avisos lominosos

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SISTEMAS DE AVISO ACÚSTICOS E LUMINOSOS

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mecatrónica de automóveis. iefp

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  • SISTEMAS DEAVISO ACSTICOS

    E LUMINOSOS

  • Sistemas de Aviso Acsticos e Luminosos

    Coleco Formao Modular Automvel

    Ttulo do Mdulo Sistemas de Aviso Acsticos e Luminosos

    Coordenao Tcnico-Pedaggica CEPRA - Centro de Formao Profissional da Reparao AutomvelDepartamento Tcnico Pedaggico

    Direco Editorial CEPRA - Direco

    Autor CEPRA - Desenvolvimento Curricular

    Maquetagem CEPRA Ncleo de Apoio Grfico

    Propriedade Instituto de Emprego e Formao ProfissionalAv. Jos Malhoa, 11 - 1000 Lisboa

    Edio 3.0 Portugal, Lisboa, 2000/07/19

    Depsito Legal 148197/00

    Copyright, 2000Todos os direitos reservados

    IEFP

    Produo apoiada pelo Programa Operacional Formao Profissional e Emprego, confinanciado pelo

    Estado Portugus, e pela Unio Europeia, atravs do FSE

    Ministrio de Trabalho e da Solidariedade - Secretaria de Estado do Emprego e Formao

    Referncias

  • Sistemas de Aviso Acsticos e Luminosos

    ndice

    NDICE

    DOCUMENTOS DE ENTRADA

    OBJECTIVOS GERAIS E ESPECFICOS ..................................................................E.1

    PR - REQUISITOS ....................................................................................................E.4

    CORPO DO MDULO

    0 INTRODUO ...................................................................................................... 0.1

    1 - BUZINAS ................................................................................................................ 1.1

    1.1 GRANDEZAS ACSTICAS.............................................................................................1.1

    1.2 - CARACTERSTICAS; LEGISLAO............................................................................1.3

    1.3 - TIPOS DE BUZINAS; MONTAGEM ..............................................................................1.4

    1.4 - BUZINAS DE MEMBRANA VIBRATRIA (ELECTROMAGNTICOS) ........................1.5

    1.4.1 - PRINCPIO DE FUNCIONAMENTO ..................................................................1.5

    1.4.2 - MANUTENO E AFINAO .........................................................................1.10

    1.4.3 - AVARIAS ..........................................................................................................1.10

    1.5 - BUZINAS PNEUMTICAS..........................................................................................1.12

    1.6 - BUZINAS MLTIPLAS ................................................................................................1.13

    1.7 - ESQUEMAS DE LIGAO .........................................................................................1.14

    2 - INDICADORES DE DIRECO - PISCAS ............................................................ 2.1

    2.1 - CARACTERSTICAS; LEGISLAO............................................................................2.1

    2.2 - COMUTADOR DE PISCAS ...........................................................................................2.4

    2.3 - AUTOMTICO DE PISCAS ..........................................................................................2.5

    2.3.1 - AUTOMTICO DE PISCAS ELECTROMAGNTICO E TRMICO ..................2.6

    2.3.2 - AUTOMTICO DE PISCAS ELECTRNICO ....................................................2.7

    2.4 - LUZES AVISADORAS DE PERIGO/EMERGNCIA ..................................................2.10

    2.4.1 - CARACTERSTICAS; LEGISLAO ..............................................................2.10

    2.4.2 - FUNCIONAMENTO .................................................................................................2.11

    2.5 - ESQUEMAS ELCTRICOS ........................................................................................2.12

  • Sistemas de Aviso Acsticos e Luminosos

    ndice

    3 - LUZES DE TRAVAGEM .......................................................................................................3.1

    3.1 - LEGISLAO ..............................................................................................................3.1

    3.2 - CARACTERSTICAS E TIPOS .....................................................................................3.4

    3.3 - MODOS DE ACCIONAMENTO DAS LUZES DE TRAVAGEM .....................................3.6

    3.4 - SINALIZADORES .........................................................................................................3.8

    3.5 - ESQUEMAS ELCTRICOS ..........................................................................................3.9

    4 - LUZES DE MARCHA ATRS ...............................................................................................4.1

    4.1 - LEGISLAO ...............................................................................................................4.1

    4.2 - CARACTERSTICAS E FUNCIONAMENTO ................................................................4.2

    4.3 - ESQUEMAS ELCTRICOS ..........................................................................................4.4

    5 - LUZES DE NEVOEIRO RECTAGUARDA ........................................................................5.1

    5.1 - CARACTERSTICAS ....................................................................................................5.1

    5.2 - CONSTITUIO ...........................................................................................................5.2

    5.3 - ESQUEMAS ELCTRICOS ..........................................................................................5.3

    6 - LUZES DE PRESENA .......................................................................................................6.1

    6.1 - LEGISLAO ..............................................................................................................6.1

    6.2 - LUZES DE PRESENA FRENTE ..........................................................................6.4

    6.3 - LUZES DE PRESENA RETAGUARDA ..................................................................6.6

    6.4 - ACCIONAMENTO AUTOMTICO DAS LUZES DE PRESENA .................................6.8

    6.5 - AVISADOR ACSTICO DE LUZES ACESAS ...............................................................6.9

    6.6 - ESQUEMAS ELCTRICOS ..........................................................................................6.9

    7 - LUZES ROTATIVAS E INTERMITENTES ...........................................................................7.1

    7.1 - LEGISLAO - APLICAO, CARACTERSTICAS ....................................................7.1

    7.2 - CONSTITUIO; FUNCIONAMENTO .........................................................................7.2

    7.3 - SIRENES ......................................................................................................................7.3

    7.4 - ESQUEMAS ELCTRICOS ..........................................................................................7.5

  • Sistemas de Aviso Acsticos e Luminosos

    ndice

    8 - INDICADORES E AVISOS NO PAINEL DE INSTRUMENTOS ...........................................8.1

    8.1 - INDICADORES OBRIGATRIOS .................................................................................8.3

    8.2 - OUTROS INDICADORES - SIMBOLOGIA ...................................................................8.6

    9 - MONTAGEM DE FICHAS PARA ATRELADOS ...................................................................9.1

    10 - LMPADAS ......................................................................................................................10.1

    BIBLIOGRAFIA ......................................................................................................................... C.1

    DOCUMENTO DE SADA

    PS-TESTE .............................................................................................................................. S.1

    CORRIGENDA DO PS-TESTE .............................................................................................. S.9

    ANEXOS

    EXERCCIOS PRTICOS ......................................................................................................... A.1

    GUIA DE AVALIAO DOS EXERCCIOS PRTICOS .......................................................... A.5

  • DOCUMENTOSDE

    ENTRADA

    DOCUMENTOSDE

    ENTRADA

  • Sistemas de Aviso Acsticos e Luminosos

    Objectivos Gerais e Especficos do Mdulo

    E.1

    OBJECTIVOS GERAIS E ESPECFICOS

    No final do estudo deste mdulo, deve o formando ser capaz de:

    OBJECTIVO GERAL DO MDULO

    Identificar e descrever os diversos avisadores e sinalizadores acsticos e lumino-

    sos, bem como conhecer as caractersticas e particularidades dos mesmos. Deve-ro ainda ser capazes de proceder sua instalao e manuteno.

    OBJECTIVOS ESPECFICOS

    Descrever o princpio de funcionamento dos diferentes tipos de avsa-dores electro-acsticos.

    Identificar as grandezas que caracterizam um avisador acstico, de

    acordo com as suas funes:

    Intensidade do som

    Frequncia do som

    Tenso de alimentao

    Corrente consumida

    Instalar correctamente uma buzina, a partir de um esquema.

  • Sistemas de Aviso Acsticos e Luminosos

    Objectivos Gerais e Especficos do Mdulo

    E.2

    Conhecer a Regulamentao Nacional relativa aos diversos avisado-

    res e sinalizadores elctricos.

    Descrever os diferentes tipos de luzes de piscas e referir as suas ca-

    ractersticas.

    Ler e interpretar um esquema de piscas.

    Identificar as funes das luzes de travagem e de marcha atrs

    Descrever o principio de funcionamento das luzes de travagem e mar-

    cha atrs.

    Definir as caractersticas e funes das luzes de presena.

    Identificar os locais de montagem dos faris de nevoeiro.

    Descrever o funcionamento das luzes rotativas.

    Referir as caractersticas e as aplicaes das luzes rotativas.

    Efectuar a montagem de luzes rotativas, a partir dos respectivos es-

    quemas elctricos.

    Identificar e descrever os diversos Indicadores e Avisadores do pai-

    nel de instrumentos.

    Ler e interpretar esquemas dos diversos sistemas de aviso luminosos.

  • Sistemas de Aviso Acsticos e Luminosos

    Objectivos Gerais e Especficos do Mdulo

    E.3

    Descrever e identificar os vrios tipos de lmpadas utilizadas nos sis-

    temas luminosos.

    Garantir a manuteno e reparao dos sistemas, com base nos res-

    pectivos esquemas e dados tcnicos dos fabricantes.

  • Sistemas de Aviso Acsticos e Luminosos

    PR-REQUISITOS

    COLECO FORMAO MODULAR AUTOMVEL

    OUTROS MDULOS A ESTUDAR

    Legenda

    Construo daInstalao Elctrica

    Componentes doSistema Elctrico e sua simbologia

    Electricidade BsicaMagnetismo e

    Electrogagnetismo -Motores e Geradores

    Tipos de Baterias esua Manuteno

    Tecnologia dos Semi-Condutores -Componentes

    Circ. Integrados,Microcontroladores e Microprocessadores

    Leitura e Interpretao de Esquemas Elctricos Auto

    Caractersticas e Funcionamento dos

    MotoresDistribuio

    Clculos e CurvasCaractersticas do

    MotorSistemas de Admisso

    e de Escape

    Sistemas dearrefecimento

    Lubrificao deMotores e

    TransmissoAlimentao Diesel

    Sistemas deAlimentao por

    CarburadorSistemas de Ignio Sistemas de Carga e

    Arranque

    SobrealimentaoSistemas deInformao

    Lmpadas, Farise Farolins Focagem de Faris

    Sistemas de AvisoAcsticos e Luminosos

    Sistemas deComunicao

    Sistemas de Segurana Passiva

    Sistemas de Confortoe Segurana

    Embraiagem e Caixasde Velocidades

    Sistemas de Transmisso

    Sistemas deTravagem Hidrulicos

    Sistemas de Travagem Antibloqueio

    Sistemas de DirecoMecnica e Assistida

    Geometria de Direco

    rgos da Suspensoe seu Funcionamento

    Diagnstico e Rep. deAvarias no Sistema de

    Suspenso

    Ventilao Forada e Ar Condicionado

    Sistemas deSegurana Activa

    Sistemas ElectrnicosDiesel

    Diagnstico eReparao em

    Sistemas Mecnicos

    Unidades Electrnicasde Comando,

    Sensores e Actuadores

    Sistemas de Injeco Mecnica

    Sistemas de Injeco Electrnica

    Emisses Poluentes eDispositivos de

    Controlo de Emisses

    Anlise de Gases de Escape e Opacidade

    Diagnstico eReparao em

    Sistemas com GestoElectrnica

    Diagnstico eReparao em

    Sistemas Elctricos Convencionais

    Rodas e Pneus ManutenoProgramada

    Termodinmica

    Gases Carburantes eCombusto

    Noes de MecnicaAutomvel para GPL

    Constituio deFuncionamento do

    Equipamento Conversor para GPL

    Legislao Especficasobre GPL

    Processos deTraagem

    e PuncionamentoProcessos de Corte e

    Desbaste

    Processos de Furao, Mandrilagem e Roscagem

    Noes Bsicas de Soldadura

    MetrologiaRede Elctrica eManuteno de

    Ferramentas Elctricas

    Rede de Ar Comp. e Manuteno de

    FerramentasPneumticas

    Ferramentas Manuais

    Mdulo emestudo

    Pr-Requisito

    Introduo aoAutomvel Desenho Tcnico

    Matemtica (clculo) Organizao OficinalFsica, Qumica e Materiais

    Pr-Requisitos

    E.4

  • CORPODO

    MDULO

    CORPODO

    MDULO

  • Sistemas de Aviso Acsticos e Luminosos

    Introduo

    0.1

    0 - INTRODUO

    Nos automveis actuais os Sistemas de Aviso Acsticos e Luminosos assumem uma importncia

    fundamental. imprescindvel que durante a marcha de um veculo o seu condutor possa informar os

    outros das manobras que esteja ou pretenda vir a efectuar.

    Essa importncia reconhecida na legislao internacional (nomeadamente a europeia), que define

    em pormenor as caractersticas que estes sistemas devem possuir, e os torna obrigatrios em todos

    os veculos.

    Embora todos os sistemas tratados neste mdulo devam existir de origem em todos os veculos, o tcnico deve estar devidamente habilitado para proceder sua manuteno, bem como efectuar

    eventuais modificaes, sempre de acordo com a legislao.

  • Sistemas de Aviso Acsticos e Luminosos

    Buzinas

    1.1

    1 - BUZINAS

    1.1 - GRANDEZAS ACSTICAS

    Quando um corpo vibra, produz um som. A energia ou fora das vibraes transmite-se s

    molculas do ar circundante e pe-nas em movimento. Por sua vez, as molculas de ar

    ao moverem-se, chocam com outras molculas vizinhas, e estas com as seguintes. Isto

    significa que as molculas juntam-se e voltam a separar-se. Este movimento provoca uma

    variao na presso do ar a que se d o nome de onda sonora. A onda sonora propaga-se sob a forma de uma onda longitudinal, com uma velocidade de 340 m/s (na gua com 1430 m/s e no ao com 5000 m/s).

    Fig. 1. 1 Mecanismo de propagao de uma onda sonora

    Intensidade ou volume de som

    A intensidade do som, que normalmente se mede em dB(A), est relacionada com a

    amplitude da presso da vibrao e com a presso gerada. Para ser perceptvel ao ouvido humano, a presso sonora deve ser superior a cerca de 2.10-4 mbar (20mPascal ou 0 dB(A));a este valor chama-se limite inferior de audibilidade.

  • Sistemas de Aviso Acsticos e Luminosos1.2

    Buzinas

    O limite superior de audibilidade corresponde presso a partir da qual o ser humano

    sente dor, podendo mesmo sofrer danos irreversveis no aparelho auditivo. Este valor situa-se volta dos 120 dB(A).

    Fig.1.2 Relao entre a intensidade e frequncia de som

    A frequncia ou tonalidade do som depende da velocidade com que as molculas vibram

    e mede-se em Hz. A banda de frequncias perceptvel para o ouvido humano situa-se

    entre os 16 Hz (sons graves) e os 20 kHz (sons agudos).

    Fig. 1.3 Intensidade de som; exemplos

  • Sistemas de Aviso Acsticos e Luminosos 1.3

    Buzinas

    1.2. CARACTERSTICAS - LEGISLAO

    Os avisadores sonoros (buzinas) instalados nos automveis devem estar homologados.

    No espao comunitrio Europeu, as buzinas devem cumprir as prescries tcnicas

    regulamentadas pela Directiva 70/388/CEE.

    As caractersticas principais so:

    a) A banda de frequncia do som emitido pela buzina deve situar-se en-

    tre 1800 e 3550 Hz, e no pode variar durante o perodo de funciona-

    mento.

    b) A buzina, quando instalada no veculo, deve emitir um som com uma

    in-tensidade (presso sonora) igual ou superior a 93 dB(A). Este valor deve ser obtido a 7 m frente do veculo, estando este em terreno livre

    e solo regular, com o motor parado e alimentado com a sua tenso no-minal.

    A presso deve manter-se constante durante o funcionamento.

    c) O atraso que decorre entre o momento de entrada em aco e o mo-

    mento em que o som atinge o valor prescrito, no deve ser superior a

    0,2 segundos.

    d) A utilizao de sirenes ou buzinas com sons variveis, melodias ou res-

    sonantes, est proibida com excepo para alguns veculos de servios oficiais. As buzinas de funcionamento pneumtico ou electropneumtico

    devem ter, nas condies de alimentao fixadas para os aparelhos

    pelos fabricantes, as mesmas caractersticas requeridas para os avisado-

    res sonoros alimentados electricamente.

  • Sistemas de Aviso Acsticos e Luminosos1.4

    Buzinas

    1.3. TIPOS DE BUZINAS; MONTAGEM

    As buzinas podem ser de dois tipos bsicos:

    Ou se transforma a energia elctrica em energia sonora (electromagntica).

    Ou utiliza-se uma corrente de ar comprimido para gerar o som.

    As buzinas do primeiro tipo so as mais utilizadas enquanto que as do segundo tipo s

    se utilizam em casos especficos (por exemplo camies), j que geram sons de maior

    intensidade.

    Em qualquer um dos casos, as buzinas so montadas na parte dianteira do veculo e

    orientadas no sentido da marcha.

    Na figura 1.4 temos representadas as posies que as buzinas dos dois tipos ocupam

    normalmente nos camies.

    1 Buzina de som baixo

    2 Buzina pneumtica de som forte

    Fig.1.4 Posio das buzinas num camio

  • Sistemas de Aviso Acsticos e Luminosos 1.5

    Buzinas

    A fixao estrutura do veculo deve ser feita atravs de um dispositivo flexvel, de modo

    a evitar que as vibraes da buzina se transmitam estrutura e interfira com a frequncia

    e com o volume do som.

    O funcionamento das buzinas sensvel tenso que chega aos seus terminais. Por isso

    normalmente so alimentadas a partir de um rel, principalmente quando so instaladas

    duas buzinas em paralelo.

    1.4. - BUZINAS DE MEMBRANA VIBRATRIA/ ELECTROMAGNTICAS

    As buzinas mais utilizadas so as electromagnticas. Para entender o funcionamento

    destes dispositivos, vamos comear por descrever a forma de produzir som a partir de

    uma corrente elctrica.

    1.4.1. PRINCPIO DE FUNCIONAMENTO

    A figura 1.5 apresenta-nos, de uma forma simplificada, o esquema de funcionamento de

    uma buzina electromagntica.

    A placa mvel

    B condensador

    C contactos

    L enrolamento

    M membrana vibratria

    N - ncleo

    Fig. 1.5 - Esquema de funcionamento de uma buzina electromagntica

  • Sistemas de Aviso Acsticos e Luminosos1.6

    Buzinas

    Como se pode ver, constituda por um ncleo magntico laminado (N) que constitui o

    ncleo de um electroman. Sobre este ncleo existe uma bobine elctrica (L), que ao ser

    percorrida por uma corrente elctrica ir criar uma fora que atrai a placa mvel (A), a

    qual est acoplada membrana vibratria (M). Quando o man atrai a placa mvel (A),

    separam-se os contactos (C) e na bobina (L) a corrente interrompida. No havendo circulao de corrente, o electroman deixa de actuar, e a placa mvel (A) volta posio inicial de repouso, por aco da membrana. Nessa posio, os contactos (C) voltam a fechar-se, ligando o circuito. Assim o electroman volta a atrair a membrana, a qual separa

    novamente os contactos, e assim sucessivamente. Este ciclo repete-se enquanto a buzina

    for alimentada.

    Em paralelo com os contactos (C) existe um condensador (B), atravs do qual os contactos

    so protegidos. Se o condensador no existisse, no momento em que os contactos se

    separassem, interrompendo a corrente elctrica, saltaria uma fasca entre eles, que levaria

    sua rpida destruio. Com o condensador em paralelo, a corrente tende a desviar-se

    para ele no momento em que se abrem os contactos.

    A distncia do entreferro entre a placa mvel e o ncleo magntico pode variar atravs de

    um parafuso de afinao. Atravs dele a vibrao da membrana (M) pode ser mais rpida

    ou mais lenta, o que faz com que o maior ou menor nmero de vibraes por minuto tome

    o som mais agudo ou mais grave.

    Diminuindo o entreferro, pode-se aumentar a intensidade da corrente e desta forma aumentar a frequncia do som (mais agudo).

    Como se conclui, desta explicao, o som resulta da vibrao da membrana. Ao vibrar, a membrana faz mover o ar circundante. O ar forma uma onda que se propaga para o

    exterior, e que, pela frequncia com que vibra, uma onda sonora.

    Depois desta descrio do principio de funcionamento das buzinas, iremos analisar a

    constituio de uma buzina real (figura 1.6), identificando e descrevendo os principais

    elementos que a constituem.

  • Sistemas de Aviso Acsticos e Luminosos 1.7

    Buzinas

    Fig. 1.6 - Vista em corte de uma buzina electromagntica

    Sobre um corpo com a forma de trompa em espiral (1), est fixada a placa de suporte

    (2). Em ambos os lados encontra-se a membrana (3), qual est fixado o perno central

    (4). No centro da placa de suporte (2) est colocado o ncleo (5), no qual se encontra a

    bobine (6), responsvel pela fora magntica que faz funcionar a buzina. O perno central

    (4), que atravessa o ncleo, fixado armadura (7) atravs da porca (8). A membrana (3),

    com o perno central (4) e a armadura (7), formam a parte mvel da buzina. No suporte (9)

    esto fixados os componentes do ruptor (10): o contacto fixo (11) e o contacto mvel (12),

    montado num brao flexvel.

    Como se pode ver na figura, os contactos esto fechados enquanto a buzina est em

    repouso.

    O circuito elctrico semelhante ao descrito anteriormente. A figura 1.7 representa o

    esquema elctrico deste tipo de buzina.

  • Sistemas de Aviso Acsticos e Luminosos1.8

    Buzinas

    Fig. 1.7 - Esquema elctrico de uma buzina electromagntica

    O interruptor de comando (1), que normalmente se encontra no volante do veculo,

    estabelece a ligao da corrente elctrica entre a bateria e enrolamento do electroman (2). A corrente circula atravs dos contactos (5) para a massa.

    Ao passar pelo enrolamento (2) a corrente magnetiza o ncleo (3), e este atrai a armadura

    (8), como mostra a figura 1.8.

    Fig. 1.8 - Esquema elctrico de uma buzina electroma-

    gntica na posio de desligado

    Entretanto os contactos (5) abrem, por aco da armadura (8), interrompendo novamente a corrente. Ento o ncleo volta a ficar desmagnetizado, e a mola faz com que ele volte

    sua posio de repouso (novamente figura 4). Os contactos (5) voltam a fechar-se, a

    corrente circula e o ciclo repete-se.

  • Sistemas de Aviso Acsticos e Luminosos 1.9

    Buzinas

    Este processo repete-se um elevado nmero de vezes por minuto, o que d origem ao

    som. A frequncia do som igual ao nmero de vibraes que a membrana sofre por

    segundo.

    Embora o aspecto das buzinas possa variar de fabricante para fabricante, a sua configurao

    bsica sempre semelhante. Na figura 1.9 apresenta-se uma buzina electromagntica

    tpica sem a tampa que a protege e aos seus elementos mecnicos contra o p.

    Na figura esto assinalados, atravs

    dos nmeros 1 e 2, a porca e a con-traporca de segurana, atravs dos quais se pode afinar a qualidade do

    som emitido. Atravs destes elemen-tos podemos ajustar o nmero de vi-braes por segundo da membrana, o nmero 3 assinala o terminal para a ligao elctrica.

    1 e 2 - Porca e contraporca de ajuste; 3 - Terminal

    de ligao

    Fig. 1.9 Buzina electromagntica sem tampa

    1 - Parafuso de ajuste

    2 - Parafusos de fixao da bobine

    Figura 1.10 Vista posterior duma buzina

  • Sistemas de Aviso Acsticos e Luminosos1.10

    Buzinas

    1.4.2. MANUTENO E AFINAO

    Hoje em dia, as buzinas so constitudas de tal forma que a sua reparao quase no

    necessrio. Optando-se quase sempre pela sua substituio quando acontece qualquer

    avaria.

    Mesmo as mais antigas buzinas no exigem grandes trabalhos de afinao e manuteno.

    A nica excepo ocorre quando os contactos se desgastam ao fim de muitas horas de

    servio.

    As vibraes excessivas podem diminuir a vida destes equipamentos pelo que se deve

    garantir que as buzinas se encontrem sempre bem fixas, atravs de um suporte flexvel

    que a isole das vibraes prprias do motor e das irregularidades do solo por onde circula o

    veculo. Nestas condies, a buzina poder durar toda a vida til do veculo. Os contactos,

    no entanto, sofrem um desgaste natural, embora sejam protegidos pelo condensador.

    Podem, por isso, necessitar de um ajuste pontual, para o que existe um parafuso, acessvel

    do exterior, para afinao.

    Na figura 1.10, pode-se ver esse parafuso (1). Os parafusos (2) servem para fixar a

    bobine elctrica. Na mesma figura, podemos tambm ver umas porcas que tem o mesmo

    objectivo. A afinao com os referidos parafusos pouco frequente e, normalmente, basta

    rodar 15 a 30 para conseguir um som semelhante ao original. Deste modo, compensa-se o desgaste produzido nos contactos devido ao uso.

    1.4.3. AVARIAS

    As buzinas electromagnticas podem apresentar dois sintomas de mau funcionamento:

    ou no produz som, ou produz um som com defeito.

    Sintoma: A buzina no produz som

    A primeira coisa a verificar a alimentao elctrica. Para isso basta desligar o cabo de

    alimentao da buzina e verificar com um voltmetro se chega corrente a esse ponto,

    quando se acciona o boto de comando. Se nestas condies no chegar corrente, deve

    verificar-se o estado do fusvel, do interruptor de comando e do prprio cabo. No entanto,

    se chegar uma tenso aproximadamente igual da bateria, a avaria estar na buzina.

    Verificar ento se existe uma boa massa e se a fixao est correcta. Se isso acontecer,

    o defeito poder estar num de dois pontos possveis:

  • Sistemas de Aviso Acsticos e Luminosos 1.11

    Buzinas

    a) Analisar o estado dos contactos. Verificar se no existem ves-

    tgios de carvo sua volta e se a superfcie de contacto no

    se apresenta queimada ou com sinais de evidentes desgaste.

    Se os contactos no estiverem muito danificados, poder ser

    um problema de afinao, e ser ultrapassado sem exigir a

    substituio dos mesmos. Se os contactos estiverem muito queimados, a soluo poder consistir na sua substituio. No

    entanto, este caso s acontece quando a buzina, antes de dei-

    xar de tocar, j tocava mal.

    b) Verificar se a bobine tem continuidade. Poder estar interrom-

    pida ou em curto-circuito, o que levaria a que no houvesse

    corrente, ou ento essa corrente no gerasse uma fora mag-ntica com fora suficiente para mover a armadura.

    Sintoma: A buzina produz um som com defeito

    Quando a buzina deixa de emitir um som claro e afinado, sinal que existe uma avaria.

    Deve-se, antes de tudo, ajustar-se o entreferro.

    As avarias que provocam este defeito so as seguintes:

    a) Os contacto esto desafinados, sujos ou defeituosos. Neste

    caso, deve proceder-se como j foi descrito.

  • Sistemas de Aviso Acsticos e Luminosos1.12

    Buzinas

    b) A bobine est em curto-circuito. Isto significa que dois ou mais

    espirais da bobine perderam o isolamento e fazem curto-

    circuito. Neste caso, e dependendo do local do curto-circuito, a fora magntica criada pela corrente poder ser praticamente a mesma ou muito inferior. Consoante o caso, o som produzido

    poder no ser muito diferente do normal ou chegar mesmo a no produzir som.

    Neste caso, ser necessrio substituir a bobine.

    c) Membrana avariada. Para alm dos problemas elctricos, poder acontecer que a membrana esteja danificada ou mal

    montada. Tambm a existncia de vibraes excessivas, devidas a uma fixao deficiente da buzina, poder ser a

    causa destas avarias.

    1.5. BUZINAS PNEUMTICAS

    As buzinas pneumticas so utilizadas principalmente na circulao em estrada, devido

    ao seu som forte e de longo alcance. Elas so constitudas tambm, por uma membrana que vibra na presena de um corrente de ar.

    A corrente de ar pode ser gerada por um motor elctrico ou por uma instalao pneumtica. Em qualquer dos casos, o comando da buzina poder ser elctrico.

    Na figura 1.11 apresentado um esquema elctrico de comando destas buzinas.

  • Sistemas de Aviso Acsticos e Luminosos 1.13

    Buzinas

    1 Fusvel de proteco

    2 Unidades de ar comprimido

    3 Unidades de comando

    4 Interruptor de buzina

    Fig. 1.11 - Esquema elctrico de comando de uma buzina elctro pneumtica

    1.6. BUZINAS MLTIPLAS

    As buzinas mltiplas tambm so designadas como buzinas de dois ou mais sons ou

    buzinas associadas.

    Como se disse no captulo 1.2, a largura de banda de uma buzina devem situar-se entre

    1800 e 3550 KHz. Atendendo ao mecanismo de propagao do som no ar, a buzina ideal

    deveria emitir um som que cobrisse toda essa banda de frequncias, de forma a que o

    mesmo fosse audvel a longas distncias e em situaes de rudo ambiente intenso. No

    entanto, como foi dito nos captulos anteriores, quer a intensidade, quer a frequncia do

    som emitido, dependem das caractersticas fsicas da buzina, e torna-se quase impossvel

    cobrir toda a banda de frequncias (1800kHz 3550kHz) com uma nica buzina.

  • Sistemas de Aviso Acsticos e Luminosos1.14

    Buzinas

    Para se conseguir, ento, um som simultaneamente intenso e com boa banda de frequncias, utilizam-se duas (nalguns casos trs) buzinas com caractersticas acsticas

    diferentes montadas em paralelo, s quais se chama buzinas mltiplas. Este tipo

    de montagem pode ser feito quer com buzinas electromagnticas quer com buzinas

    pneumticas.

    O esquema elctrico da figura 1.13 inclui uma buzina deste tipo (B2 e B3), que alimentada

    atravs dum rel (K1).

    1.7. ESQUEMAS DE LIGAO

    Na figura 1.12 representado o esquema elctrico de comando duma buzina

    electromagntica.

    S1 Comutador de chave

    S2 Interruptor de coman- do

    Fig. 1.12 Esquema de uma buzina electromagntica

  • Sistemas de Aviso Acsticos e Luminosos 1.15

    Buzinas

    A linha B+/30 representa a alimentao directa da bateria. Neste exemplo a buzina s

    funciona se o comutador principal de chave (S1) estiver accionado. O interruptor S2, do tipo normalmente aberto, ao ser accionado permite que a buzina fique ligada massa,

    fechando desta forma o circuito.

    Na figura 1.13 representa-se o esquema elctrico de um sistema de trs buzinas,

    vulgarmente utilizado nos veculos pesados: a buzina B1 emite um som de baixa intensidade

    e destina-se a ser utilizada dentro das localidades; as buzinas B2 e B3, que emitem sons

    diferentes e de elevada intensidade, constituem uma buzina mltipla e destinam-se a

    serem utilizadas fora das localidades.

    Este tipo de buzinas mltiplas bastante utilizada em veculos pesados

    Fig. 1.13 Esquema elctrico de um sistema de trs buzinas

  • Sistemas de Aviso Acsticos e Luminosos1.16

    Buzinas

    O comutador/inversor S2 possui encravamento e atravs dele possvel seleccionar a B1 ou as buzinas B2 e B3. Se estiver na posio representada (posio 1) ao ser accionado

    S3 a buzina B1 ser alimentada; se S3 estiver na posio 2 ao ser accionado S3 o rel K1

    ser activado e atravs do seu contacto sero alimentadas as buzinas B2 e B3.

    Desta forma consegue-se atravs do mesmo interruptor comandar a buzina B1, ou em

    alternativa as buzinas B2 e B3, dependendo da posio do comutador S2.

    Note-se que nos esquemas das figuras 1.12 e 1.13 as buzinas s funcionam se o

    comutador principal de chave estiver accionado. Na prtica isto nem sempre acontece. vulgar as buzinas funcionarem independentemente de o interruptor de ignio estar

    accionado ou no. Nestes casos a buzina alimentada directamente a partir da bateria.

  • Sistemas de Aviso Acsticos e Luminosos 2.1

    Indicadores de mudana de direco - Piscas

    2 - INDICADORES DE MUDANA DE DIRECO - PISCAS

    2.1 - CARACTERSTICAS; LEGISLAO

    Os veculos automveis ligeiros e pesados e seus reboques devem possuir luzes

    indicadoras de mudana de direco, com as seguintes caractersticas:

    a) Nmero:

    Automveis ligeiros e pesados quatro luzes;

    Reboques duas luzes;

    b) Para alm das luzes referidas na alnea anterior, permitida a montagem nos

    veculos automveis ligeiros e pesados de luzes indicadoras de mudana de

    direco laterais;

    c) Cor da luz emitida:

    Para a frente branca ou laranja;

    Para a retaguarda vermelha ou laranja;

    Para o lado laranja;

    Luzes dos traves/luzes traseiras Luz elevada dos traves

    Luz traseira de nevoeiro

    Luzes dianteira de presena

    Faris

    Luz dianteira do pis-ca de direco Luz traseira do pis-

    ca de direco

    Luz de mar-cha-trs

    Luz de cha-pa de ma-trcula

  • Sistemas de Aviso Acsticos e Luminosos2.2

    Indicadores de mudana de direco - Piscas

    d) Deve ser respeitado o seguinte posicionamento:

    Em largura:

    Devem estar situadas a uma distncia mxima dos extremos que

    deli-mitam as dimenses do veculo de 400 mm;

    Devem estar situadas a uma distncia mnima de 600 mm uma da

    ou-tra; quando a largura do veculo for inferior a 1300 mm, aquela

    distn-cia pode ser reduzida para 400 mm

    Em altura:

    Devem ser colocadas a uma altura do solo compreendida entre 350

    mm e 1500mm;

    Se a forma da carroceria no permitir respeitar a altura mxima de

    1500 mm, aquele valor ser elevado para 2100 mm;

    No caso das luzes laterais, a altura ao solo deve estar compreendida

    entre 500 mm e 1500 mm;

    Se a forma do veculo no permitir respeitar a altura mxima de

    1500 mm, aquele valor deve ser elevado para 2300 mm;

    e) A luz emitida deve ser intermitente;

    f) A ligao das luzes indicadoras de mudana de direco ser indepen-

    dente de qualquer outra luz. Todas as luzes indicadoras de mudana de

    direco situadas no mesmo lado do veculo sero ligadas e desligadas

    pelo mesmo comando e devem apresentar uma intermitncia

    sncrona;

  • Sistemas de Aviso Acsticos e Luminosos 2.3

    Indicadores de mudana de direco - Piscas

    g) Deve existir um avisador de accionamento ptico ou acstico;

    ISSO 2575 n 4.3

    Cor da luz do avisador: verde

    O smbolo pode ser representado a cheio

    Fig. 2.2 Avisadores das luzes indicadoras de mudana de direco

    Se os avisadores das luzes indicadoras de direco esquerda e direita forem

    separados, as duas setas tambm podero ser utilizadas separadamente. Nesse caso,

    podero ser utilizadas em simultneo como avisador do sinal de perigo, juntamente com

    o avisador respectivo.

    h) Nos veculos automveis adaptados para atrelar um reboque,

    o coman-do das luzes indicadoras de mudana de direco do

    veculo tractor deve poder igualmente accionar as luzes indicadoras

    de mudana de direco do reboque;

    i) Em veculos antigos (histricos), os indicadores de mudana de

    direc-o podero ser constitudos por dois braos mveis com o

    comprimen-to mnimo de 15 cm, dotados de luz contnua de cor

    laranja, colocados um de cada lado do veculo;

    j) Nos motociclos que possuam luzes de mudana de direco,

    estas de-vero respeitar as disposies anteriores, com excepo

    do que se re-fere ao posicionamento em largura.

  • Sistemas de Aviso Acsticos e Luminosos2.4

    Indicadores de mudana de direco - Piscas

    k) As luzes indicadoras de mudana de direco devem manter a

    sua cor original, no podendo ser cobertas ou a sua luz filtrada por

    qualquer processo. A utilizao de pelculas ou tintas que alterem

    a cor destas luzes no permitida.

    2.2 - COMUTADOR DE PISCAS

    O comutador das luzes indicadoras de mudana de direco localiza-se necessariamente

    perto do volante de direco, de modo a que o condutor o possa accionar sem libertar

    o volante. Na figura 2.3 pode ver-se este comutador montado na coluna de direco, ao

    lado do comando das luzes.

    Fig. 2.3 Comutador de piscas

    A alavanca de comando pode ocupar duas posies para alm da de repouso, quando

    accionada pelo condutor. O retorno sua posio de retorno feito de forma automtica,

    atravs de um dispositivo accionado pelo eixo da direco, que movido pelo volante.

    Quando este volta sua posio normal, o eixo desloca consigo o dispositivo que faz

    com que a alavanca de comando do comutador volte posio de repouso.

  • Sistemas de Aviso Acsticos e Luminosos 2.5

    Indicadores de mudana de direco - Piscas

    Nalguns casos o comutador de comando das luzes de presena, faris de mdios

    e mximos est montado na mesma alavanca que comanda as luzes indicadoras de

    mudana de direco. Na figura 2.6 pode ver-se uma alavanca de comando dos piscas,

    na extremidade da qual existe um comutador rotativo atravs do qual se pode comandar

    as luzes de presena e os faris. A mesma alavanca permite ainda a comutao entre

    mdios e mximos puxando ou empurrando a alavanca na direco do condutor.

    Fig. 2.4 Comutador de piscas / mnimos / mdios / mximos

    2.3. AUTOMTICO DE PISCAS

    Quando se acciona o comutador de piscas, as lmpadas de um dos lados do veculo

    acendem de forma intermitente. Isto conseguido atravs de um circuito a que se chama

    automtico de piscas, que capaz de produzir um sinal intermitente com uma frequncia da ordem dos 90 ciclos por minuto. Os automticos mais antigos funcionam atravs de um ruptor automtico de funcionamento electromagntico e trmico, que activado quando

    se acciona o comutador de comando. Actualmente utilizam-se automticos electrnicos.

  • Sistemas de Aviso Acsticos e Luminosos2.6

    Indicadores de mudana de direco - Piscas

    2.3.1 AUTOMTICO DE PISCAS ELECTROMAGNTICO E TRMICO

    Na figura 2.5 representa-se o esquema de um circuito de piscas, em que o comutador

    A pode ocupar as trs posies habituais: uma de repouso e duas de funcionamento (esquerda e direita).

    Se o comutador de comando estiver numa das posies assinaladas a tracejado, por ele passar corrente que alimentar todas as lmpadas de um dos lados (esquerdo ou

    direito, conforme a posio do comutador).

    O comutador recebe a corrente atravs do automtico de piscas que, como mostra a

    figura, tem trs terminais, dos quais o que est assinalado com o sinal + o que recebe

    corrente directa da chave de ignio. A sada para o comutador feita por L e atravs de P alimentada a lmpada sinalizadora existente no painel de instrumentos.

    Fig. 2.5 Automtico de piscas electromagntico e trmico

    Quando o comutador deslocado para uma posio de funcionamento, a corrente de alimentao passa para a armadura B e contactos C e D. Como estes esto abertos, de D passa uma corrente atravs de E e da resistncia F para o contacto G, e deste para a bobine H, chegando ao comutador atravs de L. Daqui alimentar as luzes indicadoras

    esquerdas ou direitas.

  • Sistemas de Aviso Acsticos e Luminosos 2.7

    Indicadores de mudana de direco - Piscas

    A queda de tenso provocada pela resistncia F tal que a corrente que chega s

    lmpadas to pequena, que as mesmas no chegam a acender.

    A corrente ao passar pela resistncia F faz com que aquea por efeito de Joule, provocando

    a dilatao do fio E, e o consequente fecho dos contactos D e G. Neste caso, a corrente

    que chega a D passa directamente para o contacto G e daqui para a bobine H, terminal

    L, comutador e lmpadas.

    A tenso que chega agora s lmpadas no sofreu nenhuma queda significativa, pelo que

    as mesmas vo acender. A corrente que passa pela bobine H cria um campo magntico

    suficiente para atrair o contacto C que toca em K. Nesta altura a lmpada sinalizadora,

    ligada a P, acende.

    Ao fim de algum tempo sem corrente, a resistncia F e o fio E arrefecem e os contactos

    G e D separam-se outra vez. A corrente volta ento a passar por E e F e o ciclo anterior

    repete-se. O movimento dos contactos G e D interrompe periodicamente a corrente que

    chega ao comutador, fazendo com que as lmpadas acendam intermitentemente.

    A frequncia com que as lmpadas acendem e apagam poder ser alterada atravs do

    fio E. Se este estiver muito esticado ser necessrio mais tempo para que a corrente

    que passa por ele faa com que os contactos se fechem. Esta frequncia ajustada pelo

    fabricante.

    Para garantir uma boa visibilidade das luzes indicadoras de mudana de direco em

    qualquer situao, utilizam-se lmpadas de 15 a 20 W de potncia.

    2.3.2. AUTOMTICO DE PISCAS ELECTRNICO

    Actualmente os automticos de piscas so electrnicos, utilizando circuitos integrados

    do tipo multivibrador (NE 555 e outros). Este tipo de circuito bastante eficaz, ainda que,

    devido ao facto da corrente a comandar pelos transstores de sada ser elevada, seja necessrio recorrer a rels.

    Na figura 2.6 representa-se esquematicamente um circuito multivibrador utilizado num

    automtico de piscas. Quando o comutador A se encontra na posio de repouso, T1 no conduz e, como consequncia, T2 tambm no. Quando o comutador se encontra numa

  • Sistemas de Aviso Acsticos e Luminosos

    Indicadores de mudana de direco - Piscas

    2.8

    das posies de funcionamento, a base de T1 ligada massa atravs de R1, comutador A e lmpadas de um dos lados do veculo. Nesta situao o T1 conduz e a sua tenso

    de sada aplicada base de T2, colocando-o tambm em conduo. Nesta situao a bobine do rel B ser alimentada atravs do transstor T2, fazendo com que o contacto D feche, atravs do qual passa corrente at ao terminal C, e deste para as lmpadas,

    fazendo com que as mesmas acendam.

    Entretanto, com T1 em conduo, o condensador C1 vai carregando. Ao fim de alguns instantes o condensador fica carregado aplicando uma tenso positiva base de T1, fazendo com que o T1 passe do estado de conduo ao corte. O transstor T2 continuar em conduo at que o condensador C2 se descarregue (havia carregado durante o tempo de conduo de T1). Quando terminar a descarga, T2 muda de estado, passando de conduo ao corte, interrompendo a corrente no rel B e fazendo com que as lmpadas

    apaguem (o contacto D abre). Nesta altura os transstores T1 e T2 esto ao corte.

    Fig. 2.6 Automtico de piscas electrnico

  • Sistemas de Aviso Acsticos e Luminosos

    Indicadores de mudana de direco - Piscas

    2.9

    Estando T1 e T2 ao corte, o condensador C1 descarrega. Terminando a sua descarga a base de T1 novamente colocada massa, recomeando um novo ciclo. Por outro lado, com o comutador A em qualquer das posies de funcionamento, o transstor T4 conduz, tendo a base polarizada atravs de R2 e o emissor ligado massa atravs do

    comutador A e das lmpadas. Neste caso tambm o transstor T3 conduz, j que a sua

    base ligada massa atravs do circuito colector-emissor de T4, fazendo com que a

    lmpada sinalizadora L acenda.

    A lmpada mantm-se acesa enquanto o contacto D do rel estiver aberto, j que

    quando ele fechar, haver uma tenso positiva no ponto H, que impede a conduo de

    T4, passando ao estado de corte, levando por sua vez o transstor T3 tambm ao corte e, consequentemente, faz com que a lmpada sinalizadora apague. A lmpada s acende

    quando o transstor T3 estiver em conduo.

    Com este circuito electrnico obtm-se, portanto, um funcionamento intermitente das lmpadas indicadoras de mudana de direco, bem como do sinalizador L instalado no

    painel de instrumentos.

    Quando funde uma lmpada a resistncia do circuito aumenta, pelo que o divisor de

    tenso formado pela resistncia R3 e pelas prprias lmpadas, faz com que aumente a tenso positiva aplicada ao colector do transstor T4 e ele deixe de conduzir. Como consequncia tambm o transstor T3 deixa de conduzir e a lmpada sinalizadora L

    permanece constantemente apagada, avisando assim o condutor de que existe uma

    avaria.

    A figura 2.6 representa o esquema de um automtico de piscas em que a funo do

    multivibrador desempenhada por um circuito integrado. Os elementos que compem

    este circuito so: um circuito integrado do tipo NE 555, um dodo zner do tipo BZY 88

    C5V1, um transstor SC 108, um rel, seis resistncias e um condensador electroltico de 32 F e 10 V.

    O transstor T1 funciona como transstor de potncia que alimenta o rel. O circuito

    integrado actua como um oscilador, que tem uma frequncia de 1,3 Hz definida pelas

    resistncias R3 e R4 e pelo condensador.

    A resistncia R7 e o dodo zner tm a funo de estabilizar a alimentao do circuito. A

    tenso de trabalho aproximadamente 5V.

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    Indicadores de mudana de direco - Piscas

    2.10

    2.4 - LUZES AVISADORAS DE PERIGO / EMERGNCIA

    2.4.1 CARACTERSTICAS; LEGISLAO

    Os sinais luminosos destinados a assinalar a mudana de direco podero ser utilizados

    em simultneo como luzes avisadoras de perigo ou emergncia, devendo apresentar as

    seguintes caractersticas:

    a) O nmero, cor da luz emitida, posicionamento e orientao devem obe-

    decer ao especificado para as luzes indicadoras de mudana de direc-

    o;

    b) Devem emitir uma luz intermitente com uma frequncia de aproximada-

    mente 90 ciclos por minuto;

    c) O accionamento destas luzes deve ser obtido atravs de um comando

    distinto que permita a intermitncia sncrona de todas as luzes indicado-

    ras de mudana de direco;

    d) O avisador de accionamento obrigatrio e de cor vermelha e intermi-tente, podendo funcionar em grupo com os avisadores das luzes indica-

    doras de mudana de direco;

    ISSO 2575 n 4.4

    Cor da luz do avisador: vermelho

    O smbolo pode ser representado a cheio

    Fig.2.7 Avisador de accionamento das luzes avisadoras de perigo

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    Indicadores de mudana de direco - Piscas

    2.11

    e) Quando o veculo automvel estiver equipado para atrelar um reboque,

    o comando das luzes avisadoras de perigo deve igualmente accionar

    as luzes avisadoras de perigo do reboque;

    f) As luzes avisadoras de perigo devem poder funcionar mesmo se o

    dispositivo que comanda a marcha ou a paragem do motor (interruptor

    de ignio) se encontrar numa posio tal que a marcha do motor seja

    impossvel.

    2.4.2. FUNCIONAMENTO

    Para esta funo utilizado o mesmo automtico das luzes indicadoras de mudana de

    direco, utilizando-se um circuito como o representado na figura 2.8. Quando o interruptor

    de comando est desligado circuito funciona normalmente, tal como descrito no ponto anterior; quando est na posio de ligado faz com que as lmpadas de ambos os lados

    do veculo sejam alimentadas.

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    Indicadores de mudana de direco - Piscas

    2.12

    Fig.2.8 Esquema elctrico das luzes avisadoras de pe- rigo / emergncia

    2.5. ESQUEMAS ELCTRICOS

    Nas figuras seguintes so

    apresentados alguns esque-

    mas elctricos de diferentes circuitos de luzes indicadoras

    de mudana de direco.

    Fig. 2.9 Circuito de piscas com lmpada sinali- zadora dessincronizada

  • Sistemas de Aviso Acsticos e Luminosos

    Indicadores de mudana de direco - Piscas

    2.13

    Fig. 2.10 Circuito de piscas com lmpada sinalizadora sincronizada

    No exemplo da figura 2.9 a lmpada sinalizadora H1 alimentada a partir do automtico

    de piscas K1. Quando o comutador S2 est na posio L ou R (esquerda ou direita) a

    lmpada H1 acende nos perodos em que as lmpadas E1 e E2 (luzes sinalizadoras do

    lado esquerdo) ou E3 e E4 (luzes sinalizadoras do lado direito) apagam sinalizador

    dessincronizado. Se o comutador S2 estiver na posio O todas as lmpadas permanecem

    apagadas.

    No exemplo da figura 2.10 a lmpada sinalizadora est ligada aos terminais de sada

    do comutador S2. Deste modo, quando o comutador est na posio L, por exemplo,

    acendem normalmente as lmpadas E1 e E2 bem como a lmpada H1. Nesta situao

    as lmpadas E3 e E4 so percorridas pela mesma corrente que percorre H1. No entanto,

    como a potncia da lmpada H1 muito menor que a das lmpadas E3 e E4, a corrente

    no suficiente para acender estas ltimas.

  • Sistemas de Aviso Acsticos e Luminosos

    Indicadores de mudana de direco - Piscas

    2.14

    Fig.2.11 Circuito sinalizador de piscas com duas lmpadas piloto sincronizadas

    O circuito da figura 2.11 possui duas lmpadas sinalizadoras, ligadas em paralelo com as

    lmpadas esquerdas e direitas, respectivamente. Desta forma, quando o comutador S2

    est na posio L acende o avisador H1, quando est na posio R acende o avisador

    H2.

    Na figura 2.15 representa-se um circuito de luzes indicadoras de mudana de direco

    com sinalizao de emergncia ou perigo. Com o comutador S3 na posio representada,

    os piscas so comandados normalmente pelo comutador S2. Quando S3 comutado, o automtico de piscas alimentado directamente a partir da bateria, e as quatro luzes

    de piscas so activadas. Simultaneamente acender o avisador de luzes de perigo H2,

    existente no painel de instrumentos (figura 2.8).

  • Sistemas de Aviso Acsticos e Luminosos

    Indicadores de mudana de direco - Piscas

    2.15

    2.6 - AVARIAS

    No quadro da figura 2.16 so apresentadas as causa para algumas avarias tpicas dos circui-

    tos de luzes avisadoras de mudana de direco.

    SINTOMAS CAUSAS TESTES AEFECTUAR

    REPARAO

    Uma das lmpadas no acende

    Condutor interrompido Verificar com lmpada de provas se chega tenso

    Reparar instalao

    Lmpada fundida Testar na bateria Substituir lmpada

    Suporte de lmpada defeituosoVerificar contacto das lmi-

    nas com lmpadaSubstituir suporte

    Ligao massa com defeito Medir com voltmetro Reparar ligao

    No acende nenhuma lmpada de um dos lados Comutador defeituoso

    Testar trocando a sada com o terminal do lado que funci-

    onaReparar instalao

    Condutor de alimentao corta-do entre comutador e lmpadas

    Verificar com lmpada de provas

    Substituir fusvel

    No acende nenhuma lmpada

    Fusvel fundido Verificar fusvel Substituir fusvel

    Comutador defeituoso Verificar se chega e sai tenso do comutador

    Substituir comutador

    Condutor de alimentao do comutador interrompido

    Verificar com lmpada de provas

    Reparar instalao

    Automtico de piscas defeituo-so

    Fazer shunt entre terminal de entrada e de sada para

    o comutador

    Substituir automtico de piscas

    Condutor de alimentao do automtico de piscas avariado

    Verificar se chega tenso central

    Reparar instalao

    As lmpadas acendem, mas no piscam

    Automtico de piscas avariado Verificar com uma central nova

    Substitui central

    O perodo de intermitn-cia muito longo ou mui-

    to curto

    Lmpadas com potncia dife-rente da indicada (maior ou me-

    nor)

    Verificar a potncia das lm-padas

    Substituir lmpadas

    Quedas de tenso devido a ligaes defeituosas

    Verificar quedas de tenso com voltmetro

    Reparar instalao

    Automtico de piscas avariado Verificar com umas central nova

    Substitui central

    Luz sinalizadora de pis-cas no funciona

    Lmpada sinalizadora fundida Verificar com bateria Substituir lmpada

    Automtico de piscas avariado Verificar com uma central nova

    Substitui central

    Figura 2.16 Tabela sinptica de avarias

  • Sistemas de Aviso Acsticos e Luminosos

    Luzes de Travagem

    3.1

    3. LUZES DE TRAVAGEM

    3.1. LEGISLAO

    Os veculos automveis ligeiros e pesados e seus reboques devem possuir retaguarda

    luzes de travagem, que acendem quando o condutor acciona o pedal do travo,

    informando desta forma os restantes condutores que ir reduzir a velocidade do veculo

    ou mesmo parar. Estas luzes sinalizadoras devem, obrigatoriamente, possuir as seguintes

    caractersticas:

    a) Nmero:

    Automveis ligeiros e pesados duas luzes;

    Motociclos uma luz;

    Reboques duas luzes.

    Os reboques ficam dispensados das luzes de travagem, sempre

    que forem claramente visveis as do veculo a que vo atrelados;

    b) Cor da luz emitida vermelha ou laranja.

    c) Deve ser respeitado o seguinte posicionamento;

    Em largura (com excepo dos motociclos ou quando exista luz

    de travagem suplementar):

    Devem estar situadas a uma distncia mnima do plano longitudinal

    de simetria do veculo de 300 mm;

    Quando a largura total do veculo for inferior a 1300 mm, aquela

    distncia pode ser reduzida para 200 mm;

  • Sistemas de Aviso Acsticos e Luminosos3.2

    Luzes de Travagem

    Em comprimento:

    Devem estar colocadas na retaguarda do veculo;

    Em altura:

    Devem estar colocadas a uma altura ao solo compreendida entre 350 mm e 1500 mm;

    Se a forma do veculo no permitir respeitar a altura mxima de 1500 mm, aquele valor ser elevado para 2100 mm;

    Devem estar orientadas para a retaguarda, acendendo sempre que

    seja utilizado o travo de servio dos veculos automveis ou moto-

    ciclos e, quando de cor vermelha, a sua intensidade deve ser superi-

    or luz vermelha de presena, se com esta estiver agrupada ou in-

    corporada.

    Fig. 3.1 - Luzes de travagem num automvel ligeiro

    Fig. 3.2 - Luzes de travagem num tractor

  • Sistemas de Aviso Acsticos e Luminosos 3.3

    Luzes de Travagem

    Para que estas luzes sejam facilmente identificadas e visveis ao acenderem, mesmo

    quando esto acesas as luzes de presena existentes na traseira do veculo, utilizam-

    se lmpadas de 18 W a 25 W. Estas lmpadas devem, portanto, emitir uma intensidade

    luminosa muito superior das lmpadas de presena, de forma a no serem confundidas

    e a serem visveis a longas distncias, mesmo quando sobre elas incida luz solar.

    Para garantir esta condio, na maioria dos veculos automveis ligeiros actuais existe uma terceira luz de travagem, instalada a meio das duas luzes obrigatrias e num plano

    mais elevado, como se pode ver na figura 3.3. Esta terceira luz acende sempre que

    acendem as outras duas. De salientar que a nica luz indicadora existente na traseira

    que poder ser instalada isoladamente e a meio da largura do veculo.

    Fig. 3.3 Terceira luz de travagem

    Quando a luz de presena e luz

    de travagem esto incorporadas no mesmo dispositivo, utilizam-

    se lmpadas de duplo filamento

    (bifilares), com potncias dife-

    rentes nos dois filamentos (por

    exemplo 5 W para presena e 21

    W para travagem).

    Fig. 3.4 lmpada bifilar

    Luzes dos traves/luzes traseiras Luz elevada dos traves

    Luz traseira de nevoeiro

    Luz da chapa de matrculaLuz traseira do pisca de direco

    Luz de marcha-atrs

  • Sistemas de Aviso Acsticos e Luminosos

    Luzes de Travagem

    3.4

    3.2 MODOS DE ACCIONAMENTO DAS LUZES DE TRAVAGEM

    O accionamento das luzes de travagem realizado atravs de um interruptor especial,

    comandado pela presso (pressostato) existente no circuito hidrulico ou pneumtico dos traves. A figura 3.5 representa um destes interruptores, no qual o casquilho A fixado

    por roscagem bomba dos traves. No seu interior existem os contactos B e C, que na

    posio de repouso se encontram separados por aco de uma mola no representada na figura. Existe ainda uma membrana que separa o leo dos contactos elctricos. O terminal

    E recebe corrente atravs de um fusvel, e o terminal F liga s luzes de travagem.

    Quando se pressiona o pedal do tra-vo, cria-se uma presso no circuito hidrulico que faz com que os contac-

    tos B e C se fechem. Nesse momento acendem-se as luzes de travagem.

    Ao libertar o pedal do travo diminui a presso e os contactos B e C voltam a separar-se, interrompendo o circuito elctrico.

    Na figura 3.6 so apresentados alguns interruptores deste tipo. Os interruptores 1, 2 e 3

    destinam-se a sistemas pneumticos (veculos pesados) e os restantes so utilizados em

    sistemas de travagem hidrulicos, mais comuns em veculos automveis ligeiros.

    Fig. 3.6 Interruptores de travagem

    Fig. 3.5 Interruptor de presso

    1,2,3 Comando pneumtico 4, 5, 6 comando hidrulico

    1

    4

    2

    5

    3

    6

  • Sistemas de Aviso Acsticos e Luminosos

    Luzes de Travagem

    3.5

    Nalguns casos utiliza-se um interruptor completamente mecnico, do tipo fim de curso,

    como o que se representa na figura 3.7.

    Neste caso, quando o pedal do

    travo no est accionado, o veio V mantm-se pressionado pelo prprio pedal, e os contac-tos A e B esto separados. Ao pressionar o pedal do travo, o veio do interruptor libertado e os contactos fecham-se por ac-o da mola M. Nesta situao o circuito elctrico fechado e as lmpadas acendem.

    A figura 3.8 representa a localizao deste interruptor junto do pedal do travo, fixado a B

    de modo a que o seu veio mvel se apoie sobre o prprio pedal. Desta forma, ao pisar o

    pedal do travo o veio do interruptor libertado e o circuito elctrico fechado.

    Um dos condutores A traz corrente atravs de um fusvel e o outro leva para as lmpadas,

    quando o pedal accionado e o circuito fechado.

    Fig. 3.8 Localizao do interruptor mecnico de comando das lu-

    zes de travagem

    Fig. 3.7 Interruptor mecnico

  • Sistemas de Aviso Acsticos e Luminosos

    Luzes de Travagem

    3.6

    3.3. SINALIZADORES

    O circuito elctrico do sistema de travagem inclui ainda um avisador no painel de instrumentos (figura 3.9) que se acende quando o comando do travo de estacionamento

    no totalmente libertado. Este sinalizador comandado por um interruptor mecnico

    (figura 3.10), montado junto alavanca do travo de estacionamento.

    Travo de estacionamentoISO 2575 n 4.32

    Cor da luz do avisador: vermelho

    Fig. 3.9 Sinalizador de accio- Fig. 3.10 Interruptor mecnico para alavanca

    namento do travo do travo de estacionamento

    Para alm do sinalizador de accionamento do travo de mo, existe normalmente outro

    sinalizador (figura 3.11) que avisa o condutor da existncia de uma avaria no sistema de

    travagem.

    Este sinalizador poder acen-

    der, conforme os casos, nas seguintes situaes: baixo nvel de leo no reservatrio da bomba de travagem, fuga de leo (baixa presso) num dos circuitos de travagem ou ainda desgaste acentuado nas pasti-lhas ou cintas de travagem.

    Avaria dos travesISO 2575 n 4.31

    Cor da luz do avisador: vermelho

    Fig. 3.11 Sinalizador de avaria no

    sistema de travagem

  • Sistemas de Aviso Acsticos e Luminosos

    Luzes de Travagem

    3.7

    Neste ltimo caso, as pastilhas ou cintas utilizadas nestes sistemas possuem um condutor

    elctrico inserido no seu interior, que entra em contacto com o disco ou tambor quando

    a pastilha atinge um determinado desgaste, fechando massa o circuito que alimenta

    o sinalizador de avaria no sistema de travagem (figura 3.13). Este tipo de pastilhas est

    representado na figura 3.12.

    Fig. 3.12 Pastilha com sensor de desgaste

    Fig.3.13 Esquema de um circuito indicador de desgaste das pasti-

    lhas de travagem. P lmpada sinalizadora

    Na maior parte dos casos o sinalizador de avaria no sistema de travagem e o sinalizador

    de accionamento do travo de mo so o mesmo. Neste caso utilizado o sinalizador da

    figura 3.11.

  • Sistemas de Aviso Acsticos e Luminosos

    Luzes de Travagem

    3.8

    3.4 ESQUEMAS ELCTRICOS

    Na figura 3.14 apresentado o esquema elctrico de um circuito de luzes de travagem.

    Neste exemplo, como vulgar, as luzes de travagem esto agrupadas com outras luzes

    da traseira do veculo.

    1 Fusvel

    2 Caixa de fusveis do habitculo

    3 Interruptor de travagem

    4 Lmpadas de travagem

    5 Conector

    6 Massa

    Fig. 3.14 Esquema elctrico de um circuito de luzes de travagem

    A figura 3.15 apresenta um esquema ligeiramente diferente, em que o interruptor de

    travagem accionado pela presso criada no circuito hidrulico, ao contrrio do anterior que accionado por aco do pedal do travo.

  • Sistemas de Aviso Acsticos e Luminosos

    Luzes de Travagem

    3.9

    Fig. 3.15 - Esquema elctrico de um circuito de luzes de tra- vagem. P interruptor de presso

    3.5 AVARIAS

    No quadro seguinte so apresentadas as causas para algumas avarias tpicas dos circuitos

    das luzes indicadoras de travagem.

    SINTOMAS CAUSAS TESTES A EFECTUAR REPARAO

    As luzes no acendem

    quando se pressiona o

    pedal do travo

    Interruptor avariado ou

    desajustado

    Verificar com lmpada de

    provas

    Substituir ou ajustar

    interruptor

    Condutor de alimentao

    interrompido

    Verificar com lmpada de

    provas ou voltmetro

    Reparar a

    instalao

    Uma das luzes no

    acende quando se pres-

    siona o pedal do travo

    Condutor de alimentao

    da lmpada interrompido

    Verificar com lmpada de

    provas

    Reparar a

    instalao

    Lmpada fundida Testar a lmpada Substituir a lmpada

    Tab. 3.1

  • Sistemas de Aviso Acsticos e Luminosos 4.1

    Luzes de Marcha-Atrs

    4. LUZES DE MARCHA-ATRS

    4.1. LEGISLAO

    Os veculos automveis ligeiros e pesados e seus reboques podem possuir retaguarda

    luzes de marcha-atrs, que acendem quando o condutor engrena esta mudana, informando

    desta forma os restantes condutores que ir realizar uma manobra deste tipo. Estas luzes

    sinalizadoras devem, obrigatoriamente, obedecer s seguintes caractersticas:

    a) Nmero:

    Em todos os casos uma ou duas luzes;

    b) Cor da luz emitida branca;

    c) Deve ser respeitado o seguinte posicionamento;

    Em largura:

    Nenhuma especificao especial;

    Em comprimento:

    Devem estar colocadas na retaguarda do veculo;

    Em altura:

    Devem estar colocadas a uma altura ao solo compre-endida entre 250 mm e 1200 mm;

    Fig. 4.1 Localizao das luzes de mar-

    cha-atrs

  • Sistemas de Aviso Acsticos e Luminosos4.2

    Luzes de Marcha-Atrs

    a) Devem ser fixas e insusceptveis de provocar encandeamento,

    apresentando um alcance no superior a 10 m;

    b) Devem estar orientadas para a retaguarda, s podendo acender se a marcha-atrs estiver engatada e se o dispositivo que co-manda a marcha ou a paragem do motor se encontrar em posi-o tal que o funcionamento do motor seja possvel. No deve acender-se ou ficar acesa se uma ou outra das condies acima

    referidas no for cumprida.

    4.2. CARACTERSTICAS E FUNCIONAMENTO

    As luzes de marcha-atrs so co-

    mandadas por um interruptor mec-

    nico, instalado na caixa de velocida-des, ou junto da alavanca, de forma a ser accionado quando se engrena a

    marcha-atrs.

    Na figura 4.2 apresentado nm in-

    terruptores utilizados para este fim.

    So interruptores do tipo normalmente aberto, que fecham o circuito elctrico quando

    a marcha-atrs engrenada, fazendo com que as luzes de sinalizao desta manobra

    acendam.

    As luzes de marcha-atrs situam-se normalmente junto das de travagem, no mesmo farol,

    e utilizam lmpadas de potncia compreendida entre 18 e 25 W (normalmente de 21 W).

    Quando existe apenas uma luz ela situa-se do lado direito. Nesses casos, no mesmo

    espao do lado esquerdo situa-se a luz de nevoeiro.

    A figura 4.3 mostra a localizao das luzes de marcha-atrs num veculo pesado e a 4.4

    num ligeiro.

    Fig. 4.2 Interruptores para luzes de marcha- atrs

  • Sistemas de Aviso Acsticos e Luminosos 4.3

    Luzes de Marcha-Atrs

    Fig. 4.3 Luzes de marcha-atrs num veculo pesado

    Fig.4.4 Luzes de marcha-trs num veculo ligeiro

    Luzes dos traves/luzes traseirasLuz elevada dos traves

    Luz traseira de nevoeiro

    Luz da chapa de matrculaLuz traseira do pisca de direco

    Luz de marcha-atrs

  • Sistemas de Aviso Acsticos e Luminosos

    Luzes de Marcha-Atrs

    4.4

    4.3 - ESQUEMAS ELCTRICOS

    Podemos ver a integrao de um circuito de luzes de marcha-atrs na instalao de um

    automvel na figura 4.5. Quando a marcha-atrs engrenada o interruptor 1 accionado,

    fazendo com que as lmpadas 5 acendam.

    1 Interruptor de marcha-atrs

    2 Caixa de fusveis do habitculo

    3 Fusvel

    4 Conector

    5 Lmpadas de marcha-atrs

    6 - Massa

    Fig. 4.5 Esquema elctrico de um circuito de luzes de marcha-atrs

  • Sistemas de Aviso Acsticos e Luminosos

    Luzes de Nevoeiro Retaguarda

    5.1

    5. LUZES DE NEVOEIRO RETAGUARDA

    5.1. CARACTERSTICAS

    Com excepo dos motociclos, tractores e reboques agrcolas, os veculos automveis

    e reboques devem possuir luzes de nevoeiro retaguarda, com as seguintes

    caractersticas:

    a) Nmero uma ou duas luzes;

    b) Cor da luz emitida vermelha;

    c) Deve ser respeitado o seguinte posicionamento;

    Em largura:

    Quando a luz de nevoeiro for nica, deve estar situada do lado es-

    querdo do plano longitudinal mdio do veculo;

    A distncia entre qualquer luz de nevoeiro retaguarda e a luz de tra-

    vagem mais prxima deve ser superior a 100 mm;

    Em comprimento:

    Deve estar colocada na retaguarda;

    Em altura:

    Devem estar colocadas a uma distncia do solo compreendida entre

    250 mm e 1000 mm;

    1 - Luz de travagem 2 - Luzes de nevoei-

    ro retaguarda (duas unidades)

    3 Luz de nevoeiro retaguarda (uma unidade)

    Fig. 5.1 Luzes de nevoeiro retaguarda (medidas em mm)

  • Sistemas de Aviso Acsticos e Luminosos5.2

    Luzes de Nevoeiro Retaguarda

    d) Devem estar orientadas para a retaguarda;

    e) S devem poder ligar-se quando as luzes de mdios, ou de mxi-

    mos ou de nevoeiro frente, ou ainda a uma combinao dessas luzes, estiverem em servio, devendo poder ligar-se ao mesmo tempo que as luzes de mximos, mdios e de nevoeiro frente;

    f) Deve existir um avisador de accionamento da luz, sob a forma de

    um indicador de cor amarelo, independente e no intermitente (figura 5.2);

    Cor da luz do avisador; amarelo

    O smbolo pode ser representado a cheio

    Fig. 5.2 Indicador das luzes de nevoeiro retaguarda

    5.2. CONSTITUIO

    As luzes de nevoeiro retaguarda possuem um circuito elctrico que depende das luzes

    de presena. Embora sejam comandadas a partir de um interruptor prprio, estas luzes

    s acendem se as luzes de mdios estiverem ligadas. Ao desligar as luzes de mdios as

    luzes de nevoeiro retaguarda tambm desligam.

    Nalguns casos a luz de nevoeiro est separada do sistema ptico traseiro. A figura 5.3

    representa um destes casos, podendo ver-se o reflector 3, que permite uma radiao

    luminosa uniforme e muito mais potente que outra luz qualquer existente na traseira do

    veculo. A carcaa 2 onde fixado o reflector e o vidro 1 que facilita a concentrao do feixe lu-

  • Sistemas de Aviso Acsticos e Luminosos 5.3

    Luzes de Nevoeiro Retaguarda

    minoso, completam o grupo, que fixado na parte traseira do veculo, do lado esquerdo.

    Fig. 5.3 Luz de nevoeiro retaguarda

    5.3. ESQUEMAS ELCTRICOS

    Na figura 5.4 podemos ver a integrao de um circuito de luzes de nevoeiro retaguarda

    na instalao de um automvel. O comutador de comando accionado atravs da manete que controla todo o sistema de luzes (1), existente junto do volante.

    Quando o comutador accionado, a corrente fecha-se massa atravs do conector A3,

    passando pelo fusvel (3). Nesta situao, alm das luzes de nevoeiro (7), tambm o

    indicador (4) instalado no painel de instrumentos acender. Repare-se que logo depois

    do fusvel a corrente deriva para o indicador (4), e para as luzes de nevoeiro (7), atravs

    do conector (6).

  • Sistemas de Aviso Acsticos e Luminosos

    Luzes de Nevoeiro Retaguarda

    5.4

    1 Manete de luzes no volante

    2 Caixa de fusveis

    3 Fusvel

    4 Luz indicadora

    5 Smbolo das luzes de nevoeiro

    6 Conector

    7 Luzes de nevoeiro retaguarda

    8 Condutor de massa

    Fig. 5.4 Esquema elctrico do circuito das luzes de nevoeiro retaguarda

  • Sistemas de Aviso Acsticos e Luminosos

    Luzes de Presena

    6.1

    6. LUZES DE PRESENA

    6.1. LEGISLAO

    Os veculos automveis e reboques devem possuir frente e retaguarda luzes de

    presena com as seguintes caractersticas:

    FRENTE

    a) As luzes de presena (tambm conhecidas por mnimos) devero apresentar uma intensidade tal que sejam visveis de noite e com tempo claro a uma distncia mnima de 150 m;

    b) Nmero:

    Automveis ligeiros e pesados duas luzes;

    Motociclos uma luz;

    Reboques de largura superior a 1600 mm ou sempre que a sua

    largura seja superior do veculo tractor duas luzes;

    c) Cor da luz emitida branca;

    d) Deve ser respeitado o seguinte posicionamento;

    Em largura (com excepo dos motociclos):

    O ponto da superfcie iluminante mais afastado do plano longitudinal mdio do veculo no se deve encontrar a mais de 400 mm das extre-midades que delimitam as dimenses mximas do veculo;

    Nos reboques, devem estar situadas a uma distncia mxima s extre-

    midades que limitam as dimenses mximas do veculo de 150 mm;

    Devem estar situadas a uma distncia mnima do plano longitudinal de

    simetria do veculo de 300 mm;

  • Sistemas de Aviso Acsticos e Luminosos6.2

    Luzes de Presena

    Esta distncia pode reduzir-se a 200 mm, quando a largura total do ve-

    culo for inferior a 1300 mm. Em comprimento: Devem estar colocadas na frente do veculo;

    Em altura:

    Devem estar colocadas a uma altura ao solo superior a 350 mm e inferi-or a 1500 mm;

    Se a forma do veculo no permitir respeitar a altura mxima de 1500 mm, aquele valor ser elevado para 2100 mm;

    e) Devem estar orientadas para a frente;

    f) Deve existir avisador de accionamento, no intermitente, que poder no

    entanto ser dispensado se estas luzes acenderem simultaneamente com as do painel de instrumentos.

    Fig. 6.1 Posio de montagem das luzes de presena frente

  • Sistemas de Aviso Acsticos e Luminosos 6.3

    Luzes de Presena

    RETAGUARDA

    a) Nmero:

    Automveis ligeiros e pesados duas luzes;

    Reboques duas luzes;

    Motociclos uma luz;

    b) Cor da luz emitida vermelha;

    Fig. 6.2 Posio de montagem das luzes de presena retaguarda

    c) Deve ser respeitado o seguinte posicionamento;

    Em largura (com excepo dos motociclos):

    Devem estar situadas a uma distncia mxima aos bordos que limitam

    as dimenses mximas do veculo de 400 mm;

    Devem estar situadas a uma distncia mnima do plano longitudinal de

    simetria do veculo de 300 mm;

  • Sistemas de Aviso Acsticos e Luminosos6.4

    Luzes de Presena

    Quando a largura total do veculo for inferior a 1300 mm, aquela distn-

    cia pode ser reduzida para 200 mm;

    Em comprimento:

    Devem estar colocadas na retaguarda do veculo;

    Em altura:

    Devem estar colocadas a uma altura ao solo compreendida entre 350 mm e 1500 mm;

    Se a forma do veculo no permitir respeitar a altura mxima de 1500 mm, aquele valor ser elevado para 2100 mm;

    d) Devem estar orientadas para a retaguarda;

    e) Deve existir avisador de accionamento, comum ao das luzes de

    presena frente.

    6.2. LUZES DE PRESENA FRENTE

    As luzes de presena frente podem

    ser agrupadas ou incorporadas com qualquer outra luz da frente. O es-

    quema elctrico deve garantir que

    as luzes de presena da frente e da

    retaguarda, as luzes delimitadoras,

    quando existirem, e o dispositivo de

    iluminao da chapa de matrcula da retaguarda s possam ser ligados e desligados simultaneamente. Esta condio no se aplica quando se

    utilizarem como luzes de estaciona-

    mento as luzes de presena da fren-

    te e da retaguarda. Fig. 6.3 Luzes de presena frente

    Luz dianteira de presena

    Luz dianteira do pisca de di-reco

    Faris

  • Sistemas de Aviso Acsticos e Luminosos 6.5

    Luzes de Presena

    Fig. 6.4 Luzes de presena frente num camio

    Nalguns casos as luzes de presena da frente esto embutidas no pra-choques. Noutros

    casos fazem parte do prprio farol (figura 6.5).

    A Ficha de ligao

    B Casquilho de fixao

    C Lmpada de halogneo de du-

    plo filamento

    D Encaixe da lmpada de presena

    E Luz de presena

    F Suporte da lmpada de presena

    Fig. 6.5 Luz de presena frente, incorporada no farol

    Na figura 6.6 pode ver-se um dispositivo que agrupa as luzes indicadoras de direco

    (piscas) com as luzes de presena. Embora neste caso sejam utilizadas lmpadas

    distintas, h casos em que utilizado um nico suporte de lmpada onde se instala uma

    lmpada de duplo filamento: um para a luz de presena e outro para o pisca.

  • Sistemas de Aviso Acsticos e Luminosos6.6

    Luzes de Presena

    Fig. 6.6 Luz de presena combinada com a luz indicadora de mu-

    dana de direco

    A potncia elctrica das lmpadas utilizadas situa-se entre os 4 e os 5 W. A figura 6.7

    representa vrios tipos de lmpadas utilizadas nas luzes de presena.

    Fig. 6.7 Lmpadas utilizadas nas luzes de presena

    6.3. LUZES DE PRESENA RETAGUARDA

    As luzes de presena retaguarda situ-

    am-se, normalmente, por cima do pra-choques, fixando-se directamente car-

    roceria, como mostra a figura 6.8. No

    exemplo da figura a luz de presena (4)

    est junto da luz de marcha atrs (5) e da

    luz indicadora de direco (3).

    Fig. 6.8 Luzes de presena retaguarda

  • Sistemas de Aviso Acsticos e Luminosos 6.7

    Luzes de Presena

    Fig. 6.9 Luzes de presena retaguarda num veculo pesado

    A luz de presena incorpora tambm a luz de travagem, utilizando uma lmpada de duplo

    filamento. A tampa transparente que cobre as lmpadas tem uma cor diferente para cada

    uma das luzes: branca para a luz de marcha atrs, laranja para os piscas e vermelha para

    a luz de travagem e presena. A legislao no permite que o veculo circule, em situao

    alguma, com a as luzes da retaguarda tapadas ou encobertas. Por este motivo, a fixao

    de pelculas ou filtros coloridos, com objectivos estticos, decorativos ou outros, est

    completamente proibida por lei.

    Actualmente vulgar as diver-sas lmpadas da retaguarda

    serem todas montadas sobre uma nica placa de circuito impresso, que se fixa carro-

    ceria pelo interior da bagagei-ra, de tal modo que cada lm-

    pada fica inserida num peque-

    no reflector. A figura 6.10

    mostra este tipo de disposi-o, em que a ligao da ca-

    blagem placa se faz atravs

    de uma nica ficha.

    Fig. 6.10 Luzes da retaguarda montadas sobre circuito

    impresso

  • Sistemas de Aviso Acsticos e Luminosos

    Luzes de Presena

    6.8

    A legislao obriga a que tambm a chapa de matrcula da retaguarda seja iluminada.

    Para isso utilizada uma ou duas luzes, que devem estar dispostas de modo a que

    nenhum raio luminoso seja dirigido para trs. Estas luzes acendem em simultneo com

    as luzes de presena.

    Tal como para as luzes da frente, a potncia das lmpadas utilizadas na retaguarda situa-

    se entre os 4 e os 5 W. Quando se utiliza a mesma lmpada para presena e travagem

    (figura 3.4) os pinos de fixao existentes no casquilho so assimtricos, de modo a

    garantir que a lmpada s possa ser montada numa posio. As luzes de travagem

    (captulo 3) utilizam lmpadas com potncia de 21W, pelo que no podem ser confundidas

    com as luzes de presena.

    6.4. AVISADOR ACSTICO DE LUZES ACESAS

    Para evitar que o condutor do veculo se esquea de desligar as luzes de presena quando

    desliga e abandona a viatura, podem ser utilizados diferentes sistemas.

    Nalguns casos as luzes de presena desligam sempre que se desliga o motor do veculo

    e se desliga completamente o interruptor de ignio. Noutros casos utiliza-se um sistema

    avisador que informa o condutor sempre que ele abre a porta do veculo com o motor

    desligado, atravs de um sinal acstico.

    Na figura 6.12 est representado

    o esquema de um dispositivo des-

    te tipo. O besouro Z recebe cor-rente do interruptor de iluminao I, na sada para as luzes de pre-

    sena S. O circuito fecha-se

    massa atravs do interruptor P, que o interruptor da porta do

    lado do condutor (o mesmo que

    comanda a luz do habitculo). O

    dodo D impede que a luz interior

    L acenda atravs das luzes de

    presena S.

    Fig. 6.11 Avisador acstico de luzes acesas

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    Luzes de Presena

    6.9

    6.6 ESQUEMAS ELCTRICOS

    As figuras seguintes representam alguns esquemas de luzes de presena. Na figura

    6.13 pode ver-se um circuito em que as luzes de presena so alimentadas atravs do

    interruptor de chave (ignio). Isto significa que ao ser retirada a chave da ignio as

    luzes de presena apagam.

    1 Luzes dianteiras

    2 Luzes traseiras

    3 Interruptor de chave

    4 Interruptor de comando

    5 Caixa de fusveis

    6 Lmpada sinalizadora

    7 Bateria

    8 Luz de matrcula

    Fig. 6.12 Esquema elctrico das luzes de presena

    Na figura 6.14 apresentado um esquema em que a alimentao feita a partir da

    bateria. Deste modo, mesmo sem a chave na ignio, as luzes de presena podem estar

    ligadas.

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    Luzes de Presena

    6.10

    S1 Interruptor de comando

    F1, F2 Fusveis

    E1, E2 Luzes dianteiras

    E3, E4 Luzes traseiras

    E5 Luz de matrcula

    Fig. 6.14 Esquema elctrico das luzes de presena

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    Luzes Rotativas e Intermitentes

    7.1

    7. LUZES ROTATIVAS E INTERMITENTES

    7.1. LEGISLAO APLICAO, CARACTERSTICAS

    Os tractores agrcolas, as mquinas agrcolas e industriais automotrizes, gruas auto

    portantes, veculos para transportes especiais de grandes dimenses, etc., devem possuir, na sua parte superior, uma luz com as seguintes caractersticas:

    a) Nmero uma luz;

    b) Cor da luz emitida amarela;

    c) Deve ser respeitado o seguinte posicionamento;

    Em largura:

    Deve estar colocada no plano longitudinal mdio do veculo. Caso tal colocao seja impossvel, dever ser colocada no lado esquerdo do

    veculo;

    Em comprimento:

    Deve estar colocada sobre a estrutura de segurana, se existir, ou, em caso contrrio, colocada atrs da posio do condutor;

    Em altura:

    Deve estar colocada sobre a estrutura de segurana. Caso esta no exista, ser colocada na extremidade de um suporte vertical, a uma altura mnima de 1000 mm, medida a partir da parte superior do guar-da lamas da retaguarda ou, quando este no exista, do ponto mais

    elevado da estrutura do veculo;

    d) A luz ser do tipo rotativo ou intermitente, e dever ser visvel distncia de, pelo menos, 100 m;

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    Luzes Rotativas e Intermitentes

    7.2

    e) Ficam dispensados da instalao da luz referida os veculos que, por construo, no possuam qualquer sistema elctrico que permita alimentar esta luz.

    Os veculos prioritrios ou de emergncia, como veculos da polcia ou ambulncias, devem

    possuir luzes do tipo rotativo ou intermitente de cor azul. As restantes caractersticas

    sero idnticas s anteriormente descritas.

    Podemos dizer que as luzes amarelas sinalizam situaes de perigo e as azuis sinalizam

    situaes de urgncia.

    7.2. CONSTITUIO; FUNCIONAMENTO

    Estes dispositivos devem cumprir elevados padres de exigncia, no que respeita ao

    efeito sinalizador e de visibilidade, facilidade de manuseamento e montagem, bem como

    na ausncia de interferncias nos telemveis ou radiotelefones.

    Fig. 7.1 Luzes rotativas com lmpadas de halogneo

    No caso das luzes rotativas, o efeito sinalizador conseguido custa de um espelho

    revestido de alumnio, de alta qualidade, que origina um foco de luz intenso (figura 7.1). A

    luz muito brilhante, que produzida por uma lmpada de halogneo de 55 W (ou mais), e

    o contraste bastante pronunciado (passagem rpida de luz para a falta dela), asseguram

    uma visibilidade muito boa e um efeito sinalizador mximo.

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    Luzes Rotativas e Intermitentes

    7.3

    No caso dos sinalizadores intermitentes no existem partes mveis (figura 7.2). Isto significa

    que no tm dificuldade em arrancar em condies extremas de temperatura, nem so

    sensveis sujidade. Por outro lado, o circuito electrnico deve ser resistente s vibraes

    e corroso. O calor gerado pelo circuito pode ser dissipado custa de um suporte

    metlico dissipador. A intensidade luminosa deve ser constante, independentemente da temperatura ambiente ou do tempo de utilizao.

    O sistema ptico de lentes garante um eficaz distribuio da luz num raio de 360, mesmo

    quando o veculo se encontra num plano inclinado.

    Fig. 7.2 Sinalizador intermitente

    7.3. SIRENES

    Os veculos de emergncia utilizados pela polcia, bombeiros ou hospitais, para alm

    dos sinalizadores rotativos ou intermitentes, devem possuir um sinalizador acstico que

    emita um sinal alternado entre um tom alto e baixo. A este sinalizador ou alarme acstico

    chamamos sirene.

    As sirenes de dois sons so alimentadas com um sinal constitudo por uma sequncia de

    impulsos temporizados. Este sinal gerado por um dispositivo electrnico, que controla a

    frequncia e a intensidade dos impulsos, e enviado alternadamente para duas buzinas de

    elevada potncia e diferentes tonalidades.

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    Luzes Rotativas e Intermitentes

    7.4

    1 Buzinas;

    2 Sinalizador rotativo;

    3 Lmpada avisadora;

    4 Multivibrador astvel

    5 Multivibrador Monostvel;

    6 Circuito de controlo

    Fig. 7.3 Dispositivo de controlo de frequncia sonora

    Fig. 7.4 Sequncia de impulsos gerada pelo dispositivo de contro-

    lo de frequncia

    A frequncia da sequncia sonora determinada por um multivibrador astvel, como se

    pode ver no esquema apresentado na figura 7.3. O tempo de um tom (T1) cerca de 0,75

    s. O tempo de uma sequncia completa de 4 tons (T2) determinado por um multivibrador

    monostvel. Este multivibrador disparado pelo interruptor da sirene. Como resultado, o multivibrador monostvel mantm o multivibrador astvel ligado por um perodo de cerca de 4 x 0,75 s = 3 s. Os impulsos de corrente so enviados para as buzinas atravs de

    rels, j que os multivibradores no fornecem corrente suficiente para as alimentar.

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    Luzes Rotativas e Intermitentes

    7.5

    Os rels so dimensionados de acordo com a corrente que as buzinas de tons diferentes

    consomem. Existe um rel de comutao para cada buzina.

    Para alm dos dois multivibradores o dispositivo possui dois andares de controlo. Estes dois andares tm uma funo semelhante utilizada nos automticos de pisca, destinam-

    se a verificar e controlar o funcionamento das luzes rotativas. A avaria numa das luzes

    rotativas sinalizada pelas luzes indicadoras (3), instaladas no painel de instrumentos.

    1 - Luzes rotativas

    2 - Buzinas de elevada potncia

    3 - Dispositivo de controlo de frequncia sonora

    4 - Interruptor de comando da sirene

    Fig. 7.5 Elementos que constituem o sistema utilizado pelos veculos prioritrios

    7.4 ESQUEMAS ELCTRICOS

    Na figura 7.6 representa-se o esquema elctrico de um sistema que inclui 2 buzinas

    (sirenes) e duas lmpada rotativas, semelhante ao descrito no ponto anterior.

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    Luzes Rotativas e Intermitentes

    7.6

    1 - Buzinas de elevada potncia; 2 - Buzina normal; 3 - Dispositivo de controlo de fre-quncia sonora; 4 - Interruptor de alarme de emergncia; 5 - Lmpada indicadora; 6 - Luzes rotativas; 7 Fusveis; 8 - Interruptor da buzina.

    Fig. 7.6 - esquema elctrico de um sistema de alarme de emergncia sirene

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    Indicadores e Avisos no Painel de Instrumentos

    8.1

    8 INDICADORES E AVISOS NO PAINEL DE INS- TRUMENTOS

    No poderamos falar de sistemas de aviso acstico e luminosos, sem falar dos indicadores que existem no painel de instrumentos de qualquer automvel. Estes indicadores consistem

    em smbolos que se iluminam com o objectivo de informar permanentemente o condutor

    do estado em que se encontram os vrios circuitos, tanto elctricos como hidrulicos e

    mesmo mecnicos que fazem parte do automvel. De acordo com a importncia e contedo

    da informao que lhe transmitida, o condutor dever agir de forma conveniente.

    Quanto mais so os mecanismos que necessrio controlar, maior quantidade de

    indicadores que se iluminam no momento em que se cria uma situao que o condutor

    deve recordar ou controlar.

    Na figura 8.1 podemos ver o painel de instrumentos de um veculo moderno, com os

    diversos indicadores que permitem controlar os respectivos circuitos.

    Estas luzes indicadoras esto incorporadas no circuito impresso que forma a base do

    painel de instrumentos e na realidade so constitudas por dodos emissores de luz (LED).

    Por cima destas luzes existe uma pequena membrana na qual est gravada um smbolo.

    Este smbolo tem um significado adaptado s normas internacionais, de forma a poder ser

    interpretado por qualquer condutor.

    Basicamente os indicadores ou avisadores podem ser de quatro cores diferentes, as quais

    definem um cdigo de valor em relao importncia de se acender um deles.

    Assim, existem os avisadores vermelhos que indicam sempre perigo,

    ou situaes perante as quais o condutor deve reagir o mais rapida-

    mente possvel para atenuar os seus efeitos: informam avarias ou anomalias que ocorrem durante o funcionamento da viatura.

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