700 2.700 131.85 OSVALDO/LUCINEI

VEG 05 01/06/11 7.100 3.700 198.33 OSVALDO/LUCINEI

VEG 06 01/06/11 5.300 2.800 157.18 OSVALDO/LUCINEI