Boletim #9 (maio), Cineclube Latino-Americano Juan Carlos

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Buñuel, Gosma Verde, o seriado Les Vampires, Cineclubinho, Nuestra America e Charlas de Cineclub. E existem boatos de um noitão...

Transcript of Boletim #9 (maio), Cineclube Latino-Americano Juan Carlos

Editorial ................................................................................................ 03 Nuestra América ................................................................................... 06 Gosma Verde ........................................................................................ 08 Cinema Mudo ...................................................................................... 10 Sessão Cineclubista ............................................................................. 12 Cineclubinho ........................................................................................ 16 Charlas de Cineclube .......................................................................... 18 Festa ..................................................................................................... 19

Textos e pesquisa: Felipe Macedo, Frank Ferreira, Ariana Lackshmi.

Design e diagramação: Guilherme Candido e Asaph Luccas.

Referências fotográficas dos filmes retiradas de sites.

Fotos de eventos: Andressa Santos e Ariana Novais.

Outras colaborações: comissões da Programação, do Cineclubinho, de Comunicação e de Movimento Cineclubista, pelo S.E.R.I.O., pelo Grupo de Estudos Cinema latino-americano e vanguardas artísticas e por voluntários do Cineclube Latino-Americano Juan Carlos Arch.

Com poucas e honrosas exceções, as mídias não divulgam nossa programação.

Se gostar e achar que nosso trabalho tem importância, por favor, ajude-nos a divulgá-lo, reproduzindo e compartilhando nossa programação em suas redes de amigos.

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O Cineclube Latino-Americano Juan Carlos Arch é uma entidade indepen-dente que mantém um convênio de cooperação com o Memorial da Améri-

ca Latina, uma vez que os estatutos das duas entidades são vocacionados para a cultura latino-americana. O Memorial nos facilita instalações e equipamento e em contrapartida nós oferecemos uma ampla programação. O convenio proíbe qualquer repasse em dinheiro, de tal forma, temos uma parceria excelente, e o cineclube mantém independência total. Por isso cobramos uma taxa de ma-nutenção dos frequentadores, e os associados também fornecem uma contri-buição mensal. Mas nossas atividades não têm fins lucrativos, isto é, os recursos obtidos são empregados exclusivamente nos objetivos estabelecidos nos nos-sos estatutos, sem vantagem pecuniária para qualquer associado, dirigente ou apoiador. E nossas finalidades são estritamente culturais e educativas.

Aliás, cineclube é isso: o público que se organiza para ter acesso, desfrutar, conhecer tudo aquilo que o cinema pode nos trazer sem depender das ondas financeiras que orientam o cinema comercial. E diga-se de passagem, esse cine-ma comercial é hoje no Brasil, um produto voltado e acessível apenas para 10% da população; é uma mercadoria que fala um só idioma, num estilo padronizado e no mais das vezes, a serviço da alienação de um espectador passivo e da elimi-nação da sua cultura original.

Hoje, por volta de 50 pessoas trabalham ou estão envolvidas de alguma forma, voluntariamente nas atividades do cineclube: programação, divulgação, anima-ção, infraestrutura, pesquisa. Não há distinção entre o trabalho “braçal” – por-taria, bilheteria, bar – e “intelectual” – pesquisa, seleção de filmes, redação de textos, etc; fazemos rodízio. Somos o público e a direção do cineclube ao mes-mo tempo. Formamos esta comunidade que procura gerir seus próprios gostos, crescendo em conhecimento e experiência de forma coletiva, entre iguais. As contribuições, os talentos individuais influenciam e fazem avançar o trabalho e o resultado geral. Há oportunidade e satisfação pessoal em meio a um processo coletivo. É trabalhoso, mas também é bem divertido.

Participe A primeira forma mais evidente de participar do cineclube é frequentar nossas sessões. Hoje temos 5 sessões semanais, organizadas em ciclos de filmes – ge-ralmente de um mês – sob um tema. Procuramos conhecer especialmen

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...................................texto por Felipe Macedo

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te e focar o cinema produzido na América Latina, mas sem esquecer ou excluir a diversidade do cinema mundial que tem pouco espaço num mercado controlado pela indústria de Hollywood.

Nas quartas-feiras (19h), a sessão Nuestra América exibe fil-mes latino-americanos debatendo um tema proposto por um apresentador que conduz os debates após a projeção. A sessão é organizada pelo Grupo de Estudos do Cinema Latino-America-no, aberta a todos, claro, mas os professores das escolas públi-cas da região estão associados ao projeto através da Delegacia

Regional de Ensino Norte 1. . Às quintas (20h) rola a sessão Gos-ma Verde, com filmes estranhos, trash, malditos, fora do gosto

consagrado, onde a bizarria, a precariedade, mas também a invenção e a imaginação podem suscitar novas visões do cinema e da própria realidade. Na sexta-feira (20h), a sessão Cinema Mudo traz as obras mais importantes e as menos conhecidas do período silencioso do cinema (1895-1930, mais ou menos). Pelo menos uma vez por mês elas são acompanhadas com música ao vivo. Sábado (17h) é o dia do ciclo do mês, de definição mais aberta, que cha-mamos de Sessão Cineclubista. Um país, um diretor, um tema é escolhido a cada mês, e as sessões são seguidas de debates. Finalmente, aos domingos, às 15h, temos o Cineclubinho, a sessão voltada para o público infanto-juvenil, já capaz de acompanhar as legendas (filmes dublados quase sempre são os que já estão disponíveis nas mídias comerciais). Procuramos complementar essas sessões com outras atividades, oficinas, brincadeiras.

Mas se você quer participar mais do cineclube, contribuir nas suas atividades e decidir sobre sua orientação, deve se associar. O associa-do paga uma contribuição mensal equiva-lente a 4 ingressos, o que lhe dá direito a 5 sessões gratuitas e descontos em todas as outras atividades. Este mês o cine-clube realiza uma assembléia e há pro-postas para modificar um pouco a condi-ção de associado, substituindo em alguns casos a contribuição financeira por um certo

número de horas de trabalho.

O associado participa das decisões e do trabalho através das assem-bléias e comissões de trabalho. As comissões organizam e administram diferentes atividades. Há comissões, por exemplo, de programação, comunicação, do espaço de convivência (barzinho), do boletim, cine-clubinho, entre outras – inclusive de estudos. Qualquer um pode par-ticipar das comissões, que se reúnem presencial ou virtualmente com a periodicidade que elas mesmas definem.

As assembléias, que se reúnem mais ou menos a cada 6 meses – mas podem ser convocadas a qualquer momento, em caso de necessida-de – são a instância maior do cineclube. Elas decidem sobre os grandes enca-minhamentos, as regras de participação e convivência dos associados e elegem a direção do cineclube, um coletivo que basicamente liga e coordena as comis-sões de trabalho.

Além deste boletim, que se concentra na informação ao público sobre a programação, o site do cineclube – cineclubelatinoamericano.com.br – é um espaço para informação mais ampla sobre nossa entidade e sobre as práticas do cineclubismo. O cineclube também tem endereços do facebook – facebook.com/CineclubeLatinoAmericano– e instagram – @CineclubeLatinoAmericano.

O Espaço de Convivência, que inauguramos no mês passado, é uma parte muito importante do Cineclu-

be: nele a gente se reúne antes e depois das sessões para uma conversa sempre animada. O ambiente gostoso aproxima as pessoas, estimula o debate e serve para reuniões e várias outras atividades de animação. Em torno desse espaço fizemos uma grande festa de inaugura-

ção, que reuniu umas 300 pessoas. E ali também foi feito o Sarau do Memorial, outro sucesso com igual número de par-ticipantes. Este mês teremos a festa de aniversário do cineclube.

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te e focar o cinema produzido na América Latina, mas sem esquecer ou excluir a diversidade do cinema mundial que tem pouco espaço num mercado controlado pela indústria de Hollywood.

Nas quartas-feiras (19h), a sessão Nuestra América exibe fil-mes latino-americanos debatendo um tema proposto por um apresentador que conduz os debates após a projeção. A sessão é organizada pelo Grupo de Estudos do Cinema Latino-America-no, aberta a todos, claro, mas os professores das escolas públi-cas da região estão associados ao projeto através da Delegacia

Regional de Ensino Norte 1. . Às quintas (20h) rola a sessão Gos-ma Verde, com filmes estranhos, trash, malditos, fora do gosto

consagrado, onde a bizarria, a precariedade, mas também a invenção e a imaginação podem suscitar novas visões do cinema e da própria realidade. Na sexta-feira (20h), a sessão Cinema Mudo traz as obras mais importantes e as menos conhecidas do período silencioso do cinema (1895-1930, mais ou menos). Pelo menos uma vez por mês elas são acompanhadas com música ao vivo. Sábado (17h) é o dia do ciclo do mês, de definição mais aberta, que cha-mamos de Sessão Cineclubista. Um país, um diretor, um tema é escolhido a cada mês, e as sessões são seguidas de debates. Finalmente, aos domingos, às 15h, temos o Cineclubinho, a sessão voltada para o público infanto-juvenil, já capaz de acompanhar as legendas (filmes dublados quase sempre são os que já estão disponíveis nas mídias comerciais). Procuramos complementar essas sessões com outras atividades, oficinas, brincadeiras.

Mas se você quer participar mais do cineclube, contribuir nas suas atividades e decidir sobre sua orientação, deve se associar. O associa-do paga uma contribuição mensal equiva-lente a 4 ingressos, o que lhe dá direito a 5 sessões gratuitas e descontos em todas as outras atividades. Este mês o cine-clube realiza uma assembléia e há pro-postas para modificar um pouco a condi-ção de associado, substituindo em alguns casos a contribuição financeira por um certo

número de horas de trabalho.

O associado participa das decisões e do trabalho através das assem-bléias e comissões de trabalho. As comissões organizam e administram diferentes atividades. Há comissões, por exemplo, de programação, comunicação, do espaço de convivência (barzinho), do boletim, cine-clubinho, entre outras – inclusive de estudos. Qualquer um pode par-ticipar das comissões, que se reúnem presencial ou virtualmente com a periodicidade que elas mesmas definem.

As assembléias, que se reúnem mais ou menos a cada 6 meses – mas podem ser convocadas a qualquer momento, em caso de necessida-de – são a instância maior do cineclube. Elas decidem sobre os grandes enca-minhamentos, as regras de participação e convivência dos associados e elegem a direção do cineclube, um coletivo que basicamente liga e coordena as comis-sões de trabalho.

Além deste boletim, que se concentra na informação ao público sobre a programação, o site do cineclube – cineclubelatinoamericano.com.br – é um espaço para informação mais ampla sobre nossa entidade e sobre as práticas do cineclubismo. O cineclube também tem endereços do facebook – facebook.com/CineclubeLatinoAmericano– e instagram – @CineclubeLatinoAmericano.

O Espaço de Convivência, que inauguramos no mês passado, é uma parte muito importante do Cineclu-

be: nele a gente se reúne antes e depois das sessões para uma conversa sempre animada. O ambiente gostoso aproxima as pessoas, estimula o debate e serve para reuniões e várias outras atividades de animação. Em torno desse espaço fizemos uma grande festa de inaugura-

ção, que reuniu umas 300 pessoas. E ali também foi feito o Sarau do Memorial, outro sucesso com igual número de par-ticipantes. Este mês teremos a festa de aniversário do cineclube.

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A ideia de América Latina é continuamente reinventada. Uma das vias de recriação do imaginário do continente é o realismo mágico literário de Alejo Carpentier, Miguel Angel Astúrias e Gabriel García Márquez, entre outros. O real maravilhoso caracteriza-se pelo envolvimento de um elemento estranho à realidade comum e sua progressiva normalização, pela ausência de identificação cronológica e espacial, pela preponderância do tempo circular, pela construção simbólica dos espaços e pela temática predominantemente relacionada com a mestiçagem, o sincretismo e o isolamento. Alguns filmes da América Latina reinventam este ideário e imaginário como espaço geográfico-cultural. Coordenadora: Cristina de Branco

- - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - a estética do real maravilhoso no cinema latino-americano contemporânea

QQSSD 19h00..................................................

(“Eréndira”, Ruy Guerra, 1983, México/Portugal/Alemanha, 103 min, cor)

Baseado em “A incrível e triste história da cândida Erêndira e sua avó desalmada”, novela escrita por Gabriel García Márquez em 1972. A casa de sua avó de Erêndira é destruída por um incêndio causado pela jovem. Envolta nas suas visões, Erêndira é obrigada pela avó a se prostituir para restituir-lhe todos os bens. A moça segue a determinação da avó, apercebendo-se do seu enriquecimento desmedido e da exploração que sofre. 07

ERÊNDIRA

(“Los viajes del viento”, Ciro Guerra, 2009, Colômbia/Alemanha/Argentina/Holanda, 120 min, cor)

Ignácio Carrillo carrega uma sanfona amaldiçoada que o domina, obriga-o a viajar e a tocá-la em pequenos povoados. Após a morte de sua esposa, ele quer devolver a sanfona ao dono. No início do caminho, o jovem Fermín junta-se a ele, transformando a normalidade da sua viagem e da sua vida.

AS V

IAG

ENS

DO V

ENTO

14

(“La teta asustada”, Claudia Llosa, 2009, Espanha/Peru, 94 min, cor)

A morte da mãe leva Fausta a trabalhar numa casa rica, para pagar o transporte do caixão até ao povoado onde a mãe nascera. Nesta saída de casa e do envolvimento familiar, mediada pelo labirinto periférico de Lima, Fausta é obrigada a superar traumas maternos e seus próprios.

A TE

TA

ASSU

STAD

A

21

(Eduardo Nunes, 2011, Brasil, 128 min, p&b)

Numa vila isolada do litoral brasileiro, onde tudo parece imóvel, Clarice percebe sua vida durante um único dia, em descompasso com as pessoas que encontra e que apenas vivem aquele dia como outro qualquer. Ela tenta entender sua obscura realidade e o destino das pessoas a sua volta, num tempo circular que assombra e desorienta. Após a projeção, mesa redonda com Rosana Castelli e Cláudia Mougadouro (a confirmar).

SUDO

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A ideia de América Latina é continuamente reinventada. Uma das vias de recriação do imaginário do continente é o realismo mágico literário de Alejo Carpentier, Miguel Angel Astúrias e Gabriel García Márquez, entre outros. O real maravilhoso caracteriza-se pelo envolvimento de um elemento estranho à realidade comum e sua progressiva normalização, pela ausência de identificação cronológica e espacial, pela preponderância do tempo circular, pela construção simbólica dos espaços e pela temática predominantemente relacionada com a mestiçagem, o sincretismo e o isolamento. Alguns filmes da América Latina reinventam este ideário e imaginário como espaço geográfico-cultural. Coordenadora: Cristina de Branco

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(“Eréndira”, Ruy Guerra, 1983, México/Portugal/Alemanha, 103 min, cor)

Baseado em “A incrível e triste história da cândida Erêndira e sua avó desalmada”, novela escrita por Gabriel García Márquez em 1972. A casa de sua avó de Erêndira é destruída por um incêndio causado pela jovem. Envolta nas suas visões, Erêndira é obrigada pela avó a se prostituir para restituir-lhe todos os bens. A moça segue a determinação da avó, apercebendo-se do seu enriquecimento desmedido e da exploração que sofre. 07

ERÊNDIRA

(“Los viajes del viento”, Ciro Guerra, 2009, Colômbia/Alemanha/Argentina/Holanda, 120 min, cor)

Ignácio Carrillo carrega uma sanfona amaldiçoada que o domina, obriga-o a viajar e a tocá-la em pequenos povoados. Após a morte de sua esposa, ele quer devolver a sanfona ao dono. No início do caminho, o jovem Fermín junta-se a ele, transformando a normalidade da sua viagem e da sua vida.

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(“La teta asustada”, Claudia Llosa, 2009, Espanha/Peru, 94 min, cor)

A morte da mãe leva Fausta a trabalhar numa casa rica, para pagar o transporte do caixão até ao povoado onde a mãe nascera. Nesta saída de casa e do envolvimento familiar, mediada pelo labirinto periférico de Lima, Fausta é obrigada a superar traumas maternos e seus próprios.

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(Eduardo Nunes, 2011, Brasil, 128 min, p&b)

Numa vila isolada do litoral brasileiro, onde tudo parece imóvel, Clarice percebe sua vida durante um único dia, em descompasso com as pessoas que encontra e que apenas vivem aquele dia como outro qualquer. Ela tenta entender sua obscura realidade e o destino das pessoas a sua volta, num tempo circular que assombra e desorienta. Após a projeção, mesa redonda com Rosana Castelli e Cláudia Mougadouro (a confirmar).

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QQSSD 20h00.................................................. CICLO HORROR EN LATINOAMÉRICA I

ALUCARDA (“Alucarda, la hija de las tinieblas”, Juan Lopes Moctezuma, México, 1978, 85 min, cor)A chegada de uma jovem a um convento após a morte de seus pais marca o início de uma série de eventos que desencadeiam a presença maligna de uma figura enigmática conhecida como Alucarda na garota e em seu novo e misterioso amigo. A narrativa prossegue, com possessão demoníaca, culto satânico e vampirismo.

O QUARTO SECRETO (“La cara oculta”, Andrés Baiz, Colômbia/Espanha, 2011, 90 min, cor)Um maestro espanhol às voltas com o misterioso desaparecimento de sua namorada.

SANGUE RUIM (“Santa sangre”, Alejandro Jodorowsky, 1989, México/Itália, 123 min, cor)Um jovem está confinado em um hospital psiquiátrico. Em flashback, vê-se que fora traumatizado na infância, quando ele e sua família eram artistas de circo: ele viu o pai decepar os braços de sua mãe, fanática religiosa e líder da igreja herética Santa Sangre (“Sangue Santo”), e depois cometer suicídio. De volta ao presente, ele foge do hospício, reencontra a mãe e, sem saída, se torna “os braços dela”. Os dois partem para uma horrível sequência de assassinatos e vingança.

PENUMBRA (“Penumbra”, Adrian Garcia Bogliano e Ramiro Garcia Bogliano, 2011, Argentina, 94 min, cor)Sem muita vontade, uma mulher aluga um apartamento a um homem misterioso. Ela logo percebe que ele é responsável pelo eclipse solar que está ocorrendo.

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Estrelado pela mítica atriz Musidora – a primeira vamp do cine-ma europeu – o filme ganhou fama em virtude da admiração

que provocou em pessoas como André Breton e Luis Buñuel, se-duzidos pelas imagens fantasiosas que repentinamente invadiam a narrativa. Salvo de destruição e após anos de esquecimento, ’Les Vampires” voltou a ser exibido a partir da década de 60 em concorridas ses-sões que marcaram época especialmente em Paris, Londres e Nova York. Hoje, o diretor Feuillade é colocado ao lado de outros gênios do pe-ríodo mudo do cinema como Griffith, Stronheim, Murnau e Gance.

Elenco: Musidora, Édouard Mathé, Marcel Lévesque, Jean Aymé, Fernand Herrmann, Stacia Napierkowska.

(Louis Feuillade, 1915 - 1916, França, 440 min, 10 ep, p&b)

LES VAMPIRES

9 de maioEpisódios “A cabeça cortada” (13 nov. 1915, 33 min), “O anel que mata” (13 nov. 1915, 15 min) e “O criptograma vermelho” (4 dez. 1915, 42 min). Total: 90 min.16 de maioEpisódios “O espectro” (7 jan. 1916, 32 min), “A fuga do morto” (28 jan. 1916, 37 min) e “Os olhos que fascinam” (24 mar. 1916, 58 min). Total: 127 min.23 de maioEpisódios “Satanás” (15 abr. 1916, 46 min) e “O mestre do raio” (12 maio 1916, 55 min). Total: 101 min.30 de maioEpisódios “O homem dos venenos” (2 jun. 1916, 53 min) e “Núpcias sangrentas” (30 jun. 1916, 60 min). Total: 113 min.

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Estrelado pela mítica atriz Musidora – a primeira vamp do cine-ma europeu – o filme ganhou fama em virtude da admiração

que provocou em pessoas como André Breton e Luis Buñuel, se-duzidos pelas imagens fantasiosas que repentinamente invadiam a narrativa. Salvo de destruição e após anos de esquecimento, ’Les Vampires” voltou a ser exibido a partir da década de 60 em concorridas ses-sões que marcaram época especialmente em Paris, Londres e Nova York. Hoje, o diretor Feuillade é colocado ao lado de outros gênios do pe-ríodo mudo do cinema como Griffith, Stronheim, Murnau e Gance.

Elenco: Musidora, Édouard Mathé, Marcel Lévesque, Jean Aymé, Fernand Herrmann, Stacia Napierkowska.

(Louis Feuillade, 1915 - 1916, França, 440 min, 10 ep, p&b)

LES VAMPIRES

9 de maioEpisódios “A cabeça cortada” (13 nov. 1915, 33 min), “O anel que mata” (13 nov. 1915, 15 min) e “O criptograma vermelho” (4 dez. 1915, 42 min). Total: 90 min.16 de maioEpisódios “O espectro” (7 jan. 1916, 32 min), “A fuga do morto” (28 jan. 1916, 37 min) e “Os olhos que fascinam” (24 mar. 1916, 58 min). Total: 127 min.23 de maioEpisódios “Satanás” (15 abr. 1916, 46 min) e “O mestre do raio” (12 maio 1916, 55 min). Total: 101 min.30 de maioEpisódios “O homem dos venenos” (2 jun. 1916, 53 min) e “Núpcias sangrentas” (30 jun. 1916, 60 min). Total: 113 min.

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Luis Buñuel Portolés (1900-1983) carregou consigo uma carreira muito singular. Estreou-se como membro vanguardista parisiense

em 1928 com Um Cão Andaluz, feito em colaboração com Salvador Dalí, seguido de A Idade do Ouro, período em que foi membro do grupo Surrealista. Nos anos 20, Buñuel estava ligado aos círculos cinéfilos de Paris e fundou um dos primeiros e mais mais importantes cineclubes espanhóis, Cineclube da Casa do Estudante, em Madri, em 1926. Em 1930 passou seis meses em Hollywood, contratado pela Metro Goldwyn Mayer, onde se limitou a observar como os filmes eram feitos. Regressou à Europa e em 1932 realizou um documentário na Espanha, Terra sem pão, obra de denúncia veemente das condições de pobreza em que vivia a população de Les Hurdes, região montanhosa na fronteira da Espanha com Portugal. Buñuel também permaneceu algum tempo colaborando em várias produções comerciais no início dos anos 30. Em 1939 regressou a Hollywood onde não consegue trabalhar, mas foi contratado pelo departamento de cinema do Museum Of Modern Art, de Nova Iorque onde permaneceu até fins de 41. Depois de um período de desemprego, chegou ao México em 1946 e realizou de imediato Gran Casino com duas grandes vigias musicais. Esta foi sua estreia nos longas-metragens de ficção, aos quarenta e seis anos de idade. Instalou-se no México, onde viveu até sua sua morte e realizou vinte filmes. Contudo, apesar do impacto causado por Os Esquecidos no Festival de Cannes em 1951, Buñuel continuou a trabalhar em produções modestas no México durante toda a década de 50, sem obter reconhecimento crítico, embora alguns de seus melhores filmes datem deste período, como O Alucinado e Ensaio de Um Crime. Em 1961 regressa temporariamente a Espanha, onde realiza Viridiana, que causa um escândalo político no seu país natal que o consagra definitivamente a nível internacional, quando já passava dos sessenta anos. A partir de então, passou a trabalhar na França. Buñuel passou da vanguarda parisiense dos anos 20 ao cinema comercial de um país subdesenvolvido, antes de adquirir o estatuto de consagrado autor. Durante todo este tempo manteve-se fiel às suas ideias e aos seus princípios, conseguindo o prodígio de subverter muitos dos argumentos absurdos que filmava no México, sem os alterar. Em 1967 veio A Bela da Tarde outro grande sucesso na qual sua protagonista, Catharine Deneuve interpreta uma burguesa reprimida que liberta suas fantasias ao fazer parte de uma casa de prostituição. Buñuel realizou trinta e três obras ao longo de quase cinquenta anos. Os nove que foram citados referem-se a três grandes períodos da sua carreira, a vanguarda, o mexicano e o período final.

PROGRESSO E REGRESSO

“A vida e os filmes de Buñuel foram intensamente influenciadas pelas vanguardas artísticas, especialmente o surrealismo, e as convulsões sociais dos inícios do século passado, especialmente a Revolução Comunista de 1917 e a Guerra Civil Espanhola. Hoje, ainda é notável a originalidade de sua obra, na qual se mesclam a expressão das mais profundas regiões da psicologia humana e afiadas críticas à superficialidade e à hipocrisia do comportamento burguês. Ele trabalhou na Europa e na América, nas condições miseráveis das Hurdes na Espanha, onde filmou o documentário “Terra sem pão”, e na opulência de Hollywood, em que, feliz ou infelizmente, seus projetos não deram certo.”12

Luis Buñuel Portolés (1900-1983) carregou consigo uma carreira muito singular. Estreou-se como membro vanguardista parisiense

em 1928 com Um Cão Andaluz, feito em colaboração com Salvador Dalí, seguido de A Idade do Ouro, período em que foi membro do grupo Surrealista. Nos anos 20, Buñuel estava ligado aos círculos cinéfilos de Paris e fundou um dos primeiros e mais mais importantes cineclubes espanhóis, Cineclube da Casa do Estudante, em Madri, em 1926. Em 1930 passou seis meses em Hollywood, contratado pela Metro Goldwyn Mayer, onde se limitou a observar como os filmes eram feitos. Regressou à Europa e em 1932 realizou um documentário na Espanha, Terra sem pão, obra de denúncia veemente das condições de pobreza em que vivia a população de Les Hurdes, região montanhosa na fronteira da Espanha com Portugal. Buñuel também permaneceu algum tempo colaborando em várias produções comerciais no início dos anos 30. Em 1939 regressou a Hollywood onde não consegue trabalhar, mas foi contratado pelo departamento de cinema do Museum Of Modern Art, de Nova Iorque onde permaneceu até fins de 41. Depois de um período de desemprego, chegou ao México em 1946 e realizou de imediato Gran Casino com duas grandes vigias musicais. Esta foi sua estreia nos longas-metragens de ficção, aos quarenta e seis anos de idade. Instalou-se no México, onde viveu até sua sua morte e realizou vinte filmes. Contudo, apesar do impacto causado por Os Esquecidos no Festival de Cannes em 1951, Buñuel continuou a trabalhar em produções modestas no México durante toda a década de 50, sem obter reconhecimento crítico, embora alguns de seus melhores filmes datem deste período, como O Alucinado e Ensaio de Um Crime. Em 1961 regressa temporariamente a Espanha, onde realiza Viridiana, que causa um escândalo político no seu país natal que o consagra definitivamente a nível internacional, quando já passava dos sessenta anos. A partir de então, passou a trabalhar na França. Buñuel passou da vanguarda parisiense dos anos 20 ao cinema comercial de um país subdesenvolvido, antes de adquirir o estatuto de consagrado autor. Durante todo este tempo manteve-se fiel às suas ideias e aos seus princípios, conseguindo o prodígio de subverter muitos dos argumentos absurdos que filmava no México, sem os alterar. Em 1967 veio A Bela da Tarde outro grande sucesso na qual sua protagonista, Catharine Deneuve interpreta uma burguesa reprimida que liberta suas fantasias ao fazer parte de uma casa de prostituição. Buñuel realizou trinta e três obras ao longo de quase cinquenta anos. Os nove que foram citados referem-se a três grandes períodos da sua carreira, a vanguarda, o mexicano e o período final.

PROGRESSO E REGRESSO

“A vida e os filmes de Buñuel foram intensamente influenciadas pelas vanguardas artísticas, especialmente o surrealismo, e as convulsões sociais dos inícios do século passado, especialmente a Revolução Comunista de 1917 e a Guerra Civil Espanhola. Hoje, ainda é notável a originalidade de sua obra, na qual se mesclam a expressão das mais profundas regiões da psicologia humana e afiadas críticas à superficialidade e à hipocrisia do comportamento burguês. Ele trabalhou na Europa e na América, nas condições miseráveis das Hurdes na Espanha, onde filmou o documentário “Terra sem pão”, e na opulência de Hollywood, em que, feliz ou infelizmente, seus projetos não deram certo.”

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UM CÃO ANDALUZ (“Le chien andalou”, Luis Buñuel, 1929, França, 16 min, p&b) “Esse filme nasceu do encontro de dois sonhos. Chegando à casa de [Salvador] Dalí, onde fora convidado para passar alguns dias, contei-lhe que sonhara recentemente com uma nuvem fina cortando a luz e uma navalha fendendo um olho. Por sua vez, ele me contou que acabava de ver, em sonhos, na noite anterior, uma mão cheia de formigas. Acrescentou: ‘E se fizéssemos um filme a partir disso?’” (Luis BUÑUEL, “Meu último suspiro”, 1982, p. 142).

A IDADE DO OURO (“L’âge d’or”, Luis Buñuel, 1930, França, 60 min, p&b) “Eu tinha imaginado umas vinte ideias, ‘gags’ — como uma charrete cheia de operários atravessando um salão mundano, ou um pai matando a tiros de fuzil o próprio filho, culpado de haver deixado cair a cinza de um cigarro — e anotava-as de toda maneira. Durante uma viagem à Espanha contei-as a Dalí. Ele se declarou muito interessado. Havia um filme ali. [...] Quando viu o filme pronto, Dalí gostou muito e me disse: ‘Parece um filme americano’” (Luis BUÑUEL, “Meu último suspiro”, 1982, p. 157-159).

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O ANJO EXTERMINADOR (“El ángel exterminador”, Luis Buñuel, 1962, México, 95 min, p&b) “Durante um grande jantar oferecido em Nova York, a dona da casa imaginara fazer executar ‘gags’ para surpreender e divertir os convidados. Por exemplo, o garçom que se estatela trazendo a travessa de comida é um detalhe verdadeiro. Ocorre que no filme os convidados não acham a menor graça. A dona da casa preparou outra ‘gag’ com um urso e dois carneiros, mas nunca saberemos qual o que não impediu que certos críticos, fanáticos por simbolismos, vissem no urso o bolchevismo à espreita da sociedade capitalista paralisada por suas contradições” (Luis BUÑUEL, “Meu último suspiro”, 1982, p. 336).

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A BELA DA TARDE (“Belle de jour”, Luis Buñuel, 1967, França/Itália, 101 min, cor) “O filme também me possibilitava descrever, com bastante fidelidade, alguns casos de perversão sexual. Meu interesse pelo fetichismo já era visível [...] mas faço questão de afirmar que só tenho uma atração teórica e exterior pela perversão sexual. Ela me diverte e me interessa, mas pessoalmente nada tenho de perverso em meu comportamento sexual. O oposto disso seria espantoso. Creio que um pervertido não gosta que se mostre em público sua perversão, que é seu segredo” (Luis BUÑUEL, “Meu último suspiro”, 1982, p. 342).

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O ESTRANHO CAMINHO DE SÃO TIAGO (“La voie lactée”, Luis Buñuel, 1969, França/Itália, 105 min, cor) “Parece-me

que ‘O estranho caminho de São Tiago’, ‘O charme discreto da

burguesia’ e ‘O fantasma da liberdade’, que

nasceram de três roteiros originais, formam uma espécie de trilogia, ou antes de tríptico, como

na Idade Média. Encontram-se os

mesmos temas, às vezes até as mesmas frases, nos três

filmes. Eles se referem à procura da verdade, que é preciso evitar a partir do momento em que se pensa havê-la encontrado, do ritual social implacável. Falam da busca indispensável, do acaso, da moral pessoal, do mistério que é preciso respeitar” (Luis BUÑUEL, “Meu último suspiro”, 1982, p. 352-353).

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UM CÃO ANDALUZ (“Le chien andalou”, Luis Buñuel, 1929, França, 16 min, p&b) “Esse filme nasceu do encontro de dois sonhos. Chegando à casa de [Salvador] Dalí, onde fora convidado para passar alguns dias, contei-lhe que sonhara recentemente com uma nuvem fina cortando a luz e uma navalha fendendo um olho. Por sua vez, ele me contou que acabava de ver, em sonhos, na noite anterior, uma mão cheia de formigas. Acrescentou: ‘E se fizéssemos um filme a partir disso?’” (Luis BUÑUEL, “Meu último suspiro”, 1982, p. 142).

A IDADE DO OURO (“L’âge d’or”, Luis Buñuel, 1930, França, 60 min, p&b) “Eu tinha imaginado umas vinte ideias, ‘gags’ — como uma charrete cheia de operários atravessando um salão mundano, ou um pai matando a tiros de fuzil o próprio filho, culpado de haver deixado cair a cinza de um cigarro — e anotava-as de toda maneira. Durante uma viagem à Espanha contei-as a Dalí. Ele se declarou muito interessado. Havia um filme ali. [...] Quando viu o filme pronto, Dalí gostou muito e me disse: ‘Parece um filme americano’” (Luis BUÑUEL, “Meu último suspiro”, 1982, p. 157-159).

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O ANJO EXTERMINADOR (“El ángel exterminador”, Luis Buñuel, 1962, México, 95 min, p&b) “Durante um grande jantar oferecido em Nova York, a dona da casa imaginara fazer executar ‘gags’ para surpreender e divertir os convidados. Por exemplo, o garçom que se estatela trazendo a travessa de comida é um detalhe verdadeiro. Ocorre que no filme os convidados não acham a menor graça. A dona da casa preparou outra ‘gag’ com um urso e dois carneiros, mas nunca saberemos qual o que não impediu que certos críticos, fanáticos por simbolismos, vissem no urso o bolchevismo à espreita da sociedade capitalista paralisada por suas contradições” (Luis BUÑUEL, “Meu último suspiro”, 1982, p. 336).

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A BELA DA TARDE (“Belle de jour”, Luis Buñuel, 1967, França/Itália, 101 min, cor) “O filme também me possibilitava descrever, com bastante fidelidade, alguns casos de perversão sexual. Meu interesse pelo fetichismo já era visível [...] mas faço questão de afirmar que só tenho uma atração teórica e exterior pela perversão sexual. Ela me diverte e me interessa, mas pessoalmente nada tenho de perverso em meu comportamento sexual. O oposto disso seria espantoso. Creio que um pervertido não gosta que se mostre em público sua perversão, que é seu segredo” (Luis BUÑUEL, “Meu último suspiro”, 1982, p. 342).

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O ESTRANHO CAMINHO DE SÃO TIAGO (“La voie lactée”, Luis Buñuel, 1969, França/Itália, 105 min, cor) “Parece-me

que ‘O estranho caminho de São Tiago’, ‘O charme discreto da

burguesia’ e ‘O fantasma da liberdade’, que

nasceram de três roteiros originais, formam uma espécie de trilogia, ou antes de tríptico, como

na Idade Média. Encontram-se os

mesmos temas, às vezes até as mesmas frases, nos três

filmes. Eles se referem à procura da verdade, que é preciso evitar a partir do momento em que se pensa havê-la encontrado, do ritual social implacável. Falam da busca indispensável, do acaso, da moral pessoal, do mistério que é preciso respeitar” (Luis BUÑUEL, “Meu último suspiro”, 1982, p. 352-353).

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A partir de maio o Cineclube tem mais uma novidade. Em parceria com a área de ensino de espanhol da UNIFESP, criamos as CHARLAS DE CINECLUB uma sessão mensal de um filme latino-americano do acervo do Memorial da América Latina, apresentada por um convidado especial. Os filmes serão exibidos em versão original e o debate, ao final, será feito em espanhol.

Com isso esperamos dar oportunidade para os residentes de países de fala espanhola de matar as saudades das charlas de suas terras de origem, assim como de propiciar a estudantes e outros interessados uma ocasdião de praticar e vivenciar a língua e as culturas de expressão hispânica.

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O HOMEM AO LADO (“El hombre al lado”, Gastón Duprat e Mariano Cohn, 2009, Argentina, 103min, cor) Uma simples parede pode dividir dois mundos. Quando Víctor (Daniel Aráoz), rústico e avassalador vendedor de carros usados, decide fazer uma janela para ter mais luz na sua casa, começam os problemas com o vizinho, Leonardo (Rafael Spregelburd), refinado designer de sucesso internacional que vive numa casa realizada pelo famoso arquiteto Le Corbusier. Conflito entre vizinhos ou luta de classes?

31/05 QQSSD 14h00................................................

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la noche de las brujeríasNoitón de CumpleañosNoitón de Cumpleaños

# sarau # filmes # banda

em breve

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Cineclube Latino-Americano Juan Carlos Arch

Taxa de manutenção única: R$5,00Lotação: 70 lugares

Dúvidas e Sugestões(11) 3823 4782http://cineclubelatinoamericano.com.br/

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O Cineclube Latino Americano “Juan Carlos Arch” funciona noPavilhão da Criatividade Darcy RibeiroFundação Memorial da América LatinaAv. Auro Soares de Moura Andrade, 664, Barra Funda, São Paulo, SPJunto à estação Palmeiras-Barra Funda do metrô