Apostila11 Yolanda

download Apostila11 Yolanda

of 83

Transcript of Apostila11 Yolanda

  • 7/29/2019 Apostila11 Yolanda

    1/83

    arquivo_orig

    2010/2/26

    page 1

    Estilo OBME

    E

    O

    O

    B

    P

    Q

    V

    A

    D

    E

    F

    C

    B

    4/3

    2/32/ 3

    A

    Explorando Geometria com

    Origami

    Eduardo Cavacami

    Yolanda Kioko Saito Furuya

  • 7/29/2019 Apostila11 Yolanda

    2/83

    arquivo_orig

    2010/2/26

    page 2

    Estilo OBME

    Texto j revisado pela nova ortografia.

  • 7/29/2019 Apostila11 Yolanda

    3/83

    arquivo_or2010/2/26page iEstilo OBM

    Sumrio

    Introduo 1

    As construes e os Axiomas de Huzita-Hatori . . . . . . . . 2

    1 Seces de Segmentos 9

    1.1 Construo de

    1

    3 e

    1

    5 a partir do Quadrado . . . . . . 91.2 Construo de

    1

    na partir do Retngulo . . . . . . . . 13

    2 Trisseco do ngulo 16

    3 Quadrados e reas 20

    3.1 Proporo1

    2da rea . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 20

    3.2 Proporo1

    n

    da rea . . . . . . . . . . . . . . . . . . 22

    4 Quadratura do Retngulo 25

    5 Duplicao do Cubo 29

    i

  • 7/29/2019 Apostila11 Yolanda

    4/83

    arquivo_orig

    2010/2/26

    page ii

    Estilo OBME

    ii SUMRIO

    6 Pentgono e Retngulo ureo 32

    7 Poliedros de Plato de Faces Triangulares 41

    7.1 Retngulos1

    3e

    23

    . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 41

    7.2 Construo das Unidades . . . . . . . . . . . . . . . . 46

    7.2.1 Unidade A . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 46

    7.2.2 Unidade B . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 49

    7.3 Montagem dos Poliedros . . . . . . . . . . . . . . . . . 52

    7.3.1 Tetraedro . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 52

    7.3.2 Octaedro . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 53

    7.3.3 Icosaedro . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 55

    7.4 Esqueleto do Icosaedro . . . . . . . . . . . . . . . . . . 58

    8 Poliedro de Plato de Faces Quadradas 60

    9 Poliedro de Plato de Faces Pentagonais 63

    9.1 Do copo ao Pentgono Regular . . . . . . . . . . . . . 63

    9.2 Dodecaedro . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 69

    9.2.1 Construo do Retngulo para o Dodecaedro de

    Aresta Dada . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 71

    10 Construes que se Encaixam 75

    Referncias Bibliogrficas 78

  • 7/29/2019 Apostila11 Yolanda

    5/83

    arquivo_orig

    2010/2/26

    page 1

    Estilo OBME

    Introduo

    As primeiras aplicaes da Geometria de que se tem notcia apare-

    ceram em problemas relacionados com diviso de suas terras e na As-

    tronomia. Desde ento o uso da Geometria uma constante na vida

    do homem e hoje o seu estudo inserido no ensino da Matemtica

    desde os primeiros anos escolares. No entanto, notrio a dificuldade

    no aprendizado e a falta de motivao no estudo da Geometria.

    A aplicao de Origami no ensino da Geometria pode auxiliar no

    desenvolvimento cognitivo, trazendo assim uma melhor aprendizagem

    e compreenso da Matemtica atravs da manipulao de um simples

    pedao de papel.

    O Origami, de origem desconhecida, tem etmologia japonesa e

    significa dobrar (ori) papel (kami). No Brasil, utiliza-se tambm a

    palavra dobradura, mas o termo Origami mundialmente reconhecido

    e utilizado.

    Este trabalho trata do relacionamento entre a Geometria e o Ori-gami, atravs da implementao de dobraduras para apresentao de

    resultados da Geometria e o uso da Geometria para justificar as cons-

    trues. Com isto estamos lidando com mais uma metodologia de

    1

  • 7/29/2019 Apostila11 Yolanda

    6/83

    arquivo_orig

    2010/2/26

    page 2

    Estilo OBME

    2 INTRODUO

    ensino e estudo da Geometria Elementar, com o uso de uma tcnica

    milenar, concreta e divertida, alm de acessvel a qualquer pessoa.

    Inicialmente apresentamos alguns problemas clssicos da Geome-

    tria Euclidiana, incluindo a resoluo com Origami de dois problemas

    no solveis com rgua e compasso: a trisseco do ngulo e a dupli-

    cao do cubo. Depois passamos aos poliedros de Plato, construdos

    atravs de mdulos de Origami que se encaixam uns aos outros, for-

    mando as faces.

    Este texto foi baseado principalmente no trabalho de Hisashi Abe,

    do seu livro Sugoiz1 Origami, de 2003 (em japons, [1]). Hisashi Abe,

    da Universidade de Hokaido, o autor da construo da trisseco do

    ngulo apresentada neste texto.

    Para um melhor aproveitamento das informaes obtidas neste

    trabalho, espera-se um conhecimento bsico em Geometria Elementar.

    As construes e os Axiomas de Huzita-Hatori

    Apesar de existirem tcnicas de origami dobrando linhas curvas2

    alm das retas, este trabalho se restringir s dobras em linha reta.

    Cada dobra efetuada gera uma linha reta e os pontos de um dos

    semiplanos so refletidos no outro semiplano, ou seja, se r a linha

    de dobra, e P um ponto da folha a ser dobrada, P levado no seu

    simtrico P em relao a r. Ou seja, a linha de dobra r a mediatrizde cada par P, P, onde P o refletido de P (onde P levado).

    1Sugoiz = Impressionante2Como, por exemplo, na construo da Rosa de Kawasaki.

  • 7/29/2019 Apostila11 Yolanda

    7/83

    arquivo_orig

    2010/2/26

    page 3

    Estilo OBME

    INTRODUO 3

    Alm disso, a linha de dobra r tambm a bissetriz de cada ngulo

    PV P formado por um raio V P com origem V em r e seu raio refletidoV P, onde o raio levado.

    Com isso, v-se que mediatrizes e bissetrizes so construes ele-

    mentares com Origami, assim como perpendiculares e paralelas.

    Construes elementares no sero detalhadas todas as vezes que

    forem utilizadas, para no desviar a ateno da construo central.

    Todas as construes utilizadas no texto so consequncias dos

    Axiomas da Geometria do Origami, conhecidos como os Axiomas de

    Huzita (ou Huzita-Hatori, ou Huzita-Justin), que podem ser obti-

    dos no seguinte endereo eletrnico, de Robert Lang: http://www.

    langorigami.com/science, e dadas a seguir:

  • 7/29/2019 Apostila11 Yolanda

    8/83

    arquivo_orig

    2010/2/26

    page 4

    Estilo OBME

    4 INTRODUO

    1. Dados dois pontos distintos P1e P2, existe apenas uma dobra

    que passa por eles.

    2. Dados dois pontos distintos P1e P2, existe apenas uma dobra

    que coloca P1 sobre P2.

    3. Dadas as retas r1 e r2, existe uma dobra que coloca r1 sobre r2.

    Q

    P

  • 7/29/2019 Apostila11 Yolanda

    9/83

    arquivo_orig

    2010/2/26

    page 5

    Estilo OBME

    INTRODUO 5

    4. Dados um ponto P e uma reta r, existe uma dobra nica que

    perpendicular a r e que passa por P.

    5. Dados dois pontos P1 e P2 e uma reta r1, existe uma dobra que

    coloca P1 sobre r1 e que passa por P2.

  • 7/29/2019 Apostila11 Yolanda

    10/83

    arquivo_orig

    2010/2/26

    page 6

    Estilo OBME

    6 INTRODUO

    6. Dados dois pontos P1 e P2 e duas retas r1 e r2, existe uma dobra

    que leva simultaneamente P1 sobre r1 e P2 sobre r2.

    7. Dados um ponto P e duas retas r1 e r2, existe uma dobra que

    coloca P1 sobre r1 e que perpendicular a r2.

    Nesta axiomtica, o papel tem o tamanho suficientemente grande

    para conter todas as construes necessrias (suponha-o ilimitado).

    Alm disso, por existe uma dobra entende-se que se a soluo geo-

  • 7/29/2019 Apostila11 Yolanda

    11/83

    arquivo_orig

    2010/2/26

    page 7

    Estilo OBME

    INTRODUO 7

    mtrica existir, ento pode ser realizada atravs de uma dobra.

    Por exemplo, a quantidade de solues do Axioma 5 pode ser 0, 1

    ou 2, dependendo da posio dos pontos e da reta, pois o problema

    equivalente a encontrar a interseco da reta r1 com a circunferncia

    de centro P2 passando por P1.

    No h garantia de independncia entre os axiomas. Mas pode-se garantir que o sexto axioma (de Humiaki Huzita) no conse-

    quncia dos cinco primeiros, pois os cinco primeiros geram somente

    construes possveis com rgua e compasso e, com o sexto axioma,

    podemos obter resultados no construtveis com rgua e compasso

    como veremos adiante.

    O stimo axioma, acrescentado por Koshiro Hatori, em 2001, e

    supostamente independente dos cinco primeiros, deixa uma dvida:

    Observe na construo geomtrica do Axioma 7, que o ponto P

    levado em P r1. Ora P P deve ser paralelo a r2 para que a dobraseja perpendicular a r2. Assim, efetuando os seguintes passos:

    Dobre perpendicularmente a r2 por P obtendo como vinco areta s1 (Axioma 4).

    Dobre perpendicularmente a s1 por P obtendo s2 (Axioma 4).Chame o ponto em r1 s2 de P.

    Dobre levando o ponto P a P (Axioma 2), obtendo a reta .

    Temos que a reta a mediatriz de P P e, portanto, perpendicular ar2 P P. Assim, a construo do Axioma 7 consequncia dos axio-mas 4 e 2. Ou seja, o Axioma 7 decorre dos cinco primeiros axiomas

    de Huzita. Pergunta-se: existe algum furo nesta argumentao? O

  • 7/29/2019 Apostila11 Yolanda

    12/83

    arquivo_orig

    2010/2/26

    page 8

    Estilo OBME

    8 INTRODUO

    fato que a dobra do Axioma 7 pode ser construda com um nico

    movimento, o de deslizar um ponto Q de r2, mais distante que P de

    r1, sobre r2 at que P encontre r1.

    Um estudo mais avanado, de Robert J. Lang, sobre estes axio-

    mas e construes geomtricas com Origami pode ser obtido gratuita-

    mente em: http://www.langorigami.com/science/hha/origami_

    constructions.pdf (em ingls). Nele demonstrado inclusive a com-

    pletude do conjunto de axiomas, isto , que no h mais axiomas a se

    acrescentar. E tal estudo feito com o envolvimento de outra grande

    rea da Matemtica: a lgebra.

  • 7/29/2019 Apostila11 Yolanda

    13/83

    arquivo_orig

    2010/2/26

    page 9

    Estilo OBME

    Captulo 1

    Seces de Segmentos

    Como podemos facilmente determinar o ponto mdio de um seg-

    mento atravs do Origami, podemos tambm dividir um segmento em

    2n

    partes, com n = 0, 1, 2, 3, . . . . Com rgua e compasso, os gregosdividiam segmentos em n partes. Veremos agora que com o Origami

    tambm possvel essa seco.

    A seco urea do segmento ser trabalhada em momento opor-

    tuno, na construo de pentgonos.

    1.1 Construo de

    1

    3 e

    1

    5 a partir do Quadrado

    Para se obter uma trisseco de segmento a partir de um quadrado,

    procedemos da seguinte maneira:

    9

  • 7/29/2019 Apostila11 Yolanda

    14/83

    arquivo_orig

    2010/2/26

    page 10

    Estilo OBME

    10 CAP. 1: SECES DE SEGMENTOS

    Seja dado um quadrado ABCD.

    Suponha-o de lado igual a 1.

    Encontre os pontos mdios E e F

    dos lados AB e CD, respectiva-

    mente.

    E F

    CB

    A

    Leve o vrtice D ao ponto E.

    O novo segmento CD determina so-

    bre o antigo BC um ponto I.

    Temos que IC, depois de aberto,

    equivale a1

    3do lado do quadrado

    ABCD.

    A demonstrao segue por semelhana de tringulos:

    Os ngulos AEG e BEI so complementares, pois GEI reto porser o refletido de GDC que reto.Os tringulos GAE e EBI soretngulos. Como AEG comple-mentar de BEI, ento AEG con-gruente B

    IE. Como os tringu-

    los so retngulos e possuem um dos

    ngulos congruentes, eles so seme-

    lhantes.

  • 7/29/2019 Apostila11 Yolanda

    15/83

    arquivo_orig

    2010/2/26

    page 11

    Estilo OBME

    SEC. 1.1: CONSTRUO DE1

    3E

    1

    5A PARTIR DO QUADRADO 11

    Denominaremos agora por x e y os segmentos AG e BI, respec-

    tivamente. Como G um ponto entre A e D, GD = GE = 1 x.Temos tambm que AE = EB =

    1

    2.

    Por Pitgoras, temos no tringulo GAE:

    12

    2+ x2 = (1 x)2 = 1

    4+ x2 = 1 2x + x2 = x = 3

    8.

    Pela semelhana de tringulos,

    temos:

    1

    2

    3

    8

    =y1

    2

    = 38 y = 1

    4= y = 2

    3.

    Logo,

    IC = 1 y = 13

    .

    G

    E

    E

    B I

    x1x

    1/2

    1/2

    y

    A

    No Origami tambm possvel dividir um segmento em cinco

    partes. Vejamos:

    Comece com um quadrado ABCD

    de lado 1.

    Encontre o ponto mdio E de AB.

    Encontre, ento, o ponto mdio QentreA e E.

    Temos que AQ =1

    4, donde

    4 AQ = 2 AE = 2 EB = AB.

    E F

    D

    CB

    Q

    A

  • 7/29/2019 Apostila11 Yolanda

    16/83

    arquivo_orig

    2010/2/26

    page 12

    Estilo OBME

    12 CAP. 1: SECES DE SEGMENTOS

    Leve o vrticeD ao pontoQ, deter-

    minando J em BC.

    Verifica-se, assim como no caso

    da trisseco do segmento, dois

    tringulos semelhantes, AGQ e

    BQJ, pelos mesmos motivos do

    outro caso.Temos que

    1

    5=

    1

    2 BJ .

    G

    De fato, nos tringulos semelhantes,

    AG

    BQ=

    AQ

    BJ=

    GQ

    DJ.

    Sejam x = AQ e y = BJ. Q B

    G

    J

    Q

    x 1x

    1/4 y

    3/4

    A

    Temos por Pitgoras que:

    1

    4

    2

    + x2 = (1 x)2 = 116

    + x2 = 1 2x + x2 = x = 1532

    .

    Por semelhana de tringulos temos:

    15

    32

    1

    4

    =3

    4

    y 15

    32y =

    3

    16 y = 2

    5.

    Obtido2

    5do segmento, basta dividir por 2 para conseguir

    1

    5.

  • 7/29/2019 Apostila11 Yolanda

    17/83

    arquivo_orig

    2010/2/26

    page 13

    Estilo OBME

    SEC. 1.2: CONSTRUO DE1

    NA PARTIR DO RETNGULO 13

    1.2 Construo de1

    n

    a partir do Retngulo

    Existe uma forma mais generalizada de se dividir por n partes,

    no sendo necessrio o papel ser quadrado. Podemos comear com

    qualquer papel retangular.

    Vamos refazer a diviso do segmento no caso n = 3 e n = 5.

    Seja dado um papel retangu-

    lar qualquer ABCD. Dobre

    uma das diagonais e depois ao

    meio pelo lado maior, determi-

    nando os pontos E e F, pon-

    tos mdios dos respectivos seg-

    mentos AB e DC. D

    B

    CF

    A

    No retngulo EBCF que re-

    presenta a metade do retn-

    guloABCD, dobre sua diago-

    nal BF, encontrando o ponto

    I, interseco da diagonal

    maior com a menor.D

    B

    CF

    I

    A E

    Os tringulos ABI e CF I so semelhantes, pois os ngulos dovrtice em comum so congruentes, opostos pelo vrtice e os outros

    ngulos so alternos internos.

  • 7/29/2019 Apostila11 Yolanda

    18/83

    arquivo_orig

    2010/2/26

    page 14

    Estilo OBME

    14 CAP. 1: SECES DE SEGMENTOS

    Temos ento queAB

    F C=

    2

    1 AI

    IC=

    2

    1e, portanto, a diagonal AC

    est divida em trs partes iguais.

    Dobre uma perpendicular a

    AB, passando pelo ponto I eobtenha o ponto G AB.

    GB =1

    3AB

    D

    B

    CF

    I

    H

    A E G

    A ltima afirmao segue do Teorema de Tales, j que IG e CB

    so paralelos.

    O mtodo anterior pode ser aplicado para se obter1

    5do segmento.

    Pegue um papel retangular

    qualquer ABCD. Determine

    E e F, pontos mdios de AB

    e DC. Determine tambm G

    e H, pontos mdios de EB e

    F C.D

    B

    CF H

    A E G

  • 7/29/2019 Apostila11 Yolanda

    19/83

    arquivo_orig

    2010/2/26

    page 15

    Estilo OBME

    SEC. 1.2: CONSTRUO DE1

    NA PARTIR DO RETNGULO 15

    Encontre BH, diagonal do

    retngulo GBCH. Chame de

    I a interseco de AC e BH.

    D

    B

    CF H

    I

    A E

    Dobre JL, perpendicular a

    AB, passando por I. Verifica-

    se que JB 1

    5de AB, pois

    AB

    HC

    =AI

    IC

    =4

    1

    .D

    B

    CF

    I

    LH

    A

    JB igual a1

    5de AB.

    Com esse ltimo mtodo, podemos dividir qualquer segmento em

    n partes, com n N, por induo: tendo o segmento JL da divisoem n 1 partes, dobrando a diagonal LB do retngulo JBCL, en-contrando o novo ponto I na interseco das diagonais, e dobrando

    um novo segmento JL perpendicular a AB passando por I. Ento

    JB =1

    n

    AB.

  • 7/29/2019 Apostila11 Yolanda

    20/83

    arquivo_orig

    2010/2/26

    page 16

    Estilo OBME

    Captulo 2

    Trisseco do ngulo

    Um dos famosos problemas da antiga Grcia era a trisseco de um

    ngulo qualquer com rgua e compasso. Esse problema impossvel

    com rgua e compasso, mas solvel com Origami. A construodada a seguir creditado a Hisashi Abe, conforme publicado em 1980

    no Japo.

    Seja um nguloEB C menor que

    90o conforme figura.

    Para casos de ngulos obtusos, basta

    aplicar apenas no ngulo excedente

    a 90o e som-lo trisseco do

    restante.

    D

    CB

    A

    16

  • 7/29/2019 Apostila11 Yolanda

    21/83

    arquivo_orig

    2010/2/26

    page 17

    Estilo OBME

    17

    Determine uma paralela F G a AD.

    Se a construo seguinte no cou-

    ber no papel, escolha outra paralela

    mais convenientemente posicionada,

    ou use papel maior (ainda com vr-

    tice B na quina do papel).

    D

    CB

    G

    A

    F

    Determine uma paralela HI, onde

    H e I so os respectivos pontos m-

    dios de F B e GC.

    Dobre de modo a levar o ponto F ao

    segmento EB e o ponto B ao seg-

    mento HI.

    Esta ltima dobra dada pelo

    Axioma 6 de Huzita.

    D

    CB

    G

    H I

    A

    F

    Para uma melhor visualizao, mar-

    que os pontos H, F e B (onde

    foram H, F e B), sobre o papel, e

    trace o segmento FB.

  • 7/29/2019 Apostila11 Yolanda

    22/83

    arquivo_orig

    2010/2/26

    page 18

    Estilo OBME

    18 CAP. 2: TRISSECO DO NGULO

    Abra novamente e trace os seg-

    mentos BB e HB. Trace por B

    uma paralela a HB, com extremi-

    dade N.

    Temos que os tringulos BB N,BB H e BFH so congruen-tes, com os ngulos em B congruen-

    tes.

    D

    C

    G

    B

    B

    A

    F

    H

    H

    N

    F

    De fato:

    Os tringulos BB N e BB H so congruentes, pois possuema hipotenusa BB em comum e os catetos opostos aos ngulos no

    vrtice B so congruentes, j que N B = BH = BH.

    Os tringulos BB H e BFH so congruentes, pois possuemum cateto BH em comum e os catetos opostos aos ngulos no vrtice

    B so congruentes, pois HB = HB = HF = HF.

  • 7/29/2019 Apostila11 Yolanda

    23/83

    arquivo_orig

    2010/2/26

    page 19

    Estilo OBME

    19

    Com isso, o vrtice dos tringulos que esto em B tm os mesmos

    ngulos, assim, EB C est divido em trs partes congruentes.

    O passo que no pode ser realizado com rgua e compasso o

    passo do Axioma 6 de Huzita.

  • 7/29/2019 Apostila11 Yolanda

    24/83

    arquivo_orig

    2010/2/26

    page 20

    Estilo OBME

    Captulo 3

    Quadrados e reas

    3.1 Proporo1

    2da rea

    Um problema que simplesmente podemos obter com rgua e com-

    passo e de fcil aplicao em Origami, com ajuda de uma tesoura,

    como obter um quadrado com a metade da rea de um quadrado

    inicial.

    Seja um quadrado ABCD. Junte os

    vrticesA eC para obter o segmento

    BD. Analogamente, obtenha o seg-mento AC.

    fcil ver que os ngulos juntos ao

    centro so retos.D

    B

    C

    d

    b

    caO

    A

    20

  • 7/29/2019 Apostila11 Yolanda

    25/83

    arquivo_orig

    2010/2/26

    page 21

    Estilo OBME

    SEC. 3.1: PROPORO1

    2DA REA 21

    Recortando os tringulos obtidos e juntando-os dois a dois como

    na figura abaixo, teremos dois quadrados, cada um com a metade da

    rea do quadrado ABCD inicial.

    cb

    d

    a

    possvel obter esse mesmo resultado de outras formas.

    Seja dado um quadrado ABCD.

    Leve todos os vrtices ao centro do

    quadrado, ou seja, no encontro das

    duas diagonais.

    O quadrado resultante tem a metade

    da rea do quadrado original.D C

    O

    A

    D C

    O

    A

    BCD

    A

  • 7/29/2019 Apostila11 Yolanda

    26/83

    arquivo_orig

    2010/2/26

    page 22

    Estilo OBME

    22 CAP. 3: QUADRADOS E REAS

    3.2 Proporo1

    n

    da rea

    Vimos no captulo anterior uma forma de se dividir um segmento

    em n lados, obtendo assim, a proporo de1

    n. Na primeira parte

    deste captulo, vimos como obter um quadrado com a metade da rea

    de um quadrado dado. Veremos agora como obter um quadrado derea

    1

    nda rea original.

    Iniciando com um quadradoABCD,

    dobre o lado na proporo1

    nque de-

    sejar. Marque os pontosE eF, con-

    forme figura.

    Fixando B, leve o vrtice A ao seg-

    mento EF, rotacionando por um

    eixo BG. CB 1/nF

    1

    1

    A

    FixeC e leveB sobreBG, obtendo

    o eixo HC (HCBG).Repita o procedimento nos outros

    vrtices.

    Note que os eixos de rotao so or-

    togonais, pois o vrtice levado ao

    eixo que o contm. CB 1/nF

    H

    I

    A

  • 7/29/2019 Apostila11 Yolanda

    27/83

    arquivo_orig

    2010/2/26

    page 23

    Estilo OBME

    SEC. 3.2: PROPORO1

    NDA REA 23

    Os eixos formaro um quadrado.

    Esse quadrado ABCD est para

    ABCD, assim como1

    nest para

    1. Em outras palavras, a rea de

    ABCD dividido por n igual a reade ABCD.

    C1/nFB

    H

    J

    I

    A

    C

    B

    A

    D

    Para demonstrar a proporo entre as reas de ABCD e ABCD,

    vamos analisar as relaes entre os segmentos construdos, nomeando

    os elementos conforme a figura:

    B

    E

    1/nF

    C

    A

    B

    D

    I

    O

    G D

    J

    C

    Ha

    a

    aa

    b

    d

    c

    d

    b

    c

    c

    dc

    b

    b

    d

    b

    A

    Supondo que ABCD tem lado 1 e que x = 1n , basta mostrar quea2 = x, onde a o lado do quadrado ABCD.

  • 7/29/2019 Apostila11 Yolanda

    28/83

    arquivo_orig

    2010/2/26

    page 24

    Estilo OBME

    24 CAP. 3: QUADRADOS E REAS

    Temos que AB = BO = c por construo e que os tringulos

    AAD e AEO so semelhantes, por serem retngulos e possuremo mesmo ngulo em A.Da semelhana,

    1 x2c

    =a + c

    1,

    donde a + c =1 x

    2c.

    Alm disso, no AAD, temos que(a + c)2 + c2 = 1.

    Mas (a+c)2+c2 = a2+2ac+2c2 = a2+2c(a+c) = a2+2c1 x

    2c=

    a2 + 1 x.Logo a2 + 1 x = 1, donde a2 = x = 1

    n.

    Conclui-se ento que a rea do quadrado ABCD 1

    nda rea

    do quadrado ABCD.

    Observao: n no precisa ser nmero inteiro.

  • 7/29/2019 Apostila11 Yolanda

    29/83

    arquivo_orig

    2010/2/26

    page 25

    Estilo OBME

    Captulo 4

    Quadratura do Retngulo

    Dado um retngulo ABCD, o problema consiste em transform-lo

    num quadrado de mesma rea.

    Construa o quadrado AFED

    como na figura.

    BF

    E CD

    A

    Dobre o segmento HG, ondeH e G so os pontos mdios

    de AB e DC.

    B

    E CD G

    A

    25

  • 7/29/2019 Apostila11 Yolanda

    30/83

    arquivo_orig

    2010/2/26

    page 26

    Estilo OBME

    26 CAP. 4: QUADRATURA DO RETNGULO

    Com o ponto H fixo, leve

    o vrtice B ao segmento EF,

    encontrando o pontoO no seg-

    mento EF, e K no segmento

    BC.

    B

    E CD

    O

    G

    K

    A

    Os tringulos HKB e HKO so congruentes.

    Prolongue BO at encontrar

    DC no ponto I.

    Recorte pelos segmentosOA e

    BI.

    B

    E CD

    O

    K

    G I

    A

    Nomeie as peas como a, b e

    c, conforme a figura.c

    b

    a

  • 7/29/2019 Apostila11 Yolanda

    31/83

    arquivo_orig

    2010/2/26

    page 27

    Estilo OBME

    27

    Reorganize as peas de

    modo a obter um quadrado

    de mesma rea do retngulo

    ABCD.

    a

    b

    c

    Mas ser que realmente obteremos um quadrado perfeito?

    Provavelmente, devido algumas imprecises nas dobras o resul-

    tado pode ser duvidoso. Verificaremos ento, os segmentos e ngulos

    obtidos:

    Vimos que HOK= HBK, j que so refletidos em relao aHK.

    Temos que BO perpendicular a HK pela construo. Se

    P = BO HK, o ngulo HBP congruente ao ngulo ABO.Como H ponto mdio de AB e P ponto mdio de OB , temos

    ento que o tringulo ABO semelhante ao tringulo HBP, narazo de

    2

    1.

  • 7/29/2019 Apostila11 Yolanda

    32/83

    arquivo_orig

    2010/2/26

    page 28

    Estilo OBME

    28 CAP. 4: QUADRATURA DO RETNGULO

    Logo, podemos concluir que AO

    perpendicular a OB. Provado

    isto, podemos concluir que os ou-

    tros ngulos que formaro os vr-

    tices do quadrado sero comple-

    mentares, assim, conclumos que

    os ngulos satisfazem os ngulosde um quadrado (ou de um retn-

    gulo).

    BF

    E CD

    K

    O

    P

    G

    H

    I

    A

    Resta provar se BI = AO = lado do quadrado. Vamos chamar de

    j o lado menor e l o lado maior do retngulo. Por serem retngulos

    e um ngulo em comum, os tringulos AOB , ICB e AF O sosemelhantes.

    AF

    AO

    =AO

    ABj

    AO=

    AO

    l

    AO =

    j l I CFOOB

    B

    j j

    l

    A

    A

    Precisamos averiguar o valor de BI, outro lado do quadrado:

    BI

    AB=

    BC

    AO= BI

    l=

    jj l = BI =

    j lj l = BI =

    j l .

    A rea do retngulo de lados j e l dado por j

    l; a rea do

    quadrado, de lado j l, tambm j l. Portanto, est satisfeita aquadratura do retngulo.

  • 7/29/2019 Apostila11 Yolanda

    33/83

    arquivo_orig

    2010/2/26

    page 29

    Estilo OBME

    Captulo 5

    Duplicao do Cubo

    Problema: Dado um cubo

    de aresta a, obter a aresta bde um cubo com o dobro do vo-

    lume.

    Este mais um dos trs problemas clssicos de Euclides. Mais

    uma vez, possvel com Origami e impossvel com rgua e compasso.

    Primeiro, podemos obter o volume a3 do cubo de aresta a na

    seguinte construo:

    29

  • 7/29/2019 Apostila11 Yolanda

    34/83

    arquivo_orig

    2010/2/26

    page 30

    Estilo OBME

    30 CAP. 5: DUPLICAO DO CUBO

    Considere OU = 1 e OA = a.

    Usando a propriedade

    temos que

    OB = a2 e OC = a3.

    Exerccio: construa a4.

    a a2

    a3

    1

    O

    A

    U

    B

    C

    Tendo a3, vamos construir b = 3

    2a3.

    Para isso, tendo obtido u = 2a3 e considere um retngulo ABCD

    suficientemente grande para a construo seguinte:

    Em AB marqueE eF com

    AE = 1 eAF = 2. MarqueEG e F H.

    Em AD obtenhaI eA com

    AI = u = IA.

    Marque IJ e AB.

    Seja O = IJ EG.(*) Dobre levando I sobre

    r = F H e E sobre s =

    AB, obtendo .

    (**) determina em EG oponto P e OP = 3

    u.

    = 2a3

    u

    u

    3

    u

    r

    s

    A1 1

    B

    D

    C

    E

    F

    G

    H

    I

    A

    O

    P

    I

    E

    B

    JQ

  • 7/29/2019 Apostila11 Yolanda

    35/83

    arquivo_orig

    2010/2/26

    page 31

    Estilo OBME

    31

    (*) Esta dobra do mesmo tipo utilizado na trisseco do ngulo,

    dado pelo Axioma 6 de Hizuta.

    (**) Como a mediatriz de II e passa por P de EG, temos a

    mesma situao da figura anterior, onde os ngulos I

    P Q e P

    QE so

    retos e, portanto, u = OE = OP3, donde segue o resultado.

  • 7/29/2019 Apostila11 Yolanda

    36/83

    arquivo_orig

    2010/2/26

    page 32

    Estilo OBME

    Captulo 6

    Pentgono e Retngulo

    ureo

    Neste captulo ser feito uma das construes de um pentgono re-gular. Existem outras formas de se obt-lo, como veremos mais tarde.

    A propriedade explorada nesta construo que o lado do pentgono

    o segmento ureo da diagonal. Como subproduto, podemos construir

    o retngulo ureo.

    Lembramos que retngulo ureo de lados a e b segue a proporoa

    b=

    b aa

    (a < b), donde a2 = b2 ab e, portanto, a = b

    5 12

    .

    Para b = 2 e a =

    5 1.

    32

  • 7/29/2019 Apostila11 Yolanda

    37/83

    arquivo_orig

    2010/2/26

    page 33

    Estilo OBME

    33

    Considere um quadrado ABCD de

    lado 2.

    Observao: Esta medida para

    simplificar a demonstrao.

    Junte os vrtices A com B e D com

    C, obtendo assim um retngulo de

    2 1 e o lado EF.

    D

    CB

    A

    F

    No retngulo BEFD escolha uma

    diagonal, digamos, BF.

    Pelo Teorema de Pitgoras,

    BF2

    = 22 + 12 = BF =

    5 .

    Usando a diagonal como eixo de ro-

    tao, dobre o vrtice C para fora.

    Fixando F, leve o ponto C ao seg-

    mento BF e marque o ponto C.

  • 7/29/2019 Apostila11 Yolanda

    38/83

    arquivo_orig

    2010/2/26

    page 34

    Estilo OBME

    34 CAP. 6: PENTGONO E RETNGULO UREO

    Temos que CF igual a 1, pois assumimos que o lado do quadrado

    2. Assim, BF CF igual a 5 1, ou seja, BC = 5 1.

    Observe que BC o segmento ureo do lado (2).

    Voltando para o quadrado inicial,

    fixe B e leve o vrtice A at BF.

    Subtraia BC = 5 1 do ladoAB = 2; o resto, ou seja, CA, di-

    vida ao meio no ponto O.

    Com a mesma distncia de AO, a

    partir de B, marque O.

  • 7/29/2019 Apostila11 Yolanda

    39/83

    arquivo_orig

    2010/2/26

    page 35

    Estilo OBME

    35

    Temos ento que o segmento OO

    tem comprimento igual a BC =5 1, podendo ser um dos lados

    do pentgono.

    E

    O

    O

    F

    CB G

    A

    FixandoO, leve o pontoO atAD.

    Marque como P o ponto onde O

    toca AD.

    O

    D

    F

    O

    C

    PA

    Analogamente, marque como Q o

    ponto onde O encontra BC.

    Dobre por OP e OQ.

    E

    O

    O

    D

    F

    C

    B

    Q

    P

    A

  • 7/29/2019 Apostila11 Yolanda

    40/83

    arquivo_orig

    2010/2/26

    page 36

    Estilo OBME

    36 CAP. 6: PENTGONO E RETNGULO UREO

    FixandoP, leveO ao segmentoEF.

    Note que a dobra faz-se em torno do

    eixo dos pontos P e o ponto mdio

    de OQ.

    E

    O

    O

    D

    F

    C

    B

    P

    Q

    A

    Neste momento, vamos analisar alguns resultados.

    Temos que os pontos O e Q so simtricos a O e P em relao

    a EF, por construo. Alm disso, OO =

    5 1 e AO = BO =35

    2.

    Por Pitgoras,

    AO2

    + AP2

    = OP2

    ,

    donde35

    2

    2

    + AP2 =

    5 12

    e portanto, AP2 =55

    2.

    Temos ainda que AP

    2

    + AO2

    = OP

    2

    , lembrando que AO =AO + OO.

    5 52

    + (

    5 + 1

    2)2 = OP

    2

  • 7/29/2019 Apostila11 Yolanda

    41/83

    arquivo_orig

    2010/2/26

    page 37

    Estilo OBME

    37

    5

    2

    5

    2+

    5

    4+

    5

    2+

    1

    4= OP

    2

    OP2

    = 4 OP = 2

    OP = P Q = 2 (lado do quadrado)

    Com isso, temos que OP Q um tringulo issceles e por isso,se R o ponto mdio de OQ, ento P R OQ. A reflexo doquadriltero OPRO em torno do eixo P R, determina V, exatamente

    sobre EF.

    Continuando, leve os vrtices D e

    C sobre o quadriltero OPRO.

    D

    F

    C

    O

    P

    R OQ

    Volte apenas a dobra efetuada sobre

    o eixo P R, obtendo assim um pen-

    tgono regular.

    E

    O

    O

    B

    P

    Q

    VA

  • 7/29/2019 Apostila11 Yolanda

    42/83

    arquivo_orig

    2010/2/26

    page 38

    Estilo OBME

    38 CAP. 6: PENTGONO E RETNGULO UREO

    O pentgono mesmo regular?

    Inicialmente supomos o lado do

    quadrado igual a 2. Encontramos o

    segmento

    51 e o utilizamos comolado do pentgono. Vimos que o vr-

    tice V foi obtido atravs da reflexo

    do quadriltero OPRO.

    E

    D

    F

    C

    P

    QB

    V

    A

    Vimos tambm, em passos da cons-

    truo do pentgono, que os pontos

    P e Q so os vrtices do pentgono,

    e, pela construo,

    OP = OP = OO =

    5 1 e

    P Q = OP = 2.

    D

    C

    P

    QB

    O

    O

    MV

    A

    O tringulo P V Q issceles e con-gruente ao P OO, assim, traando

    uma perpendicular a P Q e passando

    por F, temos que M F, conforme

    figura, bissetriz do P V Q = 2

    e divide P Q ao meio.

    Observao: V = F.

    E

    D

    C

    P

    QB

    FV

    A

  • 7/29/2019 Apostila11 Yolanda

    43/83

    arquivo_orig

    2010/2/26

    page 39

    Estilo OBME

    39

    Temos que P M = 1, P V =

    5 1.Ento

    sen =1

    5 1 = 54o.

    Logo, P F Q = 108o, que corresponde

    ao ngulo interno de um pentgono.

    P

    VM

    A demonstrao dos outros ngulos fica por conta do leitor.

    Se quando obtivemos o segmento ureo BC do lado (2), trans-

    ferssemos a medida a um dos lados do quadrado a partir de um dos

    vrtices, teramos ento o retngulo ureo. Voltemos ento constru-

    o:

    Fixe B e leve o vrtice A at BF.

    O ponto (chamemos de A) do lado BA

    que levado em C tal que BA o

    segmento ureo do lado.

    E

    D

    F

    B CG

    H

    C

    A

    A

    Por A trace uma perpendicular ao

    lado AB.

    E F

    B CG

    H

    A

    D

    D

    C

    A

  • 7/29/2019 Apostila11 Yolanda

    44/83

    arquivo_orig

    2010/2/26

    page 40

    Estilo OBME

    40 CAP. 6: PENTGONO E RETNGULO UREO

    Est pronto o retngulo ureo ABC D.

    B C

    A D

  • 7/29/2019 Apostila11 Yolanda

    45/83

    arquivo_orig

    2010/2/26

    page 41

    Estilo OBME

    Captulo 7

    Poliedros de Plato de Faces

    Triangulares

    Entre os cinco poliedros convexos regulares, conhecidos como Po-liedros de Plato, trs deles so constitudos de faces triangulares:

    tetraedro, octaedro e icosaedro.

    Neste captulo construmos as unidades bsicas (ou mdulos) que

    se encaixam de formas distintas, formando os poliedros de faces trian-

    gulares acima.

    Para isso, vamos abordar algumas construes preliminares.

    7.1 Retngulos1

    3 e2

    3A construo das unidades bsicas passa por preparao de retn-

    gulos de propores especiais.

    41

  • 7/29/2019 Apostila11 Yolanda

    46/83

    arquivo_orig

    2010/2/26

    page 42

    Estilo OBME

    42 CAP. 7: POLIEDROS DE PLATO DE FACES TRIANGULARES

    Vamos trabalhar inicialmente com a relao1

    3e

    23

    sobre os

    lados do retngulo.

    Essas medidas aparecem natural-mente no tringulo equiltero.

    CB D

    1

    1/ 3

    2/ 32/ 3

    1/ 3

    A

    Seja um papel quadrado ABCD de

    lado 1.

    Encontre EF, onde E e F so pon-

    tos mdios de AD eBC, respectiva-

    mente.

    Fixando B, leve C a EF.

    D

    CB F

    A

    Pelo ponto J obtido em EF, dobre

    a perpendicularHI a EF.

    Teremos, para o segmento HB que:

    HB

    2

    + (

    1

    2 )2

    = 12

    HB =

    3

    2 .

    Teremos agora, dois casos.

  • 7/29/2019 Apostila11 Yolanda

    47/83

    arquivo_orig

    2010/2/26

    page 43

    Estilo OBME

    SEC. 7.1: RETNGULOS13

    E23

    43

    O primeiro caso, a razo de1

    3:

    Corte por HI e EF.

    Obteremos duas peas, cujas pro-

    pores dos lados so de1

    3em

    cada pea.

    BF

    HB=

    F C

    IC=

    13

    .B F

    G

    C

    IEH

    No segundo caso a razo2

    3:

    Corte somente por HI.

    Sem cortar por EF, teremos um

    retngulo com a seguinte proporo:

    BC

    HB=

    2

    3.

    B F

    G

    C

    I

    Lembramos que o papel A4 de lados a e b (a > b) tal quea

    b=

    b

    a/2, ou seja, dobrando pelo lado maior, temos dois retngulos

    com a mesma proporo do original. Logoa2

    2= b2, donde a = b

    2,

    isto , o lado maior a diagonal do quadrado de aresta igual ao lado

    menor. interessante, mas no a proporo que queremos para os

    nossos mdulos.

    Mas podemos obter do papel A4 doze unidades com a proporo13

    , com uma perda muito pequena. Isto facilitar na construo dos

    poliedros.

  • 7/29/2019 Apostila11 Yolanda

    48/83

    arquivo_orig

    2010/2/26

    page 44

    Estilo OBME

    44 CAP. 7: POLIEDROS DE PLATO DE FACES TRIANGULARES

    Seja um papel A4 com os vr-

    ticesABCD. Dobre pelo lado

    maior ao meio e depois ao

    meio novamente, obtendo as-

    sim, trs vincos, dividindo o

    papel em 4 partes iguais.B C

    Fixando A, leve o vrtice B at o

    segmento EF feito pelo vinco cen-

    tral, rotacionando em torno do eixo

    AG.

    F

    E

  • 7/29/2019 Apostila11 Yolanda

    49/83

    arquivo_orig

    2010/2/26

    page 45

    Estilo OBME

    SEC. 7.1: RETNGULOS13

    E23

    45

    Pelo ponto obtido em EF marque o

    segmento HI perpendicular a AD.

    Pelo que vimos anteriormente, a al-

    tura AH equivale a

    3

    2se conside-

    rarmos AB = 1, isto ,

    AHAB

    = 32

    .

    Dividindo AH por 2 e AB por 4,

    temosHA

    2AB

    4

    =

    3

    1.

    B

    I

    A

    H

    Para aproveitar o papel, dobre a pro-

    poro obtida usando como eixoHI,

    conseguindo mais quatro peas com

    razo1

    3.

    B

    H I

    M N

    J L

    A

  • 7/29/2019 Apostila11 Yolanda

    50/83

    arquivo_orig

    2010/2/26

    page 46

    Estilo OBME

    46 CAP. 7: POLIEDROS DE PLATO DE FACES TRIANGULARES

    O resultado a obteno de 12 peas

    com a razo de1

    3.

    H

    J L

    B

    I

    NM

    A

    7.2 Construo das Unidades

    Construiremos agora os mdulos, que chamaremos de unidades

    A e B dos poliedros de faces triangulares. Para isto, ser necessrio a

    utilizao de retngulos de proporo1

    3

    , como as 12 peas obtidas

    do papel A4, visto anteriormente. Estas unidades formam tringulosequilteros, que ao se encaixarem, produziro os poliedros.

    7.2.1 Unidade A

    Com uma pea retangularABCD, respei-

    tando as propores, leve o vrtice B ao

    D.

    D

    B C

    1

    3

    A

  • 7/29/2019 Apostila11 Yolanda

    51/83

    arquivo_orig

    2010/2/26

    page 47

    Estilo OBME

    SEC. 7.2: CONSTRUO DAS UNIDADES 47

    Ao levar B a D, surge um eixo de rotao

    EF.

    EF a mediatriz de BD.

    Os EF D e EF B so equilteros delado

    23

    .

    Leve o vrtice B ao ponto F.

    A nova dobra paralela a AD.

    Leve o vrtice C sobre DF.

    D

    E

    F

    C

    B

    4/3

    2/32/ 3

    A

    Vire a pea, de modo que a parte de trs

    fique para frente.E

    F

    2/3

    2/ 3

    2/ 3

    1/ 3

  • 7/29/2019 Apostila11 Yolanda

    52/83

    arquivo_orig

    2010/2/26

    page 48

    Estilo OBME

    48 CAP. 7: POLIEDROS DE PLATO DE FACES TRIANGULARES

    Leve o vrtice D ao ponto E. E

    F

    D

    A

    Mova o vrticeA dobrando segundo o eixo

    do ponto E.E

    F

    D

    2/3

    2/3

    2/ 3

    A

    Desfaa a dobra pelo eixo EF, de modo

    que aparea um paralelogramo.F

    2/3 2/3

    Vire a pea, de modo que a parte oculta

    volte-se para frente.E

    Leve as duas extremidades cujos ngulos

    so agudos sobre o lado oposto, fixando os

    vrtices com ngulos obtusos.

    F

    E

    2/3

    4/3

    2/3

    1/3

    4/3

    1/ 3

    Obtm-se um losango cujos lados e a dia-gonal menor medem

    2

    3.

    F

    E

  • 7/29/2019 Apostila11 Yolanda

    53/83

    arquivo_orig

    2010/2/26

    page 49

    Estilo OBME

    SEC. 7.2: CONSTRUO DAS UNIDADES 49

    Nas figuras anteriores, temos que a base do paralelogramo 4

    3, ou

    seja, cabem duas vezes o lado2

    3.

    O segmento pertencente base do paralelogramo e que forma um

    tringulo retngulo 1

    3e a altura

    3

    3.

    Esses valores satisfazem as medidas do tringulo equiltero citadono incio deste captulo.

    Abra o losango para obter a unidade A,

    que composta por quatro tringulos equi-

    lteros de lado2

    3.

    7.2.2 Unidade B

    A construo segue os mesmos procedimentos da unidade A, com

    a diferena do lado pelo qual inicia-se a dobra.

    Com uma pea retangular

    ABCD, respeitando as pro-

    pores, leve o vrtice C ao

    A.

    O eixo de rotao ser

    chamado de EF.B C

    A

  • 7/29/2019 Apostila11 Yolanda

    54/83

    arquivo_orig

    2010/2/26

    page 50

    Estilo OBME

    50 CAP. 7: POLIEDROS DE PLATO DE FACES TRIANGULARES

    Leve o vrtice C ao ponto F. E

    C

    F

    B

    A

    Leve o vrtice B sobre AF. E

    D

    F

    A

    Vire a pea, de modo que a parte de trs

    fique para frente.

    D

    E

    F

    A

    Leve o vrtice A ao ponto E.

    D

    E

    F

    A

  • 7/29/2019 Apostila11 Yolanda

    55/83

    arquivo_orig

    2010/2/26

    page 51

    Estilo OBME

    SEC. 7.2: CONSTRUO DAS UNIDADES 51

    Pegue o vrtice D e dobre pelo eixo do

    ponto E.E

    F

    D

    Desfaa a dobra pelo eixo EF, de modo

    que aparea um paralelogramo.F

    E

    Vire a pea, de modo que a parte oculta

    volte-se para frente.

    F

    E

    Leve as duas extremidades cujos ngulos

    so agudos sobre o lado oposto, fixando osvrtices com ngulos obtusos.

    F

    E

    Obtm-se um losango.

    F

    E

    Abrindo, tem-se a unidade B.

  • 7/29/2019 Apostila11 Yolanda

    56/83

    arquivo_orig

    2010/2/26

    page 52

    Estilo OBME

    52 CAP. 7: POLIEDROS DE PLATO DE FACES TRIANGULARES

    7.3 Montagem dos Poliedros

    Foram produzidas, nas unidades A e B, faces na forma de trin-

    gulos equilteros. Com os tringulos equilteros podemos construir

    apenas trs poliedros regulares: o tetraedro, o octaedro e o icosaedro,

    que so os Poliedros de Plato de faces triangulares.

    7.3.1 Tetraedro

    Para a construo do tetraedro so necessrios dois mdulos, uma

    unidade A e uma unidade B.

    Note que em cada unidade temos quatro tringulos equilteros e os

    tringulos das pontas no possuem corte. Os cortes formam aberturaspara encaixar os tringulos das pontas e ficaro no lado externo do

    poliedro.

  • 7/29/2019 Apostila11 Yolanda

    57/83

    arquivo_orig

    2010/2/26

    page 53

    Estilo OBME

    SEC. 7.3: MONTAGEM DOS POLIEDROS 53

    Encaixe a unidade A em um dos

    cortes da unidade B (ou B em A).

    Dobre dando forma de um tetraedro

    e encaixando todas as pontas.

    Conclumos o tetraedro.

    7.3.2 Octaedro

    Para a construo do octaedro sero necessrios quatro mdulos,

    AAAA ou BBBB ou AABB e, para que fique com faces bicolores, so

    necessrias duas peas de cada cor.

  • 7/29/2019 Apostila11 Yolanda

    58/83

    arquivo_orig

    2010/2/26

    page 54

    Estilo OBME

    54 CAP. 7: POLIEDROS DE PLATO DE FACES TRIANGULARES

    Tome duas unidades A (ou B), de

    cores distintas.

    Encaixe em uma pea A na outra

    pea conforme a foto.

    Repita com outras duas peas

    restantes.

    Forma-se ento, duas pirmides de

    base quadrada com abas triangula-

    res em lados opostos da base.

  • 7/29/2019 Apostila11 Yolanda

    59/83

    arquivo_orig

    2010/2/26

    page 55

    Estilo OBME

    SEC. 7.3: MONTAGEM DOS POLIEDROS 55

    Encaixe as duas pirmides para fi-

    nalizar o octaedro.

    7.3.3 Icosaedro

    Para a construo do nosso icosaedro bicolor so necessrios cinco

    mdulos de cada tipo e cor, ou seja, cinco unidades A com cor 1 e

    cinco unidades B com cor 2. Teremos uma faixa cilndrica com dez

    faces bicolores e fechados com cinco faces de cor 1 de um lado e cincofaces de cor 2 do outro lado. No possvel obter todas as faces

    bicolores.

  • 7/29/2019 Apostila11 Yolanda

    60/83

    arquivo_orig

    2010/2/26

    page 56

    Estilo OBME

    56 CAP. 7: POLIEDROS DE PLATO DE FACES TRIANGULARES

    Inicia-se com duas unidades distin-

    tas, A e B.

    Encaixe a unidade B na unidade A.

    Repita o procedimento anterior,

    encaixando a pea A na B, depois a

    B na A, sucessivamente.

    Para facilitar a montagem,

    recomenda-se que cole com al-

    guma fita adesiva todos os encaixes

    na parte interna.

  • 7/29/2019 Apostila11 Yolanda

    61/83

    arquivo_orig

    2010/2/26

    page 57

    Estilo OBME

    SEC. 7.3: MONTAGEM DOS POLIEDROS 57

    Encaixadas todas as peas, encaixe

    a ltima pea, no caso a pea B, na

    primeira pea A, dando um formato

    cilndrico.

    Com a faixa cilndrica pronta,

    concentre-se nas pontas triangulares

    de um dos lados. Encaixe um trin-

    gulo em outro adjacente sucessiva-

    mente, at fechar o lado com as cincofaces.

  • 7/29/2019 Apostila11 Yolanda

    62/83

    arquivo_orig

    2010/2/26

    page 58

    Estilo OBME

    58 CAP. 7: POLIEDROS DE PLATO DE FACES TRIANGULARES

    Repita o passo anterior no outro

    lado do cilindro, finalizando o

    icosaedro.

    7.4 Esqueleto do Icosaedro

    No podemos deixar de apresentar o esqueleto do icosaedro, cons-

    titudo de trs retngulos ureos encaixantes. Isto porque no icosae-dro, cada cinco faces triangulares com um vrtice em comum deter-

    mina um pentgono regular, cuja diagonal o lado maior do retngulo

    ureo. O lado menor uma aresta do icosaedro (do conjunto de cinco

    faces correspondente a outro vrtice).

    J vimos, junto com a construo do primeiro pentgono, a cons-

    truo do retngulo ureo de lado maior 2, que pode ser usada aqui.

  • 7/29/2019 Apostila11 Yolanda

    63/83

    arquivo_orig

    2010/2/26

    page 59

    Estilo OBME

    SEC. 7.4: ESQUELETO DO ICOSAEDRO 59

    Recortados os retngulos com as devidas propores, passamos

    para o seguinte:

    Seja E = ponto mdio de AB.

    Sejam EF e F G como na figura,

    com EF = F G =AD

    2Recorte por EF e F G.

    A

    B C

    D

    E

    G

    F

    Encaixe duas peas.

    Encaixe a terceira pea.

    Est pronto o esqueleto

    do icosaedro.

    Vemos que ligando os

    vrtices da estrutura

    com segmentos obtemos

    um icosaedro.

    Se estiver familiarizado com coordenadas cartesianas {O,x,y ,z} noespao, encontre os vrtices de um icosaedro com centro na origem do

    espao, como exerccio. Escolha a posio e o tamanho, de forma a

    facilitar as contas.

  • 7/29/2019 Apostila11 Yolanda

    64/83

    arquivo_orig

    2010/2/26

    page 60

    Estilo OBME

    Captulo 8

    Poliedro de Plato de Faces

    Quadradas

    Certamente o nico poliedro de face quadrada o cubo, ou hexae-dro regular.

    Existem diversas formas de se montar um cubo com Origami. Esta

    foi uma forma utilizada para visualizar bem o seu esqueleto, numa

    montagem de poliedros encaixantes.

    Comece com um papel quadrado

    ABCD.

    Leve B e C aos vrtices A e D res-

    pectivamente.

    D

    CB

    A

    60

  • 7/29/2019 Apostila11 Yolanda

    65/83

    arquivo_orig

    2010/2/26

    page 61

    Estilo OBME

    61

    Obtm-se o segmento EF.

    B DC

    FE

    A

    Dobre de modo que leve B a E e CaF, mantendoA eD no lugar. Gire

    180.D

    EBCF

    A

    Vire o papel de modo que a parte

    opaca fique na frente.

    Dobre AD sobre EF, obtendo o

    vinco GH e volte.

    BE FC

    DA

    Leve todos os vrtices sobre GH,

    mantendo G e H fixos, obtendo os

    segmentos IL em EF, IL em BC

    e JK em AD. A pea resultante

    forma um feixe de trs trapzios em

    GH.

    BE FC

    D

    H

    A

    G

    II L L

    J K

    O trapzio ILHG est atrs do

    trapzio ILHG e o quadriltero

    IJKL um quadrado.Dobre as diagonais e os lados IJ e

    KL do quadrado IJKL. K

    LI

    J

  • 7/29/2019 Apostila11 Yolanda

    66/83

    arquivo_orig

    2010/2/26

    page 62

    Estilo OBME

    62 CAP. 8: POLIEDRO DE PLATO DE FACES QUADRADAS

    Leve JK sobre IL e . . .

    KJ

    . . . e obtenha o trapzio triplo.

    Abra pelo centro da base maior,

    como na dobradura de um barco.

    Abra adequadamente, e faa outra

    pea igual. Juntando, forme o cubo.

    Duas peas so suficientes se o cubo estiver com um esqueleto,

    que pode ser um octaedro estrelado. Neste caso, deve-se tomar o

    cuidado de verificar antes qual deve ser a medida da aresta do cubo

    para envolver o esqueleto. E observe que na construo acima, se u

    a aresta do papel quadrado, o cubo tem aresta igual diagonal doquadrado de aresta

    u

    4.

  • 7/29/2019 Apostila11 Yolanda

    67/83

    arquivo_orig

    2010/2/26

    page 63

    Estilo OBME

    Captulo 9

    Poliedro de Plato de Faces

    Pentagonais

    Veremos agora, a construo de um poliedro regular cujas faces sopentgonos. Como o ngulo interno do pentgono de 108 em cada

    vrtice, no existe a possibilidade de unio de mais de trs pentgonos,

    restando assim o dodecaedro como nica soluo.

    9.1 Do copo ao Pentgono Regular

    Para a construo do dodecaedro temos que comear com um

    papel de um tamanho especial, mas antes faremos uma anlise em

    outra construo, a de um copo.

    63

  • 7/29/2019 Apostila11 Yolanda

    68/83

    arquivo_orig

    2010/2/26

    page 64

    Estilo OBME

    64 CAP. 9: POLIEDRO DE PLATO DE FACES PENTAGONAIS

    Comeando com um retngulo

    ABCD, dobre a diagonalBC.

    Encontrando o ponto E,

    interseco de AD com BC,

    dobre por EB e ED , de

    modo que no prenda a parte

    oposta.

    Observe que o tringulo

    BE D issceles.

    0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0

    0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0

    0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0

    0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0

    0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0

    0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0

    0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0

    0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 00 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0

    1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1

    1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1

    1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1

    1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1

    1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1

    1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1

    1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1

    1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 11 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1

    0 0 0 0 0 0 0 0 0 0

    0 0 0 0 0 0 0 0 0 0

    0 0 0 0 0 0 0 0 0 0

    0 0 0 0 0 0 0 0 0 0

    0 0 0 0 0 0 0 0 0 0

    0 0 0 0 0 0 0 0 0 0

    0 0 0 0 0 0 0 0 0 0

    0 0 0 0 0 0 0 0 0 0

    0 0 0 0 0 0 0 0 0 0

    0 0 0 0 0 0 0 0 0 0

    0 0 0 0 0 0 0 0 0 0

    0 0 0 0 0 0 0 0 0 0

    0 0 0 0 0 0 0 0 0 0

    0 0 0 0 0 0 0 0 0 0

    0 0 0 0 0 0 0 0 0 0

    0 0 0 0 0 0 0 0 0 0

    0 0 0 0 0 0 0 0 0 0

    0 0 0 0 0 0 0 0 0 0

    0 0 0 0 0 0 0 0 0 0

    0 0 0 0 0 0 0 0 0 0

    0 0 0 0 0 0 0 0 0 0

    0 0 0 0 0 0 0 0 0 0

    0 0 0 0 0 0 0 0 0 0

    0 0 0 0 0 0 0 0 0 0

    0 0 0 0 0 0 0 0 0 0

    0 0 0 0 0 0 0 0 0 0

    0 0 0 0 0 0 0 0 0 0

    0 0 0 0 0 0 0 0 0 0

    1 1 1 1 1 1 1 1 1 1

    1 1 1 1 1 1 1 1 1 1

    1 1 1 1 1 1 1 1 1 1

    1 1 1 1 1 1 1 1 1 1

    1 1 1 1 1 1 1 1 1 1

    1 1 1 1 1 1 1 1 1 1

    1 1 1 1 1 1 1 1 1 1

    1 1 1 1 1 1 1 1 1 1

    1 1 1 1 1 1 1 1 1 1

    1 1 1 1 1 1 1 1 1 1

    1 1 1 1 1 1 1 1 1 1

    1 1 1 1 1 1 1 1 1 1

    1 1 1 1 1 1 1 1 1 1

    1 1 1 1 1 1 1 1 1 1

    1 1 1 1 1 1 1 1 1 1

    1 1 1 1 1 1 1 1 1 1

    1 1 1 1 1 1 1 1 1 1

    1 1 1 1 1 1 1 1 1 1

    1 1 1 1 1 1 1 1 1 1

    1 1 1 1 1 1 1 1 1 1

    1 1 1 1 1 1 1 1 1 1

    1 1 1 1 1 1 1 1 1 1

    1 1 1 1 1 1 1 1 1 1

    1 1 1 1 1 1 1 1 1 1

    1 1 1 1 1 1 1 1 1 1

    1 1 1 1 1 1 1 1 1 1

    1 1 1 1 1 1 1 1 1 1

    1 1 1 1 1 1 1 1 1 1

    B

    DA E

    Dobre agora a bissetriz de B.B

    D

  • 7/29/2019 Apostila11 Yolanda

    69/83

    arquivo_orig

    2010/2/26

    page 65

    Estilo OBME

    SEC. 9.1: DO COPO AO PENTGONO REGULAR 65

    Encontrado o ponto F, inter-

    seco da bissetriz de B comED , dobre a mediatriz de BF,

    donde surge o segmentoGH, com

    G EB e H BD.B

    D

    G

    H

    Como GH mediatriz de BF,

    dobre levando B a F.

    DE

    G

    H

    F

    B

    Seguindo os mesmos procedimen-

    tos do vrtice B, dobre D sobre

    G.

    Um pentgono possivelmente ir-

    regular, mas simtrico, est

    pronto.

    D

    E

    G

    H

    FB

    I

    Para terminar o copo, dobre o

    vrtice E pelo eixo de rotao

    GF.

    Note que existem duas folhas,

    sendo uma dobrada para frente eoutra para trs.

    DG

    H

    FB

    IE

  • 7/29/2019 Apostila11 Yolanda

    70/83

    arquivo_orig

    2010/2/26

    page 66

    Estilo OBME

    66 CAP. 9: POLIEDRO DE PLATO DE FACES PENTAGONAIS

    E est pronto o copo.

    Faremos agora uma anlise sobre a construo do copo, para de-duzirmos o que necessrio para obtermos um pentgono regular.

    Ao desdobrarmos a constru-

    o do copo teremos as linhas

    de dobras.

    Pela construo, sabemos que

    GH mediatriz de BF e este

    por sua vez bissetriz de EBD. B

    DA

    C

    E F

    G

    H

    Sabemos que para que o pentgono seja regular, cada ngulo in-

    terno deve medir 108o. Como o tringulo HBG issceles, temosque o EGH tambm mede 108o.

    Seja E BD obtido ondeE levado na dobra por BF.

    Por construo temos que

    EG = HE.Como BF bissetriz de EBEe E e E so equidistantes de

    B, tem-se que F equidistante

    de E e E.B

    DA

    C

    108

    72

    1818

    M

    G

    H

    E

  • 7/29/2019 Apostila11 Yolanda

    71/83

    arquivo_orig

    2010/2/26

    page 67

    Estilo OBME

    SEC. 9.1: DO COPO AO PENTGONO REGULAR 67

    Por Tales, temos que pro-

    longando BE, o B ED cor-respondente ao EBC, medindo72o. Pelo tringulo EBF,temos que EF B = 54o, assim

    como BF E. E finalmente o

    F EB = 108, por ser ngulointerno do pentgono. B

    DA

    C

    108

    M

    108

    108

    B

    72

    72

    72

    108

    54

    54

    E F

    G

    H

    E

    Temos ento um pentgono com todos os ngulos de 108o. Resta

    provar que os lados so congruentes. Por construo, E e H sendo

    os refletidos de E e G pela bissetriz BF de EBD, os segmentos GEe HE so congruentes, assim como EF e F E. Na construo, GD

    tambm bissetriz de ADB e os segmentos EF e HE, assim comoEG e GH so congruentes.

    Ou seja, para obtermos um pentgono regular devemos encontrarum ngulo exato. E esse ngulo exato deve ser o ngulo entre a base

    (o lado maior) e sua diagonal, devendo ter exatamente 36o, isto ,

    se o lado maior for equivalente a 1, o lado menor dever ser igual a

    tan36 = 0, 726.... Ou ento, se o lado menor for equivalente a 1, o

    lado maior dever ser igual a tan54 = 1, 376....

  • 7/29/2019 Apostila11 Yolanda

    72/83

    arquivo_orig

    2010/2/26

    page 68

    Estilo OBME

    68 CAP. 9: POLIEDRO DE PLATO DE FACES PENTAGONAIS

    tg 54 = 1,376...

    1

    1

    tg

    36=0,7

    26...

    Vimos, na primeira construo pentgono regular, que iniciamos

    com um quadrado de suposto lado 2. Verificamos tambm que a dia-

    gonal desse pentgono mantinha a mesma medida do lado do quadrado

    inicial e o lado do pentgono media

    5 1. Observe que aplicandoessas medidas na construo do copo, adotando j os devidos ngulos,

    temos:

    GF tem, por construo,

    mesma medida de BG. Como

    BG diagonal do pentgono,

    vamos supor que mede 2. As-

    sim, o lado do pentgono mede5 1 e tambm pela constru-

    o, ED = 2 = F D. B

    DA

    C

    M

    2

    2

    2

    5 1

    5 1

    5 1

    5 1 2

    2E F

    G

    E

    H

    Sabemos portanto a medida do ngulo CBD, quanto deve medira diagonal. Precisamos saber agora, quanto mede um dos lados do

    retngulo. Para isso, basta saber quanto mede AE.

  • 7/29/2019 Apostila11 Yolanda

    73/83

    arquivo_orig

    2010/2/26

    page 69

    Estilo OBME

    SEC. 9.2: DODECAEDRO 69

    Sabemos que ABE = 18

    e que BG = 2 e GE =

    5 1.Ento:

    AE

    BE= sen18

    AE5 + 1

    = 0, 309...

    AE = 1B

    DA

    C

    5 1

    218

    1 5 1 2

    2

    5 1

    2

    F

    E

    H

    G

    E

    Como construir um retngulo com essas propores, fixando o

    tamanho da diagonal 2 do pentgono? Este um outro problema,

    que vamos apresentar depois da montagem do dodecaedro.

    9.2 Dodecaedro

    Podemos finalmente montar o dodecaedro. Atravs da dobradura

    do copo, iniciado com papel com as medidas especiais, na qual obtm-

    se os pentgonos regulares, tome a seguinte pea:

    Como o dodecaedro composto de 12 pentgonos, precisaremos

    de 12 peas para a construo.

  • 7/29/2019 Apostila11 Yolanda

    74/83

    arquivo_orig

    2010/2/26

    page 70

    Estilo OBME

    70 CAP. 9: POLIEDRO DE PLATO DE FACES PENTAGONAIS

    Os tringulos das peas se encaixam em um dos lados do pen-

    tgono central da outra pea. preciso encaixar em uma certa se-

    quncia para que fiquem firmes, sem necessidade de utilizao de cola

    ou qualquer outro material adesivo. Na figura abaixo, a linha com a

    seta indica por onde a ponta da pea deve entrar e at onde ela deve

    chegar.

    Notem que a ponta da pea, que composta pelos lados con-

    gruentes de um tringulo issceles fazem o papel de duas diagonais

    do pentgono. E finalmente...

  • 7/29/2019 Apostila11 Yolanda

    75/83

    arquivo_orig

    2010/2/26

    page 71

    Estilo OBME

    SEC. 9.2: DODECAEDRO 71

    9.2.1 Construo do Retngulo para o Dodecaedro de

    Aresta Dada

    Na construo de poliedros encaixantes aparece o problema de

    construir os poliedros com medidas predeterminadas. O dodecaedro

    pode ser construdo envolvendo um esqueleto do tipo icosaedro es-

    trelado (icosaedro mais tetraedros em cada face) e isto determina as

    dimenses do dodecaedro.

    Vimos na construo do dodecaedro que so necessrios retngulos

    especiais, cuja diagonal divida o ngulo reto em ngulos de 54o e36o. Veremos que esses retngulos so construtveis sem ajuda de um

    transferidor, e com a medida desejada na diagonal do pentgono, que

    continuar sendo chamada de 2.

  • 7/29/2019 Apostila11 Yolanda

    76/83

    arquivo_orig

    2010/2/26

    page 72

    Estilo OBME

    72 CAP. 9: POLIEDRO DE PLATO DE FACES PENTAGONAIS

    Nosso objetivo ser

    encontrar um retngulo

    com lado igual a

    5 + 2

    e diagonal

    5 + 3.

    5 1 12

    2

    5 1

    2

    Comece com um

    retngulo com as

    medidas 6 4.

    Dobre um quadrado de 2 2.

    Depois dobre um retngulo2 1 e a sua dia-gonal.

    Essa diagonal corresponde a

    5.

  • 7/29/2019 Apostila11 Yolanda

    77/83

    arquivo_orig

    2010/2/26

    page 73

    Estilo OBME

    SEC. 9.2: DODECAEDRO 73

    Abra o papel.

    Podemos verificar que

    cada segmento na hori-

    zontal equivale a 2, na

    vertical 1 e na diagonal

    5.

    Dobre o segmento

    5

    sobre o lado e anote,

    conforme a figura.

    Dobre o segmento 1 so-

    bre o lado que esta-

    mos construindo um dos

    lados do retngulo e

    transfira-o somando a

    2 + 5.

  • 7/29/2019 Apostila11 Yolanda

    78/83

    arquivo_orig

    2010/2/26

    page 74

    Estilo OBME

    74 CAP. 9: POLIEDRO DE PLATO DE FACES PENTAGONAIS

    Encontramos os segmentos 2 +

    5 e 3 +

    5, ou seja, o lado e a

    diagonal do retngulo, dados suficientes para a construo o retn-

    gulo.

    Dobre agora uma perpen-dicular ao lado2 +

    5. En-

    contre o ponto que dista

    3+

    5 do vrtice e pertence

    perpendicular.

    Temos assim um retngulo

    cujo lado mede 2 + 5 ea diagonal 3 +

    5. Basta

    agora, seguirmos a constru-

    o do copo e obtermos as

    faces do dodecaedro.

  • 7/29/2019 Apostila11 Yolanda

    79/83

    arquivo_orig

    2010/2/26

    page 75

    Estilo OBME

    Captulo 10

    Construes que se

    EncaixamNa foto ao lado so apresentadas, de

    baixo para cima:

    o esqueleto do icosaedro;

    o icosaedro;

    o icosaedro estrelado (icosaedrocom uma pirmide em cada face,

    que pode ser construda peas

    especiais de Origami, mas no o

    faremos aqui), que o esqueleto

    do dodecaedro; o dodecaedro.

    Estas peas se encaixam perfeitamente, na ordem acima.

    75

  • 7/29/2019 Apostila11 Yolanda

    80/83

    arquivo_orig

    2010/2/26

    page 76

    Estilo OBME

    76 CAP. 10: CONSTRUES QUE SE ENCAIXAM

    Pode-se construir tambm com Origami outro conjunto de peas

    encaixantes: esqueleto do octaedro, octaedro, octaedro estrelado e

    envolvendo todos eles, o cubo.

    Observe que esses encaixes so possveis devido dualidade entre

    dodecaedro e icosaedro, e entre cubo e octaedro. A cada face do

    dodecaedro corresponde um vrtice do icosaedro e vice-versa. A cada

    face do cubo corresponde um vrtice do octaedro e vice-versa.

  • 7/29/2019 Apostila11 Yolanda

    81/83

    arquivo_orig

    2010/2/26

    page 77

    Estilo OBME

    Palavras Finais

    Este trabalho foi baseado em um trabalho de concluso de curso

    de Eduardo Cavacami no Curso de Licenciatura em Matemtica da

    Universidade Federal de So Carlos e depois apresentado como Oficina

    na IV Bienal da SBM, em 2008.

    No decorrer do desenvolvimento do trabalho foi observado que

    muitas pessoas associam Origami com dobraduras de animais, florese outras formas, mas nunca Geometria. Talvez este seja um dos

    motivos do pouco uso no ensino. Mas o fato deste tipo de atividade

    atrair a ateno tanto de crianas quanto de jovens e adultos, faz

    pensar no mtodo como uma importante opo para o ensino.

    Outra contribuio dessa metodologia pode ser na educao de

    pessoas com problemas de viso, pois com a manipulao envolvida no

    Origami, os elementos geomtricos podem ser melhor compreendidos.

    Este trabalho uma pequena parte de um universo que h para

    ser estudado. Mas o intuito deste trabalho foi mostrar a Matemticaescondida em uma simples dobra, mostrando assim, mais um material

    para o escasso campo do ensino da Matemtica.

    77

  • 7/29/2019 Apostila11 Yolanda

    82/83

    arquivo_orig

    2010/2/26

    page 78

    Estilo OBME

    Referncias Bibliogrficas

    [1] ABE, Hisashi. Sugoiz Origami. Tkio: Nippon Hyoronsha Co.

    Ltd., 2003.

    [2] CAVACAMI, Eduardo. Aplicaes do Origami com recortes

    como formas de ensino. Trabalho de Graduao, UFSCar, 2007.

    [3] CAVACAMI, Eduardo; FURUYA, Yolanda K. S. Explorando

    Geometria com Origami. Oficina apresentada na IV Bienal da

    SBM, em Maring, 2008. Disponvel em http:

    //www.dm.ufscar.br/~yolanda/origami/origami2008.pdf

    [4] HULL, Thomas. Origami Mathematics.

    http://mars.wnec.edu/~th297133/origamimath.html

    [5] KNOTT, Ron. Some Solid (Three-dimensional) GeometricalFactos about the Golden Section. Publicado 1996 e atualizado em

    2007. http://www.mcs.surrey.ac.uk/Personal/R.Knott/

    Fibonacci/phi3DGeom.html.

    78

  • 7/29/2019 Apostila11 Yolanda

    83/83

    arquivo_orig

    2010/2/26

    page 79

    Estilo OBME

    REFERNCIAS BIBLIOGRFICAS 79

    [6] LANG, Robert J. Origami and Geometric Constructions.

    http://www.langorigami.com/science/hha/origami_

    constructions.pdf.

    [7] PEDONE, Nelma M.D. Poliedros de Plato. Revista do

    Professor de Matemtica, Rio Grande, n. 15. (CD-Rom com 60

    edies da Revista do Professor de Matemtica.)