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  • 5/23/2018 C lula fotoeletrocatal tica

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    RESUMO

    CLULA FOTOELECTROCATALTICA PARA PRODUO DE MONXIDO DE

    CARBONO E HIDROGNIO

    A presente inveno descreve uma clula

    fotoelectrocataltica para a produo de monxido de

    carbono e de hidrognio a partir de solues aquosas de

    electrlito e de dixido de carbono, por aco da luz solar

    (3). O monxido de carbono e hidrognio podem ser

    produzidos aproximadamente na proporo estequiomtrica

    necessria sua subsequente transformao em metanol.

    A clula dever ter dois fotoelctrodos, um fotonodo

    (1) onde produzido oxignio (4) e um fotoctodo (2) onde

    produzido o monxido de carbono e o hidrognio (5).

    Os fotoelctrodos podero estar separados por uma

    membrana porosa diafragma, que assegura a separao dos

    gases formados no fotonodo (oxignio) dos que se formam no

    fotoctodo (hidrognio e monxido de carbono). Deste modo,

    no ocorre mistura dos gases na clula fotoelectroqumica e

    a sua recolha fica facilitada.

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    DESCRIO

    CLULA FOTOELECTROCATALTICA PARA PRODUO DE MONXIDO DE

    CARBONO E HIDROGNIO

    Domnio tcnico

    O presente invento diz respeito produo de monxido de

    carbono e hidrognio usando uma clula

    fotoelectrocataltica, a partir da energia solar. A clula

    dever ser alimentada com uma soluo aquosa de metanol e

    carbonato de metal alcalino, que servem de electrlito e

    solvente do dixido de carbono. Poder ser ainda adicionado

    ao electrlito halogenetos de alquilamnia e nomeadamente

    sais de tetraalquilamnia, conhecidos como promotores da

    reduo do dixido de carbono. A clula dever ter dois

    fotoelctrodos, um fotonodo onde produzido oxignio e um

    fotoctodo onde produzido o monxido de carbono e o

    hidrognio.

    Antecedentes da Inveno

    A actual dependncia dos combustveis fsseis, como o

    carvo, o petrleo ou o gs natural, e a sua provvel

    escassez nas prximas dcadas trazem preocupaes

    energticas acrescidas sociedade cientfica, poltica e

    civil. Por outro lado, verifica-se igualmente uma crescente

    poluio ambiental, bem como consequncias climticas

    graves despoletadas pela emisso de gases que contribuem

    para o efeito estufa. Os combustveis fsseis so

    constitudos por hidrocarbonetos com diferentes razes de

    carbono/hidrognio e quando sujeitos a combusto so

    irreversivelmente consumidos formando dixido de carbono e

    gua. Estudos revelaram que necessrio uma reduo de 55

    a 85 % na emisso de gases que contribuem para o efeito

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    estufa. Assim, para diminuir as concentraes de CO2 na

    atmosfera so necessrias fontes de energia no emissoras

    de carbono. De facto, no vivel continuar a queimar

    combustveis fsseis e tentar sequestrar eficientemente

    todo o CO2libertado devido quantidade de energia que se

    gastaria neste processo. Deste modo, torna-se imperativo o

    desenvolvimento de tecnologias para o aproveitamento de

    fontes energticas limpas, capazes de originarem energia

    de forma renovvel e sustentvel.

    O hidrognio tem sido frequentemente mencionado como uma

    alternativa promissora aos combustveis fsseis. A

    explorao das vrias caractersticas do hidrognio remonta

    j o ano de 1766 quando Henry Cavendish provou que o

    hidrognio era muito mais leve que o ar e conseguiu, pela

    primeira vez, produzir gua combinando hidrognio e

    oxignio, sob a aco de uma corrente elctrica. O

    hidrognio apresenta diversos benefcios enquanto

    combustvel limpo, produzindo apenas gua aquando da sua

    combusto. Por outro lado, o hidrognio no uma fonte de

    energia mas antes um transportador desta. Assim, o

    hidrognio produzido a partir de uma fonte renovvel

    constitui-se como um transportador de energia limpa,

    renovvel e de fcil converso em outras formas de energia.

    A denominao de combustvel limpo no se aplica, como

    bvio, situao em que o hidrognio produzido a partir

    de hidrocarbonetos de origem fssil, por reformao do gs

    natural a uma mistura de monxido de carbono e hidrognio

    (syn-gas). Contudo, o hidrognio enquanto armazenador de

    energia possui alguns inconvenientes visto que o seu

    manuseamento, armazenamento, transporte e distribuio so

    bastante difceis. Por se tratar de um gs bastante voltil

    e potencialmente explosivo torna-se necessrio o uso de

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    equipamentos dispendiosos, capazes de suportar altas

    presses, materiais especiais que minimizem possveis

    fugas, bem como elevadas condies de segurana que

    previnam potenciais exploses. Deste modo, o metanol surge

    como uma alternativa prtica mais eficiente que o

    hidrognio.

    O metanol, CH3OH, o hidrocarboneto oxigenado no estado

    lquido mais simples, apresentando vantagens nicas

    enquanto combustvel: possui uma elevada razo

    hidrognio/carbono de 4:1; lquido presso e

    temperatura normais; tem um baixo ponto de ebulio (65C)

    e solvel em gua. Por tudo isto, facilmente armazenado

    e transportado tendo tambm um baixo risco de exploso. O

    processo de fabrico do metanol j muito antigo, tendo

    surgido em 1830 o primeiro processo comercial baseado na

    destilao destrutiva da madeira. Em 1923 a BASF

    comercializa a primeira fbrica para produo de metanol

    sinttico. Desde ento o metanol tornou-se num dos maiores

    produtos qumicos produzidos no mundo que serve de matria-

    prima a um grande nmero de processos qumicos. Tendo em

    conta os numerosos usos do metanol e, consequentemente, a

    sua grande procura importante melhorar e diversificar os

    mtodos de produo de metanol. Actualmente, este composto

    quase inteiramente produzido a partir do gs de sntese

    obtido por reformao com vapor do gs natural. O gs de

    sntese uma mistura de hidrognio e monxido de carbono

    produzido por reaco do metano com vapor de gua, a

    temperaturas elevadas e presses moderadas, num catalisador

    de nquel. O monxido de carbono e o hidrognio reagem por

    sua vez na presena de um catalisador heterogneo para

    produzir metanol. Contudo, e tal como mencionado

    anteriormente, a necessidade de substituir os combustveis

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    fsseis no sentido de minimizar os problemas ambientes tem

    motivado o desenvolvimento de outras vias para a produo

    do metanol. Deste modo, torna-se clara a vantagem em

    produzir metanol usando como fonte de carbono o CO2. A

    produo directa de gs de sntese por reduo

    electroqumica do dixido de carbono existente na atmosfera

    ou resultado da queima de combustveis fsseis poder

    contribuir grandemente para a diminuio dos gases estufa.

    Como resultado, foi proposta recentemente a utilizao dum

    processo electrocataltico para a produo de monxido de

    carbono e hidrognio a partir do dixido de carbono e de

    gua, divulgada no documento US2009/00114336 [1]. Neste

    processo proposto o uso de electrlito de metanol e

    carbonato de metal alcalino, halogenetos de alquilamnia,

    ou suas misturas, e um elctrodo metlico,

    preferencialmente de ouro.

    Tendo como base a fotohidrlise da gua, ou seja, a

    hidrlise da gua pelo uso directo da radiao solar,

    tambm neste caso se pode recorrer energia solar para a

    produo fotoelectroqumica de monxido de carbono e

    hidrognio que poder posteriormente ser usado na produo

    de metanol. O fenmeno de fotohidrlise (water-splitting)da gua surgiu primeiramente descrito nos anos 70 com o

    trabalho pioneiro de Fujishima e Honda [2]. Contudo, s

    recentemente este fenmeno comeou a ser investigado numa

    perspectiva de produo solar de hidrognio. Actualmente,

    os sistemas electrolticos so constitudos por um

    semicondutor que promove a foto-oxidao da gua, enquanto

    a reduo desta obtida por via de uma fonte de energia

    externa, como a fotovoltaica, numa disposio conhecida

    como tandem cell[3]. Os fotonodos mais estudados so a

    hematite e o xido de tungstnio [4].

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    Sumrio

    O presente invento refere-se a uma lula

    fotoelectrocatalitica que compreende:

    a) um fotonodo compreendido por um semicondutor tipo-ncom um potencial de oxidao superior ao potencial de

    oxidao da gua;

    b) um fotoctodo compreendido por um semicondutor tipo-pcom um potencial de reduo inferior ao da reduo do

    dixido de carbono e gua a monxido de carbono e

    hidrognio, respectivamente;

    c) um electrlito aquoso; ed) uma membrana porosa.

    Numa realizao preferencial o fotonodo de hematite

    nanoparticulada e o electrlito bsico, ou de xido de

    tungstnio nanoparticulado e o electrlito cido.

    Numa outra realizao preferencial o fotoctodo fosfeto

    de glio ou arseneto de glio com um electrocatalisador que

    compreende os seguintes componentes Cu, Au, Ag, Zn, Pd, Ga,

    Pb, Hg, In, Sn, Cd, Tl, Ni, Pt, Ti ou suas misturas.

    Numa realizao ainda mais preferencial o

    electrocatalisador de glio e o electrlito composto

    por metanol, um carbonato de metal alcalino, um halogeneto

    de alquilamnia ou misturas destes.

    A espessura da membrana dever ser de 2-100 m,

    preferencialmente de 10-50 m. O tamanho dos poros da

    membrana dever ser de 1-500 m, preferencialmente de 10-

    100m.

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    O presente invento refere-se ainda ao processo de produo

    de monxido de carbono a partir de uma fonte de dixido de

    carbono em ambiente alcalino que compreende as seguintes

    etapas:

    e) absoro de luz visvel por ambos os fotoelctrodos;f) injeco de um electro para a banda de conduo do

    semiconductor tipo-n e de uma lacuna no semicondutor tipo-

    p;

    g) oxidao da gua e respectiva formao de O2gasoso nofotonodo, segundo a reaco andica

    + -

    2 24h + 4OH 2H O + O ;

    h) borbulhar uma corrente de CO2no fotoctodo;i) reduo da gua a H2 gasoso, segundo a reaco

    catdica- -

    2 2 2CO + 3H O + 4e CO + H + 4OH .

    Numa realizao preferencial da inveno a luz visvel a

    radiao solar e o CO2 proveniente da combusto de

    combustveis fsseis.

    A clula fotoelectrocatalitica da presente inveno

    destina-se produo de monxido de carbono, hidrognio e

    oxignio, preferencialmente nas propores molares

    aproximadamente de 1:2.

    Descrio Detalhada da Inveno

    A presente inveno prope um sistema para a produo

    de monxido de carbono e hidrognio por reduo de uma

    fonte disponvel de dixido de carbono, podendo este CO2

    ser resultante da combusto de hidrocarbonetos, gases

    industriais de exausto ou da prpria atmosfera. Para tal,

    prope-se a utilizao duma clula fotoelectroqumica para

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    a produo de oxignio no fotonodo e monxido de carbono e

    hidrognio no fotoctodo, segundo a reaco global:

    2 2 2 2CO + H O CO + H + O .

    A radiao solar usada como fonte de energia para a

    reaco de reduo do dixido de carbono a monxido de

    carbono e da gua a hidrognio e da oxidao da gua a

    oxignio.

    A clula fotoelectroqumica para a produo de

    monxido de carbono e hidrognio ser constitudo por dois

    elctrodos, ambos fotoactivos, separados por uma soluo de

    electrlito. Um semicondutor tipo-n fotonodo - em

    contacto com uma soluo aquosa de um electrlito quando

    iluminado produz um par electro/lacuna (e-/h+). Devido ao

    campo elctrico gerado no semicondutor, as cargas

    fotogeradas so separadas. Deste modo, as lacunas migram

    para a superfcie do semiconductor originando a oxidao da

    gua com consequente produo de oxignio. Os electres

    fotoexcitados viajam atravs do circuito externo at ao

    fotoctodo, onde preenchem as lacunas fotoexcitadas pela

    absoro de luz, reduzindo consequentemente o dixido de

    carbono a monxido e a gua a hidrognio.

    O fotonodo ser constitudo por um semicondutor tipo-

    n cuja banda de valncia dever possuir um potencial

    superior ao potencial de oxidao da gua (0.402 VNHE em

    meio alcalino e 1.23 VNHE em meio cido), por exemplo a

    hematite ou o xido de tungstnio [3]. Dependendo do

    semicondutor escolhido, hematite ou xido de tungstnio,

    assim a soluo aquosa de electrlito dever ser preparada

    em meio bsico ou cido, respectivamente. O fotoctodo

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    dever ser um semicondutor tipo-p com um potencial inferior

    ao potencial de reduo do dixido de carbono e gua a

    monxido de carbono e hidrognio. Este potencial poder ser

    diminudo se for usado um catalisador, como o glio em que

    o potencial de reduo de -1,24 VNHE. Assim, o fotoctodo

    poder ser de fosfeto de glio, arseneto de glio,

    compostos ternrios de cobre e ndio CuInX2(X = Se,S,Te).

    O catalisador de glio permite a produo de monxido de

    carbono e hidrognio numa proporo molar prxima da

    necessria para a sntese de metanol.

    O ciclo de produo de monxido de carbono a partir de

    uma fonte de dixido de carbono em ambiente alcalino dever

    seguir as seguintes etapas: absoro de luz visvel por

    ambos os fotoelctrodos; injeco de um electro para a

    banda de conduo do semiconductor tipo-n (fotonodo) e de

    uma lacuna no semicondutor tipo-p (fotoctodo); no

    fotonodo as lacunas viajam at superfcie do

    semiconductor tipo-n onde ocorre a oxidao da gua e

    respectiva formao de O2 gasoso (+ -

    2 24h + 4OH 2H O + O ); o

    electro fotoinjectado percorrer o circuito externo at ao

    fotoctodo; no fotoctodo borbulhada uma corrente de CO2;

    os electres que percorrem o circuito externo so

    responsveis pela reduo do CO2 a CO e os electres da

    banda de valncia do semicondutor tipo-p so responsveis

    pela reduo da gua a H2 gasoso, segundo a reaco

    catdica- -

    2 2 2CO + 3H O + 4e CO + H + 4OH .

    Este processo apresenta vantagens ambientais

    significativas, no s porque pode utilizar o CO2

    proveniente da combusto de combustveis fsseis, reduzindo

    assim o efeito estufa e o consequente aquecimento global,

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    mas tambm porque permite a obteno de metanol. O metanol

    assim produzido constitui-se como um combustvel limpo e

    extremamente verstil. De facto, o metanol apresenta claras

    vantagens relativamente ao hidrognio enquanto

    transportador de energia. Adicionalmente, o metanol pode

    ser directamente usado como combustvel em aparelhos de

    combusto, clulas de combustvel, para produzir outros

    combustveis seus derivados (ex. Dimetil ter, etileno,

    propileno, hidrocarbonetos sintticos, etc.) e compostos

    qumicos de base.

    Para uma mais fcil compreenso da inveno descrevem-se de

    seguida exemplos de realizaes preferenciais do invento,

    as quais, contudo, no pretendem limitar o objecto da

    presente inveno.

    Exemplo 1

    Este exemplo ilustra a utilizao do invento recorrendo a

    uma clula fotoelectroqumica constituda por dois

    fotoelctrodos, um de hematite fotonodo - e o outro de

    GaP e GaAs - fotoctodo. O electrlito uma soluo aquosa

    de metanol e KHCO30,1 M em meio alcalino.

    A hematite um semicondutor tipo-n com um hiato de

    energia de aproximadamente 2.2 eV. Em meio alcalino a sua

    banda de valncia surge a um potencial de cerca de 1.7 VNHE,

    valor superior ao potencial de oxidao da gua (0.402

    VNHE). Deste modo, as lacunas gerados por fotoexcitao dos

    electres para a banda de conduo da hematite migram at

    superfcie do semicondutor. Aqui as lacunas reagem com os

    ies OH-que difundem do ctodo para o nodo, ocorrendo a

    oxidao da gua a oxignio.

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    O fosfeto de glio (GaP) e o arseneto de glio (GaAs)

    so semicondutores inorgnicos com possibilidade de gerarem

    materiais dopados tipo-n e tipo-p. Estes materiais tm sido

    amplamente utilizados na converso de energia solar em

    energia qumica devido aos seus hiatos de energia de 2.24 e

    1.35 eV, respectivamente, apropriados para a absoro de

    uma larga poro do espectro solar. Por outro lado, em meio

    alcalino a banda de conduo destes semicondutores surge a

    um potencial aproximadamente de 1 VNHE, valor menor que o

    potencial de reduo do dixido de carbono a monxido de

    carbono e da gua a hidrognio.

    Exemplo 2

    Este exemplo ilustra a utilizao do invento recorrendo a

    uma clula fotoelectroqumica, tal como descrita no exemplo

    1, constituda pelos dois fotoelctrodos separados por uma

    membrana porosa - diafragma. Este dispositivo assegura a

    separao dos gases formados no fotonodo (oxignio) dos

    que se formam no fotoctodo (hidrognio e monxido de

    carbono) Figura 2. A membrana dever ter uma espessura de

    2-100 m, preferencialmente de 10-50 m, e com poros de 1-

    500 m, preferencialmente de 10-100m. Uma vez que o

    oxignio se forma no fotonodo e o hidrognio no fotoctodo

    e que os gases tendero a escapar-se verticalmente, estes

    no devero misturar-se. No entanto, a existncia da

    membrana assegura por completo a no mistura dos gases na

    clula fotoelectroqumica com um mnimo de resistncia

    transferncia de carga.

    Descrio das Figuras

    A Figura 1 representa um esquema da clula

    fotocataltica no qual:

    1 representa o fotonodo;

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    2 representa o fotoctodo; 3 representa a luz solar; 4 representa a libertao de O2; 5 representa a libertao de CO2e H2; 6 representa o borbulhar de CO2.

    A Figura 2 representa um esquema da clula

    fotocataltica, no qual:

    1 representa o fotonodo; 2 representa o fotoctodo; 3 representa a luz solar; 4 representa a libertao de O2; 5 representa a libertao de CO2e H2; 6 representa o borbulhar de CO2; 7 representa o diafragma.

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    Hydrogen: The Solar Generation of hydrogen by Water

    Photoelectrolysis, Springer: New York, 2008.

    Lisboa, 06 de Outubro de 2010

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    REIVINDICAES

    1.Clula fotoelectrocatalitica caracterizada porcompreender:

    a) um fotonodo compreendido por um semicondutor tipo-ncom um potencial de oxidao superior ao potencial de

    oxidao da gua;

    b) um fotoctodo compreendido por um semicondutor tipo-pcom um potencial de reduo inferior ao da reduo do

    dixido de carbono e gua a monxido de carbono e

    hidrognio, respectivamente;

    c) um electrlito aquoso;d) uma membrana porosa.

    2.Clula fotoelectrocatalitica, de acordo com areivindicao anterior caracterizada poro fotonodo ser de

    hematite nanoparticulada e o electrlito ser bsico.

    3.Clula fotoelectrocatalitica de acordo com asreivindicaes 1 e 2 caracterizada poro fotonodo ser de

    xido de tungstnio nanoparticulado e o electrlito ser

    cido.

    4.Clula fotoelectrocatalitica de acordo com areivindicao 1 caracterizada poro fotoctodo ser fosfeto

    de glio ou arseneto de glio com um electrocatalisador que

    compreende os seguintes componentes Cu, Au, Ag, Zn, Pd, Ga,

    Pb, Hg, In, Sn, Cd, Tl, Ni, Pt, Ti ou suas misturas.

    5.Clula fotoelectrocatalitica de acordo com areivindicao 4 caracterizada poro electrocatalisador ser

    de glio.

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    6.Clula fotoelectrocatalitica de acordo com qualquer umadas reivindicaes anteriores caracterizada por o

    electrlito ser composto por metanol, um carbonato de metal

    alcalino, um halogeneto de alquilamnia ou misturas destes.

    7.Clula fotoelectrocatalitica de acordo com areivindicao 1 caracterizada por a espessura da membrana

    ser de 2-100 m, preferencialmente de 10-50 m.

    8.Clula fotoelectrocatalitica de acordo com a

    reivindicao 1 e 7 caracterizada por a porosidade da

    membrana ser de 1-500 m, preferencialmente de 10-100m.

    9.Processo de produo de monxido de carbono a partir deuma fonte de dixido de carbono em ambiente alcalino

    caracterizado porcompreender as seguintes etapas:

    a) absoro de luz visvel por ambos os fotoelctrodos;b) injeco de um electro para a banda de conduo dosemiconductor tipo-n e de uma lacuna no semicondutor tipo-

    p;

    c) oxidao da gua e respectiva formao de O2gasoso nofotonodo, segundo a reaco andica

    + -

    2 24h + 4OH 2H O + O ;

    d) borbulhar uma corrente de CO2no fotoctodo;e) reduo da gua a H2 gasoso, segundo a reacocatdica

    - -

    2 2 2CO + 3H O + 4e CO + H + 4OH .

    10. Processo de acordo com a reivindicao anteriorcaracterizado pora luz visvel ser radiao solar.

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    11. Processo de acordo com a reivindicao 9 caracterizadopor o CO2 ser proveniente da combusto de combustveis

    fsseis.

    12. Utilizao da clula fotoelectrocatalitica descritanas reivindicaes 1-7 e do processo descrito nas

    reivindicaes 8-10 caracterizada por se destinar

    produo de monxido de carbono, hidrognio e oxignio.

    13. Utilizao da clula fotoelectrocatalitica descritanas reivindicaes 1-8 e do processo descrito nas

    reivindicaes 9-11 caracterizada por se destinar

    produo de monxido de carbono e hidrognio nas propores

    molares aproximadamente de 1:2.

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    Figura 1

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    Figura 2

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    M0343.04 2

    Relatrio de PesquisaPORTUGAL

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    A. CLASSIFICAO DA MATRIAC25B3/04

    De acordo com a Classificao Internacional de Patentes

    B. DOMNIOS PESQUISADOSDocumentao e bases de dados electrnicas pesquisada

    GOOGLE, ESP@CENET, WPI, EPODOC, XPESP, INSPEC, SGPI

    C. DOCUMENTOS CONSIDERADOS RELEVANTES

    Categoria*Citao do documento, com indicao, sempre que apropriado, das passagens

    relevantes

    Relevante para a

    reivindicao n

    A

    US20040262154A1

    (GIBSON, T. L. e KELLY, N. A.)2004-12-30

    Pgina 1, pargrafo 9; pgina 2, pargrafos 16, 22-24; pgina 3, pargrafo 30

    1-13

    A

    US20070045125A1

    (HARTVIGSEN, J; JOSHI, A; ELANGOVAN, S;BALAGOPAL, S; GORDON, J. e HOLLIST, M.)

    2007-03-01Todo o documento

    1-13

    Mais documentos na continuao da caixa C. Ver a famlia de docs. de patente em anexo.* Categorias especiais dos documentos citados:

    A

    E

    L

    O

    P

    D

    Documento que define o estado da tcnica em geral

    e que no se considera ser de particular relevncia;

    Pedido de patente anterior mas que publicado na

    mesma data ou em data posterior do pedido;

    Documento que pode lanar dvidas sobre a

    reivindicao de prioridade, ou que citado para

    estabelecer a data de publicao de outra citao ouqualquer outra razo (como especificado);

    Documento que se refere a uma divulgao oral,uso, exibio ou qualquer outro meio;

    Documento publicado antes da data de pedido masdepois da data de prioridade.

    Documento citado no pedido

    T

    X

    Y

    &

    Documento publicado depois da data de pedido ou

    prioridade e que no est em conflito com o

    pedido mas que citado para compreender oprincpio ou teoria subjacente inveno;

    Documento de particular relevncia; a invenoreivindicada no pode ser considerada nova nem

    implicar actividade inventiva quando o documento

    considerado isoladamente;

    Documento de particular relevncia; a inveno

    reivindicada no pode ser considerada como tendoimplicado actividade inventiva quando o

    documento combinado com um ou mais deste

    tipo de documentos, dado que a combinao evidente para um perito na especialidade;

    Documento membro da mesma famlia dedocumentos de patente;

    Data do termo da pesquisa

    2010.12.21

    Data de expedio do relatrio de pesquisa

    2010.12.27

    INPI, Campo das Cebolas1149-035 LISBOA

    Fax: 21 886 98 59

    Tcnico examinador:

    Vanessa Fatal

    Telefone:21 881 81 66

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    20/21

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    C (Continuao). DOCUMENTOS CONSIDERADOS RELEVANTES

    Categoria*Citao do documento, com indicao, sempre que apropriado, das passagens

    relevantes

    Relevante para a

    reivindicao n

    AWO2008017838A1

    (BUSTAMANTE, H. e SCOWCROFT, S.)2008-02-14

    Resumo; pgina 2, linhas 3-21; figura 1

    1-13

    A, D

    US20090014336A1(OLAH, G. e PRAKASH, G.K.)

    2009-01-15

    Abstract; pgina 6, pargrafos 46,59-60; pgina 7,pargrafo 62; exemplo 2

    1-13

    A

    MILCZAREK, G. et tal; Optimization of a two-compartment photoelectrochemical cell for solarhydrogen production; International Journal of

    hydrogen Energy, volume 28; 2003; pginas 919-926.

    Abstract

    1-13

    A

    TIEN, H. T. et al; Hydrogen production from waterby semiconductor septum electrochemical

    photovoltaic cell using visible light; Int. J. HydrogenEnergy, volume 15, n 8, pginas 563-568; 1990-03-

    06.Abstract, pgina 563, coluna lado direito; figura 1;

    pgina 567, concluses.

    1-13

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    Informao sobre os membros da famlia de documentos de patente

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    Documento de patente citado norelatrio

    Data de publicao Membro(s) da famlia Data de publicao

    US 20040262154 A1 2004-12-30 CN 1849413 A 2006-10-18

    EP 1639627 A2 2006-03-29

    EP 1639627 A4 2007-05-09

    JP 2007525593 T 2007-09-06

    JP 4510015 B2 2010-07-21

    KR 20060058774 A 2006-05-30

    KR 100815627 B1 2008-03-21

    US 7052587 B2 2006-05-30

    WO 2005006391 A2 2005-01-20

    WO 2005006391 A3 2006-05-30

    US 20070045125 A1 2007-03-01 EP 1938406 A2 2008-07-02

    EP 1938406 A4 2010-04-21

    JP 2009506213 T 2009-02-12

    WO 2007025280 A2 2007-03-01

    WO 2007025280 A3 2007-09-20

    WO 2008017838 A1 2008-02-14 GB 2451999 A 2009-02-18

    US 20090014336 A1 2009-01-15 AU 2008276180 A1 2009-01-22

    CA 2690980 A1 2009-01-22

    CN 101743343 A 2010-06-16

    EP 2167706 A2 2010-03-31

    JP 2010533784 T 2010-10-28

    KR 20100036317 A 2010-04-07

    US 7704369 B2 2010-04-27

    US 2010193370 A1 2007-07-13

    WO 2009012154 A2 2009-01-22

    WO 2009012154 A3 2009-04-09