CADERNO DE RESUMOS - Observatorio Social...

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CADERNO DE RESUMOS

IV JORNADAS INTERNACIONAIS DE PROBLEMAS

LATINO-AMERICANOS: AMÉRICA LATINA: LUTAS,

EXPERIÊNCIAS E DEBATES POR UMA INTEGRAÇÃO DOS

POVOS.

UNILA, UNIOESTE E UNIAMÉRICA.

FOZ DO IGUAÇU – PARANÁ/BRASIL 27 A 29 DE NOVEMBRO DE 2014.

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APRESENTAÇÃO.

As IV Jornadas Internacionais de Problemas Latino-Americanos dão prosseguimento ao espaço de diálogo e inovação construído em Mar del Plata (2008), Córdoba (2010) e Mendoza (2012). O evento sempre foi marcado pela vocação latino-americanista e pela abertura a novos temas e à diversidade e, desta vez, será realizado numa instituição que tem grande afinidade com seu espírito: a Universidade Federal da Integração Latino-Americana (UNILA). Desde a sua primeira edição, o evento teve em sua organização e assistência a atuação de pesquisadores, professores e ativistas de todas as partes da América Latina e do mundo. Reunindo a tradição de temáticas debatidas nas Jornadas anteriores e a vocação da UNILA, propõe-se como tema central América Latina: lutas e debates por uma integração dos povos. O tema permite abordar uma infinidade de temas, e especialmente três eixos em particular: 1 - A atuação dos movimentos sociais, sindicatos e da cidadania em geral em defesa de uma “outra” integração latino-americana, com maior preocupação social e participação cidadã. Organizações e ativistas vêm atuando em diversos campos como a luta pela terra, emprego e condições de trabalho dignas, saúde, livre circulação humana, ecologia, a defesa dos direitos humanos e a memória em torno de suas violações, por transformações nos espaços e instituições de integração, e propondo diversas formas de articulação supranacional (como a Via Campesina ou os movimentos altermundialistas). Se a análise dos espaços e instituições “oficiais” de integração é importante, também se impõe crescentemente o estudo da atuação da cidadania supranacional dentro e fora desses espaços, pois as estratégias de ação dos movimentos sociais adotam cada vez mais uma lógica de articulação transnacional. 2 - Seguem de mãos dadas com esse debate os esforços por se pensar a América Latina “desde” a América Latina, nos diversos campos do conhecimento relacionados às ciências humanas e sociais. Debates em torno da colonialidade, da reativação da teoria crítica e propostas em torno de novos padrões de desenvolvimento (como o “bem viver”) se tornam frequentes, denotando a crescente necessidade de produção (não mais apenas reprodução) de pensamento local. 3 - Novos movimentos de protesto, organizações sociais, movimentos políticos, governos e espaços participativos se impõem como atores no cenário latino-americano desses primeiros anos do século XXI. Para que se possa pensar em integração e em novos paradigmas teórico-políticos e um novo horizonte emancipatório para a região, torna-se essencial refletir sobre problemas como: as relações entre “antigos”, “novos” e “novíssimos” movimentos sociais, e destes com os partidos; os novos governos progressistas e Estados refundados, e suas complexas relações com as organizações populares; e as possibilidades e limites na articulação entre as instituições representativas e a democracia das ruas; os novos “lugares de memória” e a (re)escrita da História na América Latina; entre outros.

Como é sua tradição, as Jornadas são marcadas pela apresentação e discussão de trabalhos em andamento ou concluídos, de jovens ou experientes pesquisadores, com distintos enfoques teórico-metodológicos. Além disso, as Jornadas se caracterizam pela interação entre acadêmicos e ativistas de organizações e movimentos sociais – estando abertas à apresentação das experiências e reflexões de seus membros.

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Agradecemos à CAPES (Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior) pelo financiamento concedido às IV Jornadas Internacionais de Problemas Latino-Americanos. COMITÊ ORGANIZADOR Eric Cardin (Universidade Estadual do Oeste do Paraná) Esteban Campos (Universidad de Buenos Aires) Fabricio Pereira da Silva (Universidade Federal Fluminense) Fernando José Martins (Universidade Estadual do Oeste do Paraná) Gustavo Guevara (Universidad de Buenos Aires) Ileana Ibáñez (Universidad Nacional de Córdoba) Lorena Capogrossi (Universidad Nacional de Córdoba) Javier Moyano (Universidad Nacional de Córdoba) Luciano Wexell Severo (Universidade Federal da Integração Latino-Americana) Mario Ayala (Universidad de Buenos Aires) Melisa Slatman (Universidad de Buenos Aires) Paula Fernández Hellmund (Universidad Nacional del Sur) Paula García Schneider (Universidad Nacional de Córdoba) Paulo Renato Silva (Universidade Federal da Integração Latino-Americana) Pablo Friggeri (Universidade Federal da Integração Latino-Americana) Victoria Darling (Universidade Federal da Integração Latino-Americana) Ximena Cabral (Universidad Nacional de Córdoba) COMITÊ CIENTÍFICO Alberto Betancourt Posada (Universidad Nacional Autónoma de México) Enrique Serra Padrós (Universidade Federal do Rio Grande do Sul) Eric Cardin (Universidade Estadual do Oeste do Paraná) Fernando José Martins (Universidade Estadual do Oeste do Paraná) Gerson Ledezma Meneses (Universidade Federal da Integração Latino-Americana) Jacques de Novion (Universidade de Brasília) José Alves de Freitas Neto (Universidade Estadual de Campinas) Julio Gambina (Universidad Nacional de Rosario, Fundación de Investigaciones Sociales y Políticas) Mara Burkart (Universidad de Buenos Aires) Marcos Fábio Freire Montysuma (Universidade Federal de Santa Catarina) Maria Elena Santos Pires (Universidade Estadual do Oeste do Paraná) María Maneiro (Universidad de Buenos Aires) Regina Coeli Machado e Silva (UNIOESTE - Campus de Foz do Iguaçu - Centro de Educação, Letras e Saúde - Programa de Pós-Graduação em Sociedade, Cultura e Fronteiras (PPG-SCF) Saúl Luis Casas (Universidad Nacional de La Plata) Silvana Aparecida de Souza (Universidade Estadual do Oeste do Paraná) Steve Ellner (Universidad de Oriente, Venezuela)

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INSTITUIÇÕES ORGANIZADORAS UNILA – Instituto Latino-Americano de Economia, Sociedade e Política (ILAESP), Instituto Latino-Americano de Arte, Cultura e História (ILAACH) e Mestrado Interdisciplinar em Estudos Latino-Americanos (IELA) UNIOESTE INSTITUIÇÕES APOIADORAS Cátedra de Problemas Latinoamericanos Contemporáneos, Departamento de Historia, Facultad de Filosofía y Letras de la Universidad de Buenos Aires Cátedra Historia de América II, Escuela de Historia, Facultad de Filosofía y Humanidades de la Universidad Nacional de Córdoba Programa Antropología e Historia de la relación capital-trabajo en el contexto contemporáneo. Centro de Investigaciones y Estudios sobre Cultura y Sociedad – Unidad Ejecutora de CONICET. Universidad Nacional de Córdoba Instituto de Altos Estudios Nacionales (Equador) Bacharelado em Políticas Públicas, Universidade Federal Fluminense Grupo de Pesquisa Região Andina em Foco

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| 28 de novembro – 9.00hs - Sala B2. UNIOESTE |

SIMPOSIO 1 ESTRUCTURA SOCIOECONOMICA, CONFLICTO Y MOVIMIENTOS SOCIALES

EN AMERICA CENTRAL Y EL CARIBE (1898-2013)

Coordenadoras: Paula Fernández Hellmund (Universidad Nacional del Sur/CONICET/CEISO) [email protected]; Marcela Cabrera (Universidad de Buenos Aires) [email protected]

RESUMO:Los procesos de movilización socio-políticos que se produjeron en América

Central y el Caribe desde la Revolución Cubana han promovido numerosas investigaciones. Sin embargo, ellas han sido mayoritariamente dispares. Los casos nacionales han sido desarrollados de manera muy desigual, coexistiendo la abundancia de estudios sobre determinados procesos históricos, con la escasez de investigaciones sobre algunas experiencias de movilización revolucionaria o sobre los vínculos de continuidad y/o ruptura entre movimientos sociales y organizaciones guerrilleras de todo el continente. Además, ha habido una ausencia de estudios comparados desde una mirada regional lo cual ha dificultado el entendimiento profundo de algunos procesos.

De esta manera, muchos análisis se han centrado en cuestiones puntuales de países como Nicaragua, Cuba, Guatemala o El Salvador, o en temas específicos como la violencia, la militarización, la guerra o bien, en contraposición, la búsqueda de la paz, la democracia y, por supuesto, la transición.

Desde esta perspectiva, resulta imprescindible no sólo analizar los basamentos económico-sociales que se dieron en la región, sino también cómo éstos influenciaron en la dinámica interna de los estados nacionales, los procesos de movilización revolucionaria y antirrevolucionaria, en la determinación de una violencia de tipo estructural y en el surgimiento y participación de nuevos y diversos actores y movimientos sociales.

Asimismo, es notoria la carencia de trabajos metodológicamente innovadores donde se tomen en consideración los aportes interdisciplinarios con propuestas más analíticas y teóricamente fundamentadas, así como abordajes sobre la dimensión cultural y la actualidad de la región.

Sobre esta base, el presente simposio pretende ser un lugar de reflexión acerca de los diferentes procesos por los que atravesó -y atraviesa- América Central y el Caribe, tomando como periodización la perspectiva del último siglo largo (a la inversa de la tesis de Hobsbawn) marcado por la vigencia del fenómeno imperialista. Se busca, además, fortalecer este espacio de encuentro (iniciado en las Jornadas Internacionales de Problemas Latinoamericanos de 2012) que intenta problematizar y otorgar visibilización a una región que, con frecuencia, suele ser marginada de las currículas de nuestras disciplinas. RESUMOS 1. ALVAREZ CARDOSO, Silvia [email protected] Universidade de Brasília (UnB). Programa de Pós-Graduação em Estudos Comparados Sobre as Américas (Ceppac) “Movimentos populares de resistência em Honduras.” A formação econômico-social e política de Honduras, marcada pela colonização ibérica, ingerência dos EUA e instabilidade política – aliada a uma economia bananeira nas mãos de

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empresas estrangeiras – foi também composta de grandes movimentos de resistência ao capital e aos desmandos das elites internas e externas. As greves dos trabalhadores rurais em Tela no ano de 1952, assim como a luta política clandestina dos anos 80, influenciada pelos movimentos de libertação nacional centro-americanos, podem ser considerados momentos constitutivos da resistência popular ao golpe de Estado de 2009, que deu origem à Frente Nacional de Resistência Popular (FNRP). Desta forma, pretendemos com este estudo relacionar o atual movimento – muitas vezes considerado espontâneo – com um histórico de organização política hondurenha ainda pouco estudado e divulgado, especialmente no Brasil, bem como mapear as forças políticas e sociais presentes nesta luta popular de resistência ao golpe, contribuindo para melhor entendermos as mudanças recentes na sociedade hondurenha. Metodologicamente, combinaremos revisão bibliográfica e entrevistas realizadas em campo com diversos atores sociais da resistência popular. 2. BLANCO, José Gregorio [email protected] Licenciado en Relaciones Industriales, miembro de la Dirección Política del Frente de Profesionales Bolivarianos “¡Bolívar vive!, la lucha sigue…los movimientos sociales en la Revolución Bolivariana, la construcción del estado comunal y las perspectivas del socialismo en Venezuela.” Sea como sea, uno de los apoyos fundamentales del proceso bolivariano venezolano emana de los Movimientos Sociales. Su articulación con la Revolución Bolivariana iniciada por Hugo Chávez en 1992, se ha dado de tal manera que en el año 2002, con motivo del Golpe de Estado, fue un factor clave para la reparación del hilo constitucional roto por la derecha venezolana con la ayuda internacional de los EE.UU y otros países. El movimiento social en Venezuela es en esencia de resistencia anticapitalista y se expresa, en lo concreto, en el orden sindical y político, en organizaciones de mujeres, de pueblos indígenas, de paz, de profesionales y técnicos, por la defensa del medio ambiente, de estudiantes, de campesinos, del barrio, comunicacional, por la identidad cultural y de género. Se trata, en sí, de la cimentación del Poder Popular que es la herramienta más importante para posibilitar la edificación del Estado Comunal como espacio geográfico de conciencia en donde las necesidades humanas puedan ser cubiertas con la mayor suma de bienestar posible, en donde cada hombre y cada mujer, consigan vivir como hermanas y hermanos en armonía con la naturaleza. Es cierto que ahora no puede hacerse nada eficaz en Venezuela sin la participación de los Movimientos Sociales, sin ellos será más que imposible resolver las contradicciones que hay entre fuerzas productivas y relaciones de producción, tampoco la transición del Socialismo. 3. CABRERA, Marcela Beatriz [email protected] Facultad de Filosofía y Letras – UBA “El mundo del trabajo en Nicaragua durante el siglo XX. Ruptura y Continuidades en el desarrollo de las organizaciones de trabajadores y su relación con los diferentes gobiernos.” La estructura socioeconómica de Nicaragua, como de otras tantas Naciones Latinoamericanas, está centrada en la actividad agroexportadora. Una distinción que se instala desde la creación de los Estados Nacionales y que a lo largo de la historia impuso ritmo y tiempos de crecimiento y desarrollo. Estas limitaciones determinaron la instauración de Estados altamente condicionados por corporaciones extranjeras que despuntaron una ultraespecialización productiva en donde las zonas rurales serán protagonistas en cada uno de los procesos históricos. De esta manera lo laboral se enmarca en estas cuestiones. Esta presentación intenta ver los procesos históricos y su relación con el mundo del trabajo que se desplegaron

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en Nicaragua durante el siglo XX. Es nuestra intención poder transitar a través de ellos desde las diferentes organizaciones gremiales, sindicales, profesionales así como la relación que cada uno de los Estados y gobiernos que se sucedieron fueron tejiendo con estas organizaciones en cada instancia. Si bien el recorrido puede parecer demasiado arduo la idea en esta oportunidad es poder pensar los ejes principales que marcan los puntos de ruptura y continuidades en cada uno de los momentos definidos. 4. CONSUEGRA SANFIEL, Alberto [email protected] Instituto de Investigaciones en Humanidades y Ciencias Sociales. (UNLP-CONICET). Facultad de Humanidades y Ciencias de la Educación, Universidad Nacional de La Plata, Argentina “Cuba: del derrumbe del campo socialista a la actualización de su modelo económico (1990-2013). Retos y desafíos de un nuevo país.” El triunfo de la Revolución cubana el 1 de enero de 1959 es considerado por muchos como uno de los hechos históricos más importantes del siglo XX latinoamericano. Encabezado por el Comandante Fidel Castro, la llegada al poder del Movimiento 26 de Julio (M-26-7), mediante una genuina guerra popular de liberación, marcó un punto de inflexión decisivo en la historia republicana de la Isla permitiendo alcanzar, en medio del permanente acoso de los distintos gobiernos estadounidenses, importantes avances sociales que coadyuvaron a construir, sin lugar a dudas, una sociedad más justa y equitativa. Hoy, a poco más de haber transcurrido medio siglo de la “Crisis de los misiles”, resulta sorprendente comprobar que en poco tiempo el proceso revolucionario cubano ha experimentado una historia de avances y retrocesos, enmarcados estos en extremos que van desde el auge de una experiencia nacional de Socialismo en franca alianza económica y militar con la URSS, por un lado, y la profunda crisis que supuso para su modelo político y económico el colapso del bloque soviético y la desaparición del “socialismo real”, por el otro. La reciente celebración del VI° Congreso del Partido Comunista de Cuba (PCC), y en especial la posterior aplicación de los lineamientos económicos sociales acordados en el mismo, son considerados para muchos analistas, tanto fuera como dentro del país caribeño, el inicio de una nueva etapa que propone reestructurar y/o cambiar el rol del Estado en la economía y en la sociedad, iniciando una lenta transición del modelo de planificación centralizada ya existente hacia uno que combinaría planificación y mercado. Sin embargo, aún cuando existe un consenso amplio acerca de la necesidad de una transformación económica urgente, el debate sobre la posibilidad de que se den algunos cambios políticos parece no tener mucho peso en la agenda gubernamental cubana, convirtiéndose este tema en una de las tantas interrogantes abiertas que gravitan hoy día sobre el actual proceso de cambio, ordenado y gradual, que lleva adelante el primer país socialista de América Latina. Precisamente, esta ponencia tiene como objetivos analizar, desde diferentes campos disciplinarios, la situación actual de la Isla, vista no sólo como el resultado de una coyuntura específica sino como producto de un cúmulo de acontecimientos y procesos complejos acaecidos durante cincuenta y cuatro años. De igual forma, ya que la experiencia cubana todavía se considera un paradigma que reformuló la teoría y la práctica de los revolucionarios en el Tercer Mundo, esta ponencia también pretende examinar críticamente la dinámica del proceso revolucionario cubano en las últimas dos décadas, lo que contribuirá, indefectiblemente, a ampliar y profundizar el conocimiento sobre la historia del Cuba. 5. FERNÁNDEZ, PAULA DANIELA [email protected] UNILA-Brasil/CEISO-Argentina “El capital extranjero en Nicaragua: el caso del canal interoceánico.”

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Desde su independencia política, Nicaragua estuvo atravesada por los intereses geopolíticos de varias potencias extranjeras -en complicidad con las clases dominantes locales-, pudiéndose destacar la intención de abrir una ruta canalera. Así, en 1840, a raíz del proyecto canalero, el gobierno nicaragüense comenzó la búsqueda de inversionistas, despertando las ambiciones geopolíticas de varias potencias. Gran Bretaña fue uno de los primeros países en demostrar interés, aunque rápidamente los Estados Unidos (EEUU) se erigirían como la principal potencia de la región desplazando a los británicos. A comienzos del siglo XX, EEUU, ya consagrado como potencia imperialista, intervino en Nicaragua con el derrocamiento del presidente José Santos Zelaya (1909) luego de que “desafiara” al país imperialista en el intento de construir una ruta interoceánica con el financiamiento de otras potencias. Durante los años de la ocupación militar estadounidense (1912-1924), Nicaragua firmó tratados que dañaron la soberanía nacional como el famoso tratado Chamorro-Bryan (1914) por medio del cual el gobierno de Nicaragua concedía a los EEUU los derechos exclusivos y perpetuos de la ruta canalera a cambio de 3 millones de dólares. El proyecto canalero quedó detenido durante muchos años, en especial, por la construcción de una ruta alternativa como lo fue el canal de Panamá. Sin embargo, recientemente, el Frente Sandinista ha estado impulsado la construcción de una ruta interoceánica con el aporte de capitales chinos. No obstante, las voces en contra de su posible construcción son muchas, destacándose el problema del impacto socioambiental y las concesiones que daría el Estado de Nicaragua a la empresa constructora. De esta manera, en el presente trabajo nos proponemos hacer un breve raconto histórico con el fin analizar la historia del canal interoceánico en Nicaragua y los intereses locales y extranjeros por concretarlo, las disputas interiimperialistas en torno a su posible construcción, el reflote del canal por parte del FSLN y su articulación con el capital extranjero en Nicaragua. 6. GONZÁLEZ, Ana [email protected] Cátedra Cultura de Paz y Derechos Humanos, Facultad de Ciencias Sociales, Universidad Nacional de Buenos Aires “Estructura económica, social y étnica y conflicto armado interno y genocidio: El caso de Guatemala.” La ponencia presentará un análisis sobre la estructura social, económica y étnica de Guatemala y su relación con el conflicto armado interno que tuvo lugar en dicho país entre 1960 y 1996, cuando se firmó la Paz. Este abordaje cobra significativa relevancia en el debate jurídico, social y político actual en Guatemala, respecto a si hubo o no genocidio, exacerbado en el 2013, por la condena por genocidio, luego dejada en suspenso, del General Efraín Ríos Montt. Guatemala con una población maya de entre el 45 y el 65 % de población maya, según sea la fuente, transitó por una revolución liberal en el último cuarto del siglo XIX, que sometió a servidumbre y trabajo forzado a dicha población, cuyas clases dominantes recurrieron a la “eterna dictadura” y la captura del Estado para mantener su dominio. Diversas han sido las interpretaciones respecto del papel de los pueblos mayas en la insurgencia, el conflicto armado interno, y consecuentemente el análisis sobre el si hubo o no genocidio. Debate actual en el que participan, con voces disonantes y encontradas, multiplicidad de actores sociales y políticos. 7. GÜNTHER, María Griselda [email protected] Universidad Autónoma Metropolitana, Unidad Xochimilco SANDOVAL-MORENO, Adriana [email protected]

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Unidad Académica de Estudios Regionales, de la Coordinación de Humanidades, Universidad Nacional Autónoma de México “Sustentabilidad, Estado y gestión comunitaria del agua en México y Ecuador.” El presente trabajo tiene como objeto analizar la gestión comunitaria del agua en dos casos de América Latina: México y Ecuador, frente al gran reto de sustentabilidad de los recursos hídricos en el mundo. Las preguntas centrales que guían el trabajo son: ¿De qué manera la gestión comunitaria del agua se fortalece como respuesta a la ausencia estatal? y ¿cómo las respuestas comunitarias son respuestas sustentables al problema de abasto de agua? El trabajo presenta las principales aristas de la política hídrica en ambos países y discute la pertinencia de abordar el problema del agua mediante los modelos de gestión dominantes y alternativos, para enmarcar el análisis de la gestión comunitaria del agua para consumo humano en la Ciénega de Chapala, Michoacán (México) e Imbabura, (Ecuador), destacando sus aportes en términos de sustentabilidad y en torno a la falta de intención y capacidad estatal en la gestión del agua para consumo humano. 8. PRADO, Carlos Batista [email protected] Professor Substituto do curso de História da UFMS “A Revolução Cubana e o impacto das reformas econômicas no Pós-URSS.” Este artigo coloca em discussão a história recente da Revolução Cubana, enfatizando o período posterior à desaparição da União Soviética. Após uma pequena análise da economia cubana, em particular do seu caráter de dependência externa, discute o impacto e as consequências que a derrocada do socialismo no leste europeu legou a ilha caribenha. Sem o apoio do bloco socialista a revolução precisou instalar uma série de reformas em sua estrutura econômica e política. Merecem destaque as reformas que, a partir de 1994, ampliaram as relações com o capital internacional, possibilitando o investimento de empresas estrangeiras na ilha, bem como o trabalho autônomo. Esse processo trouxe uma série de novos problemas, tais como a dolarização da economia, que transformou a estrutura social da ilha ao introduzir uma nova forma de desigualdade econômica. Esse processo de abertura ao capital externo ainda está em curso e ganhou novo impulso com as reformas introduzidas por Raul Castro. Diante desse fenômeno complexo, o presente artigo pretende debater o impacto dessas reformas diante da perspectiva socialista da revolução. 9. RÁBAGO, Ezequiel Luis [email protected] Universidad de Buenos Aires, Argentina “Lucha de clases y singularidades nacionales en la Costa Rica de los años 30.” Muchas veces se ha presentado en la dinámica de la lucha de clases en Centroamérica a lo largo del siglo XX, al caso costarricense como diferenciado, singular, incluso excepcional. La ausencia tanto de largas dictaduras, como de importantes guerrillas, así como la prolongada estabilidad democrática formal y la supresión de las fuerzas armadas a partir de la Constitución de 1949, entre otras características, parecerían marcar un panorama muy distinto al de los demás países de la región. Aun así, estas características no alteraron el posicionamiento de Costa Rica como “economía de enclave”, ni modificaron el carácter de clase del Estado, presentando, en primera instancia, la aparente paradoja de un Estado burgués semicolonial sin una de sus instituciones más importantes, el ejército. Por otra parte, la década de 1930 es considerada una bisagra para los regímenes de Centro y Sur América ya que la crisis de los modelos primario exportadores propició en algunos países el nacimiento de gobiernos como el de Somoza en Nicaragua. En este trabajo, entonces, intentaremos identificar qué

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particularidades presentaba Costa Rica a fines de los años 20 y para explicar cómo se desenvolvió, a partir de este panorama, la dinámica de la lucha de clases a lo largo de la década siguiente, buscando en estos procesos una posible explicación a las particularidades posteriores de este caso nacional. 10. RIBERTI, Larissa Jacheta [email protected] Universidade Federal do Rio de Janeiro/ Brasil “A guerra sucia mexicana através do Informe da Fiscalía Especial para Movimientos Sociales y Políticos del Pasado.” O período conhecido como “guerra sucia” no México abarca as décadas de 1970 e 1980 quando os governos liderados por presidentes do Partido Revolucionário Institucional (PRI) intensificaram e aperfeiçoaram as estratégias de combate e perseguição ao chamado movimento armado mexicano, acarretando prisões ilegais, tortura, mortes e desaparecimento de militantes políticos. Em 2001, o Presidente da chamada “transição democrática”, Vicente Fox, do Partido da Ação Nacional (PAN) criou a Femospp (Fiscalía Especial para Movimientos Sociales y Politicos del Pasado) a partir de uma recomendação da Comissão Nacional de Direitos Humanos (CNDH). Tal instrumento da justiça transicional do país teve como intuito investigar e esclarecer as violações aos direitos humanos cometidas pelos agentes do estado, estabelecendo também responsabilizações aos culpados e reparações as vítimas. O presente trabalho tem como objetivo, portanto, discutir como a guerra sucia mexicana é compreendida pela Fiscalía e como esta buscou investigar os acontecimentos dessa época. Para isto, farei uso do Informe Especial publicado em 2006 quando foram encerradas as atividades da Femospp. 11. RODRIGUEZ, María Soledad [email protected] Universidad de Buenos Aires “Cuba durante el periodo especial: condiciones socio- económicas y educación.” En este trabajo nos proponemos abordar uno de los periodos más críticos de la historia de Cuba, a comienzos de los noventa. El derrumbe de la Unión Soviética implicó la pérdida del principal vínculo de cooperación y comercio con que contaba la isla. A la fuerte contracción económica se le sumó el recrudecimiento de la ofensiva norteamericana, y de un bloqueo que ya llevaba en vigencia más de tres décadas. En esta coyuntura, definida por Fidel Castro como “período especial en tiempos de paz”, la ruptura de los vínculos comerciales al interior del Consejo de Ayuda Mutua Económica (CAME), produjo el desguace del aparato productivo cubano, lo que obligó al país a llevar adelante una profunda reestructuración económica, que tendría amplias repercusiones en todas las esferas de la sociedad. Nos centraremos aquí en la dimensión socio- educativa de la crisis. La fuerte intromisión de mecanismos de mercado, el incremento de la desigualdad social, y el levantamiento de voces críticas, tanto al interior, como en el exterior del país, pusieron en jaque a la hegemonía socialista, ¿qué rol jugó la educación en esta disputa? ¿Qué estrategias se adoptaron, desde la política educativa, para contrarrestar las tendencias individualistas y desintegradoras, que acompañaron la apertura de la economía cubana? Las dificultades del Estado para dar respuesta a los problemas más acuciantes de estos años ¿Colocaron al sistema educativo en crisis, dados el descrédito de las instituciones públicas y la pérdida de legitimidad de la educación, como fuente de prestigio social y vía de acceso a un empleo mejor remunerado? 12. ROSTICA, Julieta; PEDRONI, Nicolás; SALA, Laura [email protected] Grupo de Estudios sobre Centroamérica [IEALC] y Comisión Jacobo Arbenz

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“Los exiliados guatemaltecos en Argentina de 1954. La guerra fría en América Latina y el Estado de guerra interno en Argentina.” El objetivo de la ponencia es analizar el caso de los exiliados guatemaltecos en Argentina tras el golpe de estado de 1954 a Jacobo Arbenz. Un grupo de ellos fue puesto preso durante 9 meses entre 1954 y 1955 a pesar de estar protegidos por el derecho de asilo político. En el grupo se encontraban dos comunistas de reconocida trayectoria en Guatemala, Víctor Manuel Gutiérrez y Carlos Manuel Pellecer, que fueron debidamente señalados por el Comité de Defensa Nacional contra el Comunismo. El gobierno de Juan Domingo Perón a pesar de haber mostrado cierta simpatía respecto de los gobiernos revolucionarios de Guatemala y haber mantenido una posición antiimperialista, a favor del derecho a la autodeterminación de los pueblos y del principio de no intervención en la Conferencia de Caracas, ya había puesto en vigencia la ley de Organización de la Nación para Tiempos de Guerra. La articulación de esta ley con la ley de Residencia permitió apresar a este grupo de guatemaltecos señalado de comunista. A través de este caso se pueden observar los inicios de la Guerra Fría en América Latina, la implementación del estado de guerra interno en Argentina y los primeros pasos de la coordinación supra regional de la represión. 13. SOTILLO INFANTE, Israel Antonio Abogado y Periodista Profesional. Pertenece al Movimiento Comunal Nacional (MCN). “¡Bolívar vive!, la lucha sigue…los movimientos sociales en la Revolución Bolivariana, la construcción del estado comunal y las perspectivas del socialismo en Venezuela” Sea como sea, uno de los apoyos fundamentales del proceso bolivariano venezolano emana de los Movimientos Sociales. Su articulación con la Revolución Bolivariana iniciada por Hugo Chávez en 1992, se ha dado de tal manera que en el año 2002, con motivo del Golpe de Estado, fue un factor clave para la reparación del hilo constitucional roto por la derecha venezolana con la ayuda internacional de los EE.UU y otros países. El movimiento social en Venezuela es en esencia de resistencia anticapitalista y se expresa, en lo concreto, en el orden sindical y político, en organizaciones de mujeres, de pueblos indígenas, de paz, de profesionales y técnicos, por la defensa del medio ambiente, de estudiantes, de campesinos, del barrio, comunicacional, por la identidad cultural y de género. Se trata, en sí, de la cimentación del Poder Popular que es la herramienta más importante para posibilitar la edificación del Estado Comunal como espacio geográfico de conciencia en donde las necesidades humanas puedan ser cubiertas con la mayor suma de bienestar posible, en donde cada hombre y cada mujer, consigan vivir como hermanas y hermanos en armonía con la naturaleza. Es cierto que ahora no puede hacerse nada eficaz en Venezuela sin la participación de los Movimientos Sociales, sin ellos será más que imposible resolver las contradicciones que hay entre fuerzas productivas y relaciones de producción, tampoco la transición del Socialismo. 14. YURKIEVICH, Gonzalo Julián [email protected] Universidad Nacional de Mar del Plata – CONICET “Estructura territorial de la actividad pesquera en el noroeste de México. Lógicas, actores y discursos.” Este artículo tiene como objetivo revelar los rasgos esenciales de la estructura territorial de la actividad pesquera en el puerto de Guaymas, Estado de Sonora. La elaboración de un mapa temático correspondiente representa el resultado principal, entendiendo que la Geografía Económica en general y la Geografía de la Pesca en particular adolecen de una visión cartográfica que las respalde. El trabajo se divide en tres partes: en primer término se exponen

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las posiciones teórico metodológicas de la investigación al tiempo que se contextualiza debidamente la situación de la actividad pesquera latinoamericana y mexicana; en segundo término se revisan las condiciones geográfico-físicas del Golfo de California y se caracteriza la situación general de la actividad pesquera en sus puertos más importantes; en tercer término se analiza la situación específica del Puerto de Guaymas, observando las principales contradicciones observadas en el territorio, el discurso de los distintos actores y las distintas configuraciones que dibuja la actividad en tierra, elementos que se plasman en el mapa final de la estructura territorial de la ciudad puerto de Guaymas, principal receptor de las descargas pesqueras de México.

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|28 de novembro - 11.30hs – Sala B2. UNIOESTE|

SIMPÓSIO 3

LOS MOVIMIENTOS SOCIALES EN LA REGIÓN ANDINA-AMAZÓNICA. ORGANIZACIÓN, RESISTENCIA, DESAFÍOS

Coordenadores: Marisa Gabriela Armida [email protected] (Universidad Nacional de Rosario); Juan Luis Hernández [email protected] (Universidad de Buenos Aires)

RESUMO:En los últimos 20 años los países del área andina-amazónica estuvieron

atravesados por importantes movilizaciones surgidas desde la sociedad civil. En Venezuela, Bolivia y Ecuador las luchas de los movimientos sociales desde fines de los ´90 contribuyeron a desarticular el paradigma neoliberal, posibilitando el surgimiento de gobiernos “posneoliberales” que se han desarrollado entre una fuerte resistencia de las elites opuestas a la implementación de reformas socioeconómicas, por un lado y una tensa relación con los movimientos sociales por el otro.

En el caso de Bolivia y Ecuador, los movimientos sociales lograron inscribir gran parte de sus demandas en el plano constitucional sancionando un Estado Plurinacional que incorporó elementos de una democracia participativa y comunitaria con especial énfasis en la protección de los derechos de la Madre Tierra. En ambos casos interesa saber qué capacidad para mantener un espacio autónomo con poder de decisión alcanzarán los movimientos sociales en esta nueva institucionalidad. En Ecuador, Rafael Correa defiende el modelo extractivista cuestionado por los sectores indígenas integrados en la CONAIE, sosteniendo que éstos representan intereses corporativos que obstaculizan el desarrollo nacional. En Bolivia estas tensiones alumbraron el resurgimiento del movimiento obrero encarnado en la Federación Minera y la Central Obrera, y una diferenciación al interior del campesinado, como se apreció en el conflicto del Territorio Indígena Parque Nacional Isidoro Sécure (TIPNIS). En Venezuela, la desaparición de Hugo Chávez unida a las presiones crecientes de la oposición oligárquica configuró un nuevo escenario, en el cual los movimientos sociales deben defender las conquistas obtenidas en un marco social ceñido por un horizonte de incertidumbre.

En Colombia y Perú el proceso político tomó otro rumbo. Las clases dominantes se alinearon con Estados Unidos y procedieron a criminalizar la protesta social aunque no lograron desactivar las luchas de campesinos, indígenas y otros sectores sociales. En Perú, las expectativas generadas por el ascenso de Ollanta Humala quedaron sepultadas por la inclinación de su gobierno a privilegiar los intereses del capital trasnacional y los pactos con la derecha. En contrapartida, la lucha de los movimientos sociales de la sierra en contra de la minería y de las organizaciones amazónicas en defensa de sus territorios no ceja.

En síntesis, en la región andina-amazónica cobra hoy relevancia la oposición a la expansión de la actividad extractiva exportadora por parte de empresas trasnacionales; la lucha por la recuperación de los territorios ancestrales de los pueblos originarios; y el derecho de éstos a decidir sobre los alcances y condiciones de la explotación de los recursos naturales. Se observa asimismo la reactivación del movimiento obrero y estudiantil así como una reconfiguración de las identidades indígenas-campesinas-originarias.

Nuestro propósito es ofrecer un ámbito de reflexión sobre estas experiencias dando continuidad al Simposio sobre la región andina-amazónica presentado en las Jornadas de Mar del Plata (2008), Córdoba (2010) y Mendoza (2012). Apelamos a una perspectiva articuladora del tiempo largo y la historia reciente, respetando la pluralidad de enfoques existentes en el

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pensamiento crítico latinoamericano, con el objetivo de contribuir al debate sobre pasado, presente y perspectivas de los movimientos sociales en la región andina-amazónica.

Atividades Complementares: Como cierre del Simposio, se propone la presentación de “Ni Calco Ni Copia” Nº 5, Revista del Taller de Problemas de América Latina, de la Facultad de Filosofía y Letras de la Universidad de Buenos Aires (UBA), República Argentina.

RESUMOS 1. ANDRADA, Damián Vicente [email protected] Universidad del Salvador – FLACSO Argentina “El nuevo Estado boliviano: la hegemonía desde la sociedad política” En sus Cuadernos de la Cárcel el intelectual italiano Antonio Gramsci plantea la praxis revolucionaria en Occidente. Dada la complejidad de los países occidentales, el pensador sardo se define en contra del ataque frontal realizado en la Rusia de 1917 y propone la estrategia de la hegemonía: una guerra de posición que construya poder en la sociedad civil con grandes dosis de paciencia para luego conquistar la sociedad política. En fusión con el concepto de bloque histórico, la ponencia plantea diferenciar tres bloques del proceso de construcción de hegemonía según la participación de los pueblos indígena-originario-campesinos en el Estado (en términos de Antonio Gramsci, sociedad política + sociedad civil) desde la conquista española al presente. En consecuencia proponemos un primer bloque histórico donde los indígenas estaban ausentes tanto en la sociedad política como en la sociedad civil desde 1533 hasta 1952. Un segundo bloque donde los indígenas ingresan a la sociedad civil a partir de las reformas de la Revolución de ’52, pero permanecen ausentes del Gobierno, y, si forman parte, lo hacen de modo subalterno. Y un último bloque donde los indígenas ingresan también a la sociedad política con la llegada de Evo Morales al Gobierno. 2. AVILEZ ÁLVAREZ, Mauricio José [email protected] UFRGS “Por una segunda y definitiva independencia: un análisis al movimiento colombiano Marcha Patriótica” El presente trabajo busca analizar la dinámica de las organizaciones sociales colombianas que, desde el mes de abril de 2012, se organizaron en el movimiento social y político Marcha Patriótica (Guillén, 2014), como acción colectiva (Melucci, 2001). Indaga el porqué esas organizaciones sociales se articularon a partir de la consigna “por una segunda y definitiva independencia” e intenta entender que elementos identitarios y que clivajes les permitió relacionarse, confluir y estructurar ese proceso político. Para esto, se propone desarrollar los siguientes momentos: primero, se realiza brevemente una revisión de los conceptos de acción colectiva y movimientos sociales; segundo, se describe el contexto histórico-político colombiano y su lugar en América Latina; tercero, se caracteriza los distintos sectores sociales que a partir de sus organizaciones integran la Marcha Patriótica; y como cuarto momento, se analiza los métodos que se establecieron para la estructuración y la construcción de la plataforma política de la Marcha Patriótica. De esta forma se espera entender la manera como se ha ido construyendo la interacción social y la acción política de este nuevo movimiento colombiano. 3. BIANCO, Luciana [email protected] (Universidad de Buenos Aires); HASSID, Lila (Universidad de Buenos Aires) [email protected]

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“Bolivia, el conflicto de la mediterraneidad. Construcción y transformación de su frontera con Chile en el imaginario nacional”. En la actualidad el desarrollo de un discurso y accionar de integración a nivel regional se encuentra en ascenso. Dicha integración latinoamericana se sostienen en fundamentos históricos y culturales comunes. Al mismo tiempo, el desarrollo económico de la región se centra en la exportación de materias primas, que varían según el país. De modo que el contacto con el exterior, pese a la unificación regional, continúa siendo de suma importancia. Por lo pronto, uno de los lazos más importantes que se ha establecido con el cono sur es a través del corredor del Pacífico con China y Japón. En el presente trabajo, nos proponemos analizar el conflicto de la mediterraneidad de Bolivia en la actualidad. Para ello, es preciso que nos remontemos a sus orígenes, a partir de la Guerra del Pacífico, para luego enfocarnos en la construcción de imaginarios colectivos surgidos a posterior de la guerra. Teniendo en cuenta el devenir histórico nos centraremos en el conflicto puntual entre Bolivia y Chile. Nos preguntamos ¿por qué en este contexto donde prima el discurso de integración regional nuevamente aflora con ímpetu el enfrentamiento territorial? 4. CARABAJAL, Sonia Miriam [email protected] Universidad de Buenos Aires “Afrobolivianos: situación social, política y cultural” El presente trabajo tiene como propósito ampliar las perspectivas de análisis y de acercamiento hacia la comunidad afroboliviana, sus valores culturales, sociales y políticos. Hacer visible las diferencias frente a la hegemonía blanca, mestiza e indígena, que permitan repensar una sociedad incluyente verdaderamente intercultural. También se pretende visualizar cómo el movimiento afro pone en cuestión las estructuras, en procura del reconocimiento y la equidad multiétnica y pluricultural, expresada a través de la recuperación de valores ancestrales como la danza: la saya afroboliviana. Para ello se desarrollará una metodología que permita intervenir tanto en el debate teórico, como en el análisis de las cuestiones históricas, con bibliografía especializada y relevamiento de fuentes, en un contexto internacional de afirmación de identidades afroamericanas y nacional plasmado en la Nueva Constitución del Estado Plurinacional de Bolivia. En suma, se rastreará el proceso de conciencia, organización y aceptación de la diversidad, en la búsqueda de una verdadera justicia social que incluya posibilidades laborales y económicas que eviten nuevas diásporas y preserven la cultura ancestral. 5. GRANDE, Patricio [email protected] Universidad Nacional de Luján “El derrumbe de la “democracia pactada” en Bolivia: el accionar de la cooperación española y estadounidense durante el ascenso de los movimientos sociales” La ponencia analiza las distintas políticas y estrategias implementadas en Bolivia por la cooperación internacional del Reino España y de los Estados Unidos de América durante el derrumbe de la “democracia pactada” entre los años 2000 y 2005. Ante la tenaz movilización social y política iniciada en febrero-abril de 2000, lejos de proclamarse como observadores externos, ambos cooperantes decidieron involucrarse directamente en el curso de los acontecimientos, definiendo para ello distintas estrategias y líneas de intervención con el objeto principal de resguardar sus intereses económicos y geo-políticos presentes en el país andino/amazónico. No obstante, las respuestas ensayadas fueron diferentes: los cuadros burocráticos de la cooperación española, como táctica preventiva para impedir una mayor

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radicalidad de la protesta social, intentaron establecer instancias de diálogo y trabajo conjunto con los distintos movimientos emergentes. Por su parte, los funcionarios norteamericanos a través de la agencia oficial USAID, apostaron a fortalecer los vínculos institucionales con el entonces presidente Carlos Mesa Gisbert, y en contrapartida caracterizaron a los movimientos sociales como actores que representaban una amenaza hacia sus intereses. 6. HERNÁNDEZ, Juan Luis [email protected] (Universidad de Buenos Aires); TORRIJO DI MARCO, Guadalupe [email protected] (Universidad de Buenos Aires) “Bolivia. Debates actuales sobre la subjetividad obrera” Un nuevo escenario político se abrió en Bolivia a partir del inicio del segundo mandato presidencial de Evo Morales, en enero de 2010. La derrota del golpe cívico-prefectural a fines del 2008, y la posterior desarticulación de la derecha oligárquica a nivel nacional, propició realineamientos en los movimientos sociales, destacándose la reactivación del sindicalismo nucleado en la Confederación Obrera Boliviana (COB). Es así como una sucesión de conflictos sindicales que culminaron en la huelga general de mayo de 2013 instaló nuevamente la discusión sobre la subjetividad obrera. Un debate que había cobrado cierta intensidad a principios del nuevo milenio, centrado en la viabilidad de los trabajadores como sujeto de cambio. La mayor parte de la literatura especializada dictaminó la “extinción de la condición obrera”, es decir, la desaparición de la clase obrera como sujeto político, claramente influenciada por la derrota minera en Calamarca (1986), la posterior emergencia de las políticas neoliberales y la aparición de nuevos actores en la escena social. Sin embargo, la persistencia de la lucha de los trabajadores asalariados y sus organizaciones obligan a replantear esta discusión. Nuestra intención en esta ponencia es una actualización del debate sobre la condición obrera en Bolivia, al calor del proceso de reorganización de los trabajadores actualmente en curso. 7. JIMENEZ GARCÉS, Claudia Mercedes [email protected] Universidad de Nariño “Nueva subjetividad, nuevos movimientos sociales. El cuerpo un lugar de lo político. Movimiento social piernas cruzadas” La presente ponencia presenta un escrutinio teórico enmarcadas en un proceso de investigación denominado: “Hermenéutica del cuerpo como lugar de lo político a partir del movimiento social piernas cruzadas. Barbacoas, Nariño, Colombia” que reflexiona sobre el cuerpo de la mujer como lugar de lo político; por esta razón, uno de los temas centrales es reflexionar sobre el concepto y la práctica de la nueva subjetividad en relación a la apuesta de los nuevos movimientos sociales. Se trata a partir de estos análisis de proyectar nuevas miradas de estudio desde las emergencias de lo emergente en una sociedad globalizada. Esta ponencia se pregunta: ¿Es el cuerpo de la mujer del movimiento de las Piernas Cruzadas un lugar de lo político? Para ello se invita al escrutinio a autores como Verana Stolcke, Wendy Harcourt, Elizabeth Jelin, Alain Touraine, Arturo Escobar y Braidotti en conversación con pensadores de la modernidad, la subjetividad política, la subjetividad y el cuerpo, la diversidad cultural y los nuevos movimientos sociales. 8. LUPPINO, Damián Andrea [email protected] (Universidad de Buenos Aires); SÁNCHEZ MAIDANA, Guillermo Daniel [email protected] (Universidad de Buenos Aires) “El Movimiento Nacionalista Revolucionario y los límites políticos al proceso de cambio”

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En los últimos tiempos vimos en varios países de América Latina el ascenso y la llegada al poder de gobiernos con un perfil abierto a la participación popular. Las posibilidades que este momento histórico da no son un regalo a los pueblos, sino el complejo resultado de la lucha de clases en el ocaso de los regímenes neoliberales, acompañada por condiciones particulares de cada país. En Bolivia, la implementación de dichas políticas neoliberales fue llevada adelante por un partido político cuyo desarrollo y llegada al poder fue en el escenario de la única revolución obrera victoriosa de la historia latinoamericana: el Movimiento Nacionalista Revolucionario (MNR). Su bagaje ideológico y su accionar en los cincuenta años en los que fue el partido político de mayor importancia deben ser un centro de atención para quienes nos interesamos por la historia de ese país. Comenzar por preguntarnos acerca de la constitución del partido, su accionar en relación con las coyunturas regionales y mundiales, el acompañamiento de diversas políticas económicas y los cambios que sufre durante la década de los ´50 y ´60. Este trabajo nos puede servir a los fines de entender los desafíos y las limitaciones que se pueden presentar en momentos históricos donde las posibilidades de una transformación del orden establecido parecen concretas. Por último, este estudio está pensado como el inicio de otros trabajos que busquen entender las metamorfosis del MNR durante la segunda mitad del siglo XX. 9. MARGARUCCI, Ivanna, [email protected] “De la trayectoria individual a la historia social: Luis Cusicanqui Durán y la experiencia del anarquismo boliviano durante las décadas de 1920 a 1940” Huáscar Rodriguez García señala que “Luis Cusicanqui Durán es una de las figuras más representativas del anarquismo boliviano” (2010; p. 42). Dicha representatividad emerge no solo de la importancia de este prolífico militante en lo que atañe a la estructuración organizativa e ideológica del movimiento anarquista en Bolivia, sino que además, su “biografía” o “trayectoria” individual, representa el devenir del anarquismo en cuanto experiencia colectiva en dicho país. La propia vida de Cusicanqui en sus casi veinte años de militancia al servicio de la causa libertaria en Bolivia, se nos devela como insigne de algunas características y “momentos” propios del movimiento e ideología anarquista de esa región. Entre estas, podemos mencionar: la forma y el período de arribo de las ideas a Bolivia y los grupos sociales en los que arraigó, las diversas modalidades organizativas y prácticas en que cristalizaron esas ideas -eclosionando en su etapa de auge entre fines de la década del 20 y principios de 1930-, y las especificidades tomadas por aquellas, merced a las reelaboraciones locales realizadas en torno a la cuestión étnica. Asimismo, las adversidades padecidas por Cusicanqui, fueron los mismos avatares que atravesó el movimiento e ideología ácrata, a saber, la represión y los intentos de cooptación del “sindicalismo paraestatal”, cuestiones que, junto a otros motivos, explican, para comienzos de 1940, el abandono de la militancia de dicho personaje y el lento pero irreductible declive del anarquismo. Así, en este trabajo nos proponemos tomar como punto de partida la historia individual de un sujeto (Luis Cusicanqui) y con ella, ilustrar el derrotero de la experiencia del anarquismo boliviano entre 1920 y 1940, al considerar posibles y de ningún modo excluyentes los cruces entre distintas alternativas metodológicas e historiográficas, tales como la biografía, la microhistoria y la historia social global. 10. WIURNOS, Natalia Carolina, [email protected] Universidad Nacional de Luján “Movimientos sociales en Bolivia: entre las calles y la política. Una reconstrucción histórica de la trayectoria de la CSUTCB”

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Desde el año 2006 Bolivia comenzó a atravesar el auto-denominado “Proceso de Cambio” encabezado el Movimiento Al Socialismo (MAS) y su líder más visible (y actual presidente) Evo Morales. En este proceso, al menos retóricamente, los movimientos sociales (principalmente integrados por población indígena y campesina) fueron incluidos como una parte fundamental del engranaje gubernamental y estatal. Dentro de estas organizaciones sociales, la Confederación Sindical Única de Trabajadores Campesinos de Bolivia (CSUTCB) aparece como un actor protagónico en este escenario. No obstante, cabe interrogarse a cerca de la trayectoria socio-política de este movimiento social, indagando no sólo sus características organizativas sino también procurando identificar en qué medida la Confederación Sindical ha proyectado formar parte de las estructuras del Estado y/o “ser gobierno”. Por lo tanto, la ponencia se centra en describir y analizar el devenir histórico de la CSUTCB en un rango temporal que se despliega desde su fundación (hacia fines de los años ‘70) hasta los inicios de la primer gestión del MAS.

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|28 de novembro - 9.00hs – Sala D1. UNIOESTE|

SIMPÓSIO 4 EDUCAÇÃO PROFISSIONAL E FORMAÇÃO PARA O TRABALHO NA

AMÉRICA LATINA

Coordenador: Michel Goulart da Silva - UFSC [email protected] RESUMO: Este simpósio pretende reunir reflexões acerca da educação profissional em diferentes países da América Latina, proporcionando diálogos críticos acerca da relação entre educação e trabalho. No contexto brasileiro, foram criados os institutos federais de educação, ciência e tecnologia, em dezembro de 2008. Essas instituições, além de oferecer o ensino médio integrado ao ensino médio, oferecidos também pelas antigas escolas técnicas, passaram a oferecer também cursos superiores ou mesmo de pós-graduação. Contudo, de forma geral, todos os níveis de formação se caracterizam pelo fato de estarem voltados para a qualificação para o mercado, ou seja, no caso dos estudantes de ensino médio, seus cursos estão vinculados a uma formação técnica específica. Os cursos superiores, no geral, possuem duração menor e um conteúdo mais enxuto se comparado aos cursos oferecidos nas universidades. No caso das pós-graduações, quando se trata de mestrados, também possuem o viés profissionalizante. Por fim, essas instituições também oferecem cursos de curta duração, cuja rápida certificação volta-se a conhecimentos particularizados e voltados aos interesses econômicos de momento dos empresários locais. Portanto, essas instituições colocam-se no sentido de promover uma formação voltada à rápida e barata formação de força de trabalho, a partir das demandas econômicas das burguesias de cada localidade em que os campi são instalados. Nessa perspectiva, este simpósio temático busca dialogar com as experiências de outros países, seja no sentido de apontar para aproximações históricas e políticas, seja para identificar e debater caminhos alternativos, especialmente aqueles que possam apontar para perspectivas de emancipação RESUMOS 1. ADAMS, Telmo, Professor do PPG em Educação - Unisinos “Educação profissional e formação para a juventude: princípio educativo ou mercadificação da educação” O presente trabalho analisa o projeto educacional do Ensino Médio Politécnico do Rio Grande do Sul, iniciado em 2011. A discussão visa à compreensão do Projeto Pedagógico e da Política Educacional de Educação Profissional, que estabeleceram como prioridade a democratização da gestão, do acesso à escola e ao conhecimento com qualidade social, do acesso à aprendizagem e ao patrimônio cultural objetivando a permanência do aluno na escola, além da qualificação do Ensino Médio e da Educação Profissional. O texto articula-se com a provocação: estamos diante de uma reforma educacional originária e desejada pela escola ou simplesmente diante de uma pressão de lógica capitalista que demanda mão de obra qualificada com pagamentos de baixos salários, aumentando a precarização das relações de trabalho? Discute-se em que medida estamos diante de um currículo híbrido, impregnado pela

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ideologia da “mercadificação” de tudo (Harvey 2005), ou seja, de uma educação profissional focada na competição. A referência teórica valoriza a problematização sob o olhar de Azevedo, Adams, Bauman, Freire, Harvey, Gramsci, Reis, Streck, Saviani, entre outros. Além do olhar teórico, o artigo analisa o processo de implantação da proposta no estado do Rio Grande do Sul. 2. BORGES, Ernesto Charpinel, [email protected] Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Espírito Santo “Ensino profissionalizante e Institutos Federais: ordem técnica e progresso para quem?” A realidade dos Institutos Federais e, por extensão, do ensino profissionalizante no Brasil vem demonstrando opções político-pedagógicas que atendem - no início de século XXI - à modernização do capitalismo global, numa dinâmica que propõe aos governos o investimento na formação de mão-de-obra qualificada na expectativa de elevar os níveis de emprego formal e, consequentemente, diminuir os níveis de pobreza, gerando inclusão social. No entanto, é possível perceber, na gestão da formulação de suas políticas curriculares, nos prognósticos e pespectivações de oferta de cursos, bem como na própria divisão de disciplinas, a continuidade de um discurso tecnicista, embasado também na meritocracia e na ideia de progresso estabelecida pelo capital em sua fase monopolista, ausentando-se, muitas vezes, possibilidades de diálogo com movimentos sociais historicamente organizados. Nosso estudo pretende auxiliar no esclarecimento dessa dinâmica, buscando alternativas através da observação de referenciais teóricos que podem contribuir para a construção de um arsenal crítico voltado à educação profissional: a crítica ao positivismo, estabelecida pela Nova História, a crítica à ideia de progresso presente em Walter Benjamin e a utilização da noção gramsciana para o entendimento da educação como elemento de um confronto de forças que disputam o poder são nossas propostas para a compreensão deste processo. 3. CAMPOS, Janaina Fátima Sabrina de, [email protected] Universidade Estadual do Oeste do Paraná – UNIOESTE “Neoliberalismo e as propoposições para a reforma na política educacional na América Latina” Este estudo é resultado da pesquisa desenvolvida no Programa Institucional de Bolsas de Iniciação Científica – PIBIC. E de discussões obtidas no Núcleo Temático: Serviço Social e Educação: a Política Educacional no Brasil do Curso de Serviço Social da Unioeste, Campus de Toledo, que visa uma aproximação com as temáticas neoliberalismo e as políticas educacionais. Primeiramente trataremos de uma breve contextualização do processo de acumulação capitalista sob a égide do neoliberalismo. Busca-se explicitar as consequências dessa reestruturação da produção na economia e na política como a reforma do Estado, e preferencialmente, no âmbito das políticas sociais na América Latina. Nesse contexto, procuramos tratar da política educacional, em seguida das proposições para a reforma educacional presentes no documento “Perspectivas Econômicas de América Latina 2012: Transformación del Estado para el Desarollo”, OCDE/CEPAL (2011). Ressaltamos a importância de se destacar as proposições presentes no documento, por se tratar de um documento recente, produzido pelos Organismos Multilaterais que reconfiguraram formas de gestão e ações da política da educação na América Latina, como a descentralização, reforma do ensino superior, formas de avaliações, seleções e remunerações, que reforçam o crescimento do neoliberalismo na educação e reforçam a formação voltada para o trabalho.

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4. CARPIO, Ariel, [email protected] (Universidad de Buenos Aires); HIRSCH, Dana, [email protected] (CEIL-CONICET y UNLu); IÑIGO, Luisa, [email protected] (Universidad de Buenos Aires – Argentina); RIO, Victoria, [email protected] (Universidad de Buenos Aires – Argentina) “¿Qué es la educación para el trabajo? o sobre qué educación educa para el trabajo” El campo de estudios conocido como “Educación y trabajo” se propone conocer, desde diferentes perspectivas y distintos niveles de análisis, cómo se "vinculan" las políticas y las prácticas educativas con las necesidades y demandas del mercado de trabajo y el "sector productivo". Dichos estudios se han centrado, por un lado, en el análisis de "la demanda", esto es, tanto la investigación de los requerimientos del mercado de trabajo como de los atributos productivos involucrados en procesos de trabajo concretos. Por el otro, en la investigación en torno a los procesos educativos (las políticas, los contenidos y las prácticas escolares, etc.) y de qué manera "la oferta" busca relacionarse con el mercado de trabajo y el "sector productivo". Las diversas perspectivas teóricas en torno al recorte “educación para el trabajo”, en todos los casos, se restringen a la formación técnica o instrumental. La formación de otro tipo de atributos productivos involucrados en el proceso de trabajo es dejada de lado. A su vez, el recorte deja un "resto" que, entonces, no sería formación "para el trabajo" (y que, en ocasiones, se denomina como "para la ciudadanía", "para la formación integral", "para la formación de la persona", etc.). Esta ponencia busca poner en cuestión el recorte mencionado, partiendo de preguntarse por las determinaciones generales del trabajo y de la educación en el modo de producción capitalista para luego buscar contestarse qué es, en todo caso, la "educación para el trabajo". 5. CORBO, Anamaría, [email protected] Escola Politécnica de Saúde Joaquim Venâncio – EPSJV/ Fiocruz “Formação dos trabalhadores e conformação de novas formas de sociabilidade: a formação dos trabalhadores técnicos em saúde no Mercosul” Esta comunicação é fruto de pesquisa multicêntrica, coordenada pela EPSJV/Fiocruz, que objetivou identificar e analisar a formação de trabalhadores técnicos em saúde no MERCOSUL (Argentina, Brasil e Uruguai), a fim de subsidiar políticas de organização e fortalecimento de sistemas de saúde, de educação e de cooperação internacional entre estes países, garantindo a comparabilidade dos estudos nacionais, respeitando as especificidades de cada país. O referencial teórico-metodológico, de cunho histórico-dialético, considera a formação destes trabalhadores como uma mediação específica da formação humana na totalidade das relações sociais, captando elementos que possibilitem compreender como e por que, as características quanti-qualitativas dessa formação e seus fundamentos teórico-metodológicos buscam conservar e/ou transformar relações necessárias à conformação psicofísica do trabalhador às formas de produção hegemônicas. Resultados preliminares apontam que, em que pese a conformação histórica particular dos sistemas nacionais de educação e de saúde de cada país, as reformas neoliberais aproximaram as características dessa formação, sobretudo no plano curricular, conformando esses trabalhadores nos moldes das novas formas de sociabilidade exigidas pelo capital. 6. COSTA, Renata Luiza da, [email protected] Instituto Federal de Goiás “Educação Profissional e Técnica a Distância: análise crítica de âmbito político-pedagógico do Programa Rede e-Tec Brasil”

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O presente texto representa uma análise crítica de âmbito histórico-político e pedagógico da expansão da Educação Profissional e Técnica (EPT) por meio da educação a distância a partir de 2007, visando enriquecer o debate da relação entre as finalidades da EPT da rede federal com seus reais modos de oferta. Para a concretização da expansão da EPT no modo a distância online foi criada a Rede e-Tec Brasil, a qual compreende as redes Federal e Estadual de EPT, bem como a rede de escolas privadas, incluindo o Sistema S. Tal pesquisa tem sua importância no fato de que, embora os governos brasileiros dos últimos oito anos tenham investido na criação de novas escolas técnicas federais, a ampliação das vagas por meio da educação a distância online tem crescido 7% ao ano e 80% dessas vagas, mesmo as da Rede federal, são no modo subsequente, o que dá fortes indícios de que existe a intenção de enfraquecimento dos cursos técnicos no modo integrado ofertados pela rede federal aproximando-a dos objetivos da rede privada. Dentro desse contexto, este artigo analisa a regulamentação da Rede e-Tec Brasil e dados do censo da educação a distância em relação aos objetivos nacionais da EPT e em relação aos objetivos específicos da rede federal de educação técnica. 7. COSTA QUEIROZ, Kamilla Fernanda da [email protected] Instituto Federal de Brasília (IFB) “A alfabetização de mulheres em situação de vulnerabilidade social no âmbito do Instituto Federal de Brasília (IFB)” Este artigo visa explicitar como ocorre o projeto de extensão "Alfabetização de Mulheres em situação de vulnerabilidade social" executado como projeto pioneiro no âmbito do Instituto Federal de Brasília (IFB). O projeto de alfabetização agrega um conjunto de ações, técnicas e metodológicas transformadoras, desenvolvidas e aplicadas na interação com a população e apropriadas por ela, que representam soluções para inclusão social, geração de oportunidades e melhoria das condições de vida. Tem como objetivo principal a inclusão social de mulheres em situação de vulnerabilidade social, as quais nunca tiveram oportunidade de serem alfabetizadas. As escolas, enquanto instituições abertas à sociedade, devem contribuir para combater a discriminação de gênero, em que as mulheres são as principais vítimas da sociedade brasileira. Dessa forma está em consonância com a missão dos Institutos Federais ao qual se destina a contribuir para a formação cidadã e o desenvolvimento humano. Como instituição de educação pública e comprometida com a justiça social e equidade, o IFB também deve primar pelo atendimento das principais necessidades educacionais da população brasileira. O curso caminha para sua quarta turma e já formou quase cem mulheres no âmbito do Distrito Federal, oferecendo formação inclusiva a mulheres em situação de vulnerabilidade social, melhorando as condições educativas e sociais em que elas e suas famílias vivem. 8. LIMA, Ricardo Barbosa de [email protected] Universidade Federal de Goiás “A retórica da intransigência na Educação Profissional Brasileira: análise de argumentos referentes ao Pronatec” O presente artigo é fruto de leituras que objetivam analisar a educação profissional brasileira. Nesse sentido, buscou-se problematizar o Programa Nacional de Acesso ao Ensino Técnico e Emprego (Pronatec), criado pelo Governo Federal em 2011 com o objetivo de ampliar a oferta de cursos de educação profissional e tecnológica. Para tanto, foram analisados diversos argumentos referentes ao Pronatec que possibilitassem a identificação do uso das teses da Ameaça, Perversidade e Futilidade cunhadas por Albert O. Hirschman. Foi possível notar que entidades representativas contrárias à instituição do programa previam o retrocesso em relação a vitórias conquistadas (tese da ameaça), seu efeito contrário (tese da perversidade),

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ou até mesmo nenhum efeito ou mudança sobre a educação profissional (tese da futilidade). Os argumentos analisados permitiram inferir que tal projeto ainda não se adéqua às demandas da educação profissional, quais sejam, aumento de sua qualidade – no que diz respeito à emancipação do trabalhador, sua formação crítica e não meramente para o trabalho –, aumento da oferta de vagas – sem passar pelo financiamento da iniciativa privada com recursos públicos – entre outras, como infraestrutura e valorização dos profissionais. 9. MORAES, Rafael Vicente de [email protected] Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de Mato Grosso do Sul, campus Campo Grande – IFMS “As contribuições de Antonio Gramsci para a formação do educador” Os princípios que constituem a realidade não são uma 'teoria' historicamente pensada, mas um 'real aparente' que refrata parte dessa totalidade representada por grupos específicos. No bojo das relações societárias determinadas pelo modo de produção que o homem se faz homem enquanto determinado e determinante dessas mesmas relações. Assim, o propósito do texto é discutir o pensamento educacional gramsciano a partir da crítica que se estabelece ao sistema escolar italiano porque reproduz as desigualdades sociais. A escola articula subjetividade e objetivação, entendidas não como duas esferas contrárias, mas como relações dialéticas que estabelecem o objeto enquanto fruto da atividade subjetiva. A escola unitária é entendida enquanto construção coletiva do espaço de sociabilidade calcada na participação consciente de todos na gestão da sociedade. Expressa a capacidade conquistada pelas classes subalternas de se apropriarem dos bens socialmente criados e de ativarem as potencialidades de emancipação humana. A escola unitária é convocada para desempenhar um papel mais amplo que combina a educação humanista tradicional com a educação técnica potencializando o indivíduo para o exercício efetivo de qualquer função, seja ela de operário qualificado ou de dirigente político o que cinde os elos viciosos de reprodução da elite. Ou seja, a escola unitária transpõe a dualidade entre conhecimento teórico e conhecimento prático que marca a organização escolar ocidental desde a sua gestação. 10. MOURA, Luis Claudio Rocha Henriques de [email protected] Docente do Instituto Federal de Educação, Ciências e Tecnologia de Goiás - Câmpus Formosa “O ensino técnico integrado em tempo integral no IFG: perspectivas e desafios de um novo modelo” O presente artigo visa analisar o desenvolvimento do Ensino Médio Técnico Integrado em "Tempo Integral” que está em fase de implementação no Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de Goiás (IFG). Desde o ano 2008 os Institutos Federais de educação estão em constantes transformações, metamorfoseando-se das antigas escolas técnicas / CEFET para os atuais Institutos Federais de Educação, Ciência e Tecnologia. Este processo de transformação e de (re)estruturação vem sendo desenvolvido de maneira gradual, não linear e com possibilidade de se estabelecer novas experiências. No IFG, entre as novas propostas colocadas em andamento está a mudança na modalidade do funcionamento do Ensino Médio, com a substituição do Ensino Médio Técnico Integrado em um único turno (em quatro anos) passando a ser ofertado em Tempo Integral (em três anos). Partindo desta problematização, realizamos uma pesquisa, com vistas na análise da implantação do novo formato, buscando aferir as especificidades do processo. Nesta proposta, procurou-se compreender, a partir da perspectiva dos discentes e dos docentes, os impactos no processo educativo advindos desta nova organização, como também apreender suas implicações para o processo didático-pedagógico.

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11. OLIVEIRA, Kaithy das Chagas [email protected] Docente do Instituto Federal de Educação, Ciências e Tecnologia de Goiás - Câmpus Formosa “O ensino técnico integrado em tempo integral no IFG: perspectivas e desafios de um novo modelo” O presente artigo visa analisar o desenvolvimento do Ensino Médio Técnico Integrado em "Tempo Integral” que está em fase de implementação no Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de Goiás (IFG). Desde o ano 2008 os Institutos Federais de educação estão em constantes transformações, metamorfoseando-se das antigas escolas técnicas / CEFET para os atuais Institutos Federais de Educação, Ciência e Tecnologia. Este processo de transformação e de (re)estruturação vem sendo desenvolvido de maneira gradual, não linear e com possibilidade de se estabelecer novas experiências. No IFG, entre as novas propostas colocadas em andamento está a mudança na modalidade do funcionamento do Ensino Médio, com a substituição do Ensino Médio Técnico Integrado em um único turno (em quatro anos) passando a ser ofertado em Tempo Integral (em três anos). Partindo desta problematização, realizamos uma pesquisa, com vistas na análise da implantação do novo formato, buscando aferir as especificidades do processo. Nesta proposta, procurou-se compreender, a partir da perspectiva dos discentes e dos docentes, os impactos no processo educativo advindos desta nova organização, como também apreender suas implicações para o processo didático-pedagógico. 12. POCOROBBA, Juan Ignacio [email protected] Universidad de Buenos Aires - Argentina “Alpargatas sí, libros también… La creación de la Universidad Obrera Nacional” El tema abordado es la creación de la primera Universidad Obrera de la Argentina en 1952, durante la segunda presidencia de Juan Perón. Un punto nodal del trabajo reside en establecer una clara diferenciación entre el proceso de industrialización por sustitución de importaciones iniciado durante la década del 30’ -como consecuencia de la crisis económica internacional desatada en 1929- cuyos rasgos salientes serían la improvisación y su carácter meramente coyuntural, y la política industrialista llevada adelante por el primer Peronismo a partir de su llegada al poder en 1946, alentada y planificada desde el Estado, la cual apuntaba a profundizar el proceso sustitutivo en el mediano plazo para luego dar el salto hacia la industria pesada. Otro punto fuerte de análisis lo constituyen las limitaciones estructurales que podrían entorpecer dicho proceso. Por ejemplo, tengamos en cuenta que gran parte de los migrantes internos absorbidos por las industrias sustitutivas provenían del sector rural y carecían de los conocimientos técnicos necesarios para desempeñar su labor de manera eficaz. En este sentido, mi conclusión sería que la apertura de la Universidad Obrera constituiría el punto más alto de una serie de políticas públicas destinadas a la capacitación técnica y a la formación política de vastos sectores de la clase trabajadora argentina. 13. PRONKO, Marcela [email protected] Escola Politécnica de Saúde Joaquim Venâncio – EPSJV/ Fiocruz “Formação dos trabalhadores e conformação de novas formas de sociabilidade: a formação dos trabalhadores técnicos em saúde no Mercosul” Esta comunicação é fruto de pesquisa multicêntrica, coordenada pela EPSJV/Fiocruz, que objetivou identificar e analisar a formação de trabalhadores técnicos em saúde no MERCOSUL

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(Argentina, Brasil e Uruguai), a fim de subsidiar políticas de organização e fortalecimento de sistemas de saúde, de educação e de cooperação internacional entre estes países, garantindo a comparabilidade dos estudos nacionais, respeitando as especificidades de cada país. O referencial teórico-metodológico, de cunho histórico-dialético, considera a formação destes trabalhadores como uma mediação específica da formação humana na totalidade das relações sociais, captando elementos que possibilitem compreender como e por que, as características quanti-qualitativas dessa formação e seus fundamentos teórico-metodológicos buscam conservar e/ou transformar relações necessárias à conformação psicofísica do trabalhador às formas de produção hegemônicas. Resultados preliminares apontam que, em que pese a conformação histórica particular dos sistemas nacionais de educação e de saúde de cada país, as reformas neoliberais aproximaram as características dessa formação, sobretudo no plano curricular, conformando esses trabalhadores nos moldes das novas formas de sociabilidade exigidas pelo capital. 14. REIS, Dalton Luiz de Menezes [email protected] Instituto Federal Catarinense – IFC - Campus Blumenau “Anotações sobre a teoria do valor em Marx: fundamentos para o debate sobre o trabalho como princípio educativo na educação profissional” A educação profissional é o locus de polêmicos debates que envolvem os limites e as possibilidades de algumas propostas pedagógicas que se baseiam no trabalho como princípio educativo. Para dar continuidade neste debate, objetivamos fazer uso de alguns dos fundamentos teóricos que fornecem amparo a esta proposição. Em particular, pretendemos realizar alguns apontamentos, de caráter inicial, sobre a teoria do valor em Marx. Para efetuar este movimento de investigação utilizaremos algumas categorias de análise que compõe o arsenal teórico produzido por Marx. Destacaremos dentre a vasta obra do pensador alemão as teorizações contidas em O Capital, no seu livro primeiro. Isto se deve ao fato de compreendermos que se trata de uma obra matricial deste autor, na qual estão desenvolvidas as principais categorias de análise da crítica da economia política. Descartando estas categorias, é pouco provável que consigamos empreender uma análise que articule a particularidade do trabalho como princípio educativo, na educação profissional, com a totalidade do fenômeno que é o capital. 15. SEKI, Allan Kenji [email protected] Universidade Federal de Santa Catarina “Os interesses da fração industrial do capital nas universidades públicas brasileiras ao longo do Governo Lula da Silva (2003-2010)” O objetivo da pesquisa é analisar as demandas formuladas pela fração industrial do capital, ao longo do Governo Lula (2003-2010), a respeito das universidades públicas brasileiras. A pesquisa é de base empírica documental. São analisados os documentos publicados pela Confederação Nacional da Indústria (CNI), Serviço Social da Indústria (SESI), Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (SENAI) e Instituto Euvaldo Lodi (IEL) no período de 2002-2010. Percebe-se nesta base a emergência de categorias como capital humano, sociedade do conhecimento, inovação associadas para embasar as propostas pedagógicas da indústria e seus encaminhamentos políticos. A ideia-força que emerge é “a educação é a base para a inovação e a elevação da produtividade”. Partimos da hipótese de que a indústria brasileira já não possui nenhum elemento que pudesse aproximar seus interesses aos da classe trabalhadora. As proposições desta fração do capital para as universidades públicas brasileiras são incompatíveis com o pensamento crítico, impossibilitando qualquer aproximação.

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15. SIEBEN, Leandro [email protected] Doutorando em Educação – Unisinos “Educação profissional e formação para a juventude: princípio educativo ou mercadificação da educação” O presente trabalho analisa o projeto educacional do Ensino Médio Politécnico do Rio Grande do Sul, iniciado em 2011. A discussão visa à compreensão do Projeto Pedagógico e da Política Educacional de Educação Profissional, que estabeleceram como prioridade a democratização da gestão, do acesso à escola e ao conhecimento com qualidade social, do acesso à aprendizagem e ao patrimônio cultural objetivando a permanência do aluno na escola, além da qualificação do Ensino Médio e da Educação Profissional. O texto articula-se com a provocação: estamos diante de uma reforma educacional originária e desejada pela escola ou simplesmente diante de uma pressão de lógica capitalista que demanda mão de obra qualificada com pagamentos de baixos salários, aumentando a precarização das relações de trabalho? Discute-se em que medida estamos diante de um currículo híbrido, impregnado pela ideologia da “mercadificação” de tudo (Harvey 2005), ou seja, de uma educação profissional focada na competição. A referência teórica valoriza a problematização sob o olhar de Azevedo, Adams, Bauman, Freire, Harvey, Gramsci, Reis, Streck, Saviani, entre outros. Além do olhar teórico, o artigo analisa o processo de implantação da proposta no estado do Rio Grande do Sul. 16. SILVA, Bianca [email protected] Mestranda no Programa de Pós-Graduação em Integração da América Latina na Universidade de São Paulo “Capacitação profissional para imigrantes da Bolívia em São Paulo: perspectivas sobre trabalho decente, divisão do trabalho e integração regional” O estudo tem por objetivo analisar experiências de capacitação profissional de imigrantes sul-americanos, especialmente de nacionalidade boliviana, no contexto de seu estabelecimento na cidade de São Paulo. Interessa-nos discutir os significados atribuídos pelos próprios sujeitos com relação à formação para o trabalho, bem como sua relevância no que se refere a questões como a empregabilidade destes imigrantes e o trabalho decente. O foco de analise se dá, principalmente, em torno dos projetos de capacitação profissional que recentemente têm sido elaborados para a população imigrante por intermédio do Estado brasileiro e boliviano. Entende-se que tal problemática se constitui como relevante no âmbito Latino Americano, tendo em vista o avanço nas discussões quanto a dimensão social dos mecanismos de integração regional, como no caso do Mercosul e da Unasul. 17. SILVA, Maxmillian Lopes da [email protected] Instituto Federal de Goiás “A retórica da intransigência na Educação Profissional Brasileira: análise de argumentos referentes ao Pronatec” O presente artigo é fruto de leituras que objetivam analisar a educação profissional brasileira. Nesse sentido, buscou-se problematizar o Programa Nacional de Acesso ao Ensino Técnico e Emprego (Pronatec), criado pelo Governo Federal em 2011 com o objetivo de ampliar a oferta de cursos de educação profissional e tecnológica. Para tanto, foram analisados diversos argumentos referentes ao Pronatec que possibilitassem a identificação do uso das teses da

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Ameaça, Perversidade e Futilidade cunhadas por Albert O. Hirschman. Foi possível notar que entidades representativas contrárias à instituição do programa previam o retrocesso em relação a vitórias conquistadas (tese da ameaça), seu efeito contrário (tese da perversidade), ou até mesmo nenhum efeito ou mudança sobre a educação profissional (tese da futilidade). Os argumentos analisados permitiram inferir que tal projeto ainda não se adéqua às demandas da educação profissional, quais sejam, aumento de sua qualidade – no que diz respeito à emancipação do trabalhador, sua formação crítica e não meramente para o trabalho –, aumento da oferta de vagas – sem passar pelo financiamento da iniciativa privada com recursos públicos – entre outras, como infraestrutura e valorização dos profissionais. 18. STAUFFER, Anakeila [email protected] Escola Politécnica de Saúde Joaquim Venâncio – EPSJV/ Fiocruz “Formação dos trabalhadores e conformação de novas formas de sociabilidade: a formação dos trabalhadores técnicos em saúde no Mercosul” Esta comunicação é fruto de pesquisa multicêntrica, coordenada pela EPSJV/Fiocruz, que objetivou identificar e analisar a formação de trabalhadores técnicos em saúde no MERCOSUL (Argentina, Brasil e Uruguai), a fim de subsidiar políticas de organização e fortalecimento de sistemas de saúde, de educação e de cooperação internacional entre estes países, garantindo a comparabilidade dos estudos nacionais, respeitando as especificidades de cada país. O referencial teórico-metodológico, de cunho histórico-dialético, considera a formação destes trabalhadores como uma mediação específica da formação humana na totalidade das relações sociais, captando elementos que possibilitem compreender como e por que, as características quanti-qualitativas dessa formação e seus fundamentos teórico-metodológicos buscam conservar e/ou transformar relações necessárias à conformação psicofísica do trabalhador às formas de produção hegemônicas. Resultados preliminares apontam que, em que pese a conformação histórica particular dos sistemas nacionais de educação e de saúde de cada país, as reformas neoliberais aproximaram as características dessa formação, sobretudo no plano curricular, conformando esses trabalhadores nos moldes das novas formas de sociabilidade exigidas pelo capital. 19. VELHO, Ricardo Scopel [email protected] Instituto Federal Catarinense “Contradição, politecnia e revolução: limites de uma polêmica” O objetivo geral do artigo é apresentar a importância da apreensão do movimento contraditório do capital e a capacidade da classe trabalhadora produzir ação política que se coloque em enfrentamento com a ordem estabelecida, problematizando a questão educacional. Considerando que a relação social determinante é a de exploração do capital sobre o trabalho e, portanto, personificados nas classes antagônicas desse modo de produção, burguesia e proletariado. Se entendermos o desenvolvimento do modo de produção capitalista como a materialidade onde se desenrolam determinadas estratégias políticas das organizações das classes sociais, é preciso também perceber que ao mesmo tempo essas estratégias e sistemas econômicos “modelam” os diferentes processos educativos. Aqui inicia o debate a cerca do papel da escola nessas particularidades e também de seu papel no conjunto da formulação estratégica de cada período histórico. Discutiremos com a concepção de politecnia e a problematizaremos. Sendo assim, será necessária uma análise da realidade brasileira para derivar uma estratégia de revolução particular a nossa formação social e também é necessária uma mesma análise quanto à escola.

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19. VIEIRA, Clarice Barbosa [email protected] Instituto Federal de Brasília (IFB) “A alfabetização de mulheres em situação de vulnerabilidade social no âmbito do Instituto Federal de Brasília (IFB)” Este artigo visa explicitar como ocorre o projeto de extensão "Alfabetização de Mulheres em situação de vulnerabilidade social" executado como projeto pioneiro no âmbito do Instituto Federal de Brasília (IFB). O projeto de alfabetização agrega um conjunto de ações, técnicas e metodológicas transformadoras, desenvolvidas e aplicadas na interação com a população e apropriadas por ela, que representam soluções para inclusão social, geração de oportunidades e melhoria das condições de vida. Tem como objetivo principal a inclusão social de mulheres em situação de vulnerabilidade social, as quais nunca tiveram oportunidade de serem alfabetizadas. As escolas, enquanto instituições abertas à sociedade, devem contribuir para combater a discriminação de gênero, em que as mulheres são as principais vítimas da sociedade brasileira. Dessa forma está em consonância com a missão dos Institutos Federais ao qual se destina a contribuir para a formação cidadã e o desenvolvimento humano. Como instituição de educação pública e comprometida com a justiça social e equidade, o IFB também deve primar pelo atendimento das principais necessidades educacionais da população brasileira. O curso caminha para sua quarta turma e já formou quase cem mulheres no âmbito do Distrito Federal, oferecendo formação inclusiva a mulheres em situação de vulnerabilidade social, melhorando as condições educativas e sociais em que elas e suas famílias vivem.

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|28 de novembro – 9.00hs – Sala K4. UNIOESTE|

SIMPOSIO 5

ENERGÍA Y DISPUTAS TERRITORIALES EN AMÉRICA LATINA Coordenadores: Florencia Puente (CONICET/UNLP); Bruno Fornillo (CONICET/UBA) [email protected]

RESUMO: Las transformaciones recientes en la lógica del “sistema-mundo capitalista”, cuya nota distintiva reside en la agudización de las tensiones que emergen de la multipolarización del poder -particularmente en relación con la descomunal emergencia China-, la crisis del patrón energético basado en los combustible fósiles y la visibilización de profundos riesgos climático-ecológicos, se articula a una escena regional en la que se han instalado -y paulatinamente consolidado- una serie de gobiernos de carácter progresista capaces de exhibir tasas de crecimiento, niveles de inclusión social y apelaciones a la soberanía política mayores que sus antecesores. Empero, la vital apertura a la problematización sobre los contornos de un horizonte “posneoliberal” para América Latina aun convive con dificultades para sortear el tradicional papel dependiente y neocolonial, y obstáculos para desplegar modelos creativos de desarrollo.

La producción, distribución y consumo de energía constituye una de las claves para comprender el nuevo orden geopolítico mundial. En nuestro continente, es preciso prestar suma atención al hecho de que los gobiernos progresistas -y profundamente en el MERCOSUR-, tienen al área de la energía como uno de los pilares de sus respectivos proyectos de país. De este modo hay que verlo claramente para el caso de Venezuela y Ecuador, economías que giran en torno a la extracción del “oro negro”, pero también así hay que vislumbrar las perspectivas de Brasil, cuyos intentos por profundizar su plataforma industrial y proyectarse como un país plenamente desarrollado y al comando de la región no poco se asienta en los recientes descubrimientos de petróleo en las capas pre-sal del mar atlántico, bajo la égida del gigante Petrobras. Más aún: la realidad socioeconómica concreta de Bolivia es inseparable de la exportación de gas a sus vecinos y el mayor hecho político-económico del último tiempo en Argentina, un país que ve declinar peligrosamente sus reservas hidrocarburíferas, ha sido la nacionalización de YPF; hasta Uruguay y Chile tienen a la “cuestión energética” como punto central de su agenda, paradójicamente debido a la ausencia de generación propia sustancial. En este contexto, vale apuntar que no son pocas las tensiones territoriales que han amanecido al calor de los emprendimientos energéticos en el último tiempo, hecho que merece especial atención. En suma, proponemos abocarnos a la investigación de uno de los tópicos más significativos en la hora actual y futura del subcontinente: la geopolítica de la energía.

La idea central de la mesa propuesta consiste en contribuir a la comprensión de la energía en tanto matrices de producción, distribución y consumo, fuentes de integración y autonomía y objetos de acción estatal y disputas territoriales bajo el supuesto de que allí se juega una clave no menor del destino próximo de la región. Por este motivo se esperan trabajos que entre otras cosas -aunque no excluyentes- puedan estudiar las siguientes dimensiones de manera simultánea o parcial: A) Realidad, perspectiva y fuentes alternativas de las matrices energéticas; B) Integración, autonomía regional y geopolítica de los recursos energéticos; C) Estrategias estatales de desarrollo, políticas y “transición” energética D) Sociedad civil y disputas territoriales. Esperamos, entonces, que este espacio se constituya como un marco de discusión desde diferentes marcos disciplinarios y perspectivas políticas.

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RESUMOS: 1. BRITO DA SILVA, Rafaele [email protected] Universidade Estadual da Paraíba “Cooperação Energética na América do Sul: Eletricidade como foco da interação” O presente artigo tem como objetivo descrever a relação bilateral entre Brasil e Paraguai no que concerne a cooperação energética para geração de energia elétrica nos países participantes. Trazendo em seu decorrer detalhes sobre a Usina Itaipu, como resultado concreto da cooperação e meio eficaz para a produção de eletricidade. Além disto, o artigo almeja entender as vantagens da integração no cenário em que o Brasil passava por sua crise energética em 2001, relatando sobre o papel da Usina neste momento e a nova perspectiva do Brasil sobre os aspectos energéticos desde então. Deste modo, a importância do trabalho dar-se por este ser um estudo proposto para entender os acontecimentos, a relação e os resultados da interação entre Brasil e Paraguai, destacando as vantagens e os meios percorridos para que a cooperação torne-se bem sucedida. Contribuindo assim para que sejam construídos meios alternativos para se alcançar integração e autonomia regional. 2. BRÚCULO, Celia Romina [email protected] CONICET-ARRIAL-IDICSO “Recursos naturales, perfiles productivos y movimientos sociales. La Rioja- ATACALAR y las disputas en torno a la actividad minera” La presente propuesta consiste en una aproximación descriptiva de la cuestión minera en la provincia La Rioja (Argentina) y de su proyección en el Comité de Integración ATACALAR (Comité de Integración argentino-chileno) constituido por provincias argentinas: Catamarca, La Rioja, Tucumán, Santiago del Estero, Córdoba y Santa Fe y la tercera región chilena de Atacama, teniendo en cuenta que esta unidad subnacional (La Rioja) advierte la influencia nacional que considera desde hace una década a la minería como política de Estado y la irradiación del Tratado Binacional Minero (Argentina-Chile), entre otros influjos económicos y comerciales.En el caso de La Rioja en particular y en toda la zona de influencia que consideramos en el área de integración argentino-chilena, se intenta poner de relieve las diversas controversias en torno a esta actividad productiva, donde se integran tensiones en las comunidades locales, entre los distintos niveles de gobierno (nacional, provincial, municipal), las relaciones con capitales transnacionales y otros actores. Desde que se instaló nuevamente en la última década ha sido un tema controvertido. Famatina y Chilecito fueron noticia nacional luego de echar en 2007 a la minera Barrick Gold y, a inicios de 2012, por las masivas movilizaciones contra otra empresa minera Osisko. Uno de los movimientos ambientalistas autoconvocados con una fuerte resistencia a la minería hicieron efectivo detener a los proyectos mineros de dos grandes multinacionales: Osisko y Barrick Gold, bajo el lema de “no licencia social”. Las disputas aún persisten y son de diverso orden,por lo que se propone identificar problemáticas sobresalientes en materia de recursos naturales, particularmente efectuar una aproximación al caso del modelo productivo extractivo minero que es un emergente de interés en la sub-región. 3. DE AQUINO, Artur [email protected] Unicamp

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“Pré-Sal e Questão Nacional – Estado e Empresas na alteração do marco regulatório na área de petróleo e gás” A pesquisa aqui exposta no texto decorre de tese de doutorado em andamento, no âmbito do PPGCS/Unicamp. O tema da pesquisa orbita as circunstâncias políticas e econômicas da sanção da lei 12.351/2010, que institui o regime de partilha de produção para as jazidas de petróleo e gás do pré-sal, assim como abre a possibilidade de expandir essa jurisdição para áreas que forem consideradas ‘estratégicas’. Assim, o tema consiste de uma abordagem da alteração do marco legal em seus aspectos histórico-políticos, com atenção para os atores sociais envolvidos no processo de decisão política. Dentro desse tema, o objeto recortado consiste em observar as relações entre Estado e empresas nesse processo. A instituição do regime de partilha para o pré-sal, em substituição ao regime de concessão, vigente desde a lei 9.437/1998, caracteriza um avanço do Estado brasileiro em direção ao recurso mineral, em detrimento às empresas do setor? Uma vez colocada em questão a relação com as empresas de petróleo, a questão nacional e do desenvolvimento emergem. Seria o regime de partilha caudatário de um novo projeto de desenvolvimento? Qual o sentido da intervenção estatal no contexto? 4. DEL PINO, Manuel [email protected] (FCE-UBA); FEITO, Alan [email protected] (FCE-UBA), ZICARÍ, Julián [email protected] (FCE-UBA) “El litio en Argentina: procesos, oportunidades y peligros” El trabajo que proponemos es analizar las diversas aristas que despierta y virtualmente podrá despertar la explotación el litio como recurso estratégico en la Argentina. Intentando abordar sus características y las diversas etapas de su trayecto: tipos de explotación, derivados y procesamientos, como así la ubicación de sus recursos en nuestro país y los virtuales problemas que podría conllevar esto al ecosistema y a las comunidades indígenas que circundan dichas áreas. 5. ESTRADA, Victoria [email protected] Universidad Nacional de La Rioja “Análisis geopolítico-prospectivo de la Antártida, reclamos de soberanía de Argentina, Chile y Gran Bretaña” La presente investigación asume un abordaje desde la mirada de las Relaciones Internacionales acerca de un continente colmado de peculiaridades: la Antártida. El mismo se encuentra actualmente regulado bajo el Tratado Antártico de 1959. Si bien dicho territorio se reserva como un continente de paz, prohibiéndose de esta manera cualquier tipo de medida de carácter militar, y permitiéndose la libertad de investigación científica, es evidente la tensión que emana de las pretensiones divergentes de los países de Argentina, Chile y Reino Unido de Gran Bretaña respecto a la titularidad de la soberanía y la potencialidad de explotación de recursos naturales en la región. Desde un análisis geopolítico-estratégico y de políticas comparadas, se profundizarán las diversas posturas y reclamos de los países antes mencionados, como así también sus fortalezas y debilidades, teniendo en cuenta las asperezas existentes entre Argentina y Gran Bretaña en razón de su ya conocida disputa por la soberanía de las Islas Malvinas. Para comprender la relevancia del tema en la Sociedad Internacional, será también necesario indagar y analizar las prácticas discursivas de los países involucrados, plasmados en la política exterior de cada uno de ellos. Asimismo, es oportuno realizar una revisión del Tratado Antártico, contextualizando sus orígenes e implicancias, en tanto el mismo entra en vigor en plena época de Guerra Fría. 6. FERRANTE, Sandra Bettina

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[email protected] Universidad Pablo de Olavide (España) “Hidrocarburos no convencionales en Argentina, ¿la clave para el autoabastecimiento energético está en Vaca Muerta?” La extracción de hidrocarburos no convencionales (HCNC) se expande en América Latina como alternativa energética para sostener el crecimiento económico. Al mismo tiempo, es considerada como posible solución a los problemas de déficit en balanza comercial energética y de pérdida de autoabastecimiento en ese rubro. La viabilidad del fracking, generalmente fundada en su alta rentabilidad monetaria, no necesariamente es equivalente en términos de disponibilidad energética neta. En este trabajo se propone reflexionar sobre el potencial de la extracción de HCNC en la provincia de Neuquén, para contribuir a que Argentina alcance el autoabastecimiento energético, desde la perspectiva de la economía ecológica. Para cumplir con ese objetivo: i) se estudian los principales flujos biofísicos (focalizando en el binomio agua y energía) asociados con la fractura hidráulica en Vaca Muerta, ii) se estima el retorno energético para el reservorio mencionado iii) se evalúan los requerimientos de combustible fósil para el abastecimiento a escala nacional. Este trabajo es parte de una investigación en curso e implica un avance en el abordaje de la problemática del fracking desde la perspectiva interdisciplinar de la economía ecológica y en relación con las implicancias de tal actividad en Latinoamérica. 7. FORNILLO, Bruno [email protected] Universidad de Buenos Aires -IEALC-CONICET Matriz energética básica y fuentes renovables en Argentina y Brasil Repasamos el lugar de las energías renovables en la matriz energética general de Argentina y Brasil, así como la potencialidad que contienen. Asimismo, caracterizamos la política de Estado, y de otros actores significativos, a la luz de las proyecciones energéticas futuras. La hipótesis central es que en los últimos años, a pesar de haber intentado diversificar la matriz primaria de producción, ninguno de los dos países sudamericanos ha incorporado decisivamente lineamientos propios de una “transición energética”, esto es, el pasaje hacia sociedades energéticamente autosostenibles. Debido a ello, postulamos, es preciso asumir una transformación profunda acerca de la forma en cómo se concibe la energía en la región. 8. GARCÍA CARMONA, Rafael [email protected] (Assistente Social - Mestrando do Programa de Pós Graduação em Ciências Sociais Aplicadas da Universidade Estadual de Ponta Grossa – UEPG); SCHIMANSKI, Edina [email protected] (PhD em Educação - Universidade de Londres. Professora Adjunta do Departamento de Serviço Social e do Programa de Pós Graduação em Ciências Sociais Aplicadas – UEPG) “Meio ambiente, gênero e construção de hidrelétricas: um olhar sobre a vida das mulheres remanejadas” Este trabalho discute sobre os impactos socioambientais gerados pela construção de usinas hidrelétricas na história das famílias remanejadas, sobretudo na vida das mulheres. Tem como referência revisão de literatura sobre meio ambiente, gênero e construção de hidrelétricas de pesquisa em andamento sobre a temática no Estado do Paraná – Sul do Brasil. O foco principal situa-se na reflexão teórica sobre a dimensão em que tais impactos atingem as mulheres e alteram de modo significativo a dinâmica familiar e pessoal a partir do processo de remanejamento populacional compulsório. Deste modo, são destacados os aspectos relacionados aos apelos econômicos e sociais da construção de hidrelétricas, os quais estão fundamentados no discurso de desenvolvimento econômico e social. Assim, a compreensão do

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impacto socioambiental do remanejamento populacional com recorte de gênero, deve levar em consideração o modo de produção e reprodução da vida social. É ainda, no contexto de desigualdade de gênero e contradições próprias da sociedade capitalista que o lugar da mulher se constitui a partir de uma vulnerabilidade social que é potencializada com a construção de hidrelétricas dado ao vinculo existente com o espaço vivido bem como o modo de vida. 9. GOMEZ FLORENTÍN, Carlos [email protected] Stony Brook University, Departamento de Historia, doctorando. “La triple frontera como un espacio energético compartido (1950-2000)” Este trabajo revisa el espacio de la triple frontera en perspectiva histórica como un espacio energético fluido y cambiante. Desde la era de la madera a mediados del siglo veinte hasta la emergencia de la represa de Itaipú en la región en la década de 1970, el Alto Paraná ha sido un espacio fluido de transición de regímenes energéticos. El artículo revisa los cambios ocurridos en la región con el objetivo de revisar la geopolítica de la energía de la región en tres momentos diferentes: 1) durante una era temprana de explotación de madera y conflictos fronterizos (1950-1970); 2)durante la era de Itaipú y las dictaduras militares regionales (1970-1990); y 3) durante la era de la transición democrática y la creación del Mercosur, enfatizando el legado del manejo compartido de las aguas del río Paraná entre los gobiernos de Argentina, Brasil y Paraguay y las resultantes políticas energéticas provenientes de los mismos acuerdos tripartitos firmados a partir de Itaipú (1990 en adelante). Se parte de la necesidad de revisar procesos políticos desde una perspectiva energética. Para esto se utiliza, problematización mediante, el concepto de “régimen energético” utilizado entre otros por autores como Richard White, John McNeill y Joachim Radkau. El énfasis combina una apreciación política mediada por una interpretación ambiental de las transformaciones ocurridas en la región. El argumento sobre el cual se plantea la lectura de las transformaciones de la región del Alto Paraná se basa en la idea de que la circulación de la energía hidroeléctrica producida por las represas ubicadas sobre el río Paraná (Itaipú fundamentalmente pero también Yacyretá) otorgó mayor flexibilidad a las negociaciones sobre los espacios compartidos en la región. Así se puso punto final a disputas territoriales tradicionales, si bien se proyectaron los conflictos sobre la repartición de la energía (móvil). De esta manera, el efecto directo de la geopolítica regional se proyectó sobre todo el Cono Sur. 10. LOPEZ FAGGIANO, Daniel [email protected] Mestre em Ciências Sociais pela Pontifícia Universidade Catolica (PUC- SP); SILVA DOS SANTOS, Elaine Cristina [email protected] Socióloga, mestre em Energia (UFABC) e doutoranda em Ciências Sociais na Universidade de Coimbra (UC/PT); Mallet Guy Guerra, Sinclair [email protected] (Prof. Dr. do Curso de Pós Graduação em Energia UFABC) “Integração energética sul americana: rumos e percalços na particularidade de integração de infra estrutura regional sul americana (IIRSA)” O presente texto foi elaborado no intuito de um empreendimento maior, cuja pretensão é analisar as relações de dependência entre os países da América do Sul e os centros hegemônicos de poder. Desta forma será feito um recorte de um contexto cujo escopo é demonstrado na constituição das políticas brasileiras relacionadas à energia a partir da década de 90. Se na América do Sul há o IIRSA, no Brasil há o Programa de Aceleração do Crescimento (PAC); perpassa por ambos o objetivo de integrar fluxos de capitais à região Amazônica. No desenvolvimento de nosso capitalismo atrófico a integração física e energética incide antes mesmo de uma eventual consolidação econômico-político. Como o crescimento quantitativo de nosso potencial energético repercute qualitativamente na sociedade brasileira? Este trabalho tem como base, uma analise imanente, ou seja, acompanhar criticamente, por meio

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de leitura e interpretação, não apenas os documentos já produzidos acerca desta proposta de integração, mas também depoimentos das populações diretamente afetadas. O objetivo é entender o sentido desta ação integracionista, sua proposta resolutiva, considerando como a correlação de forças e interesses políticos interferem na integração latino-americana buscando as características deste processo e as potencialidades que isto representa para os povos presentes nessa região. 11. MALLET GUY GUERRA, Sinclair, [email protected] Professor/pesquisador no PGENE/CECS/UFABC. “A industria de energía e o desenvolvimento socioeconómico nos países de América do Sul” Diante do cenário energético de instabilidade de preços e degradação ambiental, ocasionados principalmente pela dependência de combustíveis fósseis, verifica-se a necessidade de ações capazes de promover o desenvolvimento de alternativas energéticas econômica e ambientalmente viáveis. As discussões no âmbito energético sempre foram mais voltadas ao petróleo principalmente do Oriente Médio, contudo, as descobertas de novas reservas, o desenvolvimento de tecnologias renováveis, bem como a exploração de fontes não convencionais, passam a apresentar novos atores, diminuindo o poder de barganha de alguns e aumentando de outros. O fato é que os países precisam formular políticas públicas para desenvolvimento e expansão para enfrentar os desafios do novo cenário energético e de uma nova geopolítica energética, superando, por exemplo, as limitações de infraestrutura ou qualificação de mão de obra, envolvendo agentes e empresas de segmentos diversos, o que estimula capacitação, inovação e desenvolvimento tecnológico, investimentos, geração de emprego, renda e crescimento econômico. Este trabalho pretende apresentar as principais discussões em torno das políticas públicas da indústria de energia e suas possíveis consequências no desenvolvimento socioeconômico nos países da América do Sul. 12. PARDO MONTENEGRO, Liliana, [email protected] CONICET-UBA-IEALC “La alianza de multinacionales minero-energéticas y el paramilitarismo en Colombia. Análisis del periodo (2002-2010)” Durante los dos periodos de gobierno del expresidente Álvaro Uribe Vélez en Colombia, se ejecutaron los planes de desarrollo Hacia un Estado Comunitario (2002-2006) y Estado Comunitario: Desarrollo Para Todos (2006-2010), en los cuales se establecieron como ejes principales la política de Defensa y Seguridad Democrática y una política económica de Crecimiento Alto y Sostenido, más conocida como política de Confianza Inversionista. La apuesta del gobierno fue acabar por la vía militar un conflicto armado interno para garantizar una seguridad interior que permitiera la inversión extranjera, sosteniendo que la inversión privada resolvería los problemas sociales del país. Las múltiples relaciones del expresidente Uribe con bloques paramilitares y con la economía transnacional del narcotráfico, hacen de la ejecución de su gobierno un resultado de violaciones a los derechos humanos de la población colombiana, ocasionando desplazamientos forzados, desapariciones y seguimiento y asesinatos selectivos de líderes sociales. La violencia paramilitar en colaboración con la fuerza pública colombiana y la financiación de las multinacionales mineras y energéticas son el trasfondo que se quiere presentar con la delimitación de este periodo de estudio de la historia social y política de Colombia. 13. SLIPAK, Ariel M., [email protected]

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Licenciado en Economía (UBA). Doctorando en Ciencias Sociales por la Universidad Nacional de General Sarmiento (UNGS) y el Instituto para el Desarrollo Económico y Social (IDES). Docente del Ciclo Básico Común de la Universidad de Buenos Aires (CBC-UBA). “Implicancias para el debate sobre la matriz energética de Argentina de sus vínculos crecientes con China” Uno de los elementos salientes de las transformaciones de las últimas décadas ha resultado la creciente relevancia de la República Popular de China de como potencia económica, financiera, política y militar en el planeta. Transcurrido el primer decenio del siglo XXI el país oriental se ha consolidado como la segunda economía del planeta (conmensurando su PBI a precios corrientes) y el primer productor mundial de manufacturas, especializándose productos con alto contenido tecnológico. En el plano financiero, se trata del primer tenedor de reservas internacionales del planeta, quinto emisor global de flujos de IED y principal acreedor del Tesoro de EE.UU. Desde el punto de vista militar y su capacidad de influencia política, este país detenta un asiento permanente en el Consejo de Seguridad de las Naciones Unidas y posee el segundo presupuesto militar del planeta. Más allá de la persistencia de problemáticas socio-económicas similares a los de algunos países de la periferia, no se puede negar el rol global de China como una "gran potencia". El crecimiento del ingreso promedio de la población, las demandas de insumos del sector industrial y una acelerada urbanización han derivado en que hacia inicios del siglo XXI la demanda de energía, alimentos y minerales se haya incrementado de manera exponencial. Por ello, desde aquel entonces China considera el aseguramiento de éstos productos básicos como una política de estado. Este país -a través de empresas de capital estatal- despliega políticas muy particulares de desembarco de inversiones en proyectos primario-extractivos y desarrollo de infraestructura en África y América Latina, con importantes implicancias en materia de desarrollo económico y social para ambas regiones. En cuanto a los vínculos sino-latinoamericanos, además de las crecientes relaciones comerciales desde la década de 1990, luego de la publicación del denominado "libro blanco de las relaciones de China hacia América Latina" en 2008, comienza el desembarco de un importante flujo de IED proveniente del país oriental a la región, dirigida a los proyectos del tipo mencionado y al desarrollo de infraestructura vinculada. Existen varios análisis sobre los vínculos comerciales y el desembarco de los flujos de IED que tratan problemáticas como la recreación de viejas relaciones centro-periféricas expuestas por los teóricos dependentistas o discuten la problemática de la tendencia a la reprimarización de las economías de la región. Además de estas consecuencias un interesante análisis de Maristella Svampa (2013) expone que el alza de los precios de los productos básicos ha recreado en la región una perspectiva de que la expansión de los grandes proyectos primario-extractivos pareciera resultar el sendero único hacia un camino ineludible hacia el desarrollo. Esta perspectiva la poseen gobiernos confiados en una inserción comercial internacional tradicional exportadora de materias primas, pero también aquellos que encuentran en la expansión de estas actividades la posibilidad de transferencia de recursos a la industria o el despliegue de políticas sociales inclusivas de sectores amplios de la población. En pos del aseguramiento de los recursos estratégicos, China despliega en la región una estrategia de negociación bilateral, presentándose como un país simétrico y exponiendo que tratándose de dos países "emergentes" quienes negocian existe la posibilidad de relaciones de "mutuo beneficio" o "ganar-ganar". En el marco teórico de este artículo esto es tomado como un discurso que en lo fáctico no acontece (Bolinaga y Slipak, 2014). Teniendo en cuenta el marco teórico explicitado, en este trabajo analizaremos puntualmente el despliegue de inversiones de de firmas de la República Popular de China, desembolsos de préstamos, acuerdos bilaterales, memorandums de entendimiento y algunos aspectos comerciales en materia energética y analizaremos sus impactos en el debate sobre la configuración de la matriz energética argentina y aristas sobre el desarrollo económico.

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14. TEIXEIRA JEBAI, Gihan [email protected] Mestranda do Programa de Pós-graduação em Ciências Ambientais da Universidade Estadual do Oeste do Paraná – UNIOESTE “Energias renováveis na América Latina e Caribe: desafios e oportunidades” O crescimento da população e a melhoria da qualidade de vida na América Latina e Caribe (ALC) requererão da região significativos incrementos na produção e oferta de energia. Baseado em uma pesquisa exploratória, o artigo busca elencar os fatores que estimulam os países da ALC a investirem em fontes alternativas de energia, assumindo-as como estratégia importante, e muitas vezes prioritária, de incremento das suas matrizes energéticas nacionais. Para tanto, são apresentados os principais desafios e oportunidades de tal incorporação, traçando-se uma análise dos benefícios e potencialidades deste novo modelo de produção energética. 15. TEIXEIRA PHILLIPS, Juan Carlos [email protected] (UFRRJ); Gomez de Carvalho, Joyce [email protected] (UFRRJ); Azevedo Magalhães, Gabriel [email protected] (UFRRJ) “BNDES: perspectivas e contradiçoes dentro dos procesos de desenvolvimento nacional” O BNDES ao longo dos últimos 25 anos vem ganhando protagonismo tanto no contexto nacional quanto no internacional, a relevância deste é tamanha que, empréstimos do banco superaram em 2010 aos do Banco Mundial. Mediante este Banco, criado para fomentar o “desenvolvimento nacional” e na sua interação com os principais atores que circulam nele, podemos posicionar nosso foco de análise. Os processos decisórios dentro do Banco tem impactos nas perspectivas sócio-econômicas como no plano territorial, dentro e fora do país, veja a expansão de empresas financiadas por esta instituição, principalmente na américa do sul e no continente africano. A relação entre Estado, Capital, empresariado brasileiro e movimentos sociais entram em duros embates para direcionar Capital Estatal e materializar projetos relativos ao desenvolvimento. Resultado destes projetos, podemos observar os discursos retóricos e teóricos que legitimam o modo de agir da família “benedense” e simultaneamente quais são os impactos para minorias retentoras de privilégios, quanto grupos/movimentos sociais que se usam do banco para expandir suas perspectivas como classe, as articulações do capital internacional, e ao mesmo tempo, quais os retrocessos que os projetos de “desenvolvimento” do BNDES tem embutidos em si mesmos. 16. VELOSO FRANCISCO, Patricia, [email protected] Economista, Mestre em Energia pelo PGENE/CECS/UFABC. “A industria de energía e o desenvolvimento socioeconómico nos países de América do Sul” Diante do cenário energético de instabilidade de preços e degradação ambiental, ocasionados principalmente pela dependência de combustíveis fósseis, verifica-se a necessidade de ações capazes de promover o desenvolvimento de alternativas energéticas econômica e ambientalmente viáveis. As discussões no âmbito energético sempre foram mais voltadas ao petróleo principalmente do Oriente Médio, contudo, as descobertas de novas reservas, o desenvolvimento de tecnologias renováveis, bem como a exploração de fontes não convencionais, passam a apresentar novos atores, diminuindo o poder de barganha de alguns e aumentando de outros. O fato é que os países precisam formular políticas públicas para desenvolvimento e expansão para enfrentar os desafios do novo cenário energético e de uma nova geopolítica energética, superando, por exemplo, as limitações de infraestrutura ou qualificação de mão de obra, envolvendo agentes e empresas de segmentos diversos, o que

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estimula capacitação, inovação e desenvolvimento tecnológico, investimentos, geração de emprego, renda e crescimento econômico. Este trabalho pretende apresentar as principais discussões em torno das políticas públicas da indústria de energia e suas possíveis consequências no desenvolvimento socioeconômico nos países da América do Sul.

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|28 de novembro – 9.00hs – Sala D3. UNIOESTE|

SIMPOSIO 6

MOVIMIENTO OBRERO E IZQUIERDA EN AMÉRICA LATINA: EXPERIENCIAS DE ORGANIZACIÓN Y LUCHA EN EL SIGLO XX

Coordenadores: Hernán Camarero (CONICET/Universidad de Buenos Aires) [email protected]; Diego Ceruso (Universidad de Buenos Aires) [email protected]; Claudia Santa Cruz (Universidad de Buenos Aires) [email protected]

RESUMO: El movimiento obrero ha sido un protagonista fundamental en la historia social y política de América Latina a lo largo del siglo XX. Como aporte a una mayor profundización del conocimiento acerca de la estructura y dinámica de este actor, en este simposio nos proponemos examinar el complejo vínculo tejido entre los trabajadores y las corrientes de izquierda, en el triple plano de la lucha, la organización y la representación ideológico-política.

Son numerosos los partidos, corrientes y grupos políticos latinoamericanos que propiciaron una indagación y una intervención específica dentro del mundo laboral. Esta relación, mayormente aunque no exclusivamente desempeñada a través de las organizaciones sindicales, constituyó un elemento relevante en la historia del subcontinente. Pretendemos recibir trabajos que prioricen el estudio de los programas, estrategias y prácticas concretas de las diversas representaciones políticas en relación al movimiento obrero con la intención de favorecer la discusión de nuevos planteos, abordajes y problemáticas, a partir de relevamientos de fuentes primarias anteriormente poco conocidas o consultadas. Esto se complementa con la intención de ahondar las investigaciones sobre los objetivos, actores involucrados y coyunturas (nos referimos a estructuras económicas, políticas y sociales) en cada uno de los procesos que se encaren en la discusión del simposio.

Es indudable que la temática propuesta se entrelaza con nudos conceptuales (y empíricos) que no deben obviarse. Existe una relación entre el eje del simposio y la dinámica que se desenvuelve con el Estado y, también, con el Capital. Ambos elementos no deben escindirse para abarcar de manera satisfactoria la dinámica del movimiento obrero y la izquierda a través del siglo XX latinoamericano.

Además, incentivamos la presentación de trabajos que aborden experiencias en clave comparativa o que investiguen instancias regionales que trasvasen el estricto orden nacional con la intención de fomentar una mirada de integración desde la perspectiva de la lucha y la experiencia organizativa.

En definitiva, el simposio propone reunir trabajos que analicen la relación entre movimiento obrero y la izquierda con la intención de dar cuenta de los complejos escenarios locales, nacionales y transnacionales y profundizar el debate sobre la dinámica histórica latinoamericana.

Atividades complementares: Presentación del n° 5 de la revista “Archivos de historia del movimiento obrero y la izquierda”.

RESUMOS

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1. BASTOS, André Luiz, [email protected] Aluno Especial do Programa de Pós-Graduação Mestrado em História Universidade Estadual de Feira de Santana – UEFS “Nào há fronteiras para os que exploram, não deve haver para os que lutam”: o movimiento comerciários em luta em feira de Santana” Identificado como oposição sindical da base dos trabalhadores do comércio de Feira de Santana, o Movimento Comerciários em Luta ascendera em fins de 1986 na cidade, apresentando-se como alternativa reivindicatória frente à perspectiva oficial da ação sindical dos empregados do comércio, seus membros emergidos de segmentos de esquerda como: partidos políticos, organismos pastorais da Igreja Católica e associações de moradores trabalhavam na base dos comerciários, militantes passavam para o movimento a perspectiva de construir um sindicalismo autônomo, democrático e livre do controle do Estado e seus representantes. Constituir uma análise em torno da perspectiva sindical disseminada pelo movimento e seus referenciais que convergem com o ideário de um sindicalismo reivindicatório e a natureza histórica que possibilitou esse desdobramento é em princípio objetivo dessa pesquisa. 2. BELKIN, Alejandro, [email protected] Universidad de Buenos Aires, Facultad de Filosofía y Letras. “Las estrategias políticas de socialistas, anarquistas y sindicalistas ante la huelga general de enero de 1907” En esta ponencia abordaremos la huelga general que tuvo lugar en Argentina en enero de 1907. Examinaremos las estrategias políticas que desarrollaron las principales corrientes obreras y los balances políticos que realizaron sobre este conflicto de inmensas proporciones. La disputa se originó en la ciudad de Rosario, cuando el Concejo Deliberante de aquella ciudad impuso a los carreros la obligación de tramitar una libreta de buena conducta para realizar sus actividades laborales. La disposición incluía el registro de las huellas digitales, cuestión que era considerada una humillación por parte de los trabajadores. La huelga iniciada en el gremio del rodado se extendió rápidamente a otras actividades en la ciudad de Rosario. Ante la intransigencia de las autoridades, la paralización de actividades pronto se transformó en una huelga general. La confrontación social asumió proporciones inmensas, cuando la FORA y la UGT, de manera conjunta, decidieron adherir y convocaron a la huelga general. La estrecha colaboración entren anarquistas y sindicalistas constituyó una de las particularidades de este conflicto. El gobierno movilizó una gran cantidad de tropas a la ciudad santafesina para amedrentar a los huelguistas. Esta gran conflagración social permite examinar sobre el terreno las diferentes estrategias políticas de las principales corrientes obreras. Nos proponemos analizar su desempeño en este conflicto, las tácticas utilizadas y los balances políticos realizados una vez finalizada la huelga general. 3. CAMARERO, Hernán, [email protected] CONICET / UBA “Los primeros pasos de la derrota: represión política, frente popular y pérdida de influencia del Partido Comunista argentino en el movimiento obrero durante los prolegómenos del peronismo, 1943-1945”

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Tras dos décadas de creciente inserción del Partido Comunista en el movimiento obrero argentino, sobre todo, en el sector industrial, a partir del golpe del 4 de junio de 1943 y desde que el coronel Juan D. Perón impulsara la Secretaría de Trabajo y Previsión, se fue experimentando un progresivo declive de la influencia comunista en los ámbitos laborales. Desde el régimen militar, Perón tendió a disolver los sectores sindicales ligados al PC y a apoyar las medidas de represión sobre dicho partido, al tiempo que iba enhebrando relaciones con diversas conducciones gremiales, con el fin de articular una nueva estructura afín a sus posiciones; allí donde el PC controlaba la organización gremial, no dudó en alentar la fundación de “sindicatos paralelos”, en pos de incrementar su base de apoyo en el movimiento obrero y de provocar una competencia a la presencia comunista. Perón y su grupo fueron señalados por el PC como el enemigo principal, en una lectura de la realidad que resultó incapaz de advertir la compleja trama de realidades y expectativas que comenzaban a tejerse en torno al vínculo entre ese militar y los trabajadores. En buena medida, ello se debía a la estrategia de compromiso con las expresiones de la “burguesía democrática” que el PC levantaba desde 1935 con la aplicación de su línea frentepopulista. El objetivo de esta ponencia es examinar el momento primero de este ciclo, el ubicado entre junio de 1943 y la movilización del 17 de octubre de 1945, procurando encontrar algunas pistas para el análisis de un proceso caracterizado por el éxito del peronismo en ganar la adhesión obrera y la derrota del PC por impedir este intento. 4. CERUSO, Diego, [email protected] UBA “El Partido Socialista argentino y su desempeño en el sindicalismo industrial en los años treinta. El caso de la Unión Obrera Textil, 1930-1943”. El objetivo de la ponencia es aportar a un mejor conocimiento de la trayectoria del Partido Socialista (PS) en la Argentina en su vinculación específica con el gremialismo en el sector industrial. En particular, ahondaremos en el caso del gremio textil, uno de los más importantes de la época por su magnitud e incidencia en el movimiento obrero. Nos proponemos cuatro objetivos específicos. Primero, reconstruir la estrategia sindical que desplegó el PS en la Unión Obrera Textil durante el período 1930-1943. Segundo, analizar el recurrente divorcio programático, y en la praxis, entre la estructura partidaria, las dirigencias gremiales identificadas con el socialismo. Tercero, mensurar la influencia concreta del PS entre los trabajadores fabriles textiles procurando distinguir las tácticas particulares y las trayectorias personales destacadas en ese plano. Por último, indagar la relación que el socialismo entabló con las otras corrientes ideológicas con presencia en el gremio como fueron el comunismo, el sindicalismo y, muy minoritariamente, el anarquismo. La relevancia de la propuesta anida en revisar el recorrido de un partido que construyó un apreciable espacio político, social y cultural emparentado a los trabajadores imbricándola con la historia del movimiento obrero en su faz sindical, actor que escaló posiciones en los años treinta y se convirtió en decisivo en la segunda mitad del siglo XX. 5. DE OLIVEIRA, Eder Renato, [email protected] UNESP (Universidade Estadual Paulista “Júlio de Mesquita Filho”). “El papel del Partido Comunista Brasileño (PCB) después de la Segunda Guerra Mundial (1945-1950)” El (PCB) fue fundado en 1922 en Niterói - RJ. Surge por necesidades y nuevas contradicciones entre el capital y el trabajo a princípios del siglo XX en Brasil. El PCB se encargó de legar una nueva cultura política y la innovación como el primer y más importante partido de "nuevo

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tipo", o incluso como decía Gramsci - el "príncipe moderno", es decir, el primer partido con la capacidad de organización de la clase obrera, de hecho. En ilegalidad casi total entre 1922 y 1945, el PCB fue casi aniquilado por el Estado Nuevo (1937-45) de Getúlio Vargas. Con el advenimiento de la Segunda Guerra Mundial y las nuevas situaciones en las relaciones internacionales que provocan el derrocamiento de Vargas (1945), el PCB tendrá un gran papel en la política brasileña. Hecho clave a considerar es la categoría analítica de la revolución brasileña que se convierte en el proyecto político del PCB a lo largo de la llamada "experiencia democrática" (1945-1964). En 1947, el PCB es ya el partido comunista más grande de Latino-América con cerca de 200 mil miembros. El partido es registrado ante las Cortes Electorales y tiene por ejemplo como parlamentario, su líder histórico Luís Carlos Prestes. En el mismo año se pone en la ilegalidad y es perseguido cómo una organización subversiva. En este contexto se lanzan la Declaración de enero (1948) y el Manifiesto de agosto (1950) que son documentos que definen la noción de revolución brasileña, reorientación teórica que guían el partido a las nuevas prácticas políticas – la guerrilla y el sectarismo. 6. KOPMANN, Walter, [email protected] UBA “Todos juntos y al mismo tiempo. Lucha política y formas de organización del movimiento obrero argentino: el caso de Electromecánica Argentina (1969-1975)” La presente ponencia es parte de una investigación aún en curso sobre la lucha política del movimiento obrero argentino entre los años 1969 y 1975. La emergencia del Cordobazo, en mayo de 1969, vislumbró el horizonte mayor de una organización histórica independiente de la clase obrera, perspectiva que reforzó el protagonismo creciente del movimiento de trabajadores al compás de la agudización de la crisis nacional. En este marco, la lucha por reivindicaciones económicas y políticas se hizo presente dentro de un amplio conjunto de lugares de trabajo en torno a los cuales se generó, en el tramo final del ciclo, la experiencia de las coordinadoras interfabriles de 1975. Asimismo, el avance de direcciones combativas, antiburocráticas y clasistas prefiguró los contornos de una vanguardia obrera revolucionaria: los obreros industriales de los destacamentos fabriles como el núcleo políticamente más avanzado de una clase. En pos de ganar en profundidad, se propone tomar como estudio de caso la fábrica Electromecánica Argentina (EMA), sita en la zona norte del Gran Buenos Aires y dirigida entre 1973 y 1975 por la izquierda revolucionaria, Política Obrera (PO). Así, se buscará ahondar en aquellos elementos que den cuenta de las distintas formas de organización de los trabajadores, tanto en términos políticos y sindicales como dentro del propio proceso laboral, indagando sobre las premisas y tareas presentes en las caracterizaciones y planteos políticos así como también sobre las limitaciones y desenlaces en el vínculo trabajadores-izquierdas. 7. LISSANDRELLO, Guido, [email protected] Instituto de Investigaciones Gino Germani – Conicet “La izquierda y el movimiento obrero en los ’70: La construcción del frente sindical del Partido Comunista Revolucionario (PCR)” El objetivo del presente trabajo es discutir con dos supuestos que, implícita o explícitamente, dominan la historiografía sobre la izquierda en los años ’70: que se desarrolló exclusivamente estrategias orientadas a la construcción de aparatos militares, y que las organizaciones revolucionarias no tuvieron inserción de masas. A tal fin, tomamos como observable al Partido Comunista Revolucionario (PCR), partido que surgió de una ruptura del Partido Comunista Argentino (PCA) en discusión tanto con el “pacifismo” y “gradualismo” de este, como con aquellas organizaciones que apostaron a la construcción y puesta en acción de frentes

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militares. En oposición a ambas propuestas, el PCR aposto a una estrategia de tipo insurreccionalista que tuvo como eje privilegiado el desarrollo del frente sindical. Recurriendo a documentos internos, publicaciones periódicas y testimonios orales, reconstruimos los lineamientos generales con los cuales el PCR construyó las Agrupaciones Primero de Mayo para dar una disputa política en el interior de los sindicatos. Asimismo, realizamos un primer acercamiento a su puesta en práctica, reconstruyendo las primeras acciones del PCR en este plano. 8. MENDONCA CONTI, Natalia, [email protected] Mestranda– UFF “O lugar da mulher no sindicato: o I Congresso da mulher metalúrgica (ABC Paulista) e os embates acerca da questão de gênero e luta política” O presente trabalho se situa no período entre 1977 e 1980, no ABC paulista, quando são travadas as lutas econômicas e políticas na classe operária, seja por direitos como pelo fim da ditadura civil-militar. No fervilhar dessas movimentações, as mulheres da classe trabalhadora e das metalúrgicas se destacam por reivindicações e questões particulares. Sendo sua auto-organização mediada por um espaço hegemonizado por uma política masculina, o sindicato, as metalúrgicas do ABC tinham restringida sua atuação nessa entidade. O I Congresso da Mulher Metalúrgica, datada de 1978 em São Bernardo do Campo. Sua contribuição consiste no aporte para uma discussão pouco abordada nas Ciências Sociais no Brasil, qual seja, a intersecção entre as temáticas de gênero e organização política nos sindicatos, privilegiando a abordagem de fontes ainda pouco trabalhadas sob a perspectiva do tema. 9. MENOTTI, Paulo [email protected] (UNR/UBA) (UNR/ISHIR); OLIVA, Antonio [email protected] (UNR/UBA) (UNR/ISHIR) “No somos carne de cañón”. La lucha de los trabajadores ferroviarios del Central Argentino y papel del movimiento obrero en el conflicto (1917-18)” En los años de la Primera Guerra Mundial, el modelo agroexportador argentino se resintió y mostró signos de una profunda recesión, la que derivó en el alza de los índices de desocupación y precarización laboral. Entre los sectores estratégicos estrechamente vinculados al funcionamiento del modelo con dificultades para la reinversión de capital se encontraban las empresas ferrocarrileras. A mediados de 1917 (año en que comienza la recuperación económica) los obreros descalificados y mal remunerados de los astilleros y talleres de la empresa Central-Argentino de capital británico con centro en Rosario y Pérez, comenzaron un conflicto por el mantenimiento de los puestos de trabajo y contra la disminución de los días laborales que, a la postre derivó en nuevas reivindicaciones, lo que significó la paralización temporal de la empresa y una disputa en el seno del movimiento obrero por terciar en la representación gremial y política de dichos trabajadores que intentaban salir de una fase meramente defensiva. El trabajo intenta reflexionar sobre la composición de clase de los trabajadores en conflicto, el ciclo de alzas y bajas de la lucha y las líneas político-gremiales que intervinieron en la misma. 10. MOLINARO, Leandro, [email protected] UBA “Paso a paso, se viene el chingolazo”. Un análisis de la lucha de los obreros de la planta Volkswagen de Monte Chingolo en el ocaso de la última dictadura militar”

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Tras la derrota argentina en la las Islas Malvinas se inició una fuerte presión de los trabajadores de base de algunas sectores económicos, principalmente, por mejorar sus condiciones salariales y por el restablecimiento de convenios laborales y organizaciones de base ilegalizados por la última dictadura militar. Para este escrito nos detenemos en la lucha llevada a cabo por los obreros de la planta de Volkswagen de Monte Chingolo en el conurbano bonaerense entre finales de 1982 y comienzos de 1983. Proponemos un estudio de las medidas de fuerza realizadas por los operarios de esta empresa automotriz cuyas demandas se centraron en aumentos de los viáticos y salarios y el reconocimiento de delegados elegidos democráticamente en la secciones de la planta. El conflicto enfrentó al cuerpo de delgados de la planta con la patronal y el gobierno militar. También participaron agrupaciones sindicales del SMATA que pugnaban por el control del sindicato intervenido por el Estado, y el Partido Obrero, el cual contaba con activistas sindicales al interior de la empresa. En esta ponencia brindamos un análisis del desarrollo de este conflicto centrándonos en las estrategias de los diferentes sujetos sociales involucrados directa e indirectamente, y las continuidades y rupturas existentes con respecto a las luchas llevadas en los años previos. 11. MONSERRAT, María Alejandra [email protected] Facultad de Ciencia Política y RRII- Universidad Nacional de Rosario “Sindicalismo Revolucionario, trabajadores y política en la Argentina de los años veinte” En la Argentina, la década del veinte constituye una etapa de gran importancia para la historia de los trabajadores, en tanto allí se comenzaron a definir prácticas sindicales, formas de vinculación entre el Estado – movimiento obrero – empresarios -, que se consolidaran en los años treinta. En este contexto el Sindicalismo Revolucionario adquirió un gran protagonismo, en cuanto a su presencia y liderazgo en los conflictos obreros de la época. Distintas argumentaciones académicas se han elaborado en los últimos años, en función de dar cuenta de este proceso que caracterizó a la Argentina pre-peronista. Entre ellas nos interesa mencionar, la de Joel Horowitz, que señala como una de las razones fundamentales del crecimiento alcanzado por la tendencia Sindicalista en los gremios más importantes de la época, a una particular vinculación que esta tendencia ideológica de “izquierda” estableció con el Yrigoyenismo. Allí se presenta al Sindicalismo como un movimiento receptivo de la política negociadora del gobierno de Yrigoyen, en una trama de mutua conveniencia y donde ninguno le disputa el terreno al otro. Esta interpretación destaca el componente pragmático, corporativo, y de lucha puramente económica, como elementos fundamentales de las concepciones del Sindicalismo. Y se dejan de lado conceptos fundamentales de este movimiento, como la lucha revolucionaria, que estructuraban su accionar sindical y que en momentos la alejaba de posturas reformistas. De este modo, la década del veinte, aparece como un período de escasa conflictividad y con predominio de prácticas sindicales que se inclinaban hacia la negociación por sobre el conflicto. En este trabajo nos proponemos analizar las características del accionar del Sindicalismo Revolucionario en esta etapa, en un proceso de persistencia de numerosos conflictos obreros, atravesados por particulares formas de vinculación entre los trabajadores, los empresarios y la política. 12. NAVARRO LÓPEZ, Jorge [email protected] Magíster en Historia, Universidad de Santiago de Chile “En política, somos socialistas revolucionarios y parlamentarios”. “Políticos y “antipolíticos” en el movimiento obrero chileno (1912-1921)” Con la formación del Partido Obrero Socialista (POS) en 1912 se inició un proceso de suma importancia para la configuración política de la izquierda chilena. Con el surgimiento de este

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partido, el discurso político de los trabajadores comenzó su tránsito por el camino de la definición socialista, la organización autónoma del proletariado y la activa participación en el sistema político, fenómeno que se extendería por más de medio siglo. En este proceso, los socialistas disputaron la hegemonía del movimiento obrero con los anarquistas, que hacia la segunda década del siglo XX eran los agentes más activos y directos en la lucha gremial. Para conseguir dicho objetivo, el POS configuró una propuesta que combinaba un discurso radical (transformar la sociedad chilena a favor de los trabajadores) y una práctica sistémica, como era la utilización de la representación parlamentaria y municipal. Fue, principalmente, este segundo aspecto el que más polémica causó con los anarquistas, debido al rechazo de éstos a la utilización de los medios políticos para luchar contra la explotación capitalista. Si bien ambas propuestas coincidían en el fondo, la forma (los “medios”) fue el espacio de diferenciación que prevaleció y las distanció al interior del movimiento obrero. En esta ponencia se busca definir la opción “política” del POS a través del discurso plasmado en la prensa obrera y partidista. Fue en estos periódicos donde socialistas (“políticos”) y anarquistas (“antipolíticos”) dieron a conocer sus propuestas y discutieron sus principales diferencias. La utilización de estas fuentes, nos permitirá conocer las particularidades de la propuesta política de los socialistas y la crítica anarquista de la misma en el período 1912-1921, es decir, desde la formación del POS y la elección de sus primeros parlamentarios. 13. PACHECO, Julieta [email protected] Becaria postdoctoral -Conicet-UBA-UNQUI “Montoneros y los frentes de masas: la Juventud Trabajadora Peronista-JTP (1970-1976)” Durante los años ’70 la Argentina atravesó un período de gran convulsión social. La crisis política dio lugar a la formación de numerosas organizaciones de izquierda. Uno de los agrupamientos más importantes del período fue Montoneros. Por la espectacularidad de sus primeras acciones armadas pasó a la historia como una organización que desarrolló como actividad principal la lucha armada, llegando, luego, a tener un desvío militarista. En este trabajo veremos que, lejos de esta imagen, Montoneros destinó importantes fuerzas hacia el plano territorial formando agrupaciones, siendo la Juventud Trabajada Peronista (JTP) la más importante. Este interés en el desarrollo de una organización que agrupara a los trabajadores se centraba en el hecho de que Montoneros sostenía que este sector social era el único capaz de liderar la alianza que, con la dirección de Perón, llevaría adelante el “proceso de liberación nacional”. Asimismo, debido a la importante inserción que tuvo la JTP dentro de las fracciones antiburocráticas de la clase obrera, consideramos que estudiar su fundación y desarrollo es indispensable para comprender y aportar al conocimiento sobre la historia de la clase obrera argentina, así como sus estructuras organizativas y sus luchas. Trabajaremos con sus documentos internos, así como con su prensa partidaria y diarios comerciales. 14. PERUGIA, Flavia [email protected] Universidad Nacional de Quilmes “Comunicación al servicio del pueblo. Experiencias periodísticas y artísticas vinculadas a la CGT de los Argentinos (1968-1973)” La presente propuesta constituye la intención de componer, desde el campo de la comunicación, un marco desde el cual abordar el problema de la comunicación vinculada a la organización de los trabajadores, la prensa, los procesos de cambio político y la compleja relación entre las prácticas socioculturales populares y la crítica contrahegemónica. El presente trabajo se trata de un análisis exploratorio de dos experiencias de comunicación ligadas a la organización sindical combativa que tuvieron lugar en la Argentina a fines de la

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década del 60. Estos son: El semanario de la CGT de los Argentinos, órgano de difusión de la Central; y el Grupo Cine Liberación, colectivo cinematográfico cuya producción estuvo fuertemente ligada a los sectores combativos del sindicalismo peronista. Si bien existe una extensa bibliografía sobre el movimiento sindical argentino, muy poco se ha escrito sobre los procesos y estrategias de comunicación que desarrollan las organizaciones sindicales. El objetivo es realizar una descripción de estas experiencias comunicativas, focalizando en los tipos de interpelación y receptor que construyeron y, a su vez, contemplando la influencia de la teoría leninista sobre la prensa y la propaganda. 15. SANTA CRUZ, Claudia [email protected] UBA “La política del Partido Socialista ante el problema del transporte en la década de 1930: posición política y acción gremial” Para fines de la década de 1930, el avance del proceso de expropiación por parte de la Corporación del Transporte de la Ciudad de Buenos Aires (CTCBA) en el sector de autos colectivos fue acompañado por una reorganización del proceso de trabajo que incidirán sobre las formas y las condiciones laborales de los trabajadores y significará una ruptura con los procesos y formas de trabajo anteriores características de este sector. El conflicto gremial hacia el interior del sector, girará en torno a la organización gremial centralizada que oponía a los dos gremios del sector la Sociedad de Resistencia Unión Chauffers (anarquista) y la Federación de Líneas de Auto Colectivos (socialista); representando no sólo propuestas políticas gremiales diferentes sino intereses que comienzan a perfilarse como contradictorios. El Partido Socialista reconoció la importancia política y social del transporte en relación a los intereses de los trabajadores. Nuestro trabajo se centrará en reconstruir y analizar la política gremial propuesta por el Partido Socialista y su acción gremial frente a los avances del Estado y la CTCBA, al tiempo que dará cuenta de los distintos intereses gremiales y políticos dentro del sector del transporte automotor. Este partido tuvo una participación activa en el proceso de construcción de un nuevo sindicato único por rama capaz de adaptarse a las condiciones de lucha frente a una gran empresa y promovió una intensa política gremial frente al capital monopólico con resultados inesperados. 16. SCHEINKMAN, Ludmila [email protected] (IIEGE-UBA/CONICET) “Una aproximación a la conflictividad laboral en las fábricas de dulces, galletitas, chocolates y afines de la ciudad de Buenos Aires (1904-1943)” Este trabajo se propone un acercamiento inicial y exploratorio a los ciclos de conflictividad laboral en las fábricas de dulces, galletitas, chocolates y afines de la ciudad de Buenos Aires, entre 1904 (fecha del primer conflicto registrado en el sector) y 1943. Este rubro, parte de la rama alimenticia, incluyó grandes y renombrados establecimientos industriales que llegaron a emplear miles de trabajadores y trabajadoras en el periodo estudiado, tal es el caso de firmas como Bagley, Aguila Saint Hnos. o Canale. Los conflictos experimentados en estas industrias, sin embargo, han sido escasamente estudiados. Este artículo pretende aportar a su conocimiento, y a su vez, trazar los vínculos entre los ciclos de conflictividad y el papel de las izquierdas en los mismos. Esperamos a partir de esta primera aproximación delinear algunas conclusiones generales en torno al desarrollo del activismo obrero en el sector. 17. SCHMIDT, Dina [email protected]

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UNIOESTE “Reflexões sobre militância política: trajetórias de militantes do PT” Considerando o momento vivido pela política brasileira, que há doze anos abriga um governo petista, este trabalho propõe uma reflexão sobre uma face menos vizibilizada do Partido dos Trabalhadores. Observando que os holofotes da política enfatizam personagens que ocupam cargos de governo ou de gestão do próprio partido político, objetivo com este trabalho dialogar com militantes que ajudaram a construir tanto a proposta quanto a instituição partidária. Assim como contribuiram para a capilarização das ideias e da legenda do Partido dos Trabalhadores em lugares distantes dos centros políticos do país, e que foram essenciais para o fortalecimento e ascenção partido. Para tal empreendimento tomo como objeto de estudo, sujeitos que militaram pelo PT do município de Santa Helena-PR, entre 1980 e 2013. A partir de depoimentos orais estabeleço reflexões sobre suas trajetórias enquanto militantes, buscando compreender como e porque se inseriram no PT, como se desenrolaram suas experiências militantes e os sentidos que atribuem a elas a partir de suas narrativas no presente. Além da importância residente na trajetória de cada militante como sujeito participante do processo histórico político brasileiro, o conjunto delas ajuda a desfocar a reflexão do centro político para as “periferias”, igualmente importantes para uma reflexão aprofundada sobre o espectro político atual. 18. TEIXEIRA DE SOUZA, Jocenildo [email protected] Acadêmico do Curso de Licenciatura e Bacharelado em Ciências Sociais da Universidade Federal do Amapá, membro do Grupo de Estudo e Pesquisa sobre Violências e Criminalizações – GEPVIC “O movimento anarquista no Brasil durante a primeira República” Este artigo buscou investigar e compreender quais foram as contribuições políticas do movimento anarquista do final do século XIX e início do século XX, analisar o porquê dessas contribuições serem relegadas às margens da história. A metodologia utilizada foi a pesquisa bibliográfica perfazendo um apanhado histórico, a partir de leitura de artigos e livros. A pesquisa parte do pressuposto que a história oficial do Brasil ocultou as realizações do movimento anarquista, o qual representou uma força política importante na organização do movimento operário; seus líderes e princípios políticos motivaram importantes manifestações políticas e colocaram em evidência, no início dos anos de 1900 a questão social do trabalho, culminando com as greves gerais no Rio de Janeiro, Santos, São Paulo e outras). No decorrer da História, percebe-se que muitas “histórias” são contadas a partir do ponto de vista de um grupo hegemônico. Com o movimento anarquista no Brasil não foi diferente, pois há dados suficientes para reescrever a história do Brasil de meados do século XIX até o início da era Vargas. A pesquisa aponta para fatores combinados como responsáveis por quase obliterar da memória historiográfica o movimento anarquista, bem como suas realizações, contribuições e influências durante os primeiros anos da nascente república.

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|28 de novembro – 15.00hs – Sala D3. UNIOESTE|

SIMPÓSIO 7 POLÍCIAS E POLICIAMENTO NA AMÉRICA LATINA

Coordenadoras: Rosemeri Moreira (Professora do Dpto. de História - Universidade Estadual do Centro-Oeste/UNICENTRO) [email protected] Andrea Mazurok Schactae (Professora do Depto. de História da Universidade Estadual de Ponta Grossa-UEPG/ FAFIT - Faculdades Integradas de Itararé.

RESUMO: Este simpósio propõe debater a(s) prática (s) policial (s) nas sociedades latino-americanas, ao longo do século XX, bem como o processo de construção dos diversos modelos de policiamento adotados. Para tanto, serão aceitos trabalhos que versem sobre: as polícias e os regimes ditatoriais; as concepções sobre segurança nacional versus segurança pública; a prática policial e os movimentos sociais; polícia e diversidade sexual; a formação dos policiais; gênero, raça e composição das polícias; a prática policial e o racismo institucionalizado; as polícias frente aos Estados Democráticos de Direito; greves policiais; polícia e militarismo; modelos civis de policiamento; relação polícia-imprensa; justicialismo policial; cultura e identidade policial.

RESUMOS 1. CAÑAVERAL, Lucía [email protected] IIGG-UBA/CONICET “El Plan Integral de Seguridad del Gobierno de la Ciudad de Buenos Aires: formas de gestión del uso del espacio público” Desde mediados de la década del ‘90, la noción de “inseguridad” y la forma en la que debe ser gestionada fueron adquiriendo cada vez mayor centralidad en la agenda pública argentina, transformándose en objeto de disputas y discursos diversos. La centralidad que ha adquirido en estos debates la noción de “inseguridad urbana” ha puesto en el centro de la escena al espacio urbano como aquel objeto que debe ser gestionado y gobernado en materia de seguridad. En este marco, desde marzo del año 2008 el Gobierno de la Ciudad de Buenos Aires lleva adelante el Plan Integral de Seguridad Ciudadana, que pretende organizar las políticas de seguridad de la ciudad a través de 4 ejes de acción: Control del Espacio Público, Policía Metropolitana, Prevención Social y Fortalecimiento de la Justicia. En este trabajo, y como parte de un proyecto de investigación más general, nos proponemos analizar el Plan Integral de Seguridad como una nueva intervención gubernamental producida en torno al uso del espacio público de la ciudad, analizando las estrategias que despliega en la Ciudad de Buenos Aires y las implicancias que pueden destacarse en relación a las racionalidades políticas que la atraviesan. 2.GÓMEZ FLORENTÍN, Johana Rocha [email protected] Centro de Estudios para la Justicia Social ‘Tierra Digna’ y Universidad Nacional de Colombia

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“Los caminos militares del capitalismo: La relación de los procesos de militarización y la acumulación territorial En América Latina” América Latina ha sido una región que históricamente ha conocido múltiples fórmulas de desposesión; ha sido testigo de cómo las más diversas manifestaciones del capitalismo han encontrado una manera de subsistir y reproducirse para “resolver” sus cíclicas crisis; y, en medio de todo ello, ha sido un escenario en cruenta disputa. Y lo ha sido justamente porque ese territorio latinoamericano, es en el esquema del capital una solución espacio-temporal (HARVEY), y a su vez -en contraste- un escenario de creación y reproducción de subjetividades, resistencias y alternativas (MANҪANO). Uno de los mecanismos empleados por el capital para acceder, dominar y transformar esos territorios es la militarización, entendida no como un fenómeno aislado, sino co-sustancial al capitalismo (CECEÑA), y que en América Latina ha sido esencial en el proceso de acumulación por desposesión (ZIBECHI), hoy de marcado carácter extractivista. La propuesta que hoy formulo a este panel, contribuiría con un análisis geopolítico de los procesos de militarización emprendidos en la región latinoamericana, con especial énfasis en aquellos consolidados desde la década de los 90’s, y su estrecha relación con la expansión del proyecto neoliberal en el continente. Esta propuesta concentra su análisis en una de las más tradicionales fórmulas de la militarización, mas no la única, a saber, la progresiva sujeción de las instituciones policiales y típicamente militares al servicio de los objetivos e intereses del capital. Éste es un análisis que mediante evidencias concretas, y en un ejercicio comparado, explora los mecanismos con los que se ha concretado esa subordinación en AL, las consecuencias de esa militarización en los territorios, los beneficios para los actores de ese modelo de desarrollo, su lectura e inclusión en la política internacional y, tanto más, las resistencias que hoy persisten y desafían al capitalismo, y valientemente a la militarización de la que se vale para expandirse. 3. KURCHAIDT, Marina Zminko [email protected] Instituto de Criminologia e Políticas Criminais (ICPC) “Policiando a polícia: aspectos das forças de segurança pública do Brasil no contexto latino americano” Este trabalho pretende trazer um pouco da história e da prática da polícia brasileira, da sua trajetória de extermínio, história de sangue, de guerra, de preconceito e de discriminação, que é a mesma história de sangue, de guerra, do calar de um povo que carrega a América Latina. O pano de fundo é o processo de redemocratização do Brasil, que nunca se concretizou, ou, pelo menos, atingiu apenas algumas instituições do Estado e da sociedade civil, característica também compartilhada pela grande maioria dos países latino-americanos. A importância deste debate é muito pulsante e muito atual, com o cenário que vivemos de constante violação de direitos humanos, de abuso do poder, de impunidade por parte das polícias. No entanto, ainda que muito atual, este cenário se arrasta nos séculos: a história da polícia que perseguia escravos e capoeiras hoje é a história da polícia que persegue jovens negros e pobres. É necessário que o modus operandi da polícia latina americana seja desmistificado para que se quebrem os estigmas carregados pela população e pela própria polícia para que possamos entender e conhecer a nossa história e, assim, termos condições concretas de transformá-la. 4. LEAL, José Luis dos Santos [email protected] UNIFAP “Ganhei a situação”: uma analise sobre a abordagem e a seletividade policial” O presente trabalho pretende discutir as ações policiais que visam à busca pessoal em jovens sob a utilização motivadora da “suspeição policial”, assim pretende-se conhecer os

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mecanismos e critérios da construção da fundada suspeita praticada pela polícia militar, buscando compreender a possível articulação entre acusados e suspeitos e a influência de filtros sociais na seleção do suspeito. A pesquisa foi realizada no ano de 2013 e 2014 na Baixada do Ambrósio, na cidade de Santana/AP, e desenvolveu-se a partir das seguintes vertentes: 1) Pesquisa bibliográfica que possibilitou o contado com a literatura pertinente; 2) Pesquisa de campo com a realização de entrevistas abertas com moradores e policiais militares. Assim, segundo Michel Misse (2009), a figura do suspeito é um mecanismo ativado por signos que quebram a expectativa de confiança e que ativam uma atenção seletiva culturalmente acumulativa. É o processo social pelo qual identidades são construídas e atribuídas para habitar adequadamente o que é representado como um bandido. Portanto em pleno século XXI, vê-se a manutenção das ideias da chamada criminologia positivista, no que diz respeito à interpretação do fenômeno criminal. Desse modo, a tese de Cesare Lombroso, de que o criminoso tem um biótipo através de suas características físicas, colocando assim o crime como algo que é determinado pelo biológico ou o argumento de Enrico Ferri, segundo o qual o criminoso é um indivíduo com poucos recursos econômicos e pertencentes às camadas pobres, ainda alimentam o imaginário social acerca do crime e do criminoso. 5. MOREIRA, Rosemeri [email protected] UNICENTRO-LHAG “Polícias e Forças Armadas: democratização e usos do Gênero” Esta pesquisa é uma reflexão sobre o uso do Gênero nas Forças Militares (Polícias Militares e Forças Armadas) no processo de reconstrução do estado democrático brasileiro, a partir da inclusão de mulheres nessas instituições. A concepção binária do mundo social, pautada por atribuições e qualificações dos corpos classificados como femininos ou masculinos, foi reforçada no processo de inclusão de mulheres nas polícias e nas Forças Armadas brasileiras. Esse processo foi ampliado na década de 1980 como parte de um declarado processo de democratização do Estado e humanização dessas instituições no trato com a população. Além disso, no âmbito dos países ocidentais, os relatórios e as resoluções do Conselho de Segurança da ONU, desde os anos 1990, tem reiteradamente feito uso das atribuições ditas femininas para forçar a entrada (ou o percentual) de mulheres em todas as instituições armadas, principalmente na América Latina, como base necessária a composição dos quadros que devem participar das Missões de Paz. Por isso, este artigo discute o reforço do gênero no discurso de inclusão das mulheres nas polícias brasileiras e a presença ativa das mulheres nos aparatos repressivos durante o período ditatorial; e a construção das estratégias militares da ONU do Peacekeeping a partir da presença “civilizatória” de mulheres nas Missões de Paz. 6. NASCIMENTO, Gabriel dos Santos [email protected] Universidade Federal de São Paulo (Unifesp) “A influência da Doutrina da Guerra Revolucionária na Polícia Militar do Estado de São Paulo (1969-1982)” Entre 1969 e 1970, diante de um quadro de crescimento da luta armada, a Ditadura reestruturou todo o aparato repressivo. Muito já se escreveu sobre o papel da Doutrina de Segurança Nacional, sob influência dos EUA teria nessa nova organização da repressão. Apenas recentemente começou-se a abordar o papel da Doutrina da Guerra Revolucionária francesa. Essa doutrina descreve as cinco fases pelas quais se daria um processo revolucionário: a propaganda, as manifestações e sabotagens, a guerrilha urbana, a insurreição constituindo "zonas liberadas" e, por fim, a guerra revolucionária, com estabelecimento de um governo provisório. Não se tratando de uma guerra convencional, pois o recurso às armas ocorre

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somente no final do processo, o aparato militar precisa se reestruturar, com unidades menores e mais dinâmicas, articulando trabalho policial e militar. A expressão mais evidente dessa influência no Brasil foram os DOI-CODIs, assunto já abordado em trabalhos mais recentes. No entanto, ainda resta observar como essa Doutrina se manifestou nas Policia Militares, criadas pela ditadura. A PM é considerada essencial nas primeiras fases da contra-guerrilha e isso se reproduz nos seus manuais e discursos. Ocorre um intercâmbio entre práticas pensadas para o combate à guerrilha e ao crime comum, iniciando um ciclo de violência policial que vai sobreviver ao regime militar. 7. PEREIRA, Ana Caroline Bonfim [email protected] Universidade Federal do Amapá “Estado, polícia e sociedade: uma análise das ações do batalhão de operações especiais (BOPE) no Amapá” O artigo tem o objetivo de analisar qual a percepção das pessoas sobre as ações do Batalhão de Operações Especiais (BOPE), especialmente dos moradores da baixada do Ambrósio, a partir de então, analisar o grau e a medida de aceitação, aprovação e reprovação dessas ações, com esse fulcro compreender como funcionam os mecanismos que legitimam o uso da força repressora pelo Estado. Problematizando qual limite do uso da força e violência policial? As análises que decorrem das abordagens de entrevistas com os moradores da baixada do Ambrósio localizada no Município de Santana (AMAPÁ). As entrevistas foram formuladas com questões semi estruturadas. O artigo, ora proposto, torna-se mister por apresentar ao meio acadêmico a discussão sobre um elemento constitutivo do aparelho de segurança do Estado, e a análise da compreensão de suas ações praticadas. Tendo em vista que essa discussão é necessária, pois a compreensão dos limites do uso da força do Estado e a significação de cidadania estão em evidência em cenário nacional; a academia não pode se furtar a essa discussão. 8. SCHACTAE, Andréa Mazurok [email protected] UEPG/FAFIT/NEG-UFPR “Vestir a Farda: a Constituição de um Espaço para o Feminino na Policia Militar do Estado do Paraná (1977-2000)” O espaço institucional – Polícia Militar do Estado do Paraná (PMPR) – como uma construção simbólica que constitui divisões de gênero, é analisado nesse texto. A instituição será problematizada como um espaço que institui diferenças de gênero a partir da linguagem simbólica institucional, que é constituinte de discursos e de identidades. Um espaço social que reafirma uma construção histórica de divisão entre o masculino e o feminino. Entre as fontes selecionadas estão documentos institucionais – leis Estaduais e Leis Federais, a legislação da Polícia Militar (Diretriz, Portarias), entre outros. A análise dessas fontes, que ordenam o espaço institucional e que constituem uma identidade de gênero para a Polícia Militar, bem como estão vinculadas a constituição das identidades dos agentes, possibilita problematizar o espaço institucional como construtor e reprodutor de diferenças entre as masculinidades e entre o masculino e o feminino. 9. SILVA, César Augusto da [email protected] Faculdade de Direito e Relações internacionais (FADIR) - Universidade Federal da Grande Dourados

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“A política brasileira para refugiados: o papel da polícia federal na política regulatória” Um das entidades que possuem papel preponderante no desenvolvimento de políticas públicas brasileiras para refugiados é a Polícia Federal, que se encontra nas fronteiras territoriais, exercendo o papel de polícia migratória e com presença no CONARE – Comitê Nacional para Refugiados, órgão ligado ao Ministério da Justiça. Este trabalho procura evidenciar, com base em entrevistas estruturadas e semiestruturadas, assim como em pesquisa documental que a execução de múltiplas funções, além do controle migratório, sempre constituiu um desafio para a Coordenação Geral de Polícia Migratória da Polícia Federal, em virtude das dificuldades estruturais e pela falta de recursos humanos no setor. A instituição apresenta um elevado grau de rotatividade de agentes nos postos de trabalho. O que muitas vezes os impede de acompanhar mais diretamente a temática do refúgio, no sentido da especialização. Do mesmo modo que os resultados finais das solicitações de refúgio junto ao CONARE. Nos últimos anos vem aumentando a quantidade de solicitações de refúgio no país, ao mesmo tempo em que não ocorre uma mudança no setor migratório de oferecimento de serviços aos estrangeiros.

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|28 de novembro - 9.00hs - Sala D4. UNIOESTE|

SIMPÓSIO 8 ¿NUEVOS GOBIERNOS, NUEVAS DERECHAS? LA DEMOCRACIA EN

AMÉRICA LATINA Coordenadoras: Verónica Giordano (UBA/ CONICET/IEALC); Lorena Soler (UBA/ CONICET/IEALC) [email protected]

RESUMO: Si los “nuevos gobiernos” de la región han acaparado buena parte de la

agenda intelectual latinoamericana de los últimos 15 años, las expresiones novedosas y también recientes de la derecha aún no han sido tan exploradas. En efecto, es notorio la escasez de estudios sobre las derechas latinoamericanas en contraste con la proliferación de aquellos que se centran en el análisis del ascenso al poder y la acción de gobierno de las nuevas izquierdas. Sin embargo, el neoliberalismo ha dejado un legado tiene constataciones empíricas: desde abril de 2002 hasta la actualidad, varios de los países de América Latina han soportado golpes de estado de nuevo tipo contra gobiernos democráticos (Venezuela, 2002; Haití 2004; Honduras, 2009; Paraguay, 2012; práctica que con otro cariz conocieron también Bolivia, Ecuador y Panamá y Venezuela también en años recientes).

El fenómeno de las derechas que antes era asociado a gobiernos de dictaduras institucionales de las Fuerzas Armadas o más ampliamente a gobiernos fundados en la Doctrina de Seguridad Nacional, hoy aparece como “nuevas derechas” en democracia. En efecto, el mapa político de América Latina está en proceso de reconfiguración con gobiernos que ampliamente podríamos agrupar como de derecha. En 2009, Ricardo Martinelli asumió la presidencia en Panamá. En 2010, Sebastián Piñera asumió la presidencia en Chile, Juan Manuel Santos lo hizo Colombia, y golpe de Estado mediante, Porfirio Lobos en Honduras. En 2012, después de la presidencia de Felipe Calderón del PAN, el PRI volvió a la presidencia con Enrique Peña. Y en 2013, con las elecciones celebradas luego de la destitución de Fernando Lugo, Horacio Cartes asumió la presidencia en Paraguay. Por su parte, la derecha en la oposición ha demostrado ser fuerte en Bolivia, Ecuador y Venezuela. Y en otros países, como en Argentina, Brasil y Uruguay, si bien se ha comportado más típicamente como oposición “leal”, su fortaleza no es nada desdeñable. La propuesta de este simposio es indagar lo que aparece como la reconfiguración de un nuevo mapa político en la región, revisar estas experiencias y sopesar la visión de democracia que traen aparejada las nuevas derechas (con sus partidos y sus intelectuales y el vínculo de las burguesías en el poder con los medios de comunicación). En otros términos, ¿qué hay de nuevo en las nuevas derechas latinoamericanas?

El simposio invita así a explorar los perfiles ideológicos de los partidos de derecha actualmente relevantes en la región y retomar la relación entre los partidos de derecha y la democracia, enfatizando no ya su posible relación con riesgos de reversión autoritaria, sino sus posibles efectos sobre la calidad de la democracia. Enfáticamente, el simposio propone abonar la tradición de pensamiento social crítico latinoamericano, buscando anclar el problema en una perspectiva que tenga en cuenta la “estructura de las sociedades latinoamericanas”.

Atividades complementares: Apresentação dos livros: Waldo Ansaldi y Verónica Giordano, coordinadores, América Latina. Tiempos de violencias, Buenos Aires, Ariel, 2014.

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Lorena Soler, La larga invención del golpe. El stronismo y el orden político paraguayo, Imago Mundi Buenos Aires, Centro de Formación para la Integración Regional (CEFIR), Montevideo 2012 y reedición 2014 Arandura, Paraguay. Carbone, Rocco y Lorena Soler (editores): El stronismo asediado, GERMINAL, Asunción, 2014. RESUMOS 1. AGILDA, Leandro Manuel [email protected] IEALC/UBA “Juan Manuel Santos, la innovación restauradora” La presente intervención buscará identificar y caracterizar algunas de las innovaciones políticas operadas bajo la presidencia de Juan Manuel Santos en Colombia (2010-2014) respecto de la construcción ideológica hegemónica consolidada por su antecesor en el cargo, Álvaro Uribe Vélez (2002-2010), especialmente en función de los parámetros democráticos e institucionales del Estado de Derecho. Con la intención de contribuir al debate sobre las “nuevas derechas latinoamericanas”, buscaremos precisar en qué medida el gobierno de Santos formuló coordenadas ideológicas novedosas para las derechas latinoamericanas, o si acaso expresó una voluntad “restauradora” de los parámetros tradicionales del ejercicio del poder institucional en Colombia, respecto a las innovaciones “populistas” introducidas por el liderazgo de Uribe durante la primera década del siglo. 2. BORDACHAR, Facundo (FSOC – UBA); BUSTOS, Andrés [email protected] (FSOC – UBA) “No violencia estratégica y su aplicación en Paraguay: desestabilización y desciudadanización” Nuestro trabajo de investigación propone como eje central analizar el derrocamiento de Fernando Lugo en Paraguay en junio del 2012 a partir de un estudio sobre sus consecuencias en materia de derechos humanos y de deconstrucción de ciudadanía. Indagaremos además de qué manera se montó la destitución presidencial y cómo se fue desarrollando un plan que tenía como objetivo último, esa es nuestra hipótesis preliminar, el desplazamiento de un gobierno que, en mayor o menor medida, abría un espacio para que se posicionaran las organizaciones populares como una alternativa electoral. 3. COLLIZZOLLI, Martín Fernando [email protected] UBA/IEALC “Entre el desafuero y la destitución: desestabilización de proyectos sub-nacionales alternativos al neoliberalismo en México y Colombia” Desde principios del Siglo XXI, la hegemonía neoliberal ha sido puesta en cuestión en América Latina con el progresivo ascenso de los gobiernos del denominado “giro a la izquierda”. Sin embargo, este devenir no ha sido uniforme, e incluso, distintos países de la región continúan presididos a nivel nacional por fuerzas políticas de derecha. Tal es el caso de México y Colombia. Este artículo se propone reflexionar acerca de las disputas por la hegemonía en estos dos países, a partir de un análisis comparado, en tanto estudios de casos, de los intentos de desestabilización que han atravesado los gobiernos progresistas de las respectivas ciudades capitales nacionales. La referencia es, específicamente, al proceso de desafuero de Andrés Manuel López Obrador, Jefe de Gobierno del Distrito Federal entre el 2000 y el 2005, y a la destitución e inhabilitación política de Gustavo Petro, Alcalde Mayor de Bogotá , electo para el período del 2012 al 2016. Con ese objeto, se señala el desafío al neoliberalismo que suponen

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los proyectos políticos de estos líderes populares; y se destaca finalmente, que a pesar de las notables similitudes entre los procesos, mientras el desafuero de López Obrador fue promovido por una amplia coalición neoliberal conformada con dicho propósito, la destitución de Petro estuvo sujeta a los vaivenes de los conflictos entre las distintas fracciones del bloque de poder dominante colombiano. 4. FASCIOLO, María Mercedes [email protected] FSOC – UBA “Destitución de Fernando Lugo en Paraguay: una aproximación desde el concepto de legitimidad” El trabajo se propone abordar el juicio político y la destitución en 2012 del presidente de Paraguay, Fernando Lugo, desde el concepto de legitimidad y el desarrollo teórico de Carl Schmitt. En el análisis, se busca dar cuenta de dos formas de legitimar el proceso político que estarán en pugna: una de ellas apelará a la legitimidad formal y descansará en la legalidad absoluta del texto de la Constitución; y otra, que hará hincapié en la legitimidad de Lugo como presidente elegido en elecciones democráticas con el 40% de los votos. Estas dos formas de legitimar el proceso corresponderán a distintos actores políticos involucrados (Poder Legislativo, Ejecutivo e instituciones supranacionales). La particularidad del caso analizado radicará en que ambas perspectivas, si bien son contrapuestas, coinciden en la validez del juicio político como herramienta constitucional para separar de su cargo al Presidente. A lo largo del análisis se plantean una serie de interrogantes que, además de ser sumamente actuales, dan cuenta de los nuevos debates y los desafíos en torno al concepto de legitimidad que se presentan a la hora de defender y garantizar la continuidad democrática en América latina. 5. GIORDANO, Verónica [email protected] UBA/ IEALC/CONICET “Las derechas y las nuevas derechas. Derivas conceptuales” Este trabajo explora algunas definiciones del concepto “derechas” para luego reflexionar sobre otro concepto de cuño más reciente: “nuevas derechas”. Creemos que el pensamiento crítico latinoamericano tiene algo para aportar respecto de estas formulaciones conceptuales. Nuestra deriva parte de un trabajo de José Luis Romero (El pensamiento político de la derecha latinoamericana, 1971) afirma que «con ese nombre [derecha] no se define una doctrina concreta –como podría ser el liberalismo, el fascismo o el comunismo– sino un haz impreciso de ideas que se combinan con ciertas actitudes básicas, configurando en conjunto una corriente polí ca cuyo sen do fundamental está en relación inmediata con los problemas en juego en cada momento y con las doctrinas y ac tudes del centro y de la izquierda, a su vez conjuntos también complejos y con frecuencia de nibles ideológicamente sólo por sus contrarios (Romero, 1971: 11 –el subrayado es mío–). Si las de niciones más trilladas colocan el eje derecha/izquierda como expresión del carácter con ic vo de la polí ca, la de nición de Romero llama la atención sobre el carácter histórico del conflicto. Se intenta explorar las posibilidades de una definición sociológica histórica de los conceptos “derechas” y “nuevas derechas” a partir del análisis crítico del texto de Romero. 6. GOLDENTUL, Analía [email protected] UBA/IEALC

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“La violencia en Colombia como objeto de estudio y de administración. Cosmovisiones del pasado y del presente (1958-2013)” La administración de la violencia y el conflicto social ha logrado constituirse como uno de los ejes de mayor desencuentro entre gobiernos de corte progresista y de “derecha”. Siendo que desde inicios del nuevo siglo XXI Colombia ha logrado alzarse como paradigma dentro de la Alianza del Pacífico -arco de países donde la violencia tiene un lugar prominente- el objetivo de esta ponencia es historizar y emprender una suerte de “genealogía” del concepto de violencia en Colombia, analizando los abordajes que sobre este objeto de estudio han hecho los intelectuales de las ciencias sociales entre 1958 y 2013. Interesa entrever en particular las continuidades, quiebres y rupturas que existen en la interpretación sociohistórica de la violencia asumiendo, a modo de hipótesis, que tales cambios logran impactar y tener efectos en la administración política de la violencia llegando incluso a plasmarse en la dicursividad oficial. En tal dirección, analizaré, en primer lugar, las obras de Orlando Fals Borda como representante de una sociología histórica y crítica que tuvo su auge entre 1960-1980 y que logró convertir a la violencia en objeto de estudio. En segundo lugar, abordaré los escritos de Gonzálo Sánchez y Álvaro Camacho, como expresión de los nuevos violentólogos que, en calidad de “expertos” en violencia, mantienen desde 1980 hasta la actualidad vínculos directos con el Estado a través del Instituto de Estudios Políticos y Relaciones Internacionales de la Universidad Nacional de Colombia (IEPRI). 7. LEONE JOUANNY, Miguel [email protected] UBA-CONICET “Neoliberalismo y políticas indigenistas. Una propuesta teórica para un análisis histórico: los casos de Chile y Argentina durante los últimos gobiernos democráticos” Estatales indigenistas de dos países latinoamericanos con distintos modelos políticos y económicos como son Chile y Argentina. En primera instancia despliego un esquema analítico orientado a de-construir la noción de neoliberalismo en torno a tres dimensiones: una dimensión económica relacionada fundamentalmente con la financiarización de la economía; una dimensión político-institucional relacionada con una específica forma de estado, lógicas privatizadoras y de descentralización de la gestión pública, entre otras cosas; y finalmente una dimensión ideológico-discursiva en la que las nociones de “competencia”, “equidad” y “responsabilización individual” se presentan como algunas de las ideas centrales. En una segunda parte, apelando al esquema analítico planteado, repaso algunas de las principales políticas estatales indigenistas de Argentina y Chile de los últimos tres lustros. El objetivo es analizar la presencia/ausencia de elementos neoliberales en ellas y el modo en que éstos se ponen en juego. Especial atención merecen allí conceptos como los de “empoderamiento” y “comunidad”. Pero a su vez, también pretendo dar cuenta de las continuidades y las distancias existentes entre políticas indigenistas emprendidas por gobiernos de diferentes orientaciones políticas y generar así conocimiento en torno a un ámbito habitualmente poco abordado y aún menos veces trabajado en términos comparativos como es la política indigenista. 8. MORRESI, Sergio Daniel [email protected] UNGS-CONICET “La difícil construcción de una derecha compatible con la democracia en América Latina” Desde que se inició el proceso de transición a la democracia en varios países latinoamericanos, las derechas políticas de la región apostaron por distintas estrategias que

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les permitieran mantener su capacidad de acción dentro del marco de las nuevas poliarquías. Este trabajo intenta explorar brevemente algunas de esas estrategias, prestando particular atención a la construcción de nuevos partidos políticos y nuevas modalidades de acción partidaria. La comunicación que se presenta abre con una breve introducción histórica y teórica del tema. Luego se concentra en el caso argentino, pero ofrece referencias analíticas a las experiencias de otros países sudamericanos (particularmente, Brasil, Chile y Colombia). Como conclusión, se pone en discusión una agenda de estudio comparativo. 9. NEVES, Aline do Rocio; KAUCHAKJE, Samira; ZAMPIER DA SILVA, Evelise (Universidade Federal do Paraná, Curitiba, Paraná, Brasil) [email protected] “A PREFERÊNCIA IDEOLÓGICA NA FORMULAÇÃO DE POLÍTICAS PÚBLICAS” O presente artigo tem por finalidade apresentar os resultados da pesquisa sobre as Políticas de Transferência de Monetária (Conditional Cash Transfer- CCTs) implementadas na América Latina a partir dos anos 1990. As pesquisas realizadas apontam que 18 dos 20 países pesquisados (considerando a classificação da CEPAL - Comissão Econômica para a América Latina) possuem ou já possuíram, no período analisado, políticas do tipo CCT, apesar das diferenças culturais, econômicas e políticas observadas entre eles. Outra característica que se destaca é que os governos dos países alvo situam-se em diversas posições do espectro ideológico, razão pela qual busca-se verificar se esse posicionamento é decisivo na opção por CCTs como meio de alívio ou erradicação da pobreza. Entre os países pesquisados, optou-se, pelo critério geográfico, e a fim de selecionar uma amostra que represente diferentes contextos da região, pelos seguintes países: Brasil, México, Chile e Nicarágua . A pesquisa, ainda em curso, se desenvolve através de consultas a páginas oficiais dos governos e de organizações internacionais como Banco Mundial e Organização das Nações Unidas. 10. PAGNANELLI, Cristina Josefina [email protected] Facultad de Filosofía y Letras de la Universidad de Buenos Aires “El Nacionalismo Militar Carapintada en la Transición Democrática Argentina” El nacionalismo (en un sentido moderno-constructivista) ha sido y es una de las ideologías con mayor plasticidad de la época contemporánea. En el marco de la difícil transición democrática argentina éste nacionalismo de derechas adquiere un nuevo significado (ofensivo-defensivo) ya que debe justificarse a la luz de los profundos cambios acontecidos en la década de 1980 en las relaciones internacionales. Es en ese contexto que adquiere importancia un intento de explicación su génesis y su desarrollo. La cuestión identitaria y profesional lo connotan fuertemente, y los contenidos geopolíticos lo fundamentan, todo ello a la luz de un mundo bipolar que está a punto de cambiar drásticamente generan la doble percepción de que es una ideología, anacrónica en un sentido y perfectamente vigente y contemporánea en otro. En la explicación de dichas cuestiones yace nuestra contribución. El alcance de nuestra investigación se limita al período transicional, pero entendemos que es una ideología de fuerte raigambre en nuestra historia (desde la década de 1920). La principal particularidad es que no estamos en presencia de un movimiento intelectual, estamos frente a una ideología que se construye en la coyuntura y se nutre de la historia política argentina. 11. RODRÍGUEZ, Gina Paola [email protected] IEALC- IIGG/UBA “La derecha se destapa: doce años de uribismo en Colombia (2002-2014)”

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En Colombia los candidatos de derecha habían sido tradicionalmente derrotados por amplios márgenes porcentuales. Álvaro Gómez, ícono de la ideología conservadora perdió tres veces la Presidencia por más de veinte puntos ante sus competidores liberales. Los dos últimos presidentes de origen conservador, Belisario Betancur y Andrés Pastrana, tuvieron que ocultar el nombre de su partido y disfrazarlo de pluralismo coalicionista para poder ganar y aún asi, consiguieron triunfos bastante estrechos. Álvaro Uribe, al no conseguir el aval del liberalismo, fue candidato en el 2002 con el apoyo del Partido Conservador y creó durante su mandato la plataforma partidista que le permitió ser reelecto. Su heredero, Oscar Iván Zuluaga, obtuvo en junio pasado la votación más alta de un candidato con banderas abiertamente de derecha en los últimos veinticinco años (45%) quedando a poco de su contendor, el ex-uribista Juan Manuel Santos (51%). Esta transformación no es contingente, antes bien, es el resultado de un proceso político y armado de consolidación de la derecha que se inicia en 2002 y que habilita el “destape” actual de las tendencias ultraconservadoras en el país. Si bien es cierto que la sociedad colombiana alberga de antaño un componente tradicional y conservador, la novedad radica en que este se ha expresado en las urnas en la última década. Nuestra ponencia espera ofrecer algunas hipótesis explicativas acerca de los factores estructurales que concurren en este fenómeno. 12. SALAZAR, Robinson [email protected] Red de Investigadores por la democracia y la paz. Mexico “La nueva derecha y la maldad política” El mal y la política forman una mezcla tóxica, comenta Alan Wolfe, y tal parece que tamaña toxicidad es de gran magnitud que arriba a distintas esferas de la vida social y pública, abruma y cancela toda la porosidad por donde pueda transitar la conciencia humana, hasta agotarla y dejarla a merced de la maldad política. Entonces la maldad se viste de odio, violencia, guerra, discriminación, estigmatizaciones y deseos de exterminar a todo aquel que no piensa o acepta la verdad de los que portadores psicóticos y sociópatas que sufren de delirio de autoridad infinita. Los dispositivos de la maldad están en los miedos, los odios exacerbados, el linchamiento, el encono y rencor contra sus semejantes, que están incubados en sectores sociales que fueron colonizados por la cultura del "nuevo orden" del consumo, el hedonismo, la belleza estética, el individualismo, la competitividad, la calidad y la moda, cuyo sendero para alcanzarlos es el dinero. El fin de la maldad no siempre se manifiesta con la muerte, sino que tiene diferentes facetas para propagarse, en la segunda década del Siglo XXI afloran expresiones de despojo de derechos y propiedades en grupos y segmentos vulnerables, revanchismo étnico, desplazamientos humanos por conflictos de carácter económico, desastres naturales, guerras e invasiones, cuna de larvas de la maldad y el odio. Entonces la maldad política envuelve en un solo objetivo el mal y al enemigo, cuya finalidad es exterminar el mal a través de la muerte. Es interesante observar detenidamente la manera en que la maldad política desplaza paulatina y cautelosamente la amistad del sendero de las relaciones humanas y políticas, dado que en Aristóteles el sustrato último de la relación política es la "amistad" al defender este vínculo de reciprocidad afectiva y valórica en momentos apremiantes de la vida, especialmente en épocas de riqueza, porque es inadmisible aprovechar y disfrutar de los bienes si no se pueden compartir con quienes se aman y/o siente que son cercanos a su círculo social, que a su vez son los vecinos más indicados para ayudarnos a mantenerlos y a administrarlos. Desanclar la maldad y los odios de la política es el mayor desafío de los gobiernos de izquierda, dado que no es plausible proponer la emancipación humana sin desterrar los enclaves que nos hereda el neoliberalismo depredador y la nueva derecha.

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13. SOLER, Lorena [email protected] UBA/CONICET IEALC “¿Cuál golpe de Estado? Una mirada comparada de los procesos de neogolpismo en América Latina del siglo XXI” La región vive, desde la llegada de Hugo Chávez a la presidencia de Venezuela (1999), un ciclo político posneoliberal signado por la presencia de gobiernos reformistas. Sin embargo, el proceso de cambio muestra cada vez más signos de cierre que de profundización y ha tenido varias inflexiones. Nuevas formas de golpes de Estado se han producido a los gobiernos electos por la voluntad popular -como los de Haití (2004) Honduras (2009) y Paraguay (2012)- y otros que no han logrado su cometido – Venezuela (2002) Bolivia (2008) y Ecuador (2010)– . Estos nuevos procesos, que aún son marginales a la reflexión de las ciencias sociales, se presentan como un gran desafío intelectual y político, al poner de manifiesto los nuevos formatos de golpes de Estado y la configuración de una nueva derecha regional que, vía procesos electorales o vía formatos destituyentes –con el inédito desplazamiento de las FFAA como protagonista– accede a los ejecutivos de estos países. En este marco, la ponencia persigue dos objetivos. Por un lado, realizar un estado del arte de las muy escasas reflexiones de los llamados neogolpismo en la región a partir de los procesos políticos e históricos específicos. Por otro, a partir de una mirada comparativa de los países, proponer una conceptualización posible para pensar los procesos sociohistóricos ocurridos. 14. TURSI COLOMBO, Florencia [email protected] FSOC – UBA “Nuevas medidas económicas en las democracias de América Latina. La política social de precios en Argentina y Venezuela en el escenario de disputa entre los gobiernos del giro a la izquierda y la reconfiguración de las derechas” Durante 2014 se han registrado en Argentina y Venezuela maniobras de especulación económica y sabotaje por parte de sectores empresariales y parte de las oposiciones de derecha (son golpes económicos) que aprovechan los incrementos de la demanda (gracias a la redistribución del ingreso impulsada por los gobiernos) para aumentar sus precios y sus márgenes de ganancia, a expensas del bienestar del resto de la sociedad. En este escenario aparece la in ación como una cuestión socialmente problematizada, ante esto, los gobiernos de Cristina Fernández de Kirchner y Nicolás Maduro han impulsado programas de precios (Programa Precios Cuidados y Superintendencia de Precios Justos) como tomas de posición que pretenden combatir la in ación y el desabastecimiento a través de la intervención del Estado. La solución a la cuestión socialmente problematizada no es sólo una medida económica de reducción de la in ación, sino que se da pelea desde la democracia abarcando lo político ya que es una disputa hegemónica y lo social ya que garantiza el acceso al consumo masivo; no son meras políticas económicas, sino que son por sobre todo políticas sociales que bene cian a los sectores de menores ingresos garantizando su acceso al consumo. 15. WINER, Sonia [email protected] IEALC-FSOC-UBA/ CONICET “Derechas y recolonización estratégica. Gobierno de Cartes en Paraguay” El siguiente trabajo se propone realizar un primer abordaje de los elementos centrales a tener en cuenta al momento de analizar la gestión de Horacio Cartes (agosto de 2013-actualidad), en tanto sintomática de una ofensiva recolonizadora que se impone a través de una alianza entre

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corporaciones trasnacionales, partidos tradicionales y oligarquías locales y que apela a la utilización de las culturas estratégicas subyacentes en los sectores populares, por ejemplo los paraguayos, para construir y reconstruir la legitimidad de un orden afín al proyecto imperial. En este sentido, consideramos que el aporte de un estudio incipiente sobre las medidas gubernamentales tomadas durante el primer año de gestión de Cartes, puede echar luz sobre dos aspectos fundamentales: por un lado, el tipo de acciones de disciplinamiento desplegadas sobre los trabajadores del campo y de la ciudad -acompañadas por cambios político-normativos avalados por el Parlamento en materia de Defensa, Seguridad e Inteligencia-; por el otro, los beneficios otorgados al gran capital –la denominada ley de “alianza público-privada” y otras iniciativas pro-empresariales privatizadoras de bienes públicos-. Aspectos que cohabitan con un rol central asumido por la embajada estadounidense en Asunción y por la exacerbación y el resurgir de viejas tradiciones nacionales ligadas al partido colorado y al periodo stronista en general (1954-1989), las cuales son reimpulsadas por nuevas modalidades tecnológicas y mediáticas asociadas a los intereses del complejo empresarial-militar norteamericano. 16. ZURITA, María Delicia [email protected] Centro de Investigaciones Socio Históricas. Facultad de Humanidades y Ciencias de la Educación. Universidad Nacional de La Plata “Militares y democracia, una puja vigente durante el gobierno de Alfonsín” La vuelta a la democracia en los países del Cono Sur se correspondió con el cambio de paradigma por parte de Estados Unidos que privilegió las democracias por sobre las dictaduras. La administración de Alfonsín hizo uso de todos los instrumentos para la consolidación de la democracia. Ante la búsqueda de una pronta solución al conflicto limítrofe con Chile por el canal del Beagle el presidente decidió realizar una consulta popular. Algunos sectores castrenses se mostraron reticentes a esta medida pretendiendo continuar su influencia en democracia vigilando al gobierno emergente. El propósito del trabajo reside en analizar, en primer lugar, las memorias de quienes fueron funcionarios del gobierno en la cartera de defensa y de algunos miembros de las Fuerzas Armadas en torno a la consulta popular por el Beagle. Tomando como base teórica a Marc Angenot, quien interpreta que el discurso social es un dispositivo para ocultar, para desviar la mirada, ya que sirve para legitimar y para producir consenso en segundo lugar se pretende analizar el contexto de transición a la democracia en donde convivieron el discurso social propio de la dictadura y el de la democracia.

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|28 de novembro – 9.00hs – Sala G2. UNIOESTE|

SIMPÓSIO 9 DIÁLOGOS POSSÍVEIS: A CULTURA NAS CIÊNCIAS HUMANAS LATINO-

AMERICANAS

Coordenadores: Ana Paula Palamartchuk (Professora Adjunta da Universidade Federal de Alagoas) [email protected]ñ Daniela do Carmo Kabengele (Professora Adjunta da Faculdade Integrada Tiradentes – Alagoas) [email protected]; Flávio Gonçalves dos Santos (Professor Adjunto da Universidade Estadual de Santa Cruz). [email protected]

Resumo: O Simpósio Temático “Diálogos possíveis: a cultura nas ciências humanas latino-americanas” – considerando que o tema ou objeto “cultura” aparece como recorrência nas fronteiras do conhecimento científicos das humanidades e, partindo do pressuposto de que as pesquisas que se referem a “cultura” invariavelmente utilizam essa categoria com significados e significantes distintos – tem por objetivo acolher e discutir trabalhos que analisem os diálogos travados entre os diversos campos de conhecimento das Ciências Humanas na América Latina, refletindo sobre as diferentes metodologias e técnicas de produção de conhecimento. Deste modo, serão bem vindas, propostas de comunicação que se debrucem a natureza, aplicabilidade e status dos conceitos e noções de “cultura” nos diversos campos do conhecimento, tanto de uma perspectiva teórica quanto empírica. RESUMOS 1. AMARAL, Ivoneides Maria Batista do [email protected] Centro Universitário UNIVAG “A Dança dos Mascarados representação cultural de Poconé – MT” Esta pesquisa trata sobre a Dança dos Mascarados um ritual festivo que acontece em Poconé cidade no interior do Estado de Mato Grosso localiza-se na região Centro-Oeste do Brasil. A Dança é uma mistura entre a dança indígena e a contra dança europeia realizada desde o século XVIII, e mesmo passando por pequenas transformações ao longo dos anos, resistem, em essência até os dias atuais sendo realizada somente por homens, formando uma teia de reciprocidade cultural e social entre as pessoas da comunidade que participam como dançantes ou espectadores. As apresentações propiciam um encontro entre os universos sociais onde homens comuns ao colocarem seus figurinos tornam-se Mascarados, assumindo uma identidade central, são elevados de classe, colocando-se acima de todas as diferenças que tipificam o sistema, representando a coletividade. Uma região privilegiada para se penetrar no coração cultural da comunidade. As apresentações são realizadas nas ruas, praças ou espaços alternativos, acontecem de forma alegre e descontraída, atraindo a comunidade, transeuntes e turistas que queiram participar, pois esta é feita para o povo e por ele transformada. 2. ANDRADE, Gilson José Rodrigues Junior de [email protected] “Práticas estatais, famílias e desigualdades: uma análise etnográfica acerca da ação seletiva do Estado”

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Este trabalho tematiza sobre determinadas práticas de agentes estatais frente a mulheres advindas das classes populares cujos filhos estiveram em abrigos para crianças e adolescentes. Longe de reificar a noção de ausência estatal no cotidiano destas, problematizarei como existem distintos valores que engendram as diversas relações que o Estado estabelece com diferentes modelos familiares. No bojo desta pesquisa, busca-se lapidar o conceito analítico de ação seletiva, o qual pretende corresponder a práticas partilhadas sócioculturalmente a partir de lógicas hegemônicas. 3. BRICHTA, Laila, [email protected] Universidade Estadual de Santa Cruz (Ilhéus/BA) “Ideias de cultura e algumas pesquisas historiográficas sobre o século XX na América Latina e na África” A construção da ordem política na América Latina ou na África durante o século XX pôde contar com indivíduos de diversas origens, que em suas práticas culturais contribuíram na elaboração da ordem social, mesmo em condição de adversidade política ou econômica. No Brasil, na Colômbia e em Angola a participação de determinadas parcelas da população na construção da nação ou na crítica ao modelo de Estado e governo adotados ocorreu notadamente através da produção intelectual e em diversas práticas culturais. A produção cultural, que envolve e está envolvida em todas as formas de atividade social – como a ação intelectual de escritores tais como Gabriel García Márquez, Jorge Amado e Óscar Ribas e que está presente em suas produções literárias – pode ser tratada como um sistema de significações, na acepção de Raymond Willians, em que uma ordem social global é comunicada e vivenciada. Investigar as práticas culturais através da literatura de ficção produzida pelos escritores permite observar tensões e conflitos, continuidades e rupturas da elaboração do nacionalismo ocidental no século XX. A reflexão sobre como o processo histórico de aparelhamento da sociedade contemporânea pode ser estudado através da cultura (tendo como escopo empírico o Brasil, Angola e a Colômbia) é o objetivo desta comunicação. 4. FERREIRA Janaína Parentes Fortes Costa [email protected]; TEIXEIRA, Jéssika Silva; CURY, Italo Felipe (Universidade Estadual do Piauí) “Graffiti – diálogo estampado de cores” Cuida-se de projeto de extensão que nasce do uso – reapropriação, segundo Giorgio Agamben – do espaço público como ambiente de: denúncia; potência transformadora da arte; expressão dos direitos de igualdade e liberdade; crítica social e troca de olhares entre realidades discrepantes. Parte-se do pressuposto de que as universidades, por tal alcunha, têm o direito-dever de inserir o conhecimento maximamente universalizado no seu espaço físico e acadêmico. A linguagem do graffiti cria diálogo vivo entre atores sociais em conflito que, através da arte, podem fundir seus horizontes cognitivos. Tem-se como resultados do projeto uma Oficina de graffiti na Universidade Estadual do Piauí, Mesas Coordenadas e um documentário síntese do processo de troca de vivências. Esses produtos, juntamente com um artigo científico sobre a extensão, pretendem-se material de propagação da experiência. 5. KABENGELE, Daniela do Carmo [email protected] Faculdades Integradas Tiradentes-Maceió “O Agregado: traduções machadianas e marcas de uma experiência” Este artigo examina a situação de agregado de Antonio Ferreira Cesarino (1808-1892), à luz de algumas personagens da obra de Machado de Assis. A posição de servilidade, a ânsia por

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ascensão social, a questão da imprescindibilidade e o desejo de ruptura com os laços senhoriais inscritos nessa situação são elementos que vêm sob o prisma da sociedade patriarcal. A razão de Machado de Assis figurar neste trabalho está no fato de este autor pautar, de maneira alargada, o alcance das experiências dos agregados. Considerar as personagens de alguns livros de Machado de Assis significa trazer para mais perto descrições cuidadosamente feitas e caracteres que, em alguma medida, estão presentes nos dados de que disponho. Trata-se de atentar para uma escrita que reconstrói com clareza caleidoscópica experiências possíveis. Nesse movimento, há ângulos, dinamismos e rendimentos analíticos possíveis. 6. LARA, Paulo José Olivier Moreira [email protected] Universidade Estadual de Campinas – UNICAMP “Comunicação Descolonial: o debate entre Cultura e Estética no campo da comunicação na América Latina” Em visita ao Brasil durante o período em que elaborava seu “paradigma ético-estético”, Felix Guattari declarou que a “noção de cultura é extremamente reacionária”. Defensor de práticas alternativas no campo da comunicação, notadamente da ação das Rádios Livres enquanto produtoras de subjetividade, o autor teve enorme impacto na estruturação de uma “estética conceitual” em movimentos sociais, políticos e acadêmicos brasileiros. Recentemente, correntes ligadas ao pensamento descolonial latinoamericano vêm se debruçando sobre uma “estética descolonial” enquanto forma criação de um saber em novas bases e de formas de re-existência política, cultural e artística. A noção de cultura, se encontra então novamente em debate, considerando os fenômenos geopolíticos, tecnológicos, artísticos e comunicacionais recentes. Esse trabalho tem como objetivo explorar uma noção expandida de estética no e do ambiente latinoamericano que aparece enquanto politicamente mais forte e socialmente mais arraigada do que aquela de cultura. Para tanto, utilizaremos elementos históricos da produção artística e política na América Latina, em especial o universo e usos alternativos do Rádio. Queremos demonstrar que, do ponto de vista de uma “comunicação descolonial” uma noção revisitada e expandida de estética se apresenta mais útil do que a de cultura para compreender e atuar politicamente nas esferas simbólicas que moldam a construção da subjetividade. 7. MARINO, Aluizio; OLIVEIRA, Humberto Augusto Meratti de; NAKATANI, Tony Shigueki [email protected] Universidade de São Paulo “As caravanas de gestão cultural: imersão nos territórios culturais do interior paulista” O presente trabalho tem como objetivo discutir as problemáticas da gestão cultural em municípios do interior do estado de São Paulo, tanto do ponto de vista dos agentes culturais locais quanto das políticas públicas de cultura. Para tanto, tomaremos como pontos de discussão um projeto desenvolvido pela Incubadora de Projetos e Iniciativas Culturais (IPIC), vinculada ao Centro de Estudos Latino-Americanos sobre Cultura e Comunicação (Celacc), denominado "Caravanas de Gestão Cultural". As "Caravanas de Gestão Cultural" tem como proposta desenvolver ações formativas e consultoria, visando à capacitação continuada em gestão de projetos de agentes e coletivos culturais. A primeira caravana percorreu 5 municípios do Vale do Paraíba, interior do estado de São Paulo, realizando workshops, consultoria individualizada de projetos, além de uma discussão em torno de elaboração de projetos e de políticas públicas para a cultura, como parte de uma ação diagnóstica a ser realizada sobre as dinâmicas culturais locais e regionais.

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Já nessa primeira "rodada" realizada pelo projeto "Caravanas de Gestão Cultural", pudemos perceber no contato com as diversas realidades, a importância, bem como as limitações, que o poder público pode possuir na articulação e desenvolvimento das manifestações e na organização dos agentes culturais locais. Elementos que podem contribuir para a construção de políticas públicas para a cultura que respondam de forma mais apropriada as demandas locais, bem como as possibilidades de desenvolvimento mais autônomo e sustentável de seus agentes e manifestações culturais. 8. PALAMARTCHUK, Ana Paula [email protected] UNIVERSIDADE FEDERAL DE ALAGOAS (UFAL) “Intelectuais, esquerdas e cultura na América Latina: Brasil, Argentina e Chile (1930-1950)” Por quase um século, a tradição de esquerda forjou-se em “um campo de forças sociais e políticas e de correntes ideológicas heterogêneas que agrupa socialistas, comunistas (e suas dissidências), libertários, crescentemente setores cristãos, e que se inscrevem numa perspectiva crítica ao capitalismo (...)”. Essa é uma definição eminentemente do século XX, ao que, acrescenta-se para algumas experiências das esquerdas, como no caso brasileiro, o componente republicano mais caro à cidadania: a luta e inspiração pela igualdade social. O que se pretende aqui, no entanto, é apenas indicar as possibilidades que se abrem para as intricadas relações entre os intelectuais, como Jorge Amado, Nise da Silveira, Pablo Neruda, Raúl González Tuñón, entre outros, na articulação de projetos de esquerda na e para a América Latina, tomando como ponto de partida o Brasil na busca dos projetos que se configuraram entre intelectuais de esquerda brasileiros, chilenos e argentinos. 9. PIRES, Nara Suzana Stainr [email protected] (Universidade Federal de Santa Catarina – UFSC); OLIVEIRA, Rafael Santos de [email protected] (Universidade Federal de Santa Maria –UFSM) “Cotas universitárias brasileiras: paradigma possível à mudança da cultura de exclusão” Dentro da perspectiva de que a cultura envolve todo o cotidiano dos indivíduos, de modo a permitir sua adaptação ao meio social e natural em que vivem, e superação de exclusão, as ações afirmativas se encontram associadas a expressões como: cotas, objetivos, tratamentos preferenciais. Neste sentido como particularidade do sistema as cotas passaram a ser uma realidade brasileira, implantada pela Lei 12711/2012, que beneficia os candidatos negros, pardos e indígenas na hora de ingressar nas universidades públicas. A importância sobre as ações afirmativas, mais que uma questão política trata-se de uma garantia fundamental de igualdade e ampliação do campo de garantia educacional na busca de integrar culturas. O trabalho contribui na busca da análise que não basta entender como devido o direito ao alcance de acesso à educação e cultura, carece sim buscar concretizar garantias deste acesso, para que todos os cidadãos sejam respeitados e observados. Como alcance, há uma diversidade de doutrinas e estudos no tema, com posições interdisciplinares do conhecimento em sentido favorável e contrário. Tal estudo beneficia à experiência jurídica latina americana, destacando os aspectos, com relevância no Brasil e a sua utilização, bem como as reflexões de Ronald Dworkin e Alejandro Moreno a respeito da temática aqui desenvolvida. 10. ROCHA, Simone Maria [email protected]; OLIVEIRA, Lívia Fernandes de [email protected] (UFMG) “Pensar a “cultura das drogas”: para pensar a sociedade e o papel da televisão” Adotando uma dimensão antropológica da cultura, que a define como um sistema de signos e significados criados pelos grupos sociais, propomos abordar o fenômeno das drogas ilícitas –

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sua produção, circulação, consumo e tráfico – a partir de uma visada cultural que nos auxilie a compreendê-lo não apenas como um tema policial, mas, também, como um fenômeno econômico, social e cultural altamente complexo. Tal perspectiva envolve sua ideologia, seus ícones, seus valores e sentidos construídos que alimentam uma verdadeira cultura em amplas camadas sociais. A hipótese que orienta nossas reflexões parte do fato de que o fenômeno das drogas quase sempre está associado aos espaços marginalizados e segregados de nossa sociedade – favelas, garimpos, prisões, fronteiras, aldeias indígenas – como se só ali se compartilhasse uma cultura cujos valores não diriam respeito aos demais espaços sociais. Nossa hipótese nos leva a indagar em que medida identificar e entender certas narrativas que tratam desse fenômeno têm por fundamento uma “cultura da droga” deixando tantos outros aspectos fundamentais ausentes do debate público e, consequentemente, de uma das arenas discursivas mais relevantes na contemporaneidade: a mídia. Empiricamente abordaremos tal problemática através da análise de uma série de reportagem veiculada no Jornal Nacional (TV Globo, 2013) – “Crack” –, a fim de evidenciar o quanto a cobertura do tema reforça a hipótese elaborada. 11. ROCHE, Fabio López de la [email protected]; NEIRA, Luis Felipe (Universidad Nacional de Colombia, Bogotá) “La serie de televisión “Escobar, el patrón del mal” y las representaciones ficcionales de la cultura del narcotráfico en Colombia” La serie “Escobar, el Patrón del Mal”, construida sobre el libro del periodista, investigador social y ex alcalde de Medellín, Alonso Salazar, y producida por “Caracol Televisión”, es no sólo un importante referente interno para el conocimiento del narcotráfico por parte de los públicos no letrados, sino también una producción de amplio consumo fuera de Colombia, sobre todo en los países hispanohablantes, que juega un importante papel en la difusión de representaciones sobre Colombia en el exterior.Aunque existe una copiosa bibliografía sobre el narcotráfico en Colombia, sus aspectos culturales no han sido objeto de un mayor trabajo investigativo. Más aún, no hay muchos trabajos sobre las narrativas del narcotráfico y menos sobre la ficción televisiva sobre el mismo. En América Latina y en particular en Colombia y México ha surgido una producción ficcional televisiva que representa los estilos de vida y las relaciones sociales de los narcotraficantes, esto es, la narco-cultura. En un diálogo interdisciplinario entre la historia, los estudios de comunicación, los estudios políticos y el análisis cultural, el texto analiza la totalidad de los capítulos de la serie, prestando especial atención a la tematización de las transformaciones culturales introducidas por el narcotráfico en las prácticas sociales e institucionales, así como en las actitudes y en los valores de amplios grupos sociales y ocupacionales. 12. SANTOS, Flávio Gonçalves dos [email protected] Universidade Estadual de Santa Cruz (UESC-Ilhéus/BA) “Saiam as carroças, entre o progresso!” Esta comunicação, como o título sugere, está relacionado à substituição de um meio de transporte. Remonta não ao princípio da utilização das carroças, mas sim à sua agonia enquanto um meio de transporte e de prestação de serviços urbanos, por volta dos anos de 1930 até seu definitivo desaparecimento das ruas do centro de Salvador, nas décadas de 1970. A questão que se pretende realçar aqui diz respeito ao modo como uma sociedade opta por determinadas soluções, em detrimento de outras em nome de uma ideia de progresso. Considera-se que o de leque opções, assim como as escolhas de uma coletividade estão sedimentados em um consistente consenso cultural, que é um constructo e um construtor da história e de histórias. No caso especifico do objeto deste texto, encontra-se no cerne da

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questão noções como progresso, modernidade e civilização, em oposição a outras noções como atraso, arcaísmo e barbárie. Ao longo da discussão chamar-se-á à atenção para o modo como a cultura se entrelaça, por exemplo, na adoção por um tipo de transporte de carga ou pessoas, cria ritos e comportamentos específicos para os usuários e, principalmente, para os condutores, de modo tal que cria distintivos sociais, que modelarão as relações entre os indivíduos e destes com a história. 13. SIMONARD, Pedro [email protected] Faculdades Integradas Tiradentes-Maceió “Mestre Darcy do Jongo da Serrinha e a Personagem de Si” Darcy Monteiro foi um mestre jongueiro morador do morro da Serrinha, localizado em Madureira, subúrbio da Zona Norte do Rio de Janeiro. No final dos anos 1960, percebendo que o jongo estava desaparecendo de sua comunidade devido à interrupção do processo de sua transmissão, ele criou uma estratégia de preservação e transmissão que tinha por base a espetacularização do jongo. Com o intuito de implementá-la, ele fez uso de estereótipos para criar ambientação e mitologia jongueiras, bem como criou uma personagem alter ego, Mestre Darcy. Ele se apresentava por todo o Rio de Janeiro e outras regiões do Brasil ensinando, divulgando, transmitindo e preservando o jongo. 14. SILVA, Elisana Alves da [email protected]; GOMES, Icléia Rodrigues de Lima e (Universidade Federal do Mato Grosso) “(Con) Vivendo com a diferença, por uma cultura da paz e do respeito” A diversidade de sujeitos esteve sempre presente em nossas escolas, nem sempre coexistindo de forma pacifica e tranqüila. A diversidade sexual existente dentro da escola e como trabalhar as temáticas a ela referentes, ainda desafia educadores. Seria possível perceber a movimentação efetiva de práticas pedagógicas educacionais preocupadas com a questão da inclusão, a inserção e a participação de todos os estudantes no processo de ensino e aprendizagem? A emergência da adoção de políticas públicas que garantam a implantação e a implementação de práticas pedagógicas, dinâmicas, coletivas e flexíveis, estão na ordem do dia. A cultura da paz e do respeito necessita ações dentro do coletivo escolar, envolvendo toda a comunidade, uma vez que a atenção à diversidade de sujeitos é imprescindível no âmbito educativo. A realidade escolar abriga multiplicidades de sujeitos que ocupam diferentes papéis/lugares e funções no fazer pedagógico, de modo que a escola necessita se inserir no contexto social de combate a todas as formas de violência, colocando em pauta estas discussões. 15. TAVARES, Marcelo Góes [email protected]; BRITO, Tasso Araújo de “Memórias de lutas sociais e a violência na cultura política: possibilidades para compreensão do estado de exceção no Brasil e América Latina” Este trabalho problematiza o uso de memórias decorrentes de estado de exceção, embates sociais e a violência como prática presente na cultura política do Brasil e América Latina. Desse modo, é relevante o diálogo entre diversos campos do saber, os quais destaco a História, Psicologia, Sociologia, Antropologia, Artes e Ciência Política. Esse diálogo, no estudo sobre a cultura política e violência, torna-se um possível percurso metodológico relevante para a compreensão sobre o processo de produção social de memórias. Estas são objetos de apropriações, disputas e batalhas em torno de múltiplas interpretações e registros sobre o passado, remetendo-se a discursos e práticas políticas que ressoam na produção historiográfica e outros campos de saber nas ciências humanas no tempo presente,

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deslocando e ressignificando os usos políticos dessas memórias para o campo do direito e da cidadania. Pretende-se desse modo, explorar algumas possibilidades de como estas memórias podem ser utilizadas na produção narrativas historiográficas e outros saberes que tome como foco central o campo político e a luta por direitos em nossa história recente, buscando responder questões e demandas sociais na contemporaneidade da América Latina.

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|28 de novembro – 9.00hs - Sala E1. UNIOESTE|

SIMPÓSIO 10

TRABAJO Y AUTOGESTIÓN: HISTORIA RECIENTE Y PERSPECTIVAS FUTURAS

Coordenadores: Carlos E. Martínez (Centro de Investigaciones y Estudios sobre Cultura y Sociedad, Universidad Nacional de Córdoba) [email protected]; Magali Paz (Programa Antropología e Historia de la relación capital-trabajo en el contexto contemporáneo. Centro de Investigaciones y Estudios sobre Cultura y Sociedad- Universidad Nacional de Córdoba); Fernando Blanco (Escuela de Historia. Facultad de Filosofia y Humanidades. Universidad Nacional de Córdoba. Argentina. Programa Antropología e Historia de la relación capital-trabajo en el contexto contemporáneo. Centro de Investigaciones y Estudios sobre Cultura y Sociedad – Unidad Ejecutora de CONICET. Universidad Nacional de Córdoba)

RESUMO: En nuestra región y fruto de la fuerte ofensiva del capital contra el trabajo, amplificada en la década del 90 del pasado siglo, se han abierto nuevas formas asociativas que pudieron salvaguardar, vía la autogestión productiva, numerosas y disimiles fuentes de trabajo.

A fines de esa década, en Argentina, se dio un intenso movimiento de lucha por recuperar fábricas cerradas o abandonadas por la patronal. Esta situación atípica, donde trabajadores/as se organizan en forma cooperativa para hacer frente a las demandas de la producción, fue posible debido a una fuerte movilización social y política. En un contexto de crisis, la experiencia de las fábricas recuperadas tanto en Argentina como en otros Países del continente terminó por imponer en la agenda de los trabajadores la presencia de un modelo autogestivo.

La resistencia al modelo neoliberal generó la formación de colectivos de trabajadores que, autoorganizados y en alianzas políticas con otros movimientos sociales, lograron imponerle al Estado soluciones basadas en la autogestión productiva. Estas experiencias se dieron tanto en el ámbito urbano como en el rural y el producto de las mismas fue la formación de colectivos de trabajadores que desde distintas perspectivas sostuvieron proyectos autogestivos. Dichos proyectos entroncaron con experiencias anteriores, y confluyen hoy en un contexto político regional más favorable que en las décadas precedentes.

Los intensos debates que se dieron al respecto, sumado a la experiencia de los trabajadores imponiendo un modelo de apropiación social de la producción, abrieron innumerables fuentes de reflexión sobre el papel del trabajo y de los trabajadores en una economía capitalista en constante crisis.

Dentro de este marco de debate, una de las cuestiones centrales a tener en cuenta es la relación de estos trabajadores autogestionados con las estructuras sindicales tradicionales ya que son los trabajadores en su conjunto quienes sufren las consecuencias de la expansión del capital en desmedro del salario.

A través de los años transcurridos hasta la actualidad, las diferentes experiencias fueron creciendo y consolidándose desde el aspecto productivo, económico y político. Hoy, hay conformada una organización continental, expresada en la organización de cuatro Encuentros Internacionales, llamados: “La Economía de los Trabajadores” que se realizaron entre 2005 y 2013 alternativamente, en Argentina, México, Brasil y uno próximo a realizarse

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en Venezuela (Julio de 2015). En dichos Encuentros se dieron cita e intercambiaron experiencias y desarrollos teóricos, trabajadores, profesionales, académicos y estudiantes de diferentes países Latinoamericanos.

La discusión por los sentidos del trabajo autogestivo es, a juicio de este simposio, una discusión que deben dar tanto los estudiosos de este fenómeno como los propios trabajadores que han logrado organizar tanto empresas como ámbitos de discusión política e ideológica a este respecto.

Atividade complementar: Invitados: Programa Facultad Abierta. Facultad de Filosofía y Letras. Universidad de Buenos Aires. Argentina. Casa de los Trabajadores, Provincia de Córdoba. Argentina.

En Julio de 2015 se desarrollará en Punto Fijo, Venezuela el V Encuentro Internacional "La economía de los trabajadores". La dinámica de estos encuentros anteriores ha servido para desarrollar vínculos entre trabajadores, investigadores, docentes, estudiantes, etc. En este marco, la actividad propuesta para las IV Jornadas de Problemas Latinoamericanos, como parte del Simposio “Trabajo y autogestión. Historia reciente y perspectivas futuras”, forma parte del camino a recorrer hacia el encuentro a desarrollase en la República Bolivariana de Venezuela. RESUMOS 1. AZEVEDO MAGALHÃES, Gabriel [email protected] UFRRJ “Desenvolvimento Solidário: a possibilidade de mudança através da igualdade e autogestão” O artigo apresenta uma reflexão teórica através da teoria sociológica de ação social, em Weber (2012) e da teoria de ação comunicativa, em Habermas (1989), para fundamentar observações nas teorias do desenvolvimento capitalista -que objetiva-se no lucro econômico- e do desenvolvimento solidário, que fundamenta-se nas práticas com valores de igualdade e autogestão. Analisa-se o caráter excludente e competitivo do desenvolvimento capitalista, compreendendo que a racionalidade capitalista destina aos lucros econômicos a finalidade em si, fazendo com que se pareça irracional qualquer ação de cunho valorativo. Realizando dessa maneira, uma sobreposição da ação social racional referente a fins sobre a racional referente a valores no desenvolvimento capitalista. Baseado nesse arcabouço teórico, o artigo analisa como através das práticas solidárias- autogestão e igualdade- é possível se reverter esse processo de sobreposição, e por isso se apresenta como um tema de pesquisa relevante. Conclui que é possível compreender a lógica das práticas que se engendram internamente nas teorias do desenvolvimento solidário a partir do referencial teórico adotado. 2. BARRERA CALDERÓN, Emanuel [email protected] Universidad Nacional de Villa María – Conicet / Investigador de la RELIESS “El ‘Programa Trabajo Autogestionado’ impulsado por el Estado Nacional argentino y las nuevas concepciones de ‘Economía Social’ emergentes” En Argentina, en la última década, se ha producido un cambio en los temas de agenda de las políticas sociales que es, en buena medida, resultante de la progresiva instalación de la problemática de las formas alternativas de producción y subsistencia, cuestión que da cuerpo

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a las elaboraciones en torno a la economía social. El sesgo asistencialista que predominó durante la década del ’90, acotaba el campo de intervención de las políticas sociales a la provisión de subsidios compensatorios de los efectos de la reestructuración económica para los sectores más desposeídos por el impacto negativo de estas políticas económicas, está siendo hoy cuestionado, no sólo desde el debate académico y político, sino también en algunas instancias de formulación de las políticas públicas. El estudio de este tipo de políticas – que denominaremos de promoción de la Economía Social (ES)- no puede centrarse en el Estado sino que requiere un enfoque relacional que se sitúe en la interacción entre la institución estatal y la sociedad civil. En este contexto, el programa Trabajo Autogestionado implementado por el Ministerio de Trabajo, Empleo y Seguridad Social de la Nación cumple un rol fundamental en la cooperativización de las empresas recuperadas y fundamentalmente en su consolidación. El desafío de este trabajo es identificar la concepción implícita (y analizar la manifiesta) de ES en el mencionado programa teniendo en cuenta su diseño e implementación. 3. CAPOGROSSI, María Lorena [email protected] CIECS-CONICET (Universidad Nacional de Córdoba) “Del campamento a la cooperativa: los trabajadores petroleros y sus experiencias de reconversión laboral” En esta ponencia nos vamos a detener en los procesos de reconversión laboral puestos en marcha por la dirección de Yacimientos Petrolíferos Fiscales S.A. antes de que fuese privatizada en el año 1992. El marco legal que permitía estas transformaciones abrevaba en dos leyes: la Ley 23.697 o de Emergencia Económica, sancionada en septiembre de 1989, donde se establece que, para asegurar la eficiencia y productividad de los entes públicos el Poder Ejecutivo Nacional puede promover la formación de cooperativas entre los empleados y obreros de establecimientos estatales. Y la Ley 23.696 o de Reforma del Estado, donde se define que todos los entes públicos son plausibles de ser privatizados y se faculta al Poder Ejecutivo a otorgar preferencias en la adquisición de empresas, bienes de capital, etc. a una serie de sociedades entre las que se incluyen las cooperativas formadas por empleados de las empresas públicas sujetas a transformación jurídica. En el caso de Yacimientos Petrolíferos Fiscales, este proceso tuvo algunas etapas. La primera de ellas toma forma a partir de la implementación del Plan de Transformación Global, gestado por el entonces interventor, José Estenssoro. A través de él se establece que todos los servicios definidos como no estratégicos pueden ser vendidos, concesionados o transferidos al sector privado con o sin participación del sector laboral. El preludio de estas transformaciones estuvo dado por la implementación de una serie de cursos de capacitación, orientados a reconvertir laboralmente a la fuerza de trabajo ypefiana. El paso siguiente -una vez que los trabajadores fueron desvinculados de la firma-, fue la organización de cooperativas que prestaran servicios a YPF S.A. En ese marco, la empresa daba prioridad por un año a estos emprendimientos, con posibilidad de renovar los contratos por un período similar. Luego de ese lapso, las cooperativas formadas por ex agentes petroleros pasaban a competir en las mismas condiciones que el resto de las empresas. Teniendo esto presente, en este trabajo seguiremos la trayectoria de estos procesos, abordando diferentes aristas que complejizaron la formación de estas cooperativas que fueron ideadas y motorizadas por la misma empresa petrolera los años previos a su privatización. 4. DE FRANCA LIMA, Cristiano [email protected]

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Núcleo de Pesquisa Outras Economias (NOEs)/Laboratório de Estudos em Trabalho, Organizações e Sociedade (LATOS) da Universidade Federal Fluminense. Faculdade Escritor Osman da Costa Lins (FACOL). “O cotidiano do trabalho associado no labirinto do capital:o caso da Usina Catende no Brasil” O presente trabalho resulta da pesquisa de doutorado desenvolvida, entre os anos de 2010 e 2012, na Usina Catende, considerada a maior experiencia autogestionária do Brasil até então. Tem como objetivo analisar em que medida a realidade de trabalho nas fábricas recuperadas por trabalhadores se distancia dos arcabouços e arranjos sociais do trabalho assalariado, e se gera mecanismos de redução e/ou supressão dos aspectos mais proeminentes da relação capital e trabalho. A relevância desse trabalho concatena-se com a necessidade de trazer à luz das análises acerca da relação trabalho e autogestão, em particular no contexto brasileiro, os intervenientes que levou àinterrupção daquela experiência, além de contribuir com o debate sobre a repolitização do trabalho. Enquanto resultados, foram possíveis identificar (i)aspectos que obstacularizam o exercício do trabalho associado; (ii) quanto queo trabalho associado atenua o antagonismo da relação capital e trabalho, vistoque substancia este como um fator capaz de assegurar autonomia política aostrabalhadores e (iii) a elaboração de um conjunto de princípios e preceitosreguladores da vida social e econômica, proporcionando ao trabalho sentidos e (re)signifcados produzidos na interação dos sujeitos. 5. DUARTE, Aldira [email protected]; DOMINGUEZ, Guimarães; OLIVEIRA, L. F. C.; ROSA, M. S.; JONAS, M. F. (Universidade de Brasília, Faculdade de Ceilândia, Curso de Saúde Coletiva) “A PERCEPÇÃO DOS TRABALHADORES CATADORES DE RESÍDUO SÓLIDO DO DISTRITO FEDERAL SOBRE OS AVANÇOS E DESAFIOS DA CATEGORIA NOS ÚLTIMOS DEZ ANOS” O aumento da populacional mundial, as mudanças nos hábitos de vida e o consumo exacerbado têm favorecido o crescimento da quantidade de material reciclável nos lixões em todo o mundo. No Brasil, o então Presidente da Republica Luis Inácio Lula da Silva assinou a Lei nº 12.305/10 que trata da Política Nacional de Resíduos Sólidos - PNRS. Essa política propõe ações que favorecem a reciclagem, a reutilização dos resíduos sólidos, prática de hábitos de consumo sustentável e a destinação ambientalmente adequada dos rejeitos. É clara a necessidade de ajustes e adaptações para atender a essas novas demandas principalmente no que se refere às condições de trabalho e qualidade de vida desses trabalhadores. Comumente as atividades desenvolvidas pela categoria são árduas, envolvem longas jornadas, exposição a produtos tóxicos, manuseio de materiais perfuro cortantes entre outros. Acidentes de trabalho e processo de adoecimento são frequentes causas de afastamentos do trabalho . Diante disso, o presente trabalho tem como objetivo analisar as percepções dos trabalhadores sobre os principais avanços e desafios da profissão nos últimos dez anos. Metodologicamente trabalhou-se com trabalhadores catadores de resíduos sólidos que trabalham na cooperativa Recicle a Vida localizada na cidade de Ceilândia, Brasília, Distrito Federal. Para coleta de dados aplicou-se um questionário a sete catadores com questões relacionadas ao objeto de pesquisa. A análise dos dados foi feita pela técnica de análise do conteúdo. Os resultados apontam avanços significativos como o amparo das políticas públicas, no entanto a inserção dos catadores ao Instituto Nacional de Seguro Social aparece como um dos grandes desafios a ser superado. Espera-se com este estudo ampliar as discussões sobre o tema e acima de tudo promover mudanças favoráveis à categoria. 6. FERNÁNDEZ GALEANO, Santiago [email protected]; LUPI, Constanza [email protected] (Agupación El Mate, Universidad de Buenos Aires, proyecto UBACyT 20020110200094, 2012- 2015)

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“Incidencia política de organizaciones sociales autogestivas”. Un análisis sobre el entramado de cooperativas y el movimiento cartonero” Presentamos un avance de la investigación enmarcada en el proyecto UBACyT sobre Estudio comparativo de la acción cultural de los movimientos populares urbanos en el AMBA. Somos universitarios y pertenecemos a una organización social de la Ciudad de Buenos Aires, que hace aproximadamente cinco años viene desarrollando diferentes proyectos de investigacion/acción participativa con cooperativas de cartoneros. Uno de los objetivos específicos de este investigación es estudiar las formas de incidencia política y cultural generadas por las organizaciones y el incipiente movimiento cartonero. Miles de personas excluidas pasaron de realizar una tarea individual y competitiva, a ser parte de organizaciones sociales autogestivas. La propuesta es reflexionar sobre las vinculaciones entre estas organizaciones, el Estado y un sector tradicional del sindicalismo argentino (la Asociación de Trabajadores del Estado-ATE). La importancia de observar la interacción entre estas múltiples dimensiones y actores radica en que son constitutivos de las acciones colectivas que conforman los cimientos de este germinal movimiento cartonero. La estrategia para llevar adelante este proyecto se basó en el análisis de sitios web de organizaciones marco de las cooperativas, análisis de documentos y entrevistas a referentes políticos de las tres cooperativas más importantes. Seleccionamos estas cooperativas por la cantidad de miembros, por la incidencia en la agenda del movimiento cartonero y en las políticas públicas que el Gobierno de la Ciudad de Buenos Aires tiene hacia el sector. Nos referimos al Amanecer de los Cartoneros-MTE, Las Madreselvas y Recuperadores Urbanos del Oeste. En estas organizaciones, el trabajo fue, y es, el eje organizador de este nuevo movimiento social que llegó para quedarse. 7. FONTANA, Sonia Silvina [email protected] Universidad Nacional de Luján “El desafío de la autogestión del trabajo y la producción en el marco de la construcción de los procesos emancipatorios” En el marco de las actividades de extensión e investigación que llevamos a cabo desde el equipo de trabajo “Movimientos Populares, educación y producción de conocimiento” de la Universidad Nacional de Luján; desde hace más de una década acompañamos a las organizaciones sociales populares con las cuales trabajamos, en el proceso de concreción de proyectos productivos autogestivos surgidos a partir del 2001. Históricamente las crisis económicas del capitalismo, preparan las condiciones objetivas que permiten aflorar las resistencias de los sujetos oprimidos, de la necesidad sumada al ingenio del ser humano brotó un conjunto de experiencia de auto organización del trabajo y la producción. Así la autogestión resurgió de los márgenes Consideramos que, reflexionar sobre las prácticas de autogestión del trabajo y de la producción que surgen al calor de la crisis, para dar respuesta a las necesidades básicas, habilitan diferenciar autogestión de micro emprendimientos, ya que ambos se apoyan en presupuestos ideológicos diferentes. Nuestra intención es realizar una mirada pedagógica de la potencialidad de los procesos asociativos autogestivos, como productores de cultura y subjetividad. Vislumbrando que los cambios sociales son procesos que involucran una relación dialéctica entre las condiciones objetivas y subjetivas de la sociedad. En este sentido recuperamos el concepto de praxis entendiendo por el mismo la acción y reflexión orientados a la transformación. 8. GASPERIN, Jaime Casssiano Tams [email protected]; GOTARDO, Solaine [email protected]; NUNES, Karen [email protected]; VECHIA, Renato da

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Silva Della [email protected]; VICTÓRIA, Lia Beatriz Gomes [email protected] (Universidade Católica de Pel) “Capital Social e Economia Solidária: Um caminho associado” O desenvolvimento da Economia Solidária no Brasil vem indicando a estruturação de um movimento alicerçado nos Empreendimentos Econômicos Solidários (EES) e impulsionados por um conjunto de políticas de apoio e incentivo que tem orientado este espaço para uma organização econômica e política de novo tipo, na medida em que articula a gestão coletiva dos empreendimentos com a constituição de possibilidades não apenas de geração de trabalho e renda, mas que ensejam também, um lócus de atuação que busca se firmar enquanto proposta organizativa de contraposição a atual estrutura e divisão social do trabalho. A análise proposta referenciará as informações obtidas junto à 20 EES responsáveis pela produção em segmentos produtivos diversos, na metade sul do RS, na perspectiva da identificação e estudo em torno dos elementos que caracterizam a história produtiva dos trabalhadores no processo que antecede o seu ingresso nos EES em contraposição a vivência posterior marcada pela presença de relações produtivas associativas. Nesse sentido, a pesquisa busca conhecer as principais motivações destes trabalhadores, bem como, as práticas de reforço a conceitos chaves como: cooperação, solidariedade, autogestão (Singer) e capital social (Putnam). 9. OLIVEIRA, Edson Márquez [email protected] Unioeste, campus de Toledo, Paraná, Brasil “FRACASSO DOS EMPREENIDMENTOS DE ECONOMIA SOLIDÁRIA: CAUSAS POSSÍVEIS, CORREÇÕES NECESSÁRIAS, DESAFIOS INEVITAVEIS” A presente reflexão é parte dos estudos no pós-doutoramento no CES, Universidade de Coimbra, Portugal, e na UFPR, Curitiba, Brasil, a partir de uma experiência prática de incubação de tecnologias sociais e empreendimentos de economia solidaria, na cidade de Toledo, Paraná, Brasil. Nota-se que ao estudar as causas do fracasso dessa experiência, e de outras, vários pontos são identificados. Entre eles, a falta de conhecimentos e habilidades específicas de gestão, a não compreensão e adesão espontânea ao trabalho cooperado, desistência e não comprometimento com o grupo, preferência por atividades informações e principalmente, a opção por benefícios assistências, como Bolsa Família. Para além desses fatos, constata-se que a está em curso uma diminuição de organizações como cooperativas. O que é observado no mapa da economia solidaria apresentado pela Secretaria Nacional de Economia Solidaria (2013), onde existe a diminuição de certa de 25% desse tipo de organização. Nota-se também, que mesmo os empreendimentos em funcionamento, apresentam certo tipo de “fracasso”, na medida em que os princípios de autogestão, cooperação e solidariedade, via de regra não são “espontâneos”, afetados pelos processos de individualização gerado pela lógica do hiperconsumo e da distorção da ética da autenticidade levando a um processo acentuado de narcisismo de satisfações pessoais, acima das necessidades coletivas, que compromete a cooperação e fere a solidariedade numa perspectiva emancipatória e libertária. 10. RODRÍGUEZ, Mónica [email protected] ; VISOTSKY, Jéssica [email protected] (Facultad de Ciencias de la Educación- Universidad Nacional del Comahue. Argentina) “Trabajo-formación en la gestión obrera: la potencialidad de los procesos emancipadores” En el presente trabajo focalizamos la atención en las posibilidades y restricciones que se les presenta a los trabajadores de las fábricas recuperadas (particularmente analizaremos el caso de Zanón), para lograr cierto grado de emancipación en los procesos de trabajo organizados

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desde la autogestión como forma original de subsistencia. Una experiencia que ha tenido por objeto ocupar, resistir y producir en un círculo más amplio de relaciones democráticas que excede el ámbito de la fábrica. Esta posibilidad se encuentra íntimamente asociada con las estrategias que los obreros movilizan para reposicionarse y alcanzar niveles de autonomía considerables pero también con las que moviliza el Estado. Por tal motivo, dos dimensiones han estado en tensión desde los primeros momentos de puesta en producción de la fábrica: la lucha política y la necesidad de producir en el marco de un sistema capitalista. A más de una década de recuperación de la misma y habiéndose gestado, a lo largo de estos años, procesos de resignificación de los dispositivos de reproducción, propios de la lógica del sistema capitalista, en clara actitud de resistencia por parte de sus trabajadores, entendemos que estudiar los procesos de formación en el acto de trabajo, desde una perspectiva cuestionadora del orden social vigente, contribuye a reflexionar sobre la posibilidad de librar procesos emancipatorios. 11. SOMBRÍO FRONZA, Claudia [email protected] (Doutoranda do curso de Pós-Graduação em Serviço Social da Universidade Federal de Santa Catarina. Professora Substituta do Departamento de Serviço Social da Universidade Regional de Blumenau); LEMOS, Silvia [email protected] (Graduada em Serviço Social pela Universidade Regional de Blumenau) “PRECARIZAÇÃO DO TRABALHO E O COOPERATIVISMO: uma análise crítica da experiência da Fino Toque Têxtil Cooperativa e do Grupo de Inclusão Produtiva - COOPERGIP’S” Este trabalho analisa as mudanças na relação capital-trabalho no setor têxtil e vestuário blumenauense e a possibilidade de vivenciar relações autogestionárias por intercessão de uma cooperativa popular na sociedade capitalista. Apresenta elementos para reflexão sobre as dificuldades de viabilizar empreendimentos solidários tendo como referencia de análise a Fino Toque Têxtil Cooperativa e o Grupo de Inclusão Produtiva - COOPERGIP’S. Os resultados das pesquisas empíricas apontaram: a ampliação do trabalho não significou o aumento do assalariamento, que as Cooperativas nascem tuteladas pelo Estado e os atuais programas de apoio à economia solidária, contudo, encontram inúmeras dificuldades estruturais e históricas para viabilização econômica e fortalecimento dos valores autogestionários. Algumas das dificuldades presenciadas pelos cooperados são: perdas salariais; aumento da jornada de trabalho; dificuldades de relacionamento interpessoal e de experimentação da autogestão. Essas experiências demonstram aspectos relevantes para análise das transformações do mundo do trabalho e a necessidade emergente de criar estratégias de enfretamento as desigualdades sociais e o fortalecimento da capacidade da classe trabalhadora resistirem, contestarem e lutarem por melhores condições de vida. 12. SOUZA PIRES, João Henrique [email protected] Mestrado da Faculdade de Filosofia e Ciências da Unesp campus Marília “A Baixa Complementariedade Produtiva em Empreendimentos de Autogestão” O enfoque teórico deste trabalho parte da negação ao determinismo tecnológico e a neutralidade científica, assim, abordaremos a causa enquanto problema intrinsecamente político ideológico, isso significa que compreendemos o desenvolvimento tecnocientífico não como linear e inexorável, mas como resultado de escolha. Utilizando-se de revisão bibliográfica e da observação participante não planejada fazemos o debate sobre três atores essenciais na questão da autogestão: o estado, os empreendimentos de economia solidária e as entidades de apoio. Disto isto, o debate sobre a autogestão tem ganhado notoriedade nos últimos, os estudos sobre as organizações de empreendimentos de economia solidária têm contribuído muito para novas reflexões e experiências sobre o tema. Em casos estudados

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sobre empreendimentos de economia solidária, se percebe a existência de pelo menos duas causas latentes que contribui com sua fragilidade, 1ª a falta de recursos para aquisição de equipamentos e insumos para dar condição a sua organização produtiva, e 2ª a dificuldade de desenvolver a autogestão, consequência da baixa escolaridade, do histórico de subordinação alienante, e das dificuldades tecnológicas de gestão e produção.

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|28 de novembro – 9.00hs – Sala D2. UNIOESTE|

SIMPÓSIO 11

PENSAMENTO DA DIREITA E CHAUVINISMO NA AMÉRICA LATINA Coordenador: Jefferson Rodrigues Barbosa. Departamento de Ciências Políticas e Econômicas Universidade Estadual Paulista (UNESP) [email protected]

RESUMO: O presente Simpósio busca reunir pesquisas que abordem o estudo sobre intelectuais, ideologias, grupos, organizações e partidos políticos que possam ser identificados entre critérios reconhecidos nos conceitos de Direita e Chauvinismo. Trata-se de estudos e análises sobre aqueles que defendem o uso da força para a manutenção do status quo, que congregam elementos de conservadorismo, de antidemocracia, de anticomunismo e práticas segregadoras e violentas, manifestadas, sobretudo, através de ações marcadas pelo nacionalismo exacerbado, pela xenofobia, pela homofobia e pelo racismo.

São de interesse deste Simpósio pesquisas sobre investigações empíricas ou elaborações teóricas que abordem temas como o integralismo, fascismo, nazismo, grupos fundamentalistas, organizações juvenis, escritores e publicações chauvinistas, assim como outras expressões de direita em perspectiva crítica. RESUMOS 1. BARBOSA, Jefferson R. [email protected] Universidade Estadual Paulista (Unesp) “Intelectuais do Sigma e integralismo contemporâneo: os herdeiros de Plínio Salgado” Os meios jornalísticos e produções acadêmicas nas últimas décadas têm destacado em âmbito internacional manifestações de movimentos e partidos políticos defensores de ideologias chauvinistas. Os integralistas contemporâneos são aqui interpretados como expressões nacionais deste fenômeno e, organizados, estão atuando em núcleos espalhados em mais de duas dezenas de cidades em diversos estados do país. Novas e antigas gerações de militantes buscam na contemporaneidade mobilizar adeptos e simpatizantes através das novas formas de comunicação e propaganda política, que utilizadas como ferramentas diretivas e organizativas, além dos tradicionais jornais e informativos impressos, potencializam a interação entre os ativistas. O êxito na reorganização dos militantes é propiciado na atualidade pela instrumentalização das tecnologias da informação e comunicação para a divulgação de suas ideias e mobilização de seus membros. As permanências e mudanças na ideologia, às aproximações destas organizações com outros movimentos nacionalistas, assim como, a identificação de seus principais líderes e a localização de seus núcleos foram também os objetivos da investigação. Para o estudo em questão foram utilizados conteúdos de sites e blogs e textos impressos de jornais, informativos e boletins dos grupos mais expressivos entre a atual militância que na difusão de concepções anacrônicas e segregadoras se apresentam como manifestação de uma proposta de ordenamento social legitimada em sua particularidade por uma concepção ideológica autocrática chauvinista regressiva. 2. DOTTA, Renato [email protected]

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Universidade de São Paulo (USP) “O Partido de Representação Popular na mira do DOPS. A reorganização dos integralistas no imediato pós-guerra (1945)” Este texto trata sobre a rearticulação dos integralistas ao longo do ano de 1945, às vésperas da formação do Partido de Representação Popular (PRP), do ponto de vista da documentação do DOPS-SP. Foram analisados os dossiês, documentação do SS (Serviço Secreto) do Departamento de Ordem Política e Social do Estado de São Paulo. 3. PATSCHIKI, Lucas [email protected] Universidade Federal de Goiás (UFG) “O Instituto Millenium e suas interpretações sobre a crise de 2008” Neste texto analisaremos como o Instituto Millenium (IMIL), atualmente o maior aparelho privado de hegemonia da classe dominante brasileira, constrói suas interpretações para a crise econômica global que emerge em 2008 e que ainda encontra-se em seus desdobramentos. Para tanto, primeiro iremos explorar suas premissas teóricas, buscando assinalar como a leitura neoclássica serve de ponto de referência, como linguagem específica comum, que os permite filtrar e depurar as distintas interpretações dentre seus especialistas, visando constituir um ponto de vista “homogêneo”, coerente. Depois, analisaremos os diagnósticos “concretos” do especialistas e editores IMIL sobre a crise (que buscarão dar conta de compreender e explicar as origens, desdobramentos e possíveis soluções para a crise de 2008), buscando visualizar através das distintas interpretações diferentes interesses entre as frações da classe dominante representados no IMIL. Por fim, examinaremos suas “soluções”, suas proposições políticas (positivas e negativas) que servirão para normatizar e guiar a atuação política coletiva. Esta análise articula-se a uma pesquisa maior, e nos permitirá, em um momento posterior, vislumbrar a capacidade de atuação política do IMIL (sua “efetividade real”) em suas diversas articulações com a sociedade política. 4. SILVA, Bruna Aguiar de Almeida e [email protected]; GOMES; Ana Carolina Lima [email protected] (Universidade Federal de Uberlandia UFU) “A Oposição Venezuelana: Uma análise das conjunturas políticas de 2002 e 2014 a partir da mobilização dos grupos de direita” O presente artigo se propõe a analisar a recente incidência de protestos contrários ao governo do atual presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, fevereiro de 2014, em comparação com as manifestações oposicionistas ocorridas no ano de 2002, quando da gestão do ex-presidente Hugo Chávez. Para tanto, será abordada a posição direita na Venezuela, a transformação de seus repertórios de ação e estratégias de desestabilização perante a Revolução Bolivariana, bem como os constrangimentos surgidos no âmbito da conjuntura política interna em relação ao recorte temporal de 2002 e 2014. Isto posto, pretende-se descrever como o movimento de contestação ao bolivarianismo apresentara maior radicalismo durante o mandato de Chávez em função de um alto grau de polarização política e social, sobretudo a partir de mudanças constitucionais no ano de 2002, através das Leis Habilitantes. Analogamente, considera-se que as recentes manifestações em 2014 objetivavam a deslegitimação institucional do governo do Maduro, apostanto em estratégias políticas menos agressivas que visariam minar a estrutura política-econômica em prática no atual governo. A contribuição deste trabalho está na reflexão de um movimento contemporâneo e tão complexo como é a relação política entre governo e oposição na Venezuela, e mostrar como age a “nova” oposição aos governos mais populares, que não é uma realidade limitada a Venezuela, mas a demais países da América Latina.

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|28 de novembro - 11.00hs – Sala I2. UNIOESTE|

SIMPOSIO 12: LA CONSTRUCCIÓN DE IDENTIDADES EN ESPACIOS CULTURALES Y

COMUNITARIOS EN AMÉRICA LATINA Y EL CARIBE. PRINCIPALES RETOS Y PERSPECTIVAS

Coordenadores: Alberto Consuegra Sanfiel (UNLP/Argentina) [email protected]; Esteban Campos [email protected] RESUMO: Nuestra propuesta de simposio está dirigida a concertar un espacio de debate y reflexión acerca de los principales retos, perspectivas y fortalezas que exhibe hoy nuestra región, como escenario cultural y social dinámico, movible y sobre todo cambiante, desde la construcción de identidades tanto colectivas como individual y su representación en los sujetos socioculturales. Tomando como referente la importancia, actualidad y pertinencia de esta temática y los autores que han dedicado parte de su obra al tema, proponemos la inclusión de nuestra propuesta en esta Jornada Científica a partir de las ideas, criterios y discusiones que la misma puede suscitar y el impacto que tendría en los círculos intelectuales, sociopolíticos y culturales. En la contemporaneidad latinoamericana los discursos identitarios, la construcción de mitos, las imágenes socioculturales, los saberes colectivos e individuales, los rasgos distintivos, los ritos, los símbolos, etc. reflejan la urgencia de repensar estos entornos en virtud de la crisis identitaria señalada por autores como Enrique Pineda y Jurgen Habermas; debido fundamentalmente a la absorción y destrucción de culturas originarias, al modelo de desarrollo capitalista impuesto, a los procesos de transculturación, deculturación y aculturación que inciden determinantemente en la transformación de las identidades sociales. La realidad latinoamericana precisa hoy de respuestas, de la toma de consciencia y de decisiones. Se torna vital el diseño de acciones y proyectos por parte de los gobiernos, de líderes comunitarios, investigadores y científicos sociales, en el camino hacia la búsqueda de transformaciones reales que superen las utopías. Llegar a conocer la identidad latinoamericana nos acerca a sus procesos, conflictos, contradicciones, derroteros y potencialidades que enfrenta la región. RESUMOS 1. VARILLAS LIMA, Juan Carlos [email protected] Instituto de Investigaciones Sociales Dr. José María Luis Mora, México “El enfoque de soberanía alimentaria en México. Un detonante en la construcción de las identidades de las comunidades campesinas e indígenas” El problema del hambre y la desnutrición en México es evidente, hay 23 millones de personas en pobreza alimentaria; ante tal situación las políticas públicas implementadas han seguido una línea promotora de la seguridad alimentaria desde una concepción capitalista, esto es, dando preeminencia a los arreglos del mercado alimentario, aumentando las importaciones de alimentos y aplicando medidas asistencialistas para la población vulnerable. Frente a lo anterior, el enfoque de Soberanía Alimentaria ha encontrado cabida en los reclamos sociales y ha sido factor para la organización de los grupos campesinos e indígenas del sur del país. Así, la

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defensa de la soberanía alimentaria, la consciencia campesina e indígena de recuperar los saberes tradicionales y las demandas sociales de los campesinos frente al despojo, olvido y reconversión productiva que favorece a la agroindustria; han sido factores de construcción de identidades en una serie de comunidades autoorganizadas de campesinos e indígenas, así como de organizaciones de la sociedad civil que han constituido una corriente alternativa sobre el problema alimentario que ha ido tomando mayor relevancia en la región latinoamericana. 2. ROCHA, Keili Lucí. Mestranda em Desenvolvimento Rural Sustentável – PPGRDS da Unioeste – Universidade Estadual do Oeste do Paraná, Brasil [email protected] AHLERT, Alvori. Pesquisador e Docente em Desenvolvimento Rural Sustentável – PPGRDS da Unioeste Universidade Estadual do Oeste do Paraná, Brasil CARNIATTO, Irene. Pesquisadora e Docente em Desenvolvimento Rural Sustentável – PPGRDS da Unioeste – Universidade Estadual do Oeste do Paraná, Brasil “Educação ambiental em unidade de conservação: Um contributo para a sustentabilidade” A educação ambiental é condição para promover o desenvolvimento sustentável. A escola se coloca como a base para a transformação e melhoria do planeta. Enrique Leff (2009) defende a educação ambiental para criar novas atitudes nos sujeitos sociais e novos critérios de tomada de decisões dos governos, guiados pelos princípios da sustentabilidade ecológica. Neste contexto, a nossa pesquisa objetiva compreender a relação da educação ambiental escolar com uma Unidade de Conservação - UC existente no município de Santa Helena – região Oeste do Paraná, criada pela Itaipu Binacional em 1984. A UC é integrante do Programa Corredor da Biodiversidade Santa Maria, que sustenta uma iniciativa de conservação ambiental, visando à preservação da fauna e flora e de uma riquíssima biodiversidade. Os resultados da pesquisa demonstram uma ausência de relações entre a educação ambiental escolar com a Unidade de Conservação, o que indica a falta de política pública local e o desconhecimento de políticas públicas de educação ambiental por professores e gestores na educação formal, ocasionando uma desconexão entre escolas e a UC. Tal realidade impõe limites aos potenciais que o local oferece para uma educação ambiental sustentada na interdisciplinaridade com vista ao desenvolvimento sustentável. 3. DUARTE, Pedro Alejandro [email protected] IPOSTEL,Venezuela “¿Cómo fomentar una cultura para la paz en la República Bolivariana de Venezuela?” ¿Cómo fomentar una cultura para la paz en la República Bolivariana de Venezuela? Vivimos en una sociedad cada vez más agitada donde la dinámica diaria impone la invisilibización de las situaciones que no nos agradan o que de una u otra forma puedan generar alguna divergencia de nuestros propios pensamientos o intereses, invirtiendo los valores de fraternidad, amistad y solidaridad, que por lo demás son inherentes a los seres humanos en lo que debería ser una sana convivencia. La cultura debe tener una significación siempre asociada a "valores", nunca a "desvalores". Esta idea ha sido muy bien recogida por el filósofo cubano Pablo Guadarrama (1990), quien afirma que los "desvalores" o "antivalores" no forman parte de la cultura, forman parte de la sociedad. Sabemos que el objetivo principal es fomentar una cultura para la paz, ante un mundo cambiante, donde la violencia ha venido ganando terreno todos los

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días; es por ello que nace la imperiosa necesidad de idear mecanismos capaces de detener esta actitud destructiva para la raza humana enfocándolo desde aspectos claves en la cultura, economía, historia, deporte y sistema de justicia de quince años de revolución bolivariana y chavista. 4. DE OLIVEIRA, Ian Caetano [email protected] Universidade Federal de Goiás, Brasil DE ASEVEDO SILVA, Rannier Venâncio Universidade Federal de Goiás,Brasil “O processo de educação não-formal na Companhia de Santos Reis de Inhumas-go” Há muito é notada e estudada a profunda relação que se dá entre as manifestações rituais e suas implicações sociais. Temos por objeto desta opereta entender como se dão os processos de educação não-formal dentro da C.I.A de Santos Reis de Inhumas. A folia de santos reis é uma festa histórica, com alto grau de hereditariedade e calcada na proposta de uma evangelização mantida extra-muros da igreja. Na sua estrutura de preparo e realização a folia conta com instrumentistas (tocadores de caixa, pandeiro, violão, viola, cavaco, safona), com as vozes (1ª a 6ª voz, além da poesia própria do palhaço e do Embaixador, figura maior das folias) e com toda uma estrutura organizacional que envolve diversos moradores da região onde ocorre a folia, para que esta ocorra. Dentro da festa, se dão processos de passagem de conhecimento, com intúito de melhor aferir e demonstrar esta passagem de conhecimento, optamos por demonstrar a ascenção que os foliões têm na parte musical da festa, pois esta se mostra metodologicamente mais demonstrável, em seu avanço, do que outras formas de aprendizado, que também serão mencionadas, conquanto com menos enfoque.Antes de tratarmos dos meandros que encerra a C.I.A de Santos Reis, no que tange a questão da Educação não-formal, é de bom modo apresentar a estrutura na qual construir-se-á este trabalho: i) Apresentação do conceito com o qual se trabalhará de educação não formal, e também contrapondo este conceito ao de educação formal; ii) Expor-se-á nosso procedimento metodológico de inserção ao campo e de coleta das entrevistas feitas com os foliões, bem como pormenorização das estruturas de entrevista utilizadas; iii) Descrição da festa e alinhavamento da relação dos foliões com esta, com vistas a, assim, demonstrar os processos de educação não-formal ali ocorrentes e, por fim; iv) conclusão com apresentação dos resultados finais obtidos. 5. RODRÍGUEZ, María Itatí [email protected] FLACSO-CONICET, Argentina KRIGER, Miriam [email protected] FLACSO-CONICET, Argentina “Construyendo al dispositivo Andresito. Reflexiones sobre la invención de la identidad local en la provincia de Misiones, Argentina” Andrés Guacurarí y Artigas, conocido como Andresito, fue un indio guaraní, colaborador de José Gervasio Artigas, quien lo apadrinó y lo adoptó como hijo cuando éste se encomendó a la causa de la Liga de los Pueblos Libres. Gobernó entre 1811 y 1822 la Provincia Grande de las Misiones. En 2012 mediante Ley VI N.155/12, la provincia de Misiones ha adoptado a este personaje histórico como prócer y héroe local, desplegando una serie de dispositivos para la instalación de su figura en la escena pública.

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Mediante la discusión de los procesos de invención de las identidades y memorias locales, pretendemos poner en tensión el proceso de producción de esta figura en héroe local. Al mismo tiempo, nos interesa poder rastrear estos relatos en la escena mediática, política y escolar de los últimos años. Nos preguntamos ¿es la figura de Andresito representativa de la memoria histórica de los misioneros u opera como un espacio simbólico que intenta “incluir” a la provincia (o a aquellos territorios) a los discursos nacionales? En este sentido, nos interesar discutir cómo se construye un referente de la identidad local en los contextos actuales.

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|28 de novembro - 11.30hs – Sala K3. UNIOESTE|

SIMPÓSIO 13

PENSAMENTO E TEORIA SOCIAL E POLÍTICA LATINOAMERICANA EM PRINCÍPIOS DO SÉCULO XXI

Coordenadores: Jacques de Novion. Professor Doutor do Centro de Pesquisa e Pós-graduação sobre as Américas (CEPPAC). Universidade de Brasília (UnB). Brasil. [email protected]; Luís Cláudio Rocha Henriques de Moura. Professor Doutor de História e Antropologia do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de Goiás – Campus Formosa (IFG). Brasil [email protected] Comentaristas: Mario Ayala. Instituto Interdisciplinarios de Estudios e Investigaciones sobre América Latina, Facultad de Filosofía y Letras, Universidad de Buenos Aires; Robson dos Santos. Professor Doutor da Universidade Federal de Goiás, Faculdade de Ciências Sociais. Programa de Pós-Graduação em Sociologia da UFG.

RESUMO: Nos últimos sessenta anos os Estudos Latinoamericanos alcançaram um maior amadurecimento, elevando sua importância entre as Ciências Sociais e Humanas. Amadurecimento e importância resultantes da crescente produção crítica de conhecimento sobre os distintos problemas da América Latina e Caribe. Sustentada no estudo sócio-histórico dos diferentes países e realidades que compõem a denominada região, os Estudos Latinoamericanos se propõem ao diálogo interdisciplinar, apresentam observações e estudos em âmbito comparado, e visam a construção de alternativas para a resolução dos dilemas comuns da região. Nesse sentido, conhecer de forma crítica as Histórias e as sociedades do continente, desde uma perspectiva própria; aproximar distintas disciplinas com temas e objetos convergentes ou similares; e confluir distintas realidades sociais e contextos nacionais com problemáticas comuns são elementos fundamentais para a produção crítica de conhecimento sobre nossa realidade.

Esse olhar Latinoamericanista aponta para um aprofundado estudo das realidades e ideias sobre o continente em seus distintos momentos. As particularidades temporais e espaciais dão mostras das complexidades de cada época. Essas particularidades marcam importantes momentos na produção do Pensamento Latinoamericano, ou na construção de visões, olhares, ideias, propostas, alternativas sobre os rumos da região. Relatos de aventureiros/viajantes, teses depreciativas, ideias exógenas, ideias endógenas, proposições autonomistas, teorias libertárias, e perspectivas autóctones revelam a complexidade do conhecimento referente à América Latina e Caribe.

Essa mesma complexidade se estende à produção Teórica Latinoamericana. Com a institucionalização das Ciências Sociais e Humanas na América Latina, na metade do século XX, uma produção de alta qualidade teórica e metodológica vem enriquecendo a Teoria Social e Política Latinoamericana com base na sua própria realidade. Uma produção, a partir dos diversos problemas comuns dessa macro-região, passam a ganhar profundidade analítica, perspectiva crítica e propostas alternativas. Temas como Modernidade, Identidade, Nação, Raças, Estado, Instituições, Desenvolvimento/Subdesenvolvimento, Dependência, Soberania,

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Poder, Miséria, Violência, Democracia, Segurança, Cidadania, entre outros, são evidencias do amplo leque de temas e objetos que compõem a produção teórica sobre/da região.

Produção essa de crescente qualidade que demonstra a existência de um amplo e qualificado quadro de intelectuais Latinoamericanos, constituinte de uma identidade intelectual. Nesse sentido, a presente proposta de Simpósio busca um espaço de dialogo e debate de ideias sobre o Pensamento e a Teoria Social e Política Latinoamericana, produzidos nos distintos países da América Latina e Caribe. Sejam observações locais, nacionais, regionais ou macro regionais, os trabalhos submetidos deverão ser originais e se inserir em um dos quatro eixos temáticos: 1. Novos enfoques históricos e literários sobre o Pensamento e/ou a Teoria Latinoamericana; 2. Novas observações sobre o Pensamento Latinoamericano em tempos e espaços específicos; 3. Novas observações acerca da produção Teórica Latinoamericana, em tempos e espaços específicos; 4. Globalização, Crise de Paradigmas e as Novas Temáticas. Proposta de atividades complementares: Apresentação do Dossiê “Pensamento e Teoria Social Latinoamericana”, Revista de Estudos e Pesquisas sobre as Américas do Centro de Pesquisa e Pós-graduação sobre as Américas (CEPPAC), da Universidade de Brasília (UnB). Organizado por: Jacques de Novion, Lucio Oliver y Mario Ayala. RESUMOS 1. ARROYO RAMÍREZ, Tania [email protected] Instituto Politécnico Nacional. México “El 11-S y la instalación de un Estado de Excepción global, implicaciones para América Latina” La hegemonía estadounidense ha operado desde sus inicios como una gran maquinaria que se despliega a partir de tres grandes estrategias: la económica, la ideológica-política y la militar, atravesando por ciclos en los que el predominio de una u otra estrategia obscurece el desempeño de las otras dos, sin que ello implique su desactivación. De esta manera, pareciera que una de las tres estrategias siempre ocupará un papel protagónico sobre las otras dos y ello dependerá de la fase por la que atraviese la hegemonía y las condiciones del contexto histórico en el que ésta opere. Así, desde inicios de los setentas se percibía la gran vulnerabilidad de EUA en cuanto a su dependencia del abastecimiento externo de petróleo, el cual llegaba ya a un 25% de su consumo total. Es justo a partir de este momento, cuando ya sea mediante la presión económica, o bien, la militar sobre los países ricos en recursos energéticos para que facilitaran la entrada de emporios extractivistas estadounidenses a estos sectores estratégicos, se vuelve constante y persistente. Bajo este contexto, los sucesos del 11 de septiembre del 2001 se convertirían en el precedente necesario, para que tal hegemonía instalara, por principio, un Estado de Excepción en territorio estadounidense y, más adelante y tras el posicionamiento del terrorismo como uno de los temas más importantes en la agenda internacional, su consecuente expansión hacia fronteras insospechadas. Así, la instalación de este Estado de Excepción global, so pretexto de garantizar la seguridad internacional frente al gran enemigo del terrorismo, ha facilitado el camino para la continuidad de esta estrategia extractivista; en el caso de América Latina, iniciativas como el Plan Puebla Panamá, la instalación del Corredor Biológico Mesoamericano, el Plan Colombia, así como las iniciativas de seguridad más recientes como la del Plan Mérida, son una clara muestra de ello. Lo anterior, nos obliga entonces a reflexionar teóricamente en torno al concepto de Estado de Excepción, volviendo si sobre las diferencias conceptuales que se proponían entre los planteamientos de Carl Smith y los correspondientes a Georgio Agamben, pero también poniendo sobre la mesa la necesaria reactualización del concepto, así como la necesidad de alimentar el debate que ha

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sido recientemente impulsado por John Saxe-Fernández, con respecto al derecho que de facto se atribuye el gobierno de los Estados Unidos, por razones de seguridad nacional e internacional, de implantar dicho Estado de Excepción en cualquier punto del planeta que así lo amerite. Todo esto, para en última instancia profundizar sobre las graves implicaciones que la instalación del Estado de Excepción global ha tenido para la Nuestra América Latina, no sólo en términos de extracción de recursos energéticos, sino también en términos de la reciente aplicación de un smart power por parte de la administración de Obama que ha promovido y facilitado la intervención de su gobierno en la región en aras de generar las condiciones políticas y sociales necesarias para beneficiar los intereses hegemónico-estratégicos que ya hemos referido. 2. BARBATO DE OLIVEIRA, Marcio César [email protected] Instituto de Relações Internacionais (IREL). Universidade de Brasília “A colonialidade do poder na narrativa nacional de Domingo Faustino Sarmiento: Reflexões sobre o Facundo a partir dos aportes teóricos de Aníbal Quijano e Santiago Castro-Gómez” Este artigo analisa a narrativa nacional argentina apresentada por Domingo Faustino Sarmiento utilizando como ferramental teórico o conceito de colonialidade do poder, desenvolvido por Aníbal Quijano, problematizado e operacionalizado a partir dos argumentos teóricos apresentados por Santiago-Castro Gómez, referentes ao caráter heterárquico da colonialidade do poder, e a sua investigação na escrita disciplinar das sociedades latino-americanas oitocentistas. Para isso, se apresentará brevemente a discussão realizada por esses autores a esse respeito, expondo a seguir alguns dados biográficos sobre Sarmiento e terminando pela análise de sua principal obra, “Facundo: Civilização e Barbárie”. A hipótese defendida sustenta que se verifica no caso da Argentina pós-independência a presença discursiva da colonialidade do poder, entendida como uma tipificação étnico/racial que afirma a superioridade do “europeu ideal” sobre o seu “outro”, engendrndoa relações de poder nas sociedades modernas-coloniais. Observa-se, além disso, a pertinência da problematização de Castro-Gómez em relação ao caráter heterárquico da colonialidade do poder, que pode tomar diferentes formas conforme o contexto local, ao mesmo tempo em que se remete significativamente a dinâmicas mais amplas de alcance global. 3. CASTILLA CARRASCAL, Ivette Tatiana [email protected] Centro de Pesquisa e Pós-graduação sobre as Américas (CEPPAC). Universidade de Brasília. “Contribuições para o espaço ‘andino’” Este artigo tem como objetivo realizar um debate sobre os principais autores que discutem as categorias ¨indígena-campesino¨ e a categoria de ¨andino¨ em países como Equador e Colômbia. Para discutir sobre indígena-campesino, obras como as de Diaz Polanco e Bartra colocam elementos para se pensar, que apesar de ser trabalhos sobre a realidade mexicana, contemplam muitas semelhanças com a realidade andina. Por outro lado, para pensar na categoria do ¨andino¨, Devés Valdés no seu livro: ¨Pensamento Latino-Americano na Virada do Século: temas e figuras relevantes¨ reúne alguns pensadores que tem avançado para discutir os diversos significados de ser ou pertencer à região andina. Para Alberto Flores Galindo (1986), o termo andino teve muita utilidade, já que permitiu se desvincular da conotação racista que implicava a palavra índio, não se limita aos campesinos, mas inclui as pessoas urbanas e mestiços. Segundo Valdés (2012), o mundo andino foi pensado como lugar identitário, e as referências a este espaço se encontram marcadas pela consideração do indígena como recurso identitário, ainda que também como pobreza, marginalidade, e de reivindicação de direitos econômicos, sociais e culturais.

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4. DA SILVA SANTOS, Elisângela [email protected] Universidade Federal de Goiás/Jataí. “Utopias da nação ideal: os projetos nacionais de Monteiro Lobato e de José Enrique Rodó” Esta proposta de comunicação tem como objetivo fazer uma análise comparada dos pensamentos e projetos do pensador brasileiro Monteiro Lobato (1882-1948) e do pensador uruguaio José Enrique Rodó (1871-1917). O tema principal abordado é a ideia da formação da nação presente em seus textos localizados no final do Século XIX e início do XX. Estes autores atuaram na tentativa de construção de modelos de nação a fim de trabalhar de forma mais adequada os desafios surgidos das diversidades sociais, econômicas, culturais e étnicas. Por meio do recurso da comparação, percebemos as discrepâncias e os diferentes sentidos de seus projetos nacionais: enquanto a Monteiro Lobato importava fortalecer a economia do Brasil, desenvolver as capacidades produtivas e concretas do país, oferecer aos seus habitantes uma educação técnica e racionalizada, de acordo com as exigências do processo de modernização, a Rodó importava fortalecer a base intelectual do Uruguai e do restante do Continente, ampliar a capacidade de pensar, sem a submissão ao modelo econômico e social materialista, imposto principalmente pelos Estados Unidos, o que importava era uma retomada espiritual e o desenvolvimento da cultura universalista. 5. GIMENEZ GIUGLIANO, Rogério [email protected] Sociologia. Universidade de Brasília “Transferências diretas de renda para o combate a pobreza no diálogo entre Brasil e Índia: desafios e perspectivas do diálogo sul-sul” No final década de 1990, diversos países da periferia do capitalismo mundial foram assolados por crises econômicas resultantes da adoção políticas de ajustes estruturais. Diante deste cenário, o Banco Mundial passa a promover a adoção de redes de segurança (SafetyNets) como forma de alívio ao agravamento do quadro social nos países atingidos. A partir deste momento, um modelo de políticas públicas de transferência direta condicional de renda passa a ser desenvolvido na América-latina. Desde meados dos anos 2000, o modelo latino-americano de rede de segurança passa a ser oficialmente promovido tanto pelo Banco Mundial quanto pelos fóruns de desenvolvimento sul-sul como BRICS e IBAS e começa a transbordar a América-latina Desde 2003 a Índia e o Brasil vivem um processo de aproximação econômica e política em fóruns de diálogo como o IBAS e os BRICS. Por estes canais de cooperação sul-sul tem-se realizado entre os dois países um debate público sobre a adoção de transferências de renda para o combate a pobreza em que os modelos latino-americanos tem se constituído como uma referencia. Ao longo dos anos de 2012 e 2013 realizei pesquisa de campo sobre o processo de difusão das políticas de transferência de renda entre Brasil e Índia. Proponho apresentar os resultados desta investigação centrado em três questões: 1. Qual a importância da categoria espaço para a formulação de uma abordagem epistemológica contra-hegemônica ao desenvolvimento? 2.O diálogo entre Brasil e Índia pode ser qualificado como um caso de cooperação sul-sul? 3. Relações Sul-Sul: contra-hegemonia ou hegemonização do sul global? 6. MARTINS NAVES, Mônica; HENRIQUES DE MORAES CICERO, Pedro [email protected] Relações Internacionais. Universidade Federal de Uberlândia. “Violência e pobreza: o paradoxo da Venezuela contemporânea”

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A violência urbana é um dos problemas que mais afeta os países da América Latina; os altos índices de insegurança vivenciada pelos cidadãos da região tem sido motivo de preocupação de organizações internacionais que trabalham em defesa da paz e da manutenção dos direitos humanos. Essa epidemia de violência se contrapõe ao desenvolvimento econômico alcançado nos últimos anos; mesmo com a diminuição da pobreza e a consolidação dos regimes democráticos, a região ainda sofre com os problemas referentes à segurança de seus cidadãos. Nesse cenário, a Venezuela é um dos Estados mais afetados com as implicações da violência tendo em vista os índices divulgados por organizações internacionais e organizações não governamentais, os quais fazem do país um dos mais violentos do mundo. As causas e consequências dessa situação nos remetem a um paradoxo referente à relação entre a diminuição da pobreza e aumento da violência, na medida em que há, claramente, o decréscimo da primeira sem que ocorra, como esperado, uma queda proporcional nos índices da última. Com o intuito de compreender as multifacetadas significações que a conjuntura política, econômica e social impõe aos cidadãos, este estudo terá como objetivo principal problematizar as questões referentes ao cenário de insegurança vivenciada na Venezuela contemporânea. 7. NARANJO NOREÑA, Isabel Cristina [email protected] Centro de Pesquisa e Pós-graduação sobre as Américas (CEPPAC). Universidade de Brasília “Representações da áfrica e dos africanos na produção de intelectuais brasileiros e colombianos durante o século XIX” Durante o século XIX, a associação explícita entre os males da escravidão e a inferioridade racial do negro responde à convergência de argumentos liberais e raciais que explicam o caráter irracional da escravidão em termos do caráter compulsório do regime de trabalho e pela inferioridade racial dos escravos africanos. Os estudos empreendidos naquele momento sobre os africanos e o seu continente, revelavam a tendência inata dos negros à ociosidade e a sua incapacidade mental era validada pelas pesquisas científicas sobre a conformação do cérebro africano. Diante deste panorama, o presente trabalho se propõe analisar a produção intelectual das elites criollas e brasileiras em torno do continente africano e seus descendentes no continente americano. Para tais efeitos, nos debruçaremos na leitura de alguns dos artigos que compõem o Semanario del Nuevo Reyno de Granada, publicação periódica sob a direção de Francisco José de Caldas e que vê a luz em janeiro de 1808. Através deste, um grupo de intelectuais alimentou os debates sobre a geografia, a população e o clima desta porção do território americano. Para o caso brasileiro, lançaremos mão de textos produzidos por intelectuais que como Frederico Burlamaque e Aureliano Tavares Bastos, se comprometeram com a discussão sobre a inferioridade dos escravos de origem africana e os seus descendentes no Brasil e os efeitos desta na formação da comunidade nacional brasileira. 8. NUNES DE MOURA E SILVA, Luisa Maria [email protected] UFMS/USP/UNILA-CNPq “Metodologia de Análise na Teoria da Dependência: Da análise dos problemas latino-americanos ao desenvolvimento de propostas de intervençã” Pretendemos, neste trabalho, iniciar um mapeamento e aprofundar o entendimento de conceitos, variáveis e indicadores desenvolvidos nas vertentes criticas originárias da Teoria da Dependência (Gunder Frank, Ruy Mauro Marini, Vânia Bambirra, Theotonio dos Santos,) e nas vertentes que vêm se desenvolvendo na atualidade (Teoria do Sistema Mundo, correntes latino-americanas e brasileiras de pensamento critico). Partimos da dualidade do conceito de dependência/interdependência e dependência estrutural e de sua validação “científica”,

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passamos pelos conceitos de troca desigual, super-exploração da força de trabalho, sub-imperialismo, padrão de reprodução do capital, integração regional, inovação endógena,subordinação cultural, entre outros, para construirmos um quadro conceitual que ampliará os horizontes e facilitará o direcionamento das pesquisas comparativas, bem como a “precisão” da análise na elaboração de diagnósticos de problemas latino-americanos. Do quadro conceitual serão vislumbradas novas possibilidades de construção de indicadores que fornecerão elementos para decisões políticas e de intervenção social. 9. PEÑARANDA, Mariana [email protected] Facultad de Filosofia y Letras. Universidad de Buenos Aires “Clase Media y Reforma Universitaria en Argentina. Actualizando el debate en torno a los estudios sobre la clase media en Argentina” El comienzo del siglo XX en Latinoamérica es un momento de profundos cambios sociales y políticos. En muchos países del continente comienzan luchas sociales que provocan la aparición de nuevos grupos y clases sociales. En Argentina, el nuevo siglo trae aparejada la lenta pero segura aparición de un sector social que en poco tiempo se dará en llamar “clase media”, a tono con el surgimiento de grupos similares en Europa. Muchos estudiosos han marcado que el surgimiento de este grupo social se produce durante el proceso de reforma universitaria que se despliega desde 1918 en nuestro país y se extiende al resto del continente en las siguientes décadas. Sin embargo, estudios y teorizaciones recientes ponen en cuestión de que efectivamente en ese conflicto haya existido participación orgánica de esta nueva clase en conformación. Nuestro objetivo con este trabajo es hacer un recuento de los trabajos dedicados a este problema, desde 1918 hasta la fecha, buscando proporcionar un panorama más actualizado, desde este caso ejemplo, de los debates históricos que existen en torno al surgimiento de nuevas clases sociales en el siglo XX. 10. TORRES, Esteban [email protected] CIECS-CONICET/Universidad Nacional de Córdoba “El poder y el estado en manuel castells: análisis del periodo 1983- 2003” En el presente artículo analizamos la relación que establece Manuel Castells entre los conceptos de poder y de Estado en un período de su producción teórica que abarca desde 1983 hasta 2003. Nos ocupamos de exponer y analizar las distintas modalidades que adquiere tal vínculo, las transformaciones principales que experimenta, así como la apropiación que efectúa nuestro autor de las obras de Max Weber y de Michel Foucault. A ello sumamos, hacia el final del trabajo, un breve contrapunto entre la visión de Castells y el trabajo de Nicos Poulantzas, la fuente teórica central de sus conceptos de poder y de Estado hasta 1982. La investigación permite descubrir, entre otros aspectos, el modo en que los trazos normativos centrales del pensamiento político de Castells, edificados en gran medida a partir del rechazo del poder soberano del Estado-nación, inspiran la formulación del vínculo en cuestión. A partir del presente trabajo intentaremos clarificar las implicancias que conllevaría la apropiación de la teoría social de Castells para pensar hoy la relación entre poder y Estado en América Latina. 11. VAZ, Marcelle S. [email protected] Centro de Pesquisa e Pós-graduação sobre as Américas (CEPPAC). Universidade de Brasília

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“Os desafios para a integração autônoma da América Latina na perspectiva da sociedade civil no âmbito da União de Nações Sul-Americanas (UNASUL) e da Comunidade dos Estados Latino-americanos e Caribenhos (CELAC)” O cenário da participação cidadã na América Latina passa por um período de ausência de mecanismos institucionalizados e de severas restrições à participação popular, o que agrava o déficit democrático nos projetos regionais. No entanto, instâncias participativas têm sido criadas no âmbito da UNASUL e CELAC nos últimos anos. O objetivo do artigo é identificar tais instâncias e promover uma discussão acerca da integração latino-americana a partir dos projetos contemplados por essas instituições e as diversas iniciativas da sociedade civil que se manifestam nessa empreitada. A proposta é a de que a UNASUL viabiliza uma integração a partir de “cima”, enquanto CELAC estaria mais próxima a uma perspectiva a partir de “baixo”. A discussão recorre aos principais fóruns de participação de cidadãos, as cúpulas sociais realizadas paralelamente ou em coordenação com cúpulas intergovernamentais no interior dessas instituições. O debate está situado na mobilização de movimentos sociais e redes de organizações da sociedade civil que refutaram projetos como a ALCA (Área de Livre Comércio das Américas) e buscam uma integração autônoma da região a partir de “novos” caminhos.

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|28 de novembro - 9.00hs – Sala E5. UNIOESTE|

SIMPÓSIO 14

DECOLONIALIDADE: LIMITES, ALCANCES E PERSPECTIVAS

Coordenadores: Alai Garcia Diniz (Departamento de Língua e Literatura Estrangeiras/UFSC, atualmente na UNILA, PVS - CAPES) [email protected]; Armando de Melo Lisboa (Dpto. de Economia e Relações Internacionais/UFSC) [email protected]; José Fernando Manzke (Dpto. de Educação/UFMA) [email protected]

RESUMO: O simpósio será um espaço para que a pluriversidade dos trabalhos e pesquisas dentro do amplo campo da Teoria Decolonial possa se conectar e, através da cumplicidade desta experiência compartida, construir um novo conhecimento comum que fará avançar a própria teoria. Ou seja: mais que um balanço, o simpósio constituirá um marco na construção desta perspectiva. Esta pretensão se justifica porque a compreensão da “decolonialidade” passa por um forte processo criativo, vivendo um momento de grande ebulição teórica, inclusive de revisão autocrítica interna.

Ela vem se desdobrando numa profusão de temas e questões problematizadoras, bem como diversos e inovadores conceitos, os quais estão sob forte debate e em processo de construção e afirmação, como, por exemplo, “mundo moderno-colonial”; “diferença colonial epistêmica”; “matriz colonial de poder”; “giro epistêmico”; “desprendimento epistêmico”; as “geopolítica”, “corpopolítica” e “teopolítica do conhecimento”; “pensamento de fronteira”... Além disto, no presente debate também estão sendo retomados e reconceituados categorias como “colonialismo interno”; “interculturalidade”; “classe”; “indigenismo”; “dependência”; “negritude”; “feminismo”; “pedagogia”; “emancipação”; “América Latina”; “Tawantinsuyu” ...

No bojo deste processo, está a ocorrer uma profunda releitura de autores como Paulo Freire; Fanon; Foucault; Césaire; Las Casas; Darcy Ribeiro; Mariátegui; além de muitos outros que estavam silenciados e passam a ser, literalmente, descobertos e desenterrados, como é o caso de Guáman Poma e Cuogano, Inclusive os próprios autores centrais do pensamento decolonial como Quijano; Dussel e Mignolo, também passam por uma transformação e revisão. Episódios históricos também são repensados e revalorizados, como a independência do Haiti; insurreições de Túpac Amaru e Túpac Katari...

Por outro lado, o pensamento Decolonial está a provocar um profundo entrelaçamento, tencionamento e confronto com outras matrizes de pensamento, como a Filosofia da Libertação; Teologia da Libertação; Teoria da Dependência; Teoria dos Sistemas-Mundo-Moderno; Estudos de Gênero; Pedagogia da Libertação; Estudos Pós-Coloniais... Afinal, pensar e enfrentar a condição colonial foi o ponto de partida de todas estas correntes.

Infelizmente, aqui no Brasil tem sido poucos os espaços acadêmicos em que este debate é realizado, em que pese a literatura decolonial estar cada vez mais difundida graças a internet e ela ser velozmente referenciada num número crescente de trabalhos de conclusão de curso, dissertações de mestrado e teses de doutorado.

Finalmente, este Simpósio ocorre num momento extremamente oportuno de explosão das redes sociais e ascensão do movimento indígena, negro, das mulheres, camponês e juvenil, que perfazem emblemáticos impasses e provocam decisivas inflexões por toda América Latina, especialmente na Bolívia, Venezuela, Argentina e Brasil.

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RESUMOS 1. ADAMS, Telmo [email protected] PPG em Educaçao-UNISINOS (BR) “(Des)colonialidade e pedagogia libertadora desde uma ótica do sul” Com o presente trazemos uma discussão desde uma ótica epistemológica do sul que embase uma educação na perspectiva da descolonialidade e contribua na ampliação de caminhos emancipatórios. Problematiza-se os sentidos de emancipação na relação com libertação, especificamente, com a pedagogia libertadora “escavada” de dentro do contexto das heranças culturais no movimento dialético de superação das heranças coloniais, identificado como (des)colonialidade. Hegemonicamente prevalece, dentro e fora dos meios acadêmicos, o paradigma da modernidade eurocêntrica, colocado (e aceito) como parâmetro de um conhecimento que se autodefiniu como superior e universal, com a decorrente “desclassificação” dos saberes do sul. Tal paradigma está igualmente incorporado num modo de ser e se constitui num ethos de dependência ou subserviência cultural, um sustentáculo da colonialidade. Entre os autores destacados estão Aníbal Quijano, Walter Mignolo e Catherine Walsch, Paulo Freire, Boaventura de S. Santos, entre outros. A temática é extremamente atual e pode contribuir para (re)afirmar pontos de referência comuns para a educação e lutas libertadoras na América Latina e Caribe. A proposta é dialogar e contribuir no debate proposto por este simpósio e assim clarificar nossos caminhos para o processo de investigação e educação libertadoras. 2. AMORIM, Elizangela Santos de [email protected] (Universidade Federal do Maranhão – UFMA); MANZKE, José Fernando [email protected] (Universidade Federal do Maranhão – UFMA) “Educaçao Camponesa numa perspectiva decolonial:as limitaçoes das teorías emancipatórias inclusivas” A Educação do Campo como modalidade e concepção educativa, de uma forma geral, e particularmente no Sudoeste do Maranhão, em que pese seu referencial crítico, apresenta uma prática social reprodutora da colonialidade. Os agentes educativos, em sua maioria comprometidos com um projeto emancipatório, reproduzem práticas coloniais ao limitar sua ação à inclusão escolar. O referencial crítico contribui para a afirmação da identidade camponesa e o fornecimento de equipamento teórico para os embates políticos e sociais com as instituições públicas e os interesses privados. No entanto, os saberes e as práticas educacionais ainda operam nos marcos inclusivos da colonialidade. Não existe redenção social dentro do modelo excludente do capitalismo, por ser esta uma característica intrínseca ao sistema, nem no modelo de Reforma Agrária praticada no Brasil. As teorias críticas, a partir da década de1970, com sua abordagem libertária e emancipadora, muito influenciadas pelo marxismo, e as teorias pós-críticas, a partir de meados da década de 1980, com a fragmentação temática decorrente das diferentes demandas dos grupos e segmentos sociais, ao operarem nos marcos conceituais e epistêmicos da modernidade/colonialidade, não conseguiram apresentar resposta articulada à complexidade dos fatos sociais. A teoria decolonial representa uma ruptura com o modelo científico tradicional e a busca de respostas outras a partir das vítimas do processo capitalista eurocêntrico. É neste sentido, que por ora realizamos uma análise crítica, com a contribuição da teoria decolonial, sobre a educação camponesa no Estado do Maranhão, a partir de seus referenciais teóricos e práticos, e, a influência dos movimentos sociais, na organização curricular das escolas do campo.

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3. CÁRDENAS CASTRO, Juan Cristóbal [email protected] Programa de Posgrado en Estudios Latinoamericanos, UNAM/México “Del «giro dependentista» al «giro decolonial». Revalorización crítica de la teoría de la dependencia emprendida por Enrique D. Dussel (1984-2014)” Uno de los principales debates que alumbró el devenir del pensamiento crítico latinoamericano en la década de los sesenta del siglo XX tuvo como epicentro a Chile. Se trata del cuestionamiento de las teorías del desarrollo, impulsadas en la región a través de la CEPAL, y del simultáneo intento por sistematizar una teoría de la dependencia. Puede situarse en 1967 el inicio del «giro dependentista», que a la postre marcó el fin del predominio de la sociología del desarrollo y el despunte de la sociología de la dependencia, punto de inflexión que es, a la vez, un momento constituyente y esencial del recientemente denominado «giro decolonial». En gran medida, el «giro dependentista» estuvo posibilitado por el exilio intelectual que arribó a Chile a partir de los golpes militares de Brasil (1964) y Argentina (1966). A fines de los años sesenta el debate abierto en Santiago de Chile impactó del otro lado de la Cordillera de los Andes (en Mendoza, Argentina)– donde Enrique Dussel, quien llegará a ser uno de los más destacados exponentes de la «filosofía de la liberación», advierte su importancia y, más tarde, desde mediados de los años ochenta, en su exilio en México, emprende –desde una relectura de Marx– una revalorización crítica de esa tentativa teórica, la que continúa hasta el presente. 4. CADAVID BERRIO, Juan Sebastián [email protected] Universidad Nacional de Colombia “El sujeto de la experiencia colonial: hacia una política de lectura pluriversal de la diferencia cultural” En un extraordinario trabajo dedicado a La autonomía universitaria como institución latinoamericana (1982), el infatigable Leopoldo Zea diferenciaba dos nociones de Universidad sobre las que se levantaban los alegatos autonomistas: una que caracterizaba el modelo cultural conservador-(neo)liberal de la Universidad occidental metropolitana y la otra que se desprendía de los movimientos de liberación (teológico-filosófico-político) de la cultura latinoamericana en el siglo XX. El acento del filósofo mexicano está colocado sobre las experiencias otras que los sujetos universitarios coloniales modelizan y representan al interior del eje paradigmático de la institución encargada de lo que la semiótica cultural llamaría “el problema de la educación de la cultura”. ¿Cuál es el horizonte de inteligibilidad sobre el fondo del cual deben ser leídas estas experiencias otras de los sujetos universitarios coloniales descritos por Zea? ¿Qué noción de “diferencia cultural” está presupuesta en los balances y “comparatísticas” universitarias que glosa Zea y qué vasos comunicantes podemos seguir para elucidar las tensiones de la actual etapa de estandarización y medición de los niveles educativos a escala global? Estas preguntas motrices direccionarán la ponencia y me permitirán hilvanar un cuadro relacional entre la “autonomía universitaria como institución latinoamericana” (Zea) y la colonialidad del saber-poder universalista desde el escolasticismo hasta sus actuales remanentes en el sistema capitalista-moderno-colonial. 5. CAVALCANTI DE SOUZA, Maria Nazaré [email protected] Universidade Federal do Acre “Sobre a interculturalidade no cinema: O mestre e o divino”

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O Mestre e o Divino (2013),filme documentário do cineasta Thiago Campos Torres, revela em imagens a subjetivação da colonialidade do ver instituído pelo imaginário eurocêntrico que se processa na relação conflitiva entre dois personagens: o imigrante europeu e o nativo latino-americano. Resgatando um acervo em super-8 organizado pelo missionário alemão Albert e interstícios da atualidade, o roteiro une uma proposta estética de cinema que aborda a imagem que se faz, que se publica, que se produz sobre pessoas em diversidade cultural. Documentário de riqueza impar traz sutilezas que dizem muito sobre a absolutização da cultura eurocêntrica imposta como referência de criatividade, e, ao mesmo tempo, desdiz sabiamente quando aponta a luta travada contra a imponência e a inferência na‘domesticação’ indígena. Aborda o processo de interculturalidade questionando a ideia de pertencimento a uma cultura. Desafia a re-pensar nas imagens cinematográficas a manutenção da invisibilidade do colonizado diante de imposição religiosa, educacional e a reprodução de imagem de ‘civilidade’ que permanece na América Latina. Tomando como base a teoria da decolonialidade do ver(Grosfoguel e Barriendos) e as relações de interculturalidades na perspectiva crítica que defende Catherine Walsh, o filme instiga a refletir sobre o processo de inferiorização racial e epistêmica impressos nas produções imagéticas de massa na América Latina. 6. FRANCKINI, Tiago Menna [email protected] Doutorando em Direito-UFSC; UFPEL/UFSC “Os estudos decoloniais como camino para repensar a epistemología do Direito no Brasil atual” É notório que o campo da epistemologia, em especial, da epistemologia jurídica no Brasil, foi ao longo dos séculos dominado por (e consolidou-se a partir de) concepções eurocêntricas de cientificidade. Apesar dos conceitos, teorias, métodos e objetivos científicos criados no norte global ainda serem o discurso hegemônico dentro da academia, nas últimas décadas é possível observar a emergência dos discursos pós-coloniais ou decoloniais como um relevante elemento no campo da epistemologia. A partir da crítica à visão de modernidade ocidental iluminista (em especial contida em Enrique Dussel) e seu caráter colonial (conforme Aníbal Quijano), se observa novas formas de compreender o mundo, a ciência e o direito a partir do denominado sul global geopolítico. Contudo, é possível observar que no campo jurídico brasileiro, as relevantes transformações emergentes dos debates decoloniais, que já têm resultado em alterações concretas em outros países latinos, não têm conseguido alcançar espaços significativos no campo acadêmico – enquanto linha de pesquisa, objeto de estudo etc. Desse modo, a presente pesquisa realiza a necessária aproximação entre as discussões decoloniais e a pesquisa jurídica brasileira atual, com o propósito de desvendar em que medida os estudos decoloniais podem contribuir para a emergência de uma nova forma de epistemologia jurídica (uma epistemologia a partir do sul – nos termos de Boaventura de S. Santos) conectada com a realidade histórica, social, política e cultural do país. 7. HASHIZUME, Mauricio [email protected] Centro de Estudos Sociais (CES) Universidade de Coimbra (UC) PT “Notas sobre a formação da colonialidade do poder no Brasil” Esta reunião de notas têm o intuito de apresentar uma cesta de elementos históricos, antropológicos e sociológicos que possam ajudar a entender melhor a formação da colonialidade do poder no Brasil. Em síntese, busca-se aprofundar a compreensão das bases da "linha abissal" que, conforme Boaventura de Sousa Santos, divide sociedades contemporâneas, . Em contraste com interpretações históricas que tendem a enfatizar as disputas de poderes entre a coroa portuguesa, a igreja católica e os chamados colonos

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(proprietários rurais privados) estabelecidos pela empresa colonial, o desafio que aqui se coloca é o de decifrar como o colonialismo não só propulsionou a expansão mercantil com as grandes navegações, motor do desenvolvimento capitalista, como se entranhou de forma meticulosa na institucionalidade "moderna" nascente. Para além da suposta ambiguidade da legislação e política indígenas coloniais, busca-se aqui mostrar como as "peças se encaixam" na discriminação dos povos indígenas, isto é, na impregnação da marca profunda da colonialidade do poder no "espírito" do Estado. Sem compreender os alicerces desse abismo (cultural, político e econômico), dificilmente será possível averiguar as possibilidades de proposições "pós-abissais" associadas às possíveis estruturas e políticas públicas com base em concepções igualmente apresentadas por Santos como a "ecologia de saberes" por meio da "tradução intercultural". 8. KYRILLOS;, Graciela de Moraes [email protected] Doutorando em Direito-UFSC; UFPEL/UFSC “Os estudos decoloniais como camino para repensar a epistemología do Direito no Brasil atual” É notório que o campo da epistemologia, em especial, da epistemologia jurídica no Brasil, foi ao longo dos séculos dominado por (e consolidou-se a partir de) concepções eurocêntricas de cientificidade. Apesar dos conceitos, teorias, métodos e objetivos científicos criados no norte global ainda serem o discurso hegemônico dentro da academia, nas últimas décadas é possível observar a emergência dos discursos pós-coloniais ou decoloniais como um relevante elemento no campo da epistemologia. A partir da crítica à visão de modernidade ocidental iluminista (em especial contida em Enrique Dussel) e seu caráter colonial (conforme Aníbal Quijano), se observa novas formas de compreender o mundo, a ciência e o direito a partir do denominado sul global geopolítico. Contudo, é possível observar que no campo jurídico brasileiro, as relevantes transformações emergentes dos debates decoloniais, que já têm resultado em alterações concretas em outros países latinos, não têm conseguido alcançar espaços significativos no campo acadêmico – enquanto linha de pesquisa, objeto de estudo etc. Desse modo, a presente pesquisa realiza a necessária aproximação entre as discussões decoloniais e a pesquisa jurídica brasileira atual, com o propósito de desvendar em que medida os estudos decoloniais podem contribuir para a emergência de uma nova forma de epistemologia jurídica (uma epistemologia a partir do sul – nos termos de Boaventura de S. Santos) conectada com a realidade histórica, social, política e cultural do país. 9. LOZADA GALLEGO, Verónica [email protected] Universidad Nacional de Colombia “El sujeto migrante o las fronteras del Estado-Nación’ En la conformación del proyecto de Estado-Nación, construir una identidad férrea permite tener una línea de horizonte transparente que, en la mayoría de los casos, posibilita el desarrollo o avance. Las caracterologías y cualidades que definen a los sujetos que habitan ciertos territorios en lo que se ejecuta un proyecto de Estado-Nación, se plantea como límites que inhiben la divergencia y la re-construcción de cuerpos. Lo que se encontrará mi lectora en las páginas en esta ponencia es una reflexión en torno a las fronteras y/o límites del proyecto de Estado-Nación cuando irrumpe el sujeto de la migración. Los Estados-Nación no sólo pueden leerse como entes políticos que están a cargo de las instituciones gubernamentales, como si sólo la legislación fuera la herramienta con que pueden tener o no injerencia en la constitución de los sujetos, por el contrario estos proyectos, como matrices, toman la forma del rizoma con el que atraviesan o traspasan nuestros cuerpos. Toda la historia que se escribe

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desde los Estados-Nación se inscribe, talla en la piel, en el cuerpo. El cuerpo funciona para ese orden y memoria cultural, como determinación y estabilidad que no permite el pensamiento fronterizo, o pensar en la frontera. 10. LUCERO, Maria Elena [email protected] Universidade Federal de Integraçao Latino-Americana (UNILA) /UNR(AR) “Imágenes decoloniales sobre la complejidad cultural” La producción visual de América Latina del siglo XX condensa una variable de emergentes artísticos diversos no solo por la complejidad histórica que caracteriza al continente sino por la pluralidad de comunidades nativas que conformaron su territorio geográfico. Así como la crítica cultural ha abonado fuertemente el terreno de las artes también han surgido otras vías de estudio enlazadas con dimensiones sociales, económicas y políticas. Cabe mencionar los aportes al ámbito de las producciones visuales de una perspectiva analítica que en el escenario latinoamericano se inscribe en el llamado ‘giro decolonial’. América Latina posee una tradición franqueada por luchas contra el colonialismo y el eurocentrismo. En la actualidad, la esfera artística contemporánea manifiesta sus posicionamientos colectivos frente a una sociedad globalizada. Este artículo se enfocará en las contribuciones de la inflexión decolonial a la esfera artística, permitiendo pensar otros sentidos inherentes a las formulaciones estéticas surgidas en estas regiones. Se analizarán las obras de Alfredo Jaar, Tania Bruguera y Milagros de la Torre. 11. PIRES, Nara Suzana Stainr [email protected] ULBRA e do Centro Universitário Franciscano-UNIFRA. “MEIO AMBIENTE, GLOBALIZAÇÃO, TEORIA DECOLONIAL E PERSPECTIVAS SOBRE CIDADANIA PLANETÁRIA” A decolonialidade trata-se de uma esfera crítica da epistemologia eurocêntrica e, consequentemente, dos discursos coloniais, à emergência de diferentes saberes além fronteiras. Dentro desta perspectiva o debate em relação do capitalismo com o meio ambiente, frente a globalização tem importância quando implica uma redefinição da relação entre o Ocidente e seus outros, o que leva a uma mudança do eurocentrismo, emergindo para uma ideia inovadora, a cidadania planetária. Neste sentido como particularidade do sistema há necessidade de rever o conjunto de práticas representacionais que participam da produção de concepções do mundo. O trabalho contribui no esforço de explorar a relação de domínio do capitalismo com a natureza de maneira a ajudar a desmistificar as verdades emergentes que escondem a submissão e exploração dos seres humanos e da natureza. Como alcance, há uma diversidade de doutrinas no campo da Teoria Decolonial para que se possa interdisciplinarmente, construir um novo conhecimento comum que poderá avançar à própria teoria. Tal estudo beneficia à experiência jurídica latina americana, destacando os aspectos, com relevância no Brasil e a sua utilização, bem como as reflexões de Quijano; Dussel; Coronil e Mignolo a respeito da temática aqui desenvolvida. Enfim, refletir e confrontar a qualidade colonial é o ponto inicial de todas estas correntes. 12. PEREIRA, Flavio [email protected] UNIOESTE-Foz do Iguaçu “Los conjurados del Quilombo del Gran Chaco como resposta utópica ao isolamento nacional dos países do Cone Sul: além da nação e da herança colonial”

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O livro Los conjurados del Quilombo del Gran Chaco é uma obra singular no contexto da literatura latino-americana contemporânea, pois é fruto da colaboração de quatro escritores oriundos dos quatro países que se enfrentaram na Guerra contra o Paraguai e fundaram posteriormente o Mercosul. Este trabalho pretende indagar se a obra pode ser lida como fruto de uma estratégia pós-colonialista e pós-nacionalista, tendo em vista que estabelece um território literário utópico como resposta ao isolamento nacional derivado de um processo histórico colonial posto em marcha pela Europa, por um lado e à primazia do aspecto econômico no processo de integração regional em marcha no Mercosul, por outro. Desta forma, o que se tentará fazer é buscar os aspectos formais, motivos literários e tramas que permitam pensar Los conjurados del Quilombo del Gran Chaco como uma resposta ao colonialismo europeu e aos seus resultados, perceptíveis ainda hoje nos territórios geográficos e nos imaginários coletivos destas regiões. Assim, o estabelecimento do Quilombo del Gran Chaco como território utópico parece um recurso literário fundamental para questionar a fragmentação do Cone Sul em países/nações e refletir sobre o devir desta zona geográfica do continente americano. O discurso literário permite então abrir um espaço para um questionamento tanto do passado como do presente, bem como dos imaginários a eles associados. 13. PEREIRA, Diana Araujo [email protected] Universidade Federal de Integraçao Latino-americana- UNILA “El reciclaje como trinchera de guerra”: estética cartonera y descolonización literaria” O movimento cartonero conta hoje com mais de 70 editoras cartoneras espalhadas por toda a América Latina (além das que existem na Europa e na África). Apesar de haver diferenças entre elas, de uma maneira geral mantêm elementos comuns: editoras que se configuram como alternativas e artesanais. O cartonerismo provém do uso do papelão ou “cartón” para a elaboração das capas de suas edições; geralmente estão vinculadas a grupos que se autorregulam e gerenciam pela economia solidaria, pelo sistema cooperativo. Os coletivos cartoneros contra-atacam a lógica do mercado e da indústria cultural, democratizando o acesso a este suporte livresco tão elitista em muitos sentidos. No entanto, além do aspecto formal, seu conteúdo também procura abarcar vozes e linguagens marginais ao âmbito literário canônico, chegando a nutrir uma estética crítica e corrosiva. As cartoneras suscitam, portanto, uma reflexão sobre os novos caminhos estéticos que estão surgindo na América Latina, cujo percurso está marcado pela apropriação da realidade histórica e sociocultural, construídos sobre a fricção e o conflito, mas principalmente sobre a potência (Maffesoli) do bárbaro tecnizado (Oswald de Andrade). 14. RODRIGUES, Bernardo Salgado [email protected] Mestrando do PPG em Economia Política Internacional - (PEPII -UFRJ) “Colonialidade na América Latina e a descompartimentalização do saber” O presente trabalho tem por objetivo mostrar o surgimento da transdisciplinaridade e a necessidade de seu uso no modo de pensar contemporâneo, principalmente na América Latina, se concentrando na construção teórica do conceito de colonialidade e buscando apresentar o passado histórico de formação das ciências sociais na contemporaneidade, assim como de sua influência na América Latina. Assim, constata-se que o modo de pensar e agir na América latina é, ainda hoje, influenciado pelos centros hegemônicos de poder e pela colonialidade. A busca por alternativas locais e regionais que engendrem uma descompartimentalização do saber e um pensamento transdisciplinar compartilhado é um anseio para que a autonomia teórica, prática e científica na região sejam concretizadas. Desta

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maneira, propõe-se o desafio para o pensamento social crítico latino-americano de desalojar os diversos saberes de caixas hermeticamente fechadas e negar o processo de homogeneização do pensamento, buscando lidar com a complexidade do mundo contemporâneo a partir de uma perspectiva integrada, dial ética e não coercitiva como a base sólida da produção científica do século XXI. 15. SIMI, Gianlluca [email protected] (Mestrando University of Nottingham, UK); WRIGHT, Collin [email protected] (Mestrando University of Nottingham, UK) “Anauê! Plínio Salgado e a guinada à direita do nacionalismo brasileiro” Este artigo investiga a relação entre colonialismo e nacionalismo na experiência brasileira com o desenvolvimento da vertente conservadora e ultranacionalista do Modernismo, representada pela figura de Plínio Salgado. Partimos das ideias de Frantz Fanon sobre a situação colonial para entender a construção de uma estrutura de dominação que determina as condições materiais da vida nas colônias fundamentada no axioma de que os valores europeus sejam superiores e de que devam, portanto, ser disseminados através de um esforço civilizatório. As ideias de Fanon também nos auxiliam a compreender o nacionalismo como uma reação ao colonialismo enquanto aquele se esforça para que a (auto)determinação das colônias seja radicalmente dissociada da dominação por um poder estrangeiro. A partir daí, exploramos a hipótese de que o nacionalismo se resuma, no entanto, a um fenômeno elitista, já que parece, num primeiro momento, ser liderado por um burguesia nacional que floresceu no espaço ambíguo entre o nativo e o metropolitano. Por fim, concentramo-nos no caso brasileiro da influência de Plínio Salgado e seus dois manifestos: o Manifesto Verde-Amarelo, de 1929, e o Manifesto de Outubro, de 1932, e a consequente criação da Associação Integralista Brasileira. 16. VERAS DE SOUZA, Joao José [email protected] Pós-Graduaçao Interdisciplinar CH- UFSC “A colonialidade do ser amazônico – de simbólico e ontológico” Parte-se da hipótese, com auxílio dos pressupostos da Teoria Critica Decolonial, de que, pelos projetos de desenvolvimento provados na Amazônia brasileira, se tem forjado construções epistêmicas e discursivas no sentido de produzir ambiente propicio à difusão/sustentação da mentalidade moderno-colonial (colonialidade) e de renovada reafirmação histórica de sua legitimidade como projeto civilizatório desde os contextos local e global. O produto disso - se supõe - resulta em um constructo mental que represente/simbolize o novo sujeito social e ontológico da Amazônia. Não mais o não-ser mas agora o ser, posto que transmudado de bárbaro para civilizado. Tal intento ao mesmo tempo que é simbólico busca ser ontológico. Esse novo sujeito é o cidadão da floresta (seringueiros, indigenas...), cuja inclusão nos sistemas de saberes e poderes modernos há de ser realizada por atos formais de governo – do “governo da floresta” - e especificamente pela via da florestania - categorias estas forjadas nos contextos históricos de ações e discursos governamentais desenvolvimentistas operadas no Estado do Acre. Nessa disposição de fazer o outro representar – no plano simbólico - o seu (dele) próprio oposto, o projeto moderno-colonial busca, na verdade, é afetar ontologicamente o então não-ser social reconfigurando o seu modo de agir e pensar ajustado à racionalidade econômica nos projetos desenvolvimentistas e ambientais.

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|29 de novembro - 9.00hs – Sala F1. UNIOESTE|

SIMPÓSIO 15 TENSIONES Y CONFLICTIVIDAD SOCIAL EN TORNO A LA TIERRA EN

AMÉRICA LATINA. SIGLO XX Y PRINCIPIOS DEL SIGLO XXI

Coordenadores: Javier Moyano (Universidad Nacional Córdoba) [email protected]; Saúl Luis Casas (Universidad Nacional La Plata) [email protected]

RESUMO: En Siete ensayos de interpretación de la realidad peruana (1928) José Carlos Mariátegui afirmaba que “el progreso del Perú será ficticio, o por lo menos, no será peruano, mientras no constituya la obra y no signifique el bienestar de la masa peruana que en sus cuatro quintas partes es indígena.” Mariátegui consideraba a los pueblos originarios del Perú como protagonistas de su propia historia, y al ser el problema indígena un problema económico social, dado que la gran masa indígena era campesina “había que buscar el problema indígena en el problema de la tierra”. La resonancia de este pensamiento, que llega con extraordinaria nitidez hasta el presente, nos obliga a plantearnos las cuestiones que aún hoy se encuentran en un espacio conflictivo alrededor de la relación Estado–campesinado indígena en América Latina.

Cabe destacar que a lo largo del siglo pasado y específicamente desde sus últimas décadas y en los comienzos del presente, se ha dado el surgimiento o reaparición de procesos de acción colectiva en torno a la cuestión de la tierra. Estos movimientos sociales (no todos autodefinidos como “indígenas”) han involucrado diferentes aspectos, que incluyen demandas, especialmente dirigidas hacia los regímenes políticos, no sólo por cuestiones estrictamente territoriales, como la reforma agraria, sino otras que combinadas con estas reivindican las de carácter étnico, etario, de género o incluso el autogobierno local, en donde la composición étnica y de clase ha demostrado ser heterogénea.

Este simposio tiene el objetivo de invitar a revisitar experiencias y casos donde la tierra sigue ejerciendo un papel central en la significación de los actores sociales involucrados, constituyéndose en un incentivo para su movilización y organización. La perspectiva de análisis se plantea hacerlo desde dos ejes: uno espacio-temporal, que pretende reunir los casos donde el conflicto por la tierra ha tenido su base fundamental en diferentes regiones de América latina, pudiéndose hablar incluso, de ciclos de conflictos que caracterizaron al siglo XX y al comienzo del XXI en la región. A la perspectiva histórica se le sumará posibilidad de un análisis del tema a partir de la utilización de recursos literarios tanto sea de la literatura de ficción como de la política, la que nos permitirá una aproximación interdisciplinaria interesante para el abordaje de las diversas cuestiones de estudio.

Los lineamientos propuestos para el desarrollo de este simposio son: Estado actual del debate académico sobre los movimientos sociales en su conjunto. Democracia y movimientos sociales en América latina. Movimientos indígenas: Tierra, ciudadanía y plurinacionalidad. De la rebelión campesina a la Reforma Agraria. Crisis del orden neoliberal y nuevos movimientos indígenas en Perú. Reforma agraria y cooptación de las organizaciones campesinas. De la lucha por la autonomía a la rebelión zapatista en México. ¿Hacia un nuevo proyecto integrativo (o represivo) en la región? Estado, política y poder en el Ecuador contemporáneo.

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Manifestaciones étnico-culturales en instancias de construcción de la identidad nacional.

Lo viejo y lo nuevo en el movimiento indígena y campesino. Caracterización del sistema político en un contexto de soberanías en disputa.

¿Occidente vs. Oriente? Dinámica regional y problemática actual en Bolivia. Movimientos campesinos y la lucha por la tierra en los casos de Paraguay y Brasil.

RESUMOS 1. ALDERETE, Nadia [email protected] Universidad Nacional de La Plata Argentina “Los movimientos campesinos frente a la dominación y concentración del poder en Paraguay” Paraguay es el país más desigual de América Latina marcado por una altísima concentración de la tierra. La economía se sostiene en gran parte por la agroexportación y en menor medida por la industrialización de los productos primarios. El sistema agrario se caracteriza por la presencia de grandes latifundios que contrastan con los minifundios de las familias campesinas. Esto da cuenta de una estructura socioeconómica desigual donde aquellos grupos de poder que controlan la economía también controlan la política, ocupando los empresarios extranjeros un lugar privilegiado. La posesión o no de la tierra es la que estructura el poder y la implantación del neoliberalismo da forma a este tipo de modelo dirigido “hacia afuera”. Los movimientos campesinos son quienes ejercen la mayor presión en contra de este modelo económico y luchan denunciando el despojo sufrido por la población campesina a causa del monocultivo, la expansión del ganado y de la soja con sus agrotóxicos, y la ausencia de políticas de redistribución de la tierra. En el 2008, con Fernando Lugo en la presidencia, se presentó la posibilidad de un nuevo juego político donde los movimientos campesinos tuvieran mayor capacidad de acción. Este gobierno fue interrumpido por medio de un juicio político al presidente, luego de una masacre ocurrida en Curuguaty que dejó doce muertos. El juicio político presentó muchas irregularidades y ninguna prueba concreta en contra del presidente, pero sí dejó en claro que fue armado para destituir a Lugo y que detrás de ello existían intereses amenazados. A dos años de la masacre de Curuguaty todavía no se encontraron responsables y tampoco hubo una investigación seria por parte del gobierno de Federico Franco y del actual de Horacio Cartes. Los únicos imputados son campesinos, quienes una vez más padecen la injusticia e impunidad de los poderosos. La militarización, aumenta la situación de inseguridad y de violencia contra las comunidades de este modo, desde el Gobierno de Cartes se reprime a familias rurales, que resisten en un clima de violencia e incertidumbre. ¿Cuáles son las perspectivas del movimiento campesino, frente a una coyuntura que no ha modificado el estado de cosas y que en cierta forma a acentuado la aplicación de un modelo económico sostenido en los agronegocios? En esta ponencia intentaremos hacernos algunas preguntas y plantear algunas hipótesis sobre el futuro del movimiento campesino paraguayo, y su proyección hacia el futuro. 2. BAYÓN DE TORENA, Nélida Adelaida [email protected]; PARRÓN, Mario Gustavo [email protected]; BURGOS, Nélida Elizabeth [email protected] (Universidad Nacional de Salta). “La cuestión de la territorialidad y la construcción identitaria en el Valle Calchaquí. El caso de San Carlos” El presente trabajo forma parte del Proyecto N° 2066/12 del Consejo de Investigaciones de la Universidad Nacional de Salta; cuyo antecedente lo constituyen las investigaciones realizadas

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hacia 1993, que estuvieron centradas en el estudio de las estrategias de vida y de las organizaciones sociopolíticas de los pobladores rurales de la localidad del Barrial, en el municipio de San Carlos, provincia de Salta. El objetivo principal consiste en analizar las prácticas sociales colectivas de reproducción cultural de las familias rurales organizadas -del mencionado municipio- que se encuentran en la actualidad en situaciones de pobreza y de marginación social. Se trata de interpretar los procesos de construcción identitaria de esos sujetos, en las acciones y los modos que ellos tienen de entenderlas, en vinculación al impulso de la producción económica y al desarrollo de la vivienda. Asimismo, este estudio constituye un aporte interesante sobre la comprensión del funcionamiento de las organizaciones sociopolíticas en tanto alternativas a las políticas propuestas desde el Estado, en relación con el turismo y las viviendas de campesinos rurales. 3. JASO GALVÁN, Azucena Citlalli [email protected] Mestrado em História Social Universidade de São Paulo – USP “20 años de autonomía zapatista, 20 años de contrainsurgencia en Chiapas” La entrada en vigor del Tratado de Libre Comercio de América del Norte, significaba para México, entre otras cosas, la modificación del artículo 27 constitucional. O sea, la posibilidad para privatizar tierras que antes estaban bajo un régimen ejidal (tierras comunitarias que no podían ser vendidas o parceladas). El levantamiento del Ejército Zapatista de Liberación Nacional el 1 de enero de 1994 (mismo día de entrada en vigor del tratado internacional) colocó en pauta el despojo que implicaba el cambio en el régimen de tenencia de la tierra, y junto a otras organizaciones indígenas y campesinas, llevaron a cabo la recuperación de tierras más importante desde la reforma agraria derivada de la Revolución de 1910. A partir de 2003, tras un proceso de reorganización, se decreta la constitución de cinco Caracoles, representando así, un salto cualitativo en la construcción de la autonomía, con base en los Acuerdos de San Andrés Larráinzar. El objetivo de este trabajo es observar el desarrollo del combate a la lucha por la tierra y contra la autonomía, que el Estado mexicano ha aplicado a lo largo de veinte años en Chiapas. Nos referimos a la utilización de las Fuerzas Armadas, el paramilitarismo y la guerra de baja intensidad en territorio zapatista. Pretendemos de esta manera discutir las formas contrainsurgentes de combate al zapatismo, a partir de las denuncias elaboradas por las propias Juntas de Buen Gobierno, apoyándonos, también, en informes elaborados por organizaciones de derechos humanos y fuentes periodísticas, principalmente. 4. MELO FIGUEIREDO, Vagner [email protected] Aluno do PPGH (Mestrado) da UNIOESTE, campus Mal. Cândido Rondon “Guerra do Contestado (1912-1916): ações e omissões do Estado” A Guerra do Contestado foi a repressão do Estado contra um Movimento Social organizado por trabalhadores rurais na região da fronteira entre os Estados do Paraná e Santa Catarina, de 1912 a 1916. Conhecer os direitos negados àqueles trabalhadores e os interesses da oligarquia agrária poderá nos levar a perceber os motivos do movimento e as contribuições para a formação da sua memória. Desta forma, percebendo-se melhor as razões da guerra, pode-se compreender a intervenção armada no Contestado, através da violência física do Estado, como um instrumento garantidor de uma determinada dominação de classe e desvendar os processos de luta pelo controle do Estado por meio de uma disputa de valores e representações, na construção de uma hegemonia. Alguns assuntos receberão destaque, tais como: o Coronelismo, o litígio de fronteiras entre os Estados, a questão das terras, o capital estrangeiro, a imprensa, etc. Este texto pretende relacionar a Guerra do Contestado com o

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enredo político, econômico e social do Estado Republicano Brasileiro do início do século XX, ainda em sua fase de consolidação, realizando discussões e diálogos entre autores que nos ajudarão a pensar na seguinte problemática: quais ações e omissões do Estado brasileiro exerceram pressões para o surgimento da guerra do Contestado? 5. PARRÓN, Mario Gustavo [email protected]; Bayón de Torena, Nélida Adelaida [email protected] (Universidad Nacional de Salta) “La Neutralidad Argentina en el conflicto boliviano-paraguayo, 1932-1925” El objetivo principal del presente trabajo consiste en analizar de qué manera son presentadas en la prensa salteña, las acciones llevadas a cabo por la diplomacia argentina en relación con el conflicto armado del Chaco Boreal. Para ello se selecciona el periodo histórico que se ubica entre los años 1932-1935, tiempo durante el cual se desarrolló la guerra entre Bolivia y Paraguay. Se parte del planteo central, ya esbozado por la historiografía boliviana y por recientes aportes de investigadores argentinos, en donde se precisa que la temática de la diplomacia argentina es cuestionada por el gobierno y la ciudadanía boliviana de la época. Particularmente, en lo referido a la ineficacia de la mediación argentina que se iba redefiniendo a medida que transcurrían los combates en el territorio en litigio; pero fundamentalmente a partir de las decisiones tomadas que estuvieron condicionadas por los intereses económicos de particulares y que hicieron que el gobierno argentino se inclinase por la culminación de la contienda a favor del Paraguay. 6. PEREIRA, Reinaldo Maximiano [email protected] Doutorando do Programa de Pós-graduação em Comunicação Social da Universidade Federal de Minas Gerais (PPGCOMM/UFMG), na linha de pesquisa de Processos Comunicativos e Práticas Sociais, bolsista Fapemig. “A terra: os conflitos em torno da reforma agrária e a luta por reconhecimento do trabalhador rural na obra de Benedito Ruy Barbosa” Este artigo tem por objetivo destacar o papel da televisão na construção de imagens sobre os conflitos sociais em torno da terra. No Brasil dos anos 1990, essas tensões alçaram a agenda pública de debates, principalmente, após a repercussão internacional do Massacre de Eldorado dos Carajás (17 de abril de 1996). Esse fato evidenciou que a questão agrária estava insoluta, no período de redemocratização. Naquele contexto, a televisão, por sua ancoragem factual, exerceu um papel importante na construção de imagens do movimento dos trabalhadores rurais sem terra. Assim, para uma discussão interdisciplinar, avaliamos como importante considerar as representações dos conflitos agrários, no âmbito, também, da teledramaturgia. Nesse sentido, observamos a obra do dramaturgo Benedito Ruy Barbosa que têm a terra como tema transversal. Suas telenovelas representam as relações de mando e as diferentes acepções de poderes que emanam da posse da terra (econômico e demiúrgico). Acreditamos que essas obras constroem um conjunto de narrativas sobre a luta por reconhecimento do trabalhador rural. Para evidenciar empiricamente nossos argumentos escolhemos algumas sequências da telenovela O rei do gado (TV Globo, 1996) que retratam o trabalhador rural sem terra e as instâncias de representação política. 7. PARRÓN, Mario Gustavo [email protected]; BURGOS, Nélida E. [email protected] (Universidad Nacional de Salta) “Diario Norte de Salta y la construcción del relato periodístico de la guerra del Chaco. 1932-1935”

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El estudio de las construcciones discursivas elaboradas por la redacción del diario El Norte permite analizar de qué manera la contienda armada iniciada por Bolivia trajo consigo serios sesgos de arbitrariedad y de perturbación de la paz en el continente americano; trasladando sus divisiones internas, locales y regionales al campo de las relaciones internacionales. En este diario se reproducen noticias y comunicados que muestran como la prensa boliviana se empeñaba en cuestionar la neutralidad de la Argentina, argumentándose que la existencia de una connivencia con el Paraguay, habría sido la razón principal por la cual los bolivianos habían perdido sus combates en el territorio en litigio. 8. RIPPEL, Leomar [email protected] Graduado em História pela UNIPAR - Campus de Francisco Beltrão, Especialista em Metodologia do Ensino de História pela UNIPAR - Campus de Francisco Beltrão, Mestre em História Regional pela Universidade de Passo Fundo (UPF); TAQUES, Welington Cesar [email protected] Graduado em Pedagogia da terra pela UNIOESTE – Campus de Cascavel, Mestrando em Desenvolvimento Rural Sustentável pela UNIOESTE – Campus de Marechal Cândido Rondon e Educador da Escola Itinerante Herdeiros da Luta de Porecatu. “O CARÁTER SOCIAL DA REFORMA AGRÁRIA: ESTUDO DE CASO DO ASSENTAMENTO MISSÕES EM FRANCISCO BELTRÃO – PR” Este artigo tem por objetivo fazer uma retomada da trajetória histórica em que se configura a concentração de terras no Brasil e a abordagem da Reforma Agrária que é expressa pelo estudo de caso no Assentamento Missões situado na cidade de Francisco Beltrão no Sudoeste do Paraná. A pesquisa realizada do assentamento buscou levantar dados acerca da produção e das formas de organização presentes na realidade das famílias e como as mesmas enfrentam os aspectos contraditórios da sociedade atual. Também, tentou enfatizar a através de dados coletados na realidade a importância social e econômica da reforma agrária no Brasil. 9. VIEIRA DA COSTA JÚNIOR, Maurício José [email protected], ANTUNES DE MELO BANDEIRA, Amon-Rá [email protected] (Universidad Nacional de Salta) “A super-exploração da força de trabalho indígena no setor sucro-alcooleiro no Mato Grosso do Sul” O aumento da participação do Brasil e do Mato Grosso do Sul, no mercado produtor e exportador de biocombustíveis, desenvolve em território regional uma verdadeira “corrida ao ouro” no setor agrícola da produção do etanol. Sendo derivado da cana-de-açúcar, demanda grandes áreas de cultivo e estimula a especulação valorativa dos territórios agriculturáveis, tornando o país cada vez mais dependente do mercado exterior. Esta situação de valorização das terras e ocupação em modelo de monocultura demanda cada vez mais territórios cultivados para o aumento da produção para suprir as demandas de exportação do produto. Assim, evoluí-se para um quadro atual de disputa de territórios que coloca os povos tradicionais em uma posição desprovida de seu sustento, privados pela transformação de suas terras em mercadoria, restando a eles a incorporação no mercado de trabalho sujeitando-se a remunerações proporcionalmente inferiores ao valor em energia despendida na jornada de trabalho pesado. Portanto, insuficientes para recomposição desta, caracterizando a super-exploração. A impossibilidade de exercício de seus meios tradicionais de subsistência e de sua cultura pelo desprovimento de seus territórios se mostra a principal causa da subordinação destes povos ao modelo de trabalho super-explorativo.

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|28 de novembro - 14.00hs – Sala F1. UNIOESTE|

SIMPÓSIO 16 RELAÇÕES INTERNACIONAIS NA AMÉRICA LATINA: COLONIALISMO E

(SUB)IMPERIALISMO NO SÉCULO XXI Coordenadores: Luciana Ballestrin (UFPEL) [email protected]; Renata Oliveira (UNILA) [email protected]; Ramon Blanco (UNILA) [email protected]

RESUMO: Este Simpósio tem como objetivo central ser um ponto de encontro e debate para pesquisadores/as que têm como cerne de suas preocupações e reflexões um elemento ainda estruturante, porém muitas vezes silencioso, do cenário internacional atual – a colonialidade. É notório o enorme e crescente esforço, tanto material quanto intelectual, dedicado à problematização da realidade internacional, sobretudo no que toca a discussão dentro da disciplina das Relações Internacionais. Contudo, uma refinada problematização acerca da colonialidade e do (sub)imperialismo ainda ativo e operante no cenário internacional é de certo modo marginalizada, quando não ativamente invisibilizada. Nesse sentido, este Simpósio será um espaço para discussão e realização de um debate ainda emergente dento da disciplina de Relações Internacionais, objetivando essencialmente abrir novos espaços teóricos e conceituais, para que assim possam surgir novas e distintas problematizações e questionamentos acerca da realidade internacional. Assim, busca-se, essencialmente, pensar coletivamente tal dinâmica, desde a América Latina e por intermédio da profunda problematização da sua realidade, de modo que sejam dinamizados subsídios teóricos e conceituais para não somente dar visibilidade à colonialidade presente no cenário internacional, mas também, e em especial, sejam discutidas e debatidas condições para que a mesma seja superada. Nesse sentido, neste Simpósio, serão aceitos trabalhos que versem sobre as seguintes temáticas, distribuídas em três diferentes mesas: 1. Pós-colonialismos desde a América Latina: anticolonialismo histórico, estudos pós-coloniais e perspectivas de-coloniais. Coordenação: Luciana Ballestrin 2. Estudos para a paz e transformação de conflitos: Poscolonialismo, Segurança e Desenvolvimento regional na América Latina Coordenação: Ramon Blanco 3. Política Internacional e comparada: América Andina: Política Externa e integração regional sob o olhar das novas epistemologias do Sul. Coordenação: Renata Oliveira

Atividades complementares: Além do envio de artigos para as mesas que compõem este simpósio, serão avaliadas propostas de atividades complementares de cunho artístico e cultural desde que versem sobre as temáticas deste simpósio. Serão aceitas propostas que se enquadrem nas seguintes modalidades: a) Exposição de fotografias e artes-plásticas; b) Mostra audiovisual; c) Teatro e Dança

Serão escolhidas, no máximo, três propostas. Cabe aos proponentes o envio de uma proposta que demonstre a viabilidade e exequibilidade da mesma, assim como responsabilidade sobre transporte do material, armazenamento, e recursos envolvidos. As instituições organizadoras se comprometem, unicamente, em ceder o espaço, divulgar a

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atividade na programação do evento e ceder equipamento para exibição de recursos audiovisuais. RESUMOS 1. BASTO LIMA, Guilherme [email protected] (UFMG); FARIAS, Michele [email protected] (PUC/Minas) “Novo Imperialismo” e Neocolonialismo: as faces da dependência no século XXI” Desenvolvido e debatido por expoentes teóricos diretamente inseridos na vida política do começo do século XX (LENIN, LUXEMBURGO) o conceito de Imperialismo vem sendo novamente discutido, agora sob a luz do recrudescimento de práticas militaristas e expansionistas por parte das potências globais no começo do presente século. O trabalho tem como objetivo contrapor a ideia do Novo Imperialismo - cunhada por HARVEY - ao conceito de Neocolonialismo, tendo como base alguns eventos da política internacional na América Latina dentro do recorte específico do período que se abre com a tentativa de golpe contra Hugo Chávez quando este se encontrava em seu primeiro mandato como Presidente da Venezuela. É possível listar elementos que permitiriam caracterizar um novo tipo de Imperialismo nessa década e meia? Como as práticas coloniais se inserem no contexto de relativo enfraquecimento do neoliberalismo no continente? São essas algumas questões as quais nos debruçamos para promover uma aproximação com os fenômenos que constituem a o real na América Latina contemporânea. 2. FERNANDES MATHEUS, Rafael de Paula [email protected] UFFRJ “Império americano, Banco Mundial e reforma do Estado: alguns pontos de inflexão” A ordem capitalista sob tutela norte-americana estruturou-se não por um império formal, mas por intermédio da reconstrução dos Estados como elementos constitutivos de um império informal. O capital, ao invés de desagregar os Estados, tornou-se mais dependente deles, pois foi através dos mesmos que a acumulação internacional de capital foi levada a frente. A reestruturação dos Estados teve as instituições financeiras internacionais como atores fundamentais. Diante disso, nosso objetivo é o estudo das prescrições do Banco Mundial para a reforma do Estado no período Pós-Guerra Fria, a partir da análise Relatórios de Desenvolvimento Mundial. O Banco cumpriu papel fundamental na remodelagem política e econômica dos Estados periféricos, em especial após a crise da dívida latino-americana na década de 1980, impondo um conjunto de condicionalidades para concessão de empréstimos. A organização teve atuação destacada tanto na proliferação do pacote de medidas sintetizado no “Consenso de Washington”, quanto no debate sobre a superação do mesmo após as crises em meados dos anos de 1990. Apesar da importância, os estudos sobre o Banco são escassos, inexistindo trabalhos que estudem a temática em questão de forma pormenorizada. 3. GONZÁLES CALLEJAS, José Luiz [email protected] Universidad Autónoma Metropolitana Unidad Xochimilco (México) “La ontologia política del processo imperial: politicidades em conflicto” Lo que aparece en nuestros días como económico es en realidad un proceso político que determina la forma de vida a escala global; por tanto, la cultura y las costumbres de un pueblo no son suficientes para dar cuenta de la naturaleza de su Estado: es necesario tener en cuenta la estructura imperial del mundo moderno. Lo que vemos, imaginamos, entendemos y

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razonamos ha sido el resultado de todo el devenir humano en su contradictorio fluir. Incluye, claro está, lo que no se admite como civilizado de acuerdo con el sistema de valores que se ha consolidado como hegemónico: los conflictos, las guerras, las conquistas, las colonizaciones, etc. deben entenderse en el contexto de la articulación imperial del capital. A partir de este horizonte hermenéutico estamos en condiciones de comprender la dificultad de instaurar ciertas instituciones, prácticas y procesos políticos democráticos en América Latina, –particularmente en México–, sin tener necesidad de invocar aquellos análisis que han ubicado en la cultura política y en la voluntad las claves de lo que, en su opinión, es un rezago político. 4. LEITE MOREIRA, Carlos Américo [email protected] UFC “Um novo padrão exportador de especialização produtiva? Considerações sobre o caso brasileiro” A proposta de um novo padrão de reprodução do capital no continente latino-americano apresenta como traço distintivo a especialização da produção e da base exportadora em commodities agrícolas e metálicas assim como produtos industriais de baixo valor agregado. Tal configuração engendrou uma destruição importante de indústrias, processo caracterizado como de desindustrialização. Nesse cenário, o capital estrangeiro apresenta-se como articulador desse novo padrão de especialização produtiva na medida em que os eixos exportadores constituem, em geral, segmentos de grandes cadeias produtivas globais sob a direção de empresas multinacionais. A consolidação desse modelo pressupõe o avanço das exportações em detrimento da dimensão do mercado interno, em especial do consumo de massas. No caso brasileiro, percebem-se traços diferenciadores desse modelo geral preconizado para a América Latina. O duplo processo de reprimarização/desindustrialização no Brasil não resulta da ausência de dinamismo do mercado interno. Na verdade, nos últimos anos, a expansão do crédito, a geração de emprego formal e a política de valorização do salário mínimo foram cruciais para a expansão da demanda domestica. Esse fato combinado a redefinição das estratégias das multinacionais, em uma lógica de financeirização das empresas, foram determinantes para a consolidação desse duplo processo de reprimarização/desindustrialização. 5. MALCHER SENA, Raissa Lorena [email protected] Universidade Federal do Amapá “Soberania alimentar e o pacto para o desenvolvimento sustentável na Amazônia: uma visão pós-colonialista das Relações Internacionais” O presente artigo tem como objetivo apresentar a formação do conceito de Soberania Alimentar juntamente com suas finalidades e reivindicações para, então, analisar de que forma essa ideia pode estar presente no Pacto para o Desenvolvimento Sustentável da Amazônia, firmado em 2012 pelos estados amazônicos brasileiros e apresentado na Rio+20. Para estabelecer a existência da relação, o trabalho vai partir da pesquisa bibliográfica referente à temática da Soberania Alimentar e possíveis explicações teóricas da área de Relações Internacionais ao tema, assim como análise do documento elaborado pelos estados da Amazônia Legal. 6. MELLO, Rafael Alexandre [email protected]; DAVI FERREIRA, Mariana [email protected] (UFSC) “Dívida Pública brasileira e dependencia”

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O crescente endividamento do Estado brasileiro deve ser compreendido no marco do processo de financeirização internacional do capitalismo. Em forte contraste com o que aparentaria ser uma nova fase da inserção internacional do Brasil, como país “emergente” que teria uma maior autonomia e insercao protagonista na politica internacional, o endividamento aponta o contrario, representando tanto um mecanismo quanto uma consequência da dependência vivida por esse país na economia internacional. Neste sentido, o presente trabalho tem como objetivo analisar, à luz da Teoria Marxista da Dependência (TMD), o papel da dívida pública brasileira no processo de transferência de valor da periferia para o centro. Para tal, o presente trabalho está dividido em quatro seções. A primeira seção discutirá as categorias fundamentais da teoria a serem trabalhadas: dependência, nova fase de financeirização, transferência de valor e subdesenvolvimento. Em seguida, debruçaremo-nos sobre os diferentes mecanismos do processo de transferência de valor em geral e sobre o funcionamento dos mecanismos da dívida em particular, utilizando o conceito de sistema da dívida desenvolvido pela Auditoria Cidadã da Dívida (FATORELLI, 2013). Por fim, a partir dos elementos da TMD, buscaremos analisar os principais elementos da posição subordinada do Brasil no sistema capitalista internacional, frente a atual inserção emergente deste Estado na politica internacional. 7. MELO , Felipe Augusto [email protected] Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri (UFVJM) “Do sentido colonial à soberania política e económica” Este artigo tem como finalidade discutir o sentido da colonização e sua perpetuação como forma de desenvolvimentos das economias latino-americanas. Em uma analise socioeconômica, nota-se uma grande similaridade entre os países do subcontinente: uma economia pouco diversificada com grande vinculo aos setores primários exportadores e, de acordo com seu grau de influencia perante aos centros financeiro tem um maior grau de desenvolvimento; grande diferença entre as classes sociais no que se refere a seu grau de subsistência, principalmente aqueles países que seguem o modelo neoliberal. Pretende assim, encontrar uma saída para soberania política e independência econômica para os países latino-americanos sem que exista um subimperialismo como forma de dominação. Desta forma pretende esboçar uma analise nas principais causas que levam ao subdesenvolvimento mesmo que existam países com bastante desenvolvimento das suas forças produtivas. Por fim, o artigo pretende demonstrar que sem unificação no sentido de se ter uma união no pensamento latino americano de libertação, onde somente toda a América Latina conseguirá superar os problemas e anseios sócias causados pela miséria. 8. MOTTER DE SOUZA, Renata [email protected] UFRGS “Espanha e a mediação na crise das papeleras: uma relação antiga” O caso analisado no presente artigo refere-se ao conflito bilateral ocorrido entre dois países pertencentes ao Mercosul, Argentina e Uruguai. O conflito é deflagrado em torno da construção de duas fábricas de papel e celulose na margem oriental do Rio Uruguai. O Rio Uruguai é divisa natural entre os dois Estados, sendo que o mesmo possui um Tratado, assinado em 1975, onde ambas as partes visam o bom aproveitamento e mutua cooperação dos países para preservação do meio ambiente aquático, cabendo aos dois países decidir de maneira conjunta a melhor maneira de preservá-lo. O que ocorreu é que o Uruguai aprovou a vinda de duas fábricas, sem o consentimento da Argentina, que alegou que haveria poluição do rio, desde então o conflito se estende. Sendo, sofreu intervenções regionais e internacionais. Na esfera regional, tentou-se a mediação através do Mercosul, sem muito

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sucesso, e no âmbito internacional com a Corte de Haia e a intervenção da Espanha. O objetivo principal desse artigo é analisar essa última intervenção citada, da Espanha. Pois a mesma foi solicitada durante a realização da XVI Cúpula Ibero-Americana de Chefes de Estados e de Governo, em Montevidéu, onde o presidente argentino da época Nestor Kichner solicitou ao Rei da Espanha que assumisse um papel ativo na tentativa de aproximar relações entre os dois países. A Cúpula Ibero Americana é a reunião, principalmente das ex-colônias de Portugal e Espanha, composto por vinte e dois países, onde estes interagem com diversos programas de cooperação entre eles, se reunindo anualmente. A análise dessa intervenção visa, analisar até que ponto as ex metrópoles ainda influenciam suas ex colônias. Analisar o pedido argentino para que sua ex Metrópole mediasse o conflito entre os dois países. Para a realização dos objetivos propostos procedeu-se uma análise bibliográfica a respeito do tema proposto. Foi realizada análise de textos, artigos e livros da área. Foi utilizado método dedutivo – lógico com o objetivo de verificar a aplicação dos conceitos legais à realidade da sociedade. Para o desenvolvimento da pesquisa foi utilizada, a legislação nacional pertinente. A maneira escolhida para abordagem foi indireta, ou seja, foi feito uma análise do material recolhido para que se chegue ao objetivo proposto no início desse trabalho. 9. MATOS, Érico [email protected] Flacso, Argentina “Venezuela y la diplomacia mediática” El mundo es un espacio complejo cual la seguridad internacional no depende exclusivamente de las fuerzas armadas, como en el pasado, comunicarse pasó a ser un armamiento poderoso, que debe ser utilizado previamente al poder militar de facto. Algunos autores realistas como Aron señalan que los Estados expansionistas modernos cambiaran el uso de las fuerzas armadas por medios de influenciar la opinión pública ajena, para que pueda así expandir y mantener su poder. A su vez, Eytan Gilboa describe teóricamente que eso puede pasar a través del uso de una diplomacia pública o de un concepto elaborado más recientemente, cual él denominó Diplomacia Mediática, que parte de la presunción que los medios de comunicación poseen grande influencia sobre la populación, por lo tanto, utilizando nuevos métodos de hacer política exterior. Así, en América Latina, aunque sin haberlo reivindicado explícitamente, el país que puede ampliamente caracterizarse por la utilización de esas ideas es Venezuela bajo todo el desarrollo de una política de comunicación, con la finalidad de proyectarse internacionalmente, en especial, defenderse de los ataques proveídos del exterior. Ese trabajo es parte del proyecto de tese a ser defendida en FLACSO cual propongo un debate sobre los conceptos de diplomacia pública y diplomacia mediática aplicado a realidad suramericana. Indagando, por fin, cual es la efectividad del uso de ese modelo en ese contexto donde analizo la creación del canal TELESUR. 10. SILVA RODRIGUES, Rachel [email protected] Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri (UFVJM) “A gênese da classe trabalhadora no brasil: da colônia a independencia” Este trabalho se propõe a estudar, em linhas gerais, as classes sociais no Brasil, tendo como foco a classe trabalhadora e sua formação específica. Para isto, partiremos da análise da colônia, estruturada para atender a interesses externos, passando pelo processo de Independência e abolição da escravatura no Brasil, marcos iniciais fundamentais para a constituição do capitalismo dependente e subdesenvolvido no país. Essa reflexão ganha relevo, pois, até os dias atuais permanecem traços que remontam à nossa origem colonial: concentração de renda e riqueza, desigualdade racial, concentração fundiária, produção

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monocultora para exportação, superexploração da força de trabalho e dependência externa. A opção da burguesia brasileira, marcada pela tentativa de manter-se no poder a qualquer custo, faz com que esta não só se subordine, mas também, se associe à burguesia externa, impedindo que o processo de revolução burguesa brasileira rompesse com os nexos causais do passado na construção de uma nação capitalista realmente autônoma e com maior conteúdo democrático, elementos funcionais ao processo de reversão neocolonial da atualidade. 11. VIEIRA DE ASSIS, Tassiana [email protected] UFU “Democracia enquanto tecnocracia: uma análise da atuação da UNICEF na República Dominicana” A forma como o local e o internacional se coconstituem não só nos traz o entendimento de como são determinadas as ações do Estado domesticamente, como demonstra as discrepâncias estabelecidas internacionalmente entre os Estados. A percepção dicotômica observada no cenário internacional (países desenvolvidos/subdesenvolvidos) é constituída historicamente e não apenas por fatores domésticos e, a partir da análise de programas de Organismos Internacionais é possível notar o papel do internacional na constituição do local. Para tal demonstração, a América Latina é bem elucidativa, e o aporte teórico utilizado para o.

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|28 de novembro - 9.00hs – Sala F2. UNIOESTE|

SIMPÓSIO 17 LUCHAS Y EXPERIENCIAS TERRITORIALES EN AMÉRICA LATINA:

CONFLICTOS EN Y CONTRA LAS FORMAS ESTATALES

Coordinadoras: Carla Poth, Investigadora del Programa de Estudios Rurales y Globalización, UNSAM [email protected]; Mariana Giaretto, Docente e Investigadora de la Carrera de Sociología, Universidad Nacional del Comahue [email protected] Comentarista: Alberto Bonnet, Docente e Pesquisador da UBA e UNQ

RESUMO: Las crisis de principios del siglo XXI en América Latina se caracterizaron por tener como sujeto de construcción, espacios de luchas con un fuerte anclaje en el territorio (Svampa, 2010; Tobio, 2012). El territorio aparece, en estas instancias, no sólo como un espacio en o de disputa sino que se presenta con una dinámica multidimensional constituida y transformada por las relaciones sociales vigentes. Es en esta construcción que el territorio se alimenta y, al mismo tiempo, nutre y dinamiza subjetividades, prácticas y estrategias políticas (Mançano Fernandez, 2009). Así, el territorio ha cristalizado, durante estos procesos, disputas y conflictos socio- políticos que van desde la lucha por un espacio vital en las ciudades, como son diversas experiencias de toma de tierras, la gestión del territorio que reclaman las asambleas barriales, al uso y resguardo de los bienes comunes, como se plantean las asambleas ambientales y diversas organizaciones sociales y políticas. Ahora bien, la construcción de estos territorios se consolida en el marco de las luchas contra el capital por el control de los mismos, y en este sentido es el Estado como forma política de la relación antagónica entre capital y trabajo (Holloway, 1994; Holloway y Piccioto, 1994) la que cristaliza lógicas específicas del territorio que permanentemente reconfiguran y redefinen la construcción de estos sujetos en lucha.

La propuesta de este simposio, entonces, es generar un espacio de socialización y reflexión colectiva acerca de perspectivas, experiencias y desafíos de las luchas territoriales y sus conflictos recientes con las formas estatales latinoamericanas. Si en el Estado capitalista se condensan relaciones de fuerzas que tienden a la organización-unificación de las fracciones de la clase dominante, y al mismo tiempo desorganizan-dividen a las clases dominadas cortocircuitando sus organizaciones políticas (Poulantzas,1991) es fundamental preguntarnos sobre las formas en que el Estado en las últimas décadas ha redefinido sus estrategias de control del territorio, las formas en que ha articulado las escalas estatales, y las dinámicas conflictivas internas que han generado estos procesos, tensionando la propia dinámica de acumulación capitalista.

Desde esta perspectiva, y contra todo resabio de ahistoricismo positivista, la tarea es analizar las formas variables que adoptan en la dinámica histórica las relaciones concretas entre individuo, sociedad, y naturaleza, abordando a la sociedad como un proceso vital, un proceso de socialización total (Adorno y Horkheimer, 1966). Porque partimos del principio de que “al desaparecer la génesis de un hecho, este aparece como algo natural y, por ello, como algo que, por principio, no puede ser modificado” (Adorno, 1996: 195), el objetivo que nos planteamos es mirar, desde la perspectiva crítica, los procesos de lucha de las últimas décadas, alentando a percibir el 'haber llegado a ser' en aquello que se presenta como 'ser', es decir, promoviendo la posibilidad de captar el proceso, “deshaciendo el hechizo” .

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Alentamos la presentación de diferentes formas de socialización de conocimiento tales como producciones audiovisuales, posters, publicación de revistas y/o libros que posibiliten el debate y la reflexión crítica sobre la temática propuesta. RESUMOS 1. CROVELLA, Fernán [email protected]; SAR, Cristian [email protected]; ACEBAL, Anahí [email protected] (Grupo de Investigación en Socio-Antropología Urbana del Instituto de Investigaciones en Desarrollo Urbano, Tecnología y Vivienda de la Facultad de Arquitectura, Urbanismo y Diseño de la Universidad Nacional de Mar del Plata). “Reflexiones en torno a las confrontaciones e instrumentalidades del orden urbano en tres ciudades argentinas en la última década” El presente trabajo pretende reflexionar y rediscutir los avances producidos en nuestros trabajos de investigación, particularmente, los desarrollos desplegados a partir del capítulo, de nuestra autoría, “Si no lo creo no lo veo. El campo ciego entre la ‘toma’ y la ‘relocalización’”. En dichos trabajos venimos abordando la problemática del habitar, como un lugar de intersección de las dimensiones conceptuales de estatalidad, identidad social y territorialidad, imbricados en la historicidad de los procesos, en la construcción de subjetivación en relación a las condiciones sociales y materiales de existencia, y en la dialéctica de la producción del espacio. Los fenómenos que venimos estudiando, localizados en las ciudades de Mar del Plata, Santa Fe y Córdoba, despliegan dos momentos diferentes de un proceso social de las luchas por el acceso a la tierra y a la vivienda. En este trabajo, procuramos plantearnos algunos interrogantes sobre las denominadas “tomas” y “relocalizaciones” como prácticas de disputa, para pensar qué instrumentalidad teórica y técnica desenvuelven en dicha confrontación. Basados en un trabajo de campo principalmente de carácter etnográfico, nuestra dimensión de análisis apunta a observar y hacer observable cómo se presentan y expresan las representaciones del espacio ocultas en el campo ciego producido entre ambas, posibilitando la expropiación de los espacios representacionales -los espacio vividos-. Nuestra interrogación se basa en analizar qué campo no visible se produce ente ambas y en qué consiste tal ceguera. 2. LÓPEZ, Andrea Noelia [email protected] CONICET/ UNJu/ CECHMe (UNQ) “Más allá del Estado, más acá de la frontera. Experiencias de mujeres ‘bagayeras’ en las fronteras argentina-bolivianas” Las fronteras, o ciudades fronterizas, son creaciones del Estado-nación en pos de la soberanía territorial, límite material de la ficción espacial de las naciones, concebidas como puerta de entrada o salida al territorio, márgenes de la ciudadanía. Y sin embargo, por fuera del invento estatal, la ilegitimidad de algunos flujos tensiona de manera permanente y definitiva las fronteras, haciendo de la práctica cotidiana la irreverencia a la ciudadanía y la reinvención constante de los límites materiales. El presente trabajo tiene como intensión reflexionar sobre mujeres en las fronteras argentino-bolivianas que se dedican a cruzar mercadería por circuitos que evitan los controles limítrofes, denominadas ‘bagayeras’, a los que un sector de la sociedad y el Estado consideran criminales, pero quienes se desenvuelven en los terrenos fronterizos desafiando y resistiendo un orden económico, social y político. Aquí, no nos preguntamos por la legalidad de su práctica como premisa, sino en tanto evidencia de un emergente sociocultural que implica redes complejas y agencias no previstas para ellas como sujetos. 3. LOUREIRO DE OLIVEIRA, Anita

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[email protected] Professora do Departamento de Educação e Sociedade, Coordenadora do curso de Geografia da Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro (UFRRJ) e tutora do grupo PET-Geografia/IM - MEC/SESu. “A ciência e a escuta das vozes insurgentes vindas das ruas: resistências e manifestações político-culturais no Rio de Janeiro” Na cidade do Rio de Janeiro, grandes projetos urbanos provocam o deslocamento forçado de grupos populares e o apagamento de saberes, memórias e desejos coletivos com vistas à ‘modernização’. Vozes insatisfeitas com a produção da imagem da ‘Cidade Olímpica’ e seus impactos na escala do cotidiano têm sido silenciadas pela mídia corporativa, enquanto resistências ganham visibilidade utilizando as ruas e as redes sociais de modo inventivo. Horizontalidades e coletividades criativas propagam-se utilizando variados formatos organizativos para levar às ruas sua insatisfação transformada em ação política. Por meio do diálogo com lutas individuais e coletivas que evidenciam a insatisfação, o artigo propõe uma interpretação científica da realidade que supere a crença de que a ciência moderna é a única explicação possível da realidade. Trata-se de ressaltar a relevância de uma abordagem dialógica e crítica ao pragmatismo predominante na interpretação da vida urbana pela ciência. Os modos objetivos e funcionais da ciência costumam não enxergar os muitos outros sujeitos que produzem a cidade para além dos interesses dos projetos hegemônicos. Assim, propomos uma episteme sensível capaz de alcançar insurgências e existências criativas. 4. MORENO, Leonardo Alexis [email protected] Licenciado en Información Ambiental Universidad Nacional de Luján “Integrar las luchas para enfrentar al sistema” El sistema capitalista nos impone constantemente desafíos en nuestra lucha por derrotarlo. Si bien en el seno de la lucha de clases, el sujeto revolucionario continúa y continuará siendo siempre la clase trabajadora, los problemas a enfrentar se diversifican y, por ende, debemos complejizar la mirada sobre estos temas. La diversidad de problemáticas, tanto ambientales como sociales, están atravesadas por el mismo eje: es el mismo capitalismo quien las motoriza y las reproduce. A la diversidad de las problemáticas se deben integrar las luchas, sorteando los mecanismos de fragmentación del capitalismo, que sectoriza en trabajadores ocupados, desocupados, estudiantes, ambientalistas, etc., e intenta cooptarlos desde el aparado del Estado -valga en Argentina los ejemplos del kirchnerismo en todas sus variantes, el macrismo, etc.-, lo cual se suma a las divisiones propias del campo popular (diversos vicios políticos como la ponderación de algunos frentes de lucha por sobre otros, de una organización política sobre otra, etc, se han transformado en un impedimento en la lucha contra el capital). El impacto del capitalismo y el imperialismo, como fase superior del mismo, en todo Latinoamérica, no dista mucho de un país a otro, más allá de los valiosos procesos de lucha en países como por ejemplo Venezuela y Cuba. Sabemos que la mano del imperialismo no podrá evitarse en Latinoamérica con la lucha fragmentada de país por país: el saqueo imperialista del COSIPLAN-IIRSA obliga a la unidad y a la integración de las luchas a nivel continental, donde el territorio es el espacio en disputa, y allí la única división deberá ser entre los que luchamos por una vida digna y los que quieren seguir enriqueciéndose, explotándonos y enfermándonos. 5. POTH, Carla [email protected] (Investigadora del Programa de Estudios Rurales y Globalización, UNSAM); GIARETTO, Mariana [email protected] (Docente e Investigadora de la Carrera de Sociología, Universidad Nacional del Comahue).

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“Lo territorial en disputa: aportes para la articulación entre luchas urbanas y luchas socio-ambientales” Frente a la mundialización del capital, los movimientos sociales surgidos en estas últimas décadas han inscripto su dinámica territorial, con un fuerte arraigo con las lógicas espaciales, tanto en lo retórico como en la construcción de sus prácticas organizativas. Tanto las experiencias de lucha por el derecho a la ciudad como las luchas socio- ambientales, expresan la crisis de un régimen basado en la primacía del derecho a la propiedad privada y a la obtención de ganancias por sobre los derechos humanos. Ambos, lejos de permanecer en focos territoriales diferenciados -lo urbano o lo rural- se ven cruzados por dinámicas comunes que producen efectos de continuidad y ruptura. La propuesta de este trabajo es analizar estas formas organizativas rompiendo con la clásica dislocación que se hace de lo urbano y lo rural. Nos interesa observar qué dinámicas recorren en común a ambas formas de lucha, cuáles son sus especificidades, qué lugar ocupan estas dinámicas de ajustes espacio- temporales en la definición de estas formas de lucha, y qué rol ocupa el Estado en estas dinámicas. 6. SOLÁ PÉREZ, Mercedes [email protected]; GASSULL, Virginia Miranda [email protected] (UFPE, Pernambuco, Brasil; CIFOT-UNC, Mendoza, Arg.). “Conflicto por tierra y agua en los sures: Comunidades Huarpes (Mendoza, Argentina) y campesinos de lo que hoy es Suape (Pernambuco, Brasil)” El presente artículo tiene como objetivo indagar sobre procesos comunes de conflictos territoriales específicos en comunidades subalternizadas, entre dos casos de Argentina y Brasil. Se propone tomar los dos casos analizando cómo desde la lógica del neoextractivismo, las comunidades resisten en sus tierras tradicionalmente ocupadas, territorios. El caso de estudio argentino se ubica en las tierras secas del noreste de la provincia, en territorio étnico de las comunidades indígenas Huarpes, quienes habitan en una extensión de 780.000 has. Los conflictos principales de las comunidades son hídricos y territoriales, el primero es consecuente a la pobreza hídrica producto de procesos históricos de administración del agua; mientras que los conflictos territoriales son expresados en el reclamo de la regularización dominial de la tierra comunitaria Huarpe. El caso brasileño es de comunidades campesinas que viven distribuidas en 23 colonias – reminiscencia a los ingenios azucareros – en la costa sur del estado de Pernambuco. Son alrededor de 25.000 personas en 13.500 has cuyo conflicto es especialmente territorial debido a la superposición de sus territorios con la instalación del Complejo Industrial Portuario de Suape - CIPS. 7. VIEIRA RUSCHEL, Caroline [email protected] Universidade Federal de Santa Catarina y Universidade do Vale do Itajaí “Movimento Mundial pela Paz: uma nova forma de viver e pensar o Estado de Direito” O artigo ora proposto tem como objeto o estudo do Movimento Mundial pela Paz, que tem adeptos em todo o mundo, mas que, principalmente na América Latina, concentram-se grande parte de suas “aldeias”. O objetivo do trabalho é o estudo do modo de viver, pensar e agir do movimento, já que o mesmo vive com uma nova concepção de tempo e espaço, com novas regras de respeito ao ser humano e a todos os seres vivos. A importância do presente estudo encontra-se no fato de que, como o Estado de Direito posto encontra-se em um momento de crise (social, econômica, cultural, ambiental e principalmente, em crise de percepção) novas alternativas para a construção de um novo modelo estatal faz-se urgente e necessária. O método utilizado para o desenvolvimento do trabalho é o método sistêmico. O método de procedimento será o estudo de caso, por meio de entrevista e questionário, além do método monográfico.

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|28 de novembro - 9.00hs – Sala F4. UNIOESTE|

SIMPÓSIO 18 LOS TRABAJADORES EN LA ARGENTINA ACTUAL: ACUMULACIÓN DE

CAPITAL, ORGANIZACIÓN, CONFLICTIVIDAD Y HEGEMONÍA

Coordenadores: Paula Varela (UBA/CONICET/IPS) [email protected]; Matías Eskenazi (UNQ/UADER) [email protected]

RESUMO: El ciclo de acumulación y dominación iniciado tras la devaluación de 2002 ha comenzado a manifestar, luego de una prolongada fase expansiva, crecientes contradicciones en los últimos años. En este contexto, proponemos un ámbito de debate y presentación de resultados de investigación en torno al análisis de las transformaciones económicas, sociales y políticas que tuvieron lugar durante la post-convertibilidad, su impacto en la situación de la clase trabajadora y en la configuración de la relación de fuerza entre las clases.

Invitamos a discutir las caracterizaciones de continuidades y cambios en la estructura del aparato productivo, en la forma de Estado, y especialmente en el mundo de las trabajadoras y trabajadores: sindicatos, partidos y otros modos de organización, así como en las formas de la dominación y las resistencias. Los cambios en el mercado de trabajo han alterado los patrones de conflictividad: si bien las protestas de los trabajadores desocupados y el "movimiento piquetero" no desaparecen, su presencia disminuye y comienza a ser acompañada por el incremento del conflicto gremial que pasa a un primer plano en este periodo. Asimismo, tanto la nueva dinámica de la acumulación como esta presión de los trabajadores desde los lugares de trabajo, han modificado el abanico de respuestas promovidas desde el Estado, así como las estrategias de las direcciones sindicales tradicionales durante el periodo.

Esto ha dado impulso a un renovado protagonismo de las organizaciones sindicales en la vida política del país, tanto al nivel de las denominadas cúpulas y centrales sindicales como en lo que hace a diversos sectores de trabajadores que comenzaron a organizarse en sus lugares de trabajo, por fuera, en forma independiente o en oposición a las direcciones sindicales oficiales, dando lugar a expresiones de lo que podemos denominar como sindicalismo “de base" o "antiburocrático".

Simultáneamente, otros problemas relacionados con las condiciones de vida de la clase trabajadora han cobrado nuevo impulso, dando paso a la estructuración de conflictos de base territorial en torno a la vivienda, las actividades altamente contaminantes y el transporte público entre otros.

El Simposio aspira así a discutir los cambios en las formas de lucha y organización de los trabajadores en el último período, con la pretensión de establecer relaciones determinadas entre éstas y las condiciones económicas y políticas de las que emergen, al tiempo que las producen y modifican. Se trata de problematizar las diversas modalidades que adquieren los antagonismos de clase a través de las experiencias particulares de lucha y organización, y su significación política.

La colaboración entre los proyectos de investigación convocantes apunta a plasmar una dinámica de trabajo que incluya no sólo estudios concluidos sino también proyectos y avances de investigación. La organización del Simposio prevé el comentario de cada una de las ponencias, la subdivisión temática en sesiones y la previa circulación entre los ponentes de los

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trabajos presentados en pos de generar una dinámica de taller. RESUMOS 1. BIANCHINI, Facundo [email protected]; TORME, Mauricio [email protected] (FSOC-UBA, FFyL-UBA) “¿Caso testigo?: El cuerpo de delegados de subterraneos de Buenos Aires y el conflicto salarial de Noviembre de 2004/ Febrero de 2005” En el presente trabajo expondremos una descripción y lectura del conflicto entre el Cuerpo de Delegados de Subterráneos de Buenos Aires y la empresa, en su momento conocido como “conflicto del 44%” Nos parece necesario estudiar el conflicto de 2005 porque marca tendencia en dos sentidos: Por un lado, porque rompe la pauta salarial establecida entre el gobierno, las empresas y la dirigencia de los sindicatos nacionales nucleados en la CGT, abriendo así el camino para más y mayores reclamos salariales. Por otra parte, junto con el conflicto de los trabajadores telefónicos de fines de 2004, rompe con la invisibilidad pública de los conflictos que, hasta ese momento, eran silenciados por el tándem gobierno- medios masivos de comunicación. Asimismo, nos interesa ponerlo en contexto del debate sobre la “redistribución de la riqueza” en los últimos años y que rol juega el movimiento obrero en el mismo. 2. CAMBIASSO, Mariela [email protected] UBA/CONICET “La tradición de organización del sindicato de la alimentación” El objetivo de la ponencia es analizar la tradición de organización del Sindicato de Trabajadores de Industrias de la Alimentación (STIA), considerando el caso de la seccional Buenos Aires-Capital. La intención es plantear algunas primeras aproximaciones sobre la historia de la institución, la caracterización de su estructura organizativa -considerando principalmente su estrategia de organización durante los años noventa-, y las distintas orientaciones político-sindicales que se desarrollaron al interior de dicho organismo. Asimismo, se consideran las tres variables clásicas sobre las que se focalizan los estudios sobre la revitalización de los sindicatos (negociación colectiva, niveles de afiliación y conflictividad), para analizar los cambios y continuidades que pueden registrarse en la etapa de post-convertibilidad. La ponencia pretende abonar las reflexiones de una tesis de doctorado, en proceso de elaboración, y para alcanzar el objetivo propuesto se utilizan distintas fuentes de información: el Convenio Colectivo de Trabajo vigente en la actividad, acuerdos de sector y por empresa, documentos emitidos por la dirección del sindicato, entrevistas y fuentes hemerográficas de interés. 3. CÁCERES, Paula [email protected] FSOC-UBA “Visibilización de conflictos estructurales: Estudios preliminares de caso en la Provincia de Tierra del Fuego Antártida e Islas del Atlántico Sur” Desde la misma constitución del gobierno federal en la Argentina, se plantea la singularidad de cada unidad subnacional, cada una con autonomía propia pero nunca alejada de la órbita del control centralizado. Inmersos en un ciclo de conflictividades políticas, que decantan hacia este fin de ciclo en todos los ámbitos de la esfera pública y privada nacional, es materia de este trabajo desarrollar bajo este contexto el análisis de caso específico en la Provincia de Tierra del Fuego Antártida e Islas del Atlántico Sur. Se pretende entender cómo se vinculan los distintos

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actores a partir de una sociedad totalmente sesgada por el antagónico embate de las esferas públicas y privadas. Entendiendo las complejidades de una provincia que nació con la promoción de la industria electrónica/textil pero no se consolido sin la dependencia a un gran sistema burocrático estatal inestable e indudablemente deficitario. La isla que siempre se caracterizó por ser la burbuja de los niveles socio económicos altos y la baja densidad poblacional, hoy en día está visibilizando mucho más las problemáticas que se atraviesan. Desarrollaré sobre el trabajador fueguino, cuya realidad le permite adquirir un automóvil 0 km antes que tener acceso a la vivienda; sobre la emergencia sanitaria que lleva al vaciamiento de los hospitales públicos convirtiendo un avión a la capital del país como la única vía de tratamiento efectivo o sobre el sector docente que un año antes de firmar la mejor paritaria a nivel país, atesora los lamentables y violentos hechos de toma de la casa de Gobierno provincial. 4. DE SÁ CAVALCANTE, Ivone Cristina [email protected] Universidade Estadual de Londrina “Piqueteros: refluxo da radicalidade ou reinvenção da organização? A experiência da Frente Popular Darío Santillán” O trabalho em questão é um recorte de nossa dissertação de mestrado concluída em 2012, que teve por objetivo analisar as mudanças ocorridas no movimento “piquetero” argentino após os anos 2000. A hipótese que norteou nossa investigação foi a de que em um primeiro momento, meados dos anos 1990, o movimento era constituído basicamente por trabalhadores desempregados. A partir dos anos 2000, um reaquecimento econômico possibilita uma diminuição nas taxas de desemprego e outros sujeitos sociais apresentam-se no cenário de luta com novas reivindicações, impulsionando algumas organizações a mudarem suas estratégias para o fortalecimento de um programa que contemple as diferentes demandas dos setores populares. Optamos por analisar a Frente Popular Darío Santillán (FPDS), uma organização que surge da experiência dos MTD’S (Movimentos de Trabalhadores Desempregados) e se constitui em uma frente policlassista, crítica às formas tradicionais de organização dos trabalhadores, como os partidos políticos e sindicatos burocratizados. Buscamos compreender as formas de organização, estratégias de luta, antecedentes históricos e o projeto político proposto pela FPDS, para identificar os limites e as potencialidades dessa organização que têm como principal bandeira a construção do “Poder Popular”. 5. ESKENAZI, Matías [email protected] UNQ/ UADER “Acerca de la relación entre conflictividad laboral y lucha de clases: Subsunción, fetichismo y antagonismo” Las luchas y tensiones emergentes en el “mundo del trabajo”, se nos presentan como un archipiélago de situaciones conflictivas. A primera vista esta imagen parece contradecir la vieja sentencia de Marx y Engels en el manifiesto comunista que ve a “la historia de la humanidad hasta nuestros días es la historia de la lucha de clases”. No todo conflicto o protesta social conlleva necesariamente un carácter “clasista”, y aún cuando esto sucede, no hay motivos para suponer que la lucha entre las clases deba expresarse abiertamente. Esta constatación, en principio incontrovertible, constituye la base sobre la que han prosperado los más diversos intentos por desterrar -o al menos desplazar- al antagonismo de clase como núcleo central del análisis tanto de la reproducción social como del conflicto en las sociedades capitalistas. Si el antagonismo entre capital y trabajo resulta clave para comprender el movimiento histórico, no podemos admitir su desplazamiento como principio de explicación efectiva, mas alla del uso

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del término “clase” como saludo formal o profesión de fe. Sin embargo, es preciso reconocer que el antagonismo entre capital y trabajo tomado en sentido estrecho, resulta insuficiente en términos inmediatos para explicar el desarrollo histórico. Esta contradicción aparente, supone un desafío para la teoría. Nos proponemos problematizar esta relación y aportar elementos para abordar el análisis de la conflictividad laboral como expresión del conflicto entre las clases. 6. FALVO, Marina [email protected]; Garcia Shneider, Paula [email protected] (CEA-UNC-CONICET) “La hegemonía sindical en disputa: resurgimiento de organizaciones de trabajadores en la fábrica. El caso de Volkswagen Córdoba” Después de años de “paz social” entre delegados fieles a las conducciones sindicales de SMATA y la gerencia de la fábrica Volkswagen Córdoba, un grupo de trabajadores se organiza, conforma una lista opositora –Lista 2- y se presenta a elecciones en dos oportunidades, denunciando fraude electoral en la segunda oportunidad. En enero de 2012, 19 trabajadores fueron despedidos de la multinacional alemana. El conflicto abierto involucra de diversas maneras a la empresa, la conducción del sindicato y al Estado provincial. En relación a dicho conflicto pretendemos analizar, por un lado, la dinámica y devenir de la lucha de la lista 2 - opositora a la conducción de SMATA-, en pos de la reincorporación de los despedidos y, por otro lado, el evidenciado pacto empresa-sindicato-estado, tanto en sus generalidades a nivel nacional, cuanto en sus particularidades cordobesas. 7. GUEVARA, Sebastian [email protected]; HIRSCH, Mariana [email protected] (CONICET-UBA-CICP) “La acumulación de capital en Argentina post2001: análisis de límites y perspectivas desde sus expresiones en el movimiento sindical” El presente trabajo analiza el curso seguido por el proceso nacional argentino de acumulación de capital, desde la profunda crisis que se expresó en el quiebre del régimen de convertibilidad hasta actualidad, así como las formas políticas mediantes las cuales se fue desarrollando dicho curso. Específicamente el foco del análisis está puesto en el comportamiento desplegado por el movimiento sindical, en tanto una de las formas políticas características del período en análisis. De modo que se presenta una caracterización del proceso de recuperación y crecimiento que siguió a la profunda crisis que tocó fondo en el año 2003, de sus principales determinantes y de los límites que se fueron manifestando cada vez con más claridad en los últimos años. Conjuntamente con el reconocimiento del rol desempeñado por el movimiento sindical (con su recuperado protagonismo, su fortalecimiento relativo inicial, su posterior fragmentación, el crecimiento de movimientos opositores a su interior, etc.) tanto en el momento de recuperación y crecimiento como en la puesta en evidencia de los límites que porta el proceso de acumulación de capital. 8. HAIDAR, Julieta [email protected] IIGG, UBA “Conflictividad laboral en la post-convertibilidad. El sindicato de Luz y Fuerza Capital” Existe consenso en la literatura argentina en señalar que en los años 90, frente a las reformas de mercado, se produjo una crisis de las organizaciones sindicales. Entre los indicadores de este fenómeno se señala el desplazamiento de los sindicatos como actores centrales de la conflictividad, frente a nuevas expresiones como el movimiento de trabajadores desocupados. En contraste, a partir de la post-convertibilidad, los sindicatos recobraron su centralidad, lo

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cual se evidencia en el rol protagónico que asumen en la dinámica conflictiva. Sobre este análisis general, en este trabajo vamos a estudiar los alcances de este proceso de retracción y dinamización del conflicto en el sindicato de Luz y Fuerza Capital, en dos períodos históricos (1992-2001) y (2002-2011). Para llevar a cabo la comparación vamos a considerar además de la cantidad de conflictos, cinco dimensiones de carácter cualitativo: contenidos de los reclamos o demandas; destinatario; organizador; nivel (si involucra a empresas o al sector) y modalidad. 9. JIMÉNEZ BRUCCOLERI, Matilde Jazmín [email protected] UNGS-UNCUYO “Las trabajadoras ajeras de Rodeo del Medio (Mendoza): sus roles y reivindicaciones en el conflicto de Campo Grande de 2007” Este trabajo analiza las formas de organización y de lucha, gestadas por ciertas mujeres trabajadoras, en reclamo de sus derechos en el ámbito de la producción ajera durante la historia argentina reciente. Asimismo, pretende explorar cómo tales reclamos y formas organizativas han estado vinculados con la interacción entre las mujeres trabajadoras y algunas organizaciones involucradas con el movimiento de mujeres y organizaciones político partidarias. A su vez es importante resaltar que Argentina es el segundo exportador de ajo en el mundo y Mendoza es responsable del 83% de la producción total. Durante la primera década del siglo XXI, la producción ajera argentina experimentó un crecimiento sostenido incentivado por el aumento de la demanda de este producto en el mercado brasileño. A tales fines y con la intención de rescatar la militancia de las trabajadoras ajeras, se detiene en el análisis de un conflicto desatado en el año 2007 en la empresa Campo Grande, la principal compañía exportadora de ajo en la provincia, ubicada en Rodeo del Medio, departamento de Maipú. Basado en la perspectiva de historia de los trabajadores e interesado en sus experiencias cotidianas, este artículo retoma los aportes de los estudios de género para indagar de qué manera la construcción cultural de la diferencia sexual permeó las ideas y la acción colectiva de las familias obreras durante este conflicto. De ese modo, procura explorar los roles socialmente asignados a las mujeres y a los varones dentro del proceso productivo del ajo y de la organización sindical, así como indagar las múltiples y complejas relaciones que los atraviesan. 10, KOFMAN, Gabriel [email protected] FSOC-UBA “La supremacía de los sindicatos del transporte en la Argentina post devaluación” Luego de la crisis de 2001-2002 la economía creció sostenidamente durante casi una década junto con una recomposición del mercado de trabajo vía incremento del nivel de ocupación. La conflictividad laboral retornó al centro de la escena aunque esto se ha dado de una manera desigual y fragmentada en los distintos grupos o sectores de los trabajadores (Etchemendy y Collier 2006). En la última década se ha consolidado la hegemonía de los sindicatos del transporte dentro del movimiento obrero. El sindicato de Camioneros llegó a dirigir la CGT unificada, organizar grandes manifestaciones y algunas huelgas generales en los últimos años. No obstante, estas huelgas generales y este poder sindical se relacionan principalmente con demandas específicas del sector mejor remunerado entre los asalariados. Las preguntas que guían esta investigación son las siguientes: ¿Por qué ciertos sindicatos, como los del transporte, adquieren un liderazgo fuerte en el sindicalismo argentino en el período reciente? Pero también, ¿en qué medida este liderazgo es parte de la constitución de

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un sector relativamente privilegiado dentro de la clase trabajadora, es decir, de una nueva aristocracia obrera? 11. MARTICORENA, Clara [email protected] (CEIL-CONICET/ UBA/ UNGS) “Negociación colectiva, conflicto laboral y lucha de clases” A partir del aumento del empleo y de la centralidad asumida por el conflicto laboral durante la última década en Argentina, diversos estudios recuperaron el análisis de la negociación colectiva, ya sea como objeto de estudio en sí mismo o como indicador de la denominada “revitalización sindical”. Sin embargo, las perspectivas dominantes en el estudio de la negociación colectiva en el ámbito académico local han tendido a desplazar su problematización teórica y/o conceptual. En este marco, la ponencia desarrolla una indagación conceptual acerca de la naturaleza específica de la negociación colectiva y su vínculo con la lucha de clases. Con este propósito, recuperamos desarrollos clásicos del marxismo y de la academia anglosajona sobre la teoría de las denominadas “relaciones industriales”, indagando, entre otros aspectos, la relación entre negociación colectiva y conflicto laboral. A partir de este desarrollo y del estudio de las características de la negociación colectiva en la última década en la Argentina nos proponemos plantear también una serie de hipótesis sobre los procesos y dinámicas de la negociación que servirán para avanzar en nuestros problemas de investigación. 12. MARTÍNEZ, Susana [email protected]; HUENUL, Hugo; [email protected]; LUQUE, Élida [email protected] (Universidad Nacional de la Patagonia Austral) “La hora de los estatales: la huelga del 2007. ¿Un hito en la historia de los trabajadores de Santa Cruz?” Entre los meses de marzo y agosto de 2007, se produjo en la provincia de Santa Cruz un conflicto social protagonizado por los empleados públicos, que llevó a la caída del gobernador Carlos Sancho (Frente para la Victoria). La lucha de los estatales iba dirigida contra las políticas implementadas en los años noventa que implicaron la suspensión de convenios colectivos y de negociaciones paritarias, el pago en negro, ingreso de personal a la administración pública de la provincia en condiciones de precarización laboral, reclamándose en particular la recuperación de la negociación paritaria y el blanqueo salarial. El trabajo forma parte de un proyecto que pretende, a partir de la descripción del conflicto, conceptualizarlo y ubicarlo en el proceso histórico reciente de la provincia de Santa Cruz, en el marco de las transformaciones que sufrió la estructura económico social a partir de la hegemonía del capital financiero, y a su vez contextualizarlo dentro de los hechos de rebelión protagonizados por los trabajadores, tanto del sector público como privado, en el espacio regional y nacional. 13. MÉNDEZ, Florencia Magdalena [email protected] CIEPP “Empleadas de casas particulares en la argentina: cambios en el marco normativo y nuevas configuraciones de lucha sindical en el sector” El presente artículo presenta los primeros avances de investigación de mi tesis de maestría “Estudio de trayectorias laborales de empleadas de casas particulares en la Argentina: entre la precariedad e informalidad laboral (2004-2013)”. El proyecto de investigación se propone como objetivo general analizar las trayectorias laborales de las empleadas de casas

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particulares a partir de las transformaciones en el marco normativo y la implementación de políticas públicas en la última década, identificando como impactaron en este sector en la entrada, permanencia y salida del mercado laboral y en sus condiciones de empleo. En este trabajo se presentaran los resultados de la etapa inicial de la indagación en la que se estudia una síntesis del marco conceptual-analítico utilizado, que permite, por un lado situar el empleo en el servicio doméstico a Hogares en la Argentina (ESDAH) en el marco del Régimen de Bienestar y Cuidado, exponiendo su funcionalidad en la organización social del cuidado, y construir ciertas hipótesis respecto de las razones de la informalidad del sector. Por otro lado, se analizan los cambios normativos implementados en la última década en materia de derechos laborales y las formas en que estos cambios repercutieron en este colectivo de trabajadoras. 14. PERUZARO, Gonzalo Martin [email protected] UNMDP “Movimientos Sociales e Inclusión a través del trabajo. La experiencia de las Cooperativas de trabajo de la Asociación de Trabajadores Ocupados y Desocupados del Movimiento Social Teresa Rodríguez en el Partido de General Pueyrredón” El presente artículo de plantea indagar acerca del significado que se otorga al trabajo en el marco de las Cooperativas de la Asociación de Trabajadores Ocupados y Desocupados del Movimiento Social Teresa Rodríguez, a la vez que analizar las estrategias de acción y organización que el mismo desarrolla, con el objetivo de superar las relaciones que establece el sistema productivo actual. Para ello se parte de la premisa de que dentro del Movimiento social, existe una tensión entre la expectativa de inclusión laboral de sus integrantes y el cuestionamiento de las bases del sistema de producción capitalista, característica de dichas organizaciones.Se intentara describir las trayectorias de vida laboral de integrantes de las Cooperativas de Trabajo, analizar sus concepciones acerca del trabajo asociado y la construcción de nuevas relaciones sociales basadas en la confianza y la solidaridad. A su vez, contemplar las demandas de dichos actores y visualizar las formas en que expresan las mismas frente al conjunto de la sociedad, se constituye como una característica central del origen propio de los Movimientos Sociales.La investigación se enmarca en la beca de investigación obtenida por el autor, como estudiante avanzado, otorgada por la Universidad Nacional de Mar del Plata. 15. RAMIRES, Sebastian [email protected] UNM-CEICS “Condiciones de vida y fuentes de ingresos de las unidades domésticas rurales de instalación reciente en la provincia de Misiones: El caso San Pedro” La fracción de la burguesía agraria, propietaria de grandes extensiones de tierras destinadas a la forestación, permitió que se asentaran en ellas fracciones de semiproletariado rural con tierra entre 1970 y 1990. Su condición de “ocupantes” le garantizó la tenencia efectiva de la tierra, pero no la reproducción de sus condiciones de vida, por lo que se vieron obligados a producir para las grandes empresas tabacaleras y/o vender su fuerza de trabajo extrapredialmente en labores precarias, inestables o temporales. Estamos en presencia entonces de sobrepoblación relativa en su variante latente. La totalidad de los estudios sobre el tema consideran la existencia de un sujeto social agrario vinculado a la economía de subsistencia, entiéndase “colono”, “ocupante”, “plantador” o “campesino sin tierra” (lo que ya es un contrasentido) categoría esta última, solo aplicable a marcos de relaciones no capitalistas de producción, mientras que las anteriores si bien encuentran amplios desarrollos

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explicativos no logran mostrar en qué situación se encuentra la población bajo estudio particularmente en el Departamento de San Pedro. En este proyecto, por el contrario, consideramos que estas categorías no son del todo útiles para entender la situación actual de la población rural de la provincia, por lo que planteamos a modo de hipótesis a desarrollar que para el periodo actual, la población llamada “ocupante” o “sin tierra” encierran a sujetos que han sido expropiados de sus medios de producción y por lo tanto ven sometidos por a la lógica del mercado a ocupar tierras en las que cultivan tabaco que luego son vendidas a grandes empresas tabacales, de lo que obtienen el grueso de sus ingresos. 16. TEIJÓN, Ivana Soledad [email protected] UNMDP “Prácticas de resistencia a la explotación en los trabajadores gastronómicos y hotelería en Mar del Plata” El propósito del presente trabajo es analizar el repertorio de prácticas de resistencia que los trabajadores/as de hotelería y gastronomía de Mar del Plata movilizan contra la explotación laboral actualmente. El mercado de trabajo en la Argentina se ha visto afectado a su precarización desde 1974 cuando se legitima a través de la reforma laboral (Ley 20.744), la cual brinda la posibilidad de despedir sin causa justa, con la sola condición de pagar la indemnización y el preaviso correspondientes; o contratar trabajadores por medio de empresas de servicios eventuales. El sector servicios es uno de los más afectados por estas políticas y es el sector económico más importante en Mar del Plata, por su característica de ciudad turística. La precarización aparece (conceptualizándola desde una perspectiva política) como una forma de control del capital sobre los movimientos de la fuerza del trabajo, el (re) desarrollo de un asalariado “maniatado”, se trata de nuevas modalidades de sometimiento y control de las clases populares, generando así formas de resistencia que se relacionan con estos mecanismos. Siguiendo a autores como Scott, encontraremos frente a estas nuevas modificaciones del capital, nuevas prácticas de resistencia como aquellas prácticas de “falsa conformidad”, “ignorancia fingida”, “disimulación” que permiten entrever actos de desobediencia realizados en los espacios silenciosos de la vida y en el trabajo. 17. VARELA, Paula [email protected] CEIL-CONICET / UBA IPS “Las luchas obreras en el purgatorio” Siempre resulta controversial intentar cualificar los datos que surgen de mediciones cuantitativas. En el terreno de la conflictividad laboral se agrega que no hay registros oficiales de mediano y largo plazo, y que los distintos equipos de investigadores que construyen las bases de datos en la temática, presentan diferencias en la unidad de análisis, el método y las fuentes. Sin embargo, existen algunos consensos que permiten destacar ciertos rasgos del ciclo de conflictividad laboral en Argentina de 2003 en adelante y que permiten observar que las huelgas desarrolladas durante la primera mitad de 2014 expresan un punto de inflexión en dicho ciclo, señalando el pasaje de los “conflictos del crecimiento” a los “conflictos de la crisis”. En este artículo analizaremos una serie de elementos de la conflictividad laboral durante el kirchnerismo a los fines de: a) destacar algunas de sus principales características; b) señalar los factores que determinan su punto de inflexión en 2014 (con antecedentes en 2012 y 2013); c) retomar la discusión sobre la relación entre conflictividad laboral y huelga general en la Argentina reciente, por considerar que la indagación en esta relación resulta fructífera para reflexionar sobre los aspectos cualitativos de la conflictividad.

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18. VASALO, Débora [email protected] Fsoc-UBA “Sindicalismo de representación del capital: el caso SMATA” Las políticas de Estado que concretamente fueron implementadas desde 2003 dan cuenta de una profundización y, por ende, consolidación, de la reforma neoliberal que comenzó a generalizarse —aunque su implementación se inició en la década de 1970— en los ’90 durante el gobierno de Carlos Menem. En el ámbito sindical específicamente se dará cuenta de este proceso a partir del análisis del caso de SMATA, en el que puede observarse la naturalización de la función sindical en tanto que mediación entre los intereses de los trabajadores y los de los empresarios. Esta práctica se desarrolla desde la lógica de la conducción política para con sus representados y la asunción de la perspectiva empresarial, desde la interrelación rentabilidad/productividad, como única legitimidad a partir de la cual es posible proyectar la actividad sindical, por lo que es válido concluir que en términos de representación de intereses el sindicato asume como propios los del capital. El análisis de los acuerdos homologados por el Ministerio de Trabajo, Empleo y Seguridad Social en el período 2004 – 2013, en el marco de la política de reapertura de las negociaciones colectivas, dan cuenta de la naturalización de la lógica neoliberal, en general, y en el funcionamiento de los sindicatos oficialistas, en particular. Podríamos denominar a la dinámica, lógica y estrategia del sindicalismo que se ha construido durante los últimos 10 años como sindicalismo de representación del capital.

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|28 de novembro – 9.00hs - Sala F5. UNIOESTE|

SIMPÓSIO 19

LAS PROPUESTAS POLÍTICO-PEDAGÓGICAS DE LOS MOVIMIENTOS SOCIALES: ACTUALIDAD Y DESAFÍOS

Coordenadores: Ana Clara De Mingo (Grupo de Investigación Docencia y Extensión Movimientos Populares, Educación y Producción de Conocimientos (GIDEMPEC) / UNLu) [email protected]; Anahi Guelman (Depto. de Educación/IICE. FFyL. UBA) [email protected]; Fernando Stratta (Gemsep. UBAI) [email protected]

RESUMO: Durante las últimas décadas, los movimientos sociales han dado cuenta de verdaderos procesos de (re)apropiación, problematización, reformulación y puesta en práctica de viejas y nuevas experiencias educativas, en la mayor parte de los casos, desde la perspectiva de las pedagogías crítica o de la educación popular, pero también retomando tradiciones ideológicas de fuerte arraigo en diferentes momentos históricos. Estos procesos tienen lugar en escenarios atravesados por problemáticas y experiencias bien diversas, tanto en el ámbito urbano como en el rural. Así, fábricas recuperadas, organizaciones populares urbanas, sindicatos, movimientos indígenas y campesinos, han sido protagonistas de procesos en los que se debaten, al tiempo que se practican, experiencias educativas con niños/as, jóvenes y adultos.

Todas estas experiencias presentan problemas, enfoques teóricos y políticos específicos. La demanda educativa efectuada por los movimientos sociales, la mirada de la educación como derecho y el reclamo que se efectúa al Estado al respecto; la compleja relación que establecen con la escuela pública (que los conoce y desconoce al mismo tiempo) y los diferentes actores del campo educativo; la existencia de escuelas propias y autónomas en sus territorios para la formación de sus hijos/as; los espacios de formación para el trabajo, así como otras acciones educativas en el marco de los espacios propios, presentan una gama de concepciones y propuestas para analizar, debatir e intercambiar. No son sólo alternativas desde el punto de vista pedagógico y político, sino también un eje constructor de la identidad de los propios movimientos y de la construcción de sus actores como sujetos políticos. Por eso la lucha por el derecho a la educación no puede entenderse sino articulada con reivindicaciones más amplias de derechos.

Desde su primera edición en 2008, venimos impulsando en el marco de las Jornadas Internacionales de Problemas Latinoamericanos un ámbito de encuentro y reflexión para investigadores/as y militantes de experiencias político-educativas desarrolladas en movimientos sociales y organizaciones populares. Los resultados han sido muy promisorios, pues nos permitieron tejer lazos y ampliar el campo de conocimiento a nuevas experiencias, además de comenzar a discutir algunos núcleos que, más allá de sus particularidades, atraviesan en su conjunto a las diversas propuestas político-pedagógicas. El propósito del Simposio en estas IV Jornadas es sin dudas dar continuidad al intercambio con el objetivo de profundizar los debates abiertos. Creemos que una investigación de carácter transformadora, que aporte a los procesos en marcha en nuestro continente, es posible desde el compromiso y la rigurosidad, a partir de la construcción de un conocimiento que se posicione en y desde las propias experiencias que los movimientos sociales construyen cotidianamente.

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Atividades complementares: Mesa-debate con experiencias político-pedagógicas de movimientos sociales. RESUMOS 1. BARGA, Noelia [email protected]; DE MINGO, Ana Clara [email protected]; AGUERO, Claudia [email protected] (Universidad Nacional de Luján) “Expedición Pedagógica Simón Rodríguez: una mirada desde la Educación Popular y la Investigación Acción Participativa” En el marco de las actividades de extensión e investigación que llevamos a cabo como grupo de trabajo “Movimientos populares, educación y producción de conocimiento” es que hemos sido partícipes de la Expedición Pedagógica Simón Rodríguez el año 2014 en la República Bolivariana de Venezuela. Dicha expedición se sustenta en un proyecto más amplio: la construcción y el fortalecimiento del Movimiento Pedagógico Latinoamericano organizado e impulsado por diversas organizaciones políticas y movimientos del campo popular. Históricamente dichas expediciones surgen en Colombia a fines de la década del 90 con el fin de hacer un relevamiento y sistematización de experiencias educativas y prácticas pedagógicas para posteriormente generar espacios de intercambio y encuentro entre diferentes colectivos de maestros, organizaciones sindicales y movimientos sociales. Dichos espacios de encuentro y reflexión tienen el propósito de difundir prácticas que sirvan de legado para construir una pedagogía liberadora y emancipadora enraizada en las realidades latinoamericanas de nuestros pueblos. En el presente trabajo nos proponemos abordar la experiencia vivenciada, a la que hemos hecho mención anteriormente a partir de la perspectiva de la Educación Popular y la Investigación Acción participativa (IAP). De este modo, intentaremos plantear algunos nudos críticos, interrogantes y contribuciones que ayuden a seguir pensando una educación emancipatoria. 2. BARGAS, Noelia Alejandra [email protected] Departamento de Educación. Universidad Nacional de Luján. “Bachilleratos populares en y desde Movimientos Sociales. “Análisis de la experiencia político- pedagógica de los bachilleratos populares: El Galpón de Moreno y Carlos Fuentealba de Luján” El presente trabajo tiene como objetivo analizar desde un enfoque socio pedagógico las experiencias educativas de dos bachilleratos populares: El Galpón de Moreno, impulsado por la organización MCB (Mesa Coordinadora Barrial) en el MULCS (Movimiento por la Unidad latinoamericana y el Cambio Social) y el bachillerato popular Carlos Fuentealba del distrito de Luján, impulsado por el MTC (Movimiento de trabajadores Comunitarios) que se halla dentro del Frente Popular Darío Santillán. Los Bachilleratos populares son proyectos políticos pedagógicos que nacen hacia el interior del campo popular, impulsados por intelectuales de izquierda y organizaciones sociales. Si bien son experiencias muy interesantes, algunas se encuentran invisibilizadas o no son difundidas a toda la sociedad, por estos motivos se considera que es interesante analizarlas , describirlas, contextualizarlas, problematizarlas, pero también difundirlas como ejemplos de escuelas que recuperan los intereses y necesidades de los sectores populares construyendo una educación transformadora que denuncia las injusticias de esta sociedad. En este trabajo se pretende analizar cómo estas escuelas fueron incorporando una organización interna que se diferencia de la organización y dinámica institucional propia del sistema educativo para acercarse más a la de los movimientos sociales. Se pretende describir los procesos de organización que se fueron dando, mostrando cómo impacta la “autogestión” propia de ambos movimientos y las prácticas asamblearias como

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instancias colectivas de toma de decisión de los bachilleratos populares, e indagar cómo influyen estas nuevas formas de participación en la construcción de la subjetividad de quienes intervienen en estas escuelas, tanto profesores como estudiantes. 3. BENTO, Karla Lucia [email protected]; BLANK DE OLIVEIRA, Lilian [email protected] “Protagonismo social e territorialização nas organizações não governamentais: Um olhar a partir dos indicadores do instrumento de avaliação do prêmio Itaú/Unicef” Este trabalho tem por objeto os indicadores presentes no instrumento de avaliação do Prêmio Itaú/UNICEF que buscam identificar oportunidades de desenvolvimento e educação integral para crianças e adolescentes em situação de vulnerabilidade social. O objetivo é analisar em que medida estes indicadores se aproximam dos referenciais teóricos sobre movimentos sociais, territorialização e protagonismo social, podendo se configurar como base para o desenvolvimento de ações em outros territórios. A metodologia para o desenvolvimento do trabalho tomou por base os princípios da análise documental e pesquisa bibliográfica para levantar e comparar os dados do instrumento de avaliação do Prêmio Itaú/Unicef e oreferencial teórico básico. Estes dados constam nas apostilas utilizadas para formação dos avaliadores e nos instrumentos utilizados na análise dos projetos inscritos e nas visitas in loco. Podemos indicar, a título de considerações finais provisórias que o instrumento busca identificar ações que levem ao protagonismo social e interferir am na realidade local, reorganizando o espaço (re)territorializando e construindo identidades para construção de sujeitos políticos, o que está em consonância com os estudos teóricos sobre o tema. 4. BRUNO, Daniela Paola [email protected]; DODARO, Christian [email protected]; PALUMBO, María Mercedes [email protected] (FSOC/UBA) “Un estudio comparativo de espacios de formación política y matrices político-ideológicas en movimientos populares urbanos en Argentina” Este trabajo presenta las conclusiones de la investigación “Movimientos populares urbanos y acción cultural. Estudio comparativo de las experiencias en el AMBA” (Proyecto UBACYT Nro. 20020110200094 perteneciente a la Programación Científica 2012-2015). Uno de los objetivos específicos de la investigación consistió en el análisis de los espacios de formación política de la militancia que con algún grado de formalización pedagógica se registran en movimientos populares urbanos de diferente matriz político ideológica. Nuestro interés particular por el estudio comparativo de la formación política de movimientos populares de matriz autonomista y matriz nacional popular se fundamenta en la concepción de estas experiencias en tanto ensayos instituyentes de la política y de participación política popular, en un contexto como el actual, de crisis del autonomismo y recomposición de la legitimidad gubernamental. Focalizamos por ello nuestro trabajo en: el Frente Multisectorial Darío Santillán (FPDS); el Movimiento Popular La Dignidad (MPLD) y el Movimiento Evita (ME). La estrategia para producir la base empírica combinó: el análisis de documentos de apoyo a la formación, y entrevistas individuales y grupales a los responsables del diseño de la formación para abordar la construcción intersubjetiva de las expectativas, creencias, valores y categorizaciones en torno a la formación política. 5. DI MATTEO, Javier [email protected] Universidad Nacional de Luján, Departamento de Educación “Formación política en el movimiento campesino: saberes pedagógicos dispersos en el saber político”

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Las reflexiones pedagógicas de los educadores-militantes que participan de experiencias de movilización y organización popular se construyen en relación con la práctica colectiva y con los desafíos que expresan un vínculo entre esas prácticas y los proyectos políticos colectivos. Pueden ser, por eso, reflexiones muy específicas, situadas y particulares que a menudo no toman la forma de la reflexión pedagógica tal como las solemos comprender los que venimos del campo académico. La cuestión se pone un poco más interesante cuando quienes protagonizan las iniciativas de formación provienen de la propia base social de las organizaciones y su tarea es, aunque reconocida como muy importante, una más en un conjunto de otras tareas: son actores no especializados, no son profesionales de la educación, ni se dedican solamente a tareas formativas. En esas condiciones se construyen saberes pedagógicos, que se hallan dispersos en el conjunto de los saberes políticos y que a pasar de no facilitar el trabajo de quien pretenda indagar en ellos (forzando alguna que otra reescritura y provocando algún que otro dolor de cabeza) puede ser alentador el hecho de estudiarlos porque contienen algunas orientaciones para quienes seguimos buscando colaborar en procesos populares de protagonismo lúcido y movilizado. Este trabajo expone algunas reflexiones al respecto a partir de nuestro diálogo (en el marco de nuestras tareas de investigación) con militantes del MOCASE VC, organización que integra el Movimiento Nacional Campesino Indígena de Argentina. 6. DOS SANTOS ARAÚJO, Gracieda [email protected] (UNESP/Via Campesina); RODRIGUES ARAÚJO BOGO, Maria Nalva [email protected] (UFBA / UNEB) “Desafios atuais da educação do campo na américa latina: Análise de uma proposta em construção, desde o caso do Brasil” Este artigo consiste em fazer reflexões acerca dos desafios da formação dos sujeitos do campo, no atual contexto de expansão do agronegócio, motivado pelo avanço das políticas neoliberais no campo, na América Latina. As discussões apresentadas ao longo do texto se baseiam nas concepções de teóricos como Teubal (2008), Martins (2011), Fernandes (2012), Frigoto (2012), Arroyo e Fernandes (1999), Bogo (2013), dentre outros, a partir dos quais se estabelece um diálogo sobre a perspectiva da agricultura capitalista e da agricultura camponesa, a relação da educação com as diferentes concepções políticas de desenvolvimento do campo, bem como as implicações do capitalismo agrário para o campesinato, as lutas e desafios do movimento social camponês no sentido da construção de processos contra-hegemônico de educação e de desenvolvimento. Desta forma, destacamos as conquistas educacionais do MST e de outros organismos de apoio à reforma agrária, no Brasil, com ênfase ao Programa Nacional de Educação na Reforma Agrária (PRONERA). Convém registrar que a defesa da educação desde outra perspectiva de desenvolvimento é parte fundamental na luta pela emancipação humana e que se faz necessário à construção do projeto da nova sociedade pelo conjunto da classe trabalhadora. 7. DE MINGO, Ana Clara [email protected] Departamento de Educación, Universidad Nacional de Luján. GIDEMPEC “El abordaje de la educación popular en instancias de participación colectiva: una lectura desde los denominados “nuevos movimientos sociales” Los movimientos sociales desde hace ya varias décadas vienen construyendo un proyecto pedagógico vinculado a los intereses de los sectores populares. En este sentido, la educación popular posee un papel preponderante en el quehacer de los movimientos sociales. Así, en este trabajo intentaremos vislumbrar la función principal que posee la educación popular en instancias de organización colectiva de los movimientos sociales con los cuales venimos trabajando desde el equipo de trabajo “Movimientos populares, educación y producción de

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conocimiento” de la Universidad Nacional de Luján. De esta forma, destacaremos la dimensión política de la educación popular, entendida a la misma como un “acto político” a partir de las practicas educacionales que llevan a cabo los movimientos y organizaciones. No hay forma de entender a la EP sin contemplar los procesos socio-históricos-políticos que la atraviesan. En este sentido la EP se reconoce como una práctica pedagógica la cual se posiciona ante la realidad que nos interpela, reconociendo a los sujetos como sujetos sociales. Efectivamente, el desarrollo de la conciencia de clase que intenta producir la EP, se forja desde una práctica política liberadora, a partir de un proyecto político-pedagógico. 8. DE MINGO, Ana Clara [email protected] Departamento de Educación, Universidad Nacional de Luján. GIDEMPEC “La participación de las organizaciones sociales en la catedra libre de soberanía alimentaria y agroecología de la Universidad Nacional de Luján: el desafío de pensar formas otras de producción de conocimiento” En el marco de las actividades de docencia, extensión e investigación que llevamos a cabo desde el equipo de trabajo Movimientos populares, educación y producción de conocimiento de la Universidad Nacional de Luján, es que decidimos participar de un espacio más amplio de formación y debate junto a docentes, productores rurales y organizaciones sociales urbanas de la zona de influencia de la UNLu. Así, durante el año 2013 conformamos la Catedra Libre de Soberanía alimentaria y agroecología (CALISAYA) para dar respuestas a algunas preocupaciones que comenzaron a surgir en el territorio en donde desarrollamos nuestras actividades. Desde nuestra experiencia resulta interesante reflexionar acerca de la participación de las organizaciones dentro de la catedra, pensando en procesos que democraticen la universidad y el sistema científico-tecnológico. Algunas de nuestras preocupaciones giran en torno a visualizar determinadas formas de colonialidad en la producción de conocimiento. En este trabajo nos centramos especialmente a develar los mecanismos mediante los cuales se legitima ciertas formas de conocimiento a través de un discurso cientificista legitimador del modelo hegemónico y detractor de los intereses del pueblo. También incurriremos en el papel principal que posee en las organizaciones y los movimientos sociales en la posibilidad de construir formas otras de producción y legitimación de conocimiento, destacando los desafíos que dicha participación plantea la práctica concreta. 9. GONZÁLEZ, Dora Elba [email protected] ; MIGUEZ, María Eugenia [email protected] (IICE. UBA) “Movimientos sociales y derecho a la educación en el Plan Fines 2” Esta ponencia se enmarca en un proyecto de investigación UBACyT en curso y se propone desarrollar una aproximación a cómo se organiza y se despliega el Plan Fines 2 en cuanto a la intervención de los movimientos sociales en la implementación de las políticas públicas en educación en la Provincia de Buenos Aires. Particularmente interesa conocer las tramas que conmueven esta política pública nacional buscando reconstruir los sentidos que le otorgan los movimientos sociales y demás actores colectivos al programa en los distritos de la Matanza (región 3) y en Vicente López (región 6). Nos centramos en el análisis de las relaciones que confluyen entre los movimientos sociales y el aparato burocrático escolar y cómo éstas entran en tensión y/o articulación con las establecidas y legitimadas por el sistema educativo. Para ello buscaremos resaltar las voces de los referentes del campo social, político, religioso y sindical, inspectores, docentes y estudiantes. Las preguntas que orientan el trabajo son ¿En qué medida la lógica de los municipios afecta la implementación del programa en el territorio? ¿Existen tensiones entre los distintos actores que intervienen en el programa? ¿Cómo se

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expresan los conflictos por la disputa de sentido? ¿Cómo perciben los estudiantes la intervención de estos distintos actores? 10. GUELMAN, Anahi [email protected]; PALUMBO, Mercedes; MARTÍNEZ VERGERIO, Gonzalo (Facultad de Filosofia y Letras. UBA) “Los proyectos y procesos productivos como ámbitos de formación para el trabajo en movimientos sociales” La presente ponencia presenta algunos de los avances de la investigación “Conocimientos emergentes en propuestas pedagógicas alternativas desde la perspectiva decolonial”, cuyo objetivo es contribuir a la caracterización de dinámicas de aprendizaje y construcción de saberes-conocimientos, a partir de algunas experiencias productivas de movimientos sociales. Los modos de trabajar y producir de los movimientos que estudiamos, alejados de las lógicas clásicas del trabajo asalariado, son ámbitos económicos, de producción y reproducción de la vida, pero también son ámbitos políticos y sociales que vinculan al trabajo con la lucha por el mismo y con el contexto en el que esta lucha se lleva a cabo. En este sentido, el trabajo se vuelve principio formativo y espacio de formación en el cotidiano, así lo requieren las nuevas tareas y prácticas a asumir. Allí también se gestan procesos de construcción de saberes y se generan (des)aprendizajes, se apela a experiencias previas de las trayectorias y se transitan procesos de construcción de identidad. Entendemos que los procesos de formación, en los ámbitos productivos, forman parte de las pedagogías prefigurativas. Intentamos analizar los modos y dimensiones en que estos procesos se llevan a cabo. 11. GUELMAN, Anahi [email protected] Facultad de Filosofia y Letras, IICE (UBA) “La Escuela de Agroecología del MOCASE-VC. Ámbito de formación de campesinos como sujetos políticos” El trabajo que se presenta analiza las prácticas cotidianas y la organización de la escuela de Agroecología del MOCASE-VC, desde una perspectiva pedagógica. En la escuela confluyen una perspectiva Freireana con una perspectiva Gramsciana y lo que hemos denominado una perspectiva descolonial. A través de la modalidad de alternancia y de la convivencia que la misma plantea, así como de la organización de los espacios curriculares, se trabaja el modo de concebir al campesino como un sujeto de derechos que pelea colectivamente por ellos y que construye en el cotidiano las práctica sociales, productivas y políticas a las que aspira. Por lo tanto la producción agroecológica, la concepción de soberanía alimentaria y de reforma agraria integral son claves en el quehacer de la escuela. Se analizan en esta ponencia los modos en que, tanto en los espacios curriculares (materias), como en los espacios cotidianos, el trabajo pedagógico trasciende lo discursivo y redunda en la formación para el trabajo campesino como formación política. 12. ITHURRALDE, Raul Esteban [email protected]; PEREIRA, Mariana [email protected] Educación Popular y trabajo territorial. Reflexiones críticas a partir de la experiencia del Bachillerato Popular"La Pulpería" La corriente latinoamericana de Educación Popular tiene ya un amplio recorrido y da lugar a diferentes interpretaciones. Ya existe una enorme experiencia acumulada y sistematizada, pero sigue siendo necesaria una continua reflexión dialéctica en los espacios que construyen a partir de esta concepción. En este trabajo retomamos la experiencia del Bachillerato Popular “La Pulpería” del barrio de La Boca, que surge a partir del trabajo territorial de la Organización Popular “La Pulpería”. Realizamos un repaso crítico por su historia, por los aciertos y

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dificultades, por la producción continua de nuevas formas de trabajo educativo entre docentes y estudiantes (y de un proyecto político pedagógico en constante reflexión y cambio). En tensión permanente con estos proyectos educativos, el Estado trabaja para erosionar estas elaboraciones. Exploramos las razones de docentes y estudiantes para elegir al Bachillerato Popular “La Pulpería” entre otros espacios existentes en el barrio y problematizamos el concepto de construcción de una “conciencia crítica” como fin último de los Bachilleratos Populares. También nos interrogamos acerca de las posibilidades de construir organización popular por parte de los Bachilleratos Populares en los que el único trabajo es el educativo. Entendemos que estas reflexiones son útiles a la hora de pensar qué es lo que define a la Educación Popular, en el marco donde se multiplican las experiencias de Educación Popular, hasta incluso se impulsan desde el Estado. Una concepción que luego de tanto tiempo sigue siendo un campo en disputa que habrá que batallar desde nuestras propios proyectos de Educación Popular. 13. LONGA, Francisco [email protected]; STRATTA, Fernando; WAHREN, Juan (GEMSEP / UBA) “Debates en y desde los Bachilleratos Populares: Estado, sindicatos y pedagogías populares” Al calor de la crisis del neoliberalismo en Argentina y de la consiguiente pérdida de representatividad de los esquemas tradicionales de acción política, emergieron en el país hacia finales de la década del 90 un conjunto de movimientos sociales y organizaciones populares que trajeron aparejadas nuevas formas de construcción política. En ese marco, desde el año 2004 surgen experiencias de Bachilleratos Populares para jóvenes y adultos concebidos en y desde movimientos sociales tales como fábricas recuperadas, sindicatos, cooperativas y organizaciones territoriales. El crecimiento y la multiplicación de estas experiencias en el país devinieron en la constitución en el año 2006 de la “Coordinadora de Bachilleratos Populares en Lucha”. Más adelante y como desprendimiento de esta coordinación, emergen la “Red de Bachilleratos Populares y Comunitarios” y la “Coordinadora por la Batalla Educativa”, como otros dos espacios que aglutinan a diferentes Bachilleratos. Pasados 10 años desde la creación de los primeros Bachilleratos Populares, el objetivo del presente trabajo es analizar y comparar los posicionamientos de estos tres espacios de articulación política y pedagógica respecto de tres ejes: la relación entre los Bachilleratos Populares y el Estado, el vínculo con los sindicatos docentes, y la dimensión pedagógica de la experiencia de los bachilleratos. Este trabajo, de carácter exploratorio, se basa principalmente en los registros de un debate público entre integrantes de estos tres espacios de articulación que aconteció a finales del año 2013 en la Universidad de Buenos Aires donde se abordaron, entre otras temáticas, los ejes aquí analizados. En trabajos posteriores se profundizará el análisis a partir de entrevistas semi-estructuradas y análisis de documentos de las organizaciones que integran los diferentes espacios de articulación. 14. MAÑON, María Inés [email protected] IICE/ UBA “Notas desde la “escuela de la organización” para volver a pensar el derecho a la educación” El horizonte abierto en las últimas dos décadas de luchas sociales en Latinoamérica nos permite vislumbrar la emergencia de diversos movimientos sociales que disputan la hegemonía del proyecto neoliberal. Particularmente en el campo pedagógico, resulta sumamente potente la recuperación de múltiples experiencias de formación desarrolladas por organizaciones populares que -aún escasamente reconocidas, nombradas y valoradas- podrían estar colaborando a profundizar debates y a revisar análisis tornando públicas formas y estrategias pedagógicas alternativas a las dominantes. A partir del estudio de los procesos

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concretos, de la reconstrucción de la historia de las luchas, del intento por descifrar sus claves de articulación y participación, entendemos posible la renovación del pensamiento crítico. Por ello, este trabajo recupera particularmente una experiencia educativa desarrollada por una organización social en la provincia de Buenos Aires como ejercicio para abrir las discusiones en torno a la compleja relación con el Estado y con la escuela pública, a las demandas por hacer efectivo el derecho a la educación, a las características que asumen estos espacios de formación, al lugar de “lo educativo” dentro de un proyecto político social mucho más amplio. Nos interesa especialmente establecer conversaciones que permitan volver a pensar la relación educación-desigualdades y nos den pistas para comprender cómo se potencian proyectos donde “quepan muchos mundos” posibles. 15. ROSSI, Verónica Departamento de Educación, Universidad Nacional de Luján. GIDEMPEC “La participación de las organizaciones sociales en la catedra libre de soberanía alimentaria y agroecología de la Universidad Nacional de Luján: el desafío de pensar formas otras de producción de conocimiento” En el marco de las actividades de docencia, extensión e investigación que llevamos a cabo desde el equipo de trabajo Movimientos populares, educación y producción de conocimiento de la Universidad Nacional de Luján, es que decidimos participar de un espacio más amplio de formación y debate junto a docentes, productores rurales y organizaciones sociales urbanas de la zona de influencia de la UNLu. Así, durante el año 2013 conformamos la Catedra Libre de Soberanía alimentaria y agroecología (CALISAYA) para dar respuestas a algunas preocupaciones que comenzaron a surgir en el territorio en donde desarrollamos nuestras actividades. Desde nuestra experiencia resulta interesante reflexionar acerca de la participación de las organizaciones dentro de la catedra, pensando en procesos que democraticen la universidad y el sistema científico-tecnológico. Algunas de nuestras preocupaciones giran en torno a visualizar determinadas formas de colonialidad en la producción de conocimiento. En este trabajo nos centramos especialmente a develar los mecanismos mediante los cuales se legitima ciertas formas de conocimiento a través de un discurso cientificista legitimador del modelo hegemónico y detractor de los intereses del pueblo. También incurriremos en el papel principal que posee en las organizaciones y los movimientos sociales en la posibilidad de construir formas otras de producción y legitimación de conocimiento, destacando los desafíos que dicha participación plantea la práctica concreta. 16. STRONZAKE, Judite [email protected] (MST/USP/MPAS-UNB); CASADO, Beatriz [email protected] (Hegoa-UPV/MPAS-UnB); STRONZAKE, Janaina [email protected] (MST/Hegoa-UPV/MPAS-UNB “Procesos de formacion politica y agroecologica Protagonizados por movimientos sociales campesinos Latinoamericanos” La lógica internacionalizada del sistema capitalista en su actual fase neoliberal, exige a los movimientos sociales campesinos y urbanos la construcción constante de diagnósticos críticos de la realidad, organizando resistencias y luchas amplias y plurales: internacionalistas, anticapitalistas, antiimperialistas, anti-patriarcales y por la soberanía de los pueblos; un abanico de acciones para avanzar en la transformación de la sociedad en sentido emancipador. A través de este artículo queremos aportar elementos para el debate sobre cómo se ha ido sembrando y cultivando en la última década una serie de procesos de formación/educación política y agroecológica en América Latina, que forman parte de una estrategia política articulada en una red de Escuelas de formación política e Institutos Agroecológicos Latinoamericanos (IALAs).Esta red busca responder a las necesidades formativas de los movimientos sociales articulados en la Coordinación Latino-americana de Organizaciones del

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Campo/CLOC –Via Campesina y la Alianza Latino-americana para los pueblos de nuestra América/ALBA. Buscamos reflexionar sobre las bases comunes que caracterizan las propuestas político-pedagógicas de estas experiencias, aportando aprendizajes y desafíos politico-pedagógicos que se desprenden de la sistematización y vivencia de estos procesos de acción educativa emancipadora.

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|28 de novembro – 9.00hs – Sala G1. UNIOESTE|

SIMPÓSIO 20 MOVIMIENTOS INDÍGENAS, CAMPESINOS Y DE TRABAJADORES

RURALES: PROYECTOS EN DISPUTA Y CONFLICTOS EN AMÉRICA LATINA

Coordenadores: Fabiola Escárzaga - Universidad Autónoma Metropolitana Unidad Xochimilco (México) [email protected]; Fernando Romero Wimer - Colectivo de Estudios e Investigaciones Sociales (CEISO)/Universidad Nacional del Sur/Universidad Nacional de Mar del Plata/Centro Interdisciplinario de Estudios Agrarios (CIEA)-Universidad de Buenos Aires (Argentina) [email protected]

RESUMO: Nuestra propuesta apunta a actualizar el estudio y la reflexión sobre el accionar de los movimientos sociales rurales latinoamericanos, focalizándonos en el marco temporal de las tres últimas décadas.

Desde nuestro enfoque, consideramos que los conflictos sociales que recorren el período en cuestión son un punto de partida para las indagaciones y precisiones acerca de los cambios producidos en la trama de relaciones de producción agrarias existentes en la formaciones económico sociales de América Latina, lo cual nos acerca tanto a las condiciones objetivas como a los aspectos subjetivos que ellos han implicado para las clases y sectores intervinientes en estas configuraciones. Dicho abordaje, presupone indagaciones y caracterizaciones nacionales, regionales y subregionales en torno a territorios específicos del amplio escenario geográfico latinoamericano.

Por otra parte, nos interesa caracterizar ideológica y sociológicamente algunos de los principales movimientos sociales rurales latinoamericanos en relación a sus proyectos políticos que orientaron el sentido de sus luchas, enfatizando el papel de las trayectorias históricas que sostienen la intrínseca vinculación entre el pasado y el presente de las estructuras y los distintos sujetos (campesinos, indígenas, trabajadores rurales, etc).

Finalmente, pretendemos promover los análisis de casos con sentido crítico de los procesos ligados a esta temática particular de la realidad social latinoamericana. En efecto, apostamos a devolverle al estudio de las ciencias sociales ese carácter de debate y confrontación de teorías y conocimientos tan necesarios -y tantas veces olvidados en los espacios educativos y científicos- para la praxis política y social.

Atividades complementares: Presentación de la Revista Interdisciplinaria de Estudios Sociales. Presentación del libro ORGANIZACIONES Y MOVIMIENTOS SOCIALES EN LA ARGENTINA RECIENTE (1966-2012) (Compilado por Paula Fernández Hellmund y Mariano Millán, CEISO/IIGG-UBA, 2014). Presentación del libro MOVIMIENTO INDÍGENA EN AMÉRICA LATINA: TIERRA-TERRITORIO, AUTONOMÍA, ESTADO Y TRANSFORMACIÓN SOCIAL (Coords. Fabiola Escárzaga, Raquel Gutiérrez, Juan José Carrillo, Eva Capece y Boerries Nehe. México, BUAP, UAM-X, CIESAS, 2014. RESUMOS

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1. ARELLANO, Diana [email protected] (Universidad Nacional de Misiones, Argentina); RAMÍREZ, Delia [email protected] (Universidad Nacional de Misiones-CONICET, Argentina) “Biopolítica y derecho a la tierra en paraguay. Modelos de ocupación y producción en histórica disputa” En este artículo analizamos las etapas de los procesos socio- históricos de ocupación de la tierra en Paraguay los que, signados por la conflictividad y la violencia presentan notorias continuidades a través del tiempo. Los dispositivos de violencia –ajustados a cada época y orientados al hostigamiento y destrucción de las formas de organización colectiva y el disciplinamiento de los cuerpos individuales para despojarlos de sus derechos elementales- se aplican sistemáticamente sobre las comunidades campesinas e indígenas que disputan con el sector foresto industrial y agroexportador aliado con el Estado y sus mecanismos legales, el derecho a la posesión y uso de la tierra. Nuestra hipótesis es que en Paraguay, el conflicto por la tierra se remonta al Siglo XIX y, no se resuelve, en parte porque se reproduce una tensión flotante entre la cultura campesina de su población y los intereses foráneos aliado a los sectores de poder que se encaraman al gobierno en cada coyuntura pero que no logran, pese a todo, menguar la resistencia de la población rural que no percibe a la migración rural urbana como la única alternativa. 2. BERDUSCO MENEZES, Maria Christine [email protected] (Universidade Estadual de Maringá-PR, Brasil); CÉLIA FAUSTINO, Rosangela [email protected] (Universidade Estadual de Maringá-PR, Brasil) “Educação escolar indígena e o processo de alfabetização e letramento” Historicamente a educação escolar indígena foi alcançando espaço no âmbito das políticas educacionais e a partir dos anos de 1990, foi inserida no sistema público de ensino, constituída por meio de orientações advindas dos organismos internacionais (ONU, OIT, Cepal, Unesco, PNUD e Banco Mundial), assim, o indígena passou a ter a garantia de participar do processo de escolarização e da aquisição da leitura e escrita em língua portuguesa como segunda opção. Entretanto, conforme dados do INEP – Instituto Nacional de Educação e Pesquisa Anísio Teixeira, a faixa etária que prevalece nas salas de alfabetização é preocupante, pois tratam-se de crianças de 10 a 11 anos retidas no 1º ano do Ensino Fundamental, derivando uma alfabetização tardia. A presente pesquisa, inserida nas ações do Observatório da Educação Escolar Indígena (CAPES/SECADI/INEP/DEB), da Universidade Estadual de Maringá, apresenta a compreensão das transformações no mundo do trabalho e as ações propostas pelas políticas educacionais referentes à educação escolar indígena e ao processo de alfabetização e letramento das crianças na fase inicial de escolarização, bem como a contribuição com a prática desenvolvida nas escolas indígenas. 3. DE SOUZA FERREIRA, Ana Cláudia [email protected] Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro, Brasil “O processo de extinção das aldeias e a permanência da identidade indígena: em busca da manutenção de direitos” O trabalho pretende abordar as possibilidades de estratégias dos indígenas de São Francisco Xavier de Itaguaí em busca da manutenção de suas terras, durante o século XIX. Visto que, a partir do século XVIII, com a política de Pombal propunha-se que os índios passassem pelo processo de assimilação por meio do fim da distinção entre índios e não-índios e do incentivo da miscigenação. Essa política ainda se intensificaria a partir do século XIX, pois as autoridades políticas e intelectuais brasileiras começavam a defender a miscigenação dos povos indígenas,

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na tentativa de diluir o sujeito índio e sua identidade para procederem com a expropriação de suas terras. Esse processo de lutas dos indígenas no século XIX, nos auxiliam a pensar que a busca pelos direitos desses grupos se constitui historicamente e é dotado de complexidade e, ainda se faz presente nos dias atuais, necessitando de maior compreensão, diálogo e respeito. 4. ESCÁRZAGA, Nicté Fabiola [email protected] Universidad Autónoma Metropolitana Unidad Xochimilco, México “El conflicto de intereses entre indígenas y campesinos en el gobierno del cambio en Bolivia” Analizaré la manera en que luego de la tendencial confluencia en el proceso de lucha desarrollado entre el 2000 y 2005 contra el neoliberalismo y por la descolonización del estado en Bolivia protagonizado por distintos sectores indígenas y campesinos, desde el inicio los trabajos de la Asamblea Constituyente comenzaron a manifestarse posiciones encontradas y lecturas sectoriales distintas sobre estas demandas, que expresan intereses contrapuestos y tendencialmente irreconciliables. El nuevo texto constitucional, las leyes reglamentarias y las políticas implementadas por el gobierno de Evo Morales han afirmado tales diferencias y formulado un proyecto de reconstitución del estado nación que expresa los intereses de los sectores campesinos que buscan afirmar su condición de propietarios privados y desarrollar procesos de acumulación capitalista, a costa de los intereses de los sectores indígenas de tierras bajas que luchan por defender sus territorios ancestrales y mantener sus condiciones materiales de vida. Conflicto de intereses que ha hecho crisis en 2011, a partir de la decisión del gobierno de construir una carretera que atraviesa el TIPNIS y la oposición al proyecto por parte de los afectados. Una consecuencia de ello ha sido la separación del la CIDOB y el CONAMAQ del Pacto de Unidad que era la instancia de representación de las organizaciones sociales más importantes en el gobierno de Evo Morales. 5. DUARTE BRANDÃO, Jefferson [email protected]; GÓMEZ LOMBIDE, Micaela [email protected]; ZAMBELLI NOBRE, Rafael [email protected]; RODRÍGUEZ RAVERA, Tania [email protected] (Universidad Federal de la Integración Latinoamericana, Brasil) “Movimentos populares e políticas sociais na américa latina: la vía campesina como organização internacional e sua atuação nos países membros do mercosul” El tema desarrollado en este trabajo es de movimientos populares y políticas sociales de América Latina, poniendo por objetivo estudiar los movimientos campesinos a través de la organización internacional, La Vía Campesina, y la influencia de estos en las políticas sociales del campo especificando la situación en los países que componen el MERCOSUR. El trabajo está estructurado básicamente en una revisión bibliográfica teniendo como objetivo una primera aproximación del tema estudiado. A lo largo de dicho trabajo desarrollamos el tema en cuatro secciones: la primera tratándose de La Vía Campesina como Organización Internacional, la segunda especificando sobre la misma organización en el territorio Latinoamericano, la próxima sobre la actualidad agrícola en los países del MERCOSUR y en la última relacionamos las acciones de La Vía Campesina en estos países. Por último realizamos algunas consideraciones finales basándonos en esta reseña bibliográfica y en la participación de tres de los integrantes del grupo en La Décima Jornada de Agroecología realizada en Londrina-Paraná. 6. LARREA MALDONADO, Fernando [email protected] Universidade Federal da Bahia, Brasil

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“Domesticando al movimiento indígena: el multiculturalismo en el ecuador neoliberal” La irrupción del movimiento indígena en el Ecuador en la arena política nacional con su propia voz y discurso político a partir del ciclo de protestas y levantamientos iniciado en 1990, confrontó la estructuración política del Estado ecuatoriano. Este ciclo de luchas tuvo como telón de fondo las transformaciones experimentadas por la sociedad y el Estado ecuatoriano como consecuencia de la aplicación de las reformas neoliberales. El trabajo indaga sobre las respuestas del Estado ecuatoriano durante las tres últimas décadas al ciclo de luchas abiertas por el movimiento, articulando progresivamente una política neoindigenista compatible con el modelo neoliberal, para preservar los procesos de acumulación capitalista en el campo, que incorporó la participación de representantes indígenas en su gestión. Esta política de administración de la población indígena tuvo como eje articulador la adopción por el Estado del multiculturalismo como discurso dominante y como dispositivo de poder. Así, contribuyó al desmontaje de los contenidos contestatarios presentes en el discurso indígena, transformando las expectativas y el perfil de algunos de sus representantes. En este trabajo se presenta sucintamente este proceso con referencias a algunos momentos clave en la historia reciente que marcaron políticamente las relaciones del movimiento indígena con el Estado ecuatoriano. 7. LOUVAIN, Pedro [email protected] Universidade Federal da Integração Latino Americana (UNILA), Brasil “Proteção e valorização das sociedades indígenas na legislação brasileira contemporânea: o reflexo dos mecanismos da constituição do brasil de 1988 nas constituições estaduais posteriores” A legislação indigenista sempre foi um tema que preocupou as autoridades brasileiras, em toda sua história. As tentativas de conciliação dos conflitos entre as comunidades indígenas e os demais setores da sociedade acabam geralmente adentrando o campo jurídico. Por mais que a legislação não determine em caráter absoluto a vida cotidiana, ela é indubitavelmente um reflexo das relações de poder na sociedade. Durante quase cinco séculos a política indigenista brasileira esteve voltada para a assimilação da cultura indígena e sua integração à sociedade “civilizada”. Esta ideia estava relacionada à concepção evolucionista de cultura, onde os povos indígenas eram entendidos como “primitivos” em uma determinada escala de progresso. Entretanto, há uma ruptura histórica com esta concepção na Constituição de 1988. O direito dos povos indígenas de viverem enquanto tais, de reproduzirem suas culturas e transmitirem para gerações futuras, além de uma série de outras garantias, hoje são deveres do Estado brasileiro. Este trabalho se destina a lançar uma análise sobre a influência (ou não) da redação da Carta Magna de 88 sobre as cartas constitucionais das demais unidades federativas promulgadas a partir de 1989, no que tange a salvaguarda dos povos autóctones. 8. PARENTES FORTES COSTA FERREIRA, Janaína [email protected]; AMORIM HOLANDA, Maurício (Universidade Estadual do Piauí – UESPI, Brasil) “A resistência que vem da aldeia” O presente artigo possui dois objetivos principais; o primeiro, estabelecer a relação do índio com a terra ocupada através de vínculos culturais; o segundo, legitimar, juridicamente e sociologicamente, o direito de posse sobre esse mesmo solo. Para alcançar com êxito os objetivos, serão abordados pontos que dialogam com a história pré-cabralina dos nativos, demonstrando a vida cotidiana indígena, ritos, costumes, tradições, enfim, toda a ligação “cultura-solo’’ que possa constituir uma conexão vital para esse grupo com o território ocupado. Aqui se faz mister a contribuição do Direito para o assunto, através da visão de Fustel

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de Coulanges sobre o direito de propriedade, bastante pertinente e até complementar ao assunto.

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|28 de novembro - 9.00hs – Sala G3. UNIOESTE|

SIMPÓSIO 21: CINEMA NA AMÉRICA LATINA: HIBRIDISMOS, FRONTEIRAS E ASPECTOS SÓCIO-CULTURAIS NA PRODUÇÃO AUDIOVISUAL LATINO-AMERICANA

Coordenadores: Karla Holanda – Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF) [email protected]; Eduardo Dias Fonseca – Universidade Federal da Integração Latino-Americana (UNILA) [email protected]; Fabián Núñez – Universidade Federal Fluminense (UFF) [email protected] RESUMO: O objetivo do Simpósio é discutir a produção audiovisual na América Latina, considerando suas especificidades, hibridismos e paralelismos. Para esse intuito, lançamos mão de análises sobre aspectos culturais, estéticos, econômicos, políticos, sociais, institucionais e tecnológicos, a partir do esteio da atual revisão historiográfica. A partir dos anos 1960, com a irrupção do Nuevo Cine Latinoamericano (NCL), o cinema da América Latina chamou a atenção internacional, estabelecendo um diálogo com a crítica e a teoria estrangeiras ao buscar se autodefinir, ou seja, compreender as suas singularidades estéticas e ideológicas, a partir sobretudo de contraposições às produções estrangeiras ou regionais anteriores ao NCL. Portanto, ao se tornar um marco referencial nas discussões sobre cinema e América Latina, o NCL sofre o risco de “monumentalização”, convertendo-se no código pelo qual tudo o que deve ser entendido por “cinema latino-americano” deve ser interpretado. Frisamos que a maior vítima desse impulso “monumentalizador” é o próprio NCL, uma vez que se apagam, desse modo, as suas nuances e contradições, inerentes a qualquer processo artístico. No entanto, recentemente, os novos estudos sobre o cinema latino-americano, incluindo as pesquisas sobre o NCL, têm sublinhado as peculiaridades do fenômeno audiovisual em nossos países ao apontar para a pluralidade do cinema na América Latina. Por isso, conforme alguns autores, o correto seria afirmar a existência de cinemas latino-americanos (no plural) ou, em um procedimento mais radical, negar a sua existência enquanto singularidade estética continental ao reconhecer mais as divergências do que as semelhanças entre as cinematografias que compõem o nosso (sub)continente. Portanto, o propósito do Simpósio é reunir pesquisas sobre o Audiovisual e a América Latina com o intuito de estabelecer um campo de reflexões sobre o tema amparando-se na revisão historiográfica. Por isso, a necessidade de um procedimento interdisciplinar ao estabelecer novos recortes e vieses de estudo. Assim, o presente Simpósio visa nuclear pesquisadores preocupados em propor outros métodos teórico-metodológicos na abordagem sobre o fenômeno audiovisual na América Latina. Entre as nossas preocupações está estabelecer outras propostas de estudos sobre movimentos estéticos consolidados na historiografia; analisar filmes e realizadores subestimados pela crítica e historiografia e pelos estudos acadêmicos; acampar estudos em áreas tradicionalmente não abordadas, como a recepção e a preservação; debates sobre a produção e a recepção da produção contemporânea e propor estudos que interrelacionem o audiovisual brasileiro com outras experiências latino-americanas, visando enfatizar aproximações e distanciamentos entr4e o cinema brasileiro e as cinematografias vizinhas. RESUMOS: 1. Alomar, Martin FADU-UBA, FFYL-UBA

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[email protected] “DOBLE NACIONALIDAD, Obra Cinematográfica de Carlos Hugo Christensen entre Argentina y Brasil.” Carlos Hugo Christensen fue uno de los más destacados directores de cine y guionistas latinoamericanos, aunque la importancia de su obra se encuentre injustamente subvalorada. Con 53 títulos, fue uno de los más prolíficos directores de cine de la región, además de un pionero y uno de los más importantes creadores de la ‘época de oro’ del Cine Argentino. Es un referente ineludible del Melodrama, género cinematográfico latinoamericano por excelencia; y pionero en la introducción de elementos del erotismo y de una escritura autoral dentro del sistema Industrial. Una particularidad de su obra fue que se desarrolló mayoritariamente en dos países. Se inició en la industria en Argentina donde entre 1939 y 1954 realizó 28 largos (incluidas sus incursiones a Chile, Perú y Venezuela). En 1954, por desinteligencias con Raúl A. Apold, el referente del peronismo para la cinematografía y la prensa; abandonó el país y se radicó en Brasil, donde residió hasta su muerte en 1999. Allí dirigió otras más de veinte películas. De su obra, son 4 los títulos que establecen un puente directo entre estas dos cinematografías, dos realizados en cada país: El ángel desnudo (1946), María Magdalena (1954), Meus amores no Rio/Mis amores en Rio (1959) y A Intrusa/La Intrusa (1979). 2. Accorinti, Verónica Tamara UBA, FADU-UBA, IUNA “DOBLE NACIONALIDAD, Obra Cinematográfica de Carlos Hugo Christensen entre Argentina y Brasil.” Carlos Hugo Christensen fue uno de los más destacados directores de cine y guionistas latinoamericanos, aunque la importancia de su obra se encuentre injustamente subvalorada. Con 53 títulos, fue uno de los más prolíficos directores de cine de la región, además de un pionero y uno de los más importantes creadores de la ‘época de oro’ del Cine Argentino. Es un referente ineludible del Melodrama, género cinematográfico latinoamericano por excelencia; y pionero en la introducción de elementos del erotismo y de una escritura autoral dentro del sistema Industrial. Una particularidad de su obra fue que se desarrolló mayoritariamente en dos países. Se inició en la industria en Argentina donde entre 1939 y 1954 realizó 28 largos (incluidas sus incursiones a Chile, Perú y Venezuela). En 1954, por desinteligencias con Raúl A. Apold, el referente del peronismo para la cinematografía y la prensa; abandonó el país y se radicó en Brasil, donde residió hasta su muerte en 1999. Allí dirigió otras más de veinte películas. De su obra, son 4 los títulos que establecen un puente directo entre estas dos cinematografías, dos realizados en cada país: El ángel desnudo (1946), María Magdalena (1954), Meus amores no Rio/Mis amores en Rio (1959) y A Intrusa/La Intrusa (1979). 3. Molfetta, Andrea Celia CONICET/UBA-Antropologia Social [email protected] “El cine que nos empodera: prácticas audiovisuales de los colectivos de la periferia porteña.” El proyecto de investigación “El cine que nos empodera” estudia la compleja dinámica intersubjetiva, social y cultural del cine independiente del Gran Buenos Aires Sur (2004-2014), entendiéndolo en su valor político. Protagonizado por colectivos de producción, formación que empodera al precariado (Standing, 2011) la investigación está diseñada en tres etapas que buscan en la matriz interdisciplinaria la clave para la comprensión de la complejidad y riqueza política del cine en y de los suburbios, hoy.La hipótesis central dice que la práctica cinematográfica es una estrategia de visibilidad, y auto-legitimación que empodera a los sectores sociales donde se hace cine y comunicación comunitaria, a través de dos factores: la

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producción emancipada de contenidos en el horizonte de la revolución digital y la Ley de Medios Audiovisuales; y, una valorización del impacto económico de las políticas culturales, en términos de multiplicación de saberes profesionales y generación de espacios de trabajo. El sentido político de este cine se profundiza cuando observamos que articula otras prácticas comunitarias vinculadas a salud, economía solidaria, medio ambiente, educación continua y la participación popular, desenvolviendo una relación de resistencia/colaboración frente al Estado y la industria. 4. Autran Franco de Sá, Arthur UFSCAR [email protected] “Terra Prometida: os Estrangeiros nos Cinemas da Argentina e do Brasil (1930-1942).” A proposta em tela integra o contexto da pesquisa “Sonhos industriais: o cinema dos estúdios na Argentina e no Brasil (1930-1942)”, na qual se busca comparar o desenvolvimento desigual dessas cinematografias. Uma das diferenças mais notáveis entre os dois países é a contribuição dos técnicos de origem estrangeira. Na Argentina é possível anotar no período de 1930 a 1942 a presença de profissionais como os diretores de fotografia John Alton (húngaro) e Francis Boeniger (suíço); o montador Laszlo Kish (húngaro) ou o cenógrafo Gori Muñoz (espanhol). Já no Brasil, a presença dos estrangeiros foi bem mais restrita e praticamente se reduziu a alguns portugueses contratados pela Cinédia tais como o diretor Chianca de Garcia e o maquiador Fernando de Barros. A comunicação buscará indicar os principais profissionais estrangeiros atuantes nas duas cinematografias, as contribuições para o desenvolvimento de ambas e as motivações pelas quais o técnico estrangeiro encontrou mais espaço na Argentina – o que pode ser explicado pelo poder econômico dessa indústria, mas também por razões de ordem ideológica, pois no Brasil a prevenção em relação ao estrangeiro era manifesta no meio cinematográfico. 5. de Branco, Cristina FCSH - Universidade Nova de Lisboa / FFLCH - Universidade de São Paulo [email protected] “Invenção e integração latino-americana através do Cinema, a partir da Oficina Popular de Audiovisual Latino-americano.” O estudo a ser apresentado pretende pensar a relação entre alguns filmes de certas cinematografias latino-americanas contemporâneas e a invenção e manutenção da impressão identitária latino-americana através da análise das reações e observações de um grupo de jovens imigrantes de primeira e segunda geração residentes na cidade de São Paulo, entre eles, brasileiros, bolivianos, colombianos, paraguaios e haitianos. A somar a recepção deste conjunto de filmes registada durante a Oficina Popular de Audiovisual Latino-americano, realizada no Memorial da América Latina, objetiva-se a reflexão sobre os elos entre a produção audiovisual latino-americana atual e alguns temas sócio-políticos como a reinvenção da identidade latino-americana e as sensações identitárias migrantes. 6. Tavares, Denise UFF [email protected] “DocTV como política pública.” O Programa DocTV funcionou entre 2003 e 2010 e tinha como meta fomentar a produção de documentários em cada estado brasileiro. Ao mesmo tempo em que promovia a

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descentralização da produção, praticava a difusão em rede nacional - os filmes eram exibidos no mesmo dia e hora através de parceria com as TVs públicas de cada estado. Falaremos sobre a logística de prática do Programa, bem como as tentativas de construir um modelo exemplar de política pública que atende às demandas de regionalização e de promoção (problemática) da diversidade cultural. Também trataremos de um dos desdobramentos da proposta, o DocTV AL, buscando desenhar um panorama que desvela uma política pública que é, ao mesmo tempo, inspirada na militância dos anos 1960 mas em uma chave de autocrítica quanto ao papel da televisão e do cinema na perspectiva de construção de uma identidade latino-americana. 7. Holanda, Karla UFJF [email protected] “DocTV como política pública.” O Programa DocTV funcionou entre 2003 e 2010 e tinha como meta fomentar a produção de documentários em cada estado brasileiro. Ao mesmo tempo em que promovia a descentralização da produção, praticava a difusão em rede nacional - os filmes eram exibidos no mesmo dia e hora através de parceria com as TVs públicas de cada estado. Falaremos sobre a logística de prática do Programa, bem como as tentativas de construir um modelo exemplar de política pública que atende às demandas de regionalização e de promoção (problemática) da diversidade cultural. Também trataremos de um dos desdobramentos da proposta, o DocTV AL, buscando desenhar um panorama que desvela uma política pública que é, ao mesmo tempo, inspirada na militância dos anos 1960 mas em uma chave de autocrítica quanto ao papel da televisão e do cinema na perspectiva de construção de uma identidade latino-americana. 8. Sepulveda Almendra Filho, Dinaldo UNILA [email protected] “Teorias de cinema, teorias da cidade: aproximações políticas aos imaginários ficcionais urbanos latino-americanos.” O objetivo deste texto é iniciar uma reflexão teórica orientada para processos de pesquisa de maior fôlego sobre as relações entre cinemas e cidades no contexto latino-americano contemporâneo. Cabe observar, desde as margens e periferias urbanas, como as narrativas de ficção e os discursos teóricos interpelam e interrogam os sentidos e as experiências de se viver em cidades conflitadas pela globalização do capitalismo tardio. Assim, sabendo-se que o cinema é a mais importante forma cultural do século XX e a cidade moderna é a mais importante forma de organização social, isto é, modernidade cultural e experiência urbana são termos implicados, o texto traz à baila elementos das discussões teóricas em torno das vanguardas latino-americanas para problematizar, em um viés estético-político, a categoria de modernidade “tardia” ou “reflexiva”. Trata-se da ideia de “autoconfronto” dos países ditos centrais com as consequências de crises e de riscos não previstos da modernidade, resultados inerentes ao nosso pertencimento periférico e à modernização desigual das nossas cidades. As relações entre as teorias políticas e os discursos ficcionais de obras contemporâneas servem, no texto, à construção inicial do debate em torno dos imaginários urbanos latino-americanos a partir da recuperação crítica da “reflexividade” inerente à nossa própria modernidade periférica. 9. C. de Souza, Éder UNILA

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[email protected] “Cinema, Cultura Histórica e América Latina: perspectivas da Didática da História.” A Didática da História é um campo de pesquisas voltado à compreensão das formas pelas quais a história é apropriada, partilhada e difundida socialmente e culturalmente (JEISMANN, 1989; RÜSEN, 2012). No estudo da Cultura Histórica busca-se compreender como os potenciais de racionalidade do pensamento histórico atuam na vida prática (RÜSEN, 1994). Essa atuação pode-se fazer em diversas dimensões – política, cognitiva, estética, moral, religiosa. Entendo o cinema como artefato cultural da cultura histórica, inicialmente em sua dimensão estética, mas que se relaciona com as outras dimensões. Nesse sentido, a presente comunicação relata a fundamentação inicial de um projeto de pesquisa que tem como enfoque compreender como o estudo das obras fílmicas produzidas na e sobre a América Latina pode contribuir para definir temas, parâmetros, estereótipos e conceitos que dão sentidos a formas de relação com a história latino-americana. Por estar em fase inicial, o projeto ainda não conta com resultados, mas a aproximação com outros pesquisadores que estudam de filmes latino-americanos é uma proposta para se começar a mapear o campo e desenvolver o diálogo a partir da fundamentação teórica inicialmente mencionada. 10. Capoano, Edson Universidade Presbiteriana Mackenzie (UPM) [email protected] “NósOtros: estudo de produção audiovisual em rede na América Latina.” O artigo apresenta um estudo de caso que propõe novos métodos para a produção audiovisual latino-americana. O programa NósOtros, financiado pela Fundación Avina para o Desenvolvimento da América Latina, aborda a empregabilidade de jovens no continente. O piloto foi realizado por membros do Curso Iberis, rede de mais de 260 jornalistas latino-americanos. Do seu próprio país, eles discutiram a linha editorial do programa, através de ferramentas de comunicação Voip e P2P. Os casos escolhidos estão no México, na Guatemala, na Argentina e no Brasil.Cada jornalista colaborador produziu uma história local, culturalmente regional, de forma descentralizada e diversificada do que são as várias facetas da América Latina. Espera-se debater o hibridismo da produção audiovisual em rede, a glocalidade da mensagens construídas e a convergência entre tecnologia e diversidade cultural. 11. Dias Fonseca, Eduardo UNILA [email protected] “As leis de fomento ao audiovisual no Mercosul e a identidade.” Essa proposta de apresentação tem por objetivo identificar, através de um processo comparativo, as simetrias e assimetrias presentes nas leis de incentivo de fomento ao audiovisual no Mercosul ( levando em conta o Brasil, Argentina, Uruguai e Paraguai). Para tanto, a proposta direciona o olhar na direção de identificar como é tematizado o território, o idioma e a formação da identidade nacional que as leis dos mencionados países apresentam. Utilizaremos as seguintes leis como parte do processo comparativo: Brasil: Lei 8685, de 1993; Argentina: Lei 17.741 e adaptado com o decreto 24.377, de 1994; Uruguai: Lei Nº 18.284, de 2008; Paraguai: Pré-projeto de lei em desenvolvimento. Há alguma referência nas leis de fomento ao audiovisual ao território ou idioma como parte do processo de identificação do audiovisual destes territórios? Como esses artigos presentes nas leis dariam as diretrizes de conformação do que seria o filme nacional? Seria através do idioma? Seria através do território? Da nacionalidade dos seus participes? Através desta proposta de apresentação

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veremos como essas questões são articuladas nas leis do Brasil Argentina e Uruguai e como o Paraguai faz uso de algumas ideias das leis para a elaboração do seu projeto de lei. 12. de Pinho Garcia, Estevão USP [email protected] “O cinema moderno latino-americano pós-68: em busca de uma análise comparativa.” A presente comunicação pretende analisar experiências latino-americanas, associadas às mudanças e redefinições ocorridas no seio do cinema moderno a partir de 1968, ao buscar estabelecer análises comparativas entre o cinema brasileiro e o argentino. Em cada uma delas podemos encontrar exemplos de cineastas ou grupos, conectados à modernidade cinematográfica, mas que, no entanto, não se alinhavam ao modelo ou movimento que a maior parte da crítica e da historiografia compreendia como sinônimo de um “autêntico” cinema moderno latino-americano, em outras palavras, o Nuevo Cine Latinoamericano (NCL). Assim, ao analisarmos aos filmes do grupo argentino CAM e da produtora brasileira Belair, em contraposição ao Cinema Novo e ao cinema militante, estudaremos os seus principais elementos de ruptura com o NCL ao repensar a relação entre política e cinema. 13. Chalupe, Hadija UFF [email protected] “O céu não é o limite - animação, infância e coprodução internacional no Brasil.” Entendemos como coprodução internacional o processo de realização audiovisual entre uma ou mais produtoras brasileiras em sociedade com produtoras estrangeiras. Um modelo de realização adotado por duas ou mais instituições visando divisão de encargos e garantia de maior viabilidade e difusão do produto audiovisual. A modalidade não se restringe ao cinema, sendo adotada também para a articulação de projetos para televisão como minisséries, telefilmes e seriados. Ao examinar a produção de conteúdo e adequação de linguagem neste estilo de produção audiovisual, assim como políticas e iniciativas para a fomento do audiovisual infantil, notamos que, contemporaneamente, a forma de realização em coprodução internacional será o artifício utilizado pelas produtoras para o desenvolvimento e financiamento de obras animadas destinadas à infância. Analisando seriados animados em coprodução internacional como Princesas do Mar, Meu Amigãozão e Peixonauta, este trabalho tem o intuito de refletir sobre as seguintes questões: Como o modelo de coprodução de uma série utiliza as qualidades, talentos e ideias das duas empresas envolvidas? Como criar uma identidade para crianças de diferentes nacionalidades? O processo de realização destas produções leva em consideração o conceito de “identidade global” ilustrando características que transcendem a barreira territorial? 14. Blázquez, Gustavo Conicet-Universidad Nacional de Córdoba gustavoblá[email protected] “El amor de l@s [email protected] y homosexualidad durante el “destape” en Argentina.” Esta ponencia se detiene en el análisis de los modelos que permiten imaginar y experimentar relaciones (homo)afectivas a partir de una serie de films argentinos. Específicamente nos interesa describir y comparar imágenes elaboradas en el “destape alfonsinista” de mediados de la década de 1980 relacionadas con encuentros homoeróticos. Las películas consideradas son “Adiós Roberto” (1985) de Enrique Dawi, “Otra historia de amor” (1986) de Ortiz de Zárate que presentan el amor entre los muchachos y “Atrapadas” (1984) con dirección de Aníbal Di

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Salvo y “Correccional de Mujeres” (1986) dirigida por Emilio Vieyra que escenifican relaciones lésbicas. Para acercarnos a esos textos visuales que reservan el amor para los varones y ubican a las lesbianas en la cárcel nos valemos de la noción de “guiones sexuales” elaborada por Gagnon y Simon en sus estudios sobre la conducta sexual. ¿Qué guiones organizaban esas producciones cinematográficas y qué sujetos emergían de ellos? El análisis de esas historias de amor y sexo cinematográficamente objetivadas nos permitirá describir cómo se decían-hacían diferencialmente posiciones de género, eróticas y de clase en esos años. 15. Ramos Monteiro, Lúcia Universidade de São Paulo / Universidade Sorbonne Nouvelle Paris 3 [email protected] “A mise-en-scène do confronto e as armadilhas do cinema etnográfico na América Latina.” Para realizar O Sangue do Condor (1969), Jorge Sanjinés precisou convencer a população do povoado de Kaata, na Bolívia, que recusava o projeto — no livro Teoría y práctica de un cine junto al pueblo (1979), o cineasta descreve o processo e lamenta não tê-lo incluído no filme. Pois esse tipo de negociação e de confronto entre aquele que filma e aquele que é filmado aparece em trabalhos posteriores, de diversos países latino-americanos e em diferentes registros estéticos. Em um panorama vasto e não exaustivo, trabalhamos filmes e vídeos que trazem situações de resistência à câmera e de confronto. Do artista plástico de origem chilena Juan Downey, que inicia seu Laughing Alligator (1979) narrando sua negociação com os Yanomami (eles só aceitavam ser filmados com a condição de que Downey também o fosse) ao cineasta brasileiro Andrea Tonacci, que em Serras da Desordem (2006) filma a flecha de Carapiru apontada para a câmera, cineastas e videastas vêm dando destaque para essas situações conflituosas, e questionando, através delas, o cinema etnográfico, seus limites e armadilhas. Nossa abordagem se apoia nos estudos do olhar no cinema desenvolvidos por Laura Mulvey (primeiro ao tratar da imagem da mulher em Hollywood e mais tarde ao abordar as imagens coloniais), em teorias perspectivistas e na leitura deleuziana e foucaultiana das relações de poder envolvidas no olhar. 16. Piedras, Pablo UNILA-CONICET- UBA [email protected] “Apropiaciones de la “road-movie” en el documental latinoamericano reciente.” La ponencia se focalizará en el estudio de los problemas concernientes a la representación del desplazamiento y de la movilidad en consonancia con el género de la “road-movie” en algunos documentales contemporáneos en primera persona, toda vez que estos factores son signos evidentes de transformaciones de la no ficción en el nuevo siglo. En el transcurso de las últimas décadas el documental ha pedido su estatus de “discurso de sobriedad”, dejando de lado los pactos comunicativos de veracidad en favor de nuevas propuestas estéticas que tienden a relativizar el conocimiento sobre el mundo histórico provisto por los films y a cuestionar las nociones tradicionales de verdad y certeza. Como han sostenido diversos teóricos del campo (Michael Renov, Bill Nichols, Carl Plantinga, entre otros), la manifestación de la subjetividad autoral, la puesta en imágenes de la experiencia personal y el creciente énfasis en la experimentación formal han provocado modificaciones epistémicas en los discursos del cine documental. En este marco, el cine de no ficción se ha convertido en un territorio privilegiado para indagaciones sobre la identidad y la memoria. Las construcciones visuales del documental contemporáneo tienden a expresar estas transformaciones a través de la movilidad persistente de sus protagonistas en torno de espacios urbanos y suburbanos, en relación con lo que John Urry y Mimi Scheller han denominado “mobile turn” (2005). El uso recurrente del plano secuencia y del travelling, así como la profusión de planos largos desde

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coches, autobuses y trenes, son exponentes del dinamismo y la fluidez visual que caracterizan las narrativas de no ficción actuales. Este propuesta analizará los problemas descriptos en un conjunto de documentales latinoamericanos que comparten los caracteres de la movilidad normalmente asociados al género “road-movie”: Reynalda del Carmen, mi mamá y yo (Lorena Giachino, 2006), Fotografías (Andrés Di Tella, 2006), The illusion (Susana Barriga, 2009), Viaje sentimental (Verónica Chen, 2010) e Hija (María Paz González, 2012). 17. Lapera, Pedro Fundação Biblioteca Nacional [email protected] “Por uma sexualidade tropical-radical: retórica racial e intelectuais negros no cinema brasileiro dos anos 1970.” Sendo uma das formas privilegiadas de projetar uma comunidade nacional, os contatos culturais são o fio condutor de inúmeras narrativas populares difundidas através dos produtos das culturas erudita, popular e massiva. No caso brasileiro, o mito das três raças (DaMatta,1988) e a doutrina do luso-tropicalismo foram, ao longo da primeira metade do século XX, as duas narrativas que legitimaram uma visão gregária das relações raciais. Por meio de ideólogos como Gilberto Freyre e Sérgio Buarque de Holanda e da eleição de cânones da literatura do século XIX, elegeram-se como protagonistas do encontro fundador da nação os homens brancos e as mulheres índias e negras, obliterando seu aspecto de dominação.Todavia, essa visão a respeito da mestiçagem e, por conseguinte, da sexualidade fundadora de uma imaginação nacional brasileira não subsistiria nas décadas seguintes sem ataques frontais, que trouxeram à cena seus polos preteridos (homens negros e índios e mulheres brancas). Em se tratando do campo do cinema brasileiro, algumas experiências fílmicas na década de 1970 contestaram as narrativas dominantes em torno das relações raciais. Nessa década, houve a realização de alguns filmes por diretores negros, além de outras produções que destacaram os negros como agentes intelectuais integrantes do campo do cinema brasileiro. A presente comunicação irá se debruçar sobre três produções do período. Partindo da reflexão presente no livro Brancos e negros em São Paulo, de Roger Bastide e Florestan Fernandes, Compasso de Espera (Antunes Filho, 1975) focalizou a trajetória de Jorge de Oliveira (Zózimo Bulbul) e suas angústias de pensar uma sociedade que tornava o negro invisível socialmente, somando a isso suas relações amorosas conturbadas com mulheres brancas. As Aventuras amorosas de um padeiro (Waldyr Onofre, 1976) narra a vida da jovem suburbana Ritinha que, recém-casada porém infeliz ao lado do marido, envolve-se amorosamente primeiro com Seu Marques, um padeiro português, para depois trocá-lo por um amante negro. Por sua vez, em Na Boca do Mundo (Antônio Pitanga, 1978), o argumento é constituído a partir de um melodrama racial: um triângulo amoroso formado por um jovem frentista (Pitanga), pela jovem negra Terezinha (Sibele Rúbia) e pela grã-fina branca Maria Teresa (Norma Bengell). 18. Tassi Teixeira-, Rafael UNESPAR/UTP [email protected] “Identidades Transportadas: Representações Cinematográficas em filmes diaspóricos brasileiros contemporâneos.” O trabalho pretende pensar a construção das narrativas cinematográficas nos filmes nacionais realizados a partir de 1995, analisando-os no âmbito das relações entre os processos de mobilidade (regional, nacional, internacional e transnacional) e a percepção das subjetividades em contextos de partida e recepção dos coletivos de brasileiros in between. A problemática central são as interpretações dos sujeitos migratórios em situação de trânsito (expectativas de

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partida, integração, retorno, etc.) e seus desenvolvimentos nas leituras cinematográficas mais recentes, tendo como grupo focal dois filmes brasileiros inscritos no cinema ibero-americano contemporâneo: Terra Estrangeira (Walter Salles e Daniela Thomas, 1995) e Jean Charles (Henrique Goldman, 2009). Sobretudo, pensar, através de distintas ‘consciências’ fílmicas, o conceito de identidade “diaspórica” nos filmes brasileiros realizados a partir da década de 1990. Paralelamente, o trabalho tem o objetivo maior de tentar problematizar a questão contemporânea dos fluxos migratórios e as representações cinematográficas dos deslocamentos humanos lidos nas imagens fílmicas e a interpretação do fenômeno nos estudos visuais, enfocando a produção cinematográfica brasileira mais recente para pensá-la junto à percepção social do fenômeno da mobilidade latino-americana na atualidade. 19. Osorio Flores, Virginia UNILA [email protected] “A desconstrução do espaço naturalista: influências de Martel no som do cinema brasileiro.” Nem sempre o som no espaço sonoro dos filmes passa apenas pela questão da localização in ou off. Por exemplo, o modo como Lucrecia Martel utiliza os sons em seus trabalhos – e a referência aqui é, principalmente, ao início de O pântano (2001) – estabelece outro tipo de observação em relação ao espaço construído. No filme em questão, os sons, além de estarem ligados a seus referentes no que diz respeito à imagem e à ação (portanto sons in ligados às suas causas), passam uma estranheza ao espectador, principalmente pelo excessivo volume (no sentido da amplitude) empregado.Esta e outras películas da autora exerceram uma larga influência no cinema brasileiro contemporâneo, num movimento de libertação do espaço perspectivista em direção a uma construção espacial abstrata e subjetiva, no caso do uso do som. O artigo pretende compreender a forma como trabalha Lucrécia Martel, no sentido do espaço construído pelo som, e de que maneira se pode observar, na produção brasileira contemporânea, uma influência destes modos. 20. Aguilera, Yanet UNIFESP [email protected] “O cineasta e as comunidades indígenas.” Trata-se de analisar o filme, Las banderas del amanecer, para entender os processos de negociação entre um cineasta branco, da classe média boliviana, e as grandes mobilizações camponesas e operárias que foram fundamentais para a reabertura do processo democrático de 1982 e que, em 2005, levaria Evo Morales à presidência da Bolívia. Este filme nos parece fundamental para refletir sobre a sociedade dual, um dos problemas fundamentais que enfrenta a sociedade boliviana, e as estratégias que o cineasta usa para conseguir apresentar os diversos estratagemas da resistência, ação e militância das comunidades indígenas – urbanas e camponesas –, que mudaram o cenário político neste país.

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|28 de novembro - 9.00hs - Sala I1. UNIOESTE|

SIMPÓSIO 22: COLONIALIDADE E RESISTÊNCIA: A TRADUÇÃO DO SUBALTERNO NOS

PROCESSOS POLÍTICOS GLOBAIS Coordenadores: Antônio Jose Guimaraes Brito - Universidade Federal da Grande Dourados (UFGD); Marcos Antônio da Silva - Universidade Federal da Grande Dourados (UFGD);Tchella Fernandes Maso - Universidade Federal da Grande Dourados (UFGD) [email protected] RESUMO: A conjuntura recente da América Latina está marcada por crises políticas, econômicas e sociais, que sinalizam os desafios históricos do continente. Em meio a atentados à democracia, déficits fiscais, reprimarização das economias e desigualdades sociais encontramos o lado obscuro da modernidade inconclusa no continente: a colonialidade. Ao passo que tal condição se perpetua, vozes dissonantes seguem existindo. Distintas mobilizações e movimentos sociais apresentam alternativas (ou alter-n-ativas) ancoradas na ética da igualdade e no respeito ao diferente. A simultaneidade característica do nosso momento histórico, verificada na coexistência de projetos políticos distintos, é propícia a avanços e retrocessos no campo da emancipação humana. Nesse panorama, a crise das representações modernas e coloniais exige uma compreensão pluriversa da atoricidade política em suas interfaces locais, nacionais e globais. O interesse do simpósio é acessar a agencia política e seus processos a partir de diferentes perspectivas e horizontes, enfatizando os mecanismos de resistência, transgressão, insurgência, criação e invenção. Partindo de pessoas, povos e referenciais subalternizados, espera-se dialogar conhecimentos que possam ser validados em sua intervenção na realidade. Como premissa fundacional do dialogo de saberes que o simpósio espera estabelecer destacamos a existência como resistência, exemplificada na declaração do EZLN: “Con nuestro silencio nos hicimos presentes. (…) Cuando no habían cámaras, micrófonos, plumas, oídos y miradas, existíamos. Cuando nos calumniaron, existíamos. Cuando nos silenciaron, existíamos. Y aquí estamos, existiendo” . O simpósio visa reunir pesquisadores do campo das Ciências Sociais, incluindo aí Relações Internacionais, que discutem a atuação de diversos atores políticos engajados com a transformação da realidade na América Latina contemporânea. Na interface da ciência política, sociologia, antropologia e relações internacionais, a proposta visa aproximar estudiosos de diferentes localidades e estimular espaços coletivos de reflexão e debate sobre os atuais processos políticos, econômicos, sociais, culturais e identitarios na esteira da colonialidade e modernidade vigentes e suas crises. A partir de uma perspectiva interdisciplinar, espera-se reunir contribuições teóricas e empíricas sobre: 1) Colonialidade, Política Internacional e pensamento crítico latino-americano; 2) Estado, Constitucionalismo Intercultural e Representação Política; 3) Integração regional e soberania popular; 4) Pedagogias de Transgressão e a vivência em movimentos sociais na América Latina; 5) A subalternidade e a agência dos índios e afrodescentes na política global. Atividades complementares: Troca de Experiências – Oficina com grupos de estudo e pesquisa de distintas universidades que trabalham com a América Latina e convidados da sociedade civil e movimentos sociais,

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com o intuito de comunicar vivências, compartilhar estudos e estimular o diálogo de saberes. Organização: Laboratório interdisciplinar de estudos sobre América Latina da Universidade Federal da Grande Dourados (LIAL-UFGD). Amostra de Audiovisual: filmes latino-americanos, com ênfase em movimentos de resistência e de luta por justiça democrática. Debatidos por pesquisadores e pessoas ligadas a movimentos sociais. RESUMOS 1. Souza Alves da Silva, Vivian PPCIS/UERJ e LEMTO/UFF [email protected] “A (RE)CONSTRUÇÃO TRANSMODERNA DO FEMINISMO: Movimento de Mulheres Negras e a construção de uma perspectiva feminista negra no Brasil dos anos 1980.” A classificação social da população mundial na ideia de raça colocou em posição de subalternidade imensos contingentes de pessoas que, trazidos como mercadorias do continente africano, foram categorizados como “negros”. A colonialidade do poder os condenou, pelo escuro de suas peles, a testemunhar o lado obscuro da modernidade. Se o sistemático processo de negação de suas histórias, modos de vida, formas de pensamento e legados culturais produziu a subordinação de toda uma heterogeneidade contida na classificação “negro”; produziu igualmente estratégias de resistência e luta que por muitas vezes incorporou a classificação do colonizador, subvertendo-a e enchendo-a de um significado positivo de (com)unidade. Nesse sentido, a transmodernidade e o pensamento de fronteira são antigos conhecidos desses povos. Com a emergência do feminismo no Brasil nos anos 1970, muitas mulheres negras passaram a reclamar a construção de uma perspectiva feminista que assumisse o desafio intelectual de complexificar o sujeito mulher, entendendo que sua posição social está determinada pelo entrecruzamento entre seu gênero, sua raça, a classe social a que pertence, entre outros marcadores. Assim, o artigo tem o objetivo de, a partir do pensamento de mulheres militantes do Movimento de Mulheres Negras (MMN) dos anos 1980, fazer uma leitura da construção de uma perspectiva feminista negra no país. Admitindo que o feminismo é uma conceituação cujas origens remontam a um legado ideológico Iluminista, pretende-se defender a ideia de que o feminismo negro em questão baseia-se em uma lógica transmoderna; isto é: que não ignora a origem moderna dessa construção, mas subverte-a em aspectos cruciais e a ressignifica a partir de outras referências intersubjetivas. 2. Wingler Borba Santiago, Vinícius IRI/PUC-Rio [email protected] “O encontro colonial e o problema da diferença nas Relações Internacionais dentro do Estado Brasileiro: o nosso outro sob o olhar do cinema.” Este trabalho visa analisar como o encontro colonial entre o eu e o outro se dá na política internacional e como essa política dos encontros se traduz no problema da diferença para as relações internacionais. A política internacional moderna opera nas bases da distinção entre o dentro/fora, o doméstico/internacional concebendo e naturalizando uma política internacional cujo modus operandi se caracteriza pelo espaço de ordem no plano doméstico, e caos e conflito no internacional. Essa lógica dos binarismos que permeia o pensamento político moderno das Relações Internacionais permite que a diferença seja arremessada para fora do campo doméstico, para o internacional no intuito de ser erradicada. Essa leitura pode ser feita dentro das fronteiras nacionais na medida em que o outro interno, a diferença, a saber, o

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espaço da favela no Brasil, também seja erradicado e o encontro com esse espaço se dá de modo a assimilar e/ou erradicar essa diferença como visto pelas recentes políticas de “pacificação”. Esse resquício de colonialidade confere ao outro um lócus de enunciação e um caráter de agência, de resistência no processo político. Esse empoderamento do subalterno se faz presente através das narrativas midiáticas, como o cinema, cujo poder de representação (re)cria subjetividades, espacialidades e temporalidades. 3. Pernomian, Thiago UFGD [email protected] “Aimé Césaire e a recusa da submissão: estratégias culturais de resistência ao colonialismo.” O presente trabalho tem como intenção tecer considerações sobre a figura de Aimé Césaire enquanto representante do movimento Négritude e, de uma forma mais abrangente, da população negra em geral, como se pode considerá-lo segundo o conceito de “intelectual orgânico” de Antonio Gramsci. Debruça-se aqui, para tanto, sobre o seu Discours sur le colonialisme, identificando nesse escrito de caráter político as estratégias de resistência e libertação em relação ao domínio colonial exercido pela Europa em diversos territórios habitados por povos de cor negra. Essas estratégias desenvolvidas pelo autor estão ligadas ao fortalecimento de uma identidade negra, que una tanto os negros da América Latina quanto os da África, estabelecendo assim vínculos culturais que independam da localização geográfica e possam contrapor-se ao colonialismo exercido pelo homem europeu/branco/capitalista. 4. Rodriguez Soler, Angel Profesor e Investigador de la Universidad de las Ciencias Informaticas (UCI). [email protected]; [email protected] “Redes Sociales como forma de RESISTENCIA: evolución de un escenario tecnocientífico con impacto en la con figuración de la vida política moderna.” Los medios constituyen un elemento esencial del sistema representativo, proceso central de las democracias contemporáneas. Los medios son los instrumentos principales que permiten a los individuos tener acceso a la esfera de lo político a través de la representación de la política que éstos ofrecen. Asimismo permiten llevar la política a la escena y entrar así en contacto con los individuos. La democracia representativa como modelo político necesita participar de la escena mediática para poder ejercerse. Sin este nuevo espacio, la política o lo político, tal como está estructurado hoy en día, ni siquiera existe, por tanto, no puede funcionar. A través de las prácticas del debate que se están dando en las redes, está aproximándose a la construcción del discurso y con él del consenso a partir de los nuevos espacios de la cotidianidad que significan las redes. De manera que las nuevas formas de participación ciudadana, la apropiación o reapropiación de ellas, están condicionando la construcción de una nueva sensibilidad y un nuevo cuerpo colectivo. 5. Fabelo Concepcin, Sunamis Profesora e Investigadora del Centro de Investigaciones de Poltica Internacional (CIPI). [email protected]; “Redes Sociales como forma de RESISTENCIA: evolución de un escenario tecnocientífico con impacto en la con figuración de la vida política moderna.” Los medios constituyen un elemento esencial del sistema representativo, proceso central de las democracias contemporáneas. Los medios son los instrumentos principales que permiten a los individuos tener acceso a la esfera de lo político a través de la representación de la política que éstos ofrecen. Asimismo permiten llevar la política a la escena y entrar así en contacto

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con los individuos. La democracia representativa como modelo político necesita participar de la escena mediática para poder ejercerse. Sin este nuevo espacio, la política o lo político, tal como está estructurado hoy en día, ni siquiera existe, por tanto, no puede funcionar. A través de las prácticas del debate que se están dando en las redes, está aproximándose a la construcción del discurso y con él del consenso a partir de los nuevos espacios de la cotidianidad que significan las redes. De manera que las nuevas formas de participación ciudadana, la apropiación o reapropiación de ellas, están condicionando la construcción de una nueva sensibilidad y un nuevo cuerpo colectivo. 6. Cruz Piedrafita, Maibet Especialista de la Universidad de las Ciencias Informáticas (UCI) [email protected]; [email protected] “Redes Sociales como forma de RESISTENCIA: evolución de un escenario tecnocientífico con impacto en la con figuración de la vida política moderna.” Los medios constituyen un elemento esencial del sistema representativo, proceso central de las democracias contemporáneas. Los medios son los instrumentos principales que permiten a los individuos tener acceso a la esfera de lo político a través de la representación de la política que éstos ofrecen. Asimismo permiten llevar la política a la escena y entrar así en contacto con los individuos. La democracia representativa como modelo político necesita participar de la escena mediática para poder ejercerse. Sin este nuevo espacio, la política o lo político, tal como está estructurado hoy en día, ni siquiera existe, por tanto, no puede funcionar. A través de las prácticas del debate que se están dando en las redes, está aproximándose a la construcción del discurso y con él del consenso a partir de los nuevos espacios de la cotidianidad que significan las redes. De manera que las nuevas formas de participación ciudadana, la apropiación o reapropiación de ellas, están condicionando la construcción de una nueva sensibilidad y un nuevo cuerpo colectivo. 7. Riquena Barbosa, Regiane UFGD [email protected] “COLONIALIDADE E EUROCENTRISMO NA AMÉRICA LATINA, UM OLHAR SOBRE O DISCURSO DE ANÍBAL QUIJANO.” A reflexão apresentada neste breve resumo é fruto dos debates realizados no grupo de pesquisa “A tradução do subalterno no projeto político-epistêmico de superação da colonialidade na América Latina”, em particular os avanços da iniciação científica intitulada “Colonialidade e Eurocentrismo na América Latina, um olhar sobre o discurso de Aníbal Quijano”, apresentando os conceitos por ele elaborados e revisando o conjunto da produção teórico-política, com ênfase nos conceitos de colonialidade e eurocentrismo aplicados à compreensão da América Latina. Pautado na trajetória do padrão de poder hegemônico de origem europeia e na forma como este foi imposto à população mundial, Quijano oferece ferramentas importantes para a compreensão da política global. Destacando a partir de uma perspectiva latino-americana um elemento central, excluído por grande parte das análises em Relações Internacionais: a colonialidade. O artigo visa trazer autores da América do Sul para debater o atual processo de conflitos vividos e sentidos acerca dos conceitos de nação, de identidade e de democracia, e sobre a busca de uma re-identificação latina, visando uma transformação social emancipatória. 8. Moura Andrade, Mariana Universidade Federal de Uberlândia. [email protected]

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“UMA ANÁLISE PÓS-COLONIAL SOBRE O DESENVOLVIMENTO: O discurso do presidente Barack Obama na cúpula de revisão dos Objetivos de Desenvolvimento do Milênio.” O presente trabalho busca sintetizar as noções de desenvolvimento em relações internacionais - notadamente as visões tradicionais que propõem a pobreza como condição dada e a ser superada - e provocar sua problematização, sob a perspectiva pós-colonial. Como ponto de partida da análise, será utilizado o discurso do presidente Barack Obama na cúpula de revisão dos Objetivos de Desenvolvimento do Milênio, em 2010. A partir de tal discurso, pode-se depreender as principais problemáticas do discurso do desenvolvimento, que como objeto de análise pós-colonial, cria subjetividades e informa práticas e instituições a fim de manter o chamado “mundo em desenvolvimento” sob o julgo normativo do mundo dito desenvolvido. A análise aborda temas como a problematização e securitização da pobreza, a construção discursiva da divisão entre Primeiro e Terceiro Mundo, desenvolvendo argumentos pós-coloniais que percebem continuidade entre o discurso colonial e o discurso desenvolvimentista, que propõe medidas para que nações pobres alcancem desenvolvimento quando o que o se percebe na prática é a agudização das assimetrias entre mundo desenvolvido e subdesenvolvido. 9. Yatim, Leila (UNIOESTE) [email protected] “La Vía Campesina: movimento transnacional de resistência.” O movimento transnacional denominado La Vía Campesina, surge no espaço internacional, oficialmente em 1993, na Bélgica, como uma organização inédita ao incorporar outros movimentos sociais de origens local, regional e nacional. Tal característica, aliada as bandeiras do movimento – em especial a soberania alimentar – constituem um corpo político robusto na resistência ao modelo de globalização neoliberal em curso. Nesse sentido, o presente trabalho busca, a partir de uma interface com as Relações Internacionais, observar como a prática do movimento rompe com o discurso monolítico e fechado das teorias hegemônicas da disciplina. A transnacionalidade do movimento, a construção de categorias e bandeiras que manifestam as necessidades da América Latina consituem um desafio as teorias hegemônicas e demonstram a construção de um modelo desde aqui e para aqui. Para tal empreendimento, serão utilizados os documentos do movimento, além de ser realizada uma revisão bibliográfica. 10. Lyrio Gonçalves, Laura UNB [email protected] “Colonialidade do poder, classe e raça: Aníbal Quijano e o lugar das mulheres na América Latina.” Este artigo busca retomar o texto “Colonialidade do poder, eurocentrismo e América Latina”, de Aníbal Quijano, debatendo os elementos dispostos pelo autor com assuntos de gênero. Quijano recupera a experiência colonial dos povos latino-americanos para compreender as atuais estruturas de dominação e de exploração, com base na ideia de que persiste uma colonialidade do poder e do saber. No texto em estudo, o autor identifica uma histórica classificação hierárquica dos sujeitos latino-americanos, de acordo com a ideia de raça - elaboração mental europeia tão poderosa que possibilitou uma nova essência de dominação, capaz de consolidar a estrutura capitalista de controle do trabalho. Essa é uma obra de amplo reconhecimento nas discussões contemporâneas acerca da América Latina; contudo, Quijano faz poucas considerações quanto ao lugar das mulheres. Com o objetivo geral de refletir sobre

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os desafios contemporâneos para a emancipação humana, este artigo busca, especificamente, refletir acerca das considerações de Quijano em relação a colonialidade, classe e raça, por meio de uma intersecção de gênero. Enfim, a intenção é explorar problematizações a respeito da identidade latino-americana e do papel historicamente conferido às mulheres. 11. Santos Silva, Sandra Regina UNB [email protected] “Colonialidade do poder, classe e raça: Aníbal Quijano e o lugar das mulheres na América Latina.” Este artigo busca retomar o texto “Colonialidade do poder, eurocentrismo e América Latina”, de Aníbal Quijano, debatendo os elementos dispostos pelo autor com assuntos de gênero. Quijano recupera a experiência colonial dos povos latino-americanos para compreender as atuais estruturas de dominação e de exploração, com base na ideia de que persiste uma colonialidade do poder e do saber. No texto em estudo, o autor identifica uma histórica classificação hierárquica dos sujeitos latino-americanos, de acordo com a ideia de raça - elaboração mental europeia tão poderosa que possibilitou uma nova essência de dominação, capaz de consolidar a estrutura capitalista de controle do trabalho. Essa é uma obra de amplo reconhecimento nas discussões contemporâneas acerca da América Latina; contudo, Quijano faz poucas considerações quanto ao lugar das mulheres. Com o objetivo geral de refletir sobre os desafios contemporâneos para a emancipação humana, este artigo busca, especificamente, refletir acerca das considerações de Quijano em relação a colonialidade, classe e raça, por meio de uma intersecção de gênero. Enfim, a intenção é explorar problematizações a respeito da identidade latino-americana e do papel historicamente conferido às mulheres. 12. Demelenne, Julien Universidad Federal de Integración Latinoamericana (UNILA) [email protected] “Paraguay: La Resistencia Tranquila.” Existe una tendencia a analizar al pueblo paraguayo desde una visión de apatía política, o inclusive, como un país sin sociedad con destinos eternos. Muchas veces estas interpretaciones parten de análisis centrado meramente en las instituciones políticas formales olvidando como durante la dictadura stronista imperó la fachada democrática por más de 35 años, así como el reciente golpe de Estado de 2012 fue legitimado a través del discurso institucional. Es por ello que urge analizar a la política desde otros espacios. Empezamos la búsqueda de ese camino en el cotidiano de la población. Nadie consigue explicar la gran paradoja de su lengua mayoritariamente hablada: el Guarani. Lengua que es fuertemente excluida de los debates políticos oficiales y de los mismos documentos e instituciones oficiales. Pero el guaraní resiste en el cotidiano de la gente y la lengua se presenta como una expresión política. El guaraní sería uno de esos elementos que conformarían esa “tranquilidad” paraguaya. Tranquilidad presente en el ser paraguayo, tranquilidad que es mucho más activa que pasiva. De esta forma proponemos que a partir de una descolonización epistémica de la idea de política podamos iniciar el análisis de expresiones de la misma en otros espacios del cotidiano de la población paraguaya. 13. Machado Dias, Júlia Universidade Federal de Uberlândia (UFU) [email protected]

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“A COLONIALIDADE DO DESENVOLVIMENTO: O Estado Plurinacional e as Alternativas à Dominação Subjetiva.” O Estado Plurinacional da Bolívia apresenta formas alternativas de participação política, de forma a buscar que a sociedade formule suas próprias soluções em relação à suas contradições internas. Esta nova forma organizativa oferece desafios tanto às perspectivas tradicionais do pensamento político moderno quanto ao campo tradicional das Relações Internacionais. Este trabalho tem como objetivo problematizar a concepção moderna de desenvolvimento e se os mecanismos da “colonialidade do poder”, conforme Quijano, geraram sua aceitação nas sociedades latinoamericanas. Argumenta-se que a dominação subjetiva advém de perspectivas eurocêntricas e se desdobra na concepção do Estado-nação e do desenvolvimento político-econômico, colocando-os como modelos a serem seguidos pelos Estados que convencionou-se chamar de subdesenvolvidos. Usando aportes pós-coloniais e a concepção indígena do Sumak Kawsay, propomos uma reflexão acerca das atuais estruturas de poder da sociedade, encarando-as como sendo excludentes e propiciando um debate em torno de alternativas que não perpetuem a subalternização dos povos, a partir do caso boliviano. 14. de Assis Almeida, Lucas Universidade Federal de Uberlândia (UFU) [email protected] “A COLONIALIDADE DO DESENVOLVIMENTO: O Estado Plurinacional e as Alternativas à Dominação Subjetiva.” O Estado Plurinacional da Bolívia apresenta formas alternativas de participação política, de forma a buscar que a sociedade formule suas próprias soluções em relação à suas contradições internas. Esta nova forma organizativa oferece desafios tanto às perspectivas tradicionais do pensamento político moderno quanto ao campo tradicional das Relações Internacionais. Este trabalho tem como objetivo problematizar a concepção moderna de desenvolvimento e se os mecanismos da “colonialidade do poder”, conforme Quijano, geraram sua aceitação nas sociedades latinoamericanas. Argumenta-se que a dominação subjetiva advém de perspectivas eurocêntricas e se desdobra na concepção do Estado-nação e do desenvolvimento político-econômico, colocando-os como modelos a serem seguidos pelos Estados que convencionou-se chamar de subdesenvolvidos. Usando aportes pós-coloniais e a concepção indígena do Sumak Kawsay, propomos uma reflexão acerca das atuais estruturas de poder da sociedade, encarando-as como sendo excludentes e propiciando um debate em torno de alternativas que não perpetuem a subalternização dos povos, a partir do caso boliviano. 15. de Paula Narciso Rocha, Mateus Universidade Federal de Uberlândia (UFU) [email protected] “A COLONIALIDADE DO DESENVOLVIMENTO: O Estado Plurinacional e as Alternativas à Dominação Subjetiva.” O Estado Plurinacional da Bolívia apresenta formas alternativas de participação política, de forma a buscar que a sociedade formule suas próprias soluções em relação à suas contradições internas. Esta nova forma organizativa oferece desafios tanto às perspectivas tradicionais do pensamento político moderno quanto ao campo tradicional das Relações Internacionais. Este trabalho tem como objetivo problematizar a concepção moderna de desenvolvimento e se os mecanismos da “colonialidade do poder”, conforme Quijano, geraram sua aceitação nas sociedades latinoamericanas. Argumenta-se que a dominação subjetiva advém de perspectivas eurocêntricas e se desdobra na concepção do Estado-nação e do desenvolvimento político-econômico, colocando-os como modelos a serem seguidos pelos Estados que convencionou-se chamar de subdesenvolvidos. Usando aportes pós-coloniais e a concepção indígena do Sumak

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Kawsay, propomos uma reflexão acerca das atuais estruturas de poder da sociedade, encarando-as como sendo excludentes e propiciando um debate em torno de alternativas que não perpetuem a subalternização dos povos, a partir do caso boliviano. 16. Darling, Jacqueline [email protected] “Encuentros deserotizados, afectos productivos. Una reflexión sobre la sexualidad y los modos de relacionarse en el capitalismo moderno.” Partiendo de la idea de que la voluntad de saber propia del discurso científico occidental se ampara en una construcción de verdad sujeta a la formación social en la que está inmersa, hemos abordado cómo se ha construido “la verdad en torno al sexo” de acuerdo a los discursos que circulan en torno a éste. Lejos de una mirada nostálgica que concibe los vínculos humanos propios del pasado como ideales, procuramos dar cuenta de los mecanismos y dispositivos que están forjando nuevas subjetividades. Hemos advertido entonces, que las relaciones afectivas son incentivadas y fagocitadas desde una lógica del consumo, regida por un imperativo ligado al goce y a la constitución de una moralidad hedonista. En este sentido, cabe dar cuenta de la importancia del sexo como blanco de tecnologías disciplinarias por su localización estratégica en la intersección entre el cuerpo individual y la población: afecta a ambos objetivos del biopoder, la mayor prueba acerca del porqué es permanente suscitado y no reprimido (cómo se suele entender). El sexo, en tanto significante único, constituye un principio de normalidad. Considerando una sociedad que a diferencia de su antecesora en la que el poder soberano poseía el poder sobre la muerte, el poder se ejerce en el nivel de los procesos vitales. 17. Marciani, María Florencia [email protected] “Encuentros deserotizados, afectos productivos. Una reflexión sobre la sexualidad y los modos de relacionarse en el capitalismo moderno.” Partiendo de la idea de que la voluntad de saber propia del discurso científico occidental se ampara en una construcción de verdad sujeta a la formación social en la que está inmersa, hemos abordado cómo se ha construido “la verdad en torno al sexo” de acuerdo a los discursos que circulan en torno a éste. Lejos de una mirada nostálgica que concibe los vínculos humanos propios del pasado como ideales, procuramos dar cuenta de los mecanismos y dispositivos que están forjando nuevas subjetividades. Hemos advertido entonces, que las relaciones afectivas son incentivadas y fagocitadas desde una lógica del consumo, regida por un imperativo ligado al goce y a la constitución de una moralidad hedonista. En este sentido, cabe dar cuenta de la importancia del sexo como blanco de tecnologías disciplinarias por su localización estratégica en la intersección entre el cuerpo individual y la población: afecta a ambos objetivos del biopoder, la mayor prueba acerca del porqué es permanente suscitado y no reprimido (cómo se suele entender). El sexo, en tanto significante único, constituye un principio de normalidad. Considerando una sociedad que a diferencia de su antecesora en la que el poder soberano poseía el poder sobre la muerte, el poder se ejerce en el nivel de los procesos vitales. 18. Barzola, Erika Universidad Siglo 21; SECyT – CEA – UNC [email protected] “La resistencia asamblearia al embate colonial del siglo XXI. La experiencia de la Asamblea Malvina Lucha por la Vida.”

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A lo largo de la presente ponencia se pretende ahondar en la dinámica de la colonialidad del ser del saber y del poder en el contexto Latinoamericano. Para ello, presentaremos un análisis del caso socio-ambiental que enfrenta a la Asamblea “Malvinas Lucha por la Vida” y a la multinacional Monsanto, en la provincia de Córdoba- Argentina. La esencia del saber y del hacer tecnológico de la sociedad occidental se encuentra vinculada con la separación judeo-cristiana entre Dios, el hombre y la naturaleza. Para Lander (2011), la separación judeo-cristiana así como la ruptura ontológica propuesta por Descartes entre cuerpo y mente – razón y mundo fueron las que contribuyeron a concebir un tipo particular de conocimiento des-subjetivado, que no se encuentra presente en otras culturas. Este conocimiento fue el impulsor del ideal de “progreso” capitalista occidental, al que podemos caracterizar por poseer regímenes propios de acumulación y desarrollo a partir de los que las economías capitalistas de los países desarrollados (mediante las multinacionales) basan sus actividades extractivas sin considerar los costos ecológicos de lo que es concebido como “el crecimiento” y “el progreso”. 19. Reis, Claudio; Chiara dos S. Libraiz, Amanda; Camargo Ferreira, Camila; Medina da Cruz, Fabiane; Vianna Longhi, Gabriela; Regiane Fernandes Capelaxio, Maíra; Trindade Rodrigues, Ramille UFGD [email protected] “Filosofia da Práxis como tradutibilidade do subalterno: leituras iniciais.” A proposta de discussão apresentada aqui, busca ressaltar a possibilidade de identificar no âmbito da filosofia da práxis aspectos fundamentais para se analisar a questão do subalterno - entendido aqui como aquele que vive "à margem da história". Ainda que essa filosofia revolucionária tenha surgido num terreno operário, em países altamente industrializados, a sua intervenção teórico-prática mostrou-se concreta em vários países pouco desenvolvidos em termos capitalistas. Ao longo do século XX é possível perceber uma influência bastante ampla da filosofia da práxis em vários contextos históricos, marcados por uma heterogeneidade social e política considerável. Teoricamente, Lenin traduziu essa filosofia para uma realidade amplamente camponesa. Gramsci, partindo da definição de subalterno como aquele que vive "à margem da história", avança ainda mais sobre essa questão. Esse avanço teórico foi impulsionado pelas forças concretas, isto é, a partir do século XX, foi urgente a tentativa de entender a transformação radical não apenas com referência a um sujeito, o operário, mas a amplas camadas sociais não operárias. Portanto, será ressaltada aqui a capacidade da filosofia da práxis, nascida no centro do capitalismo, em se se traduzir nas periferias do sistema. 20. Medina da Cruz, Fabiane UFGD [email protected] “AÇÃO FEMINISTA: POTENCIAIS DE MUDANÇAS.” O presente trabalho procura identificar as possibilidades que a ação feminista guarda com os potenciais de mudança apontando a mulher como sujeito subalterno, e mostrando que esse trânsito cognitivo tem assumido um importante papel sob os referenciais discursivos e conceituais na teoria social rumo a decolonização do saber na contemporaneidade. Ultimamente acompanhamos através do movimento de mulheres zapatistas que as mulheres não precisam ser romantizadas. E como sujeitos das relações de gênero são também afetadas pelos interesses de classe, dos estados nacionais e da expansão capitalista. Aproximando um contingente expressivo às lutas por emancipação do subalterno, fazendo frente em antigos redutos masculinos e denunciando projetos de dominação hegemônica por meio da negação de propriedades, expropriações e apropriações epistemológicas, renovando o glossário de significados de ‘ser mulher’ e de ‘luta social’. Portanto, pretendemos ressaltar a capacidade da

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ação feminista relativa aos potenciais de mudança a partir da dialética entre classe, gênero, raça, etnia. Ora entendido também como patriarcado, racismo e capitalismo, desvendando que as desigualdades entre homens e mulheres estão situados numa ordem determinada pela produção, troca e consumo, além das evidencias das dimensões simbólicas na produção das subjetividades.

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SIMPÓSIO 23: VIOLÊNCIA INTRAFAMILIAR CONTRA CRIANÇAS E ADOLESCENTES E

POLÍTICAS PÚBLICAS Coordenadores: André Viana Custódio, Professor do Programa de Pós-Graduação em Direito – Mestrado e Doutorado - Universidade de Santa Cruz do Sul – UNISC e Coordenador do Núcleo de Estudos em Direitos Humanos de Crianças, Adolescentes e Jovens da UNISC, Coordenador do Projeto de Pesquisa Violência intrafamiliar contra crianças e adolescentes e políticas públicas, financiado pelo CNPq. [email protected]; Suzéte da Silva Reis (Doutoranda em Direito e Professora da Universidade de Santa Cruz do Sul – UNISC); Ismael Francisco de Souza (Doutorando em Direito na UNISC, Professor do Curso de Direito da Universidade do Extremo Sul Catarinense (UNESC), Pesquisador do Núcleo de pesquisa em Política, Estado e Direito (NUPED), e do Laboratório de Direito Sanitário e Saúde Coletiva (LADSSC). RESUMO: A violência intrafamiliar contra crianças e adolescentes representa uma ameaça aos direitos fundamentais e seu enfrentamento demanda um olhar e uma intervenção embasados em pressupostos teóricos e em uma análise criteriosa da realidade social. A violação dos direitos de crianças e adolescentes no Brasil e na América Latina precisa de compreensão fundada na sua própria complexidade levando-se em considerações as peculiaridades contidas na questão da violência intrafamiliar. Assim, pretende-se não só debater a violação dos direitos de crianças e adolescentes através de seus reflexos históricos, jurídicos e políticos, mas propor alternativas para a real efetivação dos direitos fundamentais, por meio da alteração ou ajustes nas políticas públicas de combate a violência intrafamiliar. Embora, os direitos da criança e do adolescente encontrem-se protegidos nos textos constitucionais, bem como em legislação específica, há ainda o déficit na materialização destes direitos, de forma que a alteração do quadro de violação a tais direitos carece de uma organização conjunta dos entes sociais, como pode ocorrer através das políticas públicas. A violência existente no contexto da sociedade atual é extremamente complexa e, invariavelmente, relacionada com os problemas econômicos existentes. Entretanto, creditar o descompasso das relações humanas unicamente à pobreza e à desigualdade social seria ignorar diversos fatores, notadamente fatores políticos, culturais, sociais, dentre outros. Assim, é importante perceber a relação entre o controle social no contexto da sociedade contemporânea e os conflitos sociais, fazendo uma abordagem interdisciplinar a fim de compreender o efeito propugnado pelo neoliberalismo em estabelecer, através de rigorosos sistemas de controle social, em detrimento de assegurar políticas públicas sociais, tentando compreender quais os verdadeiros motivos do discurso da atual sobre a falta de efetividade dos direitos fundamentais de crianças e adolescentes. O objetivo do presente simpósio é desenvolver o embasamento teórico sobre os direitos infanto-juvenis e aprofundar a reflexão sobre as políticas públicas de proteção, promoção, atendimento à situação de violência intrafamiliar, apontando ajustes e alterações nas formas de combate a tais violações de direitos fundamentais. RESUMOS 1. Souza, Izabela Jatene de Universidade Federal do Pará – UFPA [email protected] Chaves, Jadson Fernandes

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ISCTE- IUL-Instituto universitário de Lisboa [email protected] Oliveira, Andreici Marcela Araujo de; Bittencourt, Jorge Antônio Santos; Fonseca, Eugênia; Aviz, Alan Silva de Casa Civil-Pa [email protected]; [email protected]; [email protected]; [email protected] “O projeto Pro Paz Integrado: propondo alternativas para a efetivação de direitos sociais.” O PRO PAZ Integrado tem como missão a atenção a crianças, adolescentes e mulheres em situação de risco e de violência, através da integração dos serviços médico, psicossocial, de defesa social e perícia. Tudo isso em um único espaço, promovendo o atendimento integral, interdisciplinar e de qualidade às vítimas e suas famílias. Atualmente, o projeto conta com unidades de atendimento em Belém, capital do Pará, e em municípios do interior, funcionando em rede, a Rede de Enfrentamento, que reúne vários órgãos governamentais e entidades não governamentais. O projeto atua de forma estratégica, com informações atualizadas constantemente, reunidas em um banco de dados que permitem o acompanhamento constante das ocorrências. Esse formato é apontado pelo Ministério da Saúde como modelo na atenção à saúde integral de vítimas de violência. Apresentar os resultados dessa atuação é o objetivo deste trabalho, que mostra os índices de violências sofridas por crianças e adolescentes dentro dos seus lares, a partir de registros nas unidades do Projeto. 2. FALCADE-PEREIRA, Ires Aparecida SEED, NEAS, NEPS [email protected] ASINELLI-LUZ, Araci UFPR, NEAS, NEPS [email protected] “Violência intrafamiliar e o cuidado de crianças e adolescentes – implicações no desenvolvimento de mulheres privadas de liberdade.” Este artigo aborda dados da dissertação de mestrado Ética do cuidado x ética da justiça: o olhar de estudantes privadas de liberdade (2013) - Gilligan (1990) com enfoque referente a violência intrafamiliar de crianças e adolescentes mulheres. Assim a pesquisa qualitativa e exploratória aborda os impactos do cuidado recebidos e violências sofridas na infância, bem como os seus reflexos no desenvolvimento humano e as consequências em suas vidas a partir do espaço de privação de liberdade. Este estudo teve como participantes dez mulheres do Sistema Penitenciário, sendo coletado os dados através da entrevista, grupo focal e narrativa. Esta pesquisa foi aprovada pelo Comitê de Ética em Pesquisa da UFPR. Como resultados são evidenciados a necessidade de contemplar como direito humano, políticas públicas de apoio e suporte social às famílias, crianças e adolescentes em situação de pobreza e exclusão no que concerne aos cuidados básicos aplicados a esta população, ao mesmo tempo em que comprova a vulnerabilidade de gênero no cotidiano social e na consequente privação de liberdade. 3. BUENO, Rosa Elena Universidade Federal do Paraná (UFPR) [email protected] NEVES, Aline do Rocio; XAVIER, Adão Aparecido Pontifícia Universidade Católica do Paraná (PUCPR) [email protected]; [email protected] ASINELLI-LUZ, Araci; DARO’Z, Marlene S.

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Universidade Federal do Paraná (UFPR) [email protected]; [email protected] “Violência intrafamiliar do micro ao macrossistema: uma perspectiva bioecológica para pensar a educação por meio da literatura em interface com direitos humanos.” O presente artigo emerge como fruto do PDE – Programa de Desenvolvimento Educacional, ofertado pela Secretaria Educação (SEED / PR - 2013). Elaborou-se um projeto sobre “Literatura em Interfaces com Direitos Humanos”. Como metodologia, foi utilizado o filme e o romance “Capitães da Areia”, de Jorge Amado (1937), que narra a história dos meninos de rua em Salvador na década de trinta e as estratégias de sobrevivência, dentre outros assuntos como a infância abandonada pela família e pela falta de políticas públicas efetivas, a prostituição, a varíola, o comunismo e as diversas manifestações de violências no ambiente intra e extrafamiliar. Envolveu alunos do Ensino Médio, bem como comunidade intra e extraescolar, lideranças comunitárias, representantes das instâncias colegiadas e do fórum de Combate à Violência. Os debates sobre violação de direitos, desde os micros aos macrossistemas foram delineados a partir do paradigma bioecológico proposto por Bronfrenbrenner (2011). Espera-se sensibilizar sobre a importância de um trabalho em rede, no qual todos os segmentos envolvam efetivamente no desenvolvimento (social, cultural, afetivo e cognitivo), de crianças e adolescentes, visando à edificação de subjetividades humanizadas. 4. Dias, Felipe da Veiga; Chaves, Patrícia Adriana Universidade de Santa Cruz do Sul - UNISC [email protected]; [email protected] “A erradicação da violência intrafamiliar contra crianças e adolescentes através das práticas restaurativas.” O objeto do presente estudo é a violência contra criança e adolescente no âmbito familiar. O objetivo geral irá debater acerca da violência intrafamiliar sofrida por crianças e adolescente, um comportamento que denota a cultura histórica repressora e de educação violenta, que buscou sempre a disciplina através do medo, deixando as vítimas em situação de vulnerabilidade. Os objetivos específicos estão relacionados ao conceito de violência intrafamiliar, diferenciando-a da violência doméstica, compreendendo assim a amplitude dessa prática, bem como confrontando-a com a atual legislação brasileira e a Teoria da Proteção Integral, além da possibilidade de implementação das práticas restaurativas como forma de combater tais agressões e violações de direitos às crianças e adolescentes. A metodologia de abordagem utilizada é a dedutiva, e como método de procedimento o monográfico, aduz-se ainda a técnica de pesquisa de documentação indireta. A intenção do estudo vai além de abordar a problemática da violência intrafamiliar, mas apresentar uma proposta inovadora, que busca com as práticas restaurativas uma forma de erradicar o problema exposto e implementar um novo conceito de educação e proteção aos Direitos da Criança e do Adolescente. 6. MELLER, Diogo Lentz; Moreira, Rafael Bueno da Rosa Universidade de Santa Cruz do Sul – UNISC [email protected]; [email protected] “A violência sexual intrafamiliar contra crianças e adolescentes e as políticas públicas de enfrentamento.” A violência sexual intrafamiliar contra crianças e adolescentes é um problema que afeta o desenvolvimento integral durante a infância. O direito da criança e do adolescente, desde uma perspectiva internacional, vem buscando garantir, a proteção jurídica contra qualquer forma

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de violência sexual contra crianças e adolescentes. Em consonância com o ordenamento jurídico internacional, o Estado brasileiro adotou a teoria da proteção integral como forma de reconhecimento da situação peculiar de pessoa em desenvolvimento a toda criança e adolescente, se assegurando a condição de sujeito de direitos. No entanto, mesmo que haja toda uma proteção jurídica, diversas são as causas para a ocorrência da violência sexual intrafamiliar contra crianças e adolescentes, dentre elas, as sociais, econômicas, políticas, culturais, entre outras. Como forma de enfrentamento a violência intrafamiliar contra crianças e adolescentes e suas causas, as políticas públicas tem uma papel fundamental em garantir os direitos fundamentais de crianças e adolescentes que foram afetados com tal forma de violência. Assim, se buscará estudar a violência sexual intrafamiliar contra crianças e adolescentes, a proteção jurídica contra a violência sexual na infância e as políticas públicas de enfrentamento a esta forma de violencia. 7. MALDANER, Jane; Zeifert, Anna Paula Bagetti Universidade Regional do Noroeste do Estado do Rio Grande do Sul / UNIJUÍ [email protected]; [email protected] Preuss, Lislei Teresinha Estadual de Ponta Grossa, UEPG [email protected] “Crianças e adolescentes vítimas de violência e o conselho tutelar.” O presente trabalho estuda a violência enfrentada por crianças e adolescentes no âmbito do Município de Ijuí/RS, tendo como foco a atuação do Conselho Tutelar do referido Município, elucidando sua competência e atribuições. Também, é um trabalho que retrata a violência sofrida por crianças e adolescentes.A pesquisa visaanalisar, como base na coleta de dados e na realização de entrevistas com os conselheiros, de que forma o Conselho Tutelar de Ijuí/RS vem incluindo e acompanhando os adolescentes vulneráveis e em situação de risco pessoal e social, ou seja, quais são as políticas públicas criadas para tal processo.Estuda, ainda, as dificuldades encontradas pelos Conselheiros no momento que os mesmos lutam para garantir e efetivar os direitos fundamentais das crianças e adolescentes.Para a efetivação da pesquisa, além de uma revisão bibliográfica a respeito do tema, foram feitas entrevistas com os Conselheiros tutelares do município de Ijuí/RS, buscado observar qual o procedimento adotado pelos mesmos no momento em que recebem uma denúncia e quais as medidas emergenciais tomadas. 8. OLIVEIRA, Larisse Colen de Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri Teófilo Otoni/ Minas Gerais/ Brasil [email protected] “Os órgãos de proteção a criança e adolescente no enfrentamento da violência intrafamiliar.” O Estatuto da Criança e do Adolescente(ECA) é o resultado de anos de lutas contra a violência à crianças e adolescentes, entretanto inúmeros desses direitos previstos no ECA são desrespeitados; a partir desse momento órgãos como CREAS ,Conselho Tutelar , dentre outros, os quais fazem parte da rede de ,proteção e assistência à crianças e adolescentes, tem o dever de enfrentar tal situação da quebra do direito. Sendo assim, o objetivo deste trabalho será demonstrar como é feito o enfrentamento à violência no âmbito familiar contra crianças e adolescentes, por meio dessa rede socioassistencial de proteção; debatendo sobre os avanços e as dificuldades que os órgãos em questão enfrentam tanto no âmbito do atendimento às vitimas quanto no âmbito da prevenção a tal violência ; entendendo que é a partir das experiências concretas desses órgãos que pode-se e deve-se propor políticas públicas que visem enfrentar a violência intrafamiliar contra crianças e adolescentes.

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9. KONNO, Cristiane; TORETTA, Ester Taube; VOIDELO, Ane Universidade Estadual do Oeste do Paraná (UNIOESTE) [email protected]; [email protected]; [email protected] “Violência sexual intrafamiliar: A violação dos direitos da criança e do adolescente.” É imprescindível para a intervenção profissional, a apreensão crítica da realidade social; constituída pelo conjunto de desigualdades sociais, econômicas, políticas e culturais, ou seja, pelas expressões da “questão social”. Esse contexto interfere no modo como a família responde a realidade que vivencia,denota suaorganização evariados arranjos. Compreensão necessária paradebater a manifestação da violência que perpassa a instituição família; ultrapassando a tradicional e simplistaculpabilização dossujeitospara situar a violência intrafamiliar como um conjunto complexo que exige do Estado uma resposta pública via políticas sociais.A partir de dados evidencia-se que a violência intrafamiliar é expressiva e denota que não necessariamente a família representa espaço de proteção. Dentre os diversos tipos de violência a violência sexual intrafamiliar é capaz de marcar negativamente o desenvolvimento biopsicossocial, romper vínculos, instituir vulnerabilidades de crianças e adolescentes, vítimas de violência sexual.Propomos-nos a discutir a violação dos direitos da criança e do adolescente e o Sistema de Garantia de Direitos. Neste interim almejamos contribuir para o debate na América Latina dos avanços e desafios a proteção tendo como parâmetro o ECA - Estatuto da Criança e Adolescente brasileiro. 10. MUSSI, Vanderléia Paes Leite; QUEIROZ, Vivina Dias Sol Universidade Federal de Mato Grosso do Sul [email protected]; [email protected] “violação dos direitos de jovens indígenas na socioeducação e políticas públicas.” A presente comunicação visa discutir a problemática étnica vivenciada no contexto da socioeducação, mais especificamente, as implicações de jovens indígenas guarani e kaiowá em conflito com a Lei. Dentre as inúmeras tensões culturais, políticas e pedagógicas envolvidas no embate desses jovens com a sociedade não indígena, a família é a principal intermediadora do processo de socialização, uma vez que a criança indígena possui um papel importante no interior do grupo familiar e social. A partir desta compreensão, buscou-se mostrar as principais implicações dos fatores de mudança no processo de socialização da criança indígena. Os aspectos legais da Declaração das Nações Unidas sobre os Direitos dos Povos Indígenas, a Convenção 169 da OIT, bem como o SINASE serviram de base para esta reflexão. O propósito era o de verificar em que medida os princípios adotados pelo SINASE respeitam, ou não, as especificidades culturais deste povo indígena. Neste sentido, é possível verificar os limites, as contradições e os desafios da interface étnica na socioeducação. Assim, foram feitas algumas visitas às UNEIS do Estado, que se constituíram em mediadores da investigação, bem como acontribui para ampliação dos conceitos e métodos implicados. 11. CUSTÓDIO, André Viana; DABULL, Matheus Silva; REIS, Suzéte da Silva Universidade de Santa Cruz do Sul - UNISC [email protected]; [email protected]; [email protected] “O direito humano à saúde a partir de políticas públicas específicas para infância no brasil contemporâreo: uma proposta de novos rumos contra a violência intrafamiliar.” O assunto revela aspectos sobre o direito à saúde como um direito fundamental normatizado no ordenamento jurídico brasileiro, elevado a um papel de destaque no combate a violência intrafamiliar contra a criança e ao adolescente e, na concretização da proteção integral. Para abordar o objetivo proposto, inicialmente o trabalho acende a existência de políticas públicas de saúde no âmbito familiar, objetivando a proteção integral de crianças e adolescentes desde

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a concepção a fase adulta. Sugere, num segundo momento, a alteração e criação de políticas públicas de saúde no âmbito intrafamiliar em prol da efetivação dos direitos humanos fundamentais e melhor eficiência no que diz respeito à saúde de qualidade. Por fim, enaltece a necessidade da criação e permanência de políticas públicas que ultrapassem algumas barreiras de caráter social, econômico e político como ferramenta essencial na eliminação e continuidade de qualquer forma de violência intrafamiliar contra crianças e adolescentes. Com auxílio de pesquisa bibliográfica, o presente trabalho fomenta a ampliação e o fortalecimento da rede de atores sociais responsáveis pelos direitos fundamentais de crianças e adolescentes e a implementação de políticas públicas eficazes, principalmente pela promoção da saúde infantil como um elemento desestruturante da violência intrafamiliar. Foi utilizado o método de abordagem dedutivo, e, procedimento monográfico. Na conclusão, são demonstrados os principais pontos alcançados pela pesquisa e alternativas para um melhor combate a violência intrafamiliar contra crianças e adolescentes. 12. BIDARRA, Zelimar Soares Universidade Estadual do Oeste do Paraná (Unioeste) [email protected] LESSARD, Geneviève Université Laval (ULaval)/Québec-Canadá “Violência sexual intrafamiliar contra crianças e adolescentes e violência conjugal – temas para a intersetorialidade de políticas públicas.” A violência contra crianças e adolescentes e a violência conjugal, que no Brasil costuma ser identificada pela ampla nominação de violência doméstica, não são problemas novos. No contexto internacional e no Brasil somente no final do século XX tivemos o reconhecimento dessas violências como problema público, que adentrou a agenda dos governos e passou a integrar o rol das preocupações e das intervenções do Estado. Desde então, o desafio da sociedade e de governos é o de incentivar a produção de informações e de conhecimentos que melhorem as formas de intervenção e de controle sobre tais violências, principalmente quando se elas são produzidas no ambiente intrafamiliar e concomitantemente na vida de crianças e adolescentes. Por esse motivo, o presente trabalho dispôs-se a tecer argumentos em favor de se ampliar o interesse e as investigações para que melhor se conheça as circunstâncias e os fatores de risco para a concomitância entre a violência conjugal e o abuso sexual de crianças e adolescentes. Dispor de informações acerca dessa sobreposição de violências favorece o estabelecimento de parâmetros para os trabalhos de natureza preventivo, psicossocial e psicoterapêutico a serem assegurados pelas políticas públicas. 13. D’AROZ, Marlene Schüssler; LUZ, Araci Asinelli da Universidade Federal do Paraná (UFPR) [email protected]; [email protected] “O microssistema família na institucionalização de crianças e adolescentes.” No Brasil, a criação do Estatuto da Criança e do Adolescente (1990) trouxe um novo paradigma social em relação à infância e a adolescência. Estudos voltados à proteção a criança e ao adolescente evidenciam o microssistema família como uma das multicausas que levam à institucionalização, tornando-se a origem da violação dos direitos. Essa pesquisa apresenta o resultado de análise de dados sobre as relações interpessoais que ocorrem nas famílias e que, de certa forma, resultaram na institucionalização de crianças e adolescentes. O estudo decorre da releitura de dados de uma tese de doutorado defendida no Brasil, oriunda do programa de Pós-Graduação em Educação no Estado do Paraná. Para a coleta de dados utilizou-se a entrevista clínica priorizando como participantes as mulheres (mães e avós com filhos e netos institucionalizados), num total dez participantes. A análise dos dados seguiu os pressupostos

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de Aguiar e Ozella (2006) com os Núcleos de Significação. Os dados revelam a fragilidade de díades mãe-filho/neto, pai-filho; a violência e a negligência familiar e a relação parental autoritária e negligentes como indicadores do acolhimento institucional de crianças e adolescentes. 14. GUIMARÃES, Ed Carlos; MEDEIROS, Delque Pantoja; OLIVEIRA, Rubieli de Abreu Ciências Sociais da UNIFAP [email protected]; “Uma análise sociológica da Contradição entre a lei e a representação dos adolescentes na mídia impressa de Macapá.” Este artigo é um desdobramento e continuação de reflexões iniciadas na pesquisa “Representações da Criminalidade Urbana: Medo e Insegurança Social no Estado do Amapá”, realizada pelo GEPVIC (Grupo de Estudos e Pesquisas sobre Violências e Criminalizações). Esta pesquisa pretende apresentar as análises feitas sobre a questão de como os jornais retratam os adolescentes infratores e mais especificamente os que cometeram as infrações de furtos, roubos e latrocínios. Para tanto apresenta os tipos de discursos que permeiam os jornais e a construção da representação dos sujeitos e a atribuição de estereótipos. Metodologia Pesquisa de cunho documental, por meio da qual foram coletados dados de matérias de dois jornais amapaenses; foram fornecidos pelo jornal A Gazeta 6 meses de matérias digitais, os restantes das matérias dos dois jornais foram coletados sob as visitas à Biblioteca Pública Elci Lacerda; Conclusões Discutir sobre as políticas públicas para a prevenção da violência seria um caminho a se tomar visando a posição do discurso Problematizador, em que a violência, seja ela praticada por ou contra crianças e adolescentes, ganhe uma visão mais profunda e ampla do que a geralmente abordada pela mídia, mudando-se também o foco das abordagens. 15. Prestes, Fabiane da Silva; Cenci, Daniel Rubens Universidade Regional do Noroeste do Estado do Rio Grande do Sul – UNIJUÍ [email protected]; [email protected] “A prevenção da violência intrafamiliar contra a criança a partir da construção de uma nova ética ecológica.” No âmbito de discussão sobre relações familiares e os meios de garantir o efetivo desenvolvimento integral da criança, o presente trabalho procura analisar alternativas para o enfrentamento da violência intrafamiliar, destacando a fundamental relevância da incorporação da doutrina da proteção integral. Assim, o objetivo deste artigo, é por meio de pesquisa de caráter teórico e método indutivo, propor meios para prevenir as manifestações de violência a partir da ecologia da transformação. Inicialmente, são tecidas considerações, sobre a evolução histórica dos direitos da criança, desde sua indiferença até seu reconhecimento. Nesse alinhamento, são analisadas as relações familiares e as formas de violência intrafamiliar.Por derradeiro, estuda-se, sob a perspectiva do modelo bioecológico do desenvolvimento humano a concepção de uma nova cultura destinada à proteção da criança, baseada no novo constitucionalismo da América Latina. Desse modo, enfatiza-se a necessidade de que seja criada uma nova ética ecológica, que aponte alternativas ao modelo de sociedade atual e proporcione que se ultrapassem as realidades ainda existentes, reafirmando o compromisso ético, da família, do Estado e da sociedade. 16. Pires, Nara Suzana Stainr ULBRA/ Centro Universitário Franciscano/UNIFRA [email protected] DE BARROS, Bruno Mello Corrêa Centro Universitário Franciscano – UNIFRA

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[email protected] “A mídia e o direito da criança e do adolescente: uma análise jurídica à luz da proteção integral e do princípio da fraternidade sob o olhar dos direios fundamentais.” A partir da noção precípua de que a mídia, suas plataformas e demais meios de comunicação se utilizam de diversos instrumentos e atrativos para angariar audiência e faturamento comercial, sem o necessário cuidado sobre aquele que assiste, especialmente as crianças e adolescentes que recebem tal mensagem, que se propõem o presente trabalho. Tal ensaio tratará a respeito do comportamento da mídia sob o viés do direito da criança e do adolescente, bem como em consonância com a Doutrina Jurídica da Proteção Integral e o Princípio da Fraternidade como direitos fundamentais. Pretende-se vislumbrar o caráter imperioso do comportamento voraz da mídia comercial, que desvela-se em práticas prejudiciais da condição peculiar de pessoa em desenvolvimento posta a crianças e adolescentes. Vislumbra-se o tratamento dado por essas estruturas de informação, levando-se em consideração os ditames da legislação, além de evidenciar que, as plataformas de mídia conjuntamente com os demais veículos de comunicação de massa ao invés de sopesarem seus interesses econômico-financeiros passam a transmitir conteúdos potencialmente lesivos à percepção de crianças e adolescentes, levando em consideração a reflexão sobre as políticas públicas de proteção, promoção, apontando ajustes nas formas de combate a tais violações de direitos fundamentais.

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|28 de novembro - 15.00hs. Sala D2 – UNIOESTE|

SIMPÓSIO 24: CONFLICTIVIDAD SOCIAL, CAMBIOS POLÍTICOS Y RECONFIGURACIÓN DE

LA INTEGRACIÓN REGIONAL EN LA HISTORIA RECIENTE DE AMÉRICA LATINA (1990-2013)

Coordenadores: Julián Kan (UBA / IDEHESI-CONICET /UNQ) [email protected]; Martín Ribadero (UBA) [email protected]; Alejandro Schneider (UBA/UNLP) [email protected] RESUMO: En América Latina, la implementación a comienzos de la década del noventa de los principios del llamado Consenso de Washington, terminó de consolidar la poderosa reestructuración capitalista que venía teniendo lugar desde mediados de la década del setenta a nivel global, y que habían encontrado en las dictaduras militares de la región las primeras condiciones para su adopción. La apertura económica, el endeudamiento externo, la privatización de las empresas de servicios públicos, la flexibilización laboral, el avance sobre los recursos naturales, entre otras políticas, reconfiguraron a Latinoamérica en su conjunto. Sin embargo, el saldo económico y social de aquella década y la crisis del sistema de partidos y representación política tradicionales tuvieron como consecuencia un creciente proceso de movilización y luchas sociales que opusieron resistencia a las reformas neoliberales, produciendo la caída de varios gobiernos identificados con aquél paradigma. En la primera década del siglo XXI, el rediseño del mapa político regional, por ejemplo en América del Sur, indica que varios gobiernos emergieron –de manera más o menos directa– de aquellas luchas contra el neoliberalismo, cuyos principales protagonistas fueron los movimientos sociales (por ejemplo, en Venezuela, Bolivia y Ecuador). Ya sean los que se identificaron con una consideración más tradicional por su composición proletaria o campesina o aquellos que combinaron éstas y otras identidades sociales, se han comportado como actores decisivos en el devenir de la política nacional de los países del subcontinente a lo largo de la historia reciente. A su vez, este rediseño muestra también que otros gobiernos alteraron sus escenarios políticos habituales de manera más o menos conflictiva (Argentina, Brasil, Paraguay) y mantuvieron relaciones de dispar fluidez con los diversos sectores subalternos. Al mismo tiempo, en países donde no se han alterado las políticas neoliberales, movimientos obreros y campesinos siguen ofreciendo resistencia a ellas y modelan también la agenda de las políticas gubernamentales, por ejemplo en México, Chile o Perú. Pero la reconfiguración política posneoliberal no solamente se manifestó a escala nacional, también a escala continental asistimos a una reconfiguración de la integración regional, es decir, en la vinculación entre los países de América Latina. La derrota del ALCA, la emergencia del ALBA, UNASUR y posteriormente CELAC, así como los vaivenes del MERCOSUR y la reciente Alianza para el Pacífico impulsada por Estados Unidos, evidencian que hubo un reflejo –cuando no la acción directa, por ejemplo, en la oposición social al ALCA– de aquella conflictividad social y de los cambios de gobiernos en la integración latinoamericana. En este sentido convocamos a la presentación de ponencias con el objetivo de contribuir al análisis, la reflexión y la investigación empírica para pensar la relación entre neoliberalismo, las luchas que los

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movimientos sociales llevaron adelante al confrontarlo y la correlativa emergencia de nuevos gobiernos que reconfiguraron el mapa político de América Latina, tanto de los mencionados casos nacionales como de los que tuvieron lugar a nivel de la integración latinoamericana en la historia reciente. RESUMOS 1. AGUIRRE GUEVARA, Emiliano (UBA) [email protected] SGARZINI, Bruno (TEA) [email protected] “Guerra de Cuarta Generación y Contrainsurgencia en Venezuela: el caso de las Guarimbas en el 2014.” En anterior trabajo nos propusimos describir en qué consiste la nueva política militar que lleva adelante la Revolución Bolivariana, centrados en el desarrollo de la nueva Doctrina Militar Bolivariana. En esta ocasión lo que pretendemos exponer y analizar, principalmente, son los avances en la afirmación de ella y cómo actuó la Fuerza Armada Nacional Bolivariana (FANB) en los conflictos del primer semestre de este año, conocidas como las guarimbas, e incorporamos en esta ocasión una caracterización de la actual coyuntura en curso, delimitada por una contraofensiva del imperialismo estadounidense, marcada por su estrategia de la militarización de las relaciones hemisféricas, en lo que algunos autores denominan Guerra de Cuarta Generación. 2. DAVI FERREIRA, Mariana; MELLO, Rafael UFSC [email protected]; [email protected] “Aliança Bolivariana para os Povos de Nossa América – Tratado de Comércio dos Povos (ALBA-TCP): um novo regionalismo estratégico na América Latina?” No limiar do século XXI, o cenário político latino-americano passa por mudanças pujantes, diante da emergência de governos de esquerda, que configuram uma reorientação no perfil da política externa dos países da região e, consequentemente, uma releitura dos modelos integrativos. Estabelece-se, assim, um processo de esgotamento do ciclo do regionalismo aberto, caracterizado pelo cunho eminentemente econômico, o qual fora hegemônico na América Latina na década de 1990. O esgotamento deste ciclo dá-se a partir do questionamento da sua viabilidade para fomentar uma integração que corrobore com os reais interesses dos Estados da região. Emerge, nesse cenário, novos processos de integração na América Latina, que vem sendo denominado por alguns estudiosos como um “novo regionalismo estratégico” (Aponte García, 2013), entre outras denominações. Estes estudiosos vêm buscando compreender um novo ciclo, no qual a integração é posta como instrumento viabilizador do desenvolvimento da América Latina, a partir do retorno da centralidade do Estado interventor e distanciamento das políticas neoliberais e tendo maior foco na agenda política. Tal paradigma se expressa na Aliança Bolivariana para os Povos de Nossa América – Tratado de Comércio dos Povos (ALBA – TCP), processo integrativo protagonizado pela Venezuela. . O presente trabalho apresentará os resultados parciais da investigação científica realizada no projeto de dissertação desenvolvido no PPGRI/UFSC. Destarte, apresenta-se como objetivo central a análise das possibilidades e desafios para esse novo paradigma integrativo na região, a partir do estudo do caso da ALBA-TCP, enquanto expressão do novo regionalismo estratégico. No intento de apreender os determinantes do processo analisado, fora realizada análise documental à luz de referência bibliográfica que versa sobre o fenômeno do regionalismo e as relações internacionais latino-americanas.

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3. FERRI, Clarissa UPF (RS) [email protected] “A partidarização na política externa brasileira durante o governo Lula e a sub-regionalização no continente.” Historicamente a Política Externa Brasileira sempre mostrou sinais de continuidade, sendo pouco influenciada por mudanças políticas internas. Contudo, verifica-se nos governos Luiz Inácio Lula da Silva (2003 – 2006 e de 2007 – 2010) uma partidarização das diretrizes brasileiras em Relações Internacionais devido à influência do Partido dos Trabalhadores, além da chamada presidencialização na tomada de decisões na matéria, especialmente no tocante à América do Sul. Os esforços brasileiros durante o governo Lula seriam no sentido de fortalecimento das relações intra-regionais para com isso obter ganho de poder de negociação no cenário internacional, almejando uma posição de ponta de lança no subcontinente. Sendo o Partido dos Trabalhadores tradicionalmente de esquerda, verifica-se um certo alinhamento com outros governos de posicionamento político similar, configurando assim duas regiões diferenciadas na América do Sul a partir da visão brasileira, sendo uma a postura da política externa brasileira para os países vizinhos com governos esquerdistas e outra para com governos com orientações políticas diversas. 4. FRANCO RIBEIRO, Maria Teresa; Ferreira de Melo, Adriana; Cerqueira Melo, Marta UFB UFMG [email protected]; [email protected]; [email protected] “Integração Sul -Americana: o atravessamento de espaços- tempos liminosos e opacos.” No contexto da reestruturação do capital nos anos 1970 os países da America Latina privilegiaram a integração logística e a expansão do capital. Esse processo, na perspectiva de Milton Santos, cria não só espaços luminosos, a partir dos eixos de integração do capital, mas também, espaços opacos ou invisíveis, constituídos por eixos de conflitos socioambientais e étnicos. Este trabalho visa compreender, no contexto da Integração Latino-Americana, as dinâmicas socioespaciais relativas à Integração da Infraestrutura Regional Sul-Americana (IIRSA) nos territórios do Brasil e da Bolívia. Ambos os países, embora apontem para distintos projetos de desenvolvimento, são cenários consideravelmente impactados pelo processo de reestruturação produtiva comandado pelas empresas transnacionais, sob a batuta do capital financeiro. O Brasil tem assumido um destacado papel frente à IIRSA, não só através da liderança política, mas também como principal financiador deste, através do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES). A Bolívia, por sua vez, tem a sua participação na IIRSA marcada pela conjugação do fortalecimento da rede articulada em torno da exploração do seu potencial mineiro e energético e os inúmeros conflitos ambientais envolvendo as populações indígenas, que têm reagido à iniciativa através da elaboração de estratégias de resistência por meio dos movimentos sociais. 5. JAQUENOD, Alejandro CONICET -UNQ /IESAC [email protected] “2001 como quiebre en la acumulación y la integración regional en la Argentina reciente.” Pareciera existir cierto consenso al caracterizar a 2001 como quiebre en el proceso de acumulación reciente, entre la convertibilidad y la llamada posconvertibilidad. Sin embargo, al analizar el quiebre en el proyecto integracionista (o los proyectos integracionistas) de las ultimas décadas, esto no queda del todo claro. Si bien se distinguen dos momentos {uno neoliberal durante la década del noventa y otro distinto en el nuevo milenio{ el quiebre entre

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ambos aparece difuso. La caída de la administración radical tras las jornadas del 19 y 20 de diciembre de 2001, la asunción de Néstor Kirchner en 2003, o el definitivo rechazo al ALCA en Mar del Plata en 2005 aparecen todos como momentos de quiebre en la relación de Argentina tanto con sus vecinos latinoamericanos como con los Estados Unidos. En este trabajo nos proponemos problematizar este quiebre y comparar ambos momentos del proyecto de integración argentino y su reconfiguración con los mencionados momentos del proceso de acumulación en la Argentina reciente. Esperamos con esto contri- buir al debate sobre la historia reciente de los proyectos latinoamericanos. 6. KAN, Julián UBA / IDEHESI-CONICET / UNQ [email protected] “Empresarios y trabajadores ante el rediseño regional. Un análisis de la relación entre cambios políticos, luchas sociales y reconfiguración del escenario comercialista de la integración en la primera mitad de la década de 2000.” A comienzos del siglo XXI los países de America Latina dejaron de lado las premisas comercialistas en torno a sus ejes de vinculación, dando paso a una repolitización de la integración regional. Esto se originó a partir de que algunos gobiernos comenzaron a cuestionar con mayor o menor profundidad, el escenario político y económico neoliberal de la década del noventa. Sin embargo, desde una mirada crítica sobre los proyectos de integración regional como el MERCOSUR y las negociaciones por el ALCA y de las relaciones internacionales en general, entendemos que las decisiones de los gobiernos en política exterior y regional están en diálogo con las relaciones sociales más generales. En consecuencia, proponemos aquí analizar la relación entre sociedad civil e integración regional, abordando posicionamientos y acciones de diversas fracciones y sectores de las clases dominantes y subalternas que tuvieron relevancia en el rediseño de la integración latinoamericana. La hipótesis que guía el presente trabajo es que aquél rediseño, especialmente la reorientación del MERCOSUR y el rechazo al ALCA fueron resultado, tanto de la impugnación “desde arriba” a partir del cuestionamiento de las clases dominantes locales, como también de la impugnación “desde abajo”, es decir, de los movimientos obreros y sociales de la región. 7. SCHNEIDER, Alejandro UBA – UNLP [email protected] “Tensiones sociales y políticas durante la segunda presidencia de Evo Morales.” El propósito de la ponencia consiste en esbozar algunas de las principales características que asumió la conflictividad social durante los cuatro primeros años de la segunda presidencia de Evo Morales Ayma en Bolivia. En particular, aquí se aborda y analizan las dificultades que mantuvo el mandatario con su específica base de apoyo electoral; en particular, en los departamentos del occidente del país. En Bolivia, los conflictos se caracterizan por poseer un alto grado de radicalización en su desarrollo. De este modo, nos interesa observar los diferentes tipos de enfrentamientos que se llevaron adelante, las formas que éstos asumieron y el contenido de sus reclamos. En este sentido, uno de los propósitos de la investigación fue reflexionar brevemente sobre las distintas tácticas que empleó el gobierno para canalizar la protesta social y regional. 8. OLIVEIRI LOPES VIEIRA, Mariana UNICAMP [email protected]

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“A Venezuela de Hugo Chávez: uma alternativa ao neoliberalismo?” Desde os primeiros anos do governo de Hugo Chávez a Venezuela passou a ser objeto de pesquisa de muitos pesquisadores, principalmente na América Latina, muito devido à posição conflituosa que tal governo estabeleceu com os EUA, ao Golpe de Estado sofrido em Abril de 2002 e as possíveis manifestações revolucionárias que este processo representava ou poderia representar. Dentre as diversas análises realizadas sobre este contexto, estão aquelas que tentam caracterizar o governo Chávez, entender o que de fato representa o processo bolivariano, uma vez que poderia representar uma alternativa para a situação de dependência da América Latina frente ao imperialismo norte-americano e às políticas neoliberais. Neste trabalho buscaremos realizar um balanço teórico do que se tem produzido nos últimos anos sobre o governo Chávez na Venezuela: analisaremos a tese do populismo do bonapartismo, do Capitalismo de Estado e do Socialismo do Século XXI. Deste modo analisar se, o carisma do presidente Chávez junto às classes populares, seu apelo à “unidade nacional” e ao “desenvolvimento para todos” rumo ao “socialismo do século XXI”, seu projeto de integração regional visando uma alternativa à dependência da América Latina em relação ao imperialismo norte-americano, proporcionou uma alternativa revolucionária para a região. 9. SILVA ALVES, Bruna GPPS-UNIOESTE [email protected] VillettiZuck, Débora Guimarães Nogueira, Francis [email protected] “Integração da américa latina, socialismo e democracia na venezuela: um debate necessário à luta dos povos.” O artigo objetiva, centralmente, compreender a relação entre integração latino-americana, Socialismo do Século XXI e democracia participativa e protagônica na Venezuela bolivariana. Especificamente, procura problematizar a radicalização da democracia burguesa tensionando igualdade e discutir a integração da América Latina como caminho de difusão do socialismo. Para tanto, parte da pesquisa de fonte bibliográfica e documental e para se aproximar mais dessa realidade determinada, suas conexões e aspectos históricos e conceituais, assume como procedimento metodológico a análise sistêmica. A categoria e as práticas integracionistas em que a Venezuela está envolvida, como a ALBA-TCP, a UNASUL, a CELAC e o MERCOSUL, são mecanismos fundamentais para promover a integração na América Latina, e como parte desse movimento difundem-se orientações teóricas e práticas políticas para consubstanciação do projeto socialista almejado pelo referido país. Logo, a integração é evocada em diversos âmbitos, e desde a experiência venezuelana com o governo chavista em contraponto a onda neoliberal, suas particularidades, problemas e alcances, é importante apreender esse debate, necessário à luta dos povos latino-americanos. 10. SOTO, Oscar UNCUYO [email protected] “Gobiernos Populares: transformaciones sociopolíticas en América Latina.” La ponencia se enmarca en un análisis sobre dimensiones fundamentales de los procesos sociopolíticos que se han desencadenado en los últimos años en América Latina. El continente ha sido testigo de una articulación política y sociocultural que puede considerarse contrahegemónica si se tienen en cuenta las nuevas configuraciones estatales y las ansias emancipatorias de los sectores populares. Para entender la profundidad de los cambios sucedidos es necesario repensar los modos de hegemonía neoliberal a los que se les ha

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disputado tanto la lucha social y como la lucha política. Es preciso hacerlo a través de una lectura teórico-política crítica sobre lo alcanzado, y sobre los desafíos de las tensiones políticas que sugieren estos nuevos gobiernos latinoamericanos: la disputa de la cuestión nacional (la batalla antimperial y descolonizadora) ahora está ligada a la disputa por la desconcentración económica (la redistribución de la riqueza a escala continental), para ello el caso argentino, entre otros, nos permite pensar qué relaciones de poder se gestan, qué Estado se construye y en base a esto cómo enfrentan las nuevas izquierdas o gobiernos populares los retos del actual momento histórico.

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|29 de novembro – 9.00hs – Sala I2. UNIOESTE|

SIMPÓSIO 26:

CONFLITOS POR TERRA E POR TERRITÓRIO NA AMÉRICA LATINA EM UMA PERSPECTIVA DESCOLONIAL: ENTRE CARTOGRAFIAS E

IDENTIDADES

Coordenadores: Jorge Montenegro (PPGGeo/UFPR), Otávio Gomes Rocha (PPGGeo/UFPR) [email protected], Valter do Carmo Cruz (PPGGeo/UFF) RESUMO: Nas últimas décadas, presenciamos um movimento de popularização da produção cartográfica associado a contextos de luta por terra e território no âmbito latino-americano. Por um lado, a disseminação da técnica e a facilidade de acesso aos meios de produção cartográfica ampararam a elaboração de produtos cartográficos, dos mais variados tipos, que não se restringem aos limites do Estado e das classes dominantes. Por outro lado, a necessidade de se reconhecer e se situar diante dos conflitos provocou que muitas destas experiências foram apreendidas por comunidades indígenas, quilombolas e outros povos e comunidades tradicionais, resultando em poderosos instrumentos de luta por direitos territoriais e identitários. Ainda, a subversão cartográfica promovida por estes grupos traslada os conflitos também para o campo epistêmico gerando novos debates onde é possível dialogar com esses novos processos. Diversas dessas experiências de mapeamentos construídos desde perspectivas horizontais e autônomas se articulam assim com elementos que são trazidos ao debate associado à atualidade das lutas sociais por terra e território na América Latina. Uma das propostas que ganha densidade e divulgação nos últimos anos é a perspectiva descolonial que denúncia a multiplicidade de formas de dominação coloniais (poder, saber e ser), mostrando a riqueza e a profundidade dos conhecimentos e da experiência vivida por sujeitos profundamente marcados pelo projeto desumano da modernidade colonial, e promovendo junto a esses sujeitos alternativas às formas coloniais de poder. Atentos a estes acontecimentos, entendemos que as práticas cartográficas construídas desde uma perspectiva crítica e popular, que denunciam as mazelas do desenvolvimento, estratégia central do projeto colonial hoje, são importantes meios para desencadear posições contra-hegemônicas na arena de disputa que envolve os conflitos territoriais, lutas por direitos de reconhecimento identitário, conflitos pelo uso e gestão dos bens comuns, etc. As conexões existentes entre as representações cartográficas e o mundo real se desvelam através do olhar atento sobre os mapas e processos críticos de mapeamento. O mapa visto como discurso nos revela contradições, que nos permitem compreender, apresentar e representar certos fenômenos sem mascarar sua intencionalidade ou seus objetivos. Nesse sentido, direcionaremos nossos olhares no Simpósio para experiências de mapeamentos sociais críticos realizadas na América Latina em contextos de conflitos territoriais e ambientais, disputas por reconhecimento jurídico de territórios tradicionalmente ocupados, processos de afirmação de identidade coletiva, etc. que nos permitam dialogar sobre as formas de colonialidade existentes na América Latina. Atividades Complementares:

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Mesa redonda para dialogar com outros grupos, pesquisadores, etc. a partir de questões comuns: movimentos sociais, descolonialidade, mapeamentos populares e críticos, etc. RESUMOS 1. Gomes de Oliveira, Bruno Elias UNILA (PPG-IELA) [email protected] “Cartografias Americanas: a construção de um continente-em-comum Latino Americano.” Na segunda metade do século XX, outros conceitos de América Latina passaram a se estabelecer, juntamente com a consolidação de teorias anticoloniais e anti-imperialistas. Pensou-se a América Latina a partir de uma identidade continental ampla, politicamente orientada, que não se baseava em um discurso homogeneizante. A ideia é a de um continente-povo (Termo utilizado em 1972 pelo presidente chileno Salvador Allende, no Congresso Nacional do México), de uma comunidade latinoamericana unida e diversa. Entre os anos 60 e 80, no campo das artes, surgiram produções que se utilizariam como base mapas e procedimentos cartográficos para refletir criticamente o território, constituindo discursos sobre o continente latinoamericano e colocando em disputa a autoridade de estruturas culturalmente legitimadas. Propõe-se, neste estudo, investigar as produções do argentino Horacio Zabala e do chileno Elias Adasme, com o propósito de compreender a conformação crítica de um continente-em-comum latinoamericano, que revela contradições e ilumina as estruturas normalizadoras e as constantes serializações e reterritorializações propostas pelas economias hegemônicas. 2. Alarcón Puentes, Johnny Alarcón Puentes Facultad Experimental de Ciencias. Departamento de Ciencias Humanas. Licenciatura en Antropología [email protected] “Conflictos y luchas por las tierras Indígenas en Venezuela. 1999-2013.” La presente investigación tiene como objetivo establecer la conflictividad por los territorios indígenas en el estado Zulia, Venezuela. En Latinoamérica a partir de la década de los noventa comienza un resurgimiento de los movimientos indígenas que buscan reconocimiento, demarcación de sus tierras y participación política en sus respectivos países. En Venezuela, a partir de la Constitución del año 1999, se re/activan las luchas por el respeto a la identidad, el territorio e inclusión. Hay un resurgimiento de la conflictividad, en todo el país, generada por la Leyes sancionadas (Ley de Demarcación y Ley de Pueblos y Comunidades Indígenas) que dan prerrogativas en lo relativo a lo pluricultural, multiétnico, participación política, y derecho a territorios ancestrales. Partiendo de la Antropología Política hicimos un bosquejo general de la situación de los pueblos indígenas en el estado Zulia, para establecer las dinámicas de las luchas y sus perspectivas para el futuro inmediato. 3. Paz, Carlos FCH-UNCPBA / Buenos Aires-Argentina PPGS-FCH-UFGD / MS-Brasil [email protected] “Para una geo-grafía del poder nativo: re-discutiendo el parentesco indígena y su visibilidad cartográfica.”

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Tierra y territorio no son dos cuestiones disímiles para las poblaciones indígenas americanas dado que ellos mismos son parte constitutiva de una y otra categoría. Allí el pensamiento ontológico nativo ocupa una porción central que es necesario re-posicionar para la construcción de un nuevo saber. En la actualidad, las poblaciones indígenas chaqueñas de la Argentina sufren, una vez más, procesos basados en la violencia económica y extra-económica que tienden a la expropiación de sus territorios. Acciones que tienen a generar fisuras en la eficacia material y simbólica de las formas de liderazgo nativa. El objetivo central de esta presentación consiste en discutir, desde la propuesta del simposio, los usos y sentidos de la categoría de tierra y territorio en el marco de las disputas que los grupos indígenas mantienen con la sociedad hispano-criolla. Esta discusión se llevará adelante partiendo de la necesidad de rescatar el parentesco y su incidencia en la organización del territorio; sobre todo porque algunas de las acciones violentas que se llevan a cabo contra las sociedades indígenas afectan centralmente núcleos de parentesco indígena, tendiendo a desarticular de ese modo la base social del poder. Por ello, se impone la necesidad de recuperar el parentesco nativo en aras de la construcción de una geo-grafía de la política nativa que supere el saber cartográfico en sí-mismo y que coloque a las poblaciones nativas en el centro del debate. 4. Milson Betancourt, Santiago Universidade Federal Fluminense [email protected] “La disputa por tierra, territorio y naturaleza en el marco del avance de las obras de infraestructura de la IIRSA.” El documento parte de evidenciar el aumento en la conflictividad relacionada a la disputa por tierra, territorio y naturaleza en el marco del avance de las obras de infraestructura de la IIRSA (Iniciativa de Integración de la Infraestructura de Suramérica), así como de los proyectos de desarrollo económico que viene potenciando en la Amazonía Andina. Las transformaciones socio-espaciales que impulsa la IIRSA se oponen a las formas de organización socio-espacial de los pueblos y comunidades campesinas e indígenas que habitan la región. Se considera que la transformación socio-espacial de la IIRSA se basa en formas de saber y hacer hegemónicas que se corresponden con las ideas de desarrollo como discurso y práctica moderno/colonial (Escobar 1998 y 2005; Quijano 2006), y como eje del proceso de reproducción del capitalismo. Estas formas de saber-hacer hegemónicas entran en conflicto con las formas de saber-hacer arraigadas a los lugares en donde otras territorialidades se han construido. Esto desata grandes conflictos y resistencias locales, regionales, nacionales, resistencias que vienen en un proceso de internacionalización, en tanto que los movimientos sociales han percibido que el destino de la Amazonía-Andina está hoy en discusión a nivel internacional en el marco de los procesos de integración regional de las economías y la reconfiguración de la geopolítica del capital sobre el continente. Se analiza de qué manera este reordenamiento socio-espacial viene configurando formas de producción de exclusión, dominación, desigualdad y pobreza, así como reconfiguración de las racionalidades ambientales. 5. Bustos Avila, Camilo Alejandro Universidade de São Paulo [email protected] “Concentração de terras na colômbia contemporânea e sua relação com a crise do capital.” Em 1949 os territórios reservados aos índios no Paraná passaram por uma nova etapa de expropriação de terras, através de um Acordo estabelecido entre o Governo da União e do Estado. Em todo território paranaense seis áreas indígenas foram reestruturadas: Apucarana,

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Queimadas, Ivaí, Faxinal, Rio das Cobras e Mangueirinha. O objetivo é evidenciar a redução destes territórios, através de mapas georreferenciados, que demonstram as extensões territoriais das seis áreas indígenas citadas, antes e depois de 1949. E neste processo de expropriação das terras, ressaltar os objetivos da política indigenista no período, vinculada à liberação de novas áreas coloniais, sem deixar de enfatizar as estratégias e ações dos próprios grupos indígenas, enquanto sujeitos históricos, protagonistas em defesa dos seus interesses, sobretudo, seus territórios. Além disso, desenvolver uma comparação do número de indígenas que vivia naquelas áreas em meados do século XX, com os da atualidade, possibilitando uma reflexão em torno das alternativas de sobrevivência dos grupos indígenas em suas terras. 6. Cunha Varella, Marcelo; Ayumi Duarte, Letícia PPGGeo/UFPR “O direito à cidade e à identidade de cidadão em um bairro popular de Paranaguá (PR): notas para ampliar o cânone democrático.” A importância deste trabalho condiz propriamente com seu objetivo: tentar contribuir com as discussões acerca ao direito à cidade, entendida, entre outras coisas, ao direito conferido ao cidadão de participar ativamente da construção de sua cidade a partir da criação e execução dos Planos Diretores Municipais. Para tanto, partimos dos processos de mobilização social construídos em torno de uma Cartografia Social que vem sendo realizada pelos moradores do Bairro Jardim Jacarandá II (Paranaguá-PR) em prol do reconhecimento legal do bairro diante o Ordenamento Territorial municipal. Assim, a partir dos processos de resistência à ordem territorial imposta, pretendemos expor à luz algumas das condições de formação de um capital militante em torno do reconhecimento da identidade de "cidadão" e da regularização do bairro, além da reinvidicação pelo acesso à cidade (de forma material e simbólica). Além disso, o trabalho traz como particularidade a produção de mapas que visam ser uma contra-ciência às verdades colocadas pelo Plano Diretor de Paranaguá - em especial, trataremos sobre os mapeamentos que acabam, de maneira ou outro, afirmando que os moradores são impactantes da natureza e que, por isso, não podem ter seus direitos reconhecidos. 7. Novak, Éder da Silva Novak Universidade Estadual de Maringá – UEM [email protected] “O acordo de 1949 e as terras indígenas no Paraná.” Em 1949 os territórios reservados aos índios no Paraná passaram por uma nova etapa de expropriação de terras, através de um Acordo estabelecido entre o Governo da União e do Estado. Em todo território paranaense seis áreas indígenas foram reestruturadas: Apucarana, Queimadas, Ivaí, Faxinal, Rio das Cobras e Mangueirinha. O objetivo é evidenciar a redução destes territórios, através de mapas georreferenciados, que demonstram as extensões territoriais das seis áreas indígenas citadas, antes e depois de 1949. E neste processo de expropriação das terras, ressaltar os objetivos da política indigenista no período, vinculada à liberação de novas áreas coloniais, sem deixar de enfatizar as estratégias e ações dos próprios grupos indígenas, enquanto sujeitos históricos, protagonistas em defesa dos seus interesses, sobretudo, seus territórios. Além disso, desenvolver uma comparação do número de indígenas que vivia naquelas áreas em meados do século XX, com os da atualidade, possibilitando uma reflexão em torno das alternativas de sobrevivência dos grupos indígenas em suas terras 8. Ayumi Duarte, Leticia; Cunha Varella, Marcelo PPGGeo/UFPR [email protected]; [email protected]

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“Na terra ou no mar, nós vamos lutar”: processos de cartografia social e resistência de pescadores(as) artesanais e caiçaras no litoral do Paraná.” O objetivo deste trabalho é tentar contribuir no debate sobre os direitos humanos de grupos sociais autoidentificados como caiçaras e pescadores(as) artesanais atingidos pelo Parque Nacional do Superagui a partir do capital militante que vem sendo construído em torno da resistência à Unidade de Conservação. A sua importância condiz com o atual momento histórico no qual os conflitos se acirram devido ao inicio da criação de um plano de manejo da área, o que irá determinar diretamente a vida das populações atingidas. Para analisar essa realidade, utilizamos duas categorias que dizem respeito aos processos de: politização da natureza (que nos permite fazer ver o processo de construção de identidades coletivas objetivadas em movimentos sociais) e o de formação de capital militante (que expõem à luz as resistências políticas protagonizadas pelo grupo no campo dos direitos humanos). Este trabalho é particular por utilizar o processo de cartografia social como fio condutor da contextualização histórica do grupo e, com isso, conseguir compreender como uma multiplicidade de formas de resistência (como o direito à luz, o enfrentamento às leis ambientais restritivas e a autodemarcação do território tradicionalmente ocupado) puderam convergir para a atual luta por direitos humanos. 9. Pinto da Silva, Filipe Gervásio [email protected] da Silva Mainar, Alcione Alves UFPE [email protected] “Territórios epistêmicos e educativos do campo: uma leitura decolonial dos paradigmas da educação do campo.” Este trabalho trata dos paradigmas da Educação do Campo a partir de uma leitura Decolonial. Para tanto fazemos um diálogo teórico entre os Estudos Pós-coloniais Latino-americanos (MIGNOLO, 2005; QUIJANO, 2005; WALSH, 2008, 2010) e a Sociologia das Ausências e a Sociologia das Emergências SANTOS, 2009; 2010). Neste sentido, objetivamos compreender as bases paradigmáticas que balizam a educação dos povos que habitam os territórios rurais. Partimos da prerrogativa de que os territórios rurais sofreram com a subalternização moderna/colonial em âmbito político/cultural/epistêmico/educacional, mas que, apesar disso produzem resistências ensejadas em espaços-tempo político/cultural/epistêmico/educacional outros, impossibilitando a plenitude da modernidade/colonialidade. Assim, evidenciamos uma tensão paradigmática que coloca como referência as resistências das comunidades rurais (Paradigma Rural Contra-Hegemônico e Paradigma da Educação do Campo) e a lógica euro-urbanocêntrica de pensar a educação nos territórios rurais (Paradigma Rural Hegemônico e Paradigma da Educação do Campo Funcional). 10. Mika Nishimura, Katia; Barletta Machado, Vitor UniFOA [email protected] “Comunidade quilombola de santana: história de conflitos.” A Comunidade Quilombola de Santana, em Quatis, sul-fluminense do estado do RJ, está inserida em um processo social histórico e cultural nacional de reconhecimento dos direitos dos remanescentes quilombos. Processo que tem sido marcado por conflitos, principalmente pela questão fundiária e disputas pelas terras onde estão localizados. Considerando que a história dos quilombos é uma história de resistências, ao abordar a experiência da Comunidade de Santana, entendemos que quilombo não designa somente o espaço e o movimento de resistência ao sistema escravista, que remete às comunidades em ruptura com

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a sociedade oficial, mas que se vincula também ao desenvolvimento de práticas de resistência na manutenção e reprodução dos seus modos de vida característicos e, reafirmam a cultura e o estilo de vida africano. Buscando contribuir para o debate acerca dos processos conflituosos de disputa pela terra e por territórios e encontrar elementos para a reflexão acerca do caso da Comunidade Quilombola de Santana, este trabalho apresenta os resultados parciais da pesquisa em desenvolvimento junto à comunidade localizada no município de Quatis, RJ. O texto procura apresentar e discutir as especificidades que caracterizam esse processo marcado pelas disputas locais com os latifundiários, em que parte da história do Quilombo quase se perdeu com o tempo justamente por não haver sido transmitida às gerações mais novas, de modo que costumes tradicionais, como o Jongo, inexistem atualmente na comunidade. 11. Rocha, Otávio Gomes Rocha UFPR [email protected] “A colonialidade do poder entre mapas e territórios.” A cartografia na modernidade, alicerçada pela racionalidade científica, alcança o status de discurso metanarrativo, ou seja, situa-se além das possibilidades de ser questionada. Produtos da ciência, os mapas modernos têm o poder de universalizar espacialidades locais e naturalizar formas de enxergar o mundo. Desde uma perspectiva que considere a colonialidade como elemento constitutivo da modernidade desprende-se a compreensão de que a cartografia desempenha um papel central para a imposição: 1) da colonialidade do poder como arranjo estruturante das relações sociais no sistema-mundo moderno/colonial; 2) do imaginário ocidental/eurocêntrico como padrão de saber universal. Destarte, a cartografia exerce determinações sobre a produção de ausências como estratégia de invisibilização de experiências sociais e formas de vida que não se curvam à modernidade ocidental e seus desígnios territoriais. Entretanto, no contexto de subversão e apropriação da cartografia por sujeitos subalternizados pelo padrão colonial de poder, os mapas emergem como ferramentas essenciais de afirmação de identidades e territorialidades alternativas à razão homogeneizadora ocidental. Neste complexo panorama de produção de múltiplos mapeamentos, colocamo-nos em debate com perspectivas descoloniais para imergir em um ambiente de investigação que nos possibilite desconstruir o papel que desempenham estes mapas, seus agentes produtores, discursos e escalas de ação. 12. Correa Brandão, Rita Identidade Territorial a partir da Cidadania Efetiva - os Indicadores da Cidadania e o processo de configuração regional da área de influência do COMPERJ [email protected] Feno Neves, Renata PPGDS/UFF - ESS/UFRJ [email protected] “Identidade Territorial a partir da Cidadania Efetiva - os Indicadores da Cidadania e o processo de configuração regional da área de influência do COMPERJ.” Esse trabalho compreende uma análise a partir da experiência do Instituto Brasileiro de Análises Sociais e Econômicas (Ibase) no desenvolvimento de seu Sistema de Indicadores da Cidadania que tem como espaço territorial piloto os 14 municípios definidos como a área de influência do Complexo Petroquímico do Rio de Janeiro (COMPERJ). Esses municípios encontram-se distribuídos geograficamente nas Regiões Metropolitana, Serrana e Baixadas Litorâneas do Estado do Rio de Janeiro. A implementação do projeto Indicadores da Cidadania (Incid), nessa área, instrumentaliza o tecido associativo a uma atuação conjunta e estratégica na luta pela garantia de seus direitos. A metodologia adotada pelo Incid a partir do

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entendimento e avaliação da cidadania efetiva através de quatro dimensões de análises, a saber: cidadania vivida, cidadania garantida, cidadania percebida e cidadania em ação, bem como outras ferramentas - em especial o trabalho com mapas e dados georreferenciados - contribuem para o fortalecimento da concepção de uma identidade comum que se torna aparente pelas lutas e formas de articulação da sociedade civil fazendo desses municípios um território. 13. López Flores, Pabel Camilo Università di Milano “Bicocca”, Italia [email protected] “Resistencias comunitarias al Estado-nación y al capitalismo de despojo (La disputa por la descolonización territorial en la región Andina-Amazónica).” Ante la tendencia subcontinental de continuidad y/o relanzamiento del llamado capitalismo de despojo, a través de la expansión de modelos de desarrollo basados en el extractivismo y/o neo-extractivismo, diversos conflictos socioterritoriales y socioambientales se manifiestan a lo largo y ancho de América del Sur, los que, en algunos casos, parecen evidenciar disputas societales de parte de sujetos políticos indígenas frente a gobiernos, incluidos a los llamados ‘progresistas’ o ‘indigenistas’, reivindicando el respeto y ejercicio de derechos colectivos y territoriales. En esos conflictos socioterritoriales, comunidades, pueblos y movimientos indígenas estarían constituyendo núcleos comunitarios de resistencia, no solo frente al avance territorial del capital sino también ante visiones y políticas provenientes de los mismos gobiernos que, paradójicamente, pese a su carácter constitucional de plurinacionalidad, como en los casos de Bolivia y Ecuador, estarían desplegando tendencias de re-centralización y restauración del Estado-nación, así como de re-colonización estatal del territorio, lo que, a su vez, supondría estar retrocediendo en los mandatos de descolonización del Estado. Se propone una lectura crítica y un mapeo des-colonial de los actuales procesos sociopolíticos en la región Andina-amazónica, a partir de los conflictos socioterritoriales del TIPNIS en Bolivia y el YASUNI en Ecuador. 14. Simões, Willian Simões UFFS/UFPR/ENCONTTRA [email protected] “Por uma perspectiva de pesquisa participante no território de vida dos povos e comunidades tradicionais do Brasil.” O presente trabalho tem a pretensão de potencializar o debate a respeito da pesquisa participante, como caminho para apreensão da realidade nos territórios de vida dos chamados povos e comunidades tradicionais. A experiência de pesquisa qualitativa junto a jovens faxinalenses que habitam no Estado do Paraná, Sul do Brasil, elevou a necessidade de constituirmos uma “postura investigativa”, objetivando, sobretudo, a elaboração de uma pesquisa que venha contribuir para tornar visíveis territórios que foram sendo produzidos historicamente por diferentes antagonistas como invisíveis, como símbolos do atraso e obstáculos ao progresso. Trata-se de uma postura composta por três elementos estruturantes: o trabalho de campo, a perspectiva dialógica e a noção de paradigma endógeno, alternativo e aberto. É desde essa postura que nos inspiramos e nos dispomos a, conjuntamente com a juventude faxinalense, por meio da convivência e da realização de oficinas pedagógicas, elaborar o que estamos denominando “vocabulário territorial” – um conjunto de expressões e verbetes elaborados pelos próprios jovens a partir de diferentes temáticas problematizadas para o diálogo e que retratam aspectos de seu território de vida. Um vocabulário territorial que se constitui como fonte principal do processo de elaboração teórica, do diálogo de saberes que tem a pretensão de culminar na construção de um aporte teórico conceitual que contribua

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para ampliar a compreensão de como os jovens faxinalenses constituem suas territorialidades, como vivem em seus territórios. 15. Martins de Souza, Roberto UDESC; [email protected] Ladik Antunes, Douglas IFPR [email protected] “Cartografia Social: Registros sobre a Desterritorialização e Luta Social na Região Sul.” De 2008 a 2010 um grupo de cipozeiros e cipozeiras da região de Garuva-SC desenvolveu, em parceria com o Projeto Nova Cartografia Social o trabalho de mapeamento situacional que teve como objetivos promover o fortalecimento identitário do grupo social, identificar situações de conflitos sociais e práticas tradicionais de uso do território . Os procedimentos de pesquisa permitiram um maior autoconhecimento e reconhecimento da condição social dos cipozeiros não somente em Garuva-SC, mas em pelo menos 5 municípios dos estados de Santa Catarina e Paraná. A pesquisa qualitativa apontou diversas situações sociais históricas e atuais que repercutem atualmente na desterritorialização dos cipozeiros. Entre os conflitos sociais declarados, podemos destacar: o “fechamento” do território tradicionalmente ocupado, a restrição de acesso aos recursos naturais, as ameaças por pistoleiros, a exploração do trabalho artesanal, entre outros. A evidencia destas situações sociais pelos próprios cipozeiros tem colaborado no processo de construção identitária do grupo e, num maior interesse de conecimento de seus direitos que efetivem a garantia de proteção de seu modo de vida tradicional . Este trabalho procura trazer algumas reflexões sobre os desafios atuais do processo de desterritorialização dos cipozeiros e de sua luta, comparada a outros movimentos sociais.

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|29 de novembro - 9.00hs – Sala I3. UNIOESTE|

SIMPÓSIO 27: OS 50 ANOS DO GOLPE DE 1964 E A DITADURA BRASILEIRA: PESQUISAS E

INTERVENÇÕES Coordenadoras: Alessandra Gasparotto - Universidade Federal de Pelotas [email protected] Carla Luciana Silva - Universidade Estadual do Oeste do Paraná [email protected] RESUMO: Nos últimos meses, as temáticas vinculadas ao último período ditatorial brasileiro estão no centro de um intenso debate, especialmente em função da criação da Comissão Nacional da Verdade, em fins de 2011, e da efeméride relativa aos 50 anos do Golpe de 1964, completados em 2014. Tal debate, que vem ampliando o conhecimento sobre o período, na medida em que novos depoimentos e documentos foram revelados, é marcado por uma série de controvérsias e disputas, tanto no campo acadêmico quanto no debate público. Neste sentido, este Simpósio Temático visa oportunizar espaços de reflexão crítica acerca da ditadura brasileira e seus desdobramentos, buscando reunir professores e pesquisadores que se debruçam sobre o tema. O Simpósio pretende abordar, entre outras questões, as diferentes interpretações e perspectivas de análise sobre o Golpe e a ditadura, centrado em análises críticas; a participação civil e empresarial neste processo; a resistência dos trabalhadores e as organizações de luta contra a ditadura; a atuação do aparato repressivo; as especificidades do caso brasileiro, em comparação com as demais ditaduras do Cone Sul e a atuação da grande imprensa, tanto no período como nos debates atuais em torno das lutas por verdade, memória e justiça; a produção de memória, seja oficial, seja contra-hegemônica sobre a Ditadura. Atividades complementares: Relatos de Experiência A presente atividade visa possibilitar um debate acerca das diferentes possibilidades de intervenção acadêmica e política em relação a atualidade das questões que envolvem o período ditatorial e a luta por verdade, memória e justiça, no sentido de ampliar a visibilidade acerca do tema e contribuir para a construção de uma cultura de direitos humanos e "para que nunca mais aconteça". No primeiro momento, serão apresentadas duas experiências: a realização de audiências públicas sobre o período ditatorial no Oeste do Paraná, que ouviu vítimas, sobretudo em Foz do Iguaçu e em Cascavel, no Paraná; e a realização de um circuito de oficinas sobre juventude e participação política em escolas da rede pública da região sul do RS. Tais oficinas integraram as atividades do Ponto de Cultura "Memórias em Movimento", do Instituto Mário Alves (Pelotas), e foram elaboradas a partir da abordagem da luta do movimento estudantil gaúcho durante a ditadura e no período de redemocratização. No segundo momento, será realizada uma roda de conversa entre os participantes, na qual será possível realizar uma troca de ideias sobre outras experiências e possibilidades de intervenção social vinculadas a estes temas. Para esta parte serão convidados depoentes da região, especialmente o sr. Aluizio Palmar, com quem desenvolvemos pesquisa conjunta. RESUMOS 1. Pocorobba, Juan Ignacio Universidad de Buenos Aires -Argentina [email protected]

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“El 2do Tratado ABC: Perón, Vargas, Ibáñez del Campo y las espinas en el camino hacia la unidad latinoamericana.” El artículo en cuestión analiza el proceso fallido de la firma de un 2do Tratado ABC entre la Argentina, Brasil y Chile durante la primera mitad de la década del 50’. El proyecto, cuyo principal promotor sería Juan Perón, radicaba en la conformación de un bloque subregional a partir del cual pudiera formarse un mercado común suramericano que potenciaría las economías de los países miembros, y de un “escudo defensivo” tendiente a frenar la creciente injerencia norteamericana en la región. Otro punto importante del trabajo es el análisis de las fortísimas presiones que sectores del poder económico y mediático concentrado más elementos de las Fuerzas Armadas -especialmente en el caso brasileño- junto con el Departamento de Estado; ejercieron para finalmente conducir al fracasodel intento de integración. Al mismo tiempo, dentro del artículo hay un apartado dedicado a la comparación entre el peronismo y el varguismo, buscando identificar sus puntos de contacto y sus diferencias. Para finalizar, arriesgo como conclusión que la derrota del proyecto ABC condenaría a la América del Sur a medio siglo de golpes cívico-militares o democracias formales vacías de contenido vinculadas estrechamente a los designios de Washington. 2. Rocha, Simone Maria Professora Associada do PPGCOM/UFMG e líder do Grupo de Pesquisa Comunicação e Cultura em Televisualidades [email protected] Barbosa Fialho Martins, Rafael Mestrando do PPGCOM/UFMG e integrante do COMCULT [email protected] “A história através do estilo televisivo II: a representação da ditadura brasileira na ficção seriada televisiva.” Este título faz referência à continuidade de uma empreitada que começou em 2013 no âmbito do Grupo de Pesquisa Comunicação e Cultura em Televisualidades (COMCULT/PPGCOM/UFMG) e que tem procurado visualizar, na dimensão audioverbovisual, traços da história político-cultural do Brasil no interior de produtos televisivos. Sendo assim, em “A história através do estilo: a revolta da vacina na telenovela Lado a Lado” procurou-se compreender como o episódio histórico da revolta da vacina foi figurado na ficção a partir de intenções específicas dos realizadores Cf. Rocha, Alves e Oliveira. A história através do estilo: a Revolta da Vacina na telenovela Lado a Lado. Revista Eco-Pós (Online), v. 16, 2013. Diante do papel relevante ocupado pela televisão em nossas sociedades – conferir visibilidade a eventos e fatos históricos; contribuir para o tecido de indispensáveis solidariedades coletivas; fomentar o debate e a opinião pública qualificados; cultivar e elaborar narrativas que alimentem a memória de um povo – o presente trabalho pretende discutir como foi construída a memória da ditadura militar na novela Amor e Revolução (SBT, 2011) a partir das escolhas estilísticas que resultaram em sua vinheta de abertura. Tal produção retratou o regime militar durante os anos de 1964 a 1985, associando o contexto histórico menos a uma trama melodramática clássica e mais à discussão para a instauração da Comissão Nacional da Verdade (CNV) em 2011. A premissa da narrativa esteve no movimento de retratar uma época pouco abordada na televisão de uma maneira diferenciada como, por exemplo, a exibição de inúmeras cenas em que militantes políticos comunistas eram torturados por militares. Nossa proposta se mostra relevante pois, conquanto o produto televisivo tenha se apoiado num imaginário já estabelecido sobre a ditadura, ofereceu um enfoque inovador sobre essa realidade, atualizando o tema em sintonia com sua ressignificação a partir do debate sobre a CNV. 3. Machado, Ana Paula

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Pontifícia Universidade Católica do Paraná [email protected] “Manifestações Culturais e Políticas: Um Recorte da Ditadura Militar.” O artigo abordará uma das várias formas de manifestações culturais que houve durante a Ditadura Militar, a música. Vários cantores sofreram opressões por não poderem divulgar suas canções, onde tiveram sua liberdade de expressão suprimida, pois naquele período o país sofria uma grande censura. Contudo, os cantores tentaram através das suas composições se opor ao regime e passar a mesma mensagem a população, como por exemplo, a música “Cálice” de Gilberto Gil e Chico Buarque e “Pra não dizer que não falei das flores” de Geraldo Vandré, entre outras.Usarei canções para analisar um período em que esta liberdade foi reprimida, um tempo em que manifestar-se contra o regime era algo extremamente perigoso e custou a vida de muitos que lutaram para que a democracia fosse restabelecida no Brasil.Com toda a censura que a música sofreu durante aquele período, vale a pena refletir e fazer uma comparação com músicas compostas durante a ditadura e músicas que foram compostas após o regime (dias atuais). O artigo citará grandes nomes da Filosofia, Sociologia e História, como Marilena Chauí, Michel Foucault, Caio Prado Junior, Adriano Nervo Codato, entre tantos outros. Além dos grandes músicos e suas belas canções que marcaram um período importante na história do país. 4. Larangeira, Álvaro Nunes Universidade Tuiuti do Paraná - UTP [email protected] “Mídia de coturno: o posicionamento de 41 jornais no golpe militar brasileiro de 1964.” O presente artigo externa o levantamento realizado em 41 jornais na semana do golpe militar brasileiro em 1964, para desvelar a responsabilidade midiática na derrubada do governo constitucional do trabalhista João Goulart e na implementação do regime ditatorial, o qual perdurou por duas décadas. A investigação, crucial para comprovar o protagonismo da imprensa, fato abrandado e relativizado por ela mesma durante 50 anos – mesmo nas retratações institucionais como as da Folha de S. Paulo e Organizações Globo –, compreende os principais diários das sete cidades determinantes no episódio: Rio de Janeiro, centro do poder na época, embora a capital do país fosse Brasília; São Paulo, base empresarial/financeira dos golpistas; Belo Horizonte e Juiz de Fora, cidades deflagradoras do movimento militar; Porto Alegre e Recife, possíveis núcleos da resistência por comportarem forças socialistas, no caso da capital pernambucana, e trabalhistas, em Porto Alegre; e Santa Maria, maior pólo militar do país, afora o Rio de Janeiro, e decisiva no posicionamento do 3º Exército. A pesquisa ilustra, assim, a posição tomada pelo campo midiático diante das alternativas de um governo popular-reformista democrático e um regime autoritário desenvolvimentista. 5. Rupar, Brenda UBA-UNQ-CONICET-UFF [email protected] Rigueiro, Julia UFF [email protected] “50 años del golpe en Brasil: preguntas y debates en torno a la producción historiográfica.” Al cumplirse este año el cincuentenario del inicio del Golpe de Estado en Brasil, asistimos a un incremento de las publicaciones sobre la temática. En las mismas, encontramos un predominio de las visiones que se centran en estudiar el consenso, las “zonas grises” y la participación civil en términos ampliados. Como estudiantes e investigadoras argentinas nos surgieron varios

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interrogantes acerca de las consecuencias políticas de dichas investigaciones. En este trabajo nos proponemos abordar críticamente las perspectivas historiográficas que se expresan en dichos escritos. Entendemos que la producción académica no puede estar escindida de la disputa política de conseguir juzgar a los responsables de la dictadura cívico militar que tuvo lugar entre 1964 y 1985. 6. Castelano, Maria José UNIOESTE-PR/PUC-SP [email protected] “A Ditadura militar no Oeste do Paraná: os conflitos entre os movimentos sociais, Igreja e Estado durante a construção da barragem da Hidroelétrica de Itaipu.” Apresentamos os resultados parciais da nossa pesquisa de doutorado em que se busca entender o papel e a influência da Comissão Pastoral da Terra junto aos movimentos sociais organizados no campo nas décadas de 1970/80 e o conflito que se estabeleceu neste período entre os movimentos sociais, a Igreja e o Estado no Oeste paranaense. Os moradores desta região que seriam desapropriados para a construção do reservatório do Lago de Itaipu se organizam inicialmente para reivindicar uma indenização justa por parte da Usina Hidrelétrica de Itaipu, implementada durante a Ditadura Militar, e, no processo de luta, se conscientizam dos problemas agrários e políticos vividos pelos trabalhadores na região, materializando-se na constituição do Movimento dos Agricultores Sem Terra do Oeste e, posteriormente, no Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra. A “práxis” ou a “experiência”, nos termos definidos por Thompson, permitem entender os participantes dos movimentos sociais enquanto sujeitos desafiados a rever práticas e valores e adquirir o aprendizado político nesse processo. O estudo se situa num período da história brasileira recente cujas mazelas sociais de longe foram superadas, pois os conflitos sociais no meio agrário e urbano como: a luta por uma democracia radical, seja na busca de maior participação política nos rumos do país, pela reforma agrária, por educação, saúde, moradia, mobilidade, entre outros, ainda são bandeiras estendidas, sobretudo nos movimentos sociais. 7. Borges Júnior, Lauro Luís Professor /Colégio Estadual Carlos Alberto Ribas - Jaguarão/RS [email protected] Corrêa Vieira, Daiana Professora /Instituto Estadual de Educação Ponche Verde, Piratini/RS [email protected] “A Democracia Brasileira 50 Anos Depois do Golpe: Lei de Segurança Nacional x Leis Antiterrorismo.” O presente trabalho tem como objetivo principal realizar um debate acerca das chamadas leis de segurança nacional, avaliando as heranças e permanências destas na história política brasileira. Para isto, apresenta-se um breve histórico das primeiras resoluções e leis deste tipo lançadas no Brasil, durante os governos de Getúlio Vargas, bem como as principais medidas adotadas. A seguir, discutimos as medidas de mesmo cunho adotadas pelos governos militares a partir de 1964, até sua versão final, a Lei de Segurança Nacional, levada a efeito em 1983, já nos estertores da ditadura. A partir deste momento, procura-se apontar algumas permanências destas medidas e sua ingerência no funcionamento democrático brasileiro, destacadamente na relação do Exército e das polícias militares com a sociedade civil. Assim, chega-se às propostas de leis antiterrorismo, Lei Geral da Copa e Lei de Associação Criminosa, às vésperas da Copa do Mundo de Futebol. Partimos da análise destes documentos para apresentar a discussão sobre as prerrogativas legais, as quais permitem que governos,

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democraticamente eleitos, aumentem o controle sobre ações democráticas e propiciem condições para um estado de exceção dentro da democracia. 8. Grassi Calil, Gilberto UNIOESTE/PR [email protected] “A ditadura no Oeste e Sudoeste do Paraná: a experiência da Audiência Pública da Comissão Estadual da Verdade em Cascavel.” A investigação das dinâmicas da repressão e da resistência em diferentes regiões do interior do Brasil tem grande importância para a avaliação da amplitude e das particularidades do aparato repressivo e das lutas empreendidas contra a Ditadura brasileira. No Oeste e Sudoeste do Paraná, as resistências foram muitas e variadas, desde a deflagração do Golpe até os últimos suspiros da ditadura, podendo-se citar a prisão e tortura de inúmeros militantes dos Grupos dos Onze em abril de 1964 e a prisão de Juvêncio Mazzarollo, processado, enquadrado na LSN e condenado já em 1982, sendo considerado o último preso político da ditadura. Registra-se ainda a atuação de duas organizações de resistência armada (MR8 e VAR-Palmares), as resistências camponesas e a resistência indígena contra a construção de Itaipu e desapropriação de suas terras. Estas histórias, silenciadas pela memória dominante regional, se expressaram na Audiência Pública ocorrida em março de 2014, perante um público de mais de 500 participantes. Propomos relatar algumas delas, discutindo sua importância para a avaliação historiográfica em torno da ditadura, em um momento em que são propagadas interpretações revisionistas que inclusive relativizam a violência repressiva para os períodos anterior a 1968 e posterior a 1979 – nos quais ocorreram muitas das violações narradas à Comissão Estadual da Verdade na Audiência Pública. 9. Benielli, Lucas Facultad de Filosofía y Letras - Universidad de Buenos Aires [email protected] “Las luchas sindicales bajo la dictadura en Brasil (1964-1985).” El extenso período de dictadura militar en Brasil (1964-1985) estuvo marcado por el intento, por parte del gobierno autoritario, de implementar una profunda mutación en todos los ámbitos de la sociedad civil: dinámico y complejo, el proyecto del régimen se propuso modernizar la economía nacional y suprimir, al mismo tiempo, cualquier tipo de disidencia que atentase contra el mismo. Un aspecto relevante dentro de esta planificación fue el lugar previsto para la clase obrera, reflejo de las transformaciones previas en el mundo del trabajo y de la emergente cultura política en el ámbito popular. El objetivo del trabajo apunta, por una parte, a examinar la trayectoria del movimiento obrero en su oposición al gobierno militar, considerando en este caso el rol protagonizado por los sindicatos urbanos de mayor relevancia a lo largo del período de dictadura. Bajo la premisa de un quiebre de la dinámica de liderazgo sindical tradicional —heredado del período varguista y los años inminentemente posteriores a su caída—, producto de la nueva lógica de interrelación entre los trabajadores y el Estado durante los momentos de mayor vigencia del proyecto autoritario, se analiza en detalle el proceso de una paulatina recomposición en la lucha sindical desde las instancias más moleculares de su actividad en las fábricas, que desembocará hacia finales de los años setenta en una de las mayores demostraciones de oposición y un punto de no retorno frente a las dinámicas de control previo. En este sentido, el trabajo nos permite comprender a la transición democrática como un proceso más amplio que el propio de un análisis acotado a la esfera partidaria y al devenir autónomo de un gobierno dictatorial: nos proponemos, por lo tanto, pensar la transición brasilera desde abajo.

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10. Vital de Matos Oliveira, Bárbara Mestranda do Programa de Pós-graduação em Ciências Sociais da Universidade Federal de Juiz de Fora [email protected] “O golpe de 1964 e seu cinquentenário na cidade de Juiz de Fora.” Esse artigo busca abordar a atuação e o posicionamento de Juiz de Fora - MG diante do golpe civil-militar de 1964, por meio do jornal local Diário Mercantil, e as repercussões de seu cinquentenário na cidade. Além das tropas que saíram de Juiz de Fora, comandadas por Olympio Mourão Filho, setores e grupos da sociedade juiz-forana tiveram papel importante para a legitimação do regime imposto. Entretanto, a cidade não teve um papel singular somente por esta conjuntura; foi cenário de prisões e cassações, sede da 4ª Região Militar e de um presídio político, apresentando-se também como um foco de resistência à ditadura. Cinquenta anos depois, presenciamos todo um movimento de rememoração dessa data, através da imprensa e dos meios de comunicação, como o jornal Tribuna de Minas e a TV Integração, e de movimentos como o “Circuito 1964: Memória, História, Cultura e Resistência – 50 anos do golpe”, promovido entre 29 de março e 4 de abril, contando com exposições, palestras, intervenções e debates. Além disso, através da iniciativa do poder político local, temos a criação da Comissão Municipal da Verdade, em abril (2014), contribuindo com a CNV, tornando-se essencial para esse momento de resgate da história e reconstituição da memória local, permitindo a abertura para o debate e para novas narrativas. 11. Furlan, Elisangela [email protected] “LEI 5.692/71: O ensino de Educação Artística no contexto da ditadura.” Este trabalho de pesquisa apresenta uma breve análise histórica, social e política do contexto educacional da década de 1970, bem como os anos que antecedem os “anos de chumbo” da Ditadura Civil Militar no Brasil. Analisa a criação de uma legislação autoritária para o campo educacional, denominada LDB 5.692/71, que implantou o ensino de Educação Artística como obrigatório, com objetivo de controle social, alegava estar a serviço formação integral do sujeito, desenvolvimento de suas potencialidades e padronizando o ensino, mas atuava segundo os ditames da lógica de produção industrial, mais precisamente técnicas de desenho industrial. Esse processo se deu num contexto de reforma do ensino, de formação profissionalizante para atender a demanda do Brasil desenvolvimentista. Período este que pressupõe censura a qualquer manifestação contrária ao regime, com vistas a uma suposta ideologia de segurança nacional, que na realidade era uma luta mascarada contra o comunismo. Por sua vez, despertou o descontentamento de parcela da população civil e da classe docente frente às situações de repressão a liberdade de opinião e pensamento. Por fim, tecer parâmetros acerca da implantação contraditória do ensino de educação artística, imprópria para uma realidade de repressão as formas de manifestação do pensamento por meio da produção artística. Possibilitando maior entendimento sobre esse período de relevância para educação no Brasil. 12. Silveira Gomes, Luisiane da Universidade do Vale do Rio dos Sinos – UNISINOS [email protected] “O movimento estudantil e a resistência ao golpe civil-militar na cidade de Pelotas/RS (1964-1968).” O presente trabalho pretende analisar a resistência ao golpe civil-militar em 1964 através da atuação do movimento estudantil em Pelotas, cidade esta localizada na região sul do Rio

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Grande do Sul. Neste sentido, desde os primeiros momentos da concretização do golpe em março de 1964, os estudantes pelotenses saíram às ruas para protestar contra o regime vigente. Na conjuntura da época, o movimento estudantil configurou-se com um dos movimentos populares mais ativos do país ao encabeçar manifestações e protestos de resistência ao regime militar, em consequência disso, a UNE e as principais lideranças estudantis acabaram sendo as primeiras vítimas. Ademais, alguns anos após o golpe, percebemos o recrudescimento da repressão aos ditos “subversivos” e, o ano de 1968 foi marcado pela intensificação das lutas estudantis contra a ditadura, assim, numa tentativa de dar cabo à agitação política os militares editaram o AI-5. Dessa forma, o movimento estudantil entra em refluxo e acaba sendo derrotado pela ditadura no início da década de 1970. 13. Pinto, Gustavo Louis Henrique Doutorando em Ciência Política/ Universidade Federal de São Carlos - UFSCar [email protected] “Celso Furtado e o Golpe de 1964: entre a “Fantasia Desfeita” e a crítica política do exílio.” O projeto desenvolvimentista de Celso Furtado tinha como ponto de chegada a tarefa de realizar mudanças políticas que pudessem conduzir mudanças sociais e econômicas, de maneira que a competição e o aprofundamento do capitalismo industrial e financeiro pudessem fornecer novas bases para transformações institucionais. O momento histórico do projeto desenvolvimentista antes do Golpe Civil-Militar de 1964 foi posteriormente intitulado por Furtado como a fantasia desfeita, já que o regime impactou sobre as construções políticas de uma intelligentsia e, claro, sobre o destino da sociedade. O objeto de análise deste artigo se refere à interpretação de Furtado sobre o Golpe de 1964 a partir de três perspectivas: a. a leitura das tensões sociais e o problema democrático contido nas obras A pré-revolução brasileira (1962) e a Dialética do desenvolvimento (1964); b. a conexão estabelecida por Furtado entre as reformas de base, a manutenção da velha estrutura agrária e o momento pré Golpe; c. a identificação dos obstáculos políticos ao desenvolvimento no período do exílio. A hipótese deste artigo é que Furtado se deparou com a questão de como construir a modernidade na periferia de matriz colonial, e o espaço da política foi central nesta tarefa, principalmente com o peso dado à democracia na realização do desenvolvimentismo, como meio estratégico e fim em Furtado, de base social-democrática. Retomar o pensamento de Furtado a partir da ciência política possibilita um debate abrangente de um autor que possui um peso significativo para a interpretação do Golpe Civil-Militar de 1964. Interessa observar as representações e os diferentes usos dos conceitos na obra do autor, a partir das noções do contextualismo linguístico e da história dos conceitos (cf. Q. Skinner, J. Pocock, R. Koselleck). 14. Januário de Souza, Hiolly Batista Aluna especial do Programa de Pós-graduação em História da UNIOESTE [email protected] “A Comissão Pastoral da Terra: sua ação e representatividade durante a ditadura civil-militar no Brasil em seus primeiros anos (1975-1980).” O trabalho aqui apresentado busca compreender a atuação da Comissão Pastoral da Terra (CPT), entidade associada à Igreja Católica no Brasil, a partir do ano de sua criação em 1975 até a publicação do documento Igreja e Problemas da Terra, aprovado na 18° Assembleia da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil, em 1980. Sua atuação junto aos movimentos sociais rurais, se posicionando em favor destes com ações de denúncia de abusos cometidos por parte do governo, das elites locais e dos empresários. Faremos referência às tarefas por ela desempenhadas nesse período frente ao governo, suas entidades de apoio e contestação, passando pela problemática da concentração fundiária, do uso abusivo da violência no campo, do enfrentamento de uma ditadura civil-militar e do início da luta mais contundente pelo

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processo de redemocratização. Será abordada, ainda que rapidamente, as mudanças ideológicas ocorridas na Igreja Católica nas décadas de 1960 a 1980, a partir da influência da Teologia da Libertação. 15. Irigiyen Vander Velden, Alexandre Mestrando do PPGH-UFF, Universidade Federal Fluminense [email protected] “Cineastas à esquerda: uma leitura do golpe civil-militar de 1964 através dos documentários engajados.” Essa comunicação objetiva problematizar questões historiográficas acerca do golpe civil-militar de 1964 utilizando como fonte histórica documentários de cineastas comprometidos com os projetos das esquerdas da época. Os filmes privilegiados são Maioria Absoluta (Leon Hirszman) e Viramundo (Geraldo Sarno), projetos freados após a repressão do regime. Montados e finalizados na clandestinidade, eles percorreram durante os primeiros anos de ditadura um restrito ciclo subterrâneo, circulando em cineclubes, sindicatos e movimentos sociais.O uso do cinema enquanto fonte histórica vem se afirmando desde a renovação teórico-metodológica da Nova História e as pesquisas com esse enfoque crescem atualmente nos programas de pós-graduação do Brasil. Para essa comunicação em específico, os documentários trabalhados possibilitam ao historiador compreender tanto a identificação dos cineastas com os projetos da esquerda, bem como as estratégias e caminhos propostos por esses no campo da política e da arte. Longe de ser apenas expressão de um programa político definido ou de serem empreendimentos estéticos herméticos, as imagens desses documentários testemunham os embates e tensões da esquerda no campo político e artístico pré e pós golpe. 16. Souza Silva, David Junior de Universidade Federal da Grande Dourados [email protected] “Brasil pós-ditadura: alcance, limites e obstáculos à reabertura democrática.” O tema deste trabalho é o processo de reabertura democrática brasileiro pós-ditadura militar. O texto problematiza o alcance e os limites desse processo, e as dificuldades que persistem para a consolidação e ampliação efetiva da democracia. A partir do prisma da teoria da democracia mais radical, aquela que assenta-se sobre a normativa de participação de todos os cidadãos na direção da sociedade, o trabalho discute e traça um quadro crítico da democracia brasileira pós-ditadura a partir de dois aspectos.O primeiro, quanto ao modelo formal e prático da democracia nacional: seus aspectos elitistas, o modo do seu alicerçamento e legitimação na instituição da representação, e os debates e efetivações (e não-efetivações) práticas da participação popular nos processos decisórios; e quais as forças sociais e políticas que atuaram e atuam pela manutenção dessa conformação política. O segundo, a discussão das persistentes estruturas sociais autoritárias, e da necessária e não concluída democratização das relações sociais (no sentido do combate a subalternizações e violências como a do racismo, da homofobia, da violência de gênero, étnica etc.).

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|28 de novembro – 9.00hs – Sala I3. UNIOESTE|

SIMPÓSIO 28:

PENSAMENTO POLÍTICO-SOCIAL E INTELECTUAIS NA AMÉRICA LATINA

Coordenadores: André Kaysel (Universidade Federal da Integração Latino-Americana-UNILA) [email protected]; Aline Marinho Lopes (Universidade Federal do Rio de Janeiro- UFRJ) [email protected] RESUMO: As investigações na área do Pensamento Social e Político constituem uma forte tradição nas Ciências Sociais na América Latina, privilegiando os temas da formação da nação e da emergência da modernidade. Os intelectuais desempenham um papel fundamental nesse processo, construindo imagens e interpretações do mundo que acabam sendo apropriadas por diversos atores coletivos. As representações elaboradas no âmbito do pensamento social e político latino-americano constituem, portanto, parte integrante da realidade, atuando de maneira decisiva no processo de conformação histórica da vida social e política. O simpósio tem por objetivo propor uma discussão sobre a produção do conhecimento acerca das sociedades latino-americanas e o papel dos intelectuais, explorando as diversas abordagens que orientam a reflexão em torno dessas temáticas. RESUMOS 1. Baichman, Alan UBA/CCC [email protected] Cortes, Martín; Tzeiman, Andrés CCC/UBA/CONICET [email protected]; [email protected] “Debates en el exilio mexicano: notas sobre problemas de teoría política latinoamericana.” El presente trabajo tiene el propósito de sistematizar algunos núcleos problemáticos estudiados en el marco de una investigación que ya tiene dos años. La misma se dedica al abordaje de los debates teórico-políticos llevados a cabo durante el exilio mexicano por parte de una interesante cantidad de intelectuales latinoamericanos congregados en ese país luego de los golpes de Estado ocurridos fundamentalmente en el Cono Sur de la región. El objetivo de esta ponencia será entonces exponer algunos temas de teoría política latinoamericana que, tras el trabajo realizado, parecen ser aquellos núcleos de debate más sistemáticos, según lo analizado en diversos seminarios, libros y revistas que aglutinaron a diversos intelectuales de la región a fines de los años setenta y comienzos de los ochenta. Nos referimos principalmente a problemáticas como la hegemonía, el Estado, la cuestión nacional y el vínculo entre socialismo y democracia, aunque también hayan existido otras de suma relevancia. Problemáticas que, tal como trataremos de explicar en este trabajo, se diferencian desde nuestro punto de vista a las predominantes en las ciencias sociales latinoamericanas tanto de forma previa al exilio, como de forma posterior a él. 2. Sanchez, Gabriela Noemi Universidad Nacional de Mar del Plata

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[email protected] “Concepto de liberación y su contexto de producción en el marco de las teorías liberacionistas.” El presente trabajo intenta recuperar la historia intelectual del concepto de “liberación” en el contexto Latinoamericano. La intención está centrada en ayudar a comprender su desarrollo dentro de un proceso más amplio que se produce entre las décadas del 60 y 70 del siglo pasado El concepto de liberación ha ganado un espacio dentro del pensamiento latinoamericano. Surgió entre los años 60 y 70 del siglo pasado como una fuerte contestación ante el sistema de dominación y opresión del capitalismo ejercido sobre América Latina. Fueron décadas marcadas por profundas transformaciones en distintos planos de la vida social, cultural y política de Latino América. El trabajo se centra en la Pedagogía de la Liberación, la Teología de la Liberación y la Filosofía de la Liberación, tratando de identificar como dentro de estas teorías se recupera el rol de la educación; que lugar le otorgan y como se puede, si se puede, alcanzar la “liberación” por medio de la educación. A partir de este analisis nos preguntamos si es pertinente, después de más de tres décadas y con cambios en el contexto, seguir reflexionando sobre la “liberación” en América Latina del siglo XXI. 3. Cárdenas Castro, Juan Cristóbal Programa de Posgrado en Estudios Latinoamericanos, Universidad Nacional Autónoma de México [email protected] “Desbordando la academia: el compromiso intelectual con las luchas socio-políticas (la «larga década» de los sesenta).” Con posterioridad al golpe militar de 1964 y fruto de la persecusión política, un nutrido grupo de jóvenes militantes, a la vez que profesores universitarios, se exilió en Chile. Una parte de ellos se integró al Centro de Estudios Socioeconómicos (CESO) de la Universidad de Chile (Marini, Bambirra, Dos Santos, Sader, entre otros), desde el cual contribuyeron al intento por sistematizar una teoría del subdesarrollo y de la dependencia latinoamericana. Puede situarse en 1967 el inicio del «giro dependentista», que a la postre marcó el fin del predominio de la sociología del desarrollo y el despunte de la llamada sociología de la dependencia. Ese trabajo intelectual se dio a la par de su actividad política, ya que desplegaron una abierta e ingente labor en el agitado campo político chileno que los llevó a militar en diversas organizaciones de izquierda, varias de las cuales formaron parte de la Unidad Popular que en 1970 apoyó la triunfante candidatura presidencial de Salvador Allende. Producto de esa doble actividad, diversos autores han caracterizado a esa joven generación latinoamericana como «intelectuales militantes» o, más particularmente, «sociólogos comprometidos». Nos proponemos así dar cuenta de un pensamiento radical emanado desde la praxis política concreta. 4. Ghellere Rosso, Kelem Universidade Estadual Paulista (Unesp) e Faculdade Sagrada Família (FASF) [email protected] “Considerações sobre a obra A revolução burguesa no Brasil de Florestan Fernandes.” Esse trabalho tem o objetivo de identificar e analisar algumas das principais controvérsias quanto às interpretações da obra A Revolução Burguesa no Brasil de Florestan Fernandes: uma delas, se há ou não uma ruptura teórico-metodológica entre as duas primeiras partes e a terceira, separadas por uma interrupção de quase sete anos. A obra, iniciada em 1966 e retomada somente em 1973, marca o debate dentro da esquerda brasileira quanto à caracterização da ditadura civil-militar instituída dez anos antes, em 1964. Porém, sua

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importância vai muito além dessa questão, ela conforma uma das maiores análises da formação social brasileira. Dentre os autores, cujas contribuições serão analisadas estão: José de Souza Martins, Maria Arminda do Nascimento Arruda, Gabriel Cohn e José Paulo Netto. 5. Gomes Martins, Tatiana Unicamp [email protected] “Marialice Mencarini Foracchi e os fundamentos de uma Sociologia da Educação.” O artigo pretende destacar e analisar os pressupostos teórico-metodológicos mobilizados por Marialice Mencarini Foracchi em sua análise sobre o estudante universitário no início dos anos 1960. De reconhecida importância para a Sociologia da Educação e da Juventude, esses estudos problematizam, para além dessas especificidades, a figura do Estudante Universitário em sua interface com as tensões da sociedade brasileira no período, definindo um sentido sociopolítico à interpretação. Com isso em vista, o artigo busca enfatizar a especificidade da construção analítica da socióloga acerca do lugar sociopolítico do Estudante Universitário e da Universidade às vésperas da Ditadura Militar no Brasil, bem como as transformações sofridas por esses setores a partir dessa nova configuração política. 6. Teodoro, Ailton Universidade de São Paulo [email protected] “Octavio Ianni: crise e metamorfoses.” Em abril de 2014 completou-se 10 anos do falecimento de Octavio Ianni, um dos mais importantes sociólogos brasileiros e latino-americanos. Seu campo de trabalho estendeu-se desde as pesquisas sobre a crise da escravatura no Brasil meridional, realizadas sob a orientação de Florestan Fernandes entre 1955 e 1960, passando pelos estudos sobre o desenvolvimento econômico, populismo, imperialismo e dependência, culminando nas análises sobre a globalização. Tentando periodizar sua produção intelectual, meu campo de investigação concentra-se sobre o intervalo em que atuou como professor da Universidade de São Paulo (USP) até ser cassado pelo AI-5 em 1969 e participar, um tanto a contra gosto, da criação do Centro Brasileiro de Análise e Planejamento (CEBRAP). Neste espaço de tempo, foi possível localizar em sua obra uma interpretação original sobre o papel do Estado no processo de desenvolvimento econômico brasileiro, bem como rastrear os desdobramentos dessa interpretação e suas consequentes rupturas no momento que sucede imediatamente o golpe de 1964. Apesar da mencionada originalidade, cabe destacar a marginalização das ideias de Ianni no debate acadêmico e político que se consolida após as cassações, em contraposição à projeção de Fernando Henrique Cardoso em ambos os meios. 7. De Aquino, Arthur Universidade Estadual de Campinas [email protected] “A Controvérsia do Planejamento Econômico e a Consolidação do Projeto Industrialista (1943-1945): liberalismo e desenvolvimentismo em luta pela hegemonia.” O trabalho a ser apresentado no referido Simpósio consiste de pesquisa realizada durante o mestrado, no âmbito do PPGCP/Unicamp. A pesquisa versa sobre a célebre ‘Controvérsia’ do planejamento econômico, entre Roberto Simonsen e Eugênio Gudin, e cujo pano de fundo consistiu da consolidação de um projeto industrialista de nação. Tal projeto vinha sendo construído gradual e paulatinamente já desde a década de 1920, e encontrou em Roberto Simonsen seu intelectual orgânico. A construção de tal projeto anda a par com a construção da

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própria fração de classe burguesa industrial, seja no âmbito econômico, seja em termos de identidade. Um segundo movimento que vem em paralelo e que dá forma e contornos à ideologia industrialista foi a própria luta pela sua afirmação, seja socialmente com a hegemonia cafeeira – ela mesma em gradual processo de decadência, mas ainda hegemônica – seja ideologicamente, com o pensamento liberal – que encontra em Eugênio Gudin sua expressão por excelência. Tanto os debates dentro das comissões do I Congresso Brasileiro de Economia de 1943 quanto na ‘Controvérsia’ dentro da Comissão de Planejamento Econômico, entre 1944-1945, consistem do ponto alto dessa tensão, que se traduz em luta pela hegemonia. 8. Haro Sly, Andrea; Garofali, Angela UNILA [email protected]; [email protected] “Estudio de las principales categorías formuladas por Ruy Mauro Marini para la comprensión de la dependencia.” El presente articulo se propone presentar preliminarmente una revisión crítica de algunos de los fundamentos teóricos de Ruy Mauro Marini sobre la dependencia latinoamericana. Se intentará aproximarse a un análisis de las formulaciones sobre superexplotación, dependencia y subimpimperialismo; con el objetivo de constatar la vigencia de las categorías para explicar la realidad actual. El interés de retomar las contribuciones del autor surge ante la necesidad de aspirar comprender las especificidades del proceso de acumulación latinoamericano. 9. Alonso, Rodrigo UNILA [email protected] “Estudio de las principales categorías formuladas por Ruy Mauro Marini para la comprensión de la dependencia.” El presente articulo se propone presentar preliminarmente una revisión crítica de algunos de los fundamentos teóricos de Ruy Mauro Marini sobre la dependencia latinoamericana. Se intentará aproximarse a un análisis de las formulaciones sobre superexplotación, dependencia y subimpimperialismo; con el objetivo de constatar la vigencia de las categorías para explicar la realidad actual. El interés de retomar las contribuciones del autor surge ante la necesidad de aspirar comprender las especificidades del proceso de acumulación latinoamericano. 10. Dolce, Gregorio Centro de Investigaciones Socio Históricas. Facultad de Humanidades y Ciencias de la Educación. Universidad Nacional de La Plata [email protected] “Intelectuales kirchneristas: una lectura abierta a Carta.” El colectivo de intelectuales argentino Carta Abierta y su adhesión al kirchnerismo plantean posibilidades y desafíos para comprender el presente político. Las expresiones culturales de cada época siempre estuvieron mediadas por determinadas tradiciones y cosmovisiones, por lo que estudiar el escenario político a través de los intelectuales es una de las intenciones de este trabajo. Para ello se indagarán las primeras expresiones públicas que tuvo el colectivo, para luego poder observar cómo ven al gobierno argentino y cómo piensan a América Latina en su conjunto. A su vez, se realizará un esbozo comparativo entre Carta Abierta y grupos intelectuales del primer peronismo con el objetivo de vislumbrar continuidades y rupturas con respecto a estos actores afines al kirchnerismo.

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11. Paz, Sergio Universidad Nacional de Quilmes [email protected] “El progreso técnico en Prebisch.” La obra de Raúl Prebisch cubre un extenso periodo del Siglo XX, donde se configuraron transformaciones profundas en el orden internacional y en la economía argentina, a la par que se experimentaron cambios sustanciales en la teoría económica. Su trabajo estuvo al servicio de moldear el pensamiento sobre desarrollo en América Latina, vinculando la reflexión teórica con la búsqueda concreta de influenciar la política económica de sus países. Esto definió el carácter de su producción intelectual y también de sus funciones en el ámbito académico y profesional. Prebisch realizó un esfuerzo de teorización capaz de interpretar las dimensiones del desarrollo latinoamericano.El rol asignado por Prebisch al progreso técnico proveniente del centro abrió un campo teórico extenso y permitió integrar las nociones sobre el sistema internacional compatibles con la presencia de posiciones asimétricas de poder. En este trabajo se repasan los puntos en el pensamiento de Prebisch relacionados con el estudio del cambio técnico en la periferia para luego establecer los elementos vigentes de su enfoque en relación con las nuevas miradas en la teoría latinoamericana del desarrollo. 12. Sumno, Marcelo Universidad Nacional de Tres de Febrero (UNTreF) summomarceloºyahoo.com.ar “La nación latinoamericana en las interpretaciones del joven Jorge Abelardo Ramos.” Nuestro trabajo se ocupará del problema de la nación latinoamericana circunscribiéndolos al análisis de las interpretaciones que el intelectual marxista argentino Jorge Abelardo Ramos realizó al respecto en un momento específico de su itinerario político-intelectual; el que se refiere al período 1951-1955, años en los que colaboró activamente en la prensa escrita del peronismo. Nos proponemos explorar la matriz político-intelectual que éste elaboró para pensar la realidad latinoamericana y el proceso histórico en el cual se inscribe. En ese sentido, nuestros objetivos específicos son los de analizar sus interpretaciones en torno a la “cuestión nacional latinoamericana”, el problema de la cultura y el rol de los intelectuales para las colonias y “semicolonias” que componen la región. Las fuentes que analizamos son sus artículos periodísticos publicados en los diarios La Prensa y Democracia en los cuales se expresa su adscripción, en términos de un “apoyo crítico”, a los regímenes caracterizados por él como “revoluciones nacionales”, entre ellos el justicialista. 13. Canavese, Mariana Universidad de Buenos Aires (UBA) / Consejo Nacional de Investigaciones Científicas y Técnicas (CONICET) [email protected] “La centralidad de un análisis de los usos en la historia intelectual latinoamericana.” Fascinadas, piadosas, teóricas, en relación con el debate político, seducidas por la sofisticación, desencantadas, con reparos, esquivas, críticas, las lecturas argentinas de las producciones de Michel Foucault habilitaron concurrencias y divergencias. A 30 años de la muerte del filósofo francés, el campo intelectual local es prolífico en usos foucaultianos. En mi tesis doctoral, investigué la recepción de los postulados de Foucault en Argentina entre 1958 y 1989. Esta contribución quiere problematizar algunas premisas teóricas de esa intersección posible entre una historia intelectual (de discursos y significaciones) y una historia de los intelectuales (en tanto actores) que permiten abordar la circulación y recepción internacional de ideas, pensar la transferencia transcultural y los intercambios entre países europeos y latinoamericanos, e

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indagar en la productividad de la categoría de uso. Propongo entonces un análisis de la recepción de ideas, no como un estudio de las fuentes y de las influencias, sino como uno signado por la diferencia; un análisis de los usos. Una indagación tal, no puede sino atender a redes de sociabilidad enmarcadas regionalmente que permitan reponer quiénes animaron dichas circulaciones y cuál fue el rol de esas mediaciones de interpretación y de soporte. 14. Comamala Arbusa, Karla Estefânia UNIOESTE [email protected] “LITERATURA E MIGRAÇÃO: O Migrante na obra “Doze Contos Peregrinos” de Gabriel García Márquez.” A produção artística e especialmente a literária é uma prática humana. Como tal, ela é o resultado das relações dialéticas estabelecidas entre as trajetórias individuais e os contextos sociais vivenciados pelos artistas. Estudar a produção literária e a vida de um destes sujeitos permite entendermos momentos e interpretações do mundo e dos fenômenos sociais que o compõem. Com isso, as Ciências Sociais encontra um autêntico objeto de pesquisa em romances, crônicas, contos e poesias. Nesse sentido, o objetivo da pesquisa realizada foi estudar uma das obras escritas por Gabriel García Márquez, “Doze Contos Peregrinos”, com o intuito de visualizar as relações entre os elementos contextuais vividos pelo autor e aquilo que lhe é próprio como artista, além de refletir sobre seu estilo literário e sobre a importância da categoria migrante no interior da obra escolhida. 15. Aragon, William UNIVERSIDAD DEL CAUCA [email protected] “Manuel zapata como intelectual afrodiasporico.” La idea es hacer una exposición sobre la vida y obra del escritor colombiano manuel zapata olivella( 1920-.1998)quien fue medico, antropologo, novelista. Me pienso detener en su reflexión sobre la sociedad y la historia y la cultura latinoamericana desde una perspectiva afrodiasporica y es allí, a partir desde donde nos detendremos a analizar y elucidar su rol como intelectual desde su pensamiento social de izquierda. Me interesa contextualizar la vida de manuel con movimientos políticos e intelectuales como la negritud , el renacimiento negro de harlem y con el surgimiento del movimiento politico afrocolombiano. Manuel llevo a cabo varios congresos mundiales sobre la cultura afrolatinoamericana donde siempre exalto el compromiso pero tambien el distanciamiento con las modas artísticas,poéticas, literaria. Creemos que la discusión no ha terminado y la ahondaremos desde escuelas filosófica- literarias- políticas como la decolonialidad y es preciso ver la posición de los intelectuales afros hoy frente a la politica afrolatinoamericana desde un pensamiento propio, autónomo. 16. Dorella, Priscila Universidade Federal de Viçosa [email protected] “Uma questão para história intelectual: O centenário de Octavio Paz, em vivas homenagens.” As comemorações do centenário de nascimento do aclamado poeta e ensaísta mexicano Octavio Paz (1914-1998) foram intensas. Políticos, intelectuais e artistas mexicanos exaltaram vivamente o seu legado para cultura universal em declarações por vezes dramáticas. O objetivo desta comunicação é problematizar sobre as formas públicas de reconhecimento do poeta no México, uma vez que em vida foi duramente criticado pelos seus posicionamentos

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políticos e após sua morte se torna expressão social emblemática do que deveria ser o intelectual na América Latina, inclusive para aqueles que o criticaram.

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|28 de novembro – 9.00hs - Sala I4. UNIOESTE|

SIMPÓSIO 29: DIMENSÕES DO MUNDO DO TRABALHO

Coordenador: Alexandre dos Santos Lopes - Professor de Sociologia do Instituto Federal de Ciência e Tecnologia de Mato Grosso do Sul, Campus Coxim [email protected] RESUMO: Esse simpósio, dentro de uma perspectiva interdisciplinar, propõe investigações para as múltiplas determinações e dimensões do trabalho e da sociabilidade, da inserção no processo produtivo da vida material e as representações culturais e ideológicas que embasam a manifestação de movimentos sociais e políticos, sejam aqueles que configuram o trabalho como classe ou aqueles que reproduzem a situação de estranhamento/alienação e subalternidade. a. formas de organização e expressões da subjetividade do mundo do trabalho frente ao capital, como associações, partidos, sindicatos e movimentos sociais; b. relação entre Estado de classe e suas determinações, intelectuais, capital e mundos do trabalho; c. teoria social e política vinculada ao protagonismo histórico das classes subalternas. RESUMOS 1. Lopes, dos Santos, Alexandre Instituto Federal do Mato Grosso do Sul [email protected] “Uma Reflexão acerca da Luta de Classes.” Discutir a obra teórica de Marx e Engels e os chamados marxistas é um grande desafio frente aos impactos das derrotas sofridas pelos regimes socialistas, e também pela propaganda capitalista burguesa anti socialista, acerca de um novo mundo. No Manifesto do Partido Comunista de 1848, aparece que a história de todas as sociedades até hoje é a história das lutas de classes. Marx e Engels indicaram – e sua posição passou a ser o ponto de vista marxista mais generalizado – que é na sociedade capitalista que as classes fundamentais se diferenciam mais claramente, que a consciência de classe se diferenciam mais claramente, que a consciência de classe se desenvolve de maneira mais completa e que as lutas de classes são mais agudas. Com as pesquisas e os debates marxistas se concentraram, no desenvolvimento da luta de classes nos tempos modernos, desde o surgimento do movimento operário século XIX até os dias de hoje. A questão crítica a saber é se, durante esse período, houve, na realidade, uma intensificação da luta de classes. 2. Muniz, Serino Lacerda, Cláudia Maria Universidade Estadual do Oeste do Paraná (UNIOESTE) [email protected] “Deslizes do movimento sindical e repercussões para a classe trabalhadora: o caso dos profissionais secretários e secretários executivos.” O Movimento Sindical brasileiro, desde o final do século XX, vive uma crise de identidade, ocasionada pela queda do socialismo real e, sobretudo, pelas transformações advindas do novo sistema de produção. Assim, este trabalho se propõe a identificar como se deu o enfraquecimento das práticas marxistas, nas lutas de classe, ao longo dos anos, bem como a

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pulverização do sindicato, apontando as repercussões desta fragmentação para o proletariado. Toma-se por base os trabalhadores Secretários e Secretários Executivos, analisados a partir do principal veículo de comunicação da categoria - a Revista Excelência – em exemplares que contemplam a temática. A fundamentação teórica se dá por meio de autores como Marx e Engels apud Borin (2014), Antunes (1996), Braga apud Toledo (2009), Montaño e Duriguetto (2010), Mészáros apud Barbosa (2014), dentre outros. Os resultados apontam para uma substancial perda de consciência de classe, por parte destes profissionais, em razão da precarização do trabalho, demandando do Movimento Sindical contemporâneo a renovação de suas estratégias e táticas, a retomada histórica de suas lutas – para além do imediatismo - e o desenvolvimento de estruturas horizontais, que visem à unicidade sindical e à superação da organização por categorias profissionais. 3. Santos, Storms dos e Poltronieri, Rubia, Daniele e Francielli UNIOESTE – Universidade Estadual do Oeste do Paraná [email protected] [email protected] “Greve: uma análise do movimento dos trabalhadores da rede pública de ensino do Paraná.” O presente artigo tem por finalidade resgatar por meio de revisão bibliográfica a greve como um movimento social; além de realizar um balanço do movimento grevista dos professores da rede pública do Estado do Paraná que aconteceu em abril de 2014; que perdurou pouco mais de uma semana; enfatizando o fenômeno ocorrido na cidade de Foz do Iguaçu (interior do Estado). A partir dessa experiência, identificar as motivações que contribuíram para a deflagração do movimento; além disso, contribuir com o debate acerca das estratégias de luta da categoria. Salientamos que apesar de curta, a greve foi iniciada com a adesão de 87% dos profissionais de educação básica do Estado – entre eles professores e agentes educacionais. Assim como várias outras greves que, historicamente, marcaram a trajetória das lutas e conquistas do educador, juntamente com a APP sindicato, esse não foi um movimento apenas pela maior remuneração (sendo essa a condição principal para a valorização do profissional); mas que buscava benefícios e qualidade para a educação pública. 4. Vaneli júnior, Dario Universidade Federal do Mato Grosso do Sul. [email protected] “As políticas públicas para o campo e sua constante exclusão da pequena propriedade – (1964-2006).” Este ensaio visa a uma análise das políticas públicas para o campo, demonstrando a constante marginalização da pequena propriedade, ou, agora denominado agricultor familiar, partindo especificamente do governo militar, seguindo com a redemocratização do país, chegando ao ano de 2006. No período inicial as políticas são claramente voltadas à grande propriedade agroindustrial, o que sufocou o produtor acima mencionado, dando continuidade com o ressurgimento da esperança de viabilizar políticas públicas com a redemocratização do país na década de 1980. Foi disseminado no imaginário brasileiro durante o governo militar que a grande propriedade traz progresso, gera riqueza, o que de fato é uma inverdade plantada pelo capital externo que passa a monopolizar não só as grandes cidades, mas também o campo, com uma massiva mecanização. Por fim, serão elucidados significativos avanços e novos desafios nas últimas décadas do século XX e primeiros anos do século XXI, no sentido de desenvolver social e economicamente o campo, de maneira a privilegiar não apenas uma minoria que tem por foco a monocultura. 5. Góes, Pinto de, Eliane

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UNIOESTE – Universidade Estadual do Oeste do Paraná [email protected] “A saúde dos trabalhadores de frigorífico de aves: um relato de experiências vividas na região oeste do Paraná.” O presente estudo teve como avaliar os riscos aos quais estão expostos os trabalhadores de um abatedouro de aves no interior do Estado do Paraná, estruturado em modelo cooperativista. Trata-se de um estudo epidemiológico transversal com amostra composta por 1.567 trabalhadores, com taxa de resposta de 77%. As principais doenças com diagnóstico médico foram: músculo-esqueléticas, lesões por acidente de trabalho e as cardiovasculares. Destacam-se também vários fatores de risco relacionados à atividade desenvolvida e a vida laborativa, tais como, elevado tempo de permanência em pé, movimentos repetitivos, jornadas extensas, exposição a ruídos e baixos gradientes de temperatura. Com base nos resultados obtidos é importante que a empresa reveja alguns conceitos, ampliando a visão das condições de trabalho, com o propósito de valorização humana e promoção da saúde dos trabalhadores. 6. Pires, Maia Iêda Maria Conselho Estadual de Educação [email protected] “Professora(o) de educação infantil: profissional desvalorizada(o).” A 14ª Semana Nacional em Defesa da Educação Pública de Qualidade, ocorrida de 22 a 26 de abril de 2013, no Brasil, trouxe como slogan: “Nem herói, nem culpado: Professor tem de ser valorizado”. As particularidades da profissão do professor de educação infantil são alvos de muitas pesquisas e críticas. Não se dá a devida importância a formação inicial e a qualificação específica, nem mesmo a uma remuneração condigna para a categoria desse profissional que tem a responsabilidade, se bem formado, de possibilitar atenção, educação e cuidado de forma indissociável para todas as crianças na faixa etária de 0 a 5 anos e 11 meses de idade. Historicamente, há negligência de políticas públicas de formação, ao ambiente de trabalho apropriado, à profissionalização e à dignidade desses profissionais. Dessa forma, a importância deste trabalho reside em tratar teoricamente a questão da desvalorização deste professor no Brasil, considerando o contexto internacional, cujos alcance e contribuições são inerentes ao desenvolvimento infantil a partir da promoção de uma educação de qualidade. Será conferida atenção às particularidades relativas a formação inicial e continuada, bem como as condições de trabalho e a carreira profissional e de remuneração para que esta categoria deixe de viver numa situação de precariedades. 7. Torres, Jefferson Florêncio Universidade Federal de Pernambuco [email protected] “A relação entre as condições de trabalho docente e a autonomia dos sujeitos no processo de formação continuada e as influências neoliberais. um olhar a partir da rede estadual de ensino de Pernambuco – Brasil.” Influencias neoliberales em La formulación de políticas educativas en Brasil, es un tema que viene conesto significativamente em los debates educativos. En este artículo es un recorte de monografía de pedagogía, que buscaba comprender lãs posibilidades de materialización de lãs estrategias de auto-formativas em el proceso de formación continua de los profesores de lãs escuelas del estado de Pernambuco-Brasil, mantenernos al Programa Integral de educación que es una de las políticas educativas del estado, analizando cómo permite La materialización de estas estratégias auto-formativas de las condiciones de trabajo ofrecidas a los maestros,

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estimular la autonomía, el eteniendo em cuenta La singularidad Del sujeto y cuestionando la homogeneización de los grupos que se insertanen los contextos estudiados. Basado em la idea de Nóvoa (1992), Tardif & Lessard (2011), Oliveira (2004), Soares (2009), entre otros, de una metodologia cualitativa segundo Minayo (2008) y la técnica de análisis de contenido según Bardin (2004), los resultados apuntan a una práctica profesional basada em la perspectiva hegemónica y globalizado. Estas prácticas que reflejan directamente sobre los conceptos y valores neoliberales que impregnanel proceso formativo de los estudiantes de La acción de los docentes. 8. Dasten Vejar, Alfonso Julián Friedrich Schiller Universität-Jena [email protected] “La relación entre sindicatos, clase social y gobierno en Chile. Tendencias en el sindicalismo y sus nuevas orientaciones políticas.” En este artículo pretendemos referirnos a la centralidad que va asumiendo la conformación de una cultura sindical-laboral, de parte de los trabajadores, como actores activos de “lo público”, de sus avances y retrocesos en materia de ampliación de los espacios de negociación y participación política. La importancia de este texto se centra en descifrar las principales tendencias que recorren las reorientaciones estratégicas del sindicalismo y su heterogeneidad en la actualidad de la sociedad chilena. Los alcances de esta propuesta pueden ser enfocados en caracterizar un contexto social en que se plantean serias contradicciones para el actor sindical en el objetivo de abrirse a un esquema global del trabajo, vinculado simbióticamente a la politización de las relaciones laborales e industriales. Por lo tanto, nuestra propuesta encuentra una orientación “pública” de la sociología del trabajo, introduciendo un debate entre los actores sindicales y su revitalización. Nuestras contribuciones se centran en relocalizar la clase trabajadora como sujeto en el Chile neoliberal del presente periodo, dando cuenta de su alta permeabilidad a los proyectos de las elites políticas y a los partidos políticos oficialistas, sumado a una identificación corporativa con el proyecto empresarial. 9. CERRI DE JESUS, Natália. Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP) / Brasil [email protected] “Neoliberalismo na américa latina: superexploração, informalidade e a nova configuração das politicas de trabalho.” Apesar dos avanços econômicos, a classe trabalhadora latino-americana ainda é submissa a política neoliberal e convive diariamente com a violação de seus direitos sociais básicos, com uma profunda exploração do trabalho, altas taxas de desemprego, crise social, desregulamentação das relações trabalhistas e expansão da informalidade- são 127 milhões segundo a OIT- continuando a ser, como denominou o sociólogo Ricardo Antunes, o “continente do labor”. Por isto, com o incentivo de organismos multilaterais, vem desenhando novos programas e políticas de trabalho a fim de combater a precariedade e a informalidade, mesclando conteúdos novos e arcaicos para oferecer opções de sobrevivência aos trabalhadores dentro da barbárie capitalista. Este trabalho tem como objeto apresentar, de forma mais geral, o atual desenho das Políticas de Trabalho neste continente, de modo a suscitar a reflexão sobre o jogo de interesses na proposição e execução das mesmas, enfatizando o empreendedorismo como o ponto chave de combate a informalidade. Nisto reside à importância deste trabalho, que coloca em questão a contradição existente entre as Políticas de Trabalho apresentado como um meio para emancipação do trabalhador, ao tempo em que contribui para legitimação do sistema e outras representações ideológicas neoliberais, como empreendedorismo.

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10. Rovetto, Laura; Caudana e Borsani, Florencia; Luciana e Ana Clara CONICET / UNIVERSIDAD NACIONAL DE ENTRE RIOS / UNIVERSIDAD NACIONAL DE ROSARIO [email protected] “División sexual del trabajo: diferencias de género y distribución de poder en la industria mediática.” Este trabajo aborda las prácticas de producción de contenidos informativos y de ficción en la industria mediática local, a partir de la mirada de las y los profesionales, teniendo en cuenta la articulación con los condicionantes de género y la organización socio laboral en el contexto de cambios normativos e institucionales actuales. Relevar el punto de vista de las y los profesionales, también nos permite proyectar nuevos marcos interpretativos para elaborar propuestas concretas de intervención para que los escenarios donde se produce los contenidos periodísticos y de ficción sean más acordes con las exigencias sociales e incluyan una mirada equitativa y plural sobre el conjunto de mujeres y varones que formamos parte de las actuales sociedades democráticas. Asimismo, se relevan las posibilidades actuales para la incorporación del debate sobre equidad e “igualdad de oportunidades” entre varones y mujeres en los medios de comunicación como un problema de derechos. Finalmente, con este trabajo se apunta a visibilizar las modalidades de trabajo de las mujeres en los medios de comunicación con el fin de encontrar posibles soluciones para fomentar una participación equilibrada en las prácticas periodísticas y en la producción ficcional en un contexto social y normativo favorable para tales propósitos. 11. Jesus, Samuel de Universidade Federal do Mato Grosso do Sul [email protected] “O caso da greve dos controladores de voo: a quebra do consenso.” O estudo de caso dos controladores de voo permite a discussão sobre a ampliação das novas funções que rompem com aquelas tradicionais exercidas pelos trabalhadores da indústria, agora chamadas de atividades não industriais O presente trabalho elenca as principais discussões entre os autores mencionados sobre o sistema de produção capitalista e procura estabelecer possíveis relações com o caso dos controladores de voo que envolve precariedade, longas jornadas de trabalho a qual estão submetidos, baixos salários ou até mesmo a precariedade dos equipamentos que operam. A função de controladores do trafego aéreo poderá ser um objeto de análise à luz dos estudos sobre o mundo do trabalho. 12. Ribeiro, Orlando, Silene Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro [email protected] “Exímios Remeiros do Arsenal da Marinha: Um estudo sobre o trabalho indígena no Rio de Janeiro (1763-1850).” Este trabalho pretende analisar o processo de recrutamento e o regime de trabalho vivenciado pelos indígenas aldeados e não-aldeados no Arsenal da Marinha do Rio de Janeiro entre a segunda metade do século XVIII e a primeira metade do século XIX.Enfocaremos um grupo específico de trabalhadores do Arsenal da Marinha: os remeiros ou remadores. Assim sendo, buscamos refletir qual seria o impacto do recrutamento e do regime de trabalho para os indígenas, os mecanismos de obtenção desses trabalhadores, sua especificidade, as sociabilidades e vicissitudes próprias do mundo do trabalho. A historiografia tem demonstrado que no processo de formação da economia fluminense tanto a política de alianças com as populações indígenas como o uso do trabalho compulsório dos ameríndios tido como inimigos

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foi fundamental. No entanto, poucos são as pesquisas que investigam as formas de utilização do trabalho indígena pelo Estado nos chamados serviços públicos durante os séculos XVIII e XIX. O estudo desta temática é importante para dar conta de aspectos poucos conhecidos sobre a aplicação da legislação indigenista no Rio de Janeiro e das relações entre o Estado e as populações aldeadas e não-aldeadas após a reforma pombalina e durante o Estado Monárquico. 13. Barreto Silva, Sonia Universidade Estadual de Campinas [email protected] “Trabalho e sofrimento nas organizações educacionais: um estudo do assédio moral e suas implicações sobe a saúde do trabalhador docente.” O artigo discute resultados iniciais da pesquisa em desenvolvimento no curso de doutorado da Unicamp, cujo estudo tem como objetivo investigar as práticas do assédio moral nas organizações escolares da rede pública estadual de ensino, em Sergipe, no período de 2003 a 2010, bem como suas implicações sobre a saúde do trabalhador docente. O estudo do assédio moral em sua relação com as novas formas de organização do trabalho em vigor nas instituições escolares visa compreender o papel que a violência psicológica ocupa no movimento do capital em sua relação de contradição com o trabalho.Nessa direção torna-se imperativo estabelecerconexões entre as transformações contemporâneas no mundo do trabalho e as mudanças administrativas introduzidas pela Secretaria de Estado da Educação a partir de 2003, destacando o papel do Estado brasileiro na mediação dessas mudanças. Portanto, é a partir desse contexto que o artigo se propõe a contribuir na discussão sobre o assédio, trabalho e sofrimento nas organizações educacionais. 14. Suassuna Vaz Lira,, Terçália Universidade Federal de Pernambuco [email protected] “A exploração do trabalho infantil na américa latina e o discurso da erradicação.” O estudo tem como centro de análise os elementos que configuram a exploração do trabalho infantil no cenário econômico e político latino americano no contexto atual de crise do capitalismo mundial e na contramão do processo o discurso da erradicação do trabalho infantil. Os elementos apresentados levantam o seguinte questionamento: considerando o sentido do termo erradicação, que significa “exterminar pela raiz”,no modo de produção capitalista e em especial nos países de capitalismo dependente, é possível, diante das atuais configurações, erradicar o trabalho infantil? Como efetivar a erradicação do trabalho infantil num contexto onde se tem o aumento da exploração da força humana de trabalho, da pobreza, do desemprego e da precarizaçãodo trabalho, elementos que historicamente tem sido a base determinante de inserção de crianças e adolescentes no mundo do trabalho? O trabalho busca mostrar que a incidência da exploração do trabalho infantil é impactada por determinações advindas da esfera da produção/reprodução social, estando relacionada diretamente com as condições econômicas, históricas e sociaisexistentes. As ideias apresentadas têm como fundamento uma orientação teórica que parte do entendimento que o trabalho infantil contém a generalidade da condição do trabalho humano. 15. Munchow, Zoia., Cleiton Instituto Federal do Mato Grosso do Sul [email protected] “Corpus pornograficus: a farmacopornografia e as novas dimensões do trabalho.”

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Investigaremos os processos de pornificação do trabalho a partir da ficção autopolítica empreendida pela filósofa Beatriz Preciado (B.P) em Testo Yonqui, livro no qual a autora leva a cabo uma análise sexopolítica da economia mundial. De acordo com B.P, as análises dos teóricos pós-fordistas param quando chegam à cintura, desconsiderando a centralidade da sexualidade nas novas dinâmicas do tecnocapitalismo avançado que colocou em marcha, em meados dos anos 1970, uma nova forma de governamentabilidade do ser vivo: biomolecular (fármaco) e semiótico-técnica (pornô), ambas constitutivas da Era Farmacopornográfica em que reina não uma cooperação de cérebros (Negri e Hardt), mas, sim, uma cooperação masturbatória regulada por uma lógica que nos excita e controla com a finalidade de extrair mais valia: tecnogozo. Nos encontramos diante de uma teorização capaz de recolocar a questão do trabalho e do sujeito político a partir das novas dinâmicas de poder e das resistências que constituem o proletário farmacopornográfico, o corpus pornograficus, vida desprovida de direitos, “exposta e construída pelos aparatos de vigilância”, a emanação dos detritos dos sujeitos políticos malogrados do feminismo radical, do movimento queer, dos movimentos medicinais alopáticos, dos movimentos de liberação das drogas.

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|29 de novembro – 9.00hs – Sala J2. UNIOESTE|

SIMPÓSIO 30: MUNDO DO TRABALHO E “POPULISMOS” LATINOAMERICANOS EM UMA

PERSPECTIVA REGIONAL: OS ALTOS E BAIXOS DE UMA RELAÇÃO COMPLEXA

Coordenadores: Edgar Ávila Gandra (NPHR-PPGH-UFPel); Paula García Schneider (CONICET-UNC-CEA) [email protected]; Agustín Nieto (CONICET-UNMDP-GESMar) [email protected] RESUMO: Até não faz muito tempo, o campo de estudos sobre os vínculos entre movimento trabalhista e regimes populistas-trabalhistas latinoamericanos arrastava cargas analíticas das primeiras interpretações que hegemonizaram o campo. Estas interpretações foram, em muitas ocasiões, quase contemporâneas aos “populismos”. Vale ressaltar que o conceito de populismo-trabalhismo entendemos como não monolítico, como um campo infestado de tensões. Dois se apresentam como os casos mais paradigmáticos, atualmente alvo de muitas críticas. Uma é a abordagem germiniana e outra é cultivada por Ianni. São muitos os aportes que estas aproximações legaram às novas gerações de estudiosos/as, talvez o mais importante tenha sido a demarcação de um objeto e um campo de estudos. Também moldaram uma forma de entender aquela relação que em pelo menos dois aspectos é passível de revisão. Em primeiro lugar, a caracterização da classe trabalhadora e suas organizações como “heteronomias”, “manipuladas” desde o vértice do Estado personificado por Perón, Vargas, Cárdenas (nomeados os três mais destacados). As organizações trabalhadoras eram uma “correia de transmissão dos sentimentos e desejos da elite e líderes populistas. Desde este ângulo interpretativo, pouco ou nada foi deixado para a iniciativa das classes subalternas sob regimes populistas. Em segundo lugar, uma grande porção de investigações referidas a este tópico sofre de um olhar focado nas grandes capitais políticas, industriais e/ou econômicas dos respectivos países. Como sustenta Silvia Petersen, cidades como México D.F., São Paulo e Buenos Aires, se converteram em centros doadores de sentidos para a historiografia trabalhista hegemônica. Esta situação motiva um dos objetivos deste Simpósio: reunir trabalhos que tenham como principal inquietação revisar a ideia de “heteronomia trabalhista” e as visões “capitalinocêntricas”, desde uma perspectiva analítica e interpretativa centrada em pequenas e médias cidades “periféricas” que nos permita propiciar espaços de intercâmbio e discussão que contribuam a uma “renovação” do campo. Por isso, estendemos a convocatória para aqueles que realizam trabalhos de investigação sobre as experiências trabalhistas durante os governos populistas latinoamericanos sem restrições disciplinares nem teóricas, mas que assentem suas investigações em processos históricos concretos. Convocamos aos participantes a uma dinâmica de trabalho que inclua não só estudos concluídos, mas também projetos e avanços de investigação. A organização do Simpósio prevê o comentário dos trabalhos pelos coordenadores, a subdivisão temática em sessões e, em interesse de uma dinâmica de oficina, a prévia circulação entre os oradores de todos os trabalhos apresentados. Finalmente, é importante destacar que entendemos o Simpósio como uma atividade dirigida à construção de redes permanentes de intercâmbio sobre este campo de investigação.

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RESUMOS 1. Anigstein, Cecilia CONICET-UNGS [email protected] “Lo nacional popular y el sindicalismo peronista en los gobiernos kirchneristas.” Durante los gobiernos kirchneristas los valores, ideas e imágenes sociales asociadas a lo nacional popular peronista experimentaron un relanzamiento. Esta reactualización dejó al descubierto el carácter paradójico de matriz sociopolítica emergente en el ciclo en curso. Planteó, asimismo, una serie de interrogantes acerca de las especificidades del proceso de recomposición de las organizaciones del trabajo. Recomposición cuyas condiciones de emergencia se hallan fundamentalmente en la disminución del desempleo y la reindustrialización sustitutiva. El clima social imperante en esta etapa favoreció reformas que rectificaron parcialmente el impulso hacia la individualización, informalización y precarización de las relaciones y mundos del trabajo, presente desde mediados de los setenta y profundizado en los noventa, en el contexto de la reestructuración capitalista y la ofensiva conservadora neoliberal. ¿Cómo se inscribió en el sindicalismo peronista el fenómeno de reemergencia de la narrativa nacional popular durante los gobiernos kirchneristas? Distintos abordajes sobre el fenómeno del populismo brindan elementos para reflexionar acerca de las relaciones entre movimiento sindical y sistema político, tanto en la experiencia histórica como actualidad. 2. Coan Lago, Mayra Programa de Pós-Graduação Interunidades em Integração da América Latina-PROLAM/USP [email protected] “ALGUMAS REFLEXÕES SOBRE O TRABALHADOR NO VARGUISMO E NO PERONISMO.” Como pensar o varguismo e o peronismo depois de, aproximadamente, setenta anos? O varguismo e o peronismo podem ser considerados projetos políticos liderados por Getúlio Vargas e Juan Domingo Perón, que incluíam os trabalhadores e buscavam alternativas nacionais para seus países, ou foram simplesmente governos “populistas” na América Latina? Se considerarmos o varguismo e o peronismo, fundamentalmente, no Estado Novo e no Primeiro Governo Peronista, como projetos políticos: quais eram suas propostas para os trabalhadores de seus países? Trabalhismo e peronismo são faces diferentes da mesma moeda? Como observar o legado do varguismo e do peronismo no Brasil e na Argentina atual? Estas são algumas das perguntas que norteiam este estudo. Acreditamos que sessenta anos da morte de Getúlio Vargas em agosto e quarenta anos da morte de Juan Domingo Perón em julho é uma justificativa para se comemorar, (re) pensar e refletir não apenas os governantes, mas, fundamentalmente, seus governos “emblemáticos” em seus países e na América Latina. 3. Contreras, Gustavo Nicolás CONICET/ UNMdP [email protected] “Algunos problemas generales sobre la participación política y sindical de los trabajadores durante el primer gobierno peronista (1946 – 1955).” Siguiendo la convocatoria de la mesa, nos proponemos revisar uno de los aspectos más persistentes en las interpretaciones más influyentes sobre la participación de los trabajadores en los regímenes populistas. En este marco, el objetivo principal perseguido es poner en cuestión algunos conceptos centrales utilizados por los intérpretes iniciales sobre la cuestión, como heteronomia, pasividad, anomia, disponibilidad, economicismo, falsa conciencia…, a

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través de los aportes que la historiografía argentina sobre el tema brindó en la última década y los resultados obtenidos mediante el seguimiento de cinco casos en mi tesis doctoral dedicada a los trabajadores y el peronismo. La ponencia tendrá como preocupación central la participación sindical y política de los trabajadores, aunque no se privará de hacer referencia a otros aspectos. Entendemos que inicialmente el estudio de la participación de los trabajadores durante el primer gobierno peronista (1946-1955) ha circunscrito el rol de los sindicatos a la esfera económico-corporativa, mientras que la actividad política fue reconocida en el espacio del estado dirigido por el peronismo o en los partidos políticos opositores. Esta división se corresponde con una concepción teórica que ordena lo socio-económico y lo político diferenciándolos respectivamente en la sociedad civil y el estado. Este esquema, sin embargo, entra en tensión cuando empíricamente se observa que las prácticas sindicales durante el período no estuvieron escindidas de la activación política, actividad que no debe seguir siendo vista como una intromisión externa del estado y los partidos políticos, como propusieron gran parte de los actores de la época y muchas de las interpretaciones historiográficas. Por lo tanto, en esta ponencia se pretende recuperar algunas dimensiones de las prácticas y las formulaciones políticas nacidas desde los propios sindicatos, considerando distintas tendencias y las especificidades propias de la actividad política en las asociaciones gremiales, la cual se enmarcaba en complejas relaciones determinadas por intereses inmediatos, corporativos y de clase, por sus relaciones con el estado y las patronales, por sus vínculos con los partidos políticos y las diversas ideologías que bregaban en el movimiento obrero. Sostendremos que la situación mencionada se comprende con mayor claridad si las esferas de la sociedad civil y el estado se relacionan y entrecruzan con la esfera de la sociedad política. Nos interesa una vinculación analítica de este tipo porque favorece la visualización de las iniciativas de los propios trabajadores y visibiliza las activaciones y militancias político-sindicales, las influencias, los acuerdos, los logros y las derrotas obtenidos por ellos en el populismo. Se espera, particularmente, que una reflexión de carácter conceptual, como la que se pretende, habilite el dialogo con estudios dedicados a otros casos nacionales o regionales de los llamados populismos latinoamericanos. 4. García Schneider, Paula CONICET-CEA-UNC [email protected] “Estado-clase trabajadora en Brasil. Una aproximación a los análisis de una relación compleja.” En esta propuesta pretendo presentar y avanzar en el análisis de la producción académica generada a partir de la relación Estado-clase trabajadora en Brasil del periodo 1930-1965. Para ello presentaré tres perspectivas sobre este núcleo de análisis. Una primera, datada entre los años 50 y 60, que identificada en los estudios que denominan a ese período como “populista”. Una segunda, configurada entre la transición y abandonado de ese término y adopción del vocablo “trabalhista”, iniciada a finales de los años 80. Y por último, la perspectiva preponderante en la actualidad iniciada en la década del 90, con gran influencia del historiador marxista inglés Thompson. 5. Nieto, Agustín GESMar-UNMdP/EHPQ-CONICET [email protected] “Mundo obrero y activismo populista en clave aldeana. Experiencias de organización y lucha obrera en un contexto de hegemonía sindical peronista, Mar del Plata (1945-1975).” En el presente ensayo se buscará rastrear los rasgos más característicos que presentó el activismo peronista en el mundo obrero, a fin de identificar las singularidades que presento el

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sindicalismo peronista a lo largo de las tres presidencias de Perón. Este objetivo pretende ser alcanzado desde una perspectiva analítica microhistórica. Razón por la cual nos ocuparemos de reconstruir algunos itinerarios del activismo sindical peronista a ras del suelo. Esta impronta investigativa se legitima cuando se explicita que lo que se pretende identificar son las capilares experiencias de activismo sindical desplegadas durante aquellos años. En este sentido se torna imprescindible adoptar un punto de vista situado en la ‘aldea’, por eso optamos por una ciudad distante de la capital argentina: Mar del Plata. La conjetura que guía nuestra pesquisa refiere a la inviabilidad de la díada conceptual autonomía/heteronomía para interpretar el acontecer sindical peronista. El material heurístico a ser indagado consta de prensa comercial, expedientes judiciales, informes policiales y documentos empresariales. Nuestra estrategia metodológica será eminentemente cualitativa, en la misma se articularán técnicas de muestreo teórico con técnicas de observación documental, técnicas de análisis de contenido y técnicas de interpretación a partir de la ‘teoría fundamentada’. 6. Pereira de Pinho, Pâmela Universidade Federal do Rio Grande do Sul [email protected] “Populismo ou Trabalhismo? Reflexões sobre os usos dos conceitos na historiografia.” O presente trabalho tem por objetivo discutir, à luz de uma breve revisão bibliográfica, como o conceito de populismo e de trabalhismo foi sendo delineado, especialmente, na historiografia brasileira. O exercício proposto busca compreender os alcances e os limites que os dois conceitos proporcionaram, e ainda proporcionam à escrita histórica. Nesse ínterim considera-se relevante também a abordagem de outro conceito que vem no rescaldo das discussões sobre populismo, o neo-populismo. Mais do que revisar a bibliografia específica sobre o tema, parece fundamental que se trace conjuntamente a esta revisão a análise de alguns trabalhos importantes que utilizaram os conceitos para explicar processos históricos. Ainda que historiadores e cientistas sociais tenham-se debruçado largamente sobre o tema, as discussões sobre estes conceitos, tão caros a política latino-americana, parecem inesgotáveis do ponto de vista historiográfico. É nesse sentido, que se busca lançar mais uma interpretação sobre o tema. 7. Santella, Agustín CONICET-IIGG-UBA. [email protected] “Populismo, relaciones laborales y conflicto de clase en América Látina. Comentarios críticos sobre la obra de Francisco Zapata.” En la siguiente ponencia nos proponemos realizar un aporte al debate sobre populismo en América Latina. Específicamente nos interesa discutir la modalidad en que el populismo construye los marcos de las relaciones laborales y las formas del conflicto laboral en América Latina. Para este objetivo nos centramos en una exposición crítica de la obra del sociólogo Francisco Zapata. En diversos libros y ensayos largos (1986, 1993, 2004, 2010) Zapata ha desarrollado una investigación comparada de la acción sindical en diferentes comportamientos nacionales en el continente. Allí sostiene que el populismo es una clave para el entendimiento de las relaciones laborales latinoamericanas. Intentaremos apuntar diversas críticas a su trabajo cuestionando la dinámica del populismo expuesta. La perspectiva populista en Zapata interpreta a los marcos institucionales como impuestos a los actores de clase sujetos del conflicto laboral, principalmente los trabajadores. La perspectiva de interpretación populista en Zapata pertenece al enfoque más tradicional sobre el fenómeno que no tenía suficientemente en cuenta las relaciones de fuerzas entre las clases. El texto de la ponencia dará cuenta de la obra criticada en extensión, así como sus aportes todavía no superados en la

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investigación latinoamericana, particularmente su estudio empírico sobre las huelgas. La crítica aquí esbozada entonces reconoce una tarea empírica abierta por la obra criticada, que reclama nuevos avances sistemáticos en la investigación.

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|29 de novembro – 9.00hs – Sala K1. UNIOESTE|

SIMPÓSIO 31 ESTADO, POLÍTICAS PÚBLICAS E AS LUTAS DOS MOVIMENTOS SOCIAIS

NA AMÉRICA LATINA

Coordenadores: Douglas Ribeiro Barboza (Universidade Federal de Ouro Preto) [email protected]; Jacqueline Aline Botelho Lima Barboza (Universidade Veiga de Almeida)

RESUMO: O Simpósio “Estado, políticas públicas e as lutas dos movimentos sociais na América Latina” visa refletir sobre as particularidades das formações históricas dos países latino-americanos e os atuais processos de resistência e luta dos movimentos sociais pela construção de um espaço efetivamente público e democrático.

No caso da América Latina, o processo de re-institucionalização da democracia desenvolvido a partir dos anos 80 do século XX pode ter representado um avanço político significativo na região, onde países com pouca ou nenhuma tradição democrática prévia passaram a reconhecer instituições e procedimentos que permitiram a inclusão formal de milhões de cidadãos no processo de escolha das elites políticas encarregadas das decisões coletivas. Entretanto, o modelo de democracia que se desenvolveu acabou se tornando efetivamente num mecanismo de governabilidade, preservando os conflitos na medida em que filtra e controla as demandas sociais até níveis tolerados pelo sistema.

Na atual quadra histórica, formas gritantes de segregação são significativamente ampliadas no mesmo ritmo de crescimento do desemprego e da precarização das relações de trabalho, acentuando-se, assim, os problemas sociais de uma imensa parcela da população. Por outro lado, a continuidade de processos de exploração e dominação com ampliação crescente da barbarização da vida social tem sido comumente justificada em nome da democracia, onde a divisão de classes, as desigualdades e as novas formas de exploração do trabalho são dissimuladas por simulacros democráticos que, por trás da aparente participação eleitoral e da eficiência jurídico-administrativa, vendem a imagem da harmonização em um único sistema. Considerando este cenário, nossa proposta objetiva aprofundar o debate acerca dos processos sociais que moldam as relações entre o Estado e sociedade de classes na contemporaneidade latino-americana, na tensão entre continuidade e ruptura com a herança de nossa formação histórica, desvendando os principais desafios das lutas dos movimentos sociais no conjunto de restrições democráticas e da negação da organização social para a defesa e ampliação dos direitos e da socialização da política. Tal proposta se fundamenta na premissa de que a atual conjuntura exige a produção do conhecimento sobre os conflitos sociais, a caracterização dos protagonistas das lutas, assim como o debate acerca das grandes orientações estratégicas. Nisto, os confrontos teórico- práticos sobre o imperialismo, o lugar do Estado nos conflitos de hoje, assim como os limites e possibilidades dos sindicatos e movimentos sociais precisam ser reexaminados. RESUMOS 1. ARAÚJO BORDALO, Caroline [email protected] Doutoranda em Ciências Sociais pela PUC-RJ e docente do Centro Federal de Educação Tecnológica Celso Suckow da Fonseca/RJ

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“Lutas e organização política no meio rural brasileiro: notas a partir dos movimentos de mulheres trabalhadoras rurais” O propósito deste trabalho é analisar os movimentos de mulheres trabalhadoras rurais no Brasil a partir de uma perspectiva comparativa. Tais movimentos surgiram no final da década de 1970 e início na década de 1980 num contexto de intensa ebulição política e de forte questionamento do sindicalismo levado a cabo até aquele período. Dois movimentos serão norteadores para esse desiderato: o Movimento de Mulheres Trabalhadoras Rurais do Nordeste e o Movimento de Mulheres Camponesas. Partimos aqui da hipótese de que ambos representam tradições politicas e formas distintas de diálogo com o Estado, o que nos permite compor um quadro amplo de análise que leve em consideração não apenas a efervescência politica da década de 1980 mas as relações historicamente delineadas nacional e internacionalmente antes e depois desse marco. Trata-se, portanto, de estabelecer uma espécie de cartografia das relações construídas entre os movimentos sociais e as demais organizações (sindicalismo rural e sua forte tradição no Nordeste, o MST na região Sul, a Via Campesina, demais movimentos de luta pela terra) que compõe o campo de disputa pela representação política das trabalhadoras e trabalhadores rurais a partir da dinâmica com o Estado. 2. BUJOKAS DE SIQUEIRA, Rosângela [email protected] (Universidade Estadual de Ponta Grossa – UEPG, Programa de Pós Graduação em Ciências Sociais Aplicadas; Universidade Estadual do Centro Oeste – UNICENTRO, Departamento de Serviço Social); ESTRUFIKA CANTÓIA LUIZ, Danuta [email protected] (Universidade Estadual de Ponta Grossa – UEPG, Programa de Pós Graduação em Ciências Sociais Aplicadas, Departamento de Serviço Social) “Rede Puxirão dos Povos e Comunidades Tradicionais: relatos de conflitos e demandas para as políticas públicas” O estudo é resultado preliminar de reflexões realizadas durante a observação das reuniões de articulação do movimento social Rede Puxirão dos Povos e Comunidades Tradicionais, entre dezembro de 2012 até junho de 2014, que articula segmentos étnicos tradicionais da região sul do Brasil, especialmente do Paraná. Tal movimento nasceu em 2008, como forma de denúncia da situação de invisibilidade social vivenciada por tais povos e se configura como espaço de resistência ao modelo político-econômico vigente, que submete os recursos naturais aos interesses do mercado. A Rede Puxirão tem contribuído para a articulação de um sujeito coletivo, para a formação política e para o tensionamento da relação entre os segmentos étnicos organizados e os agentes estatais. Os conflitos territoriais e as formas de opressão vêm sendo publicizadas e um dos resultados desta mobilização política foi a criação, recentemente, do Conselho Estadual de Povos Indígenas e Comunidades Tradicionais do Estado do Paraná – CPICT/PR. Os conflitos relatados denunciam o agronegócio, instâncias e burocracias governamentais, bem como instituições conservadoras que oprimem , de diferentes maneiras, o modo tradicional de vida destes povos. 3. COELHO DO CARMO, Roberto [email protected] Mestre em Serviço Social pela UERJ e professor Assistente I do curso de Serviço Social da UFOP “Sofrimento do trabalhador brasileiro: organismos internacionais, políticas públicas e a organização trabalhadora” Desde os anos 1980, o Brasil, como o restante do mundo capitalista, vem passando por um denso processo de mudanças produtivas e organizacionais. Sabemos que essas mudanças não são só materiais ou objetivas, mas repercutem também como subjetivação capitalista, de

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modo que os trabalhadores inculcam os valores da competição dos processos de trabalho levando à corrosão da percepção de classe que o fordismo periférico virtualmente havia proporcionado. Com esta veia analítica o trabalho proposto busca apresentar resultado de investigação sobre o sofrimento mental no Brasil tendo documentação como fonte dados, esta pesquisa buscou em fontes secundárias contemporâneas de pesquisa científica os alicerces comprobatórios do crescimento dos transtornos mentais relacionados à organização contemporânea do trabalho. Estatísticas oficiais foram utilizadas para a mesma finalidade. De outra maneira, buscaremos esboçar a preocupação de organismos internacionais e nacionais como a Organização Internacional do Trabalho e a Organização Mundial da Saúde e, no Brasil, traremos ao debate as organizações de trabalhadores expressas nas centrais sindicais do país. 4. DA SILVA, Vanesa [email protected] Universidad de Buenos Aires-Argentina “Movimientos sociales y acción colectiva el MTP argentino y la toma del cuartel de la Tablada” La intención de este trabajo es analizar el copamiento del III Regimiento de La Tablada -en Democracia en Buenos Aires, Argentina en 1989- por el Movimiento Todos por la Patria, y lograr al menos un acercamiento a su causa sustanciosa, a saber, el por qué de La Tablada, que excede el análisis de este trabajo. Para este trabajo he realizado entrevistas semi-estructuradas a ex militantes del Movimiento Todos por la Patria, en el período 2010-2011, en la Argentina, Buenos Aires. Las entrevistas fueron individuales, y obraron como una herramienta metodológica que facilitaron superar un análisis meramente descriptivo. La estrategia utilizada para la elaboración de este trabajo fue “la teoría fundamentada”, su uso implica la codificación de datos, el método de comparación constante y el muestreo teórico, que fueron utilizados en este trabajo. Se abordará a la primera pregunta, eje del trabajo, aplicando el uso conceptual de “las oportunidades políticas” desarrollado por teóricos de los movimientos sociales y la acción colectiva. 5. DE MORAES KYRILLOS, Gabriela [email protected] Universidade Federal de Santa Catarina – Doutorado em Direito “Políticas públicas sociais para os povos indígenas no Brasil: reflexões a partir do estudo de caso no cras indígena de Caarapó/MS” As políticas públicas sociais brasileiras, entendidas como ações do Estado em prol da concretização de certos direitos de cidadania por meio da efetivação de condições dignas de vida, possuem caráter geral e são feitas por e para a sociedade dominante. O estudo de caso a partir do qual se realizam as análises da pesquisa, buscou perceber como se concretizam as políticas sociais dentro da aldeia indígena Te’yikue, no município de Caarapó/MS. Para isso, realizou-se uma pesquisa empírica em um dos raros Centros de Referência em Assistência Social (CRAS) localizado dentro de uma aldeia. Na medida em que a pluralidade étnica não é tomada em consideração no momento de elaboração das políticas sociais, praticamente se inviabiliza a implementação do Sistema Único da Assistência Social para grupos e comunidades indígenas. Desse modo, a pesquisa pretende destacar a importância de um novo modo de pensar as políticas públicas sociais, coerente com a conquista dos movimentos sociais indígenas de superação formal do assimilacionismo (em especial nas suas lutas durante a Constituinte de 1988). Espera-se, portanto, destacar que não cabe ao Estado lançar mão de práticas assimilacionistas (ainda que pelo suposto esquecimento dessa parcela plural de sua população), e que o exercício dos direitos de cidadania da população indígena brasileira, que

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em grande parte se encontra em situação de vulnerabilidade social, não pode estar condicionado ao abandono de sua identidade étnica. 6. DOS SANTOS, Tamires Cristina [email protected] (Graduanda em Ciências Sociais Pela Universidade Federal de São Carlos-UFSCar, Bolsista de Iniciação Cientifica Capes/Observatório da educação escolar indígena da UFSCar, CAPES/CNPQ); COHN, Clarice [email protected] (Professora adjunta do Departamento de Ciências Sociais e do Programa de Pós-Graduação em Antropologia Social da Universidade Federal de São Carlos. Coordena o Observatório da Educação Escolar Indígena da UFSCar e o Laboratório de Estudos e Pesquisas em Antropología) “Entre Movimentos: Diálogos e Perspectivas a respeito da Lei 11.645/2008” Este trabalho propõe uma etnografia a respeito da Lei n° 11.645, de 10 de março de 2008, que estabelece as diretrizes e bases da educação nacional, para incluir no currículo oficial da rede de ensino a obrigatoriedade da temática “História e Cultura Afro-Brasileira e Indígena”. O objetivo central da pesquisa é observar como Estado, Movimento Indígena e Movimento Negro se relacionam no que tange a Lei. Quais seriam as perspectivas destes atores? Existe alguma espécie de diálogo entre eles? Essas são algumas das questões levantadas, através das quais pretendo desenvolver este trabalho. 7. GOES NUNES PEREIRA, Thaylizze [email protected] (Bacharel em Ciências Sociais pela Faculdade de Filosofia e Ciências UNESP, Campus de Marília. Atualmente é Mestranda do Curso de Pós Graduação em Desenvolvimento Territorial na América Latina e Caribe, no Instituto de Políticas Públicas e Relações Internacionais); LOURENCÃO SIMONETTI, Mirian Claudia [email protected] (Professora dos cursos de graduação e pós-graduação em Ciências Sociais da Universidade Estadual Paulista, Campus de Marília. Doutora em Geogra a Humana pela Universidade de São Paulo. Coordenadora do Centro de Pesquisa e Estudos Agrários e Ambientais (CPE) “A questão agrária brasileira: uma analise dos governos do Partido dos Trabalhadores entre os anos de 2003-2010” Esta pesquisa está ligada as pesquisas mais amplas denominadas “Territorialidades em tensão: movimentos sociais, agronegócio e políticas de reforma agrária no Brasil entre 1985 a 2010” e vem sendo desenvolvidas junto ao Centro de Pesquisa e Estudos Agrários e Ambientais – CPEA na UNESP, com o financiamento do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico – CNPq. Tem-se a intenção de analisar os limites e as possibilidades das políticas públicas dos governos do partido dos trabalhadores para a realização da Reforma Agrária no Brasil, analisando também seu projeto de reforma agrária e sua implementação no período de 2003-2010. Desenvolvendo uma análise acerca das permanências e/ou as mudanças de ações adotadas respectivamente no primeiro e segundo mandato e traçando um panorama das suas propostas e projetos anteriores e posteriores as vitórias nas urnas. Sobretudo, procurar-se-á desenvolver essa problemática a partir da análise dos processos resultantes do II Plano Nacional de Reforma Agrária, desde a sua elaboração até quando esse foi deixado para trás em 2007. 8. GOMES DE MOURA, Luiz Henrique [email protected] (UFG-IESA e MST); DE MELO, Thiago Sebastiano [email protected] (UFG-IESA); MISNEROVICZ, José Valdir [email protected] (UFG-IESA e MST) “Unidade camponesa: resistências e novos processos de luta em Goiás” O atual estágio de aprofundamento da acumulação capitalista a partir da apropriação dos bens comuns e naturais gera uma nova onda de conflitos territoriais, bloqueando a realização da

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reforma agrária, a criação de territórios indígenas e quilombolas e promovendo a desterritorialização de comunidades camponesas tradicionais. Diante dessa realidade, as principais organizações camponesas brasileiras realizaram, em agosto de 2012, o I Encontro Unitário dos Trabalhadores e Trabalhadoras e Povos do Campo, das Águas e das Florestas. Processo de construção de unidade de classes singular na história recente brasileira, a articulação unitária teve diversos desdobramentos posteriores, dentre eles a reconfiguração da luta camponesa em Goiás. Assim, partindo do reconhecimento por este espaço de reflexão sobre a importância e imprescindibilidade da busca de entendimento do papel dos movimentos sociais nessa fase atual de desenvolvimento do capitalismo na América Latina em relação à mediação com o Estado no avanço de conquistas democráticas e populares, o trabalho apresentado objetiva analisar essa reconfiguração das lutas no campo goiano, bem como a articulação dos sujeitos que a levam a cabo, à luz de uma importante conquista: a Política Estadual da Agricultura Familiar Camponesa. 9.GRABOIS, Victória Lavínia (Presidente do GTNM/RJ); DE BARROS SALGADO, Lívia [email protected] (Bolsista de mestrado da Capes pelo Programa de Pós-Graduação em Ciências Sociais, da Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro) “O Grupo Tortura Nunca Mais: um olhar etnográfico” O Grupo Tortura Nunca Mais/RJ (GTNM/RJ) foi fundado em 1985, por iniciativa de familiares de mortos e desaparecidos políticos, militantes e ex-presos políticos que viveram situações de clandestinidade, tortura e prisão durante a ditadura civil-militar. Desta maneira, assumiu compromisso na luta contra as violações dos direitos humanos; pelo esclarecimento das circunstâncias de morte e desaparecimento de militantes políticos. Embora tenha como objetivo esclarecer as questões referentes ao período ditatorial, o GTNM se coloca contrário ao modo como Comissão Estadual da Verdade do Rio de Janeiro (CEV-Rio) atua. Criada como subsidiária da Comissão Nacional da Verdade - cujo objetivo é esclarecer as violações de direitos humanos praticadas no período e efetivar o direito à memória e à verdade histórica -, a CEV-Rio tem organizado inúmeros eventos, entre eles uma audiência pública sobre o caso Mário Alves. Diante do exposto, a proposta é analisar o histórico de luta do GTNM, demonstrando o modo como atua no cenário político. Além disso, pretende-se, a partir do trabalho de campo, analisar as críticas que o Grupo faz à CEV-Rio, sobretudo as que foram expressas de forma pública na audiência em questão. 10. GRASSIOLLI, Isabel [email protected] UNESPAR “A nova racionalização da pobreza no Brasil e seus limites: Programa Bolsa Família” A presente comunicação se propõe a pensar as transformações anunciadas pelo governo Lula (2003-2010) através do Programa Bolsa Família, entendendo que este Programa se configura como importante alicerce na construção e manutenção da hegemonia burguesa sob o governo petista. Neste sentido, buscamos analisar a implementação do Programa Bolsa Família, por meio da problematização dos conceitos que alicerçam essa política, tais como: cidadania, pobreza, extrema pobreza, inclusão e exclusão. Os referidos conceitos têm conferido uma “nova racionalidade” às desigualdades sociais, na tentativa de apagar os antagonismos de classe vividos na sociedade capitalista. Buscamos compreender de que forma esse arsenal conceitual e a nova linguagem adotada pelo Partido dos Trabalhadores criou condições para que o Programa Bolsa Família saísse do campo majoritário do dissenso e das polêmicas para se tornar uma política relativamente “consensual” perante a opinião pública, passando a ser disputada por diferentes forças políticas. Para isso, vamos analisar os materiais oficiais vinculados ao Ministério de Desenvolvimento Social e Combate a Fome (MDS) bem como as

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opiniões proferidas pelos ideólogos do Programa, entendendo que esses materiais se constituem enquanto instrumento privilegiado de afirmação da hegemonia burguesa. 11. GÜNTHER, Maria Griselda [email protected] Profesora-investigadora de la Universidad Autónoma Metropolitana, unidad Xochimilco “Sustentabilidad, Estado y gestión comunitaria del agua en México y Ecuador” El presente trabajo tiene como objeto analizar la gestión comunitaria del agua en dos casos de América Latina: México y Ecuador, frente al gran reto de sustentabilidad de los recursos hídricos en el mundo. Las preguntas centrales que guían el trabajo son: ¿De qué manera la gestión comunitaria del agua se fortalece como respuesta a la ausencia estatal? y ¿cómo las respuestas comunitarias son respuestas sustentables al problema de abasto de agua? El trabajo presenta las principales aristas de la política hídrica en ambos países y discute la pertinencia de abordar el problema del agua mediante los modelos de gestión dominantes y alternativos, para enmarcar el análisis de la gestión comunitaria del agua para consumo humano en la Ciénega de Chapala, Michoacán (México) e Imbabura, (Ecuador), destacando sus aportes en términos de sustentabilidad y en torno a la falta de intención y capacidad estatal en la gestión del agua para consumo humano. 12. JUNGEMANN, Beate [email protected] Centro de Estudios del Desarrollo (CENDES), Universidad Central de Venezuela (UCV) “Participación popular y políticas públicas: Campamento de Pioneros en el marco de la Gran Misión Vivienda Venezuela (GMVV)” Desde la última década Venezuela está pasando por un proceso de cambio social donde las políticas públicas juegan un papel central y el poder popular organizado comienza a ocupar y conquistar espacios de transformación social y territorial. Una de las políticas públicas más emblemática, única en America Latina, es la GMVV, una política de inclusión social urbana con diversas formas de participación popular. La organización de base, Campamento de Pioneros, lucha como parte del Movimiento de Pobladores por la democratización del suelo urbano y una ciudad justa e incluyente. Su participación en la GMVV se materializa a través de sus experiencias concretas de construcción y autogestión de viviendas. El trabajo propuesto es una primera aproximación de análisis de esta participación popular en la gestión de la política de vivienda, evidenciando la complejidad que caracteriza el proceso de construir vivienda y hábitat popular contrario a la reproducción de la lógica mercantilista y en una relación contradictoria, entre autonomía y dependencia, con el Estado. Este trabajo forma parte de un proyecto mayor de investigación sobre los impactos de la GMVV en la segregación urbana de la Caracas Metropolitana desde una perspectiva de la integración socioterritorial. 13. MORAES ARCOVERDE, Marcos Augusto [email protected] UNIOESTE “O PAPEL DO SERVIÇOS DE ATENÇÃO PRIMÁRIA À SAÚDE NO ENFRENTAMENTO DA POBREZA: UMA ANÁLISE PRELIMINAR DOS MUNICÍPIOS DA 9ª REGIONAL DE SAÚDE DO PARANÁ – BRASIL” Apesar da Constituição Federal do Brasil de 1988 ter instituído formalmente que o acesso à saúde é um direito de todos e um dever do Estado, isso não foi suficiente para assegurar o atendimento primário de saúde a toda a população. Na década de 1990, no ápice do neoliberalismo, verificou-se um agravamento da questão social e da pobreza, sobretudo nos

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países periféricos que passaram a adotar Políticas de Transferência de Renda dirigidas às populações extremamente pobres, quase sempre condicionadas à educação, saúde e assistência social. No Brasil, foi implementado o Programa Bolsa Família. Assim, pretende-se nesse trabalho, a partir de uma pesquisa documental e bibliográfica, analisar os indicadores de atenção primária à saúde aos beneficiários do Programa Bolsa Família, nos municípios da 9ª Regional de Saúde do Paraná-Brasil. Considerando que o Sistema único de Saúde é universal, entende-se que a cobertura da população total é baixa, contudo, se considerarmos apenas a população pobre perfil bolsa família, observa-se que a cobertura é maior, indicando que as famílias pobres tem tido maior acesso aos serviços básicos de saúde. Por fim, destaca-se que a expansão da cobertura da atenção primária somente será possível mediante a ampliação do número de equipes de saúde da família. 14. OLIVEIRA, Nathalia Cristina [email protected] Doutoranda em ciência política pela Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) e pesquisadora do Centro de Estudos Marxistas (Cemarx) “As reivindicações dos sem-teto no Brasil e as respostas do Estado: um breve balanço dos anos 1990 e 2000” Neste artigo, tratamos da luta por moradia digna das famílias de trabalhadores sem-teto no Brasil. Analisamos, particularmente, os movimentos dos sem-teto, nas duas últimas décadas, de modo a destacar suas principais reivindicações, os métodos de lutas utilizados para alcançar o que objetivam e as respostas do Estado às demandas destes movimentos. Lembramos que a relação entre movimentos sociais e Estado é muito debatida na sociologia e na ciência política brasileiras e mundiais. Neste debate, despontam os mais diversos conceitos (como autonomia, institucionalização, cooptação, clientelismo, entre outros) e teses variadas (como a “De costas para o Estado, longe do parlamento” ou a “De frente para o Estado, em busca do parlamento”). Neste artigo, além de contribuirmos criticamente com esta discussão, apresentamos um trabalho desafiador de análise, a saber, abordar os movimentos dos sem-teto, em uma dimensão nacional, levando em consideração a diversidade existente entre os movimentos, principalmente no que se refere às orientações político-ideológicas. 15. OLIVEIRA RODRIGUES, Emilia [email protected] Graduanda em Serviço Social pela UFOP. Bolsista de Iniciação Científica do projeto de Pesquisa “Democracia, desenvolvimento capitalista e as lutas dos trabalhadores no Brasil” (UFOP/PROBIC/FAPEMIG); e integrante do Grupo de Estudos Marxismo e realidade br; DA CONCEICÃO TIMOTEO, Fabiana, [email protected] Graduanda em Serviço Social pela UFOP. Bolsista de Iniciação À Pesquisa do projeto de Pesquisa “Democracia, desenvolvimento capitalista e as lutas dos trabalhadores no Brasil” (UFOP/PIP/); e integrante do Grupo de Estudos Marxismo e realidade brasileira; DE BRITO, Daniele Cristina [email protected] Graduanda em Serviço Social pela UFOP. Bolsista de Iniciação Científica do projeto de Pesquisa “Democracia, desenvolvimento capitalista e as lutas dos trabalhadores no Brasil” (UFOP/PIBIC/CNPQ); e integrante do Grupo de Estudos Marxismo e realidade brasil; FIGUEIREDO, Flávia Mauricio [email protected] Graduanda em Serviço Social pela UFOP. Bolsista de Iniciação à Pesquisa do projeto de Pesquisa “Democracia, desenvolvimento capitalista e as lutas dos trabalhadores no Brasil” (UFOP/PIP); e integrante do Grupo de Estudos Marxismo e realidade brasileira; RIBEIRO BARBOZA, Douglas [email protected] Professor Adjunto do curso de Serviço Social da Universidade Federal de Ouro Preto (DECSO/ICSA/UFOP). Coordenador do Programa de Estudos e Pesquisas em Lutas Sociais, Trabalho e Política no Brasil (PROLUTA) e do Grupo de Estudos Marxismo e realidade brasileira; BOTELHO LIMA BARBOZA, Jacqueline Aline [email protected] Professora Assistente do curso de Serviço Social da Universidade Federal Fluminense (UFF-Niterói). Pesquisadora associada do

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Programa de Estudos e Pesquisas em Lutas Sociais, Trabalho e Política no Brasil (PROLUTA) e do Grupo de Estudos Marxismo e realidade “Democracia, desenvolvimento capitalista e as lutas dos trabalhadores no Brasil (2013/2014)” Partindo da compreensão das desigualdades históricas que presidem o processo de desenvolvimento do capitalismo no Brasil e da feição antidemocrática assumida pela revolução burguesa, a pesquisa busca investigar a relação entre a construção da democracia e as transformações societárias engendradas pelo atual estágio de desenvolvimento do capitalismo, resgatando as possibilidades de reflexão mediante as particularidades da formação histórica brasileira e os processos de resistência e luta dos trabalhadores pela construção de um espaço efetivamente público e democrático em nossa sociedade. A análise se fundamenta através do mapeamento dos conflitos sociais brasileiros ocorridos no período de 2013/2014, a partir do acompanhamento e seleção de notícias divulgadas em mídias impressa e digital que tratem dos desafios às lutas dos trabalhadores no conjunto de restrições democráticas e da negação da organização social para a defesa e ampliação de direitos. 16. RISSATO, Denise [email protected] UERJ/UNIOESTE “O papel do serviços de atenção primária à saúde no enfrentamento da pobreza: uma análise preliminar dos municípios da 9ª regional de saúde do Paraná – Brasil” Apesar da Constituição Federal do Brasil de 1988 ter instituído formalmente que o acesso à saúde é um direito de todos e um dever do Estado, isso não foi suficiente para assegurar o atendimento primário de saúde a toda a população. Na década de 1990, no ápice do neoliberalismo, verificou-se um agravamento da questão social e da pobreza, sobretudo nos países periféricos que passaram a adotar Políticas de Transferência de Renda dirigidas às populações extremamente pobres, quase sempre condicionadas à educação, saúde e assistência social. No Brasil, foi implementado o Programa Bolsa Família. Assim, pretende-se nesse trabalho, a partir de uma pesquisa documental e bibliográfica, analisar os indicadores de atenção primária à saúde aos beneficiários do Programa Bolsa Família, nos municípios da 9ª Regional de Saúde do Paraná-Brasil. Considerando que o Sistema único de Saúde é universal, entende-se que a cobertura da população total é baixa, contudo, se considerarmos apenas a população pobre perfil bolsa família, observa-se que a cobertura é maior, indicando que as famílias pobres tem tido maior acesso aos serviços básicos de saúde. Por fim, destaca-se que a expansão da cobertura da atenção primária somente será possível mediante a ampliação do número de equipes de saúde da família. 17. SANDOVAL MORENO, Adriana [email protected] Investigadora en la Unidad Académica de Estudios Regionales, de la Coordinación de Humanidades, Universidad Nacional Autónoma de México “Sustentabilidad, Estado y gestión comunitaria del agua en México y Ecuador” El presente trabajo tiene como objeto analizar la gestión comunitaria del agua en dos casos de América Latina: México y Ecuador, frente al gran reto de sustentabilidad de los recursos hídricos en el mundo. Las preguntas centrales que guían el trabajo son: ¿De qué manera la gestión comunitaria del agua se fortalece como respuesta a la ausencia estatal? y ¿cómo las respuestas comunitarias son respuestas sustentables al problema de abasto de agua? El trabajo presenta las principales aristas de la política hídrica en ambos países y discute la pertinencia de abordar el problema del agua mediante los modelos de gestión dominantes y

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alternativos, para enmarcar el análisis de la gestión comunitaria del agua para consumo humano en la Ciénega de Chapala, Michoacán (México) e Imbabura, (Ecuador), destacando sus aportes en términos de sustentabilidad y en torno a la falta de intención y capacidad estatal en la gestión del agua para consumo humano.

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|28 de novembro – 9.00hs – Sala K1. UNIOESTE|

SIMPÓSIO 32 HISTÓRIA, MEMÓRIA E PATRIMÔNIO

Coordenadores: Giane da Silva Mariano Lessa (Curso de Letras, Artes e Mediação Cultural, UNILA) [email protected] Hernán Venegas Marcelo (Curso de História – América Latina, UNILA) [email protected]ñ Rosangela de Jesus Silva (Curso de História – América Latina, UNILA) [email protected]

RESUMO: O Simpósio Temático “História, patrimônio e memória” visa estabelecer diálogos com docentes-pesquisadores, discentes de pós-graduação e graduação interessados no estudo e pesquisa da história, da memória e do patrimônio. Os espaços de cultura, a construção, apropriação e reivindicação de lugares de memória proporcionam aos movimentos sociais possibilidades de inserção e reflexão. Algumas políticas de Estado em países da América Latina têm criado algumas aberturas que proporcionam a manifestação de diferentes grupos nas escolhas e discussões da construção dos lugares de memória. Igualmente o simpósio temático proposto contempla, em suas linhas de debate e reflexão, trabalhos relacionados ao estudo histórico dos conceitos de memória e patrimônio; suas representações histórico-culturais e ficcionais; à história das políticas públicas de preservação patrimonial e de construções de memórias e à dinâmica da renovação das tradições. Nesse sentido vale lembrar que ao passo que certas memórias se constituem como emblemáticas e identitárias de certos grupos sociais, outras submergem e são soterradas. É por meio dos discursos de diversas áreas do conhecimento e de diversas esferas sociais e do uso de diferentes linguagens, nos quais estão implicadas relações de poder, que se dão as construções de memórias e identidades. Daí a importância desse estudo na América Latina, cuja história implica o encontro e duelo de forças de disputa pela memória. A trajetória do evento e o perfil da Universidade Federal da Integração Latino-Americana (UNILA) propiciam uma oportunidade ímpar para a abrangência dos trabalhos em diversos contextos socioculturais. As diversas pesquisas e áreas trabalhadas pelos proponentes dentro desse tripé – patrimônio, história e memória, e a concepção do ST garantem o viés interdisciplinar para pensarmos o Brasil em diálogo com os demais países da América Latina. Assim convidamos pesquisadores interessados em discutir e analisar, à luz das relações entre o Estado e os movimentos sociais, aqueles conceitos e as construções discursivas neles implicadas no âmbito e na dinâmica da história da América Latina. RESUMOS 1. FAGUNDES, Valda de Oliveira [email protected] Ecomuseu Dr. Agobar Fagundes “Del Museo Tradicional al Ecomuseo: una trayectoria de História, Memória y Patrimonio” Históricamente, los museos estaban estructurados, especialmente, para preservar y salvaguardar un determinado acervo – conjunto de objetos que poseían significativo valor histórico, monetario, artístico y natural. Con el advenimiento de la llamada Nueva Museología, el foco museal hoy gira en torno a la relación entre este acervo y la sociedad. En este sentido,

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museos dejan de entenderse como instituciones permanentes, espacios de sacralización destinados a pocos, para consubstanciarse como organismos dinámicos y vivos que, como tales, pueden nacer, crecer y morir, dependiendo del papel que asuman con su entorno. Eso se hace aún más fuerte cuando se habla de ecomuseos, pues uno de los objetivos de este tipo de institución es actuar en pro del acogimiento, investigación, preservación y promoción comunicación de la fauna, de la flora y de todo el patrimonio material e inmaterial circundante – lo que hoy llamamos de ecología contemporánea. Así, más allá de las demás topologías museales, la ecomuseología exige una postura dialógica, permeada por un oír sensible como base de acción, dónde si inscriben, la Historia, la Memória y el Patrimonio. 2. FRESCURATO, Caruanã Guatara Oliveira [email protected] Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro “O uso da oralidade na educação pública como guarda da memória e do patrimônio de um povo” O presente trabalho relata a experiência e a pesquisa realizada com estudantes da rede pública do Rio de Janeiro através dos conceitos de História e Memória, tendo como objetivo o estudo dos conceitos que se passam nas escolas sobre patrimônio, História e memória, levando em conta a importância da participação dos alunos e de seus familiares na própria construção da História. Criou-se um trabalho de granjeio com os estudantes das suas histórias e de seus familiares, fazendo com que as suas identidades sejam lembradas, unindo suas múltiplas culturas comunitárias. O produto final levou a conscientização do ensino de memória e patrimônio e a sua importância para os alunos. 3. JEBAI, Soraya Teixeira [email protected] UNILA “Intervenções urbanas na América Latina. A revalorização dos centros urbanos como direito às cidades” O estudo de processos de revitalização urbana têm se apresentado como tema importante para a compreensão da dinâmica urbana contemporânea, visto que interferem nas relações econômicas, sociais e culturais das cidades. Na América Latina, a consolidação do modelo urbanístico “centro-periferia” das décadas de 1970-1990, fez surgir processos de fragmentação urbana e fenômenos de segregação, que passaram a ser modificadas através de intervenções urbanas específicas. Neste artigo serão avaliadas as experiências recentes de revitalização ocorridas na América Latina, enfocando, sobretudo as intervenções urbanas nos centros das cidades de São Paulo, Rio de Janeiro e Buenos Aires. O artigo pretende demonstrar como esses processos desencadeados nas duas últimas décadas do século XX, têm se configurado como ferramentas importantes de resgate do patrimônio cultural, social e de revalorização da urbanidade. 4. LOUZADA, Natália do Carmo [email protected] CPDOC/FGV/Rio de Janeiro “De que patrimônio estamos falando? Apontamentos sobre a patrimonialização federal de Candomblés no Brasil (1984-2013)” Desde 1984, quando foi patrimonializado o Ilê Axé Iyá Nassô Oká - terreiro soteropolitano considerado como mais antigo do país e o primeiro a ser tombado - o Candomblé vem sendo enquadrado nas políticas nacionais de preservação patrimonial como Bem Cultural de

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Natureza Material. Nesse sentido, a presente comunicação objetiva problematizar o tombamento de terreiros de Candomblé pelos órgãos federais de preservação, a fim de compreender como o a religião de matriz africana vem sendo historicamente interpretada e ressemantizada pelos processos oficiais de patrimonialização. Propomo-nos aqui a investigar as justificativas apresentadas no âmbito dos referidos processos, procurando analisar preliminarmente os motivos pelos quais mesmo após a criação pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional de instrumentos adequados ao reconhecimento e à preservação de Bens Culturais Imateriais, nos anos 2000 e 2004, os candomblés continuam a ser entendidos como Patrimônio Cultural de Natureza Material. 5. MATTIAUDA, Daniela Ivanna Galli [email protected] UNILA KARPINSKI, Cezar. [email protected] UNILA La “Cuestión de Palmas” y sus influencias en la definición del límite entre Brasil y Argentina en las Cataratas del Iguazú (1860-1920) El presente trabajo busca exponer las discusiones que vienen siendo estudiadas en los últimos dos años del proyecto “Cataratas e Parque Nacional do Iguaçu: relações históricas entre Brasil e Argentina no domínio pela paisagem (1860-1920)”, que involucraron en un primer momento la catalogación de archivos históricos sobre la zona misionera. En la actualidad a través del análisis de estos, se pretende mostrar cuales fueron los conflictos bilaterales entre Brasil y Argentina en dicha zona. El principal objetivo es discutir como ocurre la apropiación de la denominada “zona misionera” o “questão das palmas” por parte de Brasil, que influencia de esta forma la definición de los límites entre los dos países en el paisaje Cataratas del Iguazú, hoy mundialmente conocida como “Patrimonio Natural de la Humanidad”. 6. MIYASATO, Paola Miyagusuku [email protected] Facultad de Ciencias Sociales – UBA “Problemática actual de los sitios de memoria desde las políticas públicas tras la violencia política peruana de 1980 – 2000” Los sitios de memoria en Perú tras el conflicto armado de 1980 a 2000 han sido impulsados e instaurados por varios actores, incluidos organismos de DDHH, familiares de desaparecidos, sociedad civil y el gobierno. Las pugnas entre los actores son muy fuertes, pues al incluir como víctimas de la violencia política a militares, terroristas, poblaciones campesinas e indígenas asesinadas sistemáticamente con personajes específicos envueltos o no en el conflicto, queda aún irresuelta la discusión sobre quiénes son víctimas. ¿Cuáles son los criterios que deben primar en una obra conmemorativa? Desde un discurso oficial, el caso del museo estatal “Lugar de la Memoria, la Tolerancia e Inclusión Social” conlleva preguntas de mayor peso: cómo representar y recordar lo sucedido, integrando discursos paralelos al oficial, en un espacio físico que no contiene carga histórica directa. Además, dada la coyuntura pre electoral en Perú, donde posibles candidatos están ligados a violación de derechos humanos, ¿cómo serán manejadas las políticas sobre memoria si alguno es elegido? El presente texto busca poner en cuestión la problemática de los sitios de memoria desde las políticas públicas, centrado en los conflictos entre los diferentes actores y las dificultades de concretar la reconciliación en el discurso oficial con el derecho privado de las víctimas. Asimismo, invita a la comparación con el caso argentino, especialmente el CC por la Memoria Haroldo Conti y el Archivo Provincial de la Memoria de Córdoba.

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7. SILVA, Benedito Walderlino de Souza [email protected] UFPA “Por uma gestão participativa nas políticas públicas de salvaguarda do patrimônio cultural no Brasil” Este trabalho analisa princípios defendidos e instrumentos usados pelas políticas públicas de preservação e valorização do patrimônio cultural no Brasil e seus resultados para a gestão participativa destas políticas atualmente. Assim, enquanto primeira instituição estatal voltada à salvaguarda cultural no país, abordaremos a atuação do Serviço do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional, sobretudo, entre 1930 e 1980, a partir do Decreto nº 25 de 1937 que institui o Tombamento, um instrumento voltado a vertente material do patrimônio. Igualmente, a influência que discursos paralelos tiveram nesse contexto e como ingressaram nas políticas estatais de salvaguarda, ponderando o papel que o Centro Nacional de Referências Culturais teve sobre a reconfiguração destas políticas após 1980, levando a Constituição de 1988 a instituir o reconhecimento tanto das vertentes material e imaterial do patrimônio cultural brasileiro quanto da importância de uma gestão participativa que garanta a ação direta não só do estado como também da sociedade. Entendemos que tal condição foi impulsionada a partir do Decreto nº 3.551 de 2000 que cria o Programa Nacional do Patrimônio Imaterial e institui o Registro, um instrumento voltado a vertente imaterial do patrimônio; bem como, do Inventário Nacional de Referência Cultural e do Decreto nº 7.387 de 2010 que institui o Inventário Nacional da Diversidade Linguística. Enquanto instrumentos de salvaguarda de bens referências a história e memória social do Brasil, consideramos que são fundamentais para permitir uma gestão cultural participativa e, assim, a afirmação de identidades que são patrimônios da cultura do país. Ainda permitem ao Brasil ocupar lugar de destaque nas ações de cooperação internacional ligadas a salvaguarda do patrimônio cultural na América Latina. 8. SLAVUTSKY, Ariel Ignacio [email protected] Facultad de Humanidades y Ciencias Sociales de la Universidad Nacional de Jujuy-Consejo Nacional de Investigaciones Científicas y Tecnológicas (CONICET) “Patrimonio Cultural y Memoria. Una relación no tan clara como parece” El Patrimonio Cultural se postula como una forma de establecer una conexión directa entre el pasado y el presente (Hernandez Ballart,J y Treserras, J 2007) sin embargo esta relación nunca es ni tan clara ni tan lineal, mucho menos cuando el bien activado hace referencia al pasado reciente. Dado que, los bienes culturales cobran sentido en un contexto material y discursivo. En este sentido la activación de un objeto produce una separación física del mismo incluyéndolo en una lógica museística clásica separándolos de la vida cotidiana e incluyéndolo en un discurso legitimado que se propone justificar su activación al mismo tiempo que lo sitúa en una narración histórica que intenta fortalecer un proyecto identitario (Prats, L. 2004). Frente a esto nos planteamos las siguientes preguntas ¿Hacia quien está dirigido estos discursos? ¿Son efectivas? ¿Quién elige que se recuerda y que no? Me propongo reflexionar sobre estas cuestiones teniendo en cuenta las prácticas mnémicas llevadas a cabo por la última dictadura militar y su posterior recuperación y discusión durante la última década en la Argentina focalizándonos en las provincias del Noroeste del país. 9. SOUZA, Aparecida Darc de [email protected] Universidade Estadual do Oeste do Paraná Campus - Marechal Cândido Rondon

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“Memória e História: a formação da vocação turística de Foz do Iguaçu” Esta comunicação tem como objetivo problematizar o modo como uma determinada memória organizada pelos grupos dominantes de Foz do Iguaçu se tornou referência comum na interpretação do passado da cidade. Assim, a partir da análise de diversos textos produzidos por memorialistas locais, entre os anos de 1970 e 1990, buscaremos identificar o modo como as elites tradicionais da cidade produziram uma memória cujo conteúdo fosse capaz de moldar uma visão histórica de Foz do Iguaçu como uma cidade que, desde sua fundação, estaria destinada a ser um centro de atração turística. Em termos gerais, o que se pretende é discutir quando, como, por que e por quem foi construída a idéia da vocação turística de Foz do Iguaçu. Trata-se também de tomar a memória não apenas como uma produção social, mas também histórica, uma vez que destacaremos como contexto de transformação urbana vivido por Foz do Iguaçu a partir da construção da usina de Itaipu influenciou a organização desta memória sobre a cidade. 10. ZAPATA, Horacio Miguel Hernán [email protected] Universidad Nacional del Nordeste (UNNE)/Universidad Nacional de Rosario (UNR), Argentina “La cultura material indígena en el Museo Histórico Provincial “Dr. Julio Marc” de Rosario (Argentina): visibilidades y ocultamientos de una memoria patrimonializada” En Argentina, las formas de apropiarse del "otro" indígena han evidenciado a lo largo de los siglos diferentes estrategias. La colección y exhibición de múltiples objetos pertenecientes a la cultura material de esos “otros” en museos ha sido una de ellas. Ya sea como herramienta documental o como legado estético, la patrimonialización de tales elementos ha servido para construir una memoria particular de la alteridad étnica a partir de los parámetros de la propia cultura de quien elige conservarlos. En efecto, la presencia de la historia indígena en las instituciones museísticas ha sido uno de los temas en que la asignación estereotipada de determinadas pautas de organización social, territorialidades e identidades se muestra con mayor fuerza, ya que los modelos seleccionados para su (re)presentación museográfica han seguido los parámetros occidentales. La intención de esta ponencia es analizar los modos en que se han nominado y representado los pueblos indígenas en el Museo Histórico Provincial “Dr. Julio Marc” de la ciudad de Rosario, centrándonos en la construcción, permanencia y pliegues de una retórica procedente de la época en que se fundó tal institución a principios del siglo XX. En tal sentido, indagamos en las potencialidades de la cultura material indígena como discurso legitimador del guión museográfico y como modo de interpelación crítica al público visitante, enfatizando tanto en su presencia (visibilidades) como en su ausencia (ocultamiento), en otras palabras, en lo “visto y no visto”.

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|29 de novembro – 9.00hs – Sala K2. UNIOESTE|

SIMPOSIO 33 LA COMUNICACIÓN EN LOS ESCENARIOS DE CONFLICTO EN AMERICA LATINA: PRÀCTICAS, DISPUTAS Y REENMARCAMIENTOS MEDIÀTICOS

Coordinadores: Ximena Cabral - Universidad Nacional de Córdoba (UNC) [email protected]; Patricia Sorribas- Universidad Nacional de Córdoba (UNC); Universidad Católica de Córdoba (UCC) [email protected]

RESUMO: El crecimiento de la conflictividad social en América Latina se materializa tanto desde el espacio massmediatico como a partir de diferentes formas de expresión de la protesta social y la acción colectiva. Allí, los actores recurren a diferentes manifestaciones estético-expresivas, desde las protestas caracterizadas por formatos más tradicionales hasta formas emergentes de expresión, que les permitan enmarcar sus discursos sobre los bienes en disputa y sus propias prácticas.

En este escenario, reconocemos que los medios de comunicación masiva son un actor privilegiado en la construcción social del conflicto: visibilizando/ invisibilizando actores y discursos, configurando marcos de percepción acerca de los sujetos, la protesta y su relevancia política y social. Sin embargo, en los últimos años se han multiplicado expresiones de la prensa “propia”, colectivos de prensa desde los movimientos, y otras expresiones como periodismo militante que caracterizan nuevas formas de re-escriturar las manifestaciones en la disputa. En ese sentido, la comunicación como fenómeno pluridimensional se constituye en objeto de indagación y de reflexión tanto desde las apropiaciones discursivas y los espacios de mediación que se tornan relevantes para abordar los diferentes conflictos en la región, como de los diferentes ensayos y prácticas de comunicación alternativa y expresiva que se dan los colectivos sociales. En este simposio queremos compartir indagaciones y discutir sobre los diferentes espacios de producción, mediación y circulación de discursos. Asimismo, queremos abordar aquellos otros modos de inscribir y producir sentidos sociales. Para ello, proponemos tres ejes temáticos: 1- Experiencias que manifiestan la necesidad de algunos colectivos y movimientos sociales por inscribir sus demandas y sensibilidades en un contexto de fuerte constricción de los espacios mediáticos. Las radios comunitarias, las redes de comunicación alternativa y la pluralidad de soportes que los movimientos utilizan dan cuenta de la importancia de generar estrategias para que su palabra circule y crezca desde el pie, desde los intersticios para alcanzar la visibilidad social. 2- Las formas de mediación y mediatización mediáticas. Las diferentes versiones de la prensa gráfica, televisiva, radiofónica y digital. La construcción monopólica y las líneas editoriales. 3- Estéticas emergentes y reapropiaciones de recursos expresivos dentro de la acción colectiva y la protesta. Prácticas de producción de sentido surgidas desde el arte, el grafitti, la música, las murgas, el baile entre otros modos de decir- hacer. Invitamos a integrantes de movimientos sociales, militantes, periodistas, comunicadores e investigadores a compartir sus experiencias en relación a discusiones, interrogantes o avances de trabajos que aborden alguno de estos ejes. Actividades complementarias (abierto a propuestas)

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Muestra fotográfica

Video Debate

Presentación de revistas RESUMOS 1. CABRAL, Ximena [email protected] Escuela de Ciencias de la Información. Universidad Nacional de Córdoba, Circulo Sindical de la Prensa y la Comunicación (Cispren), Observatorio de Conflictos laborales y socioambientales de la provincia de Córdoba. “¿Quién dice qué? Las disputas de sentido y las tácticas contraexpropiatorias de los colectivos contra la depredación socioambiental” Las diferentes formas expresivas manifiestas en la protesta constituyen claves de ingreso para aproximarnos a los estudios de la acción colectiva desde una perspectiva crítica sobre los campos conflictuales y los procesos de enmarcados. En ese sentido, proponer un abordaje desde la expresividad supone una vía privilegiada para indagar sobre la constitución y las disputas de sentido y, al mismo tiempo, ensayar sobre las potencialidades de la expresión estética como fuerza per-formativa y parte de las agencias tácticas desde los escenarios de protesta. Por ello, en nuestro trabajo indagamos sobre las posibilidades de análisis de la acción colectiva desde su expresividad y a partir de las propios registros de prensa de los colectivos y de los medios comunitarios o alternativos que escapan a la lógica del primming que desde los medios hegemónicos invisibillizan, estigmatizan o reenmarcan los sentidos y demandas que los movimientos y colectivos ponen en escena. Como parte de las indagaciones en un marco de investigación mayor sobre la protesta social dentro de un modelo neo extractivo de acumulación se referenciará parte de las dinámicas y recursos expresivos presentes en los últimos años en Argentina y dentro de las luchas contraexpropiatorias que los colectivos y movimientos sociales desarrollan en la región. 2. GIULIANI, Julia [email protected] Secretaria de Prensa de la CTA (Central de Trabajadores de la Argentina) Río Cuarto y de ATE (Asociación de Trabajadores del Estado). Militante social en barrios periféricos de la ciudad. Comunicadora y fotógrafa popular “La construcción desde abajo: el rol de los movimientos sociales en los procesos de transformación. La importancia de la comunicación propia” La Constituyente Social que promueve la Central de Trabajadores Argentinos junto a otras organizaciones a partir de la crisis del 2001 implicó avanzar en la conciencia desde la clase trabajadora de realizar una crítica al sistema hegemónico capitalista donde la participación desde los movimientos y los trabajadores se presenta como el motor vital para llevar adelante la transformación social. Desde una perspectiva Latinoamericana, tomaremos en este trabajo las perspectiva crítica de Boaventura De Sousa Santos para desde una epistemología del sur, ver las posibilidades propias de producir y disputar sentido de los actores sociales organizadores. Desde allí analizamos la experiencia de la constituyente y la creación de la prensa propia como trinchera en la que nos recostamos para escribir nuestro relato, lo que si queremos desde donde ir escribiendo la propia historia La crisis del capitalismo visibiliza los procesos contestatarios como marchas, movilizaciones y la importancia que reviste contar con herramientas comunicacionales propias para poder

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difundir esa propuesta, ese proyecto político, social, cultural de emancipación y liberación y que estrategias poseemos desde los Movimientos Sociales para poder desarrollarlas. Como trabajadores, como militantes sociales de la Central de Trabajadores de la Argentina, consideramos imprescindible reconocernos como generadores de cultura y conocimiento, porque debemos pasar de ser sujetos pasivos, definidos por muchos como “objetos de estudio”, para sabernos sujetos políticos y transformadores. 3. GONZÁLEZ LAVANDERO, Marianela [email protected] Periodista e investigadora, Casa de las Américas, La Habana, Cuba. Maestrante en Historia Contemporánea y Relaciones Internacionales, con Mención en América Latina por la Universidad de La Habana. Editora de la revista cubana Temas. Cultura, ideología y sociedad “¿Alternativa o reciclaje? estado, políticas públicas y sistemas de comunicación en la américa latina contemporánea: las deudas del viejo topo” La región ha pasado a ser el escenario de proliferación de gobiernos llegados al poder como resultado de una acumulación de experiencias de lucha popular. Como signo, una recuperación del Estado regulador que se constituye y busca su legitimidad en ese mismo corpus de lucha. Una de las agendas ha sido la transformación del campo comunicacional neoliberal. Por el amplio espectro de sujetos que intervienen, la complejidad de este proceso dentro del concierto de políticas públicas, la estrecha relación que el asunto guarda con la memoria histórica más reciente y con la tradición política del continente, y sobre todo, por la implicación de todo este campo de fuerzas como sujeto histórico al/del cambio, el sistema de comunicación en la América Latina ha emergido en los últimos años como una las más polémicas aristas de los estudios sobre la región, desde cualquiera de las disciplinas. Pero ¿hasta qué punto constituyen estas políticas solo una vía de ganar espacio en la correlación de fuerzas, y hasta dónde, entonces, una apuesta por un sistema comunicacional que permita la reconstrucción/democratización del espacio público latinoamericano tras décadas de vaciamiento, invisibilización y sometimiento estructural? 4. MACHADO LÓPEZ, Mabel [email protected] / [email protected] Facultad de Comunicación de la Universidad de La Habana “Hacia la actualización de las políticas de comunicación en Cuba. Un estudio sobre la gestión y sostenibilidad de las organizaciones periodísticas de cara a las transformaciones estructurales del modelo social cubano promovidas desde el gobierno” Aunque para Cuba representa una fortaleza contar con un sistema de medios libre del control privado (punto de partida vital para su funcionamiento democrático), la fuerte estatalización del sector no es necesariamente sinónimo de control social sobre los mismos. Partiendo de tal premisa, este estudio se dedica a encontrar las bases teórico-metodológicas que pueden aplicarse a un modelo de organización periodística sustentable y coherente con los principios fundamentales del sistema social cubano con énfasis en la revisión de los principios de la economía creativa, en un momento en que se apuesta por la renovación socioeconómica en el país. El aparato teórico que sustenta esta indagación aborda de manera crítica la regulación de la comunicación y el trazado de políticas públicas, la producción científica sobre la gestión y administración de medios, los análisis actuales sobre a economía de medios y mercado informativo y los aportes de las ciencias sociales al debate sobre la dimensión cultural del desarrollo. 5. MOHADED ZANELLI, Myriam Silvana

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[email protected] [email protected] Escuela de Ciencias de la Información- Área de Educación a Distancia. Coordinadora del Centro de Documentación Juan Carlos Garat, integrante de Periodistas Argentinas en Red (PAR) - Escuela de Ciencias de la Información. “Las representaciones de género en el trabajo dentro de los medios masivos de comunicación” El área del trabajo es el de mayor vulnerabilidad para las mujeres y representa un gran desafío para la equidad. En nuestro país, es en el mercado laboral donde más derechos se infringen y la equidad de género dentro de los sindicatos no es un tema importante. Hay algunas tentativas por alcanzar la equidad en cuanto a convenios colectivos, discusiones, ley de cupo, pero es la gran materia pendiente del siglo XXI. Desde Córdoba mostraremos lo que sucede en este tema en el ámbito de los medios de comunicación. Considerando que la perspectiva de género es crítica a las nociones de trabajo por la naturaleza asexuada del término, el intento es indagar acerca de los mecanismos invisibles y no tanto que hacen que las mujeres se encuentran en desventaja en el acceso al mercado laboral, desigualdades en las condiciones y también en el acceso a puestos de trabajo clave. En este sentido, reconocemos que están permeadas por una cultura institucional que se perpetúa. Lo público y lo privado ponen de manifiesto una división en la esfera profesional y en la esfera doméstica donde los derechos marcan la inequidad. Indagar y avanzar sobre las masculinidades y sobre los derechos de los varones en cuanto a sus roles en la vida doméstica implicaría revisar también las causas fundamentales de porqué las mujeres quedan entrampadas en la repetición de modelos arcaicos o se ven limitadas por "el techo de cristal". ¿Será que los valores androcéntricos siguen presidiendo la configuración y la valoración laboral y las estructuras organizativas de la vida misma? (lo que Bourdieu llamaría "violencia simbólica"). "Ninguna sociedad en la que una parte de sus ciudadanía no pueda ver reconocidos y ejercer sus derechos, puede considerarse una democracia legítima", dice Rosa Cobos. El feminismo aporta herramientas que son vitales para poder pensar y practicar cambios sociales en las prácticas cotidianas, en ese sentido nos interesa desmontar el patriarcado en las dinámicas diarias y no enunciar el antipatriarcado como un principio político abstracto o como una definición. A pesar de que cada vez son más las mujeres que trabajan en medios de comunicación en Córdoba, no son las que ocupan los cargos de decisión, ni las jefaturas. Y en casos de que ocupen algún cargo de decisión de ninguna manera accede a los mismos derechos, y menos aún al mismo salario. ¿Cómo se democratizarán las comunicaciones sin en el seno de ellas se producen estas fuertes desigualdades? 6. PADILLA, Débora [email protected] Portal de Comunicación Ecología Colectiva de las organizaciones Sociales http://ecoscordoba.com.ar/ “Informando en la era de la desinformación neoextractivista. Medios Alternativos y Conflictos Socioambientales, realidades y desafíos” ¿Qué hacer cuando en América Latina tiemblan los derechos a causa del neoextractivismo y la criminalización de aquellos que se involucran en defenderlos? ¿Qué hacer cuando los gobiernos en complicidad con grupos económicos suscriben acuerdos a su servicio, invisibilizando, justificando, menospreciando y manipulando la información de aquello que atenta contra la salud y la vida de la sociedad y el ecosistema? ¿Qué hacer en una sociedad profundamente mediatizada y digitalizada donde la mayor parte de la ciudadanía construye su noción de realidad sólo y a través de los medios masivos comerciales y las redes sociales? Frente a este emergente territorio en nuestro continente, el cual adquirió más fuerza en los últimos años , el papel de la comunicación alternativa en la investigación y cobertura de los

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conflictos socioambientales, se vuelve imprescindible frente a un hegemónico discurso neoextractivista, pero también se conflictua debido a una eminente coaptación política de muchos medios alternativos y la estigmatización de pensar lo socioambiental como “verde”, sin poder comprender los nuevos espacios de lucha material y simbólica. Los anteriores cuestionamientos, surgen como desafíos en el camino de no perder de vista el objetivo de una comunicación independiente y alternativa, nuevos esquemas se van presentado y nuevas formas de entenderla y hacerla se hacen necesarios en la urgente necesidad de visibilizar y actuar frente al actual saqueo y contaminación de nuestro continente y nuestras comunidades. 7. PÁEZ, Florencia María [email protected] Universidad Nacional de Córdoba, Escuela de Ciencias de la Información- Seminario de Culturas Populares y Cultura Masiva “Micro-resistencias creativas en la danza folklórica en la Argentina de ‘los noventa’” La perspectiva teórica de Michel De Certeau nos invita a situar la atención en las maniobras o “tácticas” de los sujetos comunes en sus vidas cotidianas; prácticas que –aunque inestables, plurales y difícilmente inteligibles- escapan al control de los sistemas de dominación y ponen en cuestión el supuesto disciplinamiento total de las personas. Recuperamos esta guía de lectura para interrogarnos cómo este tipo de tácticas culturales se manifiestan en los cuerpos en la actividad de ‘bailar’ folklore argentino, en tensión con las disposiciones que regulan dicha actividad, en el contexto de la Provincia de Córdoba, Argentina (1990 – 1995). Procuramos observar ciertas prácticas que tuvieron lugar entre bailarines de aquella época, para intentar re-componer sus itinerarios y los “usos” de la danza producidos por ellos, a través de los cuales provocaron ciertas desviaciones en relación al orden de ‘lo tradicional’ y dominante propuesto en las instancias festivaleras y competencias, espacios dominantes de consagración. De estas búsquedas surge el Movimiento Artístico Popular Argentino que tendrá una gran repercusión en las maneras de bailar folklore en un importante sector de la población cordobesa y en otras ciudades y pueblos del país. 8. SORRIBAS, Patricia Mariel [email protected] Universidad Nacional de Córdoba – Universidad Católica de Córdoba. Observatorio de Conflictos laborales y socioambientales de la provincia de Córdoba “Mapeando conflictos y organizaciones en la provincia en defensa del agua” En este artículo nos proponemos contribuir al reconocimiento y visibilidad de la compleja conflictividad que emerge en torno al AGUA en el territorio de la provincia de Córdoba. Para ello partimos de los datos que son relevados y sistematizados por el “Observatorio de conflictos laborales y socio-ambientales de la provincia de Córdoba” a través de fuentes secundarias y primarias. El énfasis de la descripción está puesto en la localización de la conflictividad y de la acción colectiva (pueden o no coincidir) y en la identificación de los principales antagonistas hacia los cuales se dirige la acción colectiva o hacia quienes se construyen las atribuciones de responsabilidad por el estado de situación del bien AGUA. A su vez, aquí se avanza en el intento por establecer tipos de conflictos por el AGUA en Córdoba. En tal sentido, el AGUA puede ser un bien en disputa debido a que los servicios de agua en contextos urbanos proveen agua contaminada que afecta la salud de la población o bien puede disputarse la cuestión del uso de la tierra por parte de los agronegocios en tanto deforestación que impide directamente la producción de agua, o también el conflicto del agua puede emerger debido las decisiones político-gubernamentales en relación a las obras públicas y a las autorizaciones para urbanización. El esfuerzo por establecer una tipología de conflictos

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obedece al carácter fragmentario que asume la emergencia de los conflictos por el AGUA. A partir de esta descripción podremos ir esbozando un mapeo más integral que permita ir estableciendo los nexos causales entre diferentes factores asociados a las dimensiones más manifiestas de la conflictividad por el agua. A su vez, el énfasis en la identificación de los actores antagonistas también contribuye a la construcción de una caracterización menos fragmentaria de la conflictividad. 9. ZANELLI, Silvana [email protected]; MANDAKOVIC, María Ana [email protected] (Escuela de Ciencias de la Información. Universidad Nacional de Córdoba y Círculo Sindical de la Prensa y la Comunicación de Córdoba) “Medios sin fines de lucro: una nueva institucionalidad. (Entre la búsqueda de sustentabilidad, salarios dignos y organización sindical)” La Ley de Servicios de Comunicación Audiovisual sancionada en 2009, reconoce a las radios y televisoras sin fines de lucro como prestadores legales de radiodifusión y les reserva un tercio del espectro radioeléctrico. La consideración de este sector constituye sin dudas, un avance inédito en la historia de la radiodifusión argentina. Pero, paralelamente se abren nuevos interrogantes que comienzan a plantearse frente a la legalización de estos medios sin fines de lucro. La situación legal y gremial de los trabajadores del sector social comunitario y cooperativo es uno de ellos. Esto se vincula directamente con las posibilidades de sustentabilidad de estos nuevos medios audiovisuales bajo la premisa que los mismos sirvan para garantizar el nuevo modelo comunicacional que la ley diseña, contribuyendo a la pluralidad y diversidad de la información pero también generando nuevas fuentes de trabajo. Reflexionar sobre esta realidad nos obliga a definir nuevas categorías y conceptos de análisis sobre las posibilidades reales de sustentabilidad, salarios y condiciones de trabajo dignas para los trabajadores de prensa y la comunicación, el rol del Estado y la posición de las entidades gremiales. Para encontrar una solución al problema, es necesario contemplar las particularidades de los medios sin fines de lucro desde su objetivo, organización y relación social, considerar los diversos tipos de tareas desempeñadas por los trabajadores, las características de las regiones donde se desarrollan y el contexto general en que se producen.

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|28 de novembro – 9.00hs – Sala K2. UNIOESTE|

SIMPÓSIO 34

MILITANCIAS, MOVILIZACIONES SOCIALES Y JUVENTUDES EN AMÉRICA LATINA

Coordenadores: Pablo Vommaro / CLACSO – UBA/CONICET (Argentina) [email protected]; Melina Vázquez / UBA – CONICET (Argentina) [email protected]; Juan Pablo Paredes / UPLA- UCH (Chile) [email protected]

RESUMO: A lo largo de los últimos años hemos asistido a un escenario de recurrentes movilizaciones en América Latina que tuvieron no sólo un intenso impacto en la visibilización de las demandas de amplios sectores sociales sino además, en las dinámicas de los propios sectores que participaron y en sus condiciones de clase. Organizaciones sociales conformadas particularmente por jóvenes, nominadas como juveniles o autopercibidas como tales, se destacaron evidenciando nuevos repertorios y formas de significar y experimentar la política como praxis cotidiana. Tanto en el marco de la lucha por la tierra, en el reclamo por visibilizar la subalternización de la mujer, en la demanda por condiciones dignas de vida, así como en la defensa de los derechos humanos, los derechos de la tierra y los recursos naturales, el Abya Yala y el buen vivir, el derecho a la ciudad y al espacio público, o contra la mercantilización creciente y por la mejora en la calidad de la educación, entre otras cuestiones, los jóvenes -desde distintos territorios de América Latina develaron nuevas prácticas y discursos que exigen para su comprensión un análisis diferenciado y singular que asuma la situación actual en toda su complejidad y diversidad. Las particularidades que adquieren los vínculos de organizaciones sociales, movimientos políticos, partidos, sindicatos y movimientos sociales, con el Estado desafían así las construcciones teóricas para su comprensión y explicación. Incluso, la existencia de redes que exceden la territorialidad del Estado-nación convocan a un análisis que profundice en los aspectos que refieren a la comunicabilidad de sus reivindicaciones, condición necesaria para un proceso integrador.

En ese sentido, abrimos la lente a las diversas formas y formatos que asume la acción política de los jóvenes considerando que este cristal no sólo permite dar cuenta de una idea de proyecto cristalizado en expectativas, sino también, de una óptica útil desde la cual entender el cambio social. Así, convocamos a investigadoras/es, de diversas áreas y disciplinas de las ciencias sociales, a participar en el simposio con sus contribuciones, desde diferentes cuerpos teóricos y categorías analíticas, para dar cuenta de la multiplicidad de experiencias, prácticas y discursos que los jóvenes despliegan en sus acciones políticas y militancias en distintas regiones de América Latina y el Caribe.

Atividades complementares: Workshop a cargo de Lia Pinheiro, de la Universidad de Ceará, Brasil. Presentación de libros RESUMOS 1. BIVORT, Bruno [email protected] (Universidad del Bío-Bío, Chile / Latina, Universidad de Córdoba, Argentina); ORELLANA, Cristian [email protected] (Universidad del Bío-Bío, Chile / Latina, Universidad de Córdoba, Argentina); Farías, Fernando [email protected] (Universidad del Bío-Bío, Chile / Latina, Universidad de Córdoba, Argentina); Martínez, Soledad

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[email protected] (Universidad del Bío-Bío, Chile / Latina, Universidad de Córdoba, Argentina) “Los colectivos: aproximaciones a la política desde los/las jóvenes” En esta ponencia se analiza desde una perspectiva de género, las nuevas formas de participación política juvenil, poniendo especial énfasis en la inclusión y participación de las mujeres en organizaciones políticas no tradicionales en Chile (Colectivos Políticos). Se exploran las representaciones de los/las jóvenes sobre las formas tradicionales de participación política, y se caracteriza como esta es asumida en los Colectivos Juveniles, se analiza además la brecha de género que persiste a través de las generaciones, en ambas entidades (Colectivos y Partidos) a pesar de los discursos igualitaristas, respecto de los derechos y la inclusión de las mujeres en igualdad de condiciones. Se examinan los factores que podrían estar limitando o facilitando la eficacia política de las mujeres en los diferentes espacios de participación democrática. Sugerimos que las nuevas formas de participación juvenil, permiten a las mujeres insertarse en espacios democráticos, pero que no logran modificar las formas histórica y culturalmente arraigadas en los partidos políticos, replicando los modelos de división de funciones, asociadas a su condición de género. 2. CERRILLO GARNICA, Omar [email protected] Universidad Autónoma del Estado de Morelos, México. “Activismo digital: ¿nuevos repertorios juveniles o movilización efímera? El caso #yosoy132” En 2012, apareció en la agenda electoral de México un inesperado movimiento estudiantil #yosoy132, que se manifestó de forma incluyente; movilizado y agilizado por una amplia comunicación a través de las redes sociales digitales. En este trabajo analizaremos el movimiento a partir de conceptos de las teorías de acción colectiva, comorepertorio, identidad y ciclo de protesta; aplicados particularmente al activismo digital.Asimismo, revisaremos las prácticas comunicativas a efecto de analizar las prácticas comunicativas y organizativas del movimiento en relación al uso de medios digitales de comunicación. Con ello, buscamos revisar dos caras de la misma moneda: por una parte, consideramos que los movimientos sociales se están reconfigurando a partir del empleo de herramientas digitales de comunicación; particularmente, en su capacidad organizativa, sus implicaciones epistemológicas, y fundamentalmente, nuevos repertorios de campaña. Por otra parte, el vertiginoso formato digital de comunicación conlleva también un ciclo de protesta efímero con los consecuentes efectos de identidades débiles y fragmentaciones de los movimientos. 3. DARLING, Victoria [email protected] UNILA “El dilema de la autonomía: movilización social y proyectos alternativos en América Latina” Gran parte de los análisis sobre movimientos sociales en América Latina dan cuenta de una heterogeneidad de experiencias de reivindicación social que exceden conceptualizaciones y debates tradicionales. Conceptos como “poscolonial”, “contrahegemónico”, “altermundo”, “rebelde” o “de resistencia” refieren, en la contemporaneidad, a experiencias organizativas que difícilmente alcanzan grados de precisión analítica en torno a su conformación estructural o a su proyecto político. En este marco general, existen dos características particulares, distintivas de los movimientos sociales territoriales -de base- que compusieron el ciclo de protesta manifiesto los primeros años del 2000 en la región, la reivindicación de autonomía y el sujeto al cual orientaban sus demandas: el Estado. Aquello que percibimos los últimos años, en contraposición, es el surgimiento de organizaciones políticas que ya no orientan hacia el

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Estado sus reclamos sino que, paradójicamente, encuentran en el propio Estado “cobijo” y recursos para su reproducción. En este sentido, proponemos un análisis que considera la perspectiva de grupos de jóvenes del MST en Brasil, el EZLN en Mexico y la Cámpora en Argentina, para dar cuenta de la transformación citada. Más aún, es posible considerar que este cambio de modo de organización exige un nuevo andamiaje conceptual desde la Sociología, y una nueva lente que, colocando la autonomía como cristal, permita repensar el marco analítico y las potencialidades de métodos alternativos para pensar la militancia. 4. DOS SANTOS ARÁUJO, Joane [email protected] Universidade Federal do Rio Grande do Norte “Entre o antigo e o novo: considerações sobre as novas formas de atuação política das juventudes organizadas” A história política do Brasil mostra a importância da juventude na disputa por projetos e na luta por direitos, por isso a ênfase dada às mobilizações juvenis das décadas de 1960/70 que mitificaram uma imagem de juventude. Depois da redemocratização do país temos uma geração de jovens situada em um contexto sociopolítico e cultural de maiores liberdades, e com outros desafios a enfrentar. Novos olhares surgem em torno da participação política dessa geração. Os contextos marcados pelos efeitos da globalização e novas configurações do Mercado e do Estado, alteraram as realidades e as práticas associativas. Essa geração é menos atraída por partidos políticos, sindicatos e outros canais convencionais de participação. Predominam os grupos e movimentos no campo cultural, os coletivos organizados em torno de identidades étnicas e de gênero, as mobilizações esporádicas por eventos ou temas etc. Essa discussão é fundamental para a compreensão dos limites e das potencialidades sociopolíticas transformadoras das formas de atuação política das juventudes organizadas. Há generalizações e simplificações analíticas no caso brasileiro quanto ao tema da não militância dos jovens de hoje, quando no horizonte de comparações está a juventude do período da pré-ditadura e do Governo militar. As juventudes vêm imprimindo novos significados à noção de participação e de militância, o que torna urgente novo debate sobre o tema da apatia e acomodação. 5. ERMOSI, Débora Elizabet [email protected] IDAES/UNSAM “Militancia e imaginario comunista: La actividad política de la FJC en la Argentina de la post-dictadura (1983-1989)” En el presente trabajo se analizarán las prácticas políticas desarrolladas por los jóvenes comunistas nucleados en la Federación Juvenil Comunista en la Ciudad de Buenos Aires (Argentina), para lo cual se indagará sobre las formas y los espacios de militancia privilegiados durante la post-dictadura (1983-1989). En este sentido, se analizarán, en primer lugar, los distintos “frentes” en los que actuó la FJC. Es decir, los diversos espacios donde los jóvenes que integraron la organización desarrollaron su práctica política, tales como: los colegios secundarios, las universidades, los sindicatos, entre otros. Con el fin de brindar un nuevo aporte desde el campo historiográfico a las discusiones en torno a la militancia juvenil, en segundo lugar, a partir del análisis de los distintos ámbitos de acción en el que se desenvolvieron, especialmente el estudiantil, se pretende reconstruir parte del imaginario de los jóvenes comunistas. Para ello se deberán analizar las consecuencias que tuvo para estos jóvenes la adopción del “viraje revolucionario” a partir del XVI Congreso del Partido en 1986. Es decir, será necesario indagar sobre el creciente latinoamericanismo que impregnó sus

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prácticas políticas y que ayudaron a definir (o a recuperar) una serie de tradiciones, de valores, de símbolos, en un contexto de transición hacia un orden democrático. 6. FERNÁNDEZ GAETE, Manuel [email protected]; OORTIZ FIGUEROA, Matías [email protected] (Universidad Academia de Humanismo Cristiano / Universidad de Santiago de Chile, Santiago, Chile) “Retomando las fuerzas de la historia”. Lecturas del mirismo chileno en la juventud actual: apuntes para una investigación” La presentación que acá se presenta, tiene por objetivo estudiar y comprender la forma en que un segmento de la juventud actual recoge las tradiciones políticas revolucionarias del mirismo chileno, particularmente del que va entre 1965 y 1973, configurando en este ejercicio su propia identidad política. Para ello, proponemos como primer eje investigar cuáles son los elementos que de la cultura política mirista de los sesenta y setenta se retoman y la forma en que esto se da. A sí mismo, como segundo eje y final pretendemos visualizar qué lecturas se realizan de las prácticas históricas y políticas para construir su orientación ideológica en el presente y, en definitiva, comprender la formación de la identidad política en los estudiados. En ese sentido, la presentación es un esbozo de una investigación de más largo aliento. Por ello, en una fase preliminar, pretendemos solo rastrear y describir cómo se percibe, en el presente y por los jóvenes acá estudiados, el legado político de una organización del pasado. Para ello se trabajó con entrevistas orales, documentos orgánicos de organizaciones juveniles y bibliografía atingente. 7. GONZÁLEZ LAVANDERO, Marianela [email protected] Universidad de La Habana. “La revolución vintage: los jóvenes intelectuales y la militancia política en Latinoamérica” Durante décadas, el compromiso intelectual ante la transformación social ha sido un tropo de profundas implicaciones en los campos político, cultural y social del continente. Escritores, investigadores de las ciencias sociales y las humanidades, artistas; sus obras y el pensamiento crítico que en ellas se acumula, han aportado a la construcción de representaciones sociales, imaginarios, estereotipos sobre el pasado, presente y futuro en América Latina. En la actualidad, qué representaciones sobre este rol portan los jóvenes intelectuales y, a su vez, qué representaciones sobre sus alcances y roles portan los movimientos juveniles de transformación social? Un camino de idas y vueltas que ha tenido un simbólico punto de confluencia en la Casa de las Américas, en Cuba, en los años 1986, 2009 (50 aniversario de la Revolución Cubana) y 2013. 8. LYRA DE ARAUJO, Angélica [email protected] UNESP/FCLAR “UMA PROPOSTA DE ESTUDO INVESTIGATIVO SOBRE AS RELAÇÕES DOS JOVENS DE LONDRINA/PR E O VOTO FACULTATIVO” A proposta deste estudo pretende investigar as representações sociais dos jovens entre 16 e 17 anos do Ensino Médio acerca da vida política nacional. Os jovens são compreendidos como categoria social e histórica, marcada por situada num contexto de transição socioeconômica, política e cultural que marca o fim da infância e o início da vida adulta. Indagamos: O que os jovens dessa faixa etária de Londrina, do Estado do Paraná pensam acerca da política nacional? Como o jovem concebe e representa a política? Quais as razões que o levam a não participar dos pleitos políticos? Diante dessas preocupações, este estudo visa analisar de que maneira os

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jovens estudantes, entre 16 e 17 anos externalizam suas representações dos partidos, do Congresso e das instituições políticas, das eleições presidenciais e municipais, detectando as razões que levam a não participar do processo eleitoral. A amostra, baseada na pesquisa quantitativa será coletada nos colégios públicos do município de Londrina, representados geograficamente em cinco regiões. Para dar conta desse objeto, recorremos à teoria das Representações Sociais, de Sérgio Moscovici. Acreditamos que essa teoria é pertinente, pois pressupõe que as representações são construídas por sujeitos em suas ações e diálogos cotidianos. Dessa forma, a sociedade deve se ocupar dessa reflexão no sentido de situar e re-propor os espaços sociais e políticos da juventude. 9. MENDONCA DA SILVA, Carla Etiene [email protected] Universidade do Vale do Rio dos Sinos (Unisinos) “Jovens das Américas e o uso da autocomunicação de massa nas mobilizações sociais da sociedade da informação: uma comparação possível” Proponho a apresentação dos resultados de uma pesquisa exploratória que buscou compreender e explicar, nos termos da ação social weberiana, como jovens de países de diferentes culturas nas Américas usam ferramentas de autocomunicação de massa com o fim de engajamento cívico e participação pública no contexto da sociedade da informação. A pesquisa parte da contextualização na sociedade em rede e utiliza novos conceitos de engajamento cívico e participação política, os quais consideram a emergência de uma nova esfera pública, híbrida de digital e de urbana. Ressalta o papel da juventude nos movimentos sociais em rede e a possibilidade da existência de pontes de comunicação entre esses indivíduos oriundos de diferentes culturas nacionais. Na pesquisa qualitativa, com o uso de análise de conteúdo, foram avaliados artigos publicados em blogs por brasileiros e americanos da faixa etária de 14 a 25 anos sobre os protestos no Brasil em 2013 e o movimento Occupy Wall Street em 2011. Na pesquisa comparativa, identificou-se que eles usam essas ferramentas compartilhando protocolos de comunicação semelhantes como expressão de valores cosmopolitas, multiculturais e de individualismo em rede. 10. ROCCA RIVAROLA, Dolores [email protected] IIGG-UBA-CONICET “Una operación de antítesis: los libros de Sandra Russo y Laura Di Marco como fuentes periodísticas y su respectivo aporte para la investigación social sobre La Cámpora” Con dos años de diferencia entre su respectiva edición, La Cámpora: Historia secreta de los herederos de Néstor y Cristina Kirchner, escrito por Laura Di Marco, y Fuerza propia: La Cámpora por dentro, de Sandra Russo pueden ser analizados de modo antitético, como el libro “malo” y el libro “bueno” sobre La Cámpora. Por supuesto, esos calificativos no refieren a la calidad de ambos, sino a su posicionamiento a la hora de caracterizar a la agrupación, las motivaciones de sus dirigentes y el propio devenir del gobierno. Ambos comparten el mismo objeto de estudio. Pero además, ambas autoras se interrogan sobre una misma cuestión referida a la organización: su posición relativa dentro del oficialismo como fuerza o espacio privilegiado por el gobierno, especialmente desde 2010 (y el proceso que llevó a ese posicionamiento). ¿Por qué examinar, con un objetivo académico, dos libros de este tipo? Las investigaciones periodísticas –y los testimonios de militantes en ellas obtenidos– cobran un valor notable como fuentes para la investigación académica, en primer lugar, ante la dificultad en el acceso, en términos de trabajo de campo cualitativo, a la organización y sus miembros debido a su marcado hermetismo (hecho reconocido por ambas periodistas); y, por otro lado, ante la aún escasa producción académica especializada sobre La Cámpora –con algunas

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excepciones como los análisis de Vázquez y Vommaro (2012) y Flax (2013 a y 2013b), o, como las reflexiones acerca de la organización enmarcadas en un estudio más general sobre otros temas, observadas en Sarlo (2011) y Natanson (2012). Esta ponencia, entonces, se dedicará a un análisis comparativo de ambos libros en tanto fuentes periodísticas desde sus propósitos explícitos, su modo de abordaje de la organización, sus conclusiones y su respectivo aporte a interrogantes de nuestra investigación cualitativa acerca de la militancia oficialista en el kirchnerismo. 11. ROJAS VILCHES, Natalie [email protected] Universidad de Playa Ancha “Todos juntos y al mismo tiempo: Análisis de la construcción de la identidad Colectiva del Movimiento Estudiantil en Valparaíso durante el año 2011 desde el Frame Analysis” En Chile, los movimientos sociales cumplen un rol fundamental dentro de su devenir político desde el año 2011, cuando la sociedad chilena fue testigo de una de las movilizaciones más grandes en cuanto a masividad y apoyo ciudadano desde el retorno a la democracia. Valparaíso fue la ciudad elegida para convertirse en escenario de esta investigación, ya que fue ahí en donde se gesta en primera instancia la consigna “Educación Gratuita Ahora”. El propósito de esta investigación fue conocer el proceso de construcción de la identidad colectiva del movimiento estudiantil porteño durante la movilización del año 2011. Para lograrlo fue necesario definir las motivaciones y creencias de los actores que dieron vida al movimiento estudiantil, identificar los objetivos comunes que construyeron, explorar en los medios y formas de acción que éste utilizó, describir su estructura organizacional y finalmente comprender el significado de las creencias, prácticas y acciones de los estudiantes. El sustento teórico del estudio se realizó sobre el concepto Movimientos Sociales desde distintos autores, centrado en el concepto de Identidad Colectiva, el que nos conduce hacia una Teoría de los Marcos para la Acción Colectiva, conceptos sustentados en la corriente teórica del Interaccionismo Simbólico. Metodológicamente corresponde a un estudio cualitativo, en donde los estudiantes mediante la aplicación de entrevistas en profundidad dieron vida a esta investigación. El análisis de los datos fue realizado, en primera instancia desde una codificación simple, para luego insertar estos códigos en marcos propuestos por el frame analysis: marco de diagnóstico, marco motivacional y marco de pronóstico. Los hallazgos de esta investigación resultan un aporte al conocimiento de las dinámicas del movimiento estudiantil chileno, en donde sus participantes construyen una identidad colectiva desde su auto-reconocimiento como protagonistas del conflicto, enfrentados a un Estado y frente una ciudadanía observadora y pasiva a la que los estudiantes buscan seducir movidos por un sentimiento de solidaridad entre sus miembros. Utilizan para ello diversas dinámicas (pacíficas como violentas) de movilización caracterizadas por el uso de su creatividad (performance), mediante la cual buscan alcanzar su objetivo central, es decir, la educación pública, gratuita y de calidad. 12. SANDER, Cristiane [email protected] UNIOESTE/ Toledo PR “JUVENTUDE BRASILEIRA: sua realidade e sua participação na Política Nacional de Juventude” A juventude enquanto foco central da política social é algo recente no Brasil. A Política Nacional da Juventude (PNJ) começa a ganhar cara e ação em 2005, no entanto, a juventude tem estado em cena em diferentes contextos e períodos históricos, mas seu reconhecimento enquanto sujeitos de direitos e protagonistas é recente. A inserção da juventude nas políticas sociais públicas não pode significar simplesmente inclusão passiva e os projetos sociais cujo

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público é jovem devem considerar isso. Nesse sentido, o fortalecimento de espaços e organizações da própria juventude é fundamental para o avanço da implantação da Política de Juventude e para a efetivação da cidadania e de formas de socialização da mesma. Para tanto, é preciso que as respectivas organizações, políticas, programas e projetos sejam com os jovens e não para os jovens. O presente artigo traz um olhar sobre a realidade da juventude brasileira, apresentando alguns dados que mostram como vivem os jovens hoje no Brasil, demostrando a importância da efetivação da Política Nacional de Juventude e do Estatuto da Juventude, como forma de garantir os direitos e a participação ativa dessa parcela da população, tema esse de aproximação aos estudos e atividades do Pós-doutorado. Para tanto, utilizamos dados estatísticos e de pesquisas de opinião de diferentes institutos de pesquisa e órgãos públicos, além de diversas bibliografias. 13. SCHROEDER, Joana [email protected]; DE CARVALHO BECKER LEITE, Ciro [email protected] (Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro). “Juventudes para além do Estado: um olhar sobre a transnacionalização da ONG TETO na América Latina e Caribe” Este artigo procura contribuir com os debates sobre a participação das juventudes nos processos de transnacionalização de movimentos sociais no contexto latinoamericano, tendo como objeto de estudo a organização não governamental TETO. Criado por estudantes universitários no Chile, em 1997, o TETO hoje está presente em 19 países da América Latina e Caribe, e tem como missão a superação da extrema pobreza, por meio da ação de voluntários jovens nas comunidades mais vulneráveis do continente. Considerando a sua rápida expansão, sua capacidade de mobilização de voluntários e seu foco nas juventudes, as experiências, práticas e discursos produzidos pelo TETO oferecem oportunidades de reflexão sobre a ação política dos jovens latinoamericanos para além das fronteiras dos Estados. Neste sentido, serão observados três eixos de análise: (1) histórico e expansão, investigando o processo de transnacionalização do TETO, (2) processos de mobilização e participação das juventudes, identificando as estratégias de inserção e atuação dos jovens na organização e (3) techeros e políticas da amizade, compreendendo a construção de identidades e o compartilhamento de valores entre os voluntários. Por fim, avaliamos contribuições e limitações da experiência do TETO para pensar sobre os desafios na mobilização social das juventudes na América Latina. 14. TORINELLI, Michele Caroline [email protected] Universidade Federal do Paraná “Mediações em tempo de redes digitais: cultura, comunicação e hegemonia nos movimentos sociais em rede” Na década de 1980, Jesús Martín-Barbero deslocou o debate acerca da comunicação desde os meios até as mediações. Tratava-se de superar as abordagens ideologicistas e funcionalistas para investigar as disputas de sentido que se dão no processo da comunicação e historicizar o entrelaçamento entre cultura, comunicação e política na América Latina. A comunicação foi então entendida como espaço privilegiado de conflito e de criação e subversão de sentido. Em tempos de popularização do digital e de revoltas populares protagonizadas pela juventude, faz-se interessante resgatar tal debate, pois a perspectiva das mediações é potente para pensar a comunicação em redes digitais para além da dualidade emancipação/controle. Em junho de 2013, milhares de jovens foram às ruas dos Brasil em protestos motivados inicialmente pelo aumento da tarifa do transporte público – e sua atuação nas ruas esteve entramada com a atuação nas redes digitais. Assim como o massivo, o digital também é espaço de constituição e luta por hegemonia – e a juventude, com sua cultura, impõe mudanças na dinâmica de mediações tanto na política quanto na comunicação. Mostra-se promissor apostar

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na convergência da perspectiva das mediações – com enfoque nos processos conflituosos que constituem a trama entre comunicação, cultura e política – e a contemporaneidade da interação em redes digitais para pensar a dinâmica dos ativismos políticos contemporâneos, em especial as manifestações de junho de 2013 no Brasil, que contam com o protagonismo de uma juventude cuja atuação se dá de maneira híbrida entre o material e o digital. 15. VERNUCCI, da Silva, Lenina [email protected] (UNESP – Araraquara); SEBASTIANO DE MELO, Thiago [email protected] (UFG – IESA) “Mulher, juventude e processos de mobilizações sociais: uma leitura a partir do cotidiano de jovens militantes” Juventude, mulheres e luta pela terra estão interligados nesse artigo que busca compreender o papel do feminismo dentro dos movimentos de luta pela terra e mobilizações da juventude. A sociedade é machista e os sujeitos sociais não escapam disso, mesmo dentro de movimentos contestadores da ordem, o que é sempre um desafio pedagógico na formação da juventude. Assim, qual o cenário em que a mulher, nesse caso notadamente jovens, encontra nos espaços de mobilização social? Como essas jovens atuam enquanto militantes e lideranças? Há diferenças entre os espaços ocupados por elas e os ocupados por jovens homens? Esse é o desafio sobre o qual o trabalho apresentado se propõe a pensar. O objetivo é entender em quais medidas as realidades encontradas nas experiências práticas da autora e do autor comportam níveis de generalização, e podem contribuir para o avanço nos processos de (re)organização interna dos sujeitos que se propõem a se organizar coletivamente para construção de outra realidade social, marcadamente em movimentos sociais e partidos políticos. Para tanto, além das experiências empíricas da autora e do autor é também feita uma revisão bibliográfica com recorte interdisciplinar sobre juventude, gênero e movimentos sociais.

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|28 de novembro – 9.00hs – Sala K3. UNIOESTE|

SIMPÓSIO 35 HISTÓRIA, TEORIA E PRÁTICAS DA EDUCACÃO POPULAR

LATINOAMERICANA

Coordenadores: Fernando Martins (Unioeste) [email protected]; Roberto Elisalde (UBA-CLACSO-Argentina) [email protected]

RESUMO: O objetivo deste simpósio é promover o intercâmbio e discussão de uma abordagem multidisciplinar para ciências humanas e sociais, distintas questões, como os problemas e debates sobre a História e Teoria da Educação Popular na América Latina durante o período compreendido entre o fim do século XIX e nosso presente, no século XXI. Enfatizando as diferentes concepções teóricas sobre a função social da educação e da escola, suas manifestações no mundo do trabalho, a dimensão cultural dos processos educativos, a particularidade dos debates epistemológicos, as concepções sobre a história da educação e com seus processos históricos diretos desenvolvidos em nossos vínculos América.

A ideia é aprofundar o estudo e o diálogo de diferentes debates historiográficos e metodológicos sobre a gênese e consolidação das várias experiências educacionais latino-americanas de educação popular: uma série de experiências de resistência a ordem social e educativas imperantes, partindo da problematização da prevalecente história da educação como um campo de análise, produção e pesquisa social. A proposta é criar um espaço de reflexão e diálogo sobre a história e a teoria latinoamericana da Educação Popular a partir dos seguintes temas: a) Natureza da História da Educação Popular, b) estratégias para a organização sindical dos Trabalhadores em educação, c) a relação entre a educação formal / estado e movimentos sociais e educação popular em contextos históricos e sociais d) a análise do desenvolvimento de experiências pedagógicas contra-hegemônicas de educação popular como as distintas relações entre educação e trabalho, e) os movimentos sociais e educação. RESUMOS 1. ACRI, Martín A. [email protected] FFYL-UBA “La producción historiográfica sobre las primeras organizaciones sindicales docentes, entre fines del siglo XIX y principios del XX. Debates, tensiones y rupturas” La presente ponencia aborda las perspectivas historiográficas que analizaron la historia de las primeras asociaciones gremiales docentes de la Argentina, entre fines del siglo XIX y principios del XX. Campo de producción analítica que viene desarrollando diferentes trabajos sobre los procesos de organización, estructuración y consolidación del sindicalismo docente argentino, tanto a partir del establecimiento de determinadas normas y reglas de funcionamiento del campo, como por la realización de nuevos trabajos que ponen a discusión las visiones históricas dominantes sobre el mundo del trabajo y el mundo de trabajo docente, en los ámbitos escolares y sindicales. Se analizan así aquellas visiones historiográficas que han tenido

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en cuenta hasta el presente, la influencia de la historia social de la educación para dar cuenta de las problemáticas docentes, como las del conjunto de la clase trabajadora, que se encuentran atravesadas por una serie de luchas entre los análisis dominantes y los ingresantes, los marginales y la crisis de los grandes relatos. Junto a la particularidad histórica de los objetivos (estructurales y coyunturales) de las organizaciones sindicales y los propios trabajadores de la educación, que defendieron la educación pública y popular, lucharon por mejores salarios, por nuevos lugares de clase y la real adquisición de saberes por parte de las clases populares. Mediante una labor docente de agremiación desde abajo hacia arriba, con instancias de dialogo y acciones colectivas de lucha, que les permitieron dejar las formas expresivas del malestar individual (abandono del cargo o traslado) para dar forma a una serie de acciones colectivas de defensa laboral y social de la docencia en su conjunto. 2. AHLERT, Alvori [email protected] Unioeste “Educação popular: a construção da esperança no centro de formação urbano-rural Irmã Araújo – Cefuria” O texto discute a esperança como um conceito/categoria em formação popular, desenvolvida pelo Centro de Formação Urbano-Rural Irmã Araújo – CEFURIA. As investigações fundamentaram-se em diálogos de avaliação com lideranças da entidade e em documentos produzidos pelo CEFURIA, especialmente na obra CEFURIA: 25 anos fazendo história popular, de Ana Inês Souza. Como referencial teórico, elegemos as obras de Moltmann, Bloch, Freire, Torres Carrillo e Streck. Na primeira procuramos fazer uma discussão sobre o tema da esperança para a Educação Popular fundamentada nas reflexões teológicas e pedagógicas enquanto áreas do conhecimento parceiras da formação popular. Na segunda parte do texto trazemos uma reflexão sobre a construção da esperança na educação popular a partir de uma investigação sobre um centro de formação popular.A pesquisa evidenciou que a esperança/utopia é um conceito/categoria que perpassa toda a trajetória do CEFURIA e representa a busca pela construção de uma grande utopia: a esperança de construção do socialismo, compreendido como uma sociedade, justa, fraterna e democrática. 3. BACHETTA, Patricia [email protected]; Rapp, Ariel [email protected] ; Wrobel, Iván [email protected] (Universidad de Buenos Aires) “Las propuestas educativas en el brasil de la primera república” El presente trabajo busca realizar un análisis sobre el orígen del sistema de instrucción pública a nivel nacional en el Brasil de la Primera República (1889-1930), desde una perspectiva que dé cuenta tanto del proyecto impulsado a nivel estatal por parte de los sectores dominantes, como también algunas de las experiencias contrahegemónicas del campo popular, que intentaron disputar en el campo educativo el avance del Estado plantenado porpuestas educativas propias que contemplan sus propias necesidades de formación, y que en algunos casos resultaron más completas que la educación que el Estado ofrecía para ellos tanto en el ámbito urbano como en el rural. 4. DE MATTOS ALMEIDA, Janaina Aparecida [email protected] ; Martins, Fernando José [email protected] (Unioeste) “Educação popular e o sistema educacional: o caso do forum em defesa da escla pública - limites e possibilidades” O presente estudo tem como objetivo central analisar a constituição, a atuação, os limites e as possibilidades do Fórum em Defesa da Escola Pública nos principais embates, proposições e

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encaminhamentos ao sistema educacional brasileiro desde a década de 1980 até os dias atuais. Historicamente a década 1980 foi extremamente profícua para a reorganização dos movimentos sociais, tanto no campo de disputa política pela redemocratização do país, como na luta pelos nos direitos sociais. No campo da Educação, a constituição do Fórum sinalizava uma organização popular dos setores educacionais em defesa dos direitos considerados fundamentais, como, a escola pública gratuita, laica e democrática. Interessa neste estudo, a partir da revisão bibliográfica e de campo apresentar mesmo que brevemente um panorama da trajetória do Fórum nos principais embates educacionais nas ultimas quatro décadas, com a perspectiva de analisar importância, os limites e as possibilidades do referido Fórum no cenário educacional atual. 5. DE NOVAIS DANCINI, Alex [email protected] PEREIRA MELO, José Joaquim [email protected] (UEM) “O conceito de educação popular em simón bolívar e as lutas sociais do período independentista da América espanhola” Este trabalho pretende refletir sobre o significado do conceito de “educação popular” no interior do projeto educacional de Simón Bolívar. Tal reflexão leva em consideração as lutas históricas do período independentista dos países da América espanhola que formavam a Grã-Colômbia, bem como o ideário político, econômico e educacional de Simón Bolívar em relação à Grã Colômbia e à América espanhola como um todo. Propõe entender esse período de instabilidade política entre os grupos políticos que representavam os setores dominantes, e entre estes últimos e os setores explorados, representados por escravos, índios e mestiços. Nesse terreno de conflitos sociais, Bolívar elabora sua proposta educacional, propondo uma educação pública, gratuita, destinada a todos os cidadãos e sob os cuidados do Estado. A proposta que se coloca com esse texto é fazer um diálogo entre alguns documentos nos quais Bolívar tratou do tema educação e a realidade histórica vivida no primeiro quarto do século XIX por países da Grã-Colômbia, buscando compreender a ação bolivariana em meio aos conflitos sociais do referido período histórico da América Latina. 6. DUARTE, Daniel Oscar [email protected] Universidad de Buenos Aires “La crisis de 1873 y la reorientación productiva de la educación argentina” El presente artículo tiene como objetivo indagar en la relación existente entre crisis y la emergencia de propuestas alternativas o laterales al tradicional sistema educativo estatal. Nuestra intención es vincular las recientes propuestas de inclusión y continuidad educativa desplegadas por el Estado (FINES, Educación de adultos, reforma de la escuela media) y las experiencias de carácter militante (Bachilleratos Populares y otras experiencias de educación no formal) con la constante descomposición del sistema educativo estatal. Este ensayo es un primer adelanto a un trabajo más amplio que propone poner el eje en el concepto de crisis capitalista y la descomposición de sus organizaciones de todo orden, en particular de la educación. 7. FERREIRA PRAÇA, Marina [email protected] UFFRJ “Experiência política-formativa na favela “Cerro Corá” no Rio de Janeiro: discutindo o papel da educação popular na militância territorial”

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O que é ser educador popular? Como nos formamos para tal? Esse trabalho busca entender as respostas para essas questões a partir do que é mais valioso para os grandes pensadores do tema: a prática política. Por meio de um relato sobre a experiência vivida na favela Cerro Corá localizada na zona sul da cidade do Rio de Janeiro buscamos discutir o papel do educador popular, as bases da práxis educativa, a conjuntura política e o papel da militância territorial na conjunção de forças transformadoras no Brasil e na América Latina no século XXI. Utilizando-se de uma forma de escrita narrativa com base em experiências políticas em movimento e na definição de um processo de trabalho de base construído na favela serão descritos os princípios da educação popular identificados como fundamentais no processo formativo e organizativo de um grupo de jovens da favela, que se tornou o “Cerro corá: Moradores em Movimento”. Um processo construído pelo caminho militante, a utopia transformadora, a realidade social limítrofe e pela formação política formulada a partir de ações culturais e do fortalecimento da identidade de resistência histórica dos sujeitos das favelas. 8. GHEDINI, Maria Cecilia [email protected] Unioeste “Educação popular e sistematização: ação, enraizamento e resistência - a referência do Bico do Papagaio – To” Este artigo propõe-se a debater aspectos da Sistematização, uma concepção da Educação Popular (EP), em curso desde os anos 1980, na América Latina, tendo como foco contribuir para produção da EP e a continuidade de suas ações. Referencia-se em Jara (2006, 2011), Mejia J. (1995; 2001) e Falckembach (1995; 2006), e também a ampliações e aprofundamentos com base nas teorias críticas de educação. Esta concepção de EP é compreendida como um processo de ação e formação no qual se entrelaçam apostas, sentidos e formas de organizar a sociedade, as ações humanas e as transformações dali derivadas, contribuindo, desde a produção do saber dos próprios sujeitos da ação, com a elaboração de um conhecimento com enraizamento e potencial de resistência. Trata-se concretamente de uma referência em curso no Tocantins, região do Bico do Papagaio, em organizações de camponeses e extrativistas. Metodologicamente, se reconstroem os nexos históricos de lutas populares das décadas de 1970-1980, por terra e direitos destes povos, problematizados com as contradições postas pelo Agronegócio e suas consequências, e pela necessidade de reconceituação das lutas atuais, buscando consolidar uma “rede” de resistências à lógica hegemônica. 9. IGLESIAS VÁZQUEZ, Mónica [email protected] Universidad Nacional Autónoma de México “Educadores populares contra la dictadura chilena: construyendo el protagonismo popular (1980-1990)” El golpe de Estado en Chile supuso la derrota del proyecto de transformación social y política, encarnado en la unidad popular, al tiempo que colapsaban los enfoques teóricos que lo sustentaban. La dictadura ejerció una represión sistemática sobre los sectores populares. En ese contexto se afianzó, principalmente entre los historiadores sociales, la necesidad de una propuesta (auto)educativa que contribuyera a reinstalar el protagonismo popular. En los ochenta fue desplegándose la reflexión y la práctica en torno de la educación popular. Emergieron organizaciones y colectivos de profesionales preocupados por proporcionar elementos a los pobladores (los sin casa) para reescribir la/su historia, construir su memoria –como dispositivo para la acción y no como simple fijación en el pasado– y favorecer procesos de encuentro y reconstrucción de los vínculos sociales de solidaridad, en condiciones de represión extrema. Al calor de las protestas nacionales y de la organización comunitaria de los

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pobladores, la dimensión (auto)educativa fue ganando densidad histórica. Paradójicamente, el retorno de la democracia política bloqueó el desarrollo de la educación popular. 10. PALUDETTO, Melina Casari [email protected]; Dal Ri, Neusa Maria [email protected] (Unesp – Marilia) “O caráter potencialmente revolucionário da pedagogia do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST)” O objetivo principal deste artigo é evidenciar o caráter potencialmente revolucionário presente na pedagogia do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) e sua relação com o trabalho. Certamente essa pedagogia não se caracteriza exclusivamente pela existência de escolas nos assentamentos e nos acampamentos, ou ainda por um conjunto de práticas especificamente escolares. Nesse caso, a questão fundamental que se coloca é compreender a pedagogia do Movimento pelo seu viés emancipatório. O caráter libertador e, portanto, potencialmente revolucionário, encontra-se na relação estabelecida entre a organização e produção de conhecimento e a luta travada pela terra pelo Movimento. Isso significa dizer que a luta engendrada pelos Sem Terra fundamenta os princípios pedagógicos e, ao mesmo tempo, que os conteúdos e métodos educacionais orientam e qualificam a própria luta. Portanto, uma pedagogia cuja especificidade é formar seres humanos capazes de assumir coletivamente a condição de sujeitos de seu próprio destino e luta por meio de um tipo específico de conhecimento produzido na e pela ação prática. 11. SOUZA PIRES, João Henrique [email protected]; Tahan, Henrique Novaes (PPGE/Unesp campus de Marília) “A experiência dos cursos de agroecologia do MST/PR” O modelo produtivo do agronegócio baseado em transgênicos, agrotóxicos, grandes propriedades e máquinas pesadas, não condizem com o ideal de produção almejado pelo Movimento dos Trabalhadores Sem Terra – MST que toma desde o seu IV Congresso Nacional que ocorreu no ano 2000 como modo produtivo a agroecologia. Desde então, o MST no Paraná/PR vem trabalhando na construção de Centros/Escolas e na formação técnica em agroecologia. Utilizando-se como método a revisão bibliográfica e a observação participante não estruturada, trabalhamos o processo conjuntural que gerou a concepção dos Centros/Escolas do MST/PR. Para tanto, abordamos alguns temas que consideramos essencial para compreensão, dos quais destacamos a formação do Sem Terra, que busca demonstrar como esse sujeito vai se formando no processo de participação do movimento, a educação do campo e o Pronera, que pretende apresentar essa bandeira de luta e seu desdobramento que chegou ao Pronera, e por último os Centros/Escolas do MST/PR e a formação técnica em agroecologia que demonstrar o histórico de criação dos Centros e a organização pedagógica dos cursos técnicos em agroecologia. 12. URTEAGA, Mariano [email protected] FFYL-UBA “Organización gremial docente en la Argentina durante la década infame, 1930-1943” La organización sindical docente y los procesos de lucha se fueron construyendo en la Argentina desde fines del siglo XIX época en que se masifica la educación de acuerdo a un complejo proceso en donde interactuaron las necesidades del capital y las demandas de las clases subalternas y en particular de los trabajadores. Para los docentes como grupo social definido su autopercepción como trabajadores fue un proceso de construcción complejo y no sin tensiones. Sí bien las primeras organizaciones y conflictos docentes tienen origen a fines

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del siglo XIX, recién entrada la segunda mitad del siglo XX, la mayoría de los docentes se empiezan a reconocer como trabajadores confluyendo con un auge de demandas y conflictos del movimiento. En este sentido, el presente trabajo se propone indagar en el período 1930/1943 que constituye un capítulo singular para la historia de este proceso de construcción de la identidad docente y fue denominado como la “década infame”. El objetivo que nos proponemos es dar cuenta de cómo las luchas y los debates del sindicalismo docente se fueron dando en el marco de las transformaciones políticas económicas y educativas del período. 13. VRUBEL, Natalia [email protected] CONICET-UNLP-UNaM “Antecedentes de una universidad popular en el territorio nacional de Misiones. 1947-1950 aproximadamente” Los primeros antecedentes de instituciones de educación superior del sistema formal en la provincia del Misiones, República Argentina, se remontan a la década del sesenta, pero sin embargo, a finales del la década del cuarenta existió en el Territorio una academia de artes y oficios que posteriormente bajo el gobierno del Aparicio Almeida, ex socialista convertido al Partido Laborista y luego al Justicialismo, esa institución es catalogada como “La universidad Popular Sarmiento”. Las características así como el concepto de Universidad y de Popular, serán las bases para analizar y explicar las concepciones de época, así como la comparación con el sistema universitario nacional. Además y según las fuentes analizadas, lo que se podía estudiar en esa “universidad” no eran carreras tradicionales, sino carreras cortas y vinculadas al sector de servicios como ser: dactilografía, contabilidad, telegrafía y radiotelegrafía. Conceptualmente a lo que los Misioneros en ese contexto histórico denominaban universidad distaba mucho de ser una de las seis universidades nacionales que se hallaban funcionando y algunas con trayectorias de más de tres siglos como la Universidad Nacional de Córdoba, de igual modo es en este periodo en el Territorio Nacional de Misiones es cuando se comienza a gestar la idea de la necesidad de una institución que se encargue de la enseñanza superior y universitaria. Consideramos la experiencia de esta universidad popular una de las primeras de la región nordeste del país. 14. XIQUES, Mario [email protected] Universidad de Buenos Aires “Educación popular. Teoría pedagógica y formación de escuelas” La educación popular surgida a fines de los ’60, ha pretendido ser un movimiento pedagógico fundante de una educación liberadora, luego un movimiento popular que incorpora un movimiento pedagógico y finalmente una propuesta política a través de la educación al servicio de proyectos, sujetos y movimientos populares de construcción de una nueva hegemonía en el interior de la sociedad capitalista. En Argentina, al ataque a la educación pública que comenzó a fines de los ’50, en la actualidad se ha sumado el Estado al tratar de sacarse de encima a estudiantes y docentes en nombre del futuro, la eficiencia y la modernización. De allí que la lucha por la educación pública debe ser asumida por los educadores populares, hasta por los que la han rechazado en el pasado. Debemos apoyarnos en el creciente interés que han suscitado las experiencias educativas llevadas adelante por organizaciones sociales o articuladas con éstas. No estamos hablando aquí de las denominadas “prácticas de formación” o “talleres” cuyas temáticas se orientan hacia la formación política, las cuestiones de género, lo productivo, lo organizativo, entre otras. En nuestro caso hablamos de la educación popular en la formación de escuelas a partir de los movimientos sociales populares y las fábricas recuperadas orientadas a las clases subalternas. El tipo de iniciativa

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que impulsa la UTD en G. Mosconi (Salta) con la Universidad en la localidad de Vespucio. La posibilidad de desarrollar la educación popular masivamente como desafío.

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|29 de novembro – 9.00hs – Sala K5. UNIOESTE|

SIMPÓSIO 36 PRÁCTICAS SOCIALES Y CONFLICTO: EXPERIENCIAS URBANAS CONTEMPORÁNEAS DE /EN LA CIUDADES DEL SUR GLOBAL

Coordenadores: Ileana Ibáñez (Escuela de Ciencias de la Información. Universidad Nacional de Córdoba) [email protected]; Belén Espoz (CIECS- CONICET- UNC) [email protected]; Corina Echevarría (CIECS- CONICET- UNC) [email protected]

RESUMO: El tiempo y el espacio han sido en efecto cruciales para la discusión sobre la globalización. El discurso sobre la “compresión del tiempo y el espacio”, articulado por vez primera por David Harvey, se ha convertido en una especie de cliché en los debates actuales. Pienso que debemos ir más allá de este cliché, e intentar investigar transformaciones mucho más profundas en la articulación del espacio y el tiempo que parecen anunciar una especie de experiencia política, económica, social y cultural significativamente diferente del “cronotopo”, por decirlo a la manera de Mijail Bajtin, que ha sido característico de la modernidad (Sandro Mezzadra. Vivir en transición. Hacia una teoría heterolingüe de la multitud). Convocamos en este simposio a discutir y problematizar sobre las tramas conflictuales que se tejen a partir del despliegue planetario y las transformaciones del sistema capitalista en su versión neo- colonial. En este sentido, el Sur Global se trama en experiencias diferenciales con respecto a esa dinámica. Particularmente en el S. XXI una de las principales problemáticas es el ‘espacio’: la reconfiguración de los escenarios urbanos actuales plantea nuevos interrogantes en torno a los desafíos siempre pendientes de la producción de conocimiento ‘crítico’ sobre los estados socio-subjetivos en las formaciones sociales actuales. Los cambios de/en las urbes van imponiendo dinámicas de interacción social y subjetiva que impactan en las modalidades de ‘ser y estar’ con otros. Algunos de los rasgos comunes refieren a procesos cada vez más marcados de socio-segregación, a estrategias de embellecimiento estratégico de las urbes, a la espectacularización de la vida cotidiana como experiencia y a la mediatización de la vida en la ciudad por centralidad y operatoria de las tecnologías. De este modo, creemos que este lugar de lectura y acción aporta al debate y la formulación de estrategias para la integración de los pueblos. Invitamos a compartir miradas y perspectivas de investigación, como así también producciones y prácticas de los movimientos sociales, que permitan en esta instancia reconocer el mapa de acciones, procesos y conflictos en la región con relación al espacio. Algunos ejes vinculados • Nudos de conflictividad en escenarios urbanos actuales; • Prácticas sociales y modalidades expresivas de las formas actuales del conflicto social; • Estrategias de indagación y /o intervención, referidas a fenómenos existentes y emergentes que traman las experiencias de conflicto de/en la ciudad. • Producción de datos, generación de estrategias metodológicas tendientes a hacer factible modalidades de interrogación que den cuenta de la complejidad de los escenarios urbanos.

Atividades complementares: Paneles de debate con actores y organizaciones sociales/ presentación de libros RESUMOS 1. BRITES, Walter F

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[email protected]; [email protected] Universidad Nacional de Misiones. CONICET “Efectos sociales de la recomposición urbanística. Elitización en espacios urbanos revalorizados” Durante la última década las ciudades fronterizas de Posadas (Argentina) y Encarnación (Paraguay) situadas a orillas del río Paraná han escenificados cambios radicales en su morfología: inundación de cientos de hectáreas de superficies, grandes obras de infraestructura de defensas, reconstitución del tejido urbano, zonas recuperadas, etc. En el centro de estos cambios esta la hidroeléctrica Yacyretá, sus consecuencias en el ecosistema urbano y las repercusiones socio-culturales son extendidamente conocidas en el contexto científico sudamericano. Al margen de los difundidos efectos del proyecto Yacyretá, esta ponencia plantea una serie de interrogantes. ¿Las obras complementarias han generado una revalorización urbana sin precedentes? ¿El nuevo margen de costa y los terrenos liberados son objeto de disputas entre los diferentes sectores sociales? Finalizadas las relocalizaciones ¿existen hoy nuevas formas de desplazamientos, sin acción directa del Estado? ¿Está emergiendo un nuevo patrón de segregación socio-espacial? De ser así, ¿ese patrón tiene similar impacto en ambas ciudades? Estas y otras cuestiones son analizadas a partir de un abordaje exploratorio descriptivo de la conurbación internacional Posadas-Encarnación, un caso de singular alcance. 2. BESERRA, Maria dos Remédios [email protected]; ROCHA VIANA, Masilene [email protected] (UFPI) “Plano diretor e participação popular na gestão da cidade: uma análise do caso de Picos-Piauí” Atualmente vem se processando transformações no processo de planejamento e gestão das cidades brasileiras em decorrência dos princípios introduzidos pelo Estatuto da Cidade, Lei n. 10.257 de 10 de julho de 2001. No entanto, tais mudanças nem sempre ultrapassam a forma das leis e planos formais, construídos não raras vezes sem participação efetiva da população citadina, o que, em geral, produz documentos distantes do necessário enfrentamento da questão urbana, notadamente dos processos segregatórios que historicamente marcam o espaço urbano brasileiro. A pesquisa em andamento, reflete sobre o alcance da participação da sociedade civil no processo de planejamento e gestão do Plano Diretor do município de Picos-Piauí, entendendo que os mais vulneráveis e que ocupam os espaços mais opacos das cidades, devem ter um papel ativo no processo de construção e gestão das políticas urbanas. As explorações iniciais dão conta que embora Picos seja um município com significativa organização política de movimentos sociais, a construção do Plano Diretor e sua implementação carecem de formas efetivas de participação e controle social que possam influenciar na tomada de decisões e ampliar as possibilidades de construção de uma política urbana com gestão democrática no âmbito local. 3. CAETANO RAMOS MOREIRA, Mariana [email protected] (PUC-Rio) “Rio, Cidade Aberta: A (re)Produção do Espaço Urbano Global Subdesenvolvido via Megaeventos” As transformações desencadeadas pelo conjunto de processos que se convencionou chamar de globalização repercutiram profundamente em diversas escalas e, na contramão do discurso dos fluxos e do fim das fronteiras, encontramo-nos cada vez mais concentrados nos espaços urbanos, que vêm exercendo o papel de grandes centros dinâmicos da nova economia. Assim,

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partindo da hipótese de que o modelo prescritivo neoliberal institucionalizado pelo Consenso de Washington foi projetado na cidade sob a forma do planejamento estratégico, o presente artigo procurará enquadrar o Rio de Janeiro não apenas como uma síntese dos processos hegemônicos de mercadorização das relações e espaços, de espetacularização e espoliação urbana compartilhados pela maioria das cidades contemporâneas, que encontram nos megaeventos grandes catalisadores, mas também como representante de todas as contradições impostas pelo contexto histórico-geográfico de um Brasil marcado pela desigualdade e pelo subdesenvolvimento. 4. CAMARGO FURTADO, Lays da Cunha [email protected] UNILA - Universidad Federal de la Integración Latinoamericana “Entre panambis y arcoíris - la reificación de memorias por derechos humanos y de género en Asunción, Paraguay” A través de una lectura etnográfica de la construcción de los iconos y los flujos contemporáneos de la comunidad LGBTI de Asunción, - en la post-dictadura Stronista - tengo la intención de exponer, cómo asociaciones de género de la ciudad se han organizado para instituir sus derechos sociales históricamente negados por el Estado paraguayo. Y desde entonces, reflexionar sobre cómo estás prácticas de este movimiento ha transfigurado y potencializado los elementos de identidad de género, en favor del apoderando de estos sujetos y sus subjetividades. La construcción de esta auto-afirmación de la diversidad sexual en el ámbito socio-político ha sido instrumentalizada por la reivindicación de la inclusión social de estas identidades, sobre las base de un reconocimiento en el campo de los derechos humanos. Por medio de las redes de asociaciones nacionales e internacionales, el movimiento ha ejercido una presión en común, con el fin de crear un reglamento que determine al Estado nacional acciones y políticas efectivas que vengan a garantizar una ciudadanía inclusiva y emancipadora, que incluya las especificaciones correspondientes a la población dado al reconociendo de la diversidad de género a que la constituye. 5. EMILIOZZI, Mauro [email protected] Universidad Nacional de Rosario “Naturaleza, territorio y movimientos sociales: aproximaciones hacia una politización de la ontología en América” Una de las cuestiones que América nos muestra como particular en relación al problema de la originalidad de su pensar, es el lugar que la naturaleza ocupa en el marco de una visión existencial donde lo real no siempre se identifica con lo racional. En la presente exposición nos proponemos trazar un recorrido que yendo desde lo ontológico hacia lo político nos de la oportunidad de profundizar la cuestión del territorio, trascendiendo el mero rol de escenario donde se despliegan las diversas prácticas sociales en la actualidad. Para alcanzar este objetivo, nos ubicaremos en las perspectivas teóricas de autores como Rodolfo Kusch, Denis Merklen y Maristella Svampa. El anclaje en la experiencia pasará por el análisis de los movimientos piqueteros que alcanzaron su mayor punto de desarrollo hacia finales de la década del 90, en el particular contexto que significó el despliegue de una de las facetas más crudas del neoliberalismo en América Latina. 6. ESPINOSA HERNÁNDEZ, Rolando [email protected] Observatorio Socioambiental (OSA) de la Unión de Científicos Comprometidos con la Sociedad y del Centro de Ciencias de la Complejidad de la Universidad Nacional Autónoma de México

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“Conflictos socioambientales y pobreza: el caso de la Zona Metropolitana de la Ciudad de México” Este artigo aborda a relação entre os processos urbanos de precarização social e ambiental e a emergência dos conflitos socioambientais em zonas urbanas. O suposto dilema entre anti-ecologismo e ecologismo dos pobres é discutido, desde o problema clássico da escala geográfica. O argumento conclui com a ilustração do caso da Cidade do México, a fim de formular a relevância da categoria de conflito socioambiental para o desenvolvimento de uma geografia crítica do conflito. 7. ECHAVARRIA, Corina [email protected] CIECS-CONICET y UNC – UCC “Política urbana y gestión democrática: el derecho a la ciudad a la luz de las experiencias del sur” Los debates actuales se articulan en torno de las implicancias éticas, sociales y políticas del rol del Estado en las ciudades actuales. Algunos, inclusive hablan de un nuevo enfoque de la política urbana del gobierno local, en un Estado que guiado por las lógicas del mercado (o ‘sector privado’) se muestra dispuesto a disputar los beneficios de los desarrollos inmobiliarios. En este contexto, son diversos los instrumentos de planificación e intervención, que han sido internacionalmente difundidos desde la década de noventa y que han contribuido a construir y desarrollar la ciudad como una mercancía: concesiones urbanísticas, permisos especiales de construcción, cooperaciones público-privadas, grandes proyectos urbanos, megaeventos, etc. En este trabajo, nos preguntamos: ¿Cómo valorar las “aperturas” experimentadas en los procesos públicos de toma de decisiones que construyen la ciudad? ¿Cuáles son las ganancias y/o pérdidas que estos procesos representan en el ejercicio del derecho a la ciudad? En definitiva, parafraseando a Harvey: ¿existe alguna vía para ejercer de manera efectiva el derecho a decidir en la construcción de la ciudad? Para esto tomamos como referencia experiencias de organización, lucha y resistencia desarrolladas en las ciudades argentinas y brasileñas. 8. GONZÁLEZ FOUTEL, Laura Marcela [email protected] CENTRO DE ESTUDIOS SOCIALES – UNNE – CONICET “Organizaciones sociales: escenario de participación, conflicto y cultura política. Sobre la ciudad de Corrientes -Región NEA – Argentina” Las organizaciones de la sociedad civil -OSC- se han convertido en los últimos tiempos en espacios significativos de socialización – subjetivación política. En la Argentina, para Ippolito O´Donnell (2010: 25) “ha habido un crecimiento exponencial entre 1995 – 2005 donde se asegura que existen 2.9 organizaciones cada mil habitantes”. El barrio, lo comunitario, se convierte en el espacio de socialización política de los sectores populares, ante la pérdida del lugar en el mundo del trabajo y de la actividad política centrada en los partidos y en los sindicatos. Las organizaciones toman el centro de la escena, reproduciendo en algunos casos las formas políticas tradicionales, o planteando, en otros, una ruptura respecto a cómo se entiende la política y lo político. Con base en estas consideraciones se asume la importancia de las organizaciones sociales en la conformación de la subjetividad política y en la producción y reproducción de la cultura política. La misma se constituye en un soporte simbólico, que permite interpretar y valorar hechos y circunstancias de la vida política, la cual es histórica y deriva de múltiples interacciones que se suceden en un contexto social y político determinado (Sain, M. 2008, p. 226 - 227). De ahí que en estos escenarios las organizaciones como los

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actores políticos y sociales pueden llegar a cuestionar el campo de poder, de la dominación y de la hegemonía y disputar políticamente lo instituido. 9. MARTINS CARVALHO, Ananda [email protected]; SPYER VIEIRA ASSAD, Carolina [email protected] (Programa Cidade e Alteridade – Universidade Federal de Minas Gerais) “O exercício do direito à moradia adequada no contexto das grandes metrópoles: a reconfiguração do cenário urbano pela Comunidade Dandara, em Belo Horizonte, Minas Gerais” Belo Horizonte encontra-se entre as metrópoles brasileiras que têm pior distribuição de renda entre as camadas da população em toda a América Latina e déficit habitacional crescente nos últimos anos, em que pese o aumento da renda da população. Neste contexto, as disparidades sociais e a infraestrutura urbana segregadora geram disputas pelo exercício do direito à moradia adequada por intermédio das ocupações urbanas. Entre as ocupações urbanas estudadas no âmbito dos programas “Cidade e Alteridade” e “Pólos de Cidadania”, da Faculdade de Direito da UFMG, ressalta-se o caso da Comunidade Dandara. Além da luta social pela moradia, o caso destaca-se por pautar, no Poder Judiciário Mineiro, a discussão sobre o conflito entre o direito de propriedade e a segurança na posse, bem como de influenciar a definição das políticas públicas municipais de moradia a partir das ações promovidas pelos ocupantes, grupos sociais e políticos de apoio. O artigo a ser apresentado irá expor as concepções dos moradores da Dandara sobre direito a cidade, moradia, posse e propriedade, a partir das entrevistas e oficina de cartografia social realizadas em 2013 e 2014, na tentativa de identificar que peculiaridades deste caso podem contribuir para o debate sobre a efetividade do direito à moradia e os conflitos que o permeiam em outras metrópoles latinoamericanas. 10. PAIVA, Aline [email protected] Universidade Estadual do Oeste do Paraná “Mobilizações urbanas no século XXI: Primavera Árabe e Jornadas de Junho no Brasil” Neste trabalho pretende-se desenvolver uma discussão relacionando as similitudes e diferenças nas mobilizações sociais urbanas contemporâneas, como Primavera Árabe que, a qual se espalhou por vários países do Norte da África e Oriente Médio, em um contexto marcado por governos autoritários; e as Jornadas de junho de 2013 no Brasil, o qual teve início com pautas relacionadas ao transporte público, e em pouco tempo se abriu para diversas demandas relacionadas a questões políticas como corrupção, democracia deliberativa e investimentos públicos. A escolha destas mobilizações se deu principalmente pela proximidade temporal no qual elas ocorrem, e pelos processos similares de organização que se deram a partir do uso de redes sociais. As novas tecnologias comunicacionais que surgiram nos últimos anos, tem grande relação com estas mobilizações, na medida em que possibilitaram que os sujeitos pudessem se auto-organizar e automobilizar mais facilmente, sem estarem sujeitos a meios que poderiam barrar esta comunicação, isso trás as mobilizações contemporâneas grande densidade e rapidez desde o processo comunicativo inicial até ao acontecimento das ações coletivas em si. 11. PARENTES FORTES COSTA PEREIRA, Janaina [email protected]; SILVA TEIXEIRA, Jessika (Universidade Estadual do Piauí – UESPI) “O justiçamento: o espetáculo do urbano (a vingança privada da atualidades)”

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A violência captada nas imagens dos celulares transforma o justiçamento urbano no novo espetáculo do século XXI. A apoderação de um indivíduo pelo grupo justiceiro marca a vingança privada como tempo de excitação e desaguamento das angústias da sociedade do risco; em meio à aflição do condenado saltam risadas de satisfação; a multidão faz-se em consciência hermética e destrutiva do outro. O conflito violento entre indivíduos (reificados pelo mercado e alijados de políticas estatais efetivas) faz do espaço urbano o espelho do desamparo, do medo e da impotência – agentes propulsores para uma reconfiguração do comportamento contemporâneo. Dessa forma, é imprescindível que esse debate se estenda a todos os fatores envolvidos, sejam históricos, sociais, políticos ou psicológicos. O artigo se propõe a entendê-lo como um fenômeno de sócio segregação resultado dos conflitos sociais, embasado principalmente pela filosofia de Michel Foucault. 12. RODRÍGUEZ BERLANGA, Rafael [email protected] Instituto de Historia de Cuba “Cool party: utopías de bolsillo. Usos sociales de los proyectos audiovisuales en La Habana” Los proyectos audiovisuales (grupos creativos que organizan fiestas y otras actividades de ocio fundamentalmente para el público joven) forman parte de un fenómeno singular y ascendente en el panorama recreativo cubano, que es analizado en esta investigación cualitativa desde la categoría usos sociales. A partir de técnicas como la observación participante y el método etnográfico, y teniendo en cuenta los presupuestos teóricos de los Estudios Culturales y la Economía Política de la Comunicación y la Cultura, el estudio intenta arrojar luces en torno a los referentes simbólicos de los sujetos que asisten a estos espacios, gestionados por grupos de emprendedores como Sarao y Fiesta Havana, en el contexto de cambios trascendentales por los que atraviesa la sociedad cubana actual. 13. RIBEIRO, Danilo George [email protected] Universidade estadual do oeste do Paraná, UNIOESTE “Metamorfoses na cidade: Conflitos sociais em torno da produção do espaço urbano na cidade de Foz do iguaçu de 1996-2013” O trabalho tem como objetivo apresentar aspectos dos conflitos sociais que envolvem a produção do espaço urbano na cidade de Foz do Iguaçu-PR, expressos na relação entre os fenômenos da expansão do setor turístico, na tentativa de homogeneização do espaço, na remodelação urbana e sua relação com o processo de segregação sócio espacial das camadas de baixa renda na cidade. O salto dessas contradições ocorre a partir da construção da Avenida Beira-rio no ano de 1996, que destinava-se a formar um eixo de aproveitamento turístico nas margens do Rio Paraná, região que concentra uma série de favelas. A partir da tentativa de expansão do setor turístico para essa região inicia-se o movimento de deslocamento das populações pobres das áreas centrais para regiões afastadas das atividades turísticas. Esse afastamento das populações pobres originou uma série de conflitos sociais e culminou na construção do Cidade Nova. Um loteamento de conjunto de casas populares construído no ano de 1997 por meio da remoção de quatro áreas consideradas irregulares no centro da cidade, a Favela da Marinha, Favela do Monsenhor, Favela do Bambu e a Favela do Cemitério. 14. SEVESO ZANIN, Emilio J. [email protected] “Esbozo sobre los procesos de circulación mercantil y su impacto en la ciudad de San Luis/Argentina”

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El propósito de este trabajo es mapear los procesos de circulación de mercancías, reconociendo el impacto que sus pautas y patrones tienen para la producción de una estructura expulsógena en la ciudad. Para ello parto de informes y cifras estadísticas oficiales publicados por el Gobierno de la Provincia de San Luis, en cruce con una mirada crítica sobre la dinámica productiva y reproductiva del sistema capitalista hoy. En términos de Fernando Braudel, las circulaciones comprenden “al conjunto de movimientos económicos que supone el funcionamiento de toda sociedad, esos que ella asegura naturalmente, esos que ella se esfuerza por promover, aun si ella no tuviera motivo” (1986: 227-228). En la lógica específica que detentan las sociedades capitalistas contemporáneas, es posible indicar, desde cierto punto de vista, que las circulaciones mercantiles se fundamentan a su vez en una dinámica expropiatoria y depredatoria crecientes. La misma puede ser identificada, así como las marcan que imprime en la estructura social. Las circulaciones soportan la economía, pero también dan forma a la sociedad, a la cultura, al espacio, concretándose histórico-espacialmente en la extensión, densidad y forma de las ciudades. Constituyen un tejido denso que define patrones específicos en el movimiento de la sociedad. Sus flujos tienen un predominante impacto material, concreto, que se articula con estructuras y funciones sociales. Este trabajo propone precisamente un abordaje situado de esta dinámica a través del dobles interpretativo circulaciones/expulsiones. 15. SAAVEDRA CRUZ, Oscar Hernán [email protected] UNIVERISDADE FEDERAL DE MATO GROSSO (UFMT) Praticas artísticas situadas e a provocação de memorias O artigo tenta constituir um marco conceptual que permita pensarem-se as práticas artísticas situadas como ações simbólicas realizadas por sujeitos em espações reais e à margem das logicas de produção das indústrias culturais. Além disso, se explicaram as práticas artísticas como ações que buscam serem significativas e transformadoras dos imaginários sociais ao procurar a construção de relatos de memoria, os quais possam apresentar relações outras, distintas ás versões oficiais, entre o presente e um passado próximo. Por ultimo, se propõe a possibilidade de realizar práticas artísticas em contextos urbanos das cidades colombianas onde fica população deslocada forçosamente das zonas rurais do país, para ajudar à construção de relatos que possam contribuir a compreender os impediemntos que impõe o conflito armado colombiano aos modos de vida e à cotidianidade de pessoas que o tem sofrido. 16. ZOREK DANIEL, Vanessa Cristhina [email protected] Universidade Estadual do Oeste do Paraná “Mobilizações urbanas no século XXI: Primavera Árabe e Jornadas de Junho no Brasil” Neste trabalho pretende-se desenvolver uma discussão relacionando as similitudes e diferenças nas mobilizações sociais urbanas contemporâneas, como Primavera Árabe que, a qual se espalhou por vários países do Norte da África e Oriente Médio, em um contexto marcado por governos autoritários; e as Jornadas de junho de 2013 no Brasil, o qual teve início com pautas relacionadas ao transporte público, e em pouco tempo se abriu para diversas demandas relacionadas a questões políticas como corrupção, democracia deliberativa e investimentos públicos. A escolha destas mobilizações se deu principalmente pela proximidade temporal no qual elas ocorrem, e pelos processos similares de organização que se deram a partir do uso de redes sociais. As novas tecnologias comunicacionais que surgiram nos últimos anos, tem grande relação com estas mobilizações, na medida em que possibilitaram que os sujeitos pudessem se auto-organizar e automobilizar mais facilmente, sem estarem sujeitos a

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meios que poderiam barrar esta comunicação, isso trás as mobilizações contemporâneas grande densidade e rapidez desde o processo comunicativo inicial até ao acontecimento das ações coletivas em si. 17. ZUCARELLI, Marcos Cristiano [email protected] Universidade Fumec “Os impactos da mineração e os conflitos socioambientais no contexto urbano de Conceição do Mato Dentro-MG, Brasil” O processo de intensificação da produção e da exportação de commodities tem representado um aprofundamento da mercantilização de territórios nos chamados países do sul global. A participação neste mercado se insere na mundialização do capital, no seio do qual emerge uma nova divisão internacional do trabalho definida pelos níveis tecnológicos de produção, pelas formas de gestão e pelas relações de trabalho dominantes. Neste cenário, a extração minerária é um exemplo do conflito que evidencia os diferentes processos de construção dos territórios e as formas desproporcionais de uso do espaço praticadas por grupos sociais heterogêneos. A partir de um estudo de caso, pretende-se analisar as principais mudanças sociais ocorridas no contexto urbano de uma pequena cidade de Minas Gerais, provocadas pelo Projeto Minas-Rio, um dos maiores empreendimentos minerários em fase de implantação no Brasil. O complexo conta com a estrutura de uma mina de exploração de minério de ferro, localizada nos municípios de Conceição do Mato Dentro-MG e Alvorada de Minas-MG, um mineroduto de 525km de extensão que corta 26 cidades mineiras e 7 cariocas, além de um porto marítimo no litoral norte do Estado do Rio de Janeiro.

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|29 de novembro – 9.00hs – Sala K3. UNIOESTE|

SIMPÓSIO 37 FRONTERAS ENTRE EL CONFLICTO Y EL POSTCONFLICTO EN COLOMBIA (1964-2014). ACERCA DE LAS DISYUNTIVAS DEL RECIENTE PROCESO DE

PAZ Coordenadores: Ricardo Oviedo Arevalo (Observatorio Social, Departamento de Sociología, Universidad de Nariño); Rainiero Jimenez Martinez (Universidad Nacional de Colombia) [email protected]; Sergio Astorga (Observatorio Andino de los Derechos Humanos - Centro de Estudios Trasandinos y Latinoamericanos, Universidad Nacional de Cuyo) [email protected]

RESUMO: La siguiente propuesta circunscripta en el marco de diversos grupos de investigación vinculados a los estudios sobre los conflictos sociales y políticos, así como a las organizaciones de los derechos humanos, tiene el objetivo de conocer interpretaciones y análisis exhaustivos sobre la historia de la violencia política, extender los debates y discusiones de temáticas centrales como sus antecedentes socio-históricos, estudios comparados, contextualización social regional, los modelos de desarrollo - extractivismo, territorio y conflicto-, la situación de los derechos humanos, memoria y reparación de víctimas, el papel de los movimientos sociales y estudiantiles y el desplazamiento forzado por la guerra. Se hará hincapié en la descripción de los procesos de paz, los discursos vigentes y las miradas de los actores sociales y políticos. Conflicto y Posconflicto son categorías predominantes en los estudios recientes de la ciencia política, la sociología, la historia y otras disciplinas en este país, por lo cual se espera que los aportes contribuyan a la discusión epistémica sobre ésta temática en los estudios sociales y políticos. La línea de trabajo propuesta da continuidad a numerosos encuentros y reuniones científicas académicas previas concretadas en varios países de América Latina y Europa.Se promoverá la publicación de los mejores artículos enviados a través de la coordinación de las instituciones convocantes. RESUMOS 1. ASTORGA, Sergio Gustavo [email protected] Observatorio Andino de los Derechos Humanos, Centro de Estudios Trasandinos y Latinoamericanos, Universidad Nacional de Cuyo “Mercantilización de la educación superior en América Latina. El caso de la M.A.N.E. y las luchas contrahegemónicas en el sistema universitario colombiano (2011-2013)” En los últimos años ha revivido el encuentro entre las discusiones intrateóricas y las experiencias empíricas de movilización, cambio y transformación en la universidad, se ha hecho necesario entender de las lógicas y dinámicas de producción del conocimiento en las diversas realidades nacionales de nuestra América. En ese contexto, la siguiente investigación, en tanto estudio de caso, se propone analizar el proceso de alta mercantilización de la educación superior en Colombia, haciendo referencia a las luchas contrahegemónicas recientes que tienen a la M.A.N.E. (Mesa Amplia Nacional Estudiantil) desde 2011 como una de sus principales protagonistas, que a través de discursos y acción política buscan la construcción de una propuesta alternativa de educación superior. Se analizan discursos, agendas y escenarios en el sistema universitario colombiano.

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2. CENTURIÓN CÁCERES, Cynthia Leonor [email protected] Universidade Federal da Integração Latino-Americana (UNILA) “Se buscan colombianos para vivir en Canadá”: Analizando el desplazamiento forzado y de refugiados a Canadá como consecuencias del confllicto armado interno en Colombia” El desplazamiento de colombianos y colombianas a Canadá a consecuencia de la situación de guerra que vive la nación latinoamericana es tema de este trabajo, que pretende contribuir con la discusión epistémica, teniendo en consideración las diversas interpretaciones y análisis ya realizados sobre este asunto, dando un enfoque especial a los discursos vigentes de los actores sociales y políticos, tanto a nivel interno e internacional. Canadá por su parte es considerado el segundo país receptor de refugiados en el mundo y Colombia en la actualidad es el país con mayor índice de desplazados en todo el mundo, esta situación es verdaderamente preocupante por ese motivo es importante analizar este hecho teniendo en cuenta varios factores que envuelven este fenómeno por su particularidad como las dinámicas migratorias existentes, las tipologías específicas de migración forzada, cuáles son las ciudades canadienses que cuentan con mayor concentración de la población refugiada y desplazada, cómo son las experiencias de refugiados y desplazados, que posibilidades de integración existe entre los desplazados y refugiados con la sociedad canadiense y cuáles son los proyectos de vida de las personas refugiadas en Canadá, estas serán premisas que serán abordadas dentro del trabajo. 3. DINIZ SCHWETHER, Natalia [email protected] Universidade Federal de Santa Catarina “Securitização e dessecuritização das FARC: análise das ações dos governos colombianos no período de 2002 a 2014” Na Colômbia, identificamos o grupo armado FARC, o qual utiliza da violência como mecanismo de solução de controvérsias políticas, desta forma, dado suas práticas de guerrilha, foi classificado por agentes do sistema internacional como uma ameaça existencial. De antemão conscientes da importância dos discursos na definição daquilo que será temido pela população e na criação do inimigo público, este artigo objetiva, inicialmente, analisar as concepções empregadas e ações empreendidas pelos tomadores de decisões no governo colombiano, para legitimar um processo cunhado pela Escola de Copenhague como securitização. Entretanto, com vistas nas dificuldades enfrentadas para obter a segurança nacional pretendida, procura-se mostrar que a securitização de um tema não proporciona, necessariamente o fim das vulnerabilidades, assim como, apontar caminhos que possivelmente sejam mais logradouros. Para tanto, estabeleceremos um paralelo entre as práticas adotadas durante os anos de 2002 à 2014, período que abarca uma transição de governo e alteração de conduta fundamental para compreensão da problemática. 4. OLIVEROS AYA, César [email protected] Universidad Militar Nueva Granada “El Conflicto y posconflicto colombiano en la narrativa fílmica” La ponencia se enfoca en el tratamiento narrativo que hace el cine colombiano de las diversas etapas de violencia presentadas en su historia desde los años cincuenta hasta la actualidad. Hace un recorrido por las diversas líneas argumentales desarrolladas en obras como El río de las tumbas (Julio Luzardo, 1965), Canaguaro (Dunav Kuzmanich, 1981), Carne de tu carne

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(Carlos Mayolo, 1983), Cóndores no entierran todos los días (Francisco Norden, 1984), Confesión a Laura (Jaime Osorio, 1991), Golpe de Estadio (Sergio Cabrera, 1998), La primera noche (Luis Alberto Restrepo, 2003), La milagrosa (Rafael Lara, 2008), Saluda al diablo de mi parte (Juan Felipe Orozco, 2011), que se han ocupado del conflicto agrario, el surgimiento de las guerrillas, la violencia iniciada con El Bogotazo el 9 de abril de 1948, las polarizaciones partidistas, el desplazamiento forzado, el paramilitarismo, desde la óptica de diferentes protagonistas en su respectivo contexto. El seguimiento cronológico de las obras fílmicas está matizado con el estudio semiótico de algunas secuencias que permiten identificar los aspectos sustanciales de la temática abordada. 5. OTÁLORA CORTÉS, Rosalvina [email protected] Universidad Libre “Recursos mineros y el conflicto armado en Colombia. Experiencia investigativa del Semillero de investigación Economía y Conflicto de la Universidad Libre” El Semillero de Investigación ‘Economía y conflicto’ surge como respuesta a la necesidad sentida de introducir a los estudiantes y jóvenes profesionales en un proceso investigación científica, a partir de la centralidad que adquiere en América Latina la preocupación por los recursos naturales y los conflictos socio ambientales que se derivan de su extracción. La ponencia presentará la experiencia investigativa del semillero, cuya misión es analizar las relaciones entre la presencia de recursos naturales en Colombia y el conflicto en torno de su extracción y apropiación por parte de diferentes actores (económicos, políticos, armados, etc.). Su visión parte de un análisis transdisciplinarios que, desde el derecho, la economía, la ciencia política, la sociología jurídica y las relaciones internacionales, aporte elementos que permitan explicar las relaciones entre los recursos y el conflicto, con especial énfasis en el impacto y el análisis de la política del sector minero energético. 6. ROJAS BOLAÑOS, Omar [email protected]; JIMÉNEZ MARTÍNEZ, Rainiero [email protected] (Universidad Nacional de Colombia) “ALMAS DE-BOTAS: Una narrativa de los Falsos Positivos como expresión del Terrorismo de Estado en Colombia” Centra su atención en un fenómeno sociopolítico denominado Falsos Positivos, expresión y hechos que son ejecuciones extrajudiciales, según la Corte Penal Internacional para caracterizar los crímenes llevados a cabo en Colombia por las fuerzas militares, los cuales son presentados ante la sociedad como guerrilleros dados de baja o muertos en acciones militares como combates u operativos realizadas por el ejército en zonas de conflicto. El resultado de esta investigación se logra gracias a la aplicación de técnicas y herramientas, haciendo pesquisas en fuentes primarias y secundarias y recurriendo a víctimas, familiares de estas, a miembros de las fuerzas armadas, obteniendo sus testimonios, vivencias e historias ante una práctica delictiva que se ha convertido en el modus operandi por parte del ejército y el gobierno en los últimos periodos presidenciales, como evidencia que se le está ganando el conflicto armado a la guerrilla a costa de asesinar la población civil indefensa, utilizando argucias que los ponen en el nivel de crímenes y terrorismo de Estado. Se presenta este informe de una manera innovadora y cuidando la integridad de sus autores, recurriendo a la re-creación de la verdad, a través de un texto literario narrativo, en el cual se presenta la descarnada realidad de las ejecuciones extrajudiciales, acompañada de un análisis politológico en el que el terrorismo de Estado es la categoría que complementa la disfuncionalidad de la democracia en Colombia. 7. ROSSO DE OLIVEIRA, Ana Carolina

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[email protected] Universidade Federal de Santa Catarina “De Uribe a Santos: a transição da agenda colombiana no combate às drogas” O campo de Segurança Internacional abrangeu, até durante a Guerra Fria, problemas ligados às questões militares. Entretanto, com o alargamento da agenda de segurança e com o surgimento de novos atores capazes de desestabilizar o sistema internacional, os Estados encontraram-se, a partir do século XXI, vulneráveis a novos tipos de ameaças, também denominadas ameaças transnacionais, como o crime organizado, o terrorismo e o narcotráfico. Na América Latina, a questão do crime transnacional das drogas tornou-se uma das principais preocupações, nos anos 1990, devido ao crescimento da atividade ilícita na região e à inserção da Colômbia na indústria das drogas. A situação tornou-se ainda mais complexa quando o tráfico de drogas tornou-se uma das principais fontes de financiamento às guerrilhas. Devido ao cenário instaurado na Colômbia, desde o governo Pastrana tem-se combatido incansavelmente, especialmente por meio do Plano Colômbia, o tráfico de drogas e o conflito armado interno que o país enfrenta. No próprio governo de Álvaro Uribe, a ênfase se deu ao combate militarizado dos ilícitos e das guerrilhas, por meio do fortalecimento das forças militares estatais e do enfraquecimento dos grupos armados. Entretanto, a partir de 2010, com a presidência de Juan Manuel Santos, houve um redirecionamento, dado por este, ao conflito interno colombiano através da solução negociada do conflito que vive o país. O objetivo deste artigo, portanto, é analisar em que medida é possível ponderar uma mudança discursiva no combate ao tráfico de drogas e ao conflito colombiano entre o governo Uribe e Santos. Esta pesquisa é importante por trazer a agenda governamental da Colômbia para um momento mais atual, indo além do que foi produzido sobre o Plano Colômbia, enfatizando os dois últimos governos do país. 8. SANTANA FELIX DOS SANTOS, Ricardo [email protected] Universidade Federal de Santa Catarina “Políticas (e poéticas) de memória e verdade histórica ante as políticas sexuais do terror e do extermínio: narrativizando discursos ocultos, politizando (e poetizando) experiências e reinterpretando as violências de gênero no conflito armado colombiano” O presente trabalho pretende contribuir com a abordagem das políticas de memória histórica relativas ao conflito armado colombiano e suas ressonâncias sócio-políticas e culturais vinculadas aos direitos relativos à chamada “transição política” e “justiça de transição democrática” (direitos à memória, verdade, justiça e reparação). Procura-se aliar a perspectiva das mesmas sob o prisma da sociologia histórica, dos estudos de gênero e da epistemologia feminista (bem como sua práxis, promovida e reverberada pelos movimentos sociais e organizações políticas de mulheres). Para tanto, se faz necessário contextualizar a conjuntura sócio-histórica que determinou a emergência do conflito, enquadrando o lugar latino-americano na atualidade da geopolítica do imperialismo – e o papel desempenhado pelo Estado colombiano neste contexto. Compreendendo as bases de uma prática de terrorismo de Estado através da militarização da vida social e do extermínio enquanto fator político, trata-se de chegar à sua dimensão sexual (a especificidade da expressão da ordem patriarcal na complexa estrutura sócio-política da guerra). Assim, busca-se enunciar o trabalho perpetrado por movimentos sociais protagonizados por mulheres na “guerra de narrativas”; pela afirmação da memória das vítimas e sua visibilização; pelo esforço de se fazer emergir as verdades históricas ocultas das inúmeras violações de direitos humanos, dos crimes de Estado e das negligências relacionadas à reparação necessária, tal qual a Comissão da Verdade e Memória das Mulheres Colombianas vítimas do conflito – além das reformas institucionais para tanto. Aproximando experiências levadas a cabo no campo da arte política, pretende-se

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relacionar tais políticas de memória histórica com suas poéticas, estetizadas através das performances dramáticas do grupo de mães de Soacha – evocativas da dor, do sofrimento e do horror provocado pela guerra. 9. OVIEDO ARÉVALO, Ricardo [email protected] Departamento de Sociología, Universidad de Nariño “Reconstrucción de la memoria histórica de las víctimas del conflicto armado en la llanura del Pacífico Sur (Tumaco), en el departamento de Nariño, Colombia” La Llanura del Pacífico del Departamento de Nariño, por muchos años fue considerado un territorio de paz, poblada en un 96% por comunidades afro descendientes, prácticamente no participó en el periodo conocido eufemísticamente como la “violencia” (1948-1958), ocurrido a mitad del siglo pasado y se vinculó tardíamente al actual conflicto armado, en los años ochenta del siglo pasado, en pleno crecimiento de los frentes de guerra de las FARC EP y ELN y a finales de los años noventa con el ingreso de los llamados paramilitares, Además, hizo presencia, los cultivos ilícitos y todas las consecuencias sociales que estos traen. De ser una región con bajos índices de muertes por arma de fuego hoy encabeza la lista de las más violentas del país, fracturando las organizaciones comunales y cívicas, generando un desplazamiento interno importante, abriéndoles la puerta a todos los actores del conflicto armado colombiano. Por sus características étnicas y culturales específicas, la metodología utilizada para auscultar el origen del conflicto social, son las técnicas cualitativas que permiten la construcción de relatos e historias de vida a partir de la narración oral de sus principales víctimas, para identificar las causas y responsables, que permitan el diseño de políticas de justicia y reparación, además de posibles escenarios de posconflicto. 10. RODRÍGUEZ TRIVIÑO, Oscar Hernán [email protected] UNESP/Via Campesina “Movimentos sociais na Colômbia: da opressão à insurgência” O presente artigo se propõe a fazer uma breve análise da conjuntura sócio-política e econômica da Colômbia, buscando compreender os limites, desafios e as perspectivas da luta dos movimentos sociais civis, em face da ofensiva capitalista/imperialista dos EUA e de governos aliados. Através dos estudos de teóricos como Checchia (2007), Izquierdo (2007), Montaña (2013), Suárez (2013), dentre outros, discutimos o problema da questão agrária no país e os conflitos sócio territoriais que produzem as lutas de resistências, bem como a trajetória das lutas insurgentes guerrilheras e suas atuais negociações de paz ate os nacentes movimentos sociais, no enfrentamento ao poder conservadorista repressivo do Estado. Na Colômbia verifica-se que a atuação do movimento social, a exemplo da trajetória da União Patriótica (UP) e da recente criação da Marcha Patriótica (MP) e Congreso de los Pueblos, tem sido de extrema relevância na perspectiva da luta pela transformação das estruturas sócio-políticas e econômicas injustas, criadas pelo poder hegemônico imperialista naquele país. 11. SUÁREZ PINZÓN, IVONNE [email protected] Escuela de Historia, Universidad Industrial de Santander “Colombia: violencia de género y desplazamiento interno” El texto aborda una temática de marcado interés, a saber: las formas específicas de violencia sufridas por mujeres colombianas que son víctimas de desplazamientos forzados en el contexto del conflicto armado interno. Su objetivo es interpretar dichas formas de violencia

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desde una perspectiva que asume el género como categoría central de análisis. La información fue obtenida mediante la metodología de historia oral y construcción de trayectorias vitales que le permiten presentar como soporte empírico el análisis de un conjunto acotado de casos. En las conclusiones se destaca que la violencia de género que se vive en el marco del conflicto es una resultante de formas de violencia de orden genérico presentes en la sociedad.

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|28 de novembro – 9.00hs – Sala E2. UNIOESTE|

SIMPÓSIO 38 UNIVERSIDADES EN MOVIMIENTO: CRISIS, CAMBIOS INSTITUCIONALES Y REIVINDICACIONES DE LOS SUJETOS UNIVERSITARIOS. HACIA NUEVOS

ROLES Y MODELOS DE EDUCACIÓN SUPERIOR Coordenadores: Celia Romina Bruculo (Universidad Nacional de La Rioja-CONICET) [email protected]; José Jatuff (Universidad Nacional de La Rioja-Universidad Nacional de Córdoba); Sergio Astorga (Universidad Nacional de Cuyo) [email protected]

RESUMO: Pensar las universidades latinoamericanas en las últimas décadas implica reconocer contextos cambiantes donde se evidencian transformaciones en lo social, cultural, económico, político y en los cuales las instituciones universitarias se van resignificando sobre una diversidad de procesos que pueden observarse como lógicas particulares de cada país pero también como integrantes de problemáticas que se reproducen en el nivel regional. Así, proponemos pensar el rol de las universidades en las sociedades teniendo presentes las diversas experiencias y estadios en los que estas instituciones se hallan, donde se reproducen momentos de estabilidad y escasas transformaciones, momentos de cambios profundos que auguran nuevas configuraciones institucionales, el impacto de los cambios sociales, la necesidad de saberes puestos al servicios de sus comunidades, entre otras problemáticas que colocan a los diversos sujetos universitarios ante múltiples desafíos. RESUMOS 1. ANDRADA, Marcos Javier [email protected] (CIECS - CONICET – UNC); BERTONE, Carola Leticia [email protected] (CONICET – UNLaR) “Cambios demográficos relacionados con la oferta de estudios superiores. El caso de la Provincia de La Rioja, Argentina. 1991-2010” Argentina tuvo una importante y temprana alfabetización de su población desde finales del siglo XIX (Ley 1.420), la cual contribuyó fuertemente al cumplimiento de la escolarización hasta el nivel primario de la mayor parte de la población. La Ley 24.195/1993 amplió la obligatoriedad de la “educación general básica” hasta 10 años. Más tarde, la Ley Nº 26206/2006 la extiende a todo el nivel medio (13 años de educación). Esto pareció estimular la continuación de los estudios superiores, más notablemente donde la oferta de estudios terciarios y universitarios se amplió, como ocurrió en la provincia de La Rioja en las últimas décadas. En esta investigación se propone estudiar el patrón de escolarización de la población de la provincia de La Rioja a propósito del aumento de instituciones de estudios superiores, tanto del ámbito privado como del sector público, y los cambios demográficos que lo acompañaron a nivel provincial. La importancia del trabajo radica en mostrar el notable crecimiento de la matrícula de todos los niveles educativos, especialmente los que afectan a la población universitaria y que se dan concomitantemente con ciertos fenómenos demográficos como la disminución de la fecundidad y el crecimiento de los sectores jóvenes de la población provincial producto de la migración. Se utilizará como fuente los censos nacionales de los años 1991, 2001 y 2010 y registros de estadísticas oficiales. La metodología seleccionada será la estimación de indicadores clásicos en los que se identificarán las características generales de los patrones de escolarización de la población entre los años 1991 y el año 2010.

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Posteriormente se describirá el comportamiento de los componentes demográficos en el periodo. 2. ASTORGA, Sergio Universidad Nacional de Cuyo / Observatorio Andino de los Derechos Humanos “(Trans) formación, trabajo y democratización. Acerca de os desafíos y posibilidades de las estrategias de capacitación del personal de apoyo académico en el sistema univeritario argentino” Se concibe el trabajo universitario, no sólo como trabajo docente, sino de investigación y de extensión, donde también el trabajo llevado a cabo por el personal de apoyo académico se ha resignificado en los últimos años. Donde el involucramiento de éstos, junto a los docentes, estudiantes y egresados puede fortalecer tanto las instancias de cogobierno, de gestión universitaria como de producción de conocimientos. A principios de la década del 2000 en el sistema universitario argentino afloró la necesidad y pertinencia de diversas estrategias de formación del personal de apoyo académico, codocentes o personal no docente, teniendo en cuenta diversos factores como: la masificación de los estudios superiores, el incremento del presupuesto, las nuevas tecnologías de gestión pública, las políticas desburocratizadoras de las organizaciones universitarias, el desarrollo de la carrera administrativa y las mejoras de las condiciones laborales. En la actualidad, también se hace necesario contar con científicos técnicos especializados, que entre otras cuestiones, promuevan la creatividad y la innovación en la gestión y la democratización universitaria. En primer lugar, se realiza una descripción de las transformaciones en el mundo del trabajo como punto de partida. Seguidamente, se mencionan los antecedentes de las estrategias de formación de los y las trabajadores universitarios, el impacto del Convenio Colectivo de Trabajo (2006), asimismo se realiza un análisis comparado de los estudios en gestión y administración universitaria dirigidos en general a personal en servicio dentro de las universidades, dando cuenta de los principales desafíos y oportunidades en el marco de la complejidad de las instituciones universitarias y la democratización universitaria en marcha. Finalmente, se da cuenta de la participación del personal de apoyo académico en éste proceso heterogéneo emprendido en varias instituciones de educación superior, que ha incluido desde reformas estatutarias, planes estratégicos, mayor representación en los órganos de gobierno y protagonismo en la vida universitaria, mayor duración de los mandatos y amplia participación en todas las funciones de los órganos de gobierno, antes limitadas éstas últimas sólo a cuestiones vinculadas a su claustro. 3. BRUCULO, Celia Romina [email protected] CONICET-UNLaR-IDICSO “Reflexiones sobre luchas, sujetos y discursos en la construcción de identidades universitarias. Caso La toma (del poder?) en la Universidad Nacional de LaRioja – 2013 y después…” Reflexionar sobre la toma del poder remite a espacios y formas que tendemos a asimilar en las organizaciones políticas modernas, reconocidas legalmente en la estructura del Estado. Entonces pensar “la toma del poder” no sería correcto como simplificación para ser aplicada como categorías dentro de un ámbito universitario, o si? O tal vez si en la relación que estrecha a la universidad con lo estatal y público. Tal vez eso implique que las analogías con los procesos políticos más amplios sean revisitadas una y otra vez en las lecturas actuales de las relaciones de poder en el seno del proceso de la crisis y el conjunto de mediaciones hacia la “normalización” de la Universidad Nacional de La Rioja. Para una aproximación a las deconstrucciones y construcciones de los discursos universitarios, revisamos algunos

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momentos que integraron e integran el proceso de crisis institucional y re-acomodamientos reformadores que atraviesa a la Universidad Nacional de La Rioja desde mediados de septiembre de 2013. La toma como acontecimiento sacudió algunas estructuras y superestructuras de la universidad nacional de La Rioja desde septiembre de 2013 y fue transcurriendo sobre un continuo enlace de experiencias que irían recreando espacios y posiciones de todos los actores que la protagonizaron. Desde los bordes, desde el núcleo, desde las diferencias de clases (o claustros), las voces y los discursos fueron reflejando el contenido o los contenidos de la lucha. 4. DEMELENNE, Julien [email protected] Universidad Federal de Integración Latinoamericana (UNILA) “La UNILA en construcción” Se hace cada vez más necesario reflexionar sobre las universidades en América Latina. Desde esta perspectiva se propone realizar un análisis del proceso de construcción de una universidad que surge como propuesta innovadora dentro del contexto de la educación superior latinoamericana. La UNILA surge a partir de tres pilares centrales: Por un lado la propuesta integracionista que a su vez se presenta como una cuestión epistemológica de pensar América Latina desde y para América Latina. Por otro lado una propuesta interdisciplinaria a través del diálogo entre las diferentes áreas de conocimiento, y por último una propuesta de educación bilingüe con base en la intercomprensión mutua entre el portugués y el español. Estos tres ejes se traducen en diferentes especificidades de la universidad que en muchas ocasiones confronta con los esquemas de las universidades tradicionales. La propuesta de este trabajo es discutir como se dio ese proceso de construcción en estos primeros cuatro años. Las continuidades y modificaciones por las cuales transitó el proyecto original, las discusiones con respecto como al proceso de institucionalización y burocratización, así como los desafíos de la construcción de una universidad de integración latinoamericana bajo los esquemas de educación superior brasileño. 5. FLORES VARELA, Claudia [email protected]; DEL VALLE MONTEAGUDO, Cecilia [email protected]; Pacheco, Yesica Alesandra (Universidad Nacional de La Rioja) “Liderazgo político en mujeres universitarias. El papel fundamental de la mujer en el proceso pre-toma-post de la Universidad Nacional de La Rioja” Como protagonistas de un hecho histórico acontecido en la Universidad Nacional de la Rioja (UnLaR) el 11 de septiembre de 2013, en donde un grupo de estudiantes dan surgimiento a la primera asamblea estudiantil en reclamo por sus derechos no reconocidos, ante un régimen universitario absolutista el cual llevaba 26 años de permanencia en el poder. Tras las diversas situaciones de indiferencia vividas por parte de las autoridades competentes, los estudiantes deciden “la toma de toda la universidad” en la cual se reunieron los cuatro claustros con un mismo objetivo que era lograr la destitución del rector vigente en ese momento. Teniendo en cuenta la lucha histórica en contra de la discriminación y desigualdad del género nuestro estudio de caso hará su enfoque en resaltar en este contexto la imponente participación que tuvo la mujer en el proceso pre-toma-post. Con el fin de la “toma” se inicia el proceso de democratización de la UnLaR, dando lugar al surgimiento de distintas agrupaciones entre ellas la primera agrupación femenina MUM (mujeres universitarias en movimiento) orientadas principalmente a la reivindicación del género y a la construcción de una identidad colectiva en común entre los diversos sujetos con coherencia ideológica entre sí, porque es el primer paso para comenzar a realizar transformaciones.

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6. GOMES DE MOURA, Luiz Henrique [email protected] (IESA/UFG); Casado Baides, Beatriz [email protected] (MPAS/UnB) “Residência Agrária e movimentos sociais: reflexões sobre o curso Matrizes Produtivas da Vida no Campo – UnB” O presente trabalho abordará a construção e realização do curso de especialização Matrizes Produtivas da Vida no Campo, Residência Agrária promovido pela UnB em parceria com o CNPq, o PRONERA/INCRA e a Escola Nacional Florestan Fernandes (ENFF). Oriundo de um processo de luta dos movimentos sociais camponeses pelo ensino superior para suas bases e para os que atuam junto às comunidades camponesas, o curso tem como objetivo complementar a formação de graduados de diferentes áreas do conhecimento, buscando superar os limites da histórica separação entre universidade e campesinato. Nesse artigo, abordaremos a base pedagógica aportada pela ENFF, tendo por elementos centrais o trabalho como princípio pedagógico, o sistema da alternância (Tempo Comunidade e Tempo Universidade) e a organicidade (engenharia organizativa que articula instâncias, atribuições e fluxos de decisões, permitindo que os educandos sejam sujeitos da própria formação). Exploraremos também o perfil da turma e a composição disciplinar do curso, formado por um eixo comum à toda turma, baseado na pesquisa, formação política e teoria crítica do pensamento, e dois eixos paralelos de habilitação: agroecologia e organização de assentamentos; e cultura, arte e comunicação. Por fim, abordaremos a forma organizativa que foi desenvolvida para uma atuação articulada entre teórica e pratica pelos educandos durante o Tempo Comunidade nos territórios de abrangência do curso (DF e entorno, Mato Grosso e Mato Grosso do Sul), que são as Escolas Itinerantes de Formação. 7. JATUFF José, [email protected] UNLAR-UNC “Notas para una crítica filosófica del proceso educativo” Desde los tiempos de Prometeo se entiende que el hombre sin cultura vive en la miseria material y moral. Entendía la educación como el proceso mediante el cual la cultura pasa de generación en generación, el presente trabajo aborda la cuestión de la finalidad de la misma. En tal sentido se pregunta si la educación solo debe custodiar las técnicas culturales que garanticen la supervivencia del grupo o debe, también, velar por la formación de una subjetividad autónoma. Se da cuenta, desde el ámbito del proceso educativo, de la tensión entre el grupo y el individuo: las pretensiones del grupo pueden generar una subjetividad alienada, a su vez, una subjetividad sin ninguna disciplina queda excluida del grupo. Desde esta tensión se aborda, a través de grandes pensadores de la educación, y desde la clara conciencia de su contexto histórico, la disciplina en su doble implicación, a saber, como mecanismo de control establecido desde una finalidad no expresa y como necesaria puerta de entrada al mundo de la cultura. Por último, se elaboran algunas conclusiones abiertas a la espera de que sean utilizadas como disparador de alguna discusión posible. 8. MERCADO MOTT, Macarena [email protected]; MACIAS MAYCO, Alejandro [email protected] (Universidad Nacional de La Rioja) “Democratización y trasformación. Universidad Nacional de La Rioja y el conflicto universitario del 2013” EI presente trabajo pretende abordar en primera instancia el debate en torno a la Idea de Universidad que se contextualiza en relación a la Universidad Nacional de La Rioja y los procesos internos que refleja para la discusión del neoliberalismo y su inserción, movimientos estudiantiles, estrategias, programas políticos, universidades, reformas, crisis y aquellos rasgos

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sociales que plantea las siguientes preguntas: ¿Qué caracteriza a un proceso real de democratización y trasformación? ¿Qué conflicto universitario se gestó en el 2013? Se comenzará precisando la situación de la educación superior a nivel nacional, en el marco de los proyectos neoliberales a los que nuestro país adscribió, y cuyas políticas ejecutó, siendo en el área de la educación pública, una de las más afectadas. Cambios neoliberales que se vieron favorecidos por la desmovilización y marginación que atravesaban los actores universitarios (estudiantes, sindicatos de trabajadores universitarios, grupos de docentes e investigadores) contextualizados en la época, y que continuaron hasta el estallido del conflicto universitario. Desde un análisis inductivo, se pretende enumerar una serie de factores exógenos y endógenos que determinaron estas situaciones en la Universidad. Se tiene la intensión de identificar y reflexionar sobre los factores endógenos que generaron la perpetuidad de aquellas estructuras que legitimaron las crisis de la Universidad Nacional de La Rioja y cómo el movimiento estudiantil emergente tiene la responsabilidad de comenzar por repensar y replantear los principios y fines de la universidad, sin que estos nortes sean impuestos o determinados por actores y factores externos a la misma. 9. MOREIRA, Eduardo [email protected] (IFF/campus Bom Jesus do Itabapoana); DO CARMO TAVARES, Gerson [email protected] (UENF) “PODER E POLÍTICA: UM ESTUDO DE CASO SOBRE O PROCESSO DE (RE) CONSTRUÇÃO DA MEMÓRIA INSTITUCIONAL NOS INSTITUTOS FEDERAIS DE EDUCAÇÃO – Ifs” O presente trabalho se constitui num estudo de caso sobre o recente processo de interiorização dos IFs que corresponde tanto a criação quanto a ampliação da capacidade já instalada desta modalidade educativa pelas diversas regiões brasileiras. Busca-se analisar esta passagem sob a ótica das tensões originadas por este contexto entre os docentes (antigos e entrantes) como um evento gerador de lutas em torno do poder de (re) configuração da identidade desta nova instituição que passa a integrar em seu interior um considerável número de professores oriundos de várias realidades socioculturais, gerando campos de poder com distintos (por vezes opostos) símbolos consensuais inter-relacionados às ideias de moderno/antigo, rural/urbano, tradição/inovação, como elementos que se excluem e por isso geradores de disputas. Como as instituições e suas políticas são construções sociais, a instalação do IFs esbarra, em certo sentido, nas complexidades das relações sociais locais em sua interface com os sujeitos advindos de outras realidades com diferentes referenciais e valores. Tais eventos podem se tornar limitadores de uma política educativa emancipadora, que evidencie o histórico processo de hierarquização de saberes gerador de desigualdades materiais e imateriais entre as regiões em nosso país. 10. PEREIRA LOBO DE LIMA, Wesley [email protected] Grupo de Estudos de Crítica da Economia Política (GECEP\UFVJM) “IES Capitalistas: o ensino como mercadoria” O trabalho analisa as Instituições Privadas de Ensino Superior no Brasil (IPES), as quais, a rigor, são IES capitalistas. Parte significativa do ensino superior no Brasil está mercantilizada, diferenciando-se do ensino superior público. Este se diferencia das IPES não somente por não ter no seu ensino a lógica da mercadoria, mas também por: diferença das porcentagens de professores com mestrados e doutorados; qualidade dos cursos; e pela quantidade de matrículas, números de instituições e a qualidade da aprendizagem dos alunos. Podemos observar também que o setor educacional privado se tornou ainda mais rentável, lucrativo para os capitalistas, sobretudo a partir da última década, quando algumas empresas do setor educacional abriram capitais na bolsa de valores para se capitalizar. O que era mercantilizado, agora, além deste aspecto, segue o ritmo e os imperativos do “mercado de capitais”. Conclui-

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se que a lógica e a dinâmica capitalista tornaram a educação numa mercadoria ainda mais lucrativa, intensificando a má qualidade do ensino, proporcionando, assim, um estudante sem o domínio do saber científico e tecnológico, sem o fomento da consciência crítica para com a realidade social e para enfrentar os problemas do desenvolvimento do Brasil. 11. ROMERO, Belén del Huerto [email protected] Universidad Nacional de La Rioja “Desafíos de convergencia feminista: occidentalización del feminismo” Las perspectivas del centro y periferia no solo se dan en diferentes tipos de países sino dentro de un mismo, así como lo rural y lo urbano son ámbitos de demandas múltiples, el feminismo también se encuentra en disyuntiva al tratar de unificar criterios dentro de Argentina, a partir de los últimos 20 años. Las conquistas de movimientos sociales en cuanto a lo ambiental como Esquel y Famatina en cuanto a la participación de las mujeres trazan un paradigma de feminismo nuevo. En el caso del feminismo urbano que está en concordancia con lo occidental como la ley de fertilización asistida, matrimonio igualitario, ley de identidad de género y cupo femenino como así también el aborto no punible en caso de violación y la legalización de este que aún sigue el camino de la lucha. Así es como estos feminismos parecen encontrarse en caminos distintos en cuanto a la emancipación del sistema patriarcal. La unificación de estos es el desafío para los procesos de identificación de los motores de reivindicación de la mujer como la soberanía de su cuerpo y de su suelo. ¿Pero cómo convergen el individualismo y el colectivismo? Lo nuevo en este movimiento es que no hay transformación colectiva sin transformación individual, porque se empieza a transformar el cuerpo en una metáfora del territorio. La autodeterminación del cuerpo, que es mucho más importante para las mujeres, porque su cuerpo fue más disputado como mercancía, más veces, más tiempo, por una cultura machista, androcéntrica y patriarcal. Este trabajo intentara hacer puntualizar en los ámbitos de convergencia del cuerpo y del suelo apelando a la concepción latinoamericana de tierra, a la economía con perspectiva feminista e intentara replantear los nuevos desafíos del movimiento feminista argentino en la nueva realidad desde la perspectiva universitaria como formas de abordaje. 12. ROVETTO, Florencia [email protected] (CONICET); Zanuccoli, Mariel (UNIVERSIDAD NACIONAL DE ENTRE RIOS) Caudana, Luciana (CONICET); Taruselli, M. Victoria (UNIVERSIDAD NACIONAL DE ENTRE RIOS) “Feminismos en la Universidad. Estrategias de innovación pedagógica, demandas estudiantiles y necesidades sociales” En este trabajo presentamos los resultados del proyecto de innovación a la docencia, titulado Talleres de reflexión: Mirar en violeta. Género y Feminismos en la construcción de conocimiento, realizado en la Facultad de Trabajo Social de la Universidad Nacional de Entre Ríos. Su objetivo principal consistió en generar un espacio de reflexión sobre los aportes de las teorías feministas y la perspectiva de género para el análisis de la realidad social y el desarrollo de las prácticas de intervención en el marco de las futuras inserciones profesionales. Entre los antecedentes que dan origen a este proyecto se destaca la demanda formulada por representantes del Centro de Estudiantes y el diagnóstico de ambos claustros en torno a la ausencia de la perspectiva de género y los aportes de los feminismos en la formación de grado en las carreras de ciencias sociales que se desarrollan la Facultad. También se parte de considerar que las actuales transformaciones sociales desafían los imaginarios culturales que campean las universidades y hacen necesarias nuevas interpretaciones y formas de interrelación que permitan superar ciertas resistencias ancladas aún en estructuras de saber-

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poder que ponen de manifiesto las desigualdades de género en el campo de la producción de conocimientos y de las prácticas profesionales. 13. RODRÍGUEZ, Mónica [email protected] (Facultad de Ciencias de la Educación- Universidad Nacional del Comahue. Argentina); VISOTSKY, Jéssica [email protected] (Facultad de Ciencias de la Educación- Universidad Nacional del Comahue. Argentina) “Función social de la universidad pública y poder popular: el caso de un proyecto de extensión” El trabajo recupera una experiencia que llevamos a cabo en el marco de un proyecto de extensión universitaria cuyo foco de atención son los procesos de formación que impulsan para sí trabajadores organizados bajo la figura de autogestión obrera. Se trata de una escuela pública de gestión estatal de jóvenes y adultos situada en la capital neuquina, que desarrolla sus actividades en el predio de una fábrica recuperada. Con el propósito de reflexionar sobre el alcance y las limitaciones de dicho proyecto en términos de contribuir a generar “poder popular”, se analiza la disputa por el sentido y significado de los procesos educativos que tienen lugar en la escuela en tensión con el rol que asume el Estado respecto a la educación y con los procesos de trabajo que se desarrollan en la fábrica. Se hace hincapié en la función social de la universidad pública y en la necesidad de recuperar los principios y postulados inspirados en la tradición democrática de la extensión universitaria -en contraposición a la tendencia de “venta de servicios” heredada de la década del ’90-, en estrecha relación con las posibilidades de promover procesos que coadyuven a la transformación social. 14. SOARES DOS SANTOS, Geremias [email protected] Universidade Federal do Recôncavo da Bahia – UFRB “Políticas afirmativas no contexto educacional: atuações da PROPAAE-UFRB na garantia do acesso e permanência de estudantes de origem popular” A complexidade e dificuldade de acesso e permanência são características da educação superior no Brasil, sobretudo para estudantes de origem popular que, em sua maioria, tiveram um precário processo de escolarização na Educação Básica e Ensino Médio da rede pública de ensino. Diante desse cenário, a UFRB, por meio da Pró-Reitoria de Políticas Afirmativas e Assuntos Estudantis (PROPAAE), tem articulado e implementado políticas e ações que visam à democratização do acesso e permanência de estudantes no ensino superior. O presente estudo tem como objetivo caracterizar as políticas e práticas voltadas ao acesso e permanência de estudantes no Ensino Superior desenvolvidas no contexto na UFRB. Utilizou-se como fonte de dados os documentos institucionais disponibilizados no site da referida universidade. A análise dos documentos encontrados permite afirmar que o número de assistidos pela PROPAAE-UFRB tem crescido ao longo dos anos, totalizando 2089 graduandos em 2013. Dentre as ações desenvolvidas por este órgão destacam-se: Bolsas de Auxílio à Moradia/ à Alimentação/ Bolsas Pecuniárias vinculadas a projetos institucionais e acompanhamento psico-social. Ademais, nota-se a importância dessas ações na garantia de condições básicas para o desenvolvimento das potencialidades dos estudantes durante seus percursos formativos. 15. VERSIANI SCOTT, Renata [email protected]; JAUMONT, Jonathan Henri Sebastião; RIBAS, Ana Carla (IESP/UERJ) “PEPo (Pólo de Extensão Popular): por uma construção popular e crítica de pesquisa e extensão”

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O presente artigo pretende debater uma experiência teórico-metodológica de pesquisa e de extensão que se encontra em construção no Pólo de Extensão Popular (PEPo), localizado no Instituto de Estudos Latino-Americanos (IELA) da Universidade Federal de Santa Catarina. Esta apresentação está inserida numa necessária contextualização dos impactos do pacto de classes neodesenvolvimentista brasileiro sobre o sistema de educação superior. Aponta, assim, os limites, potencialidades e desafios de uma proposta extencionista crítica e popular na conjuntura atual. Referido projeto tem buscado retomar a tradição crítica da América Latina que buscou produzir conhecimento a partir da articulação entre reflexão e ação para forjar uma proposta teórico-metodológica de pesquisa militante que almeja contemplar, de maneira sistemática, a articulação orgânica entre teoria e prática, a superação entre sujeito e objeto de pesquisa, a valorização dos saberes populares, ancestrais e coletivos e a construção do poder popular nos territórios. No primeiro capitulo, analisaremos o papel da universidade brasileira no contexto atual para, na segunda parte, apresentar o PEPo como uma das possibilidades de construção crítica e popular da pesquisa e da extensão no ensino superior brasileiro. Ao final, proporemos breves discussões e desafios. 16. ÁVILA HUIDOBRO, Rodrigo [email protected]; ELSEGOOD, Liliana [email protected]; GARAÑO, Ignacio [email protected]; Harguinteguy, Facundo [email protected] (UNDAV) “Universidad territorializada: miradas, prácticas y desafíos desde la extensión universitaria en la Universidad Nacional de Avellaneda” La Universidad Nacional de Avellaneda (UNDAV) una de las más recientes de Argentina, creada por ley en el año 2009 y cuyo primer ciclo lectivo fue en 2011. Desde el inicio de la Universidad se viene trabajando fuertemente en este sentido, a través del desarrollo del área de extensión universitária. Y ello implica también discutir qué sentidos e impronta le damos a la extensión. Consideramos necesaria una reconfiguración el rol extensionista de “llevar la universidad a”, pensando en profundidad en formas de comunicación y produción de saberes y prácticas más democráticas y bidireccionales entre los actores universitarios y el resto de la comunidad. Territorializar la universidad implica, pues, que ésta sea pensada en relación con y atravesada por las problemáticas sociales y por los saberes frutos de luchas por la transformación y la liberación, dejando de pensarse a sí misma como un enclave desde donde se irradia muchas veces la denominada “alta cultura”. Al territorializarse, la Universidad se propone participa activamente junto a las organizaciones populares en el abordaje de las problemáticas de su comunidad, rompiendo la concepción de territorio como espacio vacío, y pensándolo como un entramado complejo donde las identidades sociales se construyen, se refuerzan y se rehacen en la experiencia cotidiana.

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|29 de novembro – 9.00hs - Sala D1. UNIOESTE|

SIMPÓSIO 39 DICTADURAS DE SEGURIDAD NACIONAL EN EL CONO SUR: HISTORIA Y

MEMORIA DE LA REPRESIÓN Y LA RESISTENCIA

Coordenadores: Enrique Serra Padrós (UFRGS/Brasil) [email protected]; Melisa Slatman (UBA/Argentina) [email protected]; Jorge Fernández (UFMS/ Brasil) [email protected]

RESUMO: Entre 1964 y 1991, como consecuencia de la consolidación de los Estado Terroristas en el Cono Sur, se encadenaron procesos históricos que atravesaron a toda la región. Entre estos procesos puede mencionarse a las migraciones forzadas, la conformación de comunidades de exiliados, el desplazamiento clandestino de militantes políticos por los países, la confluencia de organizaciones políticas, político-militares y de derechos humanos en organismos coordinadores de diferentes características, todos los cuales cuestionaban a los regímenes dictatoriales y fueron percibidos por estos últimos como un peligro para la reconstrucción de la hegemonía de las fuerzas sociales dominantes en estas sociedades, dando lugares a la emergencia de diferentes redes de coordinación represiva.Durante los últimos años han venido desarrollándose en los países de la región investigaciones que estudian las diversas interconexiones entre estos procesos, desde diferentes objetos, ejes analíticos y perspectivas metodológicas, entre las que se encuentran los estudios transnacionales, los estudios comparativos y de caso. A su vez, se han producido diferentes modos de intervención de los investigadores en los procesos de construcción memoria locales y regionales, que se manifiesta en la existencia de una cantidad importante de equipos de investigación que se encuentran trabajando conjuntamente con organismos gubernamentales y no gubernamentales, actores judiciales, organizaciones de derechos humanos y asociaciones de familiares Este simposio, se propone facilitar un espacio para el encuentro, reflexión y debate de la situación actual de las investigaciones sobre la represión y la resistencia durante el último ciclo de dictaduras de seguridad nacional en el Cono Sur y de los modos en que estas investigaciones se entrelazan con la acción de los emprendedores de la memoria.

Ejes de discusión propuestos: - Terrorismo de estado en el Cono Sur: agenda, problemas y archivos. - Terrorismo de estado, resistencia interna, exilio y experiencias transnacionales - La dimensión internacional del terrorismo de Estado: proceso histórico de coordinaciones represivas en el Cono Sur. - Las experiencias de intervención de investigadores o equipos de investigación sobre el terrorismo de Estado en la construcción de memoria. RESUMOS 1. ALCARAZA SOSA, Francisco [email protected] Universidad Nacional de Asunción

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“Memoria histórica del caso 108 durante el régimen represivo del stronato” El régimen autoritario de Alfredo Stroessner (1954- 1989) había sentado las bases de la discriminación, sistemática y continua de personas por causa de su orientación sexual. Al respecto de pretender observar en esta investigación en detalle desde la perspectiva histórica, la represión y la intolerancia de que fueron víctimas varones gays, quienes por causa de su orientación sexual sufrieron atropellos a sus derechos fundamentales, fueron violentados los derechos humanos y utilizando toda forma de represión en la consignación de la lista de 108 personas consideradas amorales, verificándose la instalación de esta práctica en las sucesivas intervenciones represivas, con distintos casos que se sucedieron a lo largo de la dictadura con las mismas connotaciones del caso 108, incluso para detener y torturar a opositores del régimen bajo este pretexto igualados a ser homosexual con el ser comunista. 2. AMORIM, Bianca Rihan Pinheiro [email protected] Universidade Federal Fluminense “O arquivo pessoal de Ernesto Geisel e a desmemoria da repressão” Ernesto Geisel tomou posse como presidente do Brasil em 15 de março de 1974. Sucessor de Emílio Médici, Geisel assumiu a presidência em uma conjuntura de recrudescimento dos arbítrios - principalmente após o Ato Institucional nº 5 – que fez inflar o movimento de oposição. Por outro lado, era pressionado a encontrar uma solução positiva frente à crise energética mundial, que ameaçava um dos mais eficientes pilares de propaganda governamental: o crescimento conseguido com o chamado “milagre econômico”.Entendendo o momento delicado pelo qual passava o regime civil-militar que viria a dirigir, Geisel iniciou seu mandato defendendo novos paradigmas para o mesmo. O general destacou-se na cena pública pelo discurso de flexibilização dos moldes autoritários predominantes nos governos anteriores, o que, segundo ele, levaria, naturalmente, a uma lenta, gradual e segura abertura política.Assim, apesar de a violência ter se configurado como uma característica central de todos os governos militares pós 1964, que a usaram no intuito de desfazer mobilizações, reprimir, coagir e retirar o caráter político da luta social, o governo Geisel conseguiu manter-se praticamente isento do legado da repressão. Em seu arquivo pessoal, Ernesto Geisel constrói-se como o presidente militar preocupado com a legalidade, não poupando esforços em condenar os excessos de violência ligados à atuação da linha dura. A retórica da “mínima segurança indispensável” passou a marcar os discursos do presidente, que reafirmava recorrentemente o empenho de seu governo “para que a exigência de segurança venha gradativamente a reduzir-se”. Nesse sentido, nosso trabalho pretende confrontando a interpretação pessoal do ex-presidente Geisel sobre o próprio governo, no que diz respeito ao apagamento do aparato repressivo, explicitando as contradições dos discursos publicizados no arquivo. 3. BEBER CASTILHO, Alessandra [email protected] Programa de pós-graduação em Relações Internacionais da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (PPGRI-UERJ) “A diplomacia brasileira dentro do contexto repressivo: o apoio ao golpe de estado chileno em 1973” O Ministério das Relações Exteriores até hoje se orgulha de sua capacidade de manter uma política externa coerente e contínua, sem rupturas e com grande autonomia perante as questões internas do país, não permitindo "contaminar-se" por elas. Este trabalho tem como objetivo - a partir da análise do papel desempenhado pela diplomacia brasileira no golpe de estado chileno de 1973 - a desconstrução do mito do insulamento do Itamaraty.

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Através das hipóteses de que questões internas interferem na formulação da política externa e que o corpo diplomático do Itamaraty é formado por membros de uma elite burocrática que muito interessava às Forças Armadas, em especial aos formuladores da Doutrina de Segurança Nacional (DSN). Este trabalho investigará a relação entre estes dois órgãos, dentro do contexto repressivo e de aplicação da DSN, especialmente no que tange à “exportação” desta doutrina, através do fomento e apoio logístico a golpes de Estado nos países vizinhos. 4. BUHL RICHTER, Henrique (Mestrando em Ciências Criminais na Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul); DA SILVEIRA STEFFENS, Isadora (Graduanda em Relações Internacionais na Universidade Federal do Rio Grande do Sul) [email protected] “A justiça transicional e impactos na cultura política da Argentina e do Brasil” Atualmente, verificamos a persistência de resquícios autoritários nos países da América Latina que passaram por ditaduras civil-militares na segunda metade do século XX, afetando negativamente a consolidação democrática nesses países. Para a compreensão de tal fenômeno, uma abordagem por meio da cultura política é pertinente, pois, se esta permanecer atrelada ao passado autoritário, os procedimentos formais não serão suficientes para a configuração da soberania popular. Nesse contexto, sustentamos que uma justiça transicional eficiente pode ter efeitos positivos nas atitudes e comportamentos políticos dos indivíduos, levando a um enfraquecimento da herança autoritária. Para testar tal hipótese, estudamos os casos do Brasil e da Argentina, cujas transições democráticas deram-se de maneira bastante distinta. Após delinearmos os principais aspectos da justiça transicional nestes países e apresentarmos a teoria da cultura política, analisamos dados do Latinobarómetro (2010) a respeito das percepções políticas de argentinos e brasileiros. Por meio dessa análise, buscamos oferecer uma perspectiva pouco explorada sobre a importância da justiça transicional e da memória para a sociedade, isto é, a perspectiva da cultura política. 5. DA COSTA MACHADO, Patrícia. [email protected] Mestranda em História pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS). “Crimes de lesa humanidade: sistema internacional de proteção aos direitos humanos e os casos brasileiro e argentino” Considerando a discrepância entre os entendimentos das Supremas Cortes de Argentina e Brasil, países assolados por Ditaduras de Segurança Nacional entre as décadas de 1960 e 1980, o presente artigo, que compõe parte da pesquisa de mestrado que vem sendo desenvolvida no Programa de Pós-Graduação em História da UFRGS, propõe analisar o papel das instâncias máximas do Poder Judiciário de ambos os países no que diz respeito à responsabilização judicial dos violadores de direitos humanos. Para tanto, analisaremos o julgamento da Arguição de Descumprimento a Preceito Fundamental nº 153 pelo Supremo Tribunal Federal, e dos casos paradigmáticos julgados pela Corte Suprema de la Nación Argentina (casos Símon, Arancibia Clavel e Mazzeo), buscando compreender como estes tribunais consolidaram jurisprudências tão diversas no tocante aos julgamentos de crimes de lesa humanidade cometidos no período das ditaduras. 6. DÁVILLA SÁVIO, Eliane [email protected] Acadêmica do curso de Letras/espanhol da UNIOESTE, Campus de Foz do Iguaçu-PR “Yo, el supremo”. Un estudio sobre la dictadura política paraguaya a través de la obra de Augusto Roa Bastos y los reflejos en la actualidad”

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Además de la propuesta del simposio 39: “dictaduras de seguridad nacional en el cono sur: historia y memoria de la represión y la resistencia” es posible relacionar esta propuesta “Yo, el supremo”. Un estudio sobre la dictadura política paraguaya a través de la obra de Augusto Roa Bastos y los reflejos en la actualidad” . El autor es uno de los más importantes representantes de la literatura del Paraguay y su obra se conecta con la cuestión en razón de que vivió gran parte de su vida victimizado por la dictadura. La obra se relaciona directamente con la historia y la literatura latinoamericana, pues es una novela que tiene como enfoque la vida del dictador paraguayo Rodríguez de Francia, persona que para muchos es responsable por todas las barreras sociales, económicas y otros problemas que el país sufre hasta los días actuales. Los estudios acerca de la historia del Paraguay apuntan que los problemas que hoy tiene son resultantes de un gobierno autoritario que empezó mucho antes de la proclamación de su independencia en 1811. Por lo tanto, la importancia del presente trabajo es comprobar que la literatura mantiene una estrecha relación con la política en la revisión de la historia, por medio del trabajo con el lenguaje literario. 7. DIAS CASTELLI, Natasha [email protected] UNISINOS (Universidade do Vale do Rio dos Sinos) “1986: Os dez anos do golpe civil militar argentino e o nono aniversário da Asociación Civil Madres de Plaza de Mayo através do periódico Madres de Plaza de Mayo” O presente trabalho busca, através da análise do periódico das Madres de Plaza de Mayo referente ao ano de 1986, enfatizar a construção realizada por este movimento sobre os dez anos do “último” regime civil militar argentino. O ano em questão também marca o aniversário de nove anos da Asociación Madres de Plaza de Mayo e, ao mesmo tempo, a separação do grupo de mães em duas vertentes de luta, as Madres de Plaza de Mayo Línea Fundadora, e a supracitada Asociación Madres de Plaza de Mayo. Entendendo que um jornal é um projeto coletivo no qual se pretende difundir uma ideia, buscamos analisá-lo enquanto possível instrumento capaz de veicular, desde um discurso que narra uma trajetória política e de luta do movimento em questão (que se deseja difundir), assim como, demonstra as prioridades e insígnias a serem destacadas. 8. DOMÍNGUEZ, Fabián [email protected] Universidad de General Sarmiento (UNGS) - Centro de Estudios e Investigaciones Históricas y Sociales (CEIHS) “Un cura en las garras del Cóndor” El 26 de junio de 1980 el sacerdote Jorge Adur, capellán del Ejército Montonero, fue visto por última vez en la frontera entre la Argentina y Brasil en el puente binacional Paso de los Libres- Uruguayana. Dentro del plan guerrillero, conocido como Segunda Contraofensiva Montonera, el cura llegó a la región con varias misiones, y fue capturado por la red de las dictaduras del Cono Sur denominado Plan Cóndor. Tres meses más tarde, se lo vio por última vez con vida en una casa operativa clandestina a pocos metros de la guarnición militar de Campo de Mayo. ¿Por qué el cura se arriesgo a acercarse a una zona de alto peligro para su seguridad? ¿Cuáles eran las misiones que le había encomendado la conducción guerrillera? ¿Qué lugares visitó antes de su caída? ¿Con quiénes se entrevistó? ¿Dónde fue secuestrado? ¿Quiénes lo secuestraron? ¿Fue secuestrado con otros o solo? ¿Qué se sabe del itinerario después de su caída? ¿Recibió ayuda de la Iglesia a nivel institucional antes, durante o después de su desaparición? Cada una de esas preguntas se intentará responder en la ponencia, como un aporte que busca esclarecer el rol de integrantes de la Iglesia contra la dictadura en la Argentina.

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9. FERNÁNDEZ, Jorge Christian [email protected] Professor de História da América/ História Contemporânea do Curso de História (Campus Campo Grande/MS) da Universidade Federal de Mato Grosso do Sul “Rota de fuga, “trampolim” ou “sair da frigideira ao fogo”? Ambiguidades e contradições no uso do território brasileiro como refúgio temporário do exílio argentino, 1976-1983” Durante o último período ditatorial da Argentina (1976-1983), muitos cidadãos argentinos, perseguidos pelo aparato repressivo local em função de seus posicionamentos políticos, desembarcaram no Brasil sem muita possibilidade de escolha. O que lhes urgia era sair do seu país. Assim, sem possuir qualquer relação com o Brasil, muitos perseguidos tiveram que se aventurar em terras brasileiras aproveitando-se, por um lado, das fronteiras relativamente permeáveis e do suposto anonimato que propiciaria um país-continente, bem como da existência de instituições não governamentais dedicadas à proteção dos direitos humanos e dos refugiados. Mas, por outro lado, o Brasil distava de ser um lugar seguro, pois, além de estar sob uma ditadura análoga aos dos vizinhos do Cone Sul, ainda colaborava de forma sistemática com estes na dimensão extraterritorial da repressão, nos marcos estabelecidos pela Doutrina de Segurança Nacional. Logo, por meio do presente artigo, objetivamos apresentar um estudo preliminar sobre o papel ambíguo, complexo e paradoxal desempenhado pelo Brasil naquele contexto específico. Com esse propósito analisamos e cotejamos diversos tipos de fontes históricas, destacando as entrevistas orais e os documentos inéditos dos órgãos repressivos, bem como memorandos e relatórios diplomáticos. 10. LIMA GALLAGHER, Jennifer Dympna [email protected] Programa de posgrado en Historia de la Universidad Federal de Santa Catarina (PPGH/UFSC) “La Comisión Nacional de la Verdad de Brasil: cuestiones sobre el gobierno de la memoria y la construcción del sujeto de la resistencia” La presente ponencia pretende investigar la reciente instalación de la Comisión Nacional de la Verdad de Brasil (CNV) en sus relaciones con otros hitos significativos para la construcción de una memoria colectiva sobre la dictadura civil-militar en ese país. Ubicando ese aparato estatal en un contexto más amplio de “gubernamentalización” de memorias colectivas acerca de regímenes represivos alrededor del mundo, y problematizando algunos de sus aspectos ante la historia del tratamiento oficial dado a la memoria de ese régimen específico en tensión con la presión de movimientos sociales por verdad y justicia, este trabajo se propone a cuestionar cómo se construyen los sujetos de la resistencia en las publicaciones de la CNV. De esa manera, objetivase analizar el pasaje de discursos extraoficiales de resistencia hacia el ámbito de sanción estatal, movimiento que pone en evidencia un campo de disputas de poder alrededor de la memoria colectiva y permite interrogar los límites y potencialidades de las comisiones de/por la verdad en la esfera contradictoria de los derechos humanos. 11. KREUZ, Débora Strieder [email protected] Mestranda em História – Universidade Federal de Pelotas A repressão e a resistência no norte gaúcho: a (s) guerrilha (s) de Três Passos A presente proposta de trabalho objetiva analisar e apresentar a produção historiográfica existente acerca da repressão e resistência na chamada “Guerrilha de Três Passos”, ocorrida no norte do Rio Grande do Sul, especialmente entre os municípios de Três Passos e Tenente Portela. Tal nomenclatura para tais fatos, desde já se salienta, é equivocado, tendo em vista

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que foram dois os momentos em que ocorreram no local tentativas de resistência armada: o primeiro diz respeito a um dos primeiros focos da oposição que pegou em armas, já em 1965 e ligada a um projeto nacionalista, especialmente com a presença de setores das Forças Armadas; o segundo se relacionada com a tentativa de implementação de um foco guerrilheiro ligado a Vanguarda Popular Revolucionária, já no início da década de 1970. Acredita-se que os dois momentos ainda não foram suficientemente analisados e, com tal perspectiva, o trabalho pretende contribuir com a difusão e posterior aprofundamento da temática elencada, pois, ao se localizar no interior do Estado, os estudos sobre a região, especialmente a atuação da repressão e da resistência, são esparsos. 12. HERLER, Thomaz Joezer [email protected] Programa de Pós-Graduação em História da Unioeste/Campus Marechal C. Rondon A formação das “novas esquerdas” no Brasil após o Golpe Civil-Militar Nesta comunicação será discutido o processo de formação dos vários grupos armados de orientação comunista ocorrido após o Golpe em 1964. Tal contextualização será feita com base na contribuição de importantes autores como Jacob Gorender, Marcelo Ridenti, Jean Rodrigues Sales, entre outros. Dentre os vários objetivos que este artigo possui, há a preocupação em compreender o surgimento destas organizações armadas dentro do contexto em que se encontravam. Deste modo, serão levadas em consideração as várias determinações e influências de um momento marcado pelo cesarismo instaurado pela Ditadura Civil-Militar no Brasil. Será também importante compreender a crise de paradigmas ocorrido no seio da esquerda brasileira (na qual o PCB era hegemônico) e a vitória do processo revolucionário que havia recentemente ocorrido em Cuba. O sucesso desta revolução inspirou diversas esquerdas no mundo inteiro a seguirem o mesmo exemplo, renegando provisoriamente a estrutura tradicional dos partidos comunistas e organizando-se em guerrilhas. No Brasil, além disto, a influência de movimentos, partidos e pensadores que contrapunham-se à direção do PCB (tais como Polop, PCdoB e Caio Prado Jr) também foi decisiva na formação destes grupos guerrilheiros. 13. RIBEIRO, Marcos Vinicius [email protected] SEED-PR “De “Masacrado en Nochebuena” a detido do Plan Condor: O caso de Remigio Giménez Gamarra” Em 24 de dezembro de 1960, na localidade de Paranhos, Mato Grosso do Sul, próximo a fronteira com o Paraguai, na altura de Ypejhú, Departamento de Canindeyú, rematou-se a trajetória de 8 militantes do movimento guerrilheiro 14 de Mayo que fora fundado em 14 de maio de 1959. Os combatentes caíram ao tentar derrotar a ditadura do general Alfredo Stroessner do Paraguai. O evento foi registrado por Efrain Martinez Cuevas no livro “Masacrados en Nochebuena”. Dele participou Remigio Gimenez Gamarra que mais tarde, no ano de 1969, foi preso no Brasil por participar de uma ação armada. Até meados do ano de 1986, sua trajetória foi marcada por arbitrariedades cometidas pelos diversos órgãos de repressão das ditaduras brasileira e paraguaia. Remigio Gimenez foi preso no Brasil e enviado ao Paraguai sem reconhecimento de qualquer processo de extradição. Algumas preocupações desta trajetória singular, articulada aos diversos mecanismos da Operação ou Plan Condor é o objetivo desta discussão. 14. RODRÍGUEZ AGÜERO, Laura [email protected]

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UNCuyo “Algunas notas sobre la represión paraestatal en Mendoza (Argentina), 1973-1976” En Argentina, durante el tercer gobierno peronista (1973-1976) comenzó a montarse el dispositivo represivo que marcó los prolegómenos del Terrorismo de Estado llevado adelante por la dictadura militar de 1976. En Mendoza, la violencia paraestatal fue llevada a cabo por distintos comandos parapoliciales. En este trabajo nos proponemos analizar a partir del uso de fuentes escritas y del testimonio de algunos/as sobrevivientes, por un lado, cómo se constituyeron en la dinámica local, las redes de relaciones implicadas en la práctica represiva y la inflexión que implicó noviembre de 1975 en la centralización de la represión; y por otro lado, cómo se manifestó el carácter internacional de la represión y cómo actuaron factores poco explorados tales como los “negociados” al interior de la policía, en la persecución del denominado “enemigo interno” en la provincia de Mendoza. 15. RODRIGUES MARQUES, Sabrina Da Universidade Federal do Mato Grosso do Sul (UFMS), graduanda em História-Licenciatura, 8º semestre “Da perplexidade à demonização: O discurso sobre a Revolução Cubana e sua evolução nas páginas do Jornal do Comércio de Campo Grande (1959-1965)” A Revolução Cubana foi um processo histórico que não só trouxe influências nas organizações políticas brasileiras, como também em toda a América Latina. No Brasil, Cuba passou a ser destaque em publicações jornalísticas nacionais e locais. Nesse trabalho analisaremos os impactos da Revolução Cubana nas páginas do Jornal do Comércio, periódico que atuava em Campo Grande, na região sul do antigo estado de Mato Grosso. Nossos objetos de estudo foram às reportagens publicadas desde 1959-1965 e à recepção/difusão jornalística deste evento histórico. Além dos fatos mais importantes deste processo revolucionário, procuramos evidenciar nesse artigo, a construção da imagem de Cuba e o avanço do “perigo comunista” por meio dos editoriais publicados desde o primeiro ano da Revolução Cubana até o Golpe de 1964 no Brasil. Cabe destacar que o Jornal do Comércio era um impresso aliado às classes produtoras, difundindo opiniões, valores e atuando como um mecanismo político e ideológico no marco de um acirramento da Guerra Fria no subcontinente. 16. ROJAS BOLAÑOS, Omar [email protected] ; JIMÉNEZ MARTÍNEZ, Rainiero [email protected] (UNIVERSIDAD NACIONAL DE COLOMBIA) “ALMAS DE-BOTAS: Una narrativa de los Falsos Positivos como expresión del Terrorismo de Estado en Colombia” Centra su atención en un fenómeno sociopolítico denominado Falsos Positivos, expresión y hechos que son ejecuciones extrajudiciales, según la Corte Penal Internacional para caracterizar los crímenes llevados a cabo en Colombia por las fuerzas militares, los cuales son presentados ante la sociedad como guerrilleros dados de baja o muertos en acciones militares como combates u operativos realizadas por el ejército en zonas de conflicto. El resultado de esta investigación se logra gracias a la aplicación de técnicas y herramientas, haciendo pesquisas en fuentes primarias y secundarias y recurriendo a víctimas, familiares de estas, a miembros de las fuerzas armadas, obteniendo sus testimonios, vivencias e historias ante una práctica delictiva que se ha convertido en el modus operandi por parte del ejército y el gobierno en los últimos periodos presidenciales, como evidencia que se le está ganando el conflicto armado a la guerrilla a costa de asesinar la población civil indefensa, utilizando argucias que los ponen en el nivel de crímenes y terrorismo de Estado. Se presenta este informe de una manera innovadora y cuidando la integridad de sus autores, recurriendo a la re-creación de la verdad, a través de un texto literario narrativo, en el cual se

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presenta la descarnada realidad de las ejecuciones extrajudiciales, acompañada de un análisis politológico en el que el terrorismo de Estado es la categoría que complementa la disfuncionalidad de la democracia en Colombia. 17. SERRA PADRÓS, Enrique [email protected] PPG-História/Universidade Federal do Rio Grande do Sul “A imprensa brasileira e o governo Allende: do ativismo golpista ao “distanciamento objetivo” O artigo propõe resgatar o acompanhamento da imprensa brasileira - em um contexto marcado pela consolidação da ditadura de segurança nacional – sobre os acontecimentos fundamentais vinculados com o governo da Unidade Popular e a luta de classes no Chile. A proposta está focada na identificação e análise de matérias publicados nos jornais O Globo, Folha de São Paulo, Estado de São Paulo, Jornal do Brasil, Correio do Povo, Zero Hora, e na revista semanal Veja. O objetivo é procurar avaliar a evolução da postura política e do ativismo pró-golpe desencadeado pela grande imprensa brasileira em relação a um conjunto de fatos que permitem integrar em perspectiva histórica o desenvolvimento da “via chilena ao socialismo”. Para tanto serão analisados notícias e editoriais que dizem respeito à campanha eleitoral da UP, ao resultado eleitoral, à assunção de Allende à presidência, aos processos de nacionalização, ao Tancazo e ao golpe do 11 de setembro. Será objeto de avaliação, ainda, a repercussão dos interesses brasileiros “em jogo”, a postura da ditadura brasileira (através do governo, Itamaraty, empresários e Forças Armadas), bem como, também, o espaço dado ao papel e interesses dos EUA no que tange às questões do país transandino. 18. SLATMAN, Melisa [email protected] Doctoranda, UBA “El terrorismo de Estado en Chile y sus víctimas argentinas” Los anexos de la Comisión Nacional sobre la Desaparición de Personas de Argentina no brindan información de denuncias sobre argentinos desaparecidos o ejecutados en Chile, con excepción de un caso con denuncia incompleta. Sin embargo, informes elaborados por el Estado Chileno y por organismos de Derechos Humanos de ese país permiten contabilizar doce casos de víctimas argentina ejecutadas sumariamente o desaparecidas s en Chile. De estos casos, uno es previo al golpe de Estado: el asesinato de Leonardo Henrichsen, quien trabajaba como camarógrafo para la televisión nacional sueca. Fue asesinado el 29 de junio de 1973 durante el “Tanquetazo”, un fallido golpe de Estado contra el gobierno democrático de Salvador Allende. Este asesinato se tornó emblemático y fue repudiado internacionalmente, tras recuperarse los rollos de film en los cuales quedó asentado cómo este camarógrafo registró su propio asesinato. Pese al impacto internacional que tuvo este caso, no se encuentra agregado al Informe de la Corporación Verdad y Reconciliación, probablemente porque se lo consideró como producido antes del golpe de Estado. Los otros casos – Carlos Adler, Oscar Hector Bugallo, Beatriz Elena Díaz Agüero, Héctor Benjamín Garzón Morillo, Teodoro Konoba, Miguel Angel Lacorte, Bernardo Mario Lejderman Konujowska, José Luque Schurman, Manuel Roberto Mezquita Ramirez, Alberto Esteban Palacio Gonzalez y Hugo Norberto Ratier Noguera- tuvieron lugar entre 1973 y 1989. En esta ponencia, se analizan estos casos de ejecución sumaria o desaparición forzada proponiendo entender a qué lógicas locales y/o transnacionales respondieron. 19. SOTO GUTIÉRREZ, Carmen Gloria [email protected]

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Universidad de Chile “La experiencia concentracionaria a través del relato testimonial. Los casos del Estadio Nacional y Villa Grimaldi. Chile, 1973-1990” Plantear un imaginario del terror, durante la dictadura militar chilena (1973-1990), implica abordar los discursos y representaciones, tanto en lo material y simbólico, en torno al ejercicio de la violencia política al interior del país. Aún así, independiente del despliegue represivo, y la supresión de la memoria, este objetivo se vio imposibilitado frente al testimonio de las víctimas y las posteriores denuncias. En este contexto, gran relevancia adquirió el relato testimonial al posibilitar la emergencia de la voz de los silenciados, en tanto sujetos activos y, en muchos casos, no doblegados por la experiencia del terror. En este escrito se plantea la reconstrucción de la experiencia concentracionaria a través del relato testimonial, concretamente a partir del análisis comparativo de las obras “Frazadas del Estadio Nacional” (2003) de Jorge Montealegre y “Una mujer en Villa Grimaldi” (2011) de Nubia Becker. Ambas obras se caracterizan por el énfasis en las categorías de espacio y cuerpos, es decir, es un espacio físico que forma parte de un mayor aparataje de dominación y encarcelamiento. Asimismo, una segunda temática que media ambas obras es la tortura, lo cual nos sitúa en el tema del cuerpo, es decir, es un cuerpo el privado de libertad y sujeto a suplicios, pero también es un cuerpo que cobra voz y se dedica a denunciar los crímenes perpetrados por la institucionalidad chilena.

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|29 de novembro – 9.00hs – Sala E1. UNIOESTE|

SIMPÓSIO 40 LUTAS ANTI-DITATORIAIS NA AMÉRICA LATINA: MILITÂNCIA, EXÍLIO E

JUSTIÇA DE TRANSIÇÃO

Em memória del Prof. Cleo Sabadi Bonotto (1982-2011) Coordenadores: Isabel Cristina Leite (UFRJ/ Brasil) [email protected]; Mario Ayala (UBA/ Argentina) [email protected]; Diego Omar da Silveira (Universidade do Estado do Amazonas-Brasil) [email protected] Comentaristas: Enrique Serra Padrós (UFRGS/ Brasil), Jacques Novión (UnB/BRasil), Jorge Fernández (UFMS/Brasil), Ananda Simões Fernandes (UFRGS/ Brasil), Jean Rodrigues Sales (UFRRJ/Brasil), Melisa Slatman (UBA/ Argentina).

RESUMO: Pretendemos com este Simpósio dar continuidade as discussões iniciadas no anos de 2010 e 2012, nas Jornadas Internacionales de Problemas Latinoamericanos, sobre as lutas anti-ditatoriais na América Latina e o legado deixado por estas. Desde então, em alguns países latino-americanos ocorreram importantes acontecimentos relacionados à implementação de políticas reparatórias, ou punitivas, como forma de reconhecimento dos danos causados pelas ditaduras civis-militares na vida de seus oponentes. Criação da comissão da verdade no Brasil, reabertura dos julgamentos na Argentina, ou mesmo a reabertura, seguido do cancelamento dos julgamentos na Guatemala. Deste modo, o debate vem paulatinamente saindo do âmbito acadêmico e tomado o espaço público. Ao mesmo tempo, também existe um debate historiográfico que tenta revisar o papel da sociedade e dos civis nestes governos e nas relações com a guerrilha, bem como novos estudos sobre a militância contra as ditaduras civis-militares nas dimensões nacionais e transnacionais. Nesta última perspectiva, da militância, foi incorporada o papel das organizações políticas de exilados e direitos humanos nos exílios, as quais realizaram uma importante atividade de denúncia nas sociedades de acolhida e ante opinião pública mundial e os organismos internacionais, com o objetivo de pressionar seus estados para mudar sua política repressiva. Em suma, este simpósio propõe ver a luta anti-ditatorial em suas dimensiones nacionais e transnacionais seja de militantes no exílio, seja dos organismos de direitos humanos, bem como a revisão sobre participação de civis nestes governos.

Atividades complementares: Apresentação dos livros 1. Daniel Aarão Reis Filho, Janaina Cordeiro, Diego Omar Silveira e Isabel Leite. À somba das ditaduras. Brasil e América Latina. Rio de Janeiro: Mauad, 2014. 2. Jean Rodrigues Sales. Guerrilha e revolução: a luta armada contra a ditadura militar no Brasil. Rio de Janeiro: Lamparina, 2014. 3. Diego Omar Silveira, Isabel Leite, Mario Ayala (Organizadores). Questões de América Latina Contemporânea, Universidad do Estado de Amazonas, 2014. RESUMOS 1. ANTONINI, Anaclara Volpi [email protected] Universidade de São Paulo/ Brasil

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“Os lugares de memória da ditadura militar no contexto da justiça de transição brasileira” Na justiça de transição brasileira, iniciativas como a criação da Comissão Nacional da Verdade e comissões locais da verdade, políticas de reparação financeira e simbólica, entre outros, são partes de um processo que vem se ampliando nos últimos dez anos. Trata-se de um modelo ainda afastado do julgamento das violações cometidas por agentes do Estado repressivo e marcado por um caráter predominantemente econômico e individual. Neste processo, também se destacam movimentos pela preservação e recuperação de lugares que registram material ou simbolicamente memórias da repressão política e da violência de Estado. Neste artigo, serão analisadas as experiências de três lugares na cidade de São Paulo: os antigos edifícios do DOPS (atual Memorial da Resistência de São Paulo), do DOI-CODI (tombado pelo conselho estadual de defesa do patrimônio e ocupado por uma delegacia de polícia) e a Auditoria Militar (atualmente cedida à OAB para a criação de um memorial). Ao entendê-los como lugares de memória da ditadura militar que recuperam tanto as marcas da violência estatal como a resistência dos perseguidos políticos, busca-se debater a luta por esses lugares, que não está apenas ligada à restituição do passado, mas também a uma postura resistente nos dias atuais ao se constituírem como reparação simbólica e coletiva, direcionada a toda a sociedade. 2. AYALA, Mario [email protected] Programa de Historia Oral, Instituto Interdisciplinario de Estudios e Investigaciones de América Latina, Facultad de Filosofía y Letras, Universidad de Buenos Aires “Exilados argentinos en Venezuela: campañas de denuncia locales e internacionales contra la dictadura, 1977-1983” El retorno a la democracia en Venezuela a partir de 1958 la transformó en un país de refugio de exiliados de paises de la región, gracias a su estabilidad política y crecimiento económico sostenido apoyado en los ingresos petroleros. A partir de la instalación de Dictaduras de Seguridad Nacional en Chile (1973), Uruguay (1973) y Argentina (1976) recibió varios miles de conosureños que optaron que salir a hacia este país aprovechando las oportunidades políticas, socioeconómicas y la cercanía geográfica, cultural y lingüística con su país de origen. En una región hegemonizada por dictaduras y gobiernos autoritarios, el país andino-caribeño brindó a los exiliados condiciones políticas democráticas y de libertad personal para organizarse y realizar actividades de denuncia contra su país de origen y hacia la esfera política regional e internacional, además de permitirles participar de las organizaciones políticas venezolanas. En el caso de los exiliados argentinos, a partir de 1976 se organización en comités y redes amplias para realizar campañas de denuncia de las violaciones de los derechos humanos y la política económica de la dictadura militar con el objetivo de lograr la solidaridad internacional de gobiernos y organizaciones gubernamentales y no gubernamentales internacionales para que presionen a la dictadura argentina a un cambio en su política represiva y una apertura democrática. La ponencia, apoyada en fuentes orales y escritas, analiza algunas de estas campañas y movilizaciones de los exiliados argentinos en Venezuela entre 1977 y 1983. 3. FERNANDES, Ananda Simões [email protected] Universidade Federal do Rio Grande do Sul/ Brasil. Arquivo Histórico do Rio Grande do Sul “O controle da resistência e da solidariedade dos refugiados políticos no brasil pela comunidade de segurança e informação da ditadura civil-militar brasileira” O artigo pretende analisar a atuação de diversos órgãos que integravam o aparato repressivo da ditadura no Brasil no tocante às atividades dos refugiados políticos presentes em território

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brasileiro, destacadamente no final dos anos 1970. Com o processo de distensão iniciado pelo ditador Ernesto Geisel, a comunidade de informação e segurança substituiu uma atitude repressiva indiscriminada por uma ação repressiva qualificada. Os órgãos repressivos passaram a buscar novas vítimas que justificassem e legitimassem sua razão de ser, visto que a luta armada já havia sido derrotada no Brasil. Desse modo, um dos novos “inimigos” da ditadura brasileira, na concepção da Doutrina de Segurança nacional, eram os refugiados que, devido ao processo de abertura no Brasil, aqui vinham buscar asilo político, principalmente, argentinos e uruguaios. Assim, busca-se demonstrar como as ações de resistência e de solidariedade dos movimentos de refugiados políticos em território brasileiro foram monitorados e controlados pelo aparato repressivo brasileiro. 4. FERNANDES, Margarida [email protected] CRIA – Centro em Rede de Investigação em Antropologia / Portugal. Universidade Nova de Lisboa “E da dor se fez arte: Ideologia, memória e representação das ditaduras” A recorrência do tema das ditaduras sul americanas como fonte de inspiração para a produção artística e literária não pode ser acidental. Trata-se de um trabalho arriscado de militância, por vezes produzido no exílio e divulgado, com considerável impacto, no exterior onde ajudam a configurar o imaginário sobre a América do Sul. As novelas são, na perspectiva de Edward Said, “[…] do mundo, até certo ponto são eventos, e mesmo quando parecem negá-lo, são todavia, uma parte do mundo social, da vida humana e, claro, do momento histórico em que estão situadas e são interpretadas.” (Said, 1983: 4 – tradução minha). O mesmo poderá dizer-se de outras formas de expressão artística. Sem pretender fazer da ficção um objecto histórico detenho-me na construção das narrativas no pressuposto de que “[...] (Uma acção que se invente é sempre uma acção possível, real, portanto.)” (Carvalho, 1992[1977]:20). Esta análise – que não se pretende exaustiva –, pretende apresentar uma abordagem antropológica que trata a arte como fonte, atribuindo aos autores – e às suas personagens – o papel de informante complexo que contribui para a formulação da memória cultural, social e política de cada um dos países e do continente. 5. FERNANDÉZ, Jorge Christian [email protected] Universidade Federal de Mato Grosso do Sul/ Brasil “Rebeldes, prófugos e conspiradores: O exílio dos militares de esquerda brasileiros na Argentina e Uruguai, 1936-1942” O objetivo principal nesse trabalho é examinar a trajetória de alguns ex-militares do Exército Brasileiro em seus exílios no Uruguai e Argentina. Herdeiros dos tenentes rebeldes de 1922 e, principalmente, do militar e líder comunista Luiz Carlos Prestes, sua formação militar foi marcada pela atmosfera da época, em meio à levantes armados e uma crescente radicalização política. Expulsos da caserna após a sua vinculação com a “Intentona Comunista” de 1935, os ex-militares enfrentaram diversos obstáculos, tais como o cárcere, a perseguição, a fuga e o posterior exílio. Os vizinhos Uruguai e Argentina foram, historicamente, lugares de refúgio para os opositores derrotados das disputas políticas internas, e também espaços de articulação política ou até base para a continuidade das lutas. Entretanto, no contexto dos anos 1930, tais atividades políticas enfrentavam um cerceamento, especialmente se partissem de setores de esquerda, e já se evidenciavam as embrionárias conexões repressivas entre as forças de segurança regionais visando à contenção do “bolchevismo”. Paralelamente, o polarizado e dinâmico cenário político-ideológico internacional do entreguerras encaminhou o grupo de ex-militares a transcender duplamente, tanto limites geográficos quanto

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compromissos de militância, trilhando caminhos na Guerra Civil da Espanha e na Segunda Guerra Mundial. 6. FURLAN, Elisangela [email protected] Universidade Estadual do Oeste do Paraná/ Brasil “Década de 1970: o despertar pra realidade nas obras de Cildo Meirelles” Este trabalho de pesquisa apresenta uma breve análise contextual da década de 1970 como referencial de tempos de repressão e autoritarismo, próprio do regime militar implantado após o Golpe militar de 1964. Partindo da expressão artística, como registro de um tempo, como meio de estudo historiográfico que embasa este trabalho, por hora, de caráter introdutório, toma-se como meio de pesquisa as obras de artistas da década de 1970, que por estarem descontentes com a realidade da época, expressam suas ideias em obras de protesto, como uma arte que denuncia a realidade do regime militar. Principalmente, por meio das obras de Cildo Meirelles e Artur Barrio que propunham em suas obras uma proposta política e socialmente críticas, de direcionamento questionador de ordem informativa, fazendo com que as pessoas refletissem a respeito dos acontecimentos próprios desse período. Além de outros artistas plásticos da época, e também da música que sofreram duras penas, por tentar expor sua opinião, frente aos ditames do regime militar. Enfim, busca por compreender e ampliar conhecimentos acerca das produções artística da década de 1970, bem como, a violência estatal frente aos artistas da época, dos quais, buscavam por expor sua posição diante da tamanha limitação do direito de opinião. 7. GUMIERI, Julia Cerqueira [email protected] Universidade de São Paulo/ Brasil “A transição política brasileira: a falta de responsabilização e a flexiblização nos direitos humanos” Este trabalho propõe investigar os alcances do legado autoritário do regime militar brasileiro na redemocratização do país a partir de dois elementos: a transição política e as políticas de memória. Ao analisar a transição à democracia acompanharemos o caminho adotado para a reinstalação gradual das garantias aos direitos políticos e sociais no país a partir de 1974. Passamos depois ao detalhamento das balizas da política de reparação que o Estado democrático brasileiro adotou frente aos atos de lesa-humanidade praticados pelos militares entre 1964-1985. Como a literatura especializada afirma: as condições herdadas dos períodos ditatoriais influem nos caminhos para a efetivação da justiça transicional e, consequentemente, nas possibilidades das políticas reparatórias posteriores. Nosso objetivo principal, neste artigo, é apontar como nossa transição à democracia e como o modelo de nossa política de memória podem alimentar valores não democráticos dos brasileiros em relação ao uso da violência e das violações aos direitos humanos no país, contribuindo para a sobrevivência, ainda hoje, de uma cultura policial violenta. Para tal nos utilizaremos da pesquisa divulgada em junho de 2012 pelo Núcleo de Estudos de Violência da USP que mostra, a partir de dados recolhidos em 2010, que cerca da metade da população de 11 capitais brasileiras concordava, totalmente ou em parte, com o uso da tortura por parte da polícia, como método para obter provas de suspeitos. 8. KONDOLF, Cecilia B. [email protected] Programa de Historia Oral, Instituto Interdisciplinario de Estudios e Investigaciones de América Latina, Facultad de Filosofía y Letras, Universidad de Buenos Aires

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“El tercer gobierno peronista y los exiliados chilenos en la Argentina, 1973-1976” Luego del golpe de Estado que derrocó al gobierno constitucional chileno de la Unidad Popular el 11 de septiembre de 1973, alrededor de 15.000 chilenos exiliados se refugiaron en Argentina (Sznadjer y Roniger, 2013: 206) buscando la protección del tercer gobierno peronista con el apoyo del ACNUR y de organizaciones no gubernamentales y religiosas. En esta ponencia propongo analizar la posición del tercer gobierno peronista respecto a los miles de exiliados de ese país que llegaron al país por aquellos años en busca de refugio, de un espacio de reorganización y resistencia, o de un lugar de tránsito hacia otros países de Latinoamérica y Europa. El trabajo se apoya en fuentes hemerográficas, no gubernamentales y testimonios editados. Forma parte de una investigación más amplia que se propone reconstruir los itinerarios y experiencias de la militancia chilena de izquierda exiliada en Buenos Aires durante el periodo. 9. LEITE, Isabel Cristina [email protected] Universidade Federal do Rio de Janeiro/ Brasil “Releituras do passado: o debate sobre a violência revolucionária na revista La Ciudad Futura (1986 -2007)” Nosso objetivo nesta comunicação é analisar uma das diversas publicações que auxiliam no debate sobre a violência revolucionária praticada na Argentina entre os anos 1960 e 1970. Faremos uma contextualização do periódico La ciudad Futura. Tal fonte se mostra como espaços privilegiados para que militantes/ intelectuais realizem a revisão crítica das organizações, da militância e da luta armada. La ciudad Futura, foi publicada entre 1986 e 2007, dentro do Club de Cultura Socialista. A partir dos momentos finais da ditadura emergiu uma série de dilemas teóricos sobre qual democracia estava por ser construída e como a esquerda poderia fazer parte desta construção também era uma questão. O núcleo de intelectuais que integraram La Ciudad Futura fez um esforço no sentido de dar conta destes temas. 10. LEITE, Maria Cláudia Moraes [email protected] Universidade Federal do Rio Grande do Sul / Brasil “Políticos exilados no Uruguai e a luta contra a ditadura brasileira” O presente artigo objetiva apresentar a forma como os políticos exilados no Uruguai lutaram contra a ditadura militar instituída no Brasil com o golpe de 31 de março de 1964. Sera analisada especificamente a rede de sociabilidade formada em torno de Leonel de Moura Brizola, um dos mais articulados políticos brasileiro exilado no país vizinho, com o intuito de demonstrar como esses indivíduos articularam-se para combater a ditadura brasileira e a rede repressiva formada entre Brasil e Uruguai. Dessa forma, pretendemos contribuir com o tema proposto, levantando algumas hipóteses que podem ser discutidas e aprofundadas acerca do exílio durante a ditadura militar brasileira. 11. MONTYSUMA, Marcos [email protected] ; SILVEIRA, Vássia (UFSC) “El caso Herzog: dos historias y una solo imagen del Brasil dictatorial (1964-1985)” Abordamos en esta ponencia la decisión del gobierno brasileño de investigar los casos de violación de los derechos humanos, sucedidos durante la dictadura militar, que en Brasil empezó con el golpe de 1964 y se mantuvo hasta 1985. La decisión de volver a este periodo rompe con el silencio oficial de más de cuatro décadas. Esta actitud abre nuevos caminos en la

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historia del tiempo presente del país y viene movilizando amplios sectores de la sociedad. El hecho que tomamos como referencia en esta discusión remite al "ahorcamiento" del periodista Vladimir Herzog sucedido en 1975 - esto es lo que consta en los documentos oficiales. Actualmente, la prensa viene noticiando el reconocimiento por parte del gobierno, de que este fue una de las víctimas del régimen, que falleció en consecuencia de torturas sufridas en el DOI-CODI. Los análisis aquí expuestos están situados en el campo designado por historia del tiempo presente. Consideramos las categorías imagen y memoria como instrumentos que nos instigan a lanzar la mirada indignada sobre la realidad. Las fuentes preferenciales recaen sobre imágenes y prensa del periodo. 12. PEÑALOZA PALMA, Carla [email protected] Universidad de Chile “Solidaridad con Chile: antecedentes de un fenómeno global en tiempo de la guerra fría” Tras el golpe militar de 1973 la solidaridad con Chile se expresó de múltiples maneras en todo el mundo. Otorgando refugio a los perseguidos, denunciando la represión en los organismos internacionales, entre otras manifestaciones que tuvieron como protagonistas tanto a chilenos víctimas de la violencia, como a ciudadanos de todo el mundo que se condolieron con sus padecimientos y abrazaron su causa política. Nuestra hipótesis es que la solidaridad hacia Chile tiene una raíz anterior al golpe de Estado, y dice relación con la esperanza que la vía chilena al socialismo encarnada por Salvador Allende representaba para el mundo progresista en el contexto de la Guerra Fría. Al mismo tiempo, esa solidaridad se convirtió en un actor muy relevante en la lucha contra la dictadura. Si bien existen numerosos registros sobre el exilio y la solidaridad con Chile, no se hallan muchos estudios académicos de la militancia política y de la solidaridad como fenómeno colectivo. En este trabajo abordamos este tema apoyándonos en la prensa periódica, documentos políticos y entrevistas. 13. REGINATTO, Ana Carolina [email protected] Universidade Federal do Rio de Janeiro/ Brasil “O marco dos direitos humanos como luta política: A atuação pioneira do Grupo de Apoio Mútuo na Guatemala” O marco dos direitos humanos cumpriu um papel imprescindível nas transições políticas latino-americanas. As reivindicações de seus grupos de defesa não só ajudaram a impulsionar os processos de abertura, como também, a travar um intenso debate público sobre os mecanismos a serem adotados para reparar as vítimas da violência sistemática, esclarecer as violações cometidas, punir os violadores e, sob uma perspectiva mais ampla, discutir os legados dos regimes autoritários na formação de um novo pacto político democrático. Na Guatemala, o retorno ao regime civil e constitucionalista em 1986 não significou o início de um processo de democratização mais amplo. Neste contexto, os atores civis acabaram encontrando na defesa dos direitos humanos um ponto de convergência para fazer oposição às violações que ainda ocorriam e mobilizar suas demandas históricas de participação e ampliação democrática. A proposta deste trabalho é analisar, especificamente, a atuação do Grupo de Apoio Mútuo, criado ainda em 1984, e pioneiro na atuação política ativa das mulheres, na reivindicação dos desaparecidos políticos e na articulação com outras organizações internacionais. 14. SALES, Jean Rodrigues [email protected] Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro/ Brasil

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“50 anos depois: um balanço dos estudos e debates sobre a luta armada contra a ditadura militar no Brasil” Nesse momento em que se completam cinquenta anos do golpe militar de 1964 brasileiro, o objetivo desse texto é apresentar um panorama dos estudos e debates existentes no Brasil sobre a temática da luta armada contra a ditadura militar. O que se pretende é, a partir da citação de algumas obras representativas, traçar um itinerário dos estudos e das discussões que marcaram essa área de pesquisa desde meados dos anos 1970 até os días atuais. 15. SEITZ, Ana Inés [email protected] CONICET/UNLP/UNS/ Argentina “Los testimonios en su historicidad. El caso de los estudiantes de la ENET Nº1 de Bahía Blanca (Argentina)” En su testimonio, el testigo no relata sólo los hechos históricos en los que ha participado; también nos habla de su presente, de sus grupos de pertenencia, de la sociedad de la que forma parte, de su relación con los medios de comunicación. Más aún, el testimonio lleva siempre la marca de los que es posible decir (y oír) en la sociedad del tiempo en el que se produce el relato. Partiendo de estas afirmaciones, este trabajo se interroga, a partir de un análisis de caso, acerca de las marcas que sucesivos contextos sociales e históricos han dejado en la producción testimonial sobre la represión en la última dictadura militar en Argentina. La ponencia se centra en el análisis de los testimonios producidos en torno a un caso emblemático de represión dictatorial que tuvo como protagonistas a un grupo de estudiantes secundarios que asistían a la E.N.E.T. N°1 de la ciudad de Bahía Blanca durante 1976. El análisis se basa en los relatos referidos al caso producidos en las diversas instancias judiciales que se han desarrollado en las últimas tres décadas en la ciudad y en el país (Juicio a las Juntas Militares, Juicios por la Verdad, Juicios por Crímenes de Lesa Humanidad), así como en los testimonios publicados en diversos soportes (literatura, films, medios de comunicación, etc.) a lo largo de dicho período. 16. SÓTENOS, Abner F. [email protected] Universidade Federal do Rio de Janeiro/ Brasil “Sob o fio da navalha: os movimentos sociais populares sob o olhar da teoria social e do aparato repressivo durante a distensão política no Brasil” O objetivo deste artigo é discutir sob a luz da abordagem teórica utilizada no Brasil como referencial analítico durante os anos 1980, sob a atuação dos movimentos sociais populares no período de distensão política, especialmente aqueles que ganharam proeminência pós 1974. Esperamos com isso demonstrar a partir da experiência de organização e atuação do Movimento Amigos de Bairros (MAB) no Rio de Janeiro em que medida a investida sobre esse tipo de mobilização subvalorizou a contribuição desses grupos como oposição a ditadura militar. Ademais, o término da ditadura brasileira em grande medida atribuído a um projeto de descompressão executado pelo governo, se em parte da conta de um dos elementos responsáveis pela “abertura”, por outro, oblitera a contribuição que os movimentos sociais de oposição tiveram como catalizador e mesmo promotor de um ritmo de “transição”. Nosso escopo neste trabalho é ainda perceber a partir da documentação produzida pelo aparato repressivo, como a comunidade de informação percebeu a atuação dos movimentos sociais populares tendo em vista a dinâmica contestatória desses grupos. 17. SILVA, Fernanda Raquel Abreu

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[email protected] Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro / Brasil "Por motivação exclusivamente política": movimento sindical e as dificuldades na busca pela anistia” Algumas questões evidenciam os dilemas que o Brasil está enfrentando para enquadrar o seu passado que, inclusive, interfere no presente por ocasião da luta pela anistia. Aqui discutiremos as leis sobre anistia política e outras atribuições, além dos preceitos elaborados pelo Estado para a concessão da qualidade de anistiado político e os processos de requerimentos de anistia de Clodesmidth Riani e Geraldo Cândido enviados à Comissão da Anistia. Mostraremos os critérios exigidos pela Comissão para o envio do pedido de anistia e discutiremos como esses ex-líderes sindicais estão respondendo ao Estado e as dificuldades que estão encontrando pelo caminho. No entanto, para isso utilizaremos não só os processos como fonte histórica, mas também entrevistas realizadas através da metodologia da História Oral aos sindicalistas Clodesmidt Riani, Geraldo Cândido e José Ibrahin. Isso se dá por conta das expressivas críticas formuladas por Geraldo Cândido e José Ibrahin a respeito da forma como esse processo é conduzido. Portanto, procuramos entender como e porquê esses operários sindicalistas estão encarando algumas dificuldades para obter o deferimento de seus pedidos de anistia e qual estrutura criada em torno das leis de anistia e suas formas de viabilização. 18. SILVEIRA, Diego Omar [email protected] Professor da Universidade do Estado do Amazonas (UEA) “Memórias do cárcere, engajamento e ditadura no brasil: Leituras de Frei Betto e de Thiago de Mello” Nos últimos anos tem ganhado espaço na historiografia e nas ciências sociais brasileiras o equacionamento entre as memórias da ditadura civil-militar brasileira, o reconhecimento pelo Estado dos crimes cometidos contra os direitos humanos e a necessidade de reparação às vítimas. Ao lado dos debates sobre a justiça de transição, um amplo leque de estudos tem debatido os processos de atualização dessas memórias, bem como alguns suportes que tornam possíveis reinventar as representações desse período, com ênfase especial para a literatura e o cinema. O presente trabalho discute como as memórias do cárcere e o engajamento na luta contra a ditadura aparecem nos livros de dois importantes intelectuais brasileiros nas décadas de 1960 e 1970: Frei Betto – frade dominicano preso no episódio que levou à morte do guerrilheiro Carlos Marighella – e o poeta amazonense Thiago de Mello. 19. STERLING, German [email protected] UNIOESTE “Músicos no exílio e a ideia de América Latina” Neste artigo temos por objetivo apresentar e discutir o processo de resistência aos regimes ditatoriais no exílio de músicos, nas décadas de 1970 e 1980, em especial da agrupação uruguaia; "Camerata Punta del Este". Este conjunto musical, que transitava entre o erudito e o popular, depois de participar ativamente na consolidação do Frente Amplio no Uruguai no início da década de 1970, foi perseguida, seus integrantes presos e posteriormente forçados ao exílio no México. Nesse pais de acolhida desempenham importante papel de resistência ao participar da organização das "Jornadas del Exilio Uruguayo" nas quais serão convocados importantes músicos da nova canção latino-americana, alguns deles no inicio de carreira. Estas jornadas, como a intensa atividade cultural de denuncia em outros palcos aos regimes

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militares espalhados pela América Central e do Sul, contribuíram para que diversas gerações se apropriassem da Idea de América Latina, na medida em que musicas y letras propagavam essa ideia, não nova, mas agora mais militante e popular do que antes. Os exílios provocaram encontros entre músicos de diversos países latino-americanos que permitiram diálogos culturais, onde o nacional, não disputava espaços, e sim possibilitavam a complementaridade na ideia supranacional da América Latina.

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|29 de novembro – 9.00hs – Sala D2. UNIOESTE|

SIMPÓSIO 41 FLUXOS, TRABALHO E MIGRAÇÃO NA AMÉRICA LATINA

Coordenadores: Eric Gustavo Cardin (UNIOESTE) [email protected]; Cíntia Fiorotti (SEED-PR/UFU)

RESUMO: As desigualdades políticas, econômicas e tributarias dos países latino-americanos fomentam uma conjuntura onde se visualizam diferentes fluxos de trabalhadores, capitais e mercadorias. Neste sentido, destacam-se a migração pendular típica das regiões fronteiriças e os processos de imigração de caráter mais permanente realizados por trabalhadores de diferentes nacionalidades que buscam oportunidades nos grandes centros econômicos ou naqueles ainda em expansão. Assim, o Simpósio “Fluxos, Trabalho e Migração na América Latina” tem como objetivo discutir as práticas sociais e as experiências destes trabalhadores migrantes, assim como os sistemas de produção e de circulação de mercadorias e serviços nas fronteiras latino-americanas; os processos de organização e resistência dos trabalhadores; a exploração do trabalho de crianças e adolescentes; o trabalho clandestino, subterrâneo e ilegal; e os processos de inserção da força de trabalho migrante no mercado de trabalho. Além disso, observará as abordagens teóricas e metodológicas relacionadas à construção de identidades em torno de experiências formativas do trabalho, como processo que atravessa e define subjetividades em diferentes contextos, bem como a complexidade teórica dos circuitos produtivos, econômicos e mercantis em níveis distintos da vida social dos sujeitos e suas regulações, observando os métodos, as formas de ação e as respostas coletivas. RESUMOS 1. CARRILLO, Claudia [email protected] Universidad Tecnológica Metropolitana (UTEM) “¿A quién llamamos inmigrante en Chile?” Esta ponencia pretende desarrollar una discusión bibliográfica acerca del concepto inmigrante en Chile. Desde esta perspectiva, se discuten los significados atribuidos a dicho concepto y su uso desde el discurso político. Para responder a este propósito, en un primer momento se plantean las migraciones internacionales en América Latina asociadas principalmente a factores económicos. En este contexto, es importante considerar que Chile ha representado un importante polo de recepción debido a un comportamiento económico diferencial en la región creando condiciones para absorber la mano de obra migrante. Esto responde en cierta manera, al hecho de la crisis económica y social que afectó a las principales sociedades de destino extrarregionales de los “migrantes” latinoamericanos, lo cual ocasionó la caída de las actividades económicas y el deterioro de los mercados laborales en aquellos países, y por tanto, redujo la salida de las personas hacia los destinos fuera de la región (OIM, 2012), así entonces, se fue configurando en Chile una inmigración intrarregional principalmente. En un segundo momento, se presenta la discusión bibliográfica sobre el concepto a partir de las definiciones lingüísticas, cuyas denominaciones se encuentran cargadas de sentido y constituyen los puntos de vista subjetivos que circulan en el entramado de las interacciones sociales. En un tercer momento, se problematizan algunos aspectos normativos

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administrativos en Chile, los cuales han ido configurando una suerte de filtro en el acceso selectivo de las personas según sea el país de origen, color de piel, capital cultural y capital económico. En este punto, se presentan datos cuantitativos acerca de las estadísticas migratorias entre los años 2003 y 2013 según el tipo de permiso otorgado por el Departamento de Extranjería y Migración del Ministerio del Interior en Chile. Finalmente, a partir de la discusión de los tópicos mencionados anteriormente se intenta definir quiénes son llamados “inmigrantes” en Chile, presentando una problematización a partir de tres perspectivas: desde los medios de comunicación escritos/visuales que construyen imaginarios y representaciones; desde la opinión pública a través de los foros en la web; y desde el discurso político en la construcción de la representación del “otro” en Chile. 2. CAVALCANTI, Leonardo [email protected]; PROFIT, Alena [email protected]; BOTEGA, Tuíla [email protected] (CEPPAC/UnB) “Análise das relações familiares no contexto da migração internacional de retorno” A migração internacional de retorno ganha notoriedade a partir dos anos de 2007 e 2008, estando relacionada à crise econômica que se instalou nos Estados Unidos e Europa, tradicionais locais de destino dos emigrantes brasileiros. O retorno é um fenômeno complexo e uma categoria fundamental para o estudo do fenômeno migratório, uma vez que dá sentido à condição do migrante. Além disso, o processo de volta à sociedade de origem abarca as dimensões da integração e da reinserção, especialmente no ambiente familiar, no país de origem, e em relação aos familiares que permaneceram no país de destino, ou que se encontram em outras localidades. Dado uma lacuna de pesquisa, busca-se refletir sobre como as relações familiares se reconfiguram após uma experiência de migração, possibilitando reconfigurações no que se refere à organização familiar, e, também, nas relações de afeto e cuidado. Baseadas em entrevistas realizadas no Distrito Federal (DF) e nas cidades de Anápolis (GO) e Goiânia (GO), entre maio e julho de 2014, o trabalho realiza-se a partir de brasileiros/as retornados/as oriundos da região Centro Oeste do Brasil e que viveram uma experiência migratória na Espanha. 3. CARVALHO, Joselene Ieda dos Santos Lopes de [email protected] UNIOESTE Trabalho e cidade: discussões acerca dos “bairros de má fama” da cidade de Guaira-PR” Esta comunicação propõe discutir algumas das questões presentes na elaboração da dissertação de mestrado que está em andamento. Nesta pesquisa, discutimos aspectos relacionados ao trabalho e aos espaços habitados pela classe trabalhadora na cidade de Guaíra, localizada na região Oeste do Paraná. Estes bairros localizam-se em regiões periféricas da cidade e de forte estigmatização social. São denominados pela burguesia de locais de extrema violência e o sentido que se atribui aos seus moradores é, principalmente o de uma “classe perigosa”. Ao pesquisarmos estes bairros, utilizamos a caracterização de “bairros de má fama”, termo empregado por Friedrich Engels,em “A situação da classe trabalhadora na Inglaterra”, para se referir aos bairros mais pobres de Londres habitados pelos trabalhadores de indústrias. Uma das questões principais desta pesquisa são os processos de constituição da cidade que se desencadeiam por dinâmicas que explicitam as contradições da sociedade capitalista; favorece a burguesia e estigmatiza a classe trabalhadora. 4. COSSI, Carla Antonella [email protected] UnaM/CEDIT/CONICET

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“Flujos y fijos. La influencia de los proyectos de desarrollo y las políticas públicas en las relaciones fronterizas” En este trabajo nos proponemos analizar desde una perspectiva antropológica, las estrategias de comercialización y consumo transfronterizo que desarrollaron los ciudadanos de Posadas (Misiones-Argentina) y Encarnación (Itapúa-Paraguay) durante el período 2011- 2014. Un espacio temporal caracterizado por presentar en esta frontera un contexto social sumamente dinámico, que provocó que el flujo de personas y bienes que circula entre ambas plazas comerciales, se viera afectado de manera notoria, tanto por las consecuencias que los grandes proyectos desarrollistas tuvieron en la región, como por las medidas político-económicas que los poderes centrales de ambos países implementaron. Intentaremos a lo largo de la ponencia, comprender la manera en que estos grupos nacionales de comerciantes y clientes en permanente contacto, se adaptan a los cambios que les producen distintas políticas implementadas por sus Estados centrales, analizando la incidencia que en su relación, tuvieron algunos macro procesos que jugaron un papel preponderante en la coyuntura actual de la región, intentando siempre distanciarnos de aquellas explicaciones simplistas y unidimensionales que destacan solo los aspectos de la competencia económica, y abordando el tema desde la complejidad que suscita tal relación. 5. DA SILVA, Jorge Henrique Baptista [email protected] UNIOESTE “A discrepância da legalidade sob a ótica do regime de tributação unificado: do descaminho a falsa perspectiva de autonomia dos sacoleiros” No decorrer de décadas, a repressão a produtos oriundos de importação ilegal (vulgo contrabando e/ou descaminho) nas cidades da fronteira entre Brasil e Paraguai por órgãos fiscalizadores, como Receita Federal e Polícia Federal Brasileira, trouxe a tona a problemática complexa e de difícil solução destas distintas atividades. Este artigo vem a ser construído no intuito de observar e cruzar o fator de legalização das mercadorias que, antes produtos de contrabando, ao rigor dos órgãos de regulamentação, tornam os sacoleiros microimportadores amparados sob a luz da Lei 11.898/09, sob o nome de Regime de Tributação Unificado ou ‘Lei dos Sacoleiros”. 6. DA SILVA LOZANO, da, Giovane [email protected] UNIOESTE “Migração pendular: o vai e vem incansável” Este artigo é resultado de um estudo que tem como intuito analisar as práticas sociais dos trabalhadores de rua conhecidos como vendedores ambulantes, mais especificamente aqueles que vendem especiarias, como frutas, erva mate e balas de goma nos semáforos e em alguns pontos específicos da cidade, principalmente nas avenidas e nas ruas mais movimentadas do município de Foz do Iguaçu - Paraná. A especificidade desses trabalhadores investigados encontra-se no fato de se deslocarem diariamente do município de Ciudad del Este/PY e atravessam a Ponte da Amizade todos os dias para vender suas mercadorias e produtos nas ruas da cidade brasileira, e ao final do dia retornam ao seu país de origem, configurando aquilo que se conhece como migração pendular. Em grande medida, os trabalhadores paraguaios que atuam nas ruas do Brasil fazem o processo inverso em relação aos brasileiros que vendem sua força de trabalho ou que compram mercadorias no comércio paraguaio para revenderem em diferentes em regiões do território brasileiro. Para verificar esse fenômeno da migração pendular será utilizado questionário semiestruturado, análises das trajetórias de vida e de

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bibliografias referentes à fronteira no intuito de refletir as experiências e práticas sociais vinculadas a essa migração diária. 7. DE PAULA, Adriano Makux [email protected] UFPR “Agricultura camponesa no município de Pitanga-PR: des-reterritorialização, expropriação e trabalho” Este trabalho será discutido os resultados da pesquisa em nível de mestrado que está sendo desenvolvida e que tem por objetivo analisar o processo de expropriação e desterritorialização da agricultura camponesa em Pitanga-PR. Especificamente, procura-se analisar como foi e continua sendo expropriados os camponeses da terra, da renda e do trabalho, revelando também a des-reterritorialização que este processo implica. Metodologicamente a pesquisa que resultou neste trabalho se utilizou de revisão bibliográfica, análise documental, coleta de dados estatísticos e trabalhos de campo com a aplicação de entrevistas com camponeses que migraram do campo no referido município. Dessa forma com este trabalho temos constatado que as condições históricas de acesso à terra têm expropriado a população camponesa de Pitanga-PR, gerando uma alta concentração de terras e em contrapartida uma alta concentração de minifúndios que não conseguem garantir a reprodução familiar, principalmente as novas gerações. Também conseguimos verificar como a monopolização do território pelo capital acaba restringindo a geração de renda das pequenas propriedades camponesas, obrigando que estes migrem para as cidades em busca de trabalho e da transformação social. 8. FIOROTTI, Cíntia [email protected] SEED-PR/BR e UFU “Fluxos e experiências de trabalhadores no contrabando na fronteira Brasil-Paraguai (1960 A 1990)” Nesta comunicação busca-se discutir as tentativas de disciplinarização por parte do Estado através de legislações e fiscalizações voltadas para as práticas dos trabalhadores envolvidos no transporte e comércio de mercadorias não regulamentadas em algumas cidades localizadas na região Oeste do Paraná na fronteira com o Paraguai entre 1960 e 1990. Em conjunto a isto, pretende-se analisar o que é socialmente e culturalmente aceito e/ou refutado por estes sujeitos, buscando estudar os valores construídos, atribuídos, reafirmados e/ou rejeitados. Para tanto, foram pesquisados autos criminais referentes à contrabando no Núcleo de Documentação e Pesquisa-NDP, Unioeste, referentes a Comarca de Toledo entre 1954 e 1980 e, na Comarca de Foz do Iguaçu entre 1980 e 1990. Estes autos criminais trouxeram registros das falas dos apreensores, promotores, juízes e dos trabalhadores apreendidos sobre a prática do transporte e comercialização de mercadorias na fronteira na Região Oeste do Paraná na fronteira com o Paraguai. Também foram realizadas entrevistas com trabalhadores e moradores, com militares do exército e policiais aposentados, com ex-fiscais da receita federal e estadual que viveram e trabalharam em Guaíra-PR, Mundo Novo-MS e Salto Del Guayrá/PY no período estudado, buscando compreender como eles lidavam e interpretam estas práticas. Desta forma, pretende-se trazer informações indicando as mudanças vividas ao longo do período pesquisado de modo a promover o debate em torno do tema. 9. MALLMANN, Arthur Lersch [email protected]; PEREIRA, Cecília Maieron [email protected]; CÉSARO, Filipe Seefeldt de [email protected] (UFSM)

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“Securitização da migração: noções de cidadania e cultura nas sociedades de recebimento” As mudanças globais que sucederam o fim da Guerra Fria e que se materializaram com os ataques terroristas de 11 de setembro tiveram um impacto importante na percepção do que consistiria a ameaça externa, ou, em outras palavras, o que realmente merecia ser securitizado. Trabalhando no projeto Duplas cidadanias: duplos pertencimentos? Um estudo sobre os ítalo-brasileiros no Rio Grande do Sul, estudamos movimentos migratórios (autores como Nina Glick Schiller e Sayad) que nos levaram a problematizar a questão da cidadania e seu vínculo com as nacionalidades além da marginalização destinada aos migrantes, tratados, muitas vezes, como problema de segurança nacional no país hospedeiro. Por fim, a ideia é problematizar a migração e suas consequências no estudo feito por Buzan e Waever (2007) em que eles dissertam sobre a “ameaça” da migração, fenômeno que tomou a denominação de securitização. 10. MANARIN, Odirlei [email protected] SEED/PR “Trajetórias dos operários que trabalharam na barragem de Itaipu” Esta comunicação é fruto da pesquisa realizada no programa de pós-graduação nível mestrado pela UNIOESTE, no ano de 2008, relacionando com as algumas reflexões atuais sobre as trajetórias e experiências dos trabalhadores que vieram em meados da década de 1970 para trabalhar na construção da Hidrelétrica de Itaipu. Busca-se apresentar uma análise a partir das experiências dos operários, por entender que é dela que emerge a dinâmica do processo de construção e composição da barragem. Analisando as expectativas desses trabalhadores na busca pelo emprego na obra, as dificuldades enfrentadas quando chegaram à cidade até conseguir emprego, moradia e adaptação ao serviço. Portanto, compreender como os trabalhadores viveram tais situações, por entender estas relações como disputas, onde valores são projetados, elaborados e perpetuados num processo de construção e reconstrução do passado. 11. MARTÍN M SC., Felipe Venegas San Facultad de Ciencias Sociales de la Universidad de Playa Ancha. “Flujos migratorios intra Cono Sur: realidades y desafíos de políticas públicas desde el enfoque de derechos” En los últimos años, los movimientos migratorios se han vuelto más densos y complejos, abarcando todos los continentes con flujos cruzados norte/sur y de manera creciente sur/sur. Todos los Estados deben ahora hacer frente a la imperiosa necesidad de integrar y respetar los derechos de los migrantes como parte de una estrategia de desarrollo, especialmente desde la perspectiva del Desarrollo humano. En América Latina el fenómeno migratorio está conociendo fuertes evoluciones relacionadas con la relativa salud económica de los países de la región y la prolongada crisis económica de Estados Unidos y Europa. Varios estados del Cono Sur se han vuelto países receptores de migrantes aunque carezcan de los dispositivos legislativos y las políticas públicas adaptadas a esta nueva realidad, ya que la mayoría de las legislaciones datan de los años 70 y 80. En el caso de Chile, la legislación vigente data de 1975, en un contexto de dictadura con el ánimo de impedir el ingreso y expulsar a los extranjeros opositores al régimen en un contexto marcado por la Doctrina de Seguridad Nacional. La falta de interés de los actores políticos genera una realidad de precariedad de los sectores migrantes, en especial de los más carenciados económicamente y que tienden a coincidir con flujos intrarregionales en ámbitos fundamentales como el acceso a la salud, la educación, el trabajo, la vivienda entre otras, lo que plantea un desafío de actualización de los mismos en el

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nuevo contexto subregional. El objetivo del presente trabajo pretende establecer la realidad socioeconómica de las poblaciones migrantes intra Cono Sur asentadas en Chile y proponer aspectos centrales para una política pública orientada a esta nueva realidad que se adapte al contexto actual de la región desde el enfoque de derechos. 12. MARTINS, Fernando José [email protected]; JAQUEIRA, Manoela Marli [email protected] (UNIOESTE) “O trabalhador fronteiriço e o regime jurídico de trabalho na fronteira” O presente trabalho versa acerca da temática do trabalhador fronteiriço no Brasil, para tanto se estuda a concepção de fronteira, cenário o qual esse trabalhador está inserido, tem como objetivo geral analisar a legislação trabalhista existente e as normas internacionais protetoras dos direitos trabalhistas dos imigrantes. Essa temática é desenvolvida a partir de uma constatação da retomada de fluxos migratórios no Brasil com o processo massificado da globalização, bem como o aumento da circulação de trabalhadores de países fronteiriços em cidades limítrofes em busca de trabalho, e consequente problemática da violação do princípio da dignidade da pessoa humana, a respeito das condições de trabalho que por muitas vezes é análoga à escravo, ferindo diretamente o direito à igualdade e a não discriminação do trabalhador migrante. O estudo é realizado a partir de pesquisas bibliográficas, onde se analisa o trabalhador fronteiriço, que é aquele que sai de seu país de origem todos os dias para trabalhar no país vizinho regressando após o labor, dentro dessa perspectiva, quer se avaliar se lhe é assegurado os mesmos direitos que os nacionais. 13. SALGADO, Paula D. [email protected] Universidad Nacional de Tres de Febrero (Buenos Aires) “Migración y trabajo: las “fronteras” de la explotación. El caso de la industria de la indumentaria. Buenos Aires, 2001-2003” La presente ponencia resulta de la indagación en torno a la articulación que se da en la industria de la confección de indumentaria argentina –particularmente en Buenos Aires- entre migración y trabajo. El acento está puesto en la primera de estas dimensiones, siendo abordada como generadora de una particular condición de vulnerabilidad que ha promovido la explotación laboral en condiciones de reducción a la servidumbre en el sector. La industria de la confección de indumentaria en Argentina ha reportado un notable crecimiento a partir del año 2002 que ha ido acompañado de un aumento del trabajo no registrado. Esta tendencia es la resultante del vuelco de gran cantidad de empresas al desligamiento de la producción hacia talleres no registrados laboral, ni impositivamente. Según estimaciones oficiales de 2005 casi el 75% de las-os trabajadoras-es no estaba registrado. Gran parte de esta cifra se explica por la proliferación de talleres de confección clandestinos en los que se emplea a migrantes procedentes de Bolivia, en su mayoría. Gran parte de ell@s son traídos mediante redes de trata: a través de engaños en cuanto a las condiciones de trabajo y vivienda, acceden a endeudarse con quien los traslada –por los gastos del viaje y de alojamiento-, ingresando así en un círculo de dependencia que se inscribe en lo definido como “servidumbre por deudas”. El objetivo que perseguimos aquí es problematizar particularmente la mirada desde la que se reflexiona en torno a la migración a la luz del caso y valiéndonos de una estrategia de triangulación metodológica. Para ello nos adentraremos primero en la conceptualización de la/s frontera/s y las (i)legalidades que su existencia produce. Seguidamente se analizan distintas alternativas de abordaje de lo transnacional en lo local, atendiendo particularmente a las posiciones ontológicas subyacentes a cada una de estas perspectivas. Finalmente se expone la interseccionalidad como camino aglutinador de la multiplicidad de perspectivas desde las que se analiza el fenómeno.

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14. SOUZA, Aparecida Darc de [email protected] UNIOESTE “O trabalho nas fronteiras de foz do iguaçu a partir das narrativas de trabalhadores” Esta comunicação tem como objetivo apresentar um estudo sobre o trabalho na fronteira a partir das narrativas de trabalhadores de Foz do Iguaçu que viveram direta ou indiretamente do comércio de mercadorias com as cidades fronteiriças, Puerto Iguazu (Argentina) e Ciudad del Este (Paraguai). Essas narrativas indicaram que o envolvimento dos trabalhadores no comércio de mercadorias, na fronteira, não é um fenômeno recente, na história da cidade. Ao contrário, os relatos apresentados sugeriram que este comércio constituiu uma forma bastante comum e cotidiana de estratégia de sobrevivência de muitos trabalhadores, desde a década de 1940. Assim, a partir das memórias dos trabalhadores entrevistados buscaremos discutir o contrabando e o trabalho na fronteira sob uma perspectiva histórica e social. Trata-se sobretudo de tomar as experiências destes trabalhadores na fronteira constituídas em contextos históricos determinados para compreender os sentidos do legal e ilegal não só em termos econômicos, mas também sociais. 15. SOUZA, Fernando José Pires [email protected] Universidade Federal do Ceará – UFC “Precariedade do mercado de trabalho e mobilidade de trabalhadores: implicações inquietantes do neoliberalismo na América Latina” A “reforma” do Estado passou a ser uma exigência da crise capitalista desencadeada a partir da metade dos anos setenta, do século passado. Em conseqüência, a flexibilização e desregulamentação se estenderam praticamente a todos os domínios, reduzindo direitos e aumentando a precariedade social e do mundo do trabalho. A importância deste artigo consiste então em analisar essa problemática cujos alcance e contribuições são inerentes ao contexto latino-americano marcado por particularidades relativas a fatores determinantes, histórico-estruturais, os quais passaram a sofrer fortes influências do processo de globalização sob a égide neoliberal. Atenção especial será conferida à questão da liberalização do mercado de trabalho e sua consequente precarização em nível interno dos países, suas repercussões sobre os sistemas de proteção social e as novas tendências relativas ao fluxo internacional de mão-de-obra. Por um lado, analisaremos até que ponto há resistência a uma maior mobilidade do fator trabalho, ferindo assim, “paradoxalmente”, o imperativo neoliberal de livre circulação de fatores, de bens e de capital e, por outro lado, verificaremos quais as estratégias e formas adotadas hoje para possibilitar notadamente a migração temporária de trabalhadores. 16. ZANELLA, Vanessa Gomes [email protected] IRI/PUC-Rio. “Movimentos sociais de imigrantes bolivianas/os na cidade de São Paulo: uma cartografia da ação social” Acontecimentos recentes na área das migrações internacionais no Brasil evidenciaram alguns fenômenos antes “invisíveis” à sociedade brasileira, ainda que em plena manifestação. Dentre outros, a notória força da ação social de imigrantes, consciente e organizada, trouxe ao debate a perspectiva do sujeito migrante sobre a necessidade de mudança das relações sociais e de trabalho no seio de nossa sociedade. O objetivo do presente trabalho é compreender os modos de organização e particularidades dos movimentos sociais de imigrantes bolivianas/os

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na cidade de São Paulo partindo de uma análise estrutural dos espaços: os lugares que ocupam tanto no atual ordenamento mundial – distinguido por norte/sul, centro/periferia, desenvolvido/subdesenvolvido –quanto no próprio espaço urbano da cidade de São Paulo – superfície/subterrâneo, público/privado, nacional/clandestino. Entende-se que a definição de tais “espaços” passa, obrigatoriamente, pela produção geográfica de desigualdades advinda do processo de desenvolvimento do capitalismo neoliberal na América Latina e agravada pela composição do complexo estrangeiro – pobre – indígena – latino-americano – mulher, que atravessa as categorias de classe, raça e gênero. 17. UEBEL, Roberto Rodolfo Georg [email protected] Universidade Federal do Rio Grande do Sul “A americanização da dialética imigrante no Brasil no século XXI” O presente artigo decorre das pesquisas oriundas de dissertação de mestrado acerca do perfil das migrações internacionais para o Brasil nos Censos de 2000 e 2010, quando da observação dos fenômenos imigratórios recentes de três grupos principais de imigrantes em três estados diferentes: senegaleses no Rio Grande do Sul, bolivianos em São Paulo e haitianos no Acre. Observadas estas três correntes imigratórias contemporâneas, analisou-se o tripé: abordagem da mídia, política estatal e percepção da sociedade, vis-à-vis a inserção e atuação destes imigrantes no espaço social compartilhado. Ademais, com base em estudos de Klein e Bergad (2010), inferimos (o início) de uma transformação do pensamento e percepção comum da sociedade brasileira em relação aos novos grupos imigrantes que chegaram ao país desde a primeira década do século XXI, diferentemente das relações e percepções asseveradas nos processos de imigração em massa ocorridos nos séculos XIX e início do século XX (UEBEL, 2012). Argui-se uma americanização da dialética imigrante no Brasil nestes dois primeiros decênios do século XXI, isto é, percebe-se uma similaridade entre a abordagem da mídia brasileira (parte dela) e discurso da sociedade nacional (setores desta) com o que ocorrera em maior grau nas últimas duas décadas nos Estados Unidos da América, onde setores da mídia e da sociedade civil norte-americana colocaram-se contra à presença de imigrantes no território daquele país. Logo, este artigo busca mostrar estas similaridades e propor a discussão desta nova dialética, bem como suas contribuições à problemática e discussões das imigrações no contexto também da América Latina.