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ANÁLISE DAS V ARIAÇOES NO LUCRO líQUIDO IVAN PINTO DIAS "Deve-se apurar não epenes o mordente do lucro ou prejuízo de dedo período, mas tambérn a diferença entre êsse montante eo lucro ou prejuízo do pe- ríodo a~teri3r .. A:J mesmo tempo, é necessário pro- curar iniormeçõee a respeito dos ietôres que causaram essa ditcrençe", - ]OHN N. MYER Ao analisar as demonstrações financeiras das emprêsas, os autores modernos no campo da Administração Contábil e Financeira têm - muito acertadamente e por várias ra- zões - quase à unanimidade emprestado ênfase maior à .demonstração da conta de "Lucros e Perdas" do que ao balanço. A primeira seria como um filme cinematográ- fico que mostrasse o que aconteceu com a emprêsa du- rante um dado exercício, enquanto que o último é apenas - completando a analogia - uma fotografia instantânea da firma em determinado dia. Isso não significa que o balanço e sua análise não devam ser levados em consideração. Porém, não há dúvida de que, se nos fôr dado assistir um filme, - desde que bom -, sairemos muito melhor informados sôbre qualquer assunto do que se olharmos para uma simples fotografia, por melhor que ela seja. Ocorre que, às vêzes, ou dese- jamos fixar certos pormenores, ou não dispomos de um projetor cinematográfico. A opção será, em qualquer dês- ses casos, usarmos unicamente a fotografia. O mesmo acon- IVAN PINTO DIAS - Professor-Adjunto do Departamento de Contabilidade, Finanças e Contrôle da Esccla de Administraçéo de Emprêsas de São Paulo, da Fundação Getúlio Vargas.

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ANÁLISE DAS V ARIAÇOESNO LUCRO líQUIDO

IVAN PINTO DIAS

"Deve-se apurar não epenes o mordente do lucro ouprejuízo de dedo período, mas tambérn a diferençaentre êsse montante e o lucro ou prejuízo do pe-ríodo a~teri3r .. A:J mesmo tempo, é necessário pro-curar iniormeçõee a respeito dos ietôres que causaramessa ditcrençe", - ]OHN N. MYER

Ao analisar as demonstrações financeiras das emprêsas, osautores modernos no campo da Administração Contábil eFinanceira têm - muito acertadamente e por várias ra-zões - quase à unanimidade emprestado ênfase maior à.demonstração da conta de "Lucros e Perdas" do que aobalanço. A primeira seria como um filme cinematográ-fico que mostrasse o que aconteceu com a emprêsa du-rante um dado exercício, enquanto que o último é apenas- completando a analogia - uma fotografia instantâneada firma em determinado dia.

Isso não significa que o balanço e sua análise não devamser levados em consideração. Porém, não há dúvida deque, se nos fôr dado assistir um filme, - desde que bom-, sairemos muito melhor informados sôbre qualquerassunto do que se olharmos para uma simples fotografia,por melhor que ela seja. Ocorre que, às vêzes, ou dese-jamos fixar certos pormenores, ou não dispomos de umprojetor cinematográfico. A opção será, em qualquer dês-ses casos, usarmos unicamente a fotografia. O mesmo acon-

IVAN PINTO DIAS - Professor-Adjunto do Departamento de Contabilidade,Finanças e Contrôle da Esccla de Administraçéo de Emprêsas de São Paulo,da Fundação Getúlio Vargas.

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tece com a demonstração da conta de "Lucros e Perdas"e o balanço: conforme as necessidades e os instrumentosque tenhamos, analisaremos uma ou outro.

Naturalmente, é sempre de bom alvitre que, uma vez in-terpretadas separadamente as duas demonstrações finan-ceiras, juntemos as duas análises feitas, a fim de chegar aconclusões finais sôbre a situação econômico-financeira daemprêsa. Por essa razão, a expressão "análise de balan-ços", - que, com pequenas variações, é muito difundidano Brasil e tem sido objeto da atenção de autores patrí-cios -, já foi abandonada, em outros países, em favor daexpressão "análise das demonstrações financeiras", que tema virtude de esclarecer que não só o balanço é importante,mas também a demonstração da conta de "Lucros ePerdas".

Neste artigo apresentaremos diversas formas de analisara demonstração da conta de "Lucros e Perdas" e, maisespecificamente, de conhecer as razões das variações nolucro líquido de um período contábil para outro. Partire-mos da hipótese de que estamos dentro de uma emprêsae conhecemos todos os fatos sôbre ela. A demonstraçãoda conta de "Lucros e Perdas" a que nos referiremos é autilizada internamente nas emprêsas com informações sô-bre vendas, custo das mercadorias vendidas etc., portanto,bem diferente das demonstrações que geralmente são pu-blicadas nos jornais e infelizmente mais confundem o lei-tor - em especial leigo - do que o esclarecem.

Utilizaremos quantias e proporções arredondadas e apro-ximadas, que não espelham necessàriamente a realidade,pois estamos interessados em princípios e êsses poderãomelhor ser entendidos se trabalharmos com exemplosnuméricos de fácil c·ompreensão.

Alguns dos tipos de demonstrações e análises a serem aquiapresentados poderão ser encontrados em livros ou em re-vistas especializadas, publicados em outros idiomas, prin-cipalmente p.g inglês. Embora não pretendamos ser intei ..

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ramente originais, nossa contribuição tem o sentido deadaptar os conhecimentos acumulados em outros paísessôbre o assunto às condições nacionais e permitir ao admi-nistrador brasileiro a possibilidade de ter mais um instru-mento de trabalho à sua disposição.

CASO DA COMPANHIA ALFA

Para clareza de exposição, vamos supor a existência deuma emprêsa, Companhia Alfa, cuja demonstração daconta de "Lucros e Perdas" seja a resumida no Quadro 1.

QUADRO 1: Resumo da Demonstração da Conta de "Lucros e perdall'(em Milbere« de Cruzeiros')

19x1 19:'\2

Vendas Líquidas Cr$ 1. 000 Cr$ 1. ~OO(_) Custo das Mercadorias Vendidas 400 1. 000

Lucro Bruto sôbre Vendas c-s 600 c-s 500

(-) Despesas OperacionaisDespesas de Vendas. . . . . . . . . . . . . . . . .. Cr$Despesas Administrativas .Despesas Gerais .

100 Cr$100100

20050

150

Total de Despesas Operacionais Cr$ 300 Cr$ 400

Lucro Líquido Operacional Cr$(_ ) Outras Despesas (e Despesas Financeiras)

300 Cr$100

100lO

Lucro Líquido no Perícdo Cr$ 200 Cr$ 90

Observe-se que nesse resumo o lucro líquido operacionalseria aquêle resultante das operações normais da emprêsa.Não é êsse o significado de lucro líquido operacional ado-tado pela nossa legislação fiscal. No caso em questão foisuposta a inexistência de outras receitas (inclusive receí-tas financeiras), as quais não entrariam no cômputo dolucro líquido operacional, mas na apuração do lucro líqui-do do período, isto é, estariam na posição em que estãocoloÇÇiga,s as outras despesas (e despesas financeiras).

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(Algumas emprêsas consideram - a nosso ver errônea-mente - as despesas financeiras como parte integrantedas despesas operacionais.)

A classificação dada para as despesas operacionais poderáser ampliada, conforme o tipo de emprêsa, o plano decontas da emprêsa etc.. Poderia ter sido feito o cálculo doimpôsto sôbre a renda, o qual seria então subtraído dolucro líquido do período e} teria, naturalmente, sua con-trapartida no balanço (Impôsto de Renda Estimado aPagar, Provisão para o Impôsto de Renda etc.). No casode uma sociedade anônima, é preferível não mostrar, numresumo como o que apresentamos, a apropriação do lucropara as várias reservas e para o pagamento de dividendos,assim como o saldo não distribuído que permaneceria parao próximo exercício (lucros retidos). A apropriação dolucro do período deve, de preferência, aparecer à parte,na demonstração de "Lucros Retidos".

Ao analisar o Quadro 1, logo à primeira vista percebemosque, comparando-se os anos de 19x2 e 19x1, houve umaumento nas vendas líquidas e, no entanto, tanto o lucrobruto sôbre vendas, quanto o lucro líquido operacional eo lucro líquido do período diminuíram. Nota-se, também,que somente as despesas administrativas e as outras des-pesas (inclusive financeiras) é que sofreram redução deum período para outro.

Essa análise superficial, porém, deve ser imediatamentecompletada por uma análise cuidadosa e completa de to-dos os anexos a essas demonstrações, onde serão encontra-das tôdas as informações minuciosas sôbre vendas, custodas mercadorias vendidas e despesas. Analisando-se êssesanexos, por exemplo, pode-se chegar a uma primeira con-clusão: a de que a situação do lucro líquido do períodode 19x2 é pior, quando comparada à de 19x1, do queparecia à primeira vista, pois, no primeiro ano, sob o item"Outras Despesas (e Despesas Financeiras) ", cujo totalera de Cr$. 100.000," estavam incluídos Cr$ 80.000 deprejuízo resultante da venda de um ativo fixorportanto,

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se isso não tivesse acontecido, o lucro líquido em 19x1seria de Cr$ 280.000 (Cr$ 200.000 + Cr$ 80.000).Ora, como não acontece todos os anos êsse tipo de tran-sação - venda de ativo fixo e com prejuízo -, o lucrolíquido do período de 19x2 está muito abaixo do lucrolíquido de 19x1 que poderíamos chamar normal, isto é,expurgado do prejuízo de Cr$ 80.000\

Antes de passar à análise cuidadosa dos anexos às demons-trações - passo que deixaremos para o final a fim denão ficarmos assoberbados por nomes de contas e respec-tivas importâncias, perdendo a visão global proporcionadapelo resumo das operações mostrado no Quadro 1 - é ne..,cessário descobrir o porquê da variação no lucro líquidodo período de um ano para outro. Uma das formas defazê-lo vem discutida a seguir,

ANÁLISE VERTICAL E HORIZONTAL

Na análise vertical toma-se o total das vendas líquidascomo base para o cálculo de percentagens e verifica-sequanto, percentualmente, cada item da demonstração re-presenta dêsse total. Ao mesmo tempo, na análise hori-zontal, determina-se qual a variação das quantias mone-tárias de um exercício para outro e a percentagem dessavariação. Ao lado dessas últimas percentagem é interes-sante ter também o índice de um período em relação aoutro, pois quando as alterações percentuais são muitoelevadas, é, às vêzes, um pouco difícil interpretá-las. Émais fácil, por exemplo, compreender que uma quantiarepresenta 10 vêzes uma outra do que entender que amesma é 900% maior que a outra.

O Quadro 2 mostra a-análise vertical e horizontal do re-sumo da demonstração da conta de "Lucros e Perdas" daemprêsa Alfa.

1) o leitor pode raciocinar para tôdas as quantias mencionadas neste artigoem têrmos de cruzeiro "nôvo" ou [forte" (anunciado pelas autoridadesgovernamentais); isso as tornará m~ito mais significativas e próximas darealidade.

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o Quadro 2 indica que as vendas líquidas em 19x2 au-mentaram em 50%, enquanto que o custo das merca-dorias vendidas se elevou em 150% (ou é igual a 2,5vêzes, conforme se vê na coluna dos índices de 19x2, emrelação a 19x1). Isso resultou, portanto, numa diminui-ção de 17% no lucro bruto sôbre vendas, uma vez queêste representava 6010 das vendas em 19x1 e em 19x2representa apenas 33 %, ou seja, o lucro bruto sôbre ven-das de 19x2 representa apenas 0,8 vêzes o de 19x1.

Tanto as despesas de vendas como as despesas gerais au-mentaram em 19x2, pois as primeiras, que representavam10% das vendas líquidas em 19x1, importam agora em1310, ou, ainda, são em 19x2 2 vêzes as despesas de ven-das de 19x1. (Houve, portanto, um aumento de 100%.)Por sua vez, as despesas gerais, embora continuem repre-sentando 10% das vendas líquidas nos dois anos - eessas aumentaram em 500/0 de um exercício para outro-,elevaram-se em 5010 no ano de 19x2, isto é, são iguais a1,5 vêzes as de 19x1.

Por outro lado, houve diminuição nas despesas adminis-trativas e nas outras despesas (inclusive financeiras), asquais são em 19x2 50% e 90ro respectivamente mais bai-xas do que as de 19x1, ou seja, 0,5 e 0,1 vêzes, respec-tivamente. (Veja-se coluna dos índices de 19x2 em re-lação a 19x1.)

Nota-se que essas diminuições são muito pequenas, tantoem valôres relativos quanto em valôres absolutos, quandocomparadas, por exemplo, com o aumento de Cr$ 600.000( 150%) no custo das mercadorias vendidas, custo queé em 19x2 2,5 vêzes o de 19x1.

Portanto, mesmo ocorrendo a redução nas despesas admi-nistrativas em relação às vendas líquidas (de 10% em19x1 diminuíram para 3% em 19x2) e o decréscimo nasoutras despesas (inclusive financeiras) em relação às ven-das líquidas (de 10% em 19x1 diminuíram para 1% em19x2 ou, para sermos mais exatos, para 0,667%), e em-

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bora as vendas líquidas tenham aumentado em 50% deum período para outro, isso não foi suficiente para con-trabalançar os fatôres que causaram a redução no lucrolíquido, resultando, portanto, uma diminuição dêste úl-timo, o qual é em 19x2 apenas 0,4 vêzes o lucro líquidode 19x1 (para sermos mais precisos, 0,45 vêzes), comuma queda de 55%.

Êsse breve comentário sôbre a análise vertical e horizon-tal do Quadro 2 dá a perceber como é, muitas vêzes, umpouco complicada a matéria; daí resulta que freqüente-mente são feitas afirmativas completamente errôneas nes-sa interpretação, pois não devemos esquecer que mudan-ças nas percentagens da análise vertical são afetadas poralterações nos itens que estão sendo medidos e na própriabase - por exemplo, por modificações em um item dedespesa e modificações nas vendas líquidas.

Além disso, as alterações nas percentagens ou índices daanálise horizontal, sem levar em consideração a inflação,devem ainda ser interpretadas com o auxílio de informa-ções suplementares. Assim, para ilustrar a questão, se asvendas líquidas aumentaram em 50%, como ocorreu nocaso da emprêsa Alfa, isso não significa necessàriamenteque seja satisfatório um aumento igualou menor em qual-quer item de despesa, pois há necessidade de determinar--se que parte da despesa em consideração é fixa e queporção da mesma é variável, sempre em relação às vendas.

Os administradores de emprêsas que trabalham no campoda administração contábil e financeira quase sempre en-contram dificuldade em comunicar essas variáveis da aná-lise da demonstração da conta de "Lucros e Perdas" apessoas de outros setores de especialização a fim de quese possa por ela verificar os erros e acertos do passadoe tomar decisões para no futuro, na medida do possível,evitar a ocorrência dos erros. Torna-se, portanto, neces-sário encontrar uma forma melhor - e mais fácil paraos não iniciados no campo da administração contábil e

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financeira - de mostrar as variações no lucro líquido deum período para outro.

DEMONSTRAÇÃO DAS VARIAÇÕES NO LUCROLiQUIDO DO PERÍODO

Um dos modos de solucionar a questão é apresentada noQuadro 3.

QUADRO 3: Demonstração das Variações no Lucro Líquido do Período

(em Milhares de Cruzeiros)

Efeitos sôbr« oLUCRO LíQUIDO

19x1 19x2\Diminuição

I :!Aument~

Vendas Líquidas ..... Cr$ 1.000 Cr$ 1.500 Cr$ 500

(-)Custo das MercadoriasVendidas ........... 400 1.000 Cr$ 600

Lucro Bruto sôbre Ven-das ................ Cr$ 600 c-s 500

(-)Despesas Operacionais:Despesas de Vendas .. Cr$ 100 Cr$ 200 100Despesas Administrati-vas ................ 1'00 50 50Despesas Gerais ..... 100 150 50

To t a I das DespesasOperacionais ........ Cr$ 300 Cr$ 400

Lucro Líquido Opera-cional .............. c-s 300 Cr$ 100

(-) Outras Despesas (e Des-pesas Financeiras) 100 10 90

Lucro Líquido do Pe-ríodo .............. Cr$ 200 Cr$ 90 c-s 640 Cr$ 750

Diminuição no LucroLíquido do Período . . .................... 110

, Cr$ 750 Cr$ 750

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Nesse tipo de demonstração percebe-se que os fatôres cau-sadores de aumento no lucro líquido em 19x2 - em com-paração com 19x1 - foram o aumento de Cr$ 500.000nas vendas líquidas, a redução de Cr$ 50.000 nas despe-sas administrativas e a queda de Cr$ 90.000 nas outrasdespesas (inclusive financeiras), totalizando Cr$ 640.000.Por outro lado, os fatôres que causaram diminuição nesselucro foram o aumento de Cr$ 600.000 no custo das mer-cadorias vendidas, a elevação de Cr$ 100.000 nas despe-sas de vendas e o acréscimo de Cr$ 50.000 nas despesasgerais, totalizando Cr$ 750.000. Como a soma de fatô-res causadores de aumento atingiu somente Cr$ 640.000- menos, portanto, que a soma dos fatôres que trouxe-ram diminuição, isto é, Cr$ 750.000 -, houve uma que-da no lucro líquido de um exercício para outro, de ....Cr$ 110.000.

Não há dúvida de que o Quadro 3 pode ser mais fàcil-mente compreendido do que o Quadro 2. Todavia, aindaassim, êle exige que se faça um breve comentário comoaquêle acima sôbre os dados que nem sempre - confor-me a complexidade das informações disponíveis para aanálise - é muito fácil compreender",

Portanto, mais uma vez, torna-se necessário o aperfeiçoa-mento na forma de apresentar as informações, de tal sorteque seja possível fazê-lo sem grande complexidade e commaior riqueza de pormenores.

ANÁLISE EXPLICATIVA DAS VARIAÇÕES NO LUCRO LÍQUIDODO PERÍODO

Pode parecer redundância denominar uma demonstração"análise" e, além disso, "explicativa". Porém, o nome emsi - algumas vêzes - não importa muito. No caso im-porta mais o realce que pretendemos dar à diferença na

3) Mais uma vez chamamos a atenção do leitor para o problema de comu-nicações envolvido. Nem' sempre as pessoas de outros campos de conhe-cimentos estão familiarizadas com os conceitos da administração contábile financeira e há, portanto, necessidade de tornar as informações de quedisponhamos inteligíveis e acessíveis a elas.

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forma de expor as informações, tal como se pode perce-ber pela comparação do Quadro 4 com os anteriores.

QUADRO 4: Análise Explicativa das Variações 110 Lucro Líquido do Período(em Milhares de Cruzeiros)

'o LUCRO LÍQUIDO FOI DIMINUÍDO POR:

1 - Diminuição no Lucro Bruto sóbre Ven-da~, em decorrência de:

a) Aumento no Custo das Mercado-rias Vendidas:19x2 .19x1 .

Cr$ 1.000400 Cr$ 600

b) Menos: Aumento nas VendasLíquidas:19x2 .19x1 .

Cr$ 1.5001.000 500

Diminuição no Lucro Bruto sô-bre Vendas . Cr$ 100

II Aumento nas Despesas de Vendas:

19x219x1

Cr$ 200100 100

111 ~ Aumento tlIIS Despeslls Gerais:

19x219x1

Cr$ 1!!0100 so

Tota! de Fatôres que Diminuí-ram o Lucro Líquido .... c-s 250

o LUCRO LÍQUIDO FOI AUMENTADO POR:

1 - Diminuiçãotrativas:

19x119x2

nas Despesas Aâminis-

Cr$ 10050 Cr$ 50

11 Diminuição nas Outras Despesas (eDespesas Financeiras):

19x119x2

Cr$ 10010 90

Total de Fatôres que Aumenta-ram o Lucro Líquido .... Cr$ 140

RESULTOU DISSO UMA DI-MINUIÇÃO NO LUCROLÍQUIDO DE Cr$ 110

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As informações constantes do Quadro 4 e sua disposiçãorealçam o fato de que, apesar de ter havido um aumentonas vendas, houve também um aumento mais que pro-porcional no custo das mercadorias vendidas e, com isso,uma tendência para redução no lucro líquido do período,dado que não era tão fàcilmente visível nas demonstra-ções anteriores.

Freqüentemente, é interessante ter, ao lado das diferençasnas quantias absolutas, os valôres relativos dessas diferen-ças. Assim, por exemplo, a última tabela aponta que olucro bruto sôbre vendas diminuiu em 19x2 quando com-parado ao de 19x1. Mas, quantas vêzes é êle menor em19x2? Quanto representava percentualmente em relaçãoàs vendas líquidas em 19x1 e quanto representa em 19x2?Para responder a essas e a outras questões, o Quadro 4pode ser melhorado, como mostramos a seguir.

ANÁLISE EXPLICATIVA DAS VARIAÇÕES NO LUCRO LíQUIDODO PERíODO (EM VALÔRES RELATIVOS E ABSOLUTOS)

o Quadro 5 foi construído utilizando-se bàsicamente asdisposições constantes do Quadro 4, mas com acréscimodos dados fornecidos pela análise vertical e horizontal(Quadro 2).

Apesar de aparentemente complexo, o Quadro 5 tem agrande vantagem de ser bem mais completo que o Qua-dro 2 e, além disso, de propiciar quase de relance a visãodos fatôres que contribuíram para aumentar ou reduziro lucro líquido do período em relação ao exercício ante-rior, tanto em valôres absolutos, quanto relativos.

Deve ser tomado, na interpretação dêsse último quadro,cuidado especial no tocante às diferenças nas percenta-gens. Essas diferenças foram obtidas pela subtração deduas percentagens: da percentagem de um dado item emrelação às vendas líquidas em 19x1 e da percentagem domesmo item em relação às vendas líquidas em 19x2. Ora,como houve alteração na base do cálculo dessas percen-

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tagens - as vendas líquidas de 19x2 são 50% maisaltas que as de 19x1, ou seja, 1,5 vêzes - torna-se ne-cessária muita cautela na interpretação, pois do contráriopoder-se-á chegar a conclusões absurdas. Pode ser con-veniente, por isso, conforme o caso, a eliminação da co-luna referente às percentagens das vendas líquidas, ou,então, tão somente das linhas referentes às diferenças daspercentagens.

A última coluna à direita do Quadro 5 é, sem dúvida,necessária e contém informações preciosas. No caso daemprêsa Alfa, verifica-se por ela que as vendas líquidasde 19x2 representam 1,5 vêzes as de 19x1 (aumento de50%) e que o custo das mercadorias vendidas em 19x2é 2,5 vêzes o de 19x1 (aumento de 150%). Uma vezque a taxa de aumento no custo foi maior que a taxa deaumento nas vendas, a proporção do lucro bruto sôbrevendas, que era de 60% em 19x1, caiu para 33%.

Êsses e outros tipos de considerações podem e devem serfeitos, não nos esquecendo de que ao lado dos índices epercentagens temos também as quantias monetárias, quemuito podem auxiliar na interpretação das proporções.

Quando fôr relativamente alta a taxa de inflação de umano para outro, para não chegarmos a conclusões absurdasou errôneas, é interessante não só fazer a análise na formaindicada no Quadro 5, mas também deflacionar os dados doúltimo período (ou inflacionar os dados do primeiro perío-do), colocando as informações assim obtidas na formaconstante do quadro. Dependendo da taxa de inflação, dotipo e da natureza da emprêsa etc., são muitas vêzesenormes as diferenças que aparecem, quando trabalhamoscom dados históricos (não ajustados), em comparaçãocom dados ajustados.

No caso da emprêsa Alfa, para ilustrar a questão, supon-do-se que o índice de custo de vida - ou qualquer outroíndice que melhor reflita a taxa de inflação - em 19x1seja 439 (em relação a um ano-base qualquer) e 607

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em 19x2, resultará que as vendas do ano de 19x2, quan-do expressas ou convertidas em têrmos do nível de preçosde 19x1, serão de apenas Cr$ 1.084.8004

RESUMO E CONCLUSÕES

Verificamos que a análise vertical e horizontal clássica dademonstração da conta de "Lucros e Perdas", tal comoapresentada no Quadro 2, não é de muito fácil compreen-são, principalmente por parte dos leigos, os quais, no en-tanto, necessitam muitas vêzes saber porque houve varia-ção no lucro líquido do período de um exercício contábilpara outro.

Vimos que a explicação para essa variação pode ser bemmelhor entendida se feita na forma indicada no Quadro 3,o qual, por sua vez, pode tornar-se mais informativo seelaborado de acôrdo com o mostrado no Quadro 4.

Todavia, a análise das variações no lucro líquido do perío-do, obtida nesse último quadro, é feita tão somente emtêrmos absolutos; faltando as quantias relativas, não hápossibilidade de se ter noção exata do que ocorreu. Assim,empregando-se bàsicamente a disposição das informaçõesconstantes do Quadro 4 e acrescentando-se-lhes as impor-tâncias relativas fornecidas pela análise vertical e horizon-tal, chegamos ao Quadro 5.

4) Essa quantia foi obtida mediante o seguinte cálculo:

Índice do

Vendas Custo de Vida

19x119x2

Cr$ 1 .000.000

Cr$ 1 . 50'0 . 000

439

627

Portanto, o fat cr de conversão é:

439= 0,.7232

627

Logo:

c-s 1. 500.000 x 0,7232 Cr$ 1.084.800

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Vimos também alguns cuidados a serem levados em con-sideração nos dados percentuais e a sugestão - de acôr-do com a situação específica da emprêsa que fôr utilizaros conceitos examinados neste artigo - de eliminaçãode uma coluna ou de algumas linhas dêsse último quadro.

Havendo uma taxa inflacionária relativamente elevada deum exercício para outro, sugerimos que, após a obtençãodo Quadro 5 em dados históricos, sejam as quantias doúltimo período deflacionadas ao nível do poder de com-pra do exercicio anterior e depois dispostas no formatoindicado pelo quadro, a fim de poder-se perceber as defor-mações decorrentes da inflação. Exemplificando o proble-ma, notamos que no caso da emprêsa Alfa as vendas de19x2, quando convertidas em têrrnos do nível de preçosde 19x1, eram quase idênticas à quantia monetária dasvendas dêsse período e, no entanto, aparentemente, tinhamaumentado em 50%.

Em resumo, portanto, foi possível notar que a variaçãono lucro líquido do período pode ser atribuída à modifi-cação no lucro bruto sôbre vendas, a alterações nas des-pesas operacionais, ou nas outras receitas (inclusive finan-ceiras) e outras despesas (inclusive financeiras).

Naturalmente, as modificações no lucro bruto sôbre ven-das podem ser provenientes de alterações no volume fí-sico de unidades vendidas, no preço unitário de venda eno custo unitário das mercadorias vendidas, o que em simereceria estudo e explicação bem minuciosos.

As despesas operacionais podem ser também esmiuçadase depois analisadas vertical e horizontalmente, porém,para o seu perfeito contrôle, o melhor é ter um processoorçamentário bem feito e um sistema de registros de "con-tabilidade por responsabilidade'", uma vez que as altera-

5) "Contabilidade por responsabilidade" é tradução da expressão inglêsa "res-ponsability accounting", que se refere a um sistema que revele não apenaso que ocorre em uma emprêsa, mas também, quem é responsável por isso.Naturalmente, a fim de poder funcionar de maneira adequada, o sistemadeve ser reflexo fiel da organização da estrutura, a 'qual, por sua vez,deve ter sido concebida em bases científicas e reais.

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R.A.E./2Ó VÀRIAÇCES Nó tUCRÓ LfQUlbà 51ções nas despesas operacionais entre dois exercícios podemresultar de numerosas causas, como, por exemplo, de mu-danças nos métodos de operação, no volume físico de uni-dades transacionadas, nas diretrizes da emprêsa, na efi-ciência administrativa, e de decisões administrativas arbi-trárias que aumentem ou diminuam as despesas opera-cionais, como salário, propaganda ou investimento emativo fixo etc..

Apesar das ponderações feitas nos dois últimos parágrafos,acreditamos que é de valia ao administrador de emprêsasa análise das variações do lucro líquido, pois ela será umprimeiro passo no sentido de descobrir erros e acertos dopassado e de tomar providências no sentido de evitar nofuturo, sendo possível, os erros cometidos, uma vez queserá depois da análise tal como exposta neste artigo, queêle poderá chegar à análise cuidadosa do lucro bruto sôbrevendas etc..

Não é, porém, descabida uma última palavra de precau-ção a ser levada em consideração nesse e em outros tiposde análises:

"Ê tão difícil interpretar percentagens, quando não estãoacompanhadas das quantias absolutas, como compreendero significado das quantias, sem relacioná-las com um pa-drão de comparação. Tem pouco significado verificar queo lucro líquido para 19x2 é 10% maior que o lucro lí-quido de 19x1, se em ambos anos êle fôr totalmente ina-dequado em relação aos ativos investidos na emprêsa.Como alguém com perspicácia observou: 'O que se de-posita nos bancos é dinheiro e não percentagens' ... "6

6) H. J. BLACK e J. E. CHAMPION, Accounting in Business Decisions,T'heory; Method and Use, Prentice-Hall, Inc., Englewood Cliffs, 1961,pág. 273.

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