Aula sobre Carcinoma – aspecto clínico e citológico

39
DISCIPLINA: CITOLOGIA ONCÓTICA Profa. Ms. Bruna Rocha de Souza CARCINOMA – ASPECTO CLÍNICO E CITOLÓGICO

Transcript of Aula sobre Carcinoma – aspecto clínico e citológico

Page 1: Aula sobre Carcinoma – aspecto clínico e citológico

DISCIPLINA: CITOLOGIA ONCÓTICA

Profa. Ms. Bruna Rocha de Souza

CARCINOMA – ASPECTO CLÍNICO E CITOLÓGICO

Page 3: Aula sobre Carcinoma – aspecto clínico e citológico

CRITÉRIOS DE MALIGNIDADE

Page 4: Aula sobre Carcinoma – aspecto clínico e citológico

• Atividade biológica da célula se reflete em sua morfologia

• Arquitetura do núcleo é essencial para desenvolver

processos biológicos complexos

• Alterações na sua forma denotam que algo está

acontecendo

CRITÉRIOS DE MALIGNIDADE

Page 5: Aula sobre Carcinoma – aspecto clínico e citológico

Mudanças genéticas foram observadas nos passos iniciais da

progressão maligna da cérvice uterina

CRITÉRIOS DE MALIGNIDADE

Page 6: Aula sobre Carcinoma – aspecto clínico e citológico

Alterações clássicas no diagnóstico de malignidade são

predominantemente nucleares e incluem:

• Alterações no tamanho do núcleo (relação núcleo

citoplasma)

• Alterações na membrana nuclear (angulações,

espessamento)

CRITÉRIOS DE MALIGNIDADE

Page 7: Aula sobre Carcinoma – aspecto clínico e citológico

Essas alterações podem ativar oncogenes ou inativar genes

supressores de crescimento tumoral

Proteínas virais E6 e E7 do HPV

Ligam-se a proteínas supressoras de tumor impedindo-as de

exercer suas funções

CRITÉRIOS DE MALIGNIDADE

Page 8: Aula sobre Carcinoma – aspecto clínico e citológico

Céls podem responder a agressão dando início a morte

celular programada

Proteínas P53

CRITÉRIOS DE MALIGNIDADE

Page 9: Aula sobre Carcinoma – aspecto clínico e citológico

Células que expressam proteína E6 (HPV)

Mantém índices da p53 baixos por induzir sua degradação

acelerada

Favorecendo acúmulo de mutações genômicas

Proteínas P53

CRITÉRIOS DE MALIGNIDADE

Page 10: Aula sobre Carcinoma – aspecto clínico e citológico

Desempenha papel chave na imortalização de células

cancerosas

Telômeros: presentes nas extremidades dos cromossomos

Telomerase: permite replicação do cromossomo

Ativação da Telomerase

CRITÉRIOS DE MALIGNIDADE

Page 11: Aula sobre Carcinoma – aspecto clínico e citológico

Com o passar das replicações o nível da telomerase é

reduzido

Divisão celular promove encurtamento dos telômeros

Ativação da Telomerase

CRITÉRIOS DE MALIGNIDADE

Page 12: Aula sobre Carcinoma – aspecto clínico e citológico

Encurtamento dos telômeros parece funcionar como um

“relógio” célula tem tempo normal de vida proliferativa

E6 do HPV estimula atividade da telomerase

Ativação da Telomerase

CRITÉRIOS DE MALIGNIDADE

Page 13: Aula sobre Carcinoma – aspecto clínico e citológico

CRITÉRIOS DE MALIGNIDADE

Page 14: Aula sobre Carcinoma – aspecto clínico e citológico

Núcleo é delimitado pelo envelope nuclear poro nuclear

realiza transporte de moléculas

Prováveis causas de alteração celular (nível molecular)

Alterações nucleares

CRITÉRIOS DE MALIGNIDADE

Page 15: Aula sobre Carcinoma – aspecto clínico e citológico

Núcleo é delimitado pelo envelope nuclear poro nuclear

realiza transporte de moléculas

Prováveis causas de alteração celular (nível molecular)

Alterações nucleares

• Alterações nos poros nucleares

• Remodelamento da cromatina

• Aneuploidia do DNA

• Mudanças nas proteínas da matriz

celular

CRITÉRIOS DE MALIGNIDADE

Page 16: Aula sobre Carcinoma – aspecto clínico e citológico

Pleomorfismo nuclear: variações na forma e tamanho dos

núcleo

CRITÉRIOS DE MALIGNIDADE

Page 17: Aula sobre Carcinoma – aspecto clínico e citológico

Pleomorfismo nuclear

CRITÉRIOS DE MALIGNIDADE

Page 18: Aula sobre Carcinoma – aspecto clínico e citológico

Hipercromasia

No câncer a coloração da cromatina é mais escura

• Indica de proteínas associadas ao DNA (maior DNA)

• Pode sugerir diagnóstico de malignidade (importante

associá-lo a outros fatores

CRITÉRIOS DE MALIGNIDADE

Page 19: Aula sobre Carcinoma – aspecto clínico e citológico

Hipercromasia

CRITÉRIOS DE MALIGNIDADE

Page 20: Aula sobre Carcinoma – aspecto clínico e citológico

Relação núcleo citoplasma

CRITÉRIOS DE MALIGNIDADE

Relacionado ao aumento do conteúdo do DNA

Page 21: Aula sobre Carcinoma – aspecto clínico e citológico

Alterações Nucleolares

CRITÉRIOS DE MALIGNIDADE

Nucléolo organela do núcleo relacionada com

processamento de RNA

Nucléolos aumentados podem estar relacionados com alta de

produção proteica

Céls cancerosas apresentam do tamanho dos nucléolos

Page 22: Aula sobre Carcinoma – aspecto clínico e citológico

Alterações Nucleolares

CRITÉRIOS DE MALIGNIDADE

Diferenciação pode ser feita observando:

• Alterações na forma

• Presença de espículas pontiagudas

• Tamanho e irregularidade dos nucléolos

• Variação no número

Page 23: Aula sobre Carcinoma – aspecto clínico e citológico

Multinucleação

CRITÉRIOS DE MALIGNIDADE

• Cromatina grosseira

• Nucléolos em número e forma alterados

• Hipercromasia

Page 24: Aula sobre Carcinoma – aspecto clínico e citológico

Pleomorfismo Celular

CRITÉRIOS DE MALIGNIDADE

Achado de múltiplas formas celulares (aberrantes)

• céls alongadas e caudadas

• agrupamentos celulares (pérolas)

Para que seja considerada malignidade deve ser associada a

evidencias de malignidade no núcleo

Page 25: Aula sobre Carcinoma – aspecto clínico e citológico

Grupamentos Celulares

CRITÉRIOS DE MALIGNIDADE

É possível observar intensa variação no tamanho dos núcleos

e das células nos agrupamentos celulares de processos

malignos, além de:

• Hipercromasia

• Irregularidade na membrana nuclear

Page 26: Aula sobre Carcinoma – aspecto clínico e citológico

Vacúolos Citoplasmáticos

CRITÉRIOS DE MALIGNIDADE

Presença de vacúolos citoplasmáticos anormais é sugestivo

de malignidade

Vacúolos de tamanhos variados empurram o núcleo para a

periferia do citoplasma

Anel de sinete (também observadas em condições benignas)

Page 27: Aula sobre Carcinoma – aspecto clínico e citológico

Critérios Indiretos

CRITÉRIOS DE MALIGNIDADE

Existem outros sinais que podem estar relacionados com

malignidade como:

• Hemácias e leucócitos aparecem em esfregaços citológicos

• Em lesões pré-cancerosas não são observados com

frequência

Page 28: Aula sobre Carcinoma – aspecto clínico e citológico

CARCINOMA ESCAMOSOS

E ATIPIAS

Page 29: Aula sobre Carcinoma – aspecto clínico e citológico

CARCINOMA ESCAMOSOS E ATIPIAS

Antes de se desenvolver câncer apresenta mudanças na

cérvice uterina principalmente na Zona de Transformação

90% das neoplasias do trato genital se iniciam neste local

Page 30: Aula sobre Carcinoma – aspecto clínico e citológico

CARCINOMA ESCAMOSOS E ATIPIAS

HPV 16, 18 e 45: observados em alta fração de tumores

invasivos

HPV 6 e 11: tipos de baixo risco e responsáveis por 90% das

verrugas genitais

Page 31: Aula sobre Carcinoma – aspecto clínico e citológico

CARCINOMA ESCAMOSOS E ATIPIAS

Lesões pré-cancerosas acometem mulheres com idade entre

25 a 35 anos

Pico de risco para carcinoma invasivo acomete mulheres

com idade entre 35 a 55 anos

Tempo entre infecção e evidência de

lesões pré-cancerosas Média de 5 anos

Page 32: Aula sobre Carcinoma – aspecto clínico e citológico

CARCINOMA ESCAMOSOS E ATIPIAS

Definido como neoplasia epitelial maligna do colo uterino

com capacidade de romper a lâmina basal de metástase

• Mais frequente do colo do útero

• Segundo tipo de câncer mais comuns entre as mulheres

Carcinomas

Page 33: Aula sobre Carcinoma – aspecto clínico e citológico

CARCINOMA ESCAMOSOS E ATIPIAS

São tumores malignos compostos de

Carcinomas

Page 34: Aula sobre Carcinoma – aspecto clínico e citológico

CARCINOMA ESCAMOSOS E ATIPIAS

Transformação de neoplasia não invasiva em carcinoma

invasivo de cérvice uterina

Degradação da lâmina basal tumor penetra nos microvasos

Carcinomas

Page 35: Aula sobre Carcinoma – aspecto clínico e citológico

CARCINOMA ESCAMOSOS E ATIPIAS

Carcinomas

Page 36: Aula sobre Carcinoma – aspecto clínico e citológico

CARCINOMA ESCAMOSOS E ATIPIAS

1. Carcinoma queratinizante

2. Carcinoma não queratinizante

3. Carcinoma de pequenas células

Carcinomas

Page 37: Aula sobre Carcinoma – aspecto clínico e citológico

CARCINOMA ESCAMOSOS E ATIPIAS

Esfregaço apresenta:

• Muitas células neoplásicas pleomórficas

• Com núcleo grande ou picnótico

• Irregulares

• Citoplasma queratinizado bem-definid

Carcinoma Queratinizante

Page 38: Aula sobre Carcinoma – aspecto clínico e citológico

CARCINOMA ESCAMOSOS E ATIPIAS

Esfregaço apresenta

• Céls isoladas ou em agregados

• Pleomorfismo menos evidente

• Núcleo grande, irregular e hipercromático

• Marcante distribuição irregular de cromatina

Carcinoma não Queratinizante

Page 39: Aula sobre Carcinoma – aspecto clínico e citológico

CARCINOMA ESCAMOSOS E ATIPIAS

Esfregaço apresenta

• Células são pequenas, estão dispersas ou agrupadas

• Pleomorfismo discreto

• Citoplasma escasso e mal definido

• Núcleo redondo ou ovóide com nucléolo não perceptível

Carcinoma de Pequenas Células