[Araujo] Modelo Bilinear Lajes CoAo

download [Araujo] Modelo Bilinear Lajes CoAo

of 9

Transcript of [Araujo] Modelo Bilinear Lajes CoAo

  • 7/26/2019 [Araujo] Modelo Bilinear Lajes CoAo

    1/9

    Teoria e Prtica na Engenharia Civil, n.8, p.11-19, Abril, 2006

    Modelo bilinear para anlise de lajes de concreto armado

    Bilinear model for reinforced concrete slabs analysis

    Jos Milton de ArajoDepartamento de Materiais e Construo FURG Rio Grande, RS

    e-mail: [email protected]

    RESUMO: Neste trabalho apresenta-se um mtodo bilinear para anlise de lajes macias e de lajesnervuradas de concreto armado. O modelo permite obter as deformaes das lajes no estdio I e no estdioII. Para as lajes nervuradas, emprega-se o conceito de espessura equivalente. A comparao comresultados experimentais demonstra a eficincia do modelo proposto.

    ABSTRACT:A bilinear method for analysis of solid and waffle reinforced concrete slabs is presented inthis work. The model allows to obtain the deflections in both cracked and noncracked stages. The conceptof equivalent thickness is used for waffle slabs. The comparison with experimental results demonstratesthe efficiency of the proposed model.

    1. INTRODUO

    Em trabalhos anteriores [1,2], foram discutidosalguns mtodos para determinao da espessuraequivalente das lajes nervuradas de concreto

    armado. Uma vez determinada a espessuraequivalente, as lajes nervuradas podem sercalculadas como se elas fossem macias.

    Tambm foi salientado que a espessuraequivalente deve ser determinada no estdio I, paraevitar os erros de modelagem do comportamentono-linear aps a fissurao do concreto. Alis,esse comportamento no-linear tem levado ainterpretaes erradas quanto rigidez toro daslajes nervuradas, como foi salientado em [1].

    Tem sido mostrado em trabalhos de pesquisa

    que as lajes macias de concreto armado secomportam no estdio I para toda a faixa docarregamento de servio [3]. Em alguns casos degrandes vos e/ou cargas de servio elevadas,surgem algumas fissuras nas regies maissolicitadas das lajes macias. Entretanto, mesmonesses casos, possvel admitir umcomportamento elstico linear, com razovel

    preciso.Por outro lado, deve-se esperar que as lajes

    nervuradas sofram um moderado processo defissurao, ainda para as cargas de servio. Dessa

    forma, o modelo elstico linear no ser suficientepara a anlise dessas lajes.

    O objetivo deste trabalho complementar asinformaes contidas em [1,2], introduzindo osefeitos da fissurao do concreto na anlise das

    lajes nervuradas de concreto armado. Como foimostrado que essas lajes podem ser analisadascomo lajes macias de espessura equivalente,emprega-se um modelo nico para as lajes maciase para as lajes nervuradas.

    O modelo bilinear apresentado a seguir permiteanalisar o comportamento das lajes de concretoarmado at a ocorrncia do primeiro escoamentoda armadura, no ponto mais solicitado da laje.Aps esse estgio, inicia-se o processo de

    propagao das linhas de ruptura, o que no

    considerado no modelo.

    2. MODELO BILINEAR PARA LAJES DECONCRETO ARMADO

    As lajes de concreto armado, assim como asvigas, sofrem uma reduo da rigidez na passagemdo estado no fissurado (estdio I) para o estadofissurado (estdio II). Quando a taxa de armadura

    pequena, a diminuio no valor da rigidez pode ser

    to grande que a laje entra em ruptura logo aps afissurao. Por isso, as normas de projeto exigem

  • 7/26/2019 [Araujo] Modelo Bilinear Lajes CoAo

    2/9

    Teoria e Prtica na Engenharia Civil, n.8, p.11-19, Abril, 200612 .

    uma armadura mnima para as peas fletidas deconcreto armado.

    Para calcular corretamente as flechas das lajesno estdio II, necessrio levar em conta acolaborao do concreto tracionado entre fissuras.Isto pode ser feito de diversas maneiras, como

    apresentado na referncia [4].A forma mais simples de se modelar o

    comportamento descrito, consiste em fazer umainterpolao linear dos resultados obtidos noestdio I e no estdio II. Assim, a relao carga-flecha da laje pode ser representada pelo modelo

    bilinear indicado na fig. 1.

    Pr

    Wr We

    Pe

    carga

    flecha

    Estdio I

    Estdio II

    P

    W

    Fig. 1 Modelo bilinear para clculo de flechas

    em lajes de concreto armadoA rigidez da laje no estdio I dada por

    ( )23

    1112

    = ecshE

    D (1)

    onde o mdulo de deformao longitudinal

    secante ecsE

    o coeficiente de Poisson doconcreto.

    Para as lajes macias, representa a espessurareal da laje. Para as lajes nervuradas, a

    espessura equivalente, conforme definido em [2].

    eh

    eh

    Na fig. 2, representa-se uma seo transversaltpica de uma laje nervurada.

    b

    h

    hf

    b

    S

    lo

    Fig. 2 Seo transversal de laje nervurada

    Empregando o processo simplificado sugeridona referncia [2], obtm-se a espessura equivalenteda laje nervurada

    ( )[ ] 31331 fe hhh += (2)

    onde a espessura total da laje e a

    espessura da mesa.

    h fh

    O coeficiente dado por

    ( )

    yx

    yyxx

    SS

    bSbS = (3)

    onde , so as larguras das nervuras e ,

    so as distncias entre os eixos das nervurassegundo as direes

    xb yb xS

    ySx e y , respectivamente.

    O momento de fissurao rM obtido pormeio da expresso

    cte

    r fh

    M6

    2

    = (4)

    onde a resistncia trao do concreto.ctf

    A carga de fissurao rP aquela que provocaum momento fletor mximo na laje, , igual

    ao momento de fissuraomaxM

    rM . Esse momentomximo determinado atravs de uma anliseelstica linear, empregando-se a teoria de placas econsiderando a rigidez no estdio I dada naequao (1). Para as lajes retangularessimplesmente apoiadas, ocorre no centro,

    onde se admite iniciar o processo de fissurao.maxM

    Assim, se a carga P menor ou igual carga

    de fissurao rP , obtm-se a flecha Wconsiderando a rigidez dada na equao (1).1D

    Se rPP> , necessrio fazer uma interpolaolinear, como indicado na fig.1.

    A rigidez da laje no estdio II puro determinada para as sees transversais indicadasna fig. 3.

    As taxas de armadura nas duas direes so

    d

    Asxx = ; d

    Asyy = (5)

  • 7/26/2019 [Araujo] Modelo Bilinear Lajes CoAo

    3/9

    Teoria e Prtica na Engenharia Civil, n.8, p.11-19, Abril, 2006 13 .

    onde e so as reas de ao por unidade de

    comprimento, segundo as direessxA syA

    x e y ,respectivamente, e d a altura til mdia.

    Para a altura til , considera-se o valor real,ou seja, a distncia do centride das armadurastracionadas at a face superior comprimida da laje.Assim, no caso das lajes nervuradas, deve resultar

    , pois a espessura equivalente menor que a

    espessura real da laje.

    d

    ehd>

    d he

    dAsx Asy

    1 1

    Direo x Direo y

    Fig. 3 Sees da laje nas direes x e y

    A profundidade da linha neutra no estdio II,segundo as duas direes, dada por

    ( ) xxxx nnn 22 ++= (6)

    ( ) yyyy nnn 22 ++= (7)

    onde css EEn= a relao entre o mdulo de

    elasticidade do ao, , e o mdulo secante do

    concreto, .sE

    csE

    Nas lajes nervuradas, deve-se ter dhfx e

    dhfy para garantir que apenas a mesa

    contribui para a rigidez no estdio II.A rigidez no estdio II nas direes x e y

    dada por

    ( )( )

    32

    22

    163 dED xxcsx

    =

    (8)

    ( )( )

    32

    2

    216

    3dED

    yycsy

    =

    (9)

    como apresentado na referncia [4].Conforme se observa, se as armaduras forem

    diferentes nas duas direes, a laje serortotrpica. Para simplificar a anlise, considera-se

    a laje isotrpica com a rigidez equivalentedada por

    2D

    yxDDD 222 = (10)

    Os momentos de escoamento das armaduras,segundo as duas direes, so dados por

    ( )( ) yx

    xxex fd

    nM 2

    2

    16

    3

    = (11)

    ( )( ) yy

    yyey fd

    nM 2

    2

    16

    3

    = (12)

    onde a tenso de escoamento do ao.yf Atravs de uma anlise elstica linear, obtm-seos momentos fletores positivos mximos e

    , segundo as direesxM

    yM x e y , respectivamente.

    Esses momentos so obtidos para uma carga dereferncia.

    Como a anlise linear, os momentos fletoresso proporcionais carga. Ento, pode-sedeterminar a carga , tal queexP exx MM = .

    Analogamente, determina-se a carga , tal queeyPeyy MM = . A carga de escoamento o menor

    dos dois valores de carga obtidos.eP

    Considerando a carga de escoamento e a

    rigidez no estdio II dada na equao (10), obtm-se a flecha , atravs de uma anlise linear.

    Desse modo, ficam definidos todos os valores decarga e flecha indicados na fig. 1.

    eP

    eW

    Finalmente, a flecha W, correspondente carga

    rPP> , dada por

    t

    rr

    K

    PPWW

    += (13)

    onde

    re

    ret

    WW

    PPK

    = (14)

    3. ANLISE DE LAJES NERVURADAS

    As lajes nervuradas ensaiadas por Abdul-Wahab e Khalil[5] so utilizadas para a verificaodo modelo de laje macia equivalente, associado

  • 7/26/2019 [Araujo] Modelo Bilinear Lajes CoAo

    4/9

    Teoria e Prtica na Engenharia Civil, n.8, p.11-19, Abril, 200614 .

    ao modelo bilinear descrito anteriormente. Essesautores ensaiaram 6 lajes nervuradas armadas emcruz.

    Todas as lajes so quadradas e simplesmenteapoiadas no contorno. As lajes foram submetidas auma carga concentrada P aplicada no centro. A

    carga foi distribuda em uma rea de 15 x 15 cm,por meio de uma placa de ao colocada sob acarga, como indicado na fig. 4.

    a=150cm

    b=150cm

    c=15

    q=P/c2

    c=15

    y

    x

    Fig. 4 Carregamento das lajes nervuradas

    Na tabela 1, apresentam-se as dimenses das

    lajes nervuradas.Tabela 1 Dimenses das lajes nervuradas (cm)

    Laje fh h b ol S

    S1 2,0 9,5 5,2 8,4 13,6S2 2,0 9,5 5,2 11,5 16,7S3 2,0 9,5 5,2 16,2 21,4S4 2,0 9,5 5,2 24,8 30,0S5 2,0 12,5 5,7 11,0 16,7S6 2,0 6,5 4,7 12,0 16,7

    Na utilizao do modelo bilinear, emprega-se omdulo secante do concreto , o qual

    estimado por meio da relaocsE

    31

    102150085,0

    = cmcs

    fxE , MPa (15)

    conforme sugerido pelo CEB/90[6].

    A resistncia trao do concreto estimadacomo

    32

    1040,1

    = cmct

    ff , MPa (16)

    Nas equaes (15) e (16), representa a

    resistncia mdia compresso do concreto aos 28

    dias de idade. Os valores de foramdeterminados para cada uma das lajes ensaiadas.

    cmf

    cmf

    Para o coeficiente de Poisson do concreto,adota-se 2,0= .

    A tenso de escoamento das armadurasempregadas nos ensaios MPa. Para o

    mdulo de elasticidade do ao, adota-se

    398=yf

    200=sE GPa.

    Na tabela 2, apresentam-se as propriedades doconcreto utilizadas na anlise.

    Tabela 2 Propriedades do concretoLaje cmf (MPa) csE (MPa) ctf (MPa)

    S1 31,3 26732 3,00S2 32,0 26930 3,04S3 31,4 26760 3,00S4 28,9 26030 2,84S5 29,9 26327 2,91S6 29,1 26090 2,85

    Na tabela 3, apresentam-se as reas de ao

    sysxs AAA == , por unidade de comprimento, a

    altura til d e a espessura equivalente das lajesnervuradas , obtida com o emprego da equao

    (2). Conforme se observa, a altura til maior quea espessura equivalente.

    eh

    Tabela 3 Armaduras e espessura equivalente

    Laje eh (cm) d(cm) sA (cm2/m)

    S1 8,11 8,30 3,70S2 7,69 8,30 3,01S3 7,18 8,30 2,35S4 6,52 8,30 1,68S5 10,35 11,30 3,01S6 5,15 5,30 3,01

    Nos ensaios, as lajes foram submetidas a umacarga P , aplicada no centro sobre uma placa deao de 15 x 15 cm, conforme indicado na fig. 4.

    Para a anlise numrica, pode-se admitir que acarga se distribui ao longo da espessura da lajeconforme indicado na fig. 5. Essa distribuio a

  • 7/26/2019 [Araujo] Modelo Bilinear Lajes CoAo

    5/9

    Teoria e Prtica na Engenharia Civil, n.8, p.11-19, Abril, 2006 15 .

    mesma empregada na verificao da resistncia puno das lajes, conforme os critrios do CEB/90[6] e da NBR-6118 [7].

    c+4d

    c=15 cm

    d2

    1

    q

    q'

    Fig. 5 Distribuio da carga aplicada em

    uma rea reduzida

    De acordo com a fig. 5, pode-se fazer a anliseconsiderando as seguintes hipteses de carga:

    A) Sem levar em conta a distribuio da carga aolongo da espessura da laje

    Considera-se a carga distribuda na rea

    cm22 15=c 2. O valor da carga uniforme nesta

    rea 2cPq= .

    B) Considerando a distribuio da carga ao longoda espessura da laje Considera-se a carga distribuda na rea

    , onde a altura til da laje. A carga

    uniforme nesta rea vale

    ( 24dc+ ) d

    ( )24dcPq += .

    Enquanto a laje estiver no estdio I, os doisprocedimentos fornecem valores prximos para aflecha no centro da laje. Entretanto, aps afissurao as diferenas so muito grandes.

    Isto ocorre porque a carga de fissurao rP e a

    carga de escoamento , usadas na definio domodelo bilinear, so muito influenciadas pelotamanho da regio carregada. medida que essarea reduzida, os momentos fletores obtidos pelateoria de placas crescem muito. No limite, quandoa rea carregada tende a zero, os momentosfletores tendem a infinito.

    eP

    Uma vez que os momentos mximos soutilizados para o clculo das cargas rP e ,

    verifica-se que a soluo varia bastante com o

    tamanho da rea carregada. Para mostrar essainfluncia, consideram-se essas duas hipteses decarga.

    eP

    As relaes carga flecha no centro da laje soapresentadas nas figuras 6 a 11.

    Conforme se observa por essas figuras, osresultados experimentais evidenciam que a cargaaplicada na face superior da laje se distribui comuma inclinao 1:2 ao longo da espessura. A carga

    de fissurao rP e a carga , correspondente aoincio do escoamento da armadura, podem ser

    obtidas para a carga distribuda

    eP

    ( )24dcPq += .Se essa distribuio no for feita, haver umasubavaliao da rigidez da laje no estdio II.

    Finalmente, verifica-se que o modelo bilinear adequado para representar o comportamento daslajes nervuradas at o incio do escoamento dasarmaduras. Aps essa carga de escoamento, ocorrea propagao das linhas de ruptura at o colapso

    final da laje. A carga de ruptura sensivelmentemaior que a carga .eP

    0.0 1.0 2.0 3.0 4.0 5.0 6.0

    Flecha no centro da laje (mm)

    0

    10

    20

    30

    40

    50

    60

    70

    80

    Carg

    aP

    (kN)

    q'=P/(c+4d)**2

    q=P/c**2

    Experimental

    Laje S1

    Fig. 6 Resposta para a laje nervurada S1

  • 7/26/2019 [Araujo] Modelo Bilinear Lajes CoAo

    6/9

    Teoria e Prtica na Engenharia Civil, n.8, p.11-19, Abril, 200616 .

    0.0 2.0 4.0 6.0 8.0 10.0

    Flecha no centro da laje (mm)

    0

    10

    20

    30

    40

    50

    60

    70

    80

    CargaP

    (kN)

    q'=P/(c+4d)**2

    q=P/c**2

    Experimental

    Laje S2

    Fig. 7 Resposta para a laje nervurada S2

    0.0 2.0 4.0 6.0 8.0 10.0 12.0

    Flecha no centro da laje (mm)

    0

    10

    20

    30

    40

    50

    60

    CargaP

    (kN)

    q'=P/(c+4d)**2

    q=P/c**2

    Experimental

    Laje S3

    Fig. 8 Resposta para a laje nervurada S3

    0.0 2.0 4.0 6.0 8.0 10.0 12.0Flecha no centro da laje (mm)

    0

    10

    20

    30

    40

    50

    CargaP

    (kN)

    Experimental

    q'=P/(c+4d)**2

    q=P/c**2

    Laje S4

    Fig. 9 Resposta para a laje nervurada S4

    0.0 1.0 2.0 3.0 4.0 5.0 6.0 7.0 8.0 9.0

    Flecha no centro da laje (mm)

    0

    10

    20

    30

    40

    50

    60

    70

    80

    90

    100

    110

    CargaP

    (kN)

    Experimental

    q'=P/(c+4d)**2

    q=P/c**2

    Laje S5

    Fig. 10 Resposta para a laje nervurada S5

    0.0 1.0 2.0 3.0 4.0 5.0 6.0 7.0 8.0 9.0 10.0

    Flecha no centro da laje (mm)

    0

    10

    20

    30

    40

    CargaP

    (kN)

    Laje S6

    Experimental

    q'=P/(c+4d)**2

    q=P/c**2

    Fig. 11 Resposta para a laje nervurada S6

    4. ANLISE DE LAJES MACIAS

    Duas lajes macias, com o carregamento e os

    vos indicados na fig. 4, tambm foram ensaiadaspor Abdul-Wahab e Khalil[5]. As propriedades doconcreto, dimenses e armaduras dessas lajes sofornecidas na tabela 4.

    Nas figuras 12 e 13 so apresentadas as relaescarga flecha no centro das lajes macias.

    Conforme se observa, o modelo acompanha osresultados experimentais at a carga de fissuraoterica. Entretanto, a carga terica rP menorque a carga de fissurao verificada nos ensaios,mesmo quando se considera a carga distribuda

    ( )24dcPq += . Isto indica que esseprocedimento de distribuio da carga aplicada em

  • 7/26/2019 [Araujo] Modelo Bilinear Lajes CoAo

    7/9

    Teoria e Prtica na Engenharia Civil, n.8, p.11-19, Abril, 2006 17 .

    uma rea reduzida fica a favor da segurana. Acarga de ruptura e a rigidez das lajes, verificadasexperimentalmente, so superiores quelasdeterminadas com o modelo terico.

    Tabela 4 Lajes macias de Abdul-Wahab e

    KhalilLaje cmf (MPa) csE (MPa) ctf (MPa)

    S7 36,0 28008 3,29S8 28,5 25910 2,81

    Laje eh (cm) d(cm) sA (cm2/m)

    S7 7,50 6,30 3,01S8 9,50 8,30 3,01

    0.0 1.0 2.0 3.0 4.0 5.0 6.0

    Flecha no centro da laje (mm)

    0

    10

    20

    30

    40

    50

    CargaP

    (kN)

    Laje S7

    Experimental

    q'=P/(c+4d)**2

    q=P/c**2

    Fig. 12 Resposta para a laje macia S7 de

    Abdul-Wahab e Khalil

    0.0 1.0 2.0 3.0 4.0 5.0 6.0 7.0 8.0

    Flecha no centro da laje (mm)

    0

    10

    20

    30

    40

    50

    60

    70

    80

    90

    CargaP

    (kN)

    Laje S8

    Experimental

    q'=P/(c+4d)**2

    q=P/c**2

    Fig. 13 Resposta para a laje macia S8 de

    Abdul-Wahab e Khalil

    Trs lajes macias ensaiadas por Taylor et al [8]tambm so analisadas com o modelo bilinear.

    Neste caso, as lajes so quadradas e possuem vos183== ba cm. As lajes so simplesmente

    apoiadas no contorno e submetidas a uma cargauniformemente distribuda em toda a sua

    superfcie.Na tabela 5 apresentam-se as propriedades do

    concreto das trs lajes.

    Tabela 5 Propriedades do concreto das lajes deTaylor et al

    Laje cmf (MPa) csE (MPa) ctf (MPa)

    S1 35,0 27747 3,23S7 38,2 28568 3,42S9 33,2 27263 3,12

    A tenso de escoamento das armadurasempregadas nos ensaios MPa. As lajes

    so armadas com armaduras diferentes nas duasdirees, conforme se indica na tabela 6.

    376=yf

    Tabela 6 Armaduras das lajes de Taylor et alLaje eh

    (cm)

    d(cm)

    sxA

    (cm2/m)syA

    (cm2/m)S1 5,10 4,15 2,34 2,80

    S7 4,40 3,45 2,80 3,18S9 7,60 6,65 1,46 1,56

    Nas figuras 14 a 16 so apresentadas as relaescarga total flecha no centro das lajes. Observa-seque o modelo bilinear acompanha bem osresultados experimentais at a carga deescoamento . Para as lajes S1 e S7, a carga de

    ruptura bem maior que .eP

    eP

    A laje S9 tem uma ruptura brusca, aps a

    fissurao, pois a taxa de armadura muito baixa.Entretanto, a carga de ruptura maior que ,

    mesmo neste caso.eP

  • 7/26/2019 [Araujo] Modelo Bilinear Lajes CoAo

    8/9

    Teoria e Prtica na Engenharia Civil, n.8, p.11-19, Abril, 200618 .

    0.0 10.0 20.0 30.0 40.0 50.0

    Flecha no centro da laje (mm)

    0

    20

    40

    60

    80

    100

    120

    Cargato

    tal(kN)

    Laje S1

    Experimental

    Modelo

    Fig. 14 - Resposta para a laje macia S1 de

    Taylor et al

    0.0 20.0 40.0 60.0 80.0

    Flecha no centro da laje (mm)

    0

    20

    40

    60

    80

    100

    120

    140

    Cargatotal(kN)

    Laje S7

    Experimental

    Modelo

    Fig. 15- Resposta para a laje macia S7 de

    Taylor et al

    0.0 4.0 8.0 12.0 16.0 20.0Flecha no centro da laje (mm)

    0

    10

    20

    30

    40

    50

    60

    70

    80

    90

    100

    Cargatotal(kN) Laje S9

    Experimental

    Modelo

    Fig. 16 - Resposta para a laje macia S9 de

    Taylor et al

    5. CONCLUSES

    Em funo dos resultados apresentados nestetrabalho, podem ser tiradas as seguintesconcluses: O modelo bilinear satisfatrio para a

    avaliao das deformaes das lajes macias e daslajes nervuradas de concreto armado. Essas ltimas

    podem ser analisadas como laje macia com umaespessura equivalente. Isto demonstra que as lajesnervuradas possuem boa rigidez toro e que elas

    podem ser analisadas como laje macia, conformefoi mostrado nos trabalhos anteriores [1,2]. Uma carga aplicada em rea reduzida pode serdistribuda segundo uma inclinao 1:2 at o nveldas armaduras, para o clculo das flechas e dacapacidade de carga das lajes de concreto armado. O modelo bilinear representa bem osresultados experimentais no estdio I e no estdioII, at o incio do escoamento das armaduras. A carga , correspondente ao incio do

    escoamento das armaduras, bem inferior cargade ruptura. As lajes de concreto armado possuemgrande capacidade de redistribuio de esforos eapresentam uma boa reserva de segurana.

    eP

    REFERNCIAS

    1. Arajo, J. M. Consideraes sobre a rigidez toro das lajes nervuradas de concreto

    armado. Revista Teoria e Prtica na EngenhariaCivil, n.7, p.1-8, Setembro, 2005.

    2. Arajo, J. M. A rigidez equivalente das lajesnervuradas de concreto armado. Revista Teoriae Prtica na Engenharia Civil, n.8, p.1-9, Abril,2006.

    3. Arajo, J. M. Avaliao dos procedimentos deprojeto das lajes nervuradas de concreto

    armado. Revista Teoria e Prtica na EngenhariaCivil, n.3, p.15-25, junho, 2003.

    4. Arajo, J.M. Curso de Concreto Armado, v.2,2a. ed., Editora Dunas, Rio Grande, 2003.

    5. Abdul-Wahab, H. M. S., Khalil, M. H. -Rigidity and strength of orthotropic reinforced

    concrete waffle slabs. Journal of StructuralEngineering, ASCE, Vol. 126, n. 2, p.219-227,2000.

    6. Comit Euro-International du Bton CEB-FIP

    Model Code 1990.Lausanne, 1993.

  • 7/26/2019 [Araujo] Modelo Bilinear Lajes CoAo

    9/9

    Teoria e Prtica na Engenharia Civil, n.8, p.11-19, Abril, 2006 19 .

    7. Associao Brasileira de Normas Tcnicas Projeto de Estruturas de Concreto. NBR-6118.Rio de Janeiro, 2003.

    8. Taylor, R.; Maher, D. R. H.; Hayes, B. Effectof the arrangement of reinforcement on the

    behaviour of reinforced concrete slabs.

    Magazine of Concrete Research, vol. 18, n. 55,p.85-94, 1966