Anemia Infecciosa Equina

25
ANEMIA INFECCIOSA EQUINA CONCEITO ANEMIA INFECCIOSA EQUINA CONCEITO A Anemia Infecciosa Equina é uma doença A Anemia Infecciosa Equina é uma doença infecciosa, viral, infecciosa, viral, causada por um causada por um lentivírus, que afeta equideos, de lentivírus, que afeta equideos, de distribuição mundial. distribuição mundial. Conhecida como “Febre dos Pântanos” ou Conhecida como “Febre dos Pântanos” ou como “Malária Equina” como “Malária Equina” NOTIFICAÇÃO COMPULSÓRIA no Brasil! NOTIFICAÇÃO COMPULSÓRIA no Brasil! - O médico veterinário deve comunicar aos - O médico veterinário deve comunicar aos órgãos de Defesa Sanitária Animal qualquer órgãos de Defesa Sanitária Animal qualquer caso positivo desta enfermidade. caso positivo desta enfermidade.

description

Anemia Infecciosa Equina Texto Para Alunos

Transcript of Anemia Infecciosa Equina

  • ANEMIA INFECCIOSA EQUINA CONCEITO

    A Anemia Infecciosa Equina uma doena infecciosa, viral, causada por um lentivrus, que afeta equideos, de distribuio mundial.Conhecida como Febre dos Pntanos ou como Malria Equina

    NOTIFICAO COMPULSRIA no Brasil!

    - O mdico veterinrio deve comunicar aos rgos de Defesa Sanitria Animal qualquer caso positivo desta enfermidade.

  • ETIOLOGIA

    Famlia RetroviridaeGnero LentivirinaeVrus RNA envelopado; ncleo cnico e denso, com envelope lipdico exterior derivado da membrana plasmtica de clulas do hospedeiro durante a maturao da partcula

    Atividade da transcriptase reversa

    - Genoma altamente mutvel

  • RNA enzima transcriptase reversa

    DNA inserido no genoma das

    clulas do hospedeiro

  • ETIOLOGIA

    Vrus inativado por:

    solventes lipdicos e detergentes

    hidrxido de sdio, hipoclorito de sdio, solventes orgnicos, clorexidina

    aquecimento a 56oC/30 min.

    Em 25oC permanece infeccioso por 96 horas em agulhas hipodrmicas!

  • EPIDEMIOLOGIA

    Doena tem importncia no Brasil mas h poucos estudos sobre a prevalncia desta em torno de 3%Regies Centro-Oeste e Norte: elevada soropositividade: 12,7% e 11,8% respectivamenteRegies Centro-Oeste e Norte: fatores climticos e manejo favorveis disseminao do vrusNo Acre: prevalncia de 7,5% associada a fatores como extenso territorial, ser rea de fronteira, distante da capital, de difcil acesso... No h variveis quanto raa, espcie, sexo e idade
  • EPIDEMIOLOGIA
    Hospedeiros e Transmisso

    Ocorre entre equdeos infectados e no infectadosEquinos (Equus caballus), asininos (Equus asinus) e muares = reservatrios e hospedeiros naturais Tentativas de propagar para outras espcies falharamPela transferncia de sangue ou derivados sanguneos Relao com vetores - insetos hematfagos:

    - Mosca do cavalo e mosca do veado (Famlia Tabanidae)- ppte

    Mosca do estbulo (Stomoxys spp) e Mosquitos (Cullicoides spp) podem ser vetores mecnicos

    No veroZonas pantanosas
  • EPIDEMIOLOGIA- Transmisso

    Iatrognica transfuso de sangue contaminado ou utilizao de agulhas ou instrumentos cirrgicos contaminados Transferncia Transplacentria (viremia com alto ttulo durante a gestao)Transferncia pelo Colostro/Leite

    - Vrus encontrado em smen de reprodutor mas esta via de infeco no foi determinada.

  • EPIDEMIOLOGIA- Transmisso

    Fatores que contribuem para a disseminao:

    Concentraes de animais no testados (cavalgadas, rodeios...)

    Deslocamento de animais no fiscalizados de uma cidade para outra...

  • PATOGENIA

    Logo aps a infeco vrus no hospedeiro replicao a altos ttulos em

    macrfagos do fgado, bao, linfonodos, pulmes, rins e adrenais

    O aumento da titulao do vrus cursa com o aumento da temperatura corporalAlta concentrao de antgenos virais na circulao/tecidos, com produo de anticorpos Posterior infeco dos linfcitos
  • PATOGENIA

    1) Pode haver erros na cpia do genoma viral, com mutaes genticas

    2) Cpia do DNA viral inserido no DNA do hospedeiro pode ficar dormente por longos perodos (ausncia de expresso viral)

    1 e 2)

    ausncia da resposta imune do hospedeiro

    contribui para a persistncia viral

  • PATOGENIA

    Fase aguda = animais ainda so soronegativos

    Produo de anticorpos somente 12-24 dias aps a infeco = soropositivos

    Animais assintomticos mas cronicamente virmicos por perodos superiores a 18 anos

  • PATOGENIA - LESES

    Anemia tem sido relacionada a:

    Supresso da medula;

    Destruio autoimune dos eritrcitos, com Hemlise e Eritrofagocitose

    Falhas no metabolismo do ferro

    Vasculite e glomerulonefrite:

    Depsitos de imunocomplexos

    Hemorragias:

    Trombocitopenia

  • EPIDEMIOLOGIA- Sintomas

    Variam em funo de:

    cpa viral / dose viral recebida / resposta individual do hospedeiro

    Espcie animal cavalo ou asinino

    Cavalos e pneis- grande variao de susceptibilidade individual

    Replicao (carga viral) estudos (RT- PCR) para monitoramento da carga viral para possibilidade de fabricao de vacinas

  • SINTOMATOLOGIA

    Sndrome febril aguda (40,5 a 41,1 oC) com Trombocitopenia e /ou Anemia - aps 7 21 dias de incubao

    Ou: Sndrome subaguda ou crnica de febre cada vez mais intensa, perda de peso, edema ventral, grave anemia

    Ou: clinicamente normais

    Outros sintomas associados: anorexia, depresso, sudorese, epistaxe ou secreo serosa no focinho

  • SINTOMATOLOGIA

    A maioria dos equinos se recupera espontaneamente da viremia inicial (aprox. 3-5 dias) ficam clinicamente normais (2-4 semanas) - episdios recorrentes de febre, trombocitopenia, depresso.

    Cada episdio febril = viremia

    Entre os episdios = vrus associados s clulas e no livres no plasma

    Frequncia e gravidade dos episdios febris decrescem com o passar do tempo

    Muitos episdios durante os 12 primeiros meses aps a infeco

  • SINTOMATOLOGIA

    Muitos equinos deixam de ter os episdios de febre e viremia tornam-se portadores inaparentes dos vrus

    Raros cavalos: progresso para a forma debilitante crnica: perda de peso, anemia, edema e eventualmente a morte

  • PATOLOGIA

    Na necropsia:

    -edema subcutneo;

    -ictercia;

    -hemorragias (petquias/equimoses) em serosas

    -esplenomegalia/linfadenomegalia/hepatomegalia

    Em casos crnicos: emagrecimento e anemia

    Na histopatologia:

    -hemossiderose no fgado, bao e linfonodos

    -vasculite com inflamao MN em vrios rgos

    -glomerulite proliferativa (imunocomplexos)

  • DIAGNSTICO

    Sinais clnicos: febre recorrente, trombocitopenia, anemia, edema ventral e perda de peso

    Episdios repetidos de febre alta indicando viremia

    Esfregaos sanguineos: sideroleuccitos (moncitos fagocitando eritrcitos) da medula ssea indicando infeco prvia pelo vrus da AIE

    Leses macroscpicas (esplenomegalia) e microscpicas (glomerulonefrite/hemossiderose)

    Testes sorolgicos - confirmar infeco

    Os testes laboratoriais so: IDGA (Imunodifuso em Gel de gar) =teste de Coggins / cELISA (Elisa competitivo) detectam anticorpos

  • TRATAMENTO

    No existe
  • CONTROLE E PROFILAXIA

    Prevenir a infeco:

    - No permitir a entrada e permanncia de equinos estranhos na propriedade, mesmo que temporria;

    - Quando na introduo de um animal novo no plantel: exigir atestado negativo de AIE; ou:

    Manter o animal isolado durante 30 dias e realizar exame sorolgico

    - Utilizao de repelentes para controle das moscas e mosquitos

  • CONTROLE E PROFILAXIA

    Prevenir a infeco:

    Colocar Bovinos no meio do rebanho equino para interromper a transmisso mecnica

    Desinfetar constantemente os estbulos, boxes...

    Utilizar material descartvel, como agulhas hipodrmicas

    Exames sorolgicos em animais do rebanho que sairam e retornaram ao mesmo

    Vigilncia constante do rebalnho

  • CONTROLE E PROFILAXIA

    Em casos de surto:

    (fiscalizado pela Defesa Sanitria Animal M.A.)

    - Interdio da movimentao de equdeos nas propriedades;

    - Isolamento de animais suspeitos ou soropositivos;

    - Proibio da participao dos equdeos em locais com alta concentrao de animais;

    - Eliminao dos comprovadamente positivos;

    - A eutansia s ser feita aps um novo teste, 15 dias aps a primeira prova.

  • CONTROLE E PROFILAXIA

    Propriedades sero consideradas

    controladas:

    Ausncia de reagentes positivos em duas provas sucessivas de IDGA, com intervalo de 30-60 dias

    Todo o rebanho for submetido ao teste pelo menos 1 vez a cada 12 meses

  • As autoridades sanitrias deveriam elaborar uma poltica sanitria rgida, levando em considerao as caractersticas diferenciais da enfermidade de acordo com os diferentes ecossistemas do pas, tipos de manejo, finalidade e aptido dos animais, densidade populacional, a fim de garantir a continuidade da equinocultura brasileira (Doenas de ruminantes e equdeos, 2007)
  • Manual de Legislao

    Instruo Normativa no 45, de 15/06/2004Aprova as Normas para a Preveno e o Controle da AIE pgs 263-273