Atletismo Juvenil

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    Instituto Politécnico de Santarém 

    Escola Superior de Desporto de Rio Maior

    Unidade Curricular: Estágio Treino Desportivo –  Atletismo

    III Seminário Atletismo Juvenil

    Orientador Profissional

    Dr. Paulo Reis

    Orientador AcadémicoDr. António Graça

    EstagiárioInês Pires

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    Índice

    Índice ...................................................................................................................................... 2 

    Introdução .............................................................................................................................. 4 

    Organização da Carreira Desportiva .................................................................................... 4 

    LONG TERM ATHLETE DEVELOPMENT (LTAD) ................................................. 5 

    O que acontece aos nossos melhores Juniores? .............................................................. 6 

    Organização da Carreira Desportiva no Atletismo ......................................................... 7 

    Etapa dos Fundamentos: ............................................................................................... 8 

    Etapa da Aprendizagem ................................................................................................ 9 

    Etapa do Desenvolvimento......................................................................................... 10 

    Reflexão/Opinião ............................................................................................................ 11 

    O Período Competitivo de um atleta juvenil talentoso ..................................................... 12 

    Como é a época de um atleta Sénior? ............................................................................ 13 

    “Declarações” de José Uva ............................................................................................. 14 

    Reflexão/Opinião ............................................................................................................ 14 

    O treino dos multisaltos nos escalões de formação e a abordagem inicial ao triplo-salto

     .............................................................................................................................................. 15 

    Diferenciação dos multisaltos ........................................................................................ 15 

    Graduação do impacto .................................................................................................... 16 

    Graduação da Tensão Músculo –  Tendinosa ................................................................. 16 

    Abordagem ao Triplo Salto ............................................................................................ 16 

    Enquadramento competitivo........................................................................................... 17 

    Deca –  salto para Benjamins B .................................................................................. 17 

    Quádruplo salto para Infantis ..................................................................................... 17 

    Quádruplo salto para Iniciados .................................................................................. 17 

    Erros frequentes dos multisaltos horizontais ................................................................. 17 

    Erros frequentes dos multisaltos verticais ..................................................................... 18 

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    Reflexão/Opinião ............................................................................................................ 18 

    Abordagem à prova de 400 m a partir dos 300 m ............................................................. 18 

    Reflexão/Opinião ............................................................................................................ 19 

    Barreiras ............................................................................................................................... 19 

    Distâncias Nacionais Femininos .................................................................................... 19 

    Distâncias Nacionais Masculinos ................................................................................... 20 

    Análise à participação competitiva nos escalões de Iniciados e Juvenis ......................... 21 

    Reflexão/Opinião ............................................................................................................ 21 

    Sessões Práticas ................................................................................................................... 22 

    O treino de barreiras nos escalões de formação ............................................................ 22 

    O treino dos multisaltos com jovens .............................................................................. 22 

    Reflexão/Opinião ............................................................................................................ 23 

    Conclusões finais................................................................................................................. 23 

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    Introdução 

     No âmbito da Unidade Curricular Estágio Treino Desportivo  –   Atletismo e

    também no âmbito da Unidade Curricular Modalidade Desportiva III  –   Atletismo,decidi estar presente no III Seminário de Atletismo Juvenil, ocorrido no Centro de Alto

    Rendimento do Jamor.

     Neste relatório vou dar mais ênfase à “Organização da Carreira Desportiva”, por

    João Abrantes, “O período competitivo de um atleta juvenil talentoso” por José Uva e

    os “Multi –  saltos” de Alcino Pereira, uma vez que foram os temas que me despertaram

    mais atenção.

    Organização da Carreira Desportiva

    Preletor: João Abrantes

    Inicialmente, o Professor João Abrantes começou por fazer a análise da situação

    atual do treino com jovens. Neste parâmetro, ele acha que:  Os atletas dos escalões jovens competem demais e treinam menos do que era

    suposto treinarem;

      O modelo competitivo dos séniores é, na maioria das vezes, utilizado nos

    escalões mais jovens, tal como os Programas de Treino;

      O treino dos escalões jovens foca-se no resultado quando se deveria focar no

     processo de treino;

     

    A idade cronológica domina todo o processo de treino em vez da idade biológica;

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      O “sub –   desenvolvimento” nas idades entre os 6 e os 16 anos nunca é

    totalmente superado, o que faz com que os atletas nunca consigam atingir o seu

     potencial genético;

     

    Os melhores treinadores treinam os atletas de Elite.

    LONG TERM ATHLETE DEVELOPMENT (LTAD)

    O que é?

    Este modelo, criado por Istvan Balyi,

     procura programar a carreira desportiva a longo

     prazo, tal como identificar as lacunas que possam

    existir no presente sistema desportivo e quais as

    melhores soluções para as ultrapassar. Para além

    disso, é um guia para que se possa planear todas as

    etapas do desenvolvimento e é projetado a partir da experiência prática do treino, bem

    como dos princípios teóricos da investigação científica. 

    Então, que princípios devemos seguir? ? ?

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    Quais os princípios chave?

    O que acontece aos nossos melhores Juniores?

    Segundo João Abrantes, as “idades em que se atingem os melhores resultados

    desportivos no atletismo correspondem entre os 25 e os 32 anos”.  

    Quem participou nos Campeonatos da Europa de Juniores em 1999, tinha, em

    2012, 31 ou 32 anos, nomeadamente:

    1.Abordagemcentrada no

    atleta;

    2. Tenta otimizaras idades

    sensíveis para odesenvolvimento;

    3. Tentadesenvolver a

    literacia física em

    todos os jovens;4. Leva 10 a 12

    anos deformação paraaque se atingao nível de elite;

    5. Reconhece " avida para lá do

    treino" e tambémo papel da

    recuperação;

    6. É um modeloflexível que

    pode atender àsnecessidades decada desporto.

    Vânia Silva Jéssica Augusto

    Inês Henriques Vera Santos

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    Quem participou nos Campeonatos do Mundo de Juniores em 2006 tinha, em2012, 24 ou 25 anos, nomeadamente:

    Organização da Carreira Desportiva no Atletismo

    Etapa Idades Escalões Objetivos

    Fundamentos Até aos

    10 anos

    Benjamins

    A

    Aquisiçãodas

    habilidadesmotoras básicas:

    correr, saltar

    e lançar. 

    Aprendizagem

    Dos 10

    aos 13

    anos

    Benjamins

    B e Infantis

    Aprender a

    treinar e

    treinar para

    aprender.

    Desenvolvimento

    Dos 14

    aos 16

    anos

    Iniciados e

    Juvenis

    Treinar paratreinar e

    desenvolveras

    capacidadescondicionaise técnicas deum grupo de

    disciplinas. 

     Nélson Évora Patrícia Mamona Arnaldo Abrantes

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    Especialização

    Dos 17

    aos 19

    anos

    Juvenis e

    Juniores

    Treinar paracompetir eespecializar

    numadisciplina. 

    Rendimento Mais de

    19 anos

    Seniores Treinar paraganhar e

    otimizar orendimento 

    Etapa dos Fundamentos:

    (Até aos 10 anos)

    Principais objetivos:

      É fundamental que as crianças retirem prazer da prática desportiva. Nesta

    etapa os treinos devem ser dinâmicos, divertidos, variados e, sempre que

     possível, com formas jogadas; 

      O objetivo principal é desenvolver a capacidade de movimento geral,

    recorrendo ao saltar, ao correr e ao lançar; 

      O treno deve proporcionar agilidade, ritmo, coordenação e velocidade. 

    Participação competitiva:

     

    As competições devem ser realizadas através de formas jogadas e com

     provas adaptadas (Kids Athetics); 

      Os momentos competitivos devem ser englobados em situações de

    convívio e de festas; 

      Devem ser utilizadas estafetas, privilegiando provas múltiplas e a

    competição por equipas; 

       Não devem ser feitas competições com eliminações; 

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      Sempre que possível devem ser atribuídos prémios a todos os

     participantes; 

      As competições devem ter regras simples, adequadas à idade dos

     participantes e deve ser introduzida a Ética Desportiva. 

    Etapa da Aprendizagem(Benjamins B e Infantis)

    Principais objetivos:

      Aprendizagem dos elementos fundamentais para a grande maioria das

    disciplinas do atletismo que envolvam a corrida e as impulsões;  

      Aprendizagem da técnica das diferentes disciplinas do atletismo, com as

    devidas adaptações para a faixa etária em questão;  

     

    Devem ser feitos exercícios com o peso do próprio corpo, de modo adesenvolver a resistência aeróbia e a força;  

      As capacidades psicológicas e a atitude de treino devem começar a ser

    desenvolvidas nesta etapa. 

    Participação competitiva:

      Tal como na etapa anterior, os momentos competitivos devem promover

    o convívio, a competição por equipas, procurar atribuir prémios a todos

    os participantes e evitar as competições a eliminar;  

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      Os resultados das provas devem ser um espelho do treino e das

    aprendizagens técnicas; 

      As competições devem ser vistas como um elemento do processo de

    treino, não condicionando o planeamento e a organização do mesmo.   As competições devem ser realizadas ao longo de toda a época de modo

    a avaliar a evolução dos jovens e servirem como elemento de avaliação.  

    Etapa do Desenvolvimento

    (Iniciados e Juvenis)

    Principais objetivos:

      Devem ser construídas “janelas de treinabilidade” através de um

    incremento ao nível do volume de treino;

     

    As aprendizagens técnicas devem ser consolidadas;  Desenvolvimento da condição física geral, das capacidades condicionais

    e das capacidades psicológicas;

      O treino e a participação competitiva começam ao longo desta etapa a ser

    dirigido para um grupo de disciplinas.

    Participação competitiva:

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      É fundamental que o planeamento da época seja organizado em função

    das necessidades do desenvolvimento do jovem atleta e não de acordo

    com os objetivos competitivos; 

     

     Nesta etapa, a grande importância do treino tem implicações ao nível do planeamento, em que deve haver um Período Preparatório maior e

    Período Competitivo mais curto, de modo a existir mais tempo para

    treinar; 

      Os resultados competitivos já espelham uma mistura do desenvolvimento

    das capacidades e da evolução técnica do atleta; 

      As competições já têm um aspeto mais formal e assumem uma

    importância cada vez maior para os atletas. Os treinadores devem estar

    atentos para que o treino continue a ser o núcleo de toda a preparação. 

    Reflexão/Opinião

    Sou da opinião que o Professor João Abrantes é um ótimo preletor, uma vez que

    sabe chamar a atenção do público presente.Em relação ao conteúdo que o mesmo apresentou, achei bastante interessante,

    visto que nos mostrou onde estavam os nossos melhores atletas e que são pouquíssimos

    os que competem a nível mundial e europeu.

    Gostei muito das etapas do “Long Term Atlhete Development”  (LTAD), pois,

    apesar de conhecer o conceito (embora por alto), é um conceito com o qual concordo

     plenamente e penso que todos os treinadores deveriam aplicá-lo aos seus atletas, uma

    vez que este conceito respeita as etapas do desenvolvimento do atleta e pode atender àsnecessidades de cada desporto, por muito variado que este seja.

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    Para finalizar, considero que foi uma apresentação extremamente interessante

    sobre a Organização da Carreira Desportiva em Portugal, visto que ele apresentou a

    realidade e também apresentou alternativas (LTAD).

    O Período Competitivo de um atleta juvenil talentoso

    Preletor: José Uva

    Para José Uva, um atleta juvenil talentoso tem que ter as seguintes

    características:

       Nascido em 96/97;

     

    Treinar 4/5 vezes por semana (treino multidisciplinar);  Top 3 em disciplinas de um ou mais setores;

      Deve ter lugar na equipa principal do seu clube;

      Disputar a vitória do nacional do seu escalão e do escalão acima do seu;

      Disputar o pódio nos Campeonatos de Portugal;

      Classificar-se para uma prova internacional do seu escalão.

    José Uva é da opinião que, a periodização simples, é o ideal, ou seja, apenas um

    macrociclo com um período competitivo.

    Isto permite tempo suficiente para:

      Corrigir os erros de anos anteriores;

      Evoluir as capacidades físicas e técnicas nas

    diferentes disciplinas;

      Utilizar exercícios gerais e específicos nas alturas devidas;

      Transmitir a noção de longo prazo (tanto de época como de carreira).

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    Se o atleta cumprir todo o calendário, temos uma época, segundo José Uva, “tipo

    futebol:

      Sem tempo para corrigir erros;

      Com evolução técnica comprometida nas diferentes disciplinas, tal como a

    evolução física;

      Utilização excessiva de exercícios específicos (para a preparação das

    competições);

      Em que a noção de longo prazo só permite chegar ao próximo fim-de-semana.

    Como é a época de um atleta Sénior?

    Já para atletas Séniores, José Uva é da opinião que, a

     periodização deve ser dupla, ou então simples modificada.

    Vejamos:

    O que acontece se o atleta cumprir todo o

    calendário? ?

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    Principais objetivos Periodização Simples Modificada:

      Os objetivos principais situam-se no Verão;

      O sucesso da época depende da sua evolução técnica;

     

    Pode evoluir até ao fim de Março técnica e fisicamente em várias

    disciplinas;

      Os exercícios gerais predominam em relação aos exercícios específicos;

       Nas etapas mistas as competições não são o objetivo principal;

       Nestas etapas os treinos continuam a preparar o atleta para o verão.

    “Declarações” de José Uva 

    “É impossível ir a todas as provas. É necessário dominar perfeitamente o planeamento.” 

    “Quem treina pouco e compete muito, que objetivos tem? Época ti po futebol, sem

    tempo para corrigir erros, evolução física comprometida, utilização de exercícios

    específicos em excesso.” 

    “Se o atleta não dá os três passos entre as barreiras na semana que antecede a prova,

    o treinador tem de lhe dizer que ele não está p reparado.” 

    “O treinador deve gerir as expetativas do atleta de forma real. Se o ênfase for posto

    no progredir, as hipóteses de frustração são menores. Se for posto em ganhar a prova

    nacional, as hipóteses de frustração serão maiores.”  

    “O resultado do atleta aos 15 anos não é sinal de competência do treinador. Aos 25

    é.” 

    Reflexão/Opinião

    Fiquei um pouco desiludida com esta apresentação, uma vez que foi, desde logo

    muita extensa e penso que “fugiu um pouco à realidade”. Quero com isto dizer que nãoé fácil para um treinador ter aquilo que José Uva designa por “atleta juvenil talentoso” e

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    o professor José Uva, durante toda a apresentação focou-se somente nisso e a sua atleta

    Patrícia Mamona.

     No entanto, gostei das várias alternativas de planeamento que ele apresentou e as

    consequências para atletas que fazem praticamente todas as provas do calendário.

    O treino dos multisaltos nos escalões de formação e a abordagem

    inicial ao triplo-salto

    Preletor: Alcino Pereira

    Diferenciação dos multisaltos

    Multisaltos

    Duração doapoio

    Nº de

    apoiossimultâneos

    Tipo deapoio

    Direçãodominantedo impulso

    Contração

    muscular doimpulso

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    Graduação do impacto

    Graduação da Tensão Músculo – TendinosaExemplos de movimentos em função da tensão músculo - tendinosa

    Tensão Baixa Corrida;

    Saltos a pés juntos;

    MS alternados a subir.

    Tensão Média Exercícios de reforço com carga adicional (sem salto nem flexão profunda).

    Tensão Elevada Agachamento completo com salto;

    MS horizontais com saída de parado ou MS com grande flexão;

    Drop –  jump a 2 apoios.

    Tensão muito

    Elevada

    MS simultâneos sobre barreiras sem fletir joelhos;

    MS horizontais com elevada velocidade inicial;

    Drop –  jump a uma perna.

     Abordagem ao Triplo Salto

      Disciplina com elevado potencial traumático;

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      Exige um considerável nível de condição específica, bem como um considerável

    domínio técnico;

    Para combater estas condicionantes deve-se utilizar os multisaltos como

     principal meio de preparação condicional e de aprendizagem técnica. Destemodo, o triplo salto surgirá como uma consequência natural da utilização dos

    multisaltos.

    Principais cuidados:

      Adequar o tipo de MS à idade e à condição física e técnica dos jovens;  

      Controlar a velocidade inicial dos MS;  

      Aprender a conservar a velocidade dos MS. 

    Enquadramento competitivo

    Deca – salto para Benjamins B

      10 saltos com apoios alternados sobre 10 cones, com um apoio entre cada cone e

    corrida prévia limitada a 10 metros antes do primeiro cone.

    Quádruplo salto para Infantis

      4 saltos com apoios alternados com corrida prévia limitada a 18 metros antes da

    tábua de chamada. As distâncias recomendadas para as tábuas de chamada são:o  Fem –  9 metros;

    o  Masc –  10 metros.

    Quádruplo salto para Iniciados

      4 saltos com apoios mistos (D + D + E + E + Queda) ou ( E + E + D + D +

    Queda), com corrida prévia limitada a 25 metros antes da tábua de chamada. As

    distâncias recomendadas para as tábuas de chamada são:

    o  Fem –  10 metros;

    o  Masc –  11 metros.

    Erros frequentes dos multisaltos horizontais

      Falta de alinhamento corporal no momento do contacto;

      Travagem durante o apoio;

      Apoio pela ponta do pé;

     

    Extensão incompleta no final do apoio;  Utilização ineficaz ou descoordenada dos segmentos livres;

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      Desequilíbrios (laterais ou frontais);

      Amplitude desproporcional à intensidade do movimento.

    Erros frequentes dos multisaltos verticais

      Travagem durante o apoio;

      Apoios com tensão insuficiente;

      Oscilação acentuada do tronco;

      Extensão incompleta;

      Utilização ineficaz ou descoordenada dos braços;

      Desequilíbrio para a frente;

      Procura antecipada do apoio no solo após um salto anterior.

    Reflexão/Opinião

    Foi, sem qualquer sombra de dúvida das apresentações que mais interesse me

    causou, embora tenho sentido que o professor Alcino não tem grande facilidade em

    chamar a atenção do público.

    Gostei especialmente desta apresentação pois aprendi várias coisas que posso

     pôr em prática no presente, bem como vários exercícios que posso desenvolver com os

    meus Benjamins. Achei igualmente bastante positivo a adaptações ao triplo salto

    existentes para cada escalão.

     Abordagem à prova de 400 m a partir dos 300 m

    Preletor: Carlos Silva

    O panorama nacional mostra que:

       No sexo feminino, existe uma maior relação entre as atletas com melhores

    resultados tanto nos 300 como nos 400m;  Já no sexo masculino, os melhores em 400 m não são obrigatoriamente os

    melhores em 300 m;

      A evolução das marcas no sexo masculino é menos coerente que a do sexo

    feminino;

       Nos 300 m é fundamental o desenvolvimento da velocidade máxima de

    deslocação e a capacidade de a manter, uma vez que são provas com duração

    entre os 35 e os 44 segundos;

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      Já nos 400 m, para além do desenvolvimento da velocidade máxima de

    deslocação, é necessário saber gerir o esforço sob grande concentração de lactato

    e fazer a manutenção da qualidade mecânica da corrida, visto que estas provas

    têm duração entre os 49 e 54 segundos.  O atleta tem de estar motivado para a superação psicológica, através de um

    trabalho de construção e de gestão física e técnica;

      O treinador tem de estar motivado para um trabalho de formação, estimulação e

    especialização na área do rendimento em esforços lácticos.

    Reflexão/Opinião

    Sinceramente não estive muita atenta a esta apresentação, uma vez que já estava

    cansada e o professor Carlos Silva não conseguiu chamar a atenção do público, de modo

    a que não aprendi nada de novo, pois, pelo que ouvi, foi um pouco “senso comum”.  

    Barreiras

    Preletor: Alcino Pereira

    Segundo o professor Alcino Pereira, existe muito pouco sucesso nas distâncias

    regulamentares oficiais, tentando aproveitar a autonomia das AARR’s para a adequação

    das condições regulamentares à realidade local).

    Distâncias Nacionais Femininos

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    Distâncias Nacionais Masculinos

    Com estas condições regulamentares, pretende-se estabelecer objetivos,

    designadamente:

      Objetivo final 

    Correr rápido (no ritmo correto) nas condições regulamentares internacionais.  Objetivo pedagógico 

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    Escola Superior de Desporto de Rio MaiorUnidade Curricular Estágio Treino Desportivo –  Atletismo

    Inês Pires Nº 100522009

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    Facilitar o enquadramento para que a maior parte das crianças tenham sucesso

    (consigam realizar a tarefa)

      Obetivo didático 

    Favorecer a aquisição e evolução dos principais pressupostos técnicos,nomeadamente uma maior fluidez do movimento, bem como um ritmo adequado

    e uma maior velocidade.

      Objetivo económico 

    Encontrar uma solução economicamente viável e que não colida com a

    regulação nacional e internacional, mas sim que a complemente.

     Análise à participação competitiva nos escalões de Iniciados eJuvenis

    José Costa começou por dizer que “é problemático o problema da participação

    livre quando se participa sem a devida preparação.”  

    Dos 614 participantes na Final Nacional do 30º Olímpico Jovem (em Junho de

    2012), 9 participantes era a 1ª prova da época que realizavam.

    Apresentou também uma citação de João Abrantes “ … um jovem que consiga

    um lugar no pódio nos escalões de infantis e iniciados tem poucas probabilidades de teruma carreira de sucesso a partir do escalão de juvenis. Pelo contrário, um jovem que

    neste setor consiga um lugar no pódio como juvenil terá cerca de 50 por cento de

     possibilidades de prosseguir com algum sucesso a sua carreira desportiva,…”  e

    “quantos dos principais atletas nacionais da atualidade se destacaram como jovens?

    Poder-se-á dizer, que poucos foram os que se distinguiram como infantis e iniciados,

    mas muitos deram nas vistas como juvenis…” 

    Em suma, nós como treinadores devemos respeitar todas as fases dedesenvolvimento dos atletas, evitando assim a especialização precoce dos atletas e

    tentando que eles atinjam o pico da sua forma, normalmente por volta dos 25 anos de

    idade.

    Reflexão/Opinião

    Foi uma apresentação em que nos pudemos aperceber do quando exagerado é o

    calendário competitivo, mesmo nos escalões jovens e o quão importante é para os

    treinadores prezarem as fases de desenvolvimento dos atletas.

  • 8/19/2019 Atletismo Juvenil

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    Escola Superior de Desporto de Rio MaiorUnidade Curricular Estágio Treino Desportivo –  Atletismo

    Inês Pires Nº 100522009

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    Sessões Práticas

    O treino de barreiras nos escalões de formação

    Preletor: João Abrantes

    Exercícios apresentados na sessão prática

      Apoio dinâmico do pé;

      Skipping, com bloqueio da perna;

      Skipping, com bloqueio e empurrando o corpo para a frente;

      Tictic com elevação do joelho, alternado;

      Skipping alternado de acordo com a indicação do treinador, isto é, se o treinador

    levantar a mão direita, o atleta tem de fazer skipping com a perna direita;

      Skipping baixo nas barreiras com cerca de 15 cm de altura, e depois aumentar

     para 25 cm, de modo a trabalhar tanto a frequência como a coordenação;

      Skipping entre barreiras

    O treino dos multisaltos com jovens

    Preletor: Alcino Pereira

    Exercícios apresentados na sessão prática

      Posições de prancha, os pés vão às mãos e saltamos com os braços em extensão;

      Sentado numa caixa e saltar;

      Sentado numa caixa, deitar atrás, voltar à frente e saltar;

      Step-up com bola medicinal por baixo;

      Step-up com bola medicinal nas mãos em cima da cabeça;

      Fazer 3 saltos com bola medicinal, com as pernas afastadas e em flexão,

    lançando depois a bola;

      Saltar de uma superfície elevada e lançar a bola. O mesmo exercício mas ao pé-

    coxinho;

      Saltitar levantando as pontas do pé;

      Saltitar para cima da plataforma, apenas com a ponta dos pés;

      Fazer girofles, rodando braços para a frente e depois para trás;

      Saltar barreiras a pés juntos, com cerca de 15 cm de altura;

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    Inês Pires

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      Saltar barreiras (4 x 50 cm) de modo a que os calcanhares contatem com o chão;

      Step’s.

    Reflexão/Opinião

    Foi a parte mais interessante do seminário, uma vez que são as sessões práticas

    que nos ensinam mais e nos permitem visualizar as coisas de forma mais real.

     No entanto, penso que o professor Alcino Pereira se demorou demasiado em

    certos exercícios, enquanto que o professor João Abrantes foi mais conciso e direto na

    sua intervenção, tendo preferido, pelos motivos acima mencionados, este último.

    Conclusões finais

    Achei este Seminário de Atletismo Juvenil deveras interessante, uma vez que me

    apercebi de forma mais real, a situação que ocorre no atletismo português,

    especialmente no Juvenil, neste momento.

     No entanto, fiquei desiludida com alguns temas, talvez por não terem sido

    expostos da melhor maneira, designadamente o tema “Barreiras”  do professor Alcino

    Pereira, “Abordagem à prova de 400m a partir dos 300m”  do professor Carlos Silva,

     bem como a “Análise à participação competitiva nos escalões de Iniciados e Juvenis”,

     pelos motivos acima referidos.