Al rescate de Motolinía. Edmundo O'Gorman. Comentarios a un libro de G. Baudot.pdf

33
AL RESCATE DE MOTOLINIA PRIMEROS COMENTARIOS AL LIBRO DE GEORGES BAUDOT Edmundo O Go RAÍAN Universidad Nacional Autónoma de México EN FECHA RECIENTE el señor Georges Baudot, profesor conspicuo de la Universidad de Toulouse, tuvo la amabilidad de enviarme su libro, Uiopic et hisloire au Álcxique (Toulouse, Privat, 1977), un apretado volumen de 554 páginas más 12 de preliminares, su tesis para optar al doctorado de estado. Que conste mi agradecimiento, pero no tanto por la —¿cómo diré?— un poco impertinente dedicatoria del ejemplar qne me en- AÍÓ, donde al autor le pareció oportuno instruirme acerca de la naturaleza de la "discrepancia" a la que le es consubstancial "la ley despiadada del quehacer histórico". El adjetivo, por supuesto, se le vino a la pluma para prevenirme de la crítica que le inspira- ron mis pasados esfuerzos por resolver algunos de los problemas que encierran los textos de fray Toribio Motolinía y que, gracias a la contribución del señor Baudot, se han oscurecido notablemente. Nada como reconocer los errores propios y así lo liaré cuando el caso ocurra, pero como a todos los santos les llega su fiesta, trataré de emular a mi mentor en aquello de la "ley despiadada del quehacer histórico", mas no, ciertamente, en la petulancia —no hay otra palabra— de la que buena muestra dan la inicial parra- fada del Avant-propos y la cláusula final del capítulo segundo que tan justa indignación han provocado en cuantos lectores del libro conozco. Como el cargo es más bien feo que grave, no hará falta abrumar con transcripciones completas, pero sí obliga al testimonio de dos increíbles frases. La primera, con la que parte plaza el libro, es como sigue: "Por extraño que pueda parecer —se nos dice— las fuen- tes auténticas de la mayor parte de nuestros conocimientos acerca de la civilización precolombina del México tío han sido jamás estu- diadas" (p. ix). Más adelante quedamos notificados de que los tex- tos de las crónicas que encierran el cúmulo de información asequi- 44fi

Transcript of Al rescate de Motolinía. Edmundo O'Gorman. Comentarios a un libro de G. Baudot.pdf

  • AL RESCATE DE MOTOLINIA PRIMEROS COMENTARIOS A L LIBRO

    DE GEORGES BAUDOT

    E d m u n d o O G o R A A N Universidad Nacional Autnoma de Mxico

    E N F E C H A R E C I E N T E el s e o r Georges Baudot , profesor conspicuo de la U n i v e r s i d a d de Tou louse , t uvo la a m a b i l i d a d de enviarme su l i b r o , Uiopic et hisloire au lcxique (Toulouse , Pr iva t , 1 9 7 7 ) , u n apretado v o l u m e n de 5 5 4 p g i n a s m s 1 2 de pre l iminares , su tesis para o p t a r a l doc torado de estado.

    Que conste m i agradecimiento, pero no t an to p o r la cmo d i r? u n poco i m p e r t i n e n t e dedicator ia de l e jempla r qne me en-A , donde a l au tor le p a r e c i o p o r t u n o i n s t r u i r m e acerca de la naturaleza de la "discrepancia" a la que le es consubstancial " l a ley despiadada de l quehacer h i s t r i c o " . E l adjet ivo, p o r supuesto, se le v i n o a la p l u m a para p reven i rme de la c r t i c a que le inspira-r o n mis pasados esfuerzos po r resolver algunos de los problemas que encier ran los textos de fray T o r i b i o M o t o l i n a y que, gracias a la c o n t r i b u c i n de l s e o r Baudot , se h a n oscurecido no tab lemente .

    N a d a como reconocer los errores propios y as lo l i a r cuando e l caso ocurra , pero como a todos los santos les l lega su fiesta, t r a t a r de e m u l a r a m i m e n t o r en aquel lo de l a " ley despiadada d e l quehacer h i s t r i c o " , mas no , ciertamente, en l a pe tu lanc ia no hay o t ra palabra de la que buena muestra d a n la i n i c i a l parra-fada de l Avant-propos y la c l u s u l a f i n a l de l c a p t u l o segundo que t a n justa i n d i g n a c i n h a n provocado en cuantos lectores de l l i b r o conozco.

    C o m o e l cargo es m s b i e n feo que grave, no h a r fal ta ab rumar con t ranscripciones completas, pero s ob l iga a l t e s t imonio de dos i n c r e b l e s frases. L a p r imera , con la que parte plaza e l l i b r o , es como sigue: "Por e x t r a o que pueda parecer se nos dice las fuen-tes a u t n t i c a s de la mayor parte de nuestros conocimientos acerca de la c i v i l i z a c i n p r eco lombina de l M x i c o to han sido jams estu-diadas" (p . i x ) . M s adelante quedamos not i f icados de que los tex-tos de las c r n i c a s que encierran el c m u l o de i n f o r m a c i n asequi-

    44fi

  • A L RESCATE DE M O T O L I N A 447

    b l e sobre la c iv i l i z ac in de las poblaciones de l A n h u a c , nunca han sido el objeto de una itivcstigacin cientfica, moderna (p . i x ) , y as , en esa vena, hasta el f i n a l d e l p r r a f o , p o r no decir de l l i b r o . ' J a m s " y " n u n c a " son palabras sin regreso pero c laro! su i m p l i -

    c a c i n es la de u n j o v e n Eneas que, po r f i n y po r p r imera vez, se aven tura p o r esos p i l a g o s para marcar e l sendero que conduce a l l uminoso p u e r t o de la verdad. Muchas gracias.

    L a o t r a muestra no es menos i r r i t a n t e . Enunciados los escri-tores, ob je to de los desvelos c i en t f i cos de nuestro autor, s te pro-clama el p r o p s i t o de recons t ru i r "con la mayor prec is in , posible l a v i d a y l a o b r a de esos cuatro pr imeros olvidados cronistas d e l a n t i g u o M x i c o " (p. 118) , a saber: fray A n d r s de Olmos, fray 1 o r i b i o M o t o l i n a , el au tor de la Relacin de JMichoacn y fray Francisco de las Navas. Sea b i e n v e n i d o e l i n t en to , pero a son de q u d i p u t a r de olvidadas las obras de aquellos b e n e m r i t o s ? B a s t a r para refutar el cargo la n u t r i d a b i b l i o g r a f a consultada p o r nuestro autor . Y o h a b r disparatado de lo l i n d o e n mis edi-ciones de M o t o l i n a , pero es de i n t e n c i n aviesa decir, para s lo c e i r m e a m i caso, que e l v ie jo f ra i le ha estado sumergido en aguas de l Le teo . Inev i t ab l emen te af lora la impe r t i nenc i a de l pro-fesor de la U n i v e r s i d a d de T o u l o u s e al ostentarse como " E l de-seado" que, p o r f i n , l lega a sacarnos de u n letargo secular para revelarnos e l va lor y e l sentido de nuestras antiguas glorias. Y de nuevo muchas gracias.

    Por mot ivos obvios m e h a n interesado especialmente los dos extensos c a p t u l o s dedicados a la v i d a y obra de fray T o r i b i o M o -t o l i n a y pienso, D i o s median te , dedicarles u n par de a r t c u l o s m s , pero no s lo po r la necesidad de poner en guard ia al lec tor desprevenido, sino porque no debo consentir con e l asent imiento d e l s i lencio l a fal ta de a t e n c i n y de seriedad en la c r t i c a que ha t en ido a b i e n enderezar en m i cont ra el s e o r Baudot . Y no es que personalmente me i m p o r t e t an to como para gastar u n t i empo precioso de l poco que m e queda, sino porque es de m i o b l i g a c i n ju s t i f i ca rme ante la i n s t i t u c i n un ive r s i t a r i a que d e p o s i t en m su confianza con la encomienda de las ediciones de la Historia de los intlios v de los Klemoriales d e l i n o l v i d a b l e franciscano. 1

    1 Todas las citas a las obras de Motol in a remiten a las edicio-nes que he preparado; la de la Historia de los indios en 1959 (MOTO-

  • 448 EDMUNDO O'GORMAN

    E n estas p g i n a s me o c u p a r en e x a m i n a r dos aspectos de l t r aba jo de Baudo t : e l que se refiere a su esfuerzo p o r ofrecernos u n M o t o l i n a au to r d r a m t i c o y e n e l que se empec ina en conver-t i r a l b e n e m r i t o mis ionero en p u n t u a l r e l a to r de la gesta m i -l i t a r de l a conquis ta de M x i c o ; y sea todo, e n de f in i t i va , con e l i n t e n t o de m e j o r esclarecer la ob ra de fray T o r i b i o .

    V a y a de antemano, porque es de o r d e n general e l r epa ro a este l i b r o de Baudo t y a los de muchos de sus colegas franceses, m i c o r t s protesta p o r e l e m p e o e n cal i f icar los desvelos l i tera-r io s de nuestros ant iguos misioneros de "enqutes ethnographi-ques", n o p o r q u e la ca l i f i c ac in sea d e l t o d o inexacta, sino por-q u e oscurece e l verdadero p r o p s i t o que p e r s e g u a n y, a d e m s , p o r q u e choca e l anacronismo. Es u n poco como si a las act ivida-des de l amor m a r i t a l se les l l amara "investigaciones g i n e c o l g i c a s " .

    Ciudad de Mxico, 4 de octubre de 1977, da de san Francisco, glorioso padre de la orden que ilustr, ms con su caridad que con su ciencia, el no olvidado Motolina.

    K.. O'G.

    MOTOLINA DRAMATURGO

    P A R A C O M E N Z A R a poner a p rueba las precisiones y b o n d a d de l m t o d o c i e n t f i c o m o d e r n o empleado p o r Baudo t , i n v i t o a mis leyentes a f i j a r l a a t e n c i n e n e l M o t o l i n a d r a m a t u r g o t a l como emerge de las p g i n a s de este evangel io de la i n v e s t i g a c i n h i s t -r i c a de nues t ro pasado i n d g e n a q u e pre tende ser e l l i b r o que comento .

    I . C U E S T I O N E S C R O N O L G I C A S

    1. C o n la pasmosa seguridad de que hace gala e l profesor Bau-d o t a l o la rgo de su obra , nos dice que " p o r p r i m e r a vez" (evi-dentemente , la p r e l a c i n es m a n a e n l ) fue ron representados e n T l a x c a l a e n 1538 unos autos (p . 2 7 3 ) . C m o l o sabe? L a

    U N A , 1 9 5 9 ) , y la de los Memoriales en 1971 ( M O T O L I N A , 1 9 7 1 ) . Vanse

    las explicaciones sobre siglas y referencias al final de este artculo.

  • A L RESCATE DE MOTOLINA 449

    ausencia de tes t imonios respecto a representaciones anteriores n o es g a r a n t a de p r o n u n c i a m i e n t o t a n contundente .

    2 . Baudo t se ocupa en seguida de los cuatro autos represen-tados en T l a x c a l a en 1538 de que hace m e n c i n la Historia de los indios; pe ro no e s t i m necesario precisar que ese suceso acon-t e c i e l 24 de j u n i o , aunque p u d o y d e b i hacerlo, puesto que e l t ex to es expreso e n ese p a r t i c u l a r . 2 As resulta que e l lec tor se v e r i n d u c i d o a suponer que esas representaciones fue ron e l d a de Corpus, p o r q u e en las menciones que hace de ellas e l pro-fesor Baudo t se l i m i t a a referirlas, s in mayor e spec i f i cac in , a las celebraciones de esa fiesta. 3

    Las p e q u e a s faltas que acabo de s e a l a r b i e n p o d r a n dejarse pasar inadver t idas , pero n o para q u i e n ha p r o m e t i d o " u n a des-c r i p c i n l o m s minuc iosa posible establecida de acuerdo c o n la d o c u m e n t a c i n d i s p o n i b l e en los archivos y b ibl io tecas" (p . x i ) .

    3. Respecto a los autos representados en T l a x c a l a en 1539 e l profesor Baudo t abandona e l l i m b o c r o n o l g i c o en que t a n inne -cesariamente d e j sumidos a los de 1538. A l au to La cada de Adn y Eva l e asigna " e l mes de m a y o " como fecha de repre-s e n t a c i n y para La conquista de Jerusaln precisa e l d a 15 de j u n i o (p. 2 7 3 ) . Veamos.

    A. Auto L a c a d a de A d n y Eva

    E l tex to de l a Historia e n s e a que este au to c o r r i a cargo de los cofrades de N u e s t r a S e o r a de l a E n c a r n a c i n y aclara que n o p u d i e r o n celebrar la fiesta de su pa t rona p o r caer su d a en la cuaresma (Historia, p . 6 5 ) . A h o r a b i e n , en 1539 la cuaresma se c o n t desde e l m i r c o l e s de ceniza, 19 de febrero, hasta e l d o m i n -go de Pascua de R e s u r r e c c i n , 6 de a b r i l , de manera que, en efec-to , l a E n c a r n a c i n , 25 de marzo, c a y d e n t r o d e l lapso cuares-m a l . A a d e e l t e x t o que, p o r ese m o t i v o , los cofrades d e j a r o n la c e l e b r a c i n de esta fiesta "para e l m i r c o l e s de las ochavas", d a e n que se r e p r e s e n t e l au to en c u e s t i n (Historia, p . 6 5 ) . Parece

    2 " . . . d i r a q u lo que hicieron y representaron luego adelante el d a de san Juan Bautista, que fue el lunes s iguiente . . . " M O T O L I N A , 1959, tratado i , cap. 15, p . 63.

    s "...les autos o oeuvres de thtre difiant en langue nhuatl que fray Toribio avait composs et fait jouer Tlaxcala pour la Fte-Dieu de 1538,..", B A U D O T , 1977, p. 334.

  • 4 5 0 E D M U N D O O G O R M A N

    o b v i o que la referencia es a la ochava de l domingo de Resu-r r e c c i n , y como el m i r c o l e s inf raoctavo fue el 9 de a b r i l en ese d a d e b i representarse el auto . Confieso m i t o t a l ignoranc ia acer-ca de l m o t i v o cjue tuvo Baudo t y l t iene la culpa, puesto Cjue n o se d i g n revelarlo para asignar e l mes de mayo, as en gene-r a l , como fecha de r e p r e s e n t a c i n de l au to . Pero tanta reserva no vale para u n h i s to r iador de las pretensiones de nuestro autor , y mien t r a s no descienda con su luz para d i s ipar e l mister io me atengo a m i 9 de a b r i l que, para l , se r , s in duda , u n er ror m s en el c m u l o que me s e a l a .

    B. Auto L a conquista de J e r u s a l n

    A q u no hay mucho que d iscut i r : en l a Historia leemos que los tlaxcaltecas " d e t e r m i n a r o n de representar la conquista de Je-r u s a l n . . . y po r la hacer m s solemne acordaron de la dejar para e l d a de Corpus Chr i s t i , la cual fiesta regoci ja ron con tan to re-goci jo como a q u d i r " (Historia, p . 67) . Si no andan errados mis calendarios e l d a de Corpus c a y en 1539 e n 5 de j u n i o y sa t iene que ser, p o r consiguiente, l a fecha de r e p r e s e n t a c i n de aque l c l e b r e y en r i g o r m a l l l amado auto. De d n d e , me pre-g u n t o , sac Baudot el d a 15, que cay en domingo?

    I I . LOS AUTOS E N LENGUA N A H U A l L

    Revisemos ahora los fundamentos que aduce Baudot para afir-m a r corno hecho fuera de toda d u d a que los seis autos n icos a los que se refiere fue ron escritos y representados en mex i -cano. De que sa sea su c o n v i c c i n no cabe la menor duda y para comproba r lo b a s t a r c i t a r e l texto m s expreso a ese res-pecto. D e s p u s de conceder que e l Tratado del camino del esp-ritu a t r i b u i d o a M o t o l i n a es m o t i v o de conjetura, Baudo t dice que la s i t u a c i n "no es la misma para los autos u obras de tea-t r o edificante* en lengua nhuatl que fray X o r i b i o h a b a compues-to y hecho representar en T l a x c a l a para la cuaresma de 1538 y para la pascua de 1539".

    Por m i parte me i n c l i n o a suponer l o mismo p o r l o que al i d i o m a toca, pero a d i ferencia de B a u d o t lo p ruden te es quedarse en eso y no asegurarlo como l o hace l . Y es que el texto de la Historia no da para m s , salvo e n e l caso de l auto La cada de Adn y Eva del que expresamente se dice que "fue representado

  • A L RESCATE DE M O T O L I N I A 451

    p o r los i n d i o s e n su p r o p i a l engua . . ." (Historia, p . 67) . Y no deja de ser u n poco sospechoso crue s lo para ese au to se haga l a a c l a r a c i n , i n v i t a n d o la inferencia de que los otros n o e s t n en e l caso. Es p robab le , sin embargo, que la a c l a r a c i n se deba a la c i rcunstancia de precederle inmedia tamente la t r a n s c r i p c i n de u n v i l l anc ico e n castellano, de donde e l lector p o d r a pensar que todo e l au to fue e n ese i d i o m a .

    Q u conc lu i r , entonces? C e i r n o s a la p r e c i s i n c i en t f i ca preconizada p o r Baudot , y con la p r e c a u c i n de no a f i rmar con-tunden temen te la especie, l i m i t a r n o s a ofrecerla como casi segura, si se quiere , pe ro no m s , po rque a nadie hoy en d a l e consta con ce r t i dumbre , y si Baudo t lo sabe a ciencia cierta d e b i decir c m o y d n d e .

    I I I . ] V f o T O L I N I A AUTOR DE LOS AUTOS Y DIRECTOR DE ESCENA

    E n u n a serie de textos i n e q u v o c o s Baudo t a f i rma que fray X o r i b i o es e l au to r de los autos a los que se ha refer ido y ade-m s , que fue l q u i e n d i r i g i la puesta en escena.

    N o hay necesidad de r ep roduc i r todos esos textos que e l lec tor puede ver i f icar en las p g i n a s 273 y 334 de l l i b r o que comento, y b a s t a r e l e n v o a u n con tunden te "sabemos (nous savons) cjue [ M o t o l i n a ] fue realmente el au tor [de los autos] y que fue l q u i e n los puso en escena" (p. 334 ) .

    Se h a b r adver t ido : n i e l t r emor de u n t i t ubeo n i la m s leve sospecha de d u d a ensombrean la certeza que in sp i r a esa frase. Cier-tamente, no es M . Baudo t q u i e n se ande p o r las ramas y d i r a s e que fue testigo presencial de aquellas representaciones y e l confi -dente clei i m p r o v i s a d o serf ico d ramaturgo y d i rec tor de escena. U n a intensa cur ios idad a s e d i a r a l lector acerca de los fundamentos de t a n i n c o n d i c i o n a l aserto. Volvamos, pues, a los tes t imonios y p r i -mero lo tocante a los cuatro autos de 1538.

    A. Los autos de 1538

    E l no haberse ha l l ado e l texto de esas piezas no es o b s t c u l o , declara Baudo t , para i m p e d i r a t r i b u r s e l o s a M o t o l i i i a , porque , expl ica , es nad ie menos que e l p r o p i o fray T o r i b i o q u i e n "nos relata las d i f icu l tades que tuvo [l, M o t o l i n a ] en componer [aque-l los autos] y en hacer que en m u y poco t i empo los ap rend ie ran los

  • 452 EDMUNDO o'GORMAN

    actores" (p . 2 7 3 ) . Y para substanciar t an in tachable testigo e n v a a u n pasaje de l a Historia que conviene t ranscr ib i r p o r entero .

    H e l o a q u : "Porque se vea dice e l texto la h a b i l i d a d de es-tas gentes d i r a q u l o que h i c i e r o n [los ind ios de T l a x c a l a ] y re-presentaron luego adelante e l d a de san J u a n Bautista, que fue e l lunes siguiente, y f u e i o n cua t ro autos, que s l o para sacar los dichos en prosa, que n o es menos devota l a h i s tor ia que en me-t r o , fue b i e n menester todo e l viernes, y en s lo dos d a s que quedaban , que fueron s b a d o y d o m i n g o , l o deprend ie ron y repre-sentaron ha r to devotamente" (Historia, t ra tado i , cap. 15, 146 ) .

    E l p r r a f o es interesante p o r m s de u n m o t i v o y par t icu la r -m e n t e p o r la p o s i b i l i d a d de entender la tarea desarrollada d u r a n -te aquel viernes (21 de j u n i o ) como la de u n a t r a n s c r i p c i n a prosa de lo que ya se t e n a e n me t ro , de donde parece resul tar q u e se t ra ta de autos versificados en textos anteriores que h a b r a n servido de mode lo a q u i e n o quienes se encargaron de p r o d u c i r los representados e n l a o c a s i n de q u e se t rata . Y la conje tura es t an to m s p robab le cuan to que n o fue una , sino cuatro piezas las que t u v i e r o n que prepararse en e l cor to lapso de u n d a . Y as resulta, a d e m s , que l a c o m p o s i c i n de esos autos n o i m p l i c e l esfuerzo de l a c r e a c i n o r i g i n a l . 4 Pero Baudo t no se hace cargo de nada de eso, y es l s t i m a , p o r q u e n o es fci l pensar c m o i n t e r p r e t a r a e l pasaje en c u e s t i n : e sc r ib i r a M o t o l i n a los autos, p r i m e r o e n m e t r o para d e s p u s sacerlos e n prosa? Y esos versos los h a b r compuesto e n n h u a t l ? H e a q u u n a b r i l l a n t e pos ib i l i -d a d que ha e l u d i d o a Baudo t , n o s lo para recordarnos de la exis-tencia d e l olvidado M o t o l i n a , s ino para revelarnos u n aspecto to ta lmen te desconocido de su personal idad: l a de poeta, r i v a l , se-g n el caso, de u n Nezahua lcoyo t l o p o r su facundia de u n L o p e de Vega.

    Sea de e l lo lo que fuere, y s a l t n d o s e a la torera la o b l i g a c i n e n que estaba de exp l i ca r de a l g n m o d o u n pasaje t a n cen t ra l d e l t ex to a l q u e remi te , B a u d o t lo aduce, s in m s n i m s , como comprobacin de que " f ray T o r i b i o es q u i e n , l mismo, re la ta las d i f icul tades que t u v o en componer [los cua t ro autos] y de hacer-los aprender a sus actores". Porque a n suponiendo que B a u d o t

    4 Para un bien documentado estudio sobre las representaciones de teatro edificante en Mxico, vid. HORCASITAS, 1974. Indica los antece-dentes h ispnicos de muchas de esas piezas.

  • A L RESCATE DE MOTOLINA 453

    h u b i e r e e n t e n d i d o que "sacar en prosa" s igni f ique componer de p r o p i o caletre, nada, absolutamente nada en e l t e x t o autor iza la a f i r m a c i n de haber sido precisamente M o t o l i n a q u i e n personal-m e n t e d e s e m p e esas tareas. Si fue o n o fue M o t o l i n a q u i e n p o r s m i s m o o p o r i n t e r p s i t a persona se o c u p e n esos menesteres n o l o podremos saber mient ras n o aparezcan nuevos y expresos tes t imonios , y hasta hay i n d i c i o en con t r a r io , h a b i d a cuenta de la recur renc ia d e l " y o " cuando M o t o l i n a hab la de sucesos e n los que t u v o u n a i n t e r v e n c i n personal . P e r d n e m e e l s e o r B a u d o t si m e atrevo a recordar le o t r a vez que l o aconsejable hub i e r a sido quedarse en e l ter reno de l a conjetura , p e r o t a l parece que e l c o m p r o m i s o d e l m t o d o c i en t f i co que dice haber adoptado lo i n -h i b e de la h u m i l d a d de las medias t intas .

    B. Los autos de 1539

    Veamos ahora los t t u l o s que exhibe e l profesor f r ancs para c o m p r o b a r la p a t e r n i d a d de M o t o l i n a respecto a los autos de 1539 o, para ser m s preciso, solamente acerca de La cada de Adn y Eva y La conquista de Jerusaln.

    " A q u t a m b i n escribe Baudot l a p a t e r n i d a d de esos dos autos cuyo t e x t o se ha p e r d i d o en nada es misteriosa (n'est gure mystrieuse)" (p . 2 7 3 ) . Y en efecto, razona Baudo t , e l hecho de que M o t o l i n a exponga en tan to detal le l a t r ama de las piezas y e l de que nos haya dado pasajes en su i n t e g r i d a d con tantas precisiones, ya es p rueba bastante para a t r i b u r s e l o s a M o t o l i n a (p . 2 7 3 ) . Pero semejante p r e s u n c i n , d i g o yo, n o puede ser m s

    deleznable: cua lqu ie r espectador a tento que conociera e l texto l l e n a r a esos requisi tos, y as , p o r e jemplo , puedo c i tar personas que r e l a t an representaciones de Don Juan Tenorio y rec i tan largas t i radas de sus r ipiosos versos, s in que deba concluirse que son la e n c a r n a c i n de d o n J o s Z o r r i l l a .

    Queremos hacerle l a gracia a B a u d o t de estar conscientes de la in subs tanc ia l idad de esa su "p rueba" y que p o r eso se s i n t i obl iga-d o a reforzar la c o n e l peso de u n a c i rcunstancia que, s e g n l , " d e t e r m i n a m s seriamente su c o n v i c c i n " . Y es que " e n e l curso d e l l t i m o au to , La conquista de Jerusaln, aparece en e l pape l de genera l e n jefe de las tropas de E s p a a d o n A n t o n i o P imen te l , conde de Benaven te" a q u i e n , nos recuerda Baudot , M o t o l i n a o f r e c i la Historia de los indios y de q u i e n , se nos dice, fue " e l b e n v o l o s e o r de l a p e q u e a v i l l a n a t a l " d e l franciscano (p .

  • 4 5 4 E D M U N D O O G O R M A N

    273) . Esta circunstancia, exp l ica nuestro autor, equivale a i n s inua r con palabras aj)enas veladas la procedencia de esas piezas ("de ees pices").

    Hagamos u n a l to para denunc ia r e l paralogismo e n e l an t e r io r razonamiento , porque si la a p a r i c i n de l nombre de l conde de Benavente p o d r a leerse con considerable dosis de buena vo lun tad como i n d i c i o de la p a t e r n i d a d l i t e r a r i a de M o t o l i n a respecto a l au to La conquista de Jerusaln, n o se ve po r q u ha de serlo t a m b i n para e l de La cada de Adn y Eva, i n c l u i d o p o r Baudo t en su a r g u m e n t a c i n , como claramente se advier te p o r las pala-bras que, en su i d i o m a o r i g i n a l , t r a n s c r i b a l c o n c l u i r e l p r r a f o an te r ior . D i c e "de ees pieces", que, si no me equivoco, es clausula e n p l u r a l q u e abarca los dos autos de que t rata . L a a t r i b u i d a p a t e r n i d a d a M o t o l i n a de la pieza que recuerda la espantosa des-gracia que les sobrevino a nuestros p r imeros progeni tores se queda en cuanto descubrimos que es t r a m p a lgica sin e l n u e v o apoyo que, merced a ella, qu i so dar le Baudot , a no ser que sepa de buena t i n t a que e l p a p e l de A d n l o h a b a reservado fray X o r i b i o para e l " b e n v o l o s e o r de su p e q u e a v i l l a na t a l " .

    Hemos vis to a cuan p o q u i t a cosa se reducen los fundamentos alegados p o r B a u d o t para a t r i b u i r l e a M o t o l i n a l a c o m p o s i c i n y l a puesta en escena, t an to de las cuatro piezas de 1538, como de La cada de Adn y Eva. Nos queda, pues, p o r pondera r e l alcance p r o b a t o r i o que ha de concederse a la a p a r i c i n d e l nom-bre de l conde de Benavente e n e l au to La conquista de Jerusalen y a la cual se acoge Baudo t como e l tes t imonio ' de te rminan te de su c o n v i c c i n " . Nos ha d icho que es circunstancia de la tora en pa-labras apenas veladas de l a i n t e r v e n c i n de fray X o r i b i o como autor , y m s adelante nos dice que const i tuye " u n detal le que, en t re otros, firma la pieza" (p . 334) , s in molestarse en aclarar c u l e s son esos o t ros detalles reveladores. Pero he a q u , entonces, que u n s imple i n d i c i o se h a t ransf igurado p o r arte r e t r i c a en f i rma , la s e a l p r o b a t o r i a p o r antonomasia . Pero prosigamos: ex-p l i c a el sagaz profesor f r a n c s que fray T o r i b i o qu i so as " r e n d i r u n homenaje personal inesperado a l s e o r de su p e q u e a v i l l a na ta l en Cast i l la , a l hacerlo f igu ra r como jefe de l e j r c i t o de Es-p a a en la t r ama d r a m t i c a d e l au to" (p. 3 3 4 ) . E x c s e m e el s e o r Baudot , pero la ve rdad n o alcanzo a comprender a q u viene tan to rodeo, po rque de haber sido sa la i n t e n c i n de fray T o r i b i o nada le i m p e d a f i r m a r de veras e l au to y d e d i c r s e l o a su " b e n v o l o s e o r " como l o hizo en su famosa e p s t o l a p r o e m i a l . S q u e m e , si

  • A L RESCATE DE MOTOLINA 455

    puede, de m i pe rp le j idad , pero mient ras me llega la luz le voy a p o n e r u n e n i g m a m s pel iagudo.

    Puesto que f ray T o r i b i o t e n a e l gusto p o r ese t ipo de o b l i c u i -dades y a p r o v e c h e l v ia je para r e n d i r el homenaje que se nos dice, t e n d r que admit i rse que t a m b i n l o a p r o v e c h para e l agra-v i o y a q u i n ! Recuerde Baudo t que e l n o m b r e de d o n H e r n a n -do C o r t s aparece en e l auto para e l pape l de g ran s o l d n de Ba-b i l o n i a y e l de Pedro de A l v a r a d o para e l de c a p i t n general de los inf ie les . D o n J o a q u n G a r c a Icazbalceta se hace cruces y se p r e g u n t a p o r los motivos, dice, que t u v i e r o n "los religiosos, auto-res u organizadores" de la fiesta para h u m i l l a r de ese m o d o a los conquistadores, pero sin achacarle la cu lpa a M o t o l i n a , como, volis nolis, t e n d r que hacerlo nuest ro h i s to r i ador f rancs . "Poco honrosa f i c c i n " la l l ama d o n J o a q u n y se e x t r a a de que la hu-b i e r e n to le rado los tlaxcaltecas que, dice, " n o h a c a mucho h a b a n pe leado de veras a l lado de los que ahora, en e l s imulacro, t e n a n a l f r en te como enemigos". 5

    B a u d o t , creo, t e n d r que conven i r e n que no l e se r fci l salir airoso d e l apr ie to , y t an to m s cuando recordamos su insistencia e n subrayar la "a rd ien te a d m i r a c i n " y " v e n e r a c i n " que le te-n a n los franciscanos y en pa r t i cu l a r fray T o r i b i o , a l conquis tador ( p p . 344 y 4 4 0 ) . " A r d i e n t e a d m i r a c i n " y " v e n e r a c i n " son ex-

    presiones que acusan sent imientos extremosos poco compat ibles c o n esa "poco honrosa f i c c in" de que hab la G a r c a Icazbalceta, y si B a u d o t lee en la a p a r i c i n d e l n o m b r e d e l conde de Benaven te l a f i r m a de M o t o l i n a , l a jus t i c ia y la l g i c a lo o b l i g a r n a leer e n l a d e l n o m b r e d e l m a r q u s de l V a l l e u n a con t ra f i rma , p o r asi dec i r lo .

    Po r m i pa r t e no tengo e x p l i c a c i n satisfactoria a l acert i jo, pe ro s en l o que respecta a la fea ldad que le resulta a fray T o -r i b i o para quienes, como nuestro profesor f rancs , insis tan en a t r i b u i r l e la p a t e r n i d a d l i t e r a r i a de l ofensivo auto ; y es que hay i n d i c i o s suficientes para creer que M o t o l i n a no tuvo que ver en el asunto; pero esto merece c o n s i d e r a c i n aparte.

    C. Las cartas interpoladas

    E l t ex to de l re lato de los autos representados en T l a x c a l a en 1 5 3 9 ofrece u n a e x t r a a pecu l i a r idad a la que l l a m fuertemente

    5 G O N Z L E Z DE E S L A V A , 1 8 / 7 , p . xvn .

  • 456 EDMUNDO O GORMAN

    l a a t e n c i n e n mis ediciones de l a Historia de los indios y de los Memoriales pe ro de l a cual Baudo t n o se d i g n darse p o r ente-rado . M e ref ie ro a que ese relato aparece, c ier tamente , e n e l cuer-p o d e l t r a t ado i , cap i tu lo 15 de la Historia, pero en dos cartas insertas en l y cuyo tex to ocupa hasta e l f i n d e l c a p t u l o a par-t i r de l a d e s c r i p c i n de los autos de 1538. N o se d ice en ellas q u i n sea su au tor y s l o se i nd i ca que las d i r i g i a su p r o v i n c i a l " u n f r a i l e m o r a d o r de T l a x c a l a " . Esto, m e parece, n o puede de-jarse pasar desapercibido para considerar, s in e l m e n o r comenta-r i o , que esas e p s t o l a s son de M o t o l i n a y que en ellas c o n t i n u , l isa y l l anamente , e l t ex to que las precede. N a d a de n o r m a l t iene que, escr ibiendo fray T o r i b i o u n relato, l o hub ie r e i n t e r r u m p i d o bruscamente para prosegui r lo con unas cartas e n las que se osten-tara, c r p t i c o , como " u n f ra i le m o r a d o r de T l a x c a l a " . Q u le p a r e c e r a a m i lector si en este m o m e n t o c o n t i n u a r a yo estos comentar ios , inser tando, s in t o n n i son, u n a carta e n que se d i -j e r a que l a h a b a d i r i g i d o a l d i rec tor de la Facu l t ad de F i lo so f a y Letras " u n profesor m o r a d o r de San n g e l " ?

    R e f u g i n d o s e en l a t c t i c a d e l avestruz, es o b v i o que Baudo t n o qu ie re a d m i t i r n i l a p o s i b i l i d a d s iquiera de que esas cartas sean ajenas a l t e x t o de M o t o l i n a , y p o r eso se ciega, a d e m s , a t an elocuente i n d i c i o como es e l de que, de cuantos escritores ant iguos se h i c i e r o n eco de l r e l a to de los autos de 1538, n i n g u n o menc iona para nada los representados en 1539. L a t o t a l i nd i f e renc ia de nuestro doc to r de T o u l o u s e a u n asunto que d e b i i m p o r t a r l e t an to es b u e n e j emplo de su desprecio p o r los trabajos de quienes, a d i fe renc ia de los suyos, carecen de l n i m b o de ese m t o d o cien-t f ico m o d e r n o de l que, para b i e n de las investigaciones h i s t r i c a s , es l e l n i c o benef ic ia r io .

    Pero l o c ier to es que a l l e s t n esas cartas y la c u e s t i n es ex-pl icar las como l o que obviamente son: u n re l a to sup le to r io de la d e s c r i p c i n que h izo M o t o l i n a de los autos de 1538, y vis to as , la s o l u c i n se i m p o n e y es que fray T o r i b i o no a l c a n z a tomar par te en las festividades de 1539, p o r l a sencil la r a z n de que se a u s e n t de T l a x c a l a a l v e n c i m i e n t o de su t r i e n i o de g u a r d i n de l monas te r io de esa c iudad . E l examen de l a c r o n o l o g a b i o g r f i c a d e l franciscano d u r a n t e e l p e r o d o pe r t i nen t e ofrece base a esa conje tura , y se r , p o r tan to , necesario emprende r a q u ese exa-

    6 M O T O L I N A , 1959, p. 63, nota 11; M O T O L I N A , 1971, p . 102, nota 23.

  • AL, RESCATE DE MOTOLINA 457

    m e n con o m i s i n de detalles de u n a c r o n o l o g a m s completa , p e r o n o de las discrepancias respecto a los datos correlat ivos ofre-cidos po r Baudo t , u n a o p o r t u n i d a d b i e n ven ida para seguir com-p r o b a n d o las "minuciosas precisiones" de que t a n t o se envanece j

    1536. Pr inc ip ios de. Motolina guardin del monasterio de Tlaxcala,

    Eni e l c a p t u l o celebrado en M x i c o , menc ionado p o r T o r -quemada (Monarqua, l i b r o x i x , cap. 7 ) , en que r e s u l t electo pa ra p r i m e r m i n i s t r o p r i v i n c i a l f ray G a r c a de Gisneros, d e b i elegirse a M o t o l i n a para g u a r d i n en T laxca la , puesto que l o encontramos a l l en ese a o y e n los dos siguientes con ese cargo.

    Baudot a f i rma (p . 269) que fray T o r i b i o d u r seis a o s en esa g u a r d i a n a p o r p r r r o g a d e l t r i e n i o , es decir, h a s t a p r i n -c ip ios de 15421 L a t a l p r r r o g a es i m a g i n a r i a y p re tende com-probarse en u n pasaje de la Historia ( t ra tado i , cap. 8) donde M o t o l i n a dice haber m o r a d o seis a o s ent re los habi tantes de la r e g i n T l axca l a -Hue jo t z ingo -Cho lu l a , pasaje q u e B a u d o t l e y como si se t ra ta ra exclusivamente de T l a x c a l a y de los tlaxcaltecas.

    1538. J u n i o 20 y 24. Motolina guardin en Tlaxcala.

    D e s c r i b i como testigo presencial las festividades d e l d a de Corpus y la r e p r e s e n t a c i n de los cuatro autos ver i f icada e l d a de san J u a n Baut i s ta (Historia, t ra tado i , cap. 15, 144-146).

    Y a vimos q u e B a u d o t se l i m i t en i nd i ca r e l a o como fe-cha de esas representaciones.

    1538. Agosto 15, d a de la A s u n c i n . Motolina en Tlaxcala.

    Vis i t a de l padre Las Casas a esa c iudad donde c a n t la misa de la fiesta de ese d a y p r e s e n c i el auto La Asuncin de la Virgen (Apologtica, cap. 6 4 ) . D e b i ser en esta v i s i t a cuan-d o M o t o l i n a le f r a n q u e a l d o m i n i c o l a d e s c r i p c i n de los

    7 Dejo para otra ocasin revisarle a Baudot en su integridad la cronologa biogrfica de Motolina comprendida en el captulo v del libro que comento. L a revisin parcial que voy a emprender ser buena muestra para no fiarse de sus datos.

  • 4 5 8 EDMUNDO O GORMAN

    autos representados e l 24 de j u n i o de ese a o , misma que trans-c r i b i en la Apologtica (caps. 63 y 6 4 ) .

    Baudo t , como veremos en seguida, i gno ra por comple to esta v i s i t a y e l auto descrito p o r Las Casas.

    1539. Enero o febrero. Segunda visita de Las Casas a Tlaxcala siendo M o t o l i n a t o d a v a g u a r d i n d e l monaster io de esa c iudad .

    D u r a n t e esta segunda v is i ta de Las Casas o c u r r i e l inc i -dente e n que fray T o r i b i o le e c h en cara su fal ta de car idad y amor hacia los indios , episodio que r e c o r d en su c l e b r e Carta a Carlos V (2 de enero de 1555) . M o t o l i n a aclara que esa vis i ta o c u r r i cuando estaba r e u n i d a en M x i c o la J u n t a Ec l e s i s t i c a para examina r l a b u l a Altitudo divini consilii, es decir, enero o febrero de 1539. S e g n eso, l a v is i ta debe situarse en esos meses.

    Baudo t (p . 274) pone m u c h o e m p e o y nfas i s en que e l encuent ro de M o t o l i n a y Las Casas en 1539 fue e l primero y nico. I gnora , pues, e l de 1538 con l a agravante y lamentable circunstancia de que ci ta e l c a p t u l o 64 de la Apologtica en apoyo de aque l la o p i n i n . Lamen tab le , en efecto, po rque ese t ex to t rae la expresa referencia a la v is i ta de 1538. 8 Si Baudo t estima innecesario leer los textos que cita, pudo adver t i r que e n mis "Not ic i a s b i o g r f i c a s de M o t o l i n a " (Memoriales, p . C X I I ) r e g i s t r m u y claramente y con referencia a l texto lasca-siano l a visi ta en 1538. Ah! pero m e o l v i d o de que, s e g n graciosamente concede en su avant-propos (p. x n ) , la deuda que contra jo conmigo se reduce a l d isfrute de m i "e rud i t a

    s "Otra fiesta representaron los mismos indios de la ciudad de Tlaxcala el da de Nuestra Seora de la Asumpcin, ao de mil y quinientos y treinta y ocho, en mi presencia...". L A S CASAS , 1967, cap. 64. Convencido Baudot de que el primer encuentro entre Motolina y Las Casas ocurri en 1539, arremete contra J. F. Ramrez, los padres Snchez y Steck, Nicolau d'Olwer y el que esto escribe. Alude a mi conjetura de que el primer encuentro fue en 1524 durante la escala en la isla Espaola de la misin franciscana. Remito al interesado a la nota 20 de m i edicin de los Memoriales (MOTOLINA , 1971. p. 407) , pero por deleznables que puedan parecerle a Baudot mis argumentos, debi hacerse cargo de ellos y no limitarse a una alusin incidental en una nota. BAUDOT , 1977, p. 274, nota 109.

  • A L RESCATE DE MOTOLINA 459

    c o n v e r s a c i n " , pero no, claro es t , a l de a l g n acierto que, pienso, n o d e j a r de haber lo en mis trabajos dedicados a M o -t o l i n a .

    1539. Marzo-mayo. Viaje de Motolina cuando concluy su trie-nio.

    M o t o l i n a registra (Historia, t ra tado n i , cap. 14) u n viaje q u e h izo en marzo a A t l i h u e t z a para in formarse de las cir-cunstancias de l " m a r t i r i o " d e l n i o C r i s t b a l (1527) , y da l a n o t i c i a de que e n ese mi smo lugar e s c r i b i e l resul tado de su pesquisa. Registra, a d e m s , e l v ia je que e m p r e n d i a " l a costa d e l N o r t e " (Historia, t ra tado n , cap. 7 ) , es decir, a l a costa d e l M a r de l N o r t e o sea e l A t l n t i c o y, m s concretamente, e l G o l f o de M x i c o . P roporc iona pocos detalles, pe ro m e n c i o n a e l r o "que los e s p a o l e s l l a m a r o n A l m e r a " , es decir , N a u t l a . Su-p o n g o que s a l d r a de A t l i h u e t z a para esa e x p l o r a c i n a l a costa. N o s habla , en o t r a par te de la Historia ( t r a tado n i , caps. 10 y 11 ) , de u n viaje a A l v a r a d o que, s in duda , fue c o n t i n u a c i n d e l an te r io r . P a s p o r A m a t l n , donde v i o "los pellejos de los leones" q u e h a b a matado u n per ro , y en seguida se ocupa e n la d e s c r i p c i n de l r o Papa loapan y d e l estero que se for-m a en su desembocadura. N o s dice que l o n a v e g dos veces y se m a r a v i l l a de l esplendor de la fo rma y abundanc ia de l a fauna de se, que l l a m a "Estanque de D i o s " .

    Recons t ru ido as e l i t i n e r a r i o T l a x c a l a - A t l i h u e t z a - N a u t l a -A m a t l n - A l v a r a d o se ent iende b i e n p o r q u M o t o l i n a se refiere a su v ia je como "a l a costa de l N o r t e " , y es de est imar que le c o n s u m i los meses de a b r i l y mayo, si tomamos en cuenta que e l d a 15 de j u n i o se ha l laba en Texcoco , s e g n veremos.

    B a u d o t (p . 275) i n d i c a correctamente e l mes de marzo para e l viaje a A t l i h u e t z a , pe ro n o se le ocurre l i g a r l o a los otros, de manera que, s e g n l , M o t o l i n a d e b i regresar a T l a x c a l a en donde t o d a v a s e r a g u a r d i n . A l v ia je "a la costa de l nor-t e " le asigna Baudo t e l a o de 1537 (pp . 272-273) sin expl ica r p o r q u m o t i v o y s in aprovechar la m e n c i n que hace fray T o -r i b i o d e l r o A l m e r a como valiosa i n d i c a c i n de l a r e g i n que r e c o r r i . Se con fo rma c o n decir que e l v ia je fue " l a rgo y pe-noso" y eso es todo. Y es, e n efecto, todo, po rque e n todo e l l i b r o n o hay u n a a l u s i n s iquiera a l v ia je a l r o Papaloa-p a n y a l estero de A l v a r a d o que t an morosa y amorosamente describe M o t o l i n a . E n suma, incurso nuestro profesor f r ancs

  • 460 EDMUNDO O GORMAN

    e n t a n grave o m i s i n , todo l o q u e se le o c u r r i fue incrus ta r en e l a o de 1537 e l v ia je "a l a costa de l nor te" , con je tu ra a rb i t r a r i a , a m n de i m p r o b a b l e , p o r e l abandono que i m p l i c a -r a p o r par te de fray T o r i b i o de sus responsabilidades como g u a r d i n en T l a x c a l a .

    1539. A b r i l 9 y j u n i o 5. T l a x c a l a . Representaciones de los autos L a c a d a de A d n y Eva y L a conquista de J e r u s a l n , respec-tivamente en esos das. Descritas en las cartas de l " f ra i l e mo-rador e n T l a x c a l a " e insertas en l a Historia ( t ra tado i , cap. 15, 147-185).

    A la d e s c r i p c i n de l l t i m o auto ci tado sigue la de tres autos m s representados ese mi smo d a duran te la p r o c e s i n , a saber: La tentacin del Seor, La predicacin de san Francisco a las aves y El sacrificio de Abraham.

    Baudo t le s e a l a a La conquista de Jerusaln e l d a 15 de j u n i o , l s a b r p o r q u , y peor a n , ignora po r comple to la existencia de esos tres autos finales.

    1539. J u n i o 15. Texcoco . Motolina en esa ciudad y al parecer,

    guardin del monasterio en ella.

    Fray T o r i b i o p r e s e n c i y r e l a t la c ace r a de u n a " leona" en la l aguna de Texcoco . T o r q u e m a d a (Monarqua, l i b r o v, cap. 12) da la no t i c i a ; asegura q u e M o t o l i n a "era g u a r d i n a l a s a z n en aque l convento" , y le asigna a l episodio e l a o de 1540. A h o r a b i e n , e l cronista pun tua l i z a que a c a e c i " e l do-m i n g o 15 de l mes de j u n i o " y como esta fecha se acomoda a l a o de 1539, y n o a l de 1540, cuyo 15 de j u n i o cay en martes, debe concluirse que fue aque l a o e l del suceso de que se t rata .

    Baudo t pone e l inc iden te e l 15 de j u n i o de 1540 s in ha-cer el m e n o r caso a la incongruenc ia en la fecha de T o r q u e -mada y, t o d a v a peor, s in t o m a r en cuenta la n o t i c i a de ser M o t o l i n a "a la s a z n " e l g u a r d i n en Texcoco . Sigue empe-c inado en que l o se r a en T laxca l a , de t a l manera que pre-tende exp l i ca r la presencia de fray T o r i b i o en Texcoco como escala! de u n via je to ta lmente i n v e n t a d o que h a b r a empren-d i d o el franciscano desde T e h u a c n a T l axca l a . T a l parece, entonces, que e l ob je to que t u v o M o t o l i n a en desviarse para pasar po r Texcoco fue exclusivamente e l de satisfacer sus gus-tos c i n e g t i c o s .

  • AL RESCATE DE MOTOLINA 461

    N o s hemos en t re ten ido en los dos sentidos de l a palabra en esta e x c u r s i n pa rc ia l de la c r o n o l o g a de fray T o r i b i o y ya es h o r a de sacar la c o n c l u s i n que au to r izan sus datos, y es, s imple y senci l lamente , que M o t o l i n a s a l i de T l a x c a l a en marzo d 1539, conc lu ido su t r i en io , y que las representaciones en esa ciu-d a d y en ese a o se celebraron en su ausencia. L a d e s c r i p c i n que tenemos de e l la en la Historia ( t ra tado i, cap. 15) no es, pues, de f ray T o r i b i o y as y s lo as se exp l i ca que aparezca en esas su-p le to r i a s cartas d e l a n n i m o " f r a i l e m o r a d o r de T l a x c a l a " .

    S i esta e x p l i c a c i n no satisface l a exquisitez de los requisi tos c r t i c o s exigidos p o r e l profesor de T o u l o u s e su r p l i c a s e r b ien-v e n i d a , pero n i n g n h o n o r le hace e l a m a a d o silencio que guar-d respecto a l insoslayable p r o b l e m a que ofrece la existencia de aquel las cartas en u n texto cen t ra l para u n l i b r o que, como e l suyo, pre tende echar indes t ruc t ib le c i m i e n t o a los futuros estudios de l a ob ra de M o t o l i n a .

    D. El colmo de la frivolidad

    N o voy a extenderme, aunque p o d r a , en e l hecho de que de nueve autos referidos e n e l t ex to de la Historia (para no contar e l descri to p o r Las Casas) Baudo t s lo conoce seis. Para e l des-c u b r i m i e n t o de los tres faltantes l o n i c o que d e b i haber hecho es leer e l c a p t u l o 15 d e l t ra tado i de la Historia, pero, eso s, l e e r lo en su i n t e g r i d a d .

    N o , e l e p g r a f e de este apar tado se refiere a o t ra muestra de l a a t e n c i n que pone Baudo t a sus fuentes. Se lamenta de la des-a p a r i c i n d e l t ex to de l au to La conquista de Jerusaln y nos u n i m o s a su p l an to , pero e l nuest ro t e n d r que ser m s amargo, p o r q u e , a d i ferencia d e l suyo, es p o r est imar i r reparab le aquel la p r d i d a . l no l a cree as : "me parece, dice, que en l o tocante a l au to La destruccin [sic] de Jerusaln, se puede reconocer u n a v e r s i n t a r d a , p robablemente f i j ada s e g n la t r a d i c i n o r a l en u n m a n u s c r i t o de fines d e l siglo x v n . . . pub l i cado e n 1907 po r Paso y T r o n c o s o " (p . 3 3 4 ) . Nues t ro escepticismo es enorme, pero r i va l i za con nuestra cur ios idad cuando leemos q u e el texto p u b l i -cado p o r Paso y T roncoso " reproduce bastante b i e n (assez bien) la v e r s i n que ofrece e l p r o p i o M o t o l i n a en la Historia a lo largo de varias p g i n a s y diversos d i l o g o s " . D i l o g o s en e l texto que da la Historia n o los hay, p r o p i a m e n t e hab lando , pero dejemos eso para acud i r presurosos a l de Paso y T r o n c o s o y a la promesa de

  • 462 EDMUNDO o'GORMAN

    h a l l a r en l e l ref le jo , distorsionado, es cierto, du ran t e e l t r n -s i to de la t r a d i c i n o ra l , pero que de todos modos reproduce "assez bien" la l l o rada p r s t i n a v e r s i n de l texto p e r d i d o .

    A q u quis iera salvarle la p i e l a M . Baudot , pe ro l a " ley despia-dada del quehacer h i s t r i c o " tan per t inen temente invocada p o r l en la ded ica tor ia de l e jemplar que tuvo l a b o n d a d de enviar-me me c o n s t r i e a cerrarle e l cauce a l a v e r g e n z a que p o r l me invade . Y es que, a s m b r e s e e l lector, e l au to desenterrado p o r Paso y T r o n c o s o y ci tado p o r B a u d o t 9 es pieza teatra l , s, pe ro enteramente d i s t in ta y nada, absolutamente nada t iene que ver con la descrita en la Historia de los indios. U n a , la de T r o n -coso, es v e r s i n n h u a t l , p o r d e m s curiosa, de la c o n o c i d s i m a pieza de tea t ro edif icante medieva l La destruccin de Jerusaln compuesta p o r san Pedro Pascual en dialecto l e m o s n , y cuyos personajes son, para menc iona r algunos, Vespasiano, Pilatos, la V e r n i c a , san Clemente y B a r r a b s . E n la o t r a pieza, la descrita e n la Historia de los indios, los personajes son e l S a n t s i m o Sa-cramento, y simulados, p o r supuesto, Carlos V , d o n A n t o n i o P -m e n t e l conde de Benavente, e l v i r r ey d o n A n t o n i o de Mendoza , H e r n n C o r t s y Pedro de A l v a r a d o . Y a j u z g a r e l lec tor si es o b r a que pueda ref le jar "assez bien" o "assez mal" los pasos y par lamentos de la p r i m e r a . Y la duda que nos asalta es c u l de las dos piezas h a b r l e d o Baudo t o q u i z n i n g u n a . Rea lmen te c m o se atreve a a f i rmar lo que a f i rma! Y para co lmo, t o d a v a r emi t e (p . 334, no ta 24) a l admirab le l i b r o de R o b e r t R i c a r d , La "conquista espiritual" de Mxico en cuyas p g i n a s , sale so-b r a n d o dec i r lo , nada hay que autorice tan h u m i l l a n t e impare.

    MOXOLINA CON BOTAS DE CAMPANA

    I . I N A D V E R T E N C I A D E U N A A D V E R T E N C I A

    E N U N S U P R E M O p u j o de malabar i smo in te lec tua l , B a u d o t se ha e m p e a d o en most rar que M o t o l i n a e s c r i b i la h i s to r i a m i l i t a r de la conquis ta de M x i c o , texto , se nos expl ica , que a c a b p o r quedar i n c l u i d o en la tercera par te de l a ob ra d e f i n i t i v a . Y a de suyo, suponer u n fray T o r i b i o interesado en invest igar y re la ta r

    ^ Destruccin, 1907.

  • A L R E S C A T E D E M O T O L I N A 463

    los sucesos de aquel la empresa b l i c a resulta sorprendente, p o r no dec i r extravagante, y u n a frase en la " E p s t o l a p r o e m i a l " d e b e r a bastar para d isuadi r a quienes comulgan con u n M o t o l i n a con botas de campana. A l f i n a l de l p r r a f o tercero de esa pieza, M o -t o l i n a e s t i m necesario dejar constancia de que e l t i empo que d e d i c a componer su l i b r o fue robado, dice, a " m i esp i r i tua l c o n s o l a c i n " o " a l s u e o necesario", po rque no suf r i r a q u i t r s e l o a sus deberes hacia el p r j i m o . Por eso, expl ica , ya no se exten-d i en dar cuenta de l "o r igen y p r i n c i p i o de los pr imeros pobla-dores y habi tadores de esta N u e v a E s p a a , lo cual d e j po r no ofender n i d i v e r t i r m e en l a h i s to r i a e obra de Dios, si en el la con ta ra la h i s to r ia de los hombres" (Memoriales, p . 4) .

    Esta frase aclara los p r o p s i t o s generales de la obra de M o t o -l i n a , y u n a cosa es que s te considerara la conquista como suceso p r o v i d e n c i a l y o t r a cosa m u y d i s t i n t a se r a "ofender y diver t i rse en l a h i s to r ia e obra de D i o s " si en e l la hub ie re contado los san-g r i en tos episodios y sucesos de la conquis ta que d e b e l a los mexicanos.

    Pero puesto que B a u d o t e l i g i hacer caso omiso de u n a adver-tenc ia t an clara y a la que l l a m la a t e n c i n en e l texto que me c o m e n t a , 1 0 pasemos a considerar su a r g u m e n t a c i n , p r i m e r o res-pecto a los mot ivos y razones que expuse en contra de l a a t r i bu -c i n a M o t o l i n a de u n a h i s to r i a de la conquis ta de M x i c o , y segundo respecto a lo que l aduce en favor de tan extravagante p a t e r n i d a d .

    I I . E L P R O B L E M A

    Pero antes de emprender esa doble tarea que nos d a r u n a m e d i d a de las facultades de M . B a u d o t e n o r d e n a l razonamiento lg ico conviene dejar en claro e l p r o b l e m a para quienes n o es-t n a l t an to .

    E l cronista Francisco Cervantes de Salazar compuso entre 1557 y 1564 en M x i c o u n a h i s to r i a de la conquis ta capitaneada p o r H e r n n C o r t s . 1 1 E n esa ob ra su au to r r e m i t e constantemente a

    !0 L e dediqu al asunto el apndice i "La historia de la con-quista de Mxico supuestamente escrita por Motolina" en mi edi-cin de los Memoriales ( M O T O L I N A , 1971, pp. L X X X I X - X C V I I I ) .

    1 1 CERVANTES DE SALAZAR, 1914-1936.

  • 464 EDMUNDO O'GORMAN

    u n a h i s to r i a de ese suceso que a t r ibuye a u n f ra i le franciscano

    q u e ci ta con e l nombre de M o t o l i n e a (sic) y que est ima ser la

    fuente q u e u t i l i z Francisco L p e z de G o m a r a para componer la

    suya. E l padre Atanasio L p e z en u n a que B a u d o t calif ica de

    "belle contribution" (p . 341) l a n z l a peregr ina idea de que el a u t o r de aque l la h i s to r ia era nuest ro fray T o r i b i o , e l q u e v i n o

    e n 1524 en l a famosa m i s i n "de los doce " . i2

    C u a n d o l a Un ive r s idad N a c i o n a l A u t n o m a de M x i c o me con-

    f i u n a nueva e d i c i n de los Memoriales de M o t o l i n a m e p ropu -se examina r l a tesis de l padre L p e z y le d e d i q u a l asunto el

    a p n d i c e i de aquel la e d i c i n , donde expuse los mo t ivos que h a b a

    p a r a n e g a r l a ^ A h o r a Baudo t ( p p . 341-346) se ha hecho cargo,

    a su m o d o , de mis argumentos o p o n i n d o s e a ellos. D e d i c a r e l

    s iguiente apar tado a examinar las objeciones de l profesor f rancs .

    I I I . L A L G I C A D E M . B A U D O T

    H e d i c h o que Baudo t se h izo cargo "a su m o d o " de mis argu-

    mentos p o r q u e , haciendo gala - u n a vez m s - de su d e s d n p o r

    quienes quedamos inc lu idos en la p o c a p r e c i e n t f i c a de las inves-

    t igaciones h i s t r i c a s , superada p o r p r i m e r a vez p o r Baudot , no se

    ocupa p o r en te ro de cuanto a l e g u . " R e s u l t a r a tedioso ocupar-

    nos en p o r m e n o r de las omisiones en la c r t i c a de Baudo t y r e m i t o

    a l lector interesado a l texto de l a p n d i c e que t a n incomple ta-

    men te considera, y me l i m i t a r a q u a seguir los argumentos

    q u e aduce.

    E n p r i m e r lugar , Baudo t me hace u n a grave in jus t i c i a respecto

    a l p l a n t e a m i e n t o de l p rob lema . Dice que m i tesis consiste en afir-

    m a r que Cervantes de Salazar b a u t i z con e l n o m b r e de M o t o l i -

    n a a o t r o franciscano que h a b r a sido e l verdadero au tor de la

    h i s to r i a de la conquista u t i l i zada p o r a q u l (p . 3 4 3 ) . Pero sa

    n o es m i tesis porque yo no d igo que Cervantes de Salazar "bau-

    t i z " a o t r o franciscano con e l n o m b r e de M o t o l i n a , l o que

    supone u n acto g ra tu i t o de l cronista, sino que Cervantes con-fundi a fray T o r i b i o , p o r a l g n m o t i v o que desconozco, con e l

    12 L P E Z , 1925, pp. 221-247.

    13 Vid. supra, notas 1 y 10. 14 Para nada considera ' los apartados m y iv del apndice al que

    se refiere, supra, la nota 10.

  • A L RESCATE D E MOTOLINA 465

    a u t o r de la h i s to r i a que v i o . Pero, a d e m s , y esto es decisivo, 110 es sa m i tesis, po rque esa c o n f u s i n que alego es mera conje-t u r a para exp l i c a r de a l g n m o d o las referencias de Cervantes de Salazar a u n a obra que a t r ibuye a M o t o l i n a . M i tesis, si de tesis hemos de hablar , es s imple y sencil lamente que e l M o t o l i n a c i tado p o r Cervantes de Salazar es u n s e u d o - M o t o l i n a , porque el que conocemos con ese nombre no pudo ser el autor citado por el cronista. R e p i t o , no pudo serlo, y sa es m i tesis.

    Para sostener sa y no o t ra tesis aduje p r i n c i p a l m e n t e cuatro citas de la ob ra de Cervantes de Salazar, mismas que B a u d o t exa-m i n a , dice, " e n e l o r d e n de su f r a g i l i d a d " (p. 344) , y a q u es donde podemos enfrentarnos m u y concretamente con la arreme-t i d a lgica d e l conspicuo profesor de la Un ive r s idad de T o u l o u s e .

    Primera cita p o r o r d e n de f r ag i l i dad y tercera po r e l o rden en que la aduje:

    Cervantes de Salazar da no t i c i a { C r n i c a , l i b r o v i , cap. 28) de la v is i ta de C a l t z o n t z i n o Cazonci, s e o r de M i c h o a c n , a C o r t s a poco t i e m p o de la c a d a de T e n o c h t i t l a n cuando s t e r e s i d a p rov i s iona lmen te en C o y o a c n . A a d e e l cronista que "dice M o t o -l i n a que se b a u t i z [el Cazonci] y que l lo v i o " .

    Parece b i e n o b v i o que si Cervantes es t re la tando esa v is i ta de 1522, el baut izo d e l s e o r p u r p e c h a independientemente de ser cierto debe referirse a esa o c a s i n , y p o r eso d i je que se confir-maba " la c o n f u s i n en que se ha l l a Cervantes respecto a la iden-t i d a d de M o t o l i n a " (Memoriales, p . x c i n ) , puesto que fray T o -r i b i o no h a b a l legado a M x i c o e n aque l a o .

    Pero B a u d o t no l o qu ie re entender as y sin n i n g n apoyo en e l t ex to ent iende la ci ta como u n a referencia a la segunda vez que v i n o e l Cazonci (1525) a M x i c o , y duran te la cual , dice Baudo t , se c e l e b r aque l bau t i smo. H a c i e n d o gala de e r u d i c i n , Baudo t a f i rma que M o t o l i n a p r e s e n c i esa ceremonia, "bien videmment" y que "as l o ref ie ren todas las crnicas". Sucede, concluye t r i u n -fante entre signos de a d m i r a c i n , que "s implemente O ' G o r m a n c r e y que ese suceso a c o n t e c i en 1522" (p. 3 4 4 ) . Y p o r q u no h a b a yo de creerlo Cervantes e s t hab lando de esa p o c a y no , para nada, de 1525?

    Rec t i f iquemos de todos modos la c o r r e c c i n que con tan to re-goci jo me hace B a u d o t y veamos si es c ier to que "todas las c r n i -cas" todas, n t e s e bien ref ie ren el bau t i smo de l Cazonci en 1525 y que M o t o l i n a lo p r e s e n c i .

    Pues resulta que todas las c r n i c a s aducidas p o r Baudo t son

  • 4 6 6 EDMUNDO o 'GORMAN

    M e n d i e t a , Beaumont , Espinosa, T e l l o , y D e l f i n a Esmeralda L p e z Sarrelangue (Baudot , p . 344, no ta 42; p . 400, no ta 36; p . 401 , n o t a 37; p . 397, notas 25 y 2 6 ) . Veamos, veamos.

    Es o b v i o que, para los efectos aducidos, e l padre M e n d i e t a es l a n i c a a u t o r i d a d merecedora de seria c o n s i d e r a c i n . B a u d o t hace tres remisiones (p. 401, no ta 37; p . 397, notas 25 y 26^ en ese o r d e n ) , todas a la Historia eclesistica15 de l franciscano, todas al l i b r o iv , c a p t u l o 5 y n i n g u n a que sea favorable a su c o n t e n c i n . M e n d i e t a dice que e l Cazonci v i s i t en 1525 a los frailes francis-canos residentes en M x i c o y " p i d i con muchas instancias a l padre f ray M a r t n de Valenc ia que le diese u n o de sus c o m p a e r o s para q u e e n s e a s e la ley de Dios a sus vasallos naturales de Michoa-c n " . H e a q u la "p rueba" para demostrar que e l Cazonci fue bau t i zado en 1525 y que M o t o l i n a p r e s e n c i la ceremonia! A h o r a si se j u s t i f i c an los signos de e x c l a m a c i n .

    Y para que se vea la f r i v o l i d a d con que procede Baudot , las referencias a Beaumont , Espinosa y T e l l o fue ron tomadas p o r l t ex tua lmen te , y sin molestarse en ver si s e r v a n o no a l caso, de l a no ta 17 de la p g i n a 52 de l l i b r o de l a s e o r a L p e z Sarrelan-g u e , 1 6 como se comprueba si se coteja con la no ta 36, p g i n a 400 de B a u d o t . L a c i ta a B e a u m o n t 1 7 de esa au to r a es t equivocada p o r q u e r emi t e a la p g i n a 112 d e l t o m o n ( e d i c i n de l A r c h i v o G e n e r a l de la N a c i n , 1932) y a l a mi sma p g i n a remi te Baudo t . L a referencia correcta es a l t o m o n , p g i n a 107, donde e l cro-nis ta dice que e l Cazonci l l e v religiosos a su r e i n o d e s p u s de la v i s i t a a los franciscanos, y "que d e s p u s de poco t i e m p o . . . se le a d m i n i s t r e l santo b a u t i s m o . . . " y, p o r supuesto, no hay n i n g u n a referencia a M o t o l i n a . E l t ex to de E s p i n o s a 1 8 es i d n t i c o a l de B e a u m o n t y e s t en la p g i n a 81 de su Crnica franciscana (edi-c i n c i tada p o r L p e z Sarrelangue) y n o en la p g i n a 86 que c i ta esta au to ra y copia B a u d o t . T e l l o nada dice d e l asunto en l a p g i n a y e d i c i n que ci ta esa a u t o r a , 1 9 y que t a m b i n copia

    M E N D I E T A , 1870.

    i 6 L P E Z SARRELANGUE, 1965.

    I T B E A U M O N T , 1932. Edic in citada por Lpez Sarrelangue. 1 8 ESPINOSA, 1945. Edic in citada por Lpez Sarrelangue. 1 9 T E L L O , 1891. La seora Lpez Sarrelangue cita la pgina 41 para

    documentar la entrega que hizo el Cazonci de sus hijos a los frailes y de la ins t ruccin que rec ib i en su visita en 1525. L P E Z SARRELAN-GUE, 1965, p . 5 1 , nota 16; p . 53 , nota 17. Su referencia a T e l l o para

  • A L RESCATE DE M O T O L I N A 467

    B a u d o t . A esto se contrae aquel la t r i u n f a n t e e x c l a m a c i n de Bau-d o t cuando piensa haberme cogido los dedos en l a puer ta ; a eso se reduce e l t e s t imonio de "todas las c r n i c a s " invocadas t an a l a l igera, y a eso, en f i n , la "p rueba" de que M o t o l i n a a s i s t i a l bau t i smo d e l Cazonci. Se puede aducir , a d e m s y ent re otras cosas, el s i lencio de fray T o r i b i o respecto a u n suceso que, es de

    p re sumi r , n o c a l l a r a , pero d e s p u s de cuanto acabamos de ver s e r a i n c o n s i d e r a c i n seguir a b r u m a n d o a l lector con m s argu-mentos . Es de i n t e r s , s, observar que e l i nc iden te re la tado p o r Cervantes de Salazar puede estimarse como u n dato , hasta ahora i n a d v e r t i d o , para pensar que e l Cazonci fue efect ivamente bau t i -zado en 1522 y que l o p r e s e n c i e l seudo-Motolinia de cuya obra t a n t o uso h izo aquel cronista. L a " f r a g i l i d a d " de m i p r i m e r a p r u e b a se ha t ransf igurado en g r a n t i c a gracias a l profesor Baudot , y vamos a la segunda.

    Segunda cita p o r o r d e n de f r ag i l i dad y cuar ta p o r o rden en q u e la aduje:

    Cervantes de Salazar da cuenta de la l legada a M x i c o de los "doce frailes f ranciscos . . . que los nuestros l l a m a r o n los doce a p s -toles" (Crnica, l i b r o v i , cap. 4 ) . D i j e que n o i n d i c los nombres de los mis ioneros n i l a fecha de su llegada, pe ro que " p o r la secuencia c r o n o l g i c a de l r e l a to" se advier te que e l cronista lo p o n e en 1522. Dedu je que Cervantes n o t e n a idea precisa n i de aque l l a fecha (que fue 1524) n i de q u i n e s f o r m a r o n la m i s i n , p a r e c i n d o m e e x t r a o que, de saberlo, no hub ie r e s ingular izado a M o t o l i n a a q u i e n t an to se refiere, con l o que , a a d , "se co-r r o b o r a b a " l a c o n f u s i n d e l cronista (Memoriales, p . x c m ) .

    Baudo t (p . 344) alega que si, c ier tamente, Cervantes no cita a M o t o l i n a p o r n o m b r e entre los "doce a p s t o l e s " , es que no c i ta n o m i n a l m e n t e a n i n g u n o , y pienso que es r p l i c a de poca substancia, p o r q u e ese silencio en e l caso p a r t i c u l a r n o deja de ser e x t r a s i m o .

    L o de la i g n o r a n c i a de la fecha le resulta a B a u d o t m s d i -fci l de sortear y se re fugia en que "es m u y oscura en la frase de Cervantes de Salazar, y que igua lmente puede entenderse como

    lo del bautismo es a la pgina 354. Aunque ninguna de las citas a que remite la seora Lpez Sarrelangue habla de los asuntos que ella quiere documentar, Baudot copi la referencia de dicha autora a la pgina 41 de Tel lo sin tomarse la molestia de comprobar si le serva o si estaba equivocada.

  • 468 EDMUNDO O GORMAN

    1522 que 1524" (p. 3 4 4 ) . Eso d i r l , pero cualquiera que n o es t c o n s t r e i d o p o r haber tomado p a r t i d o de antemano l e e r 1522 p o r q u e a eso ob l iga l a secuencia c r o n o l g i c a de l x relato. Por lo vis to , s e g n Baudot , Cervantes Salazar t e n a la extravagante m a n a de b r i nca r s in p rev io aviso de l a p o c a de que v e n a h a b l a n d o a o t r a posterior, pues t a l se r a , t a m b i n , e l caso d e l bau t i smo d e l Cazonci examinado m s a r r i ba . Pero ahora pasemos a las otras dos ya no tan f rgi les citas aducidas po r m .

    Tercera y cuarta citas p o r o r d e n de f rag i l idad , y p r i m e r a y segunda po r e l o r d e n en que las aduje:

    E n m i e x p o s i c i n t r a t p o r separado esas referencias (Memo-riales, p p . xc -xcn ) con sesudas consideraciones respecto a la p r i -mera , mismas que Baudo t no t u v o a b i e n discut ir , para ocuparse e n con jun to de las dos citas, eso s y m s faltaba, en l o medu la r .

    Concede e l profesor f r a n c s (p. 344) que pueden "representar u n a rgumento m s considerable, po rque a M o t o l i n a se le t ra ta en ambas ocasiones, innegablemente , de ' conqu i s t ador ' " . E n otras palabras menos e q u v o c a s , que Cervantes de Salazar habla de M o -t o l i n a como si h u b i e r a fo rmado par te de la hueste de H e r n n C o r t s . Para salir de t an apretado paso, Baudo t nos da u n a ex-h i b i c i n d i g n a de su lg ica y de su m t o d o .

    "Pensamos dice que, no obstante, nada t iene de decisiva esa c a l i f i c a c i n " (p . 344 ) , es decir, que le parece m u y poco s ign i f i -cat iva la creencia de Cervantes en u n M o t o l i n a soldado de la conquis ta . H e a q u p o r q u . " C u a n d o Cervantes de Salazar escri-b a entre 1557 y 1564 r e f l e x i o n a nuestro sagaz profesor los recuerdos de la conquis ta e s t n lejanos y M o t o l i n a , que es vin anciano, sobre todo conservaba a los ojos de los r e c i n venidos a M x i c o la aureola, e l r enombre , de u n ardiente a d m i r a d o r de l conquis tador , de C o r t s , de q u i e n en muchas ocasiones t o m la defensa con el v i g o r m s extremoso duran te e l curso de su v ida , que l c o n o c a b i e n , y de q u i e n frecuentemente fue vocero. N o b a s t a r eso pregunta Baudot para i n d u c i r a creer a u n hom-bre como Cervantes de Salazar, re la t ivamente reciente en M x i c o , que fray T o r i b i o era u n o de los viejos de l a gesta m i l i t a r que h a b a capitaneado ese C o r t s t a n admirado?" (p. 344) , Pues no, dec id idamente no basta, M . Baudot , y menos respecto a u n h o m -bre que, como Cervantes, h izo p r o f e s i n de h i s tor iador y de his-to r i ado r n a d a menos! que de la conquis ta de M x i c o . Pero q u conveniente resulta o l v i d a r t a n con t ra r i a circunstancia n o es as? y subrayar, en cambio y con v i g o r de leguleyo, la de ser " u n

  • A L RESCATE DE MOTOLINA 469

    h o m b r e re l a t ivamente reciente en M x i c o " . Y he d icho " leguleyo" n o s in ponde ra r t a n feo cargo, po rque b a s t a r , ahora s, echar a t r s u n a p g i n a para leer la j u s t i f i c a c i n de m i enfado.

    E n esa p g i n a , la 343, es donde B a u d o t empieza p o r desfi-g u r a r m i tesis, s e g n a r r iba explicamos, a l hacerla consistir e n m i p r e t e n s i n de que, en rea l idad, Cervantes de Salazar b a u t i z con e l n o m b r e de M o t o l i n a a o t r o franciscano que seria e l au tor de l a h i s to r i a de la conquista u t i l i zada po r a q u l . Y o d i j e y re i -t e r o que sa n o es m i tesis, pero l o i m p o r t a n t e ahora es c m o reba te B a u d o t l o que m e i m p u t a . I nvoca " e l b u e n sent ido m s e l e m e n t a l que, dice, ya nos sugiere que esa c o n f u s i n es, para d e c i r l o menos, e x t r a a y del icada en concebirse". L o mismo di je y o cuando tuve que r e n d i r m e ante la evidencia de q u e la h a b a (Memoriales, p . x c v i ) . Pero ahora v iene l o bueno . H a c i n d o s e cargo de l a s i t u a c i n , Baudo t nos hace ver que "Cervantes de Sa-lazar, l legado a M x i c o en 1550, n o p u d o n o conocer a l p r o v i n -c i a l de los frailes menores que l o era entonces fray T o r i b i o , y n o p u d o , asimismo, menos de quedar v ivamen te impres ionado po r ese h o m b r e , p o r su sobrenombre en n h u a t l que d e b e r a correr e n todas las bocas de la sociedad d e l M x i c o c o l o n i a l " . Y ahora v i ene l o me jo r . Prosigue Baudo t : "S i [Cervantes] , pues lo citaba [a M o t o l i n a ] con ese sobrenombre, s in e q u v o c o , es que s a b a q u i n era. . . q u era" (p. 3 4 3 ) . Y para sellar c o n n u d o de acero su t r i u n f a n t e a rgumento , nuestro profesor pone especial nfas i s a l a f i r m a r que, a d e m s , "se sabe (on sait) e l cu idado (le soin) que Cervantes de Salazar t uvo en conocer b i e n su m u n d o para co-locarse, para penet rar (percer), para labrarse u n a s i t u a c i n en la U n i v e r s i d a d , e n suma, para no cometer equivocaciones emba-razosas".

    M a g n f i c o ! pero entonces e n q u quedamos? Para comba t i r las te r r ib les citas en que Cervantes i n e q u v o c a m e n t e cree que M o -t o l i n a f o r m par te de la muer te conquis tadora , Baudo t lo aca-bamos de ver pretende exp l i ca r t a n e x t r a a c o n f u s i n alegan-d o que, como r e c i n l legado, nada t iene de extravagante su creencia e n u n M o t o l i n a soldado; pero para combat i r , precisa-mente , esa mi sma c o n f u s i n se nos dice ahora, t a m b i n precisa-mente , que p o r r e c i n l legado no p o d a menos de saber m u y b i e n quin era Motolina y qu era. L o s a b a o no lo saba? Si n o l o s a b a por di f c i l que sea aceptarlo Baudo t t e n d r que rendirse a l a conje tura que cal if ica de " m i tesis". Si l o sab a , B a u d o t t e n d r que a d m i t i r que e l au to r de l a h i s to r ia de la con-

  • 470 EDMUNDO o'GORMAN

    quis ta es u n s e u d o - M o t o l i n a y de n i n g u n a manera nuest ro co-n o c i d o y venerado fray T o r i b i o . Q u e escoja, pero que n o trate de alegar l o u n o en m i contra , para alegar l o o t r o a su favor. Y t a m b i n y p o r l t i m o , recordemos, ah , m a l d i t a m e m o r i a ! que B a u d o t puso todo e l peso de su l g i ca cuando d i s c u t i la segun-da ci ta en o r d e n de f r a g i l i d a d (vid. supra) para most rar que Cervantes estaba a l t an to de que M o t o l i n a f o r m par te de la m i s i n franciscana de "los doce" y de que s t a h a b a l legado a M x i c o en 1524. Pero si Cervantes estaba a l t an to de eso, c m o , c m o , M . Baudo t , p u d o Cervantes creer que e l verdadero M o t o -l i n a fue u n soldado de C o r t s ? O s e r ya nada es imposible q u e e l profesor f r ancs e s t a r dispuesto a sostener que Cervantes c r e y que la conquis ta a c o n t e c i d e s p u s de la l legada de los franciscanos y que todos ellos, se r a de suponerse, andaban a las cuchil ladas c o n los ind ios . Q u hacemos, M . Baudot , nos retrac-tamos o insistimos?

    Las citas de Cervantes de Salazar que hemos d iscut ido no h a n resul tado t a n de arc i l la , de suerte que e l p r o b l e m a ya no es ni puede ser si fue M o t o l i n a q u i e n e s c r i b i la h i s to r i a de la con-quis ta u t i l i z ada p o r Cervantes, sino cmo pudo ste incurrir en tan curiosa confusin, y ahora me ocurre que Cervantes p u d o tener a l a vis ta u n manuscr i to de la obra de fray T o r i b i o con t i -nuado f s i c a m e n t e con el de l a h i s to r i a escrita p o r e l " f ra i l e con-qu i s tador" de que nos hab la e l cronista, l o que i n d u c i r a a Cer-vantes a a t r i b u r s e l a a l p r i m e r o ; pero queda e n p ie , claro es t , l a d i f i c u l t a d de reconocer que Cervantes, p o r a lguna circunstan-cia, n o supo, b i e n a b i e n , q u i n fue fray T o r i b i o .

    I V . L A C O N F U S I N P O R U N E P G R A F E

    Vista l a c o n c l u s i n precedente, casi resulta i n t i l examina r los argumentos aducidos p o r Baudo t en favor de la p a t e r n i d a d de fray T o r i b i o de aquel la misteriosa h i s to r i a o de cua lqu ie r o t r a sobre l a conquis ta de M x i c o . N o hacerlo se r a pagarle a Baudo t con su p r o p i a m o n e d a la costumbre de s lo e x a m i n a r parcia l -men te cuan to m e cr i t ica . Pero como tener l a f o r t u n a de haber quedado adscrito a la edad p r e c i e n t f i c a de la i n v e s t i g a c i n his-t r i c a o b l i g a a l o con t ra r io , me o c u p a r con l a brevedad posible en va lo r i za r aquellos argumentos p o r o rden , me d a n ganas de decir, de su f r i v o l i d a d .

  • A L RESCATE DE M O T O L I N A 471

    1. D e s p u s de a f i rmar que e l que "Cervantes hub ie re p o d i d o creer s inceramente que M o t o l i n a fue u n o de los hombres de C o r t s n o t iene nada de extravagante" (p. 3 4 ) , l o p r i m e r o que se aduce como a rgumento de que e l franciscano escribid u n a his-t o r i a de la conquis ta es l a existencia de u n v ie jo i n v e n t a r i o de documentos donde se registra u n o de la siguiente manera : " M o -to ly r i a , f r a i l e francisco; e l Consejo; cosas de C o r t s " . V e r e n e l lo u n a a l u s i n a aquel la h i s to r ia revela e l co lmo de l o p t i -m i s m o y n o vale la pena ins i s t i r e n t a n deleznable i n d i c i o .

    2. Para m e j o r entender los razonamientos de Baudo t debe aclararse que todo e l peso recae en la a r b i t r a r i a y g r a t u i t a iden-t i f i c a c i n de u n escrito a t r i b u i d o p o r e l cronista Rebo l l edo ( 1 5 9 8 ) 2 0 a M o t o l i n a con l a supuesta h i s to r i a de la conquista de l a que se pre tende fue e l au to r . L a o b r a menc ionada p o r Rebo-l l e d o t iene e l t t u l o de Guerra de los indios de la Nueva Espaa, y p o r q u m o t i v o ese e p g r a f e no ha de signif icar lo que en l se dice, sino l o que no dice, es cosa que me escapa p o r com-p l e t o . A Baudot , s in embargo, no le parece "abracadabrante" el t r m i n o es suyo "ver en la h i s to r i a de l a conquista de M x i c o u t i l i z a d a p o r Cervantes de Salazar la Guerra de los Indios i nven-ta r i ada p o r R e b o l l e d o " (p . 341) . G u e r r a de los ind ios quiere dec i r guerra de os ind ios y de n i n g u n a manera conquista de M x i c o , y la a rb i t r a r i edad es t an to m s "abracadabrante" cuanto q u e M o t o l i n a e s c r i b i , en efecto, u n t ra tado sobre aquel asunto y cuyo t ex to tenemos en los c a p t u l o s 12 a 14 de la segunda par te de los Memoriales,21 y d e l cual B a u d o t nada quiere saber. Es l u -minosamente o b v i o que con ese t ra tado y no c o n o t ra cosa debe ident i f icarse e l t ex to i n v e n t a r i a d o p o r Rebo l l edo . Pero Baudo t , s iempre t an a m a a d o , t iene b u e n cu idado de no considerar para nada t a n ind i scu t ib l e c o n c l u s i n que b a s t a r a para i m p o n e r si-l enc io a sus lucubraciones.

    20 R E B O L L E D O , 1598.

    2 t He a q u los epgrafes. 11, cap. 12: "De las leyes y costumbres que los indios de A n h u a c t en an en las guerras". 11, cap. 13: "En el cual se prosigue la historia, y el modo que t en an en la guerra, y cmo se h a b a n con los que p r e n d a n " , 11, cap. 14: "En el cual se prosigue y acaba la materia de la guerra, y cuenta la honra que hac an al que el seor p r e n d a la primera vez en la guerra, y la que a l seor mesmo era hecha". s te ser el tratado Guerra de los indios de Nueva Espaa citado por Rebolledo.

  • 472 EDMUNDO O GORMAN

    3, Par t i endo , pues, de acjuella tan g r a t u i t a premisa, Baudo t cree con ta r c o n u n a referencia a la supuesta h i s to r i a de l a con-cjuista escrita p o r IVotolinia, Pero a d m i t i e n d o s in conceder como decimos los abogados ^ R e b o l l e d o se in t e rp re t e como q u i e r e B a u d o t , a s te , p o r l o visto, no le hace n i n g u n a m e l l a cjue haya saltado la l iebre b i b l i o g r f i c a en fecha t a n t a r d a como lo es l a cor respondiente la Crnica de Rebo l l edo , 1598. Q u i e r o decir , Cjue n i n g u n a mel la le hace e l s i lencio que a l respecto guar-dan , empezando p o r el p r o p i o IVlotol in ia ,^^ los cronistas cjue de p r o p s i t o i n v e n t a r i a r o n la obra de fray T o r i b i o . N a d a d icen a l respecto, pa ra solo ci tar a los mas obligados, Oroz, Gonzaga, rVToles, IVfendieta, J u a n Baut is ta , Her re ra , T o r q u e m a d a , L e n . Pi-ne lo , N i c o l s A n t o n i o y Ve tancour t . Y mas asombroso a u n el s i lencio de Z o r i t a , q u i e n , s iguiendo de cerca en todo y para todo l a obra d e f i n i t i v a de fray T o r i b i o , no l o m e n c i o n a cuando se o c u p a de l r e la to de la concruista. Es esto c r e b l e si, como preten-de Baudo t , l a tercera par te de l l i b r o de fray T o r i b i o c o n t e n a al f i n a l p o r l o menos una decena de c a p t u l o s dedicados a la con-qu i s ta de AXxico? ^ (PP - 379-80).

    4. Pero, m u y c|uitado de la pena, prosigue Baudo t para de-c i rnos (p . 345) que a finales de l siglo x v i no se sabe p o r que hasta, entonces- la o p i n i n general en los medios l i t e ra r ios d e b i ser p r e d o m i n a n t e en el sentido de que la Guerra de los indios era e l t e x t o que u t i l i z a r o n Cervantes y L p e z de Gomara para es-c r i b i r sus his torias . De finales d e l siglo x v i son la Re hxczoti IVen-

    22 s i Motolima hubiere escrito esa larga y puntual historia de la conquista de Mxico que le atribuyen Cervantes de Salazar, Atanasio Lpez y Baudot, es extrasimo que en ningn lugar la mencione. E n la Historio, ( M O T O L I N A , 1969, tratado ni , cap, 8, p. 152) hace el elogio de Cortes y dice que de sus proezas fse podra, escribir un gran libro , Pero no que lo ha escrito o tuviera el propsito de hacerlo. Tampoco en la Carta al emperador (155D) dio nada a ese respecto.

    23 E n la parte dedicada por Zorita a la conquista de Mxico uti-liza a Cortes, Gmara y Cano, y en absoluto menciona a Motolima como autor de esa gesta. Queriendo Baudot salvar tan decisiva ins-tancia en contra de su tesis, hace tres amanadas referencias a Zorita como indicativas de la existencia de aquella historia. BAUDOT, 1977, p. 3801. Y la mas amaada es cuando Baudot alega que Zorita mencio-na los famosos presagios (sin referencia precisa) "como uno de Jos elementos pr i tnordiales de la Jiistoria de esa, conquista,". T^ o hay tal.

  • A L RESCATE DE MOTOLINA 473

    d i e t a - O r o z - S u r e z , Zor i t a , Gonzaga, Moles y la Historia eclesis-tica de M e n d i e t a que nada d i cen sobre e l par t icu la r , pero es pos ib le que B a u d o t no estime a esos escritores como par te de ese " m e d i o l i t e r a r i o " e n que, s e g n l , p r edominaba aquel la e x t r a a o p i n i n ; y para p r o b a r su aserto invoca Baudo t u n a frase de la o b r a de S u r e z de Peral ta (1598) 2 4 en la que, a p r o p s i t o de las h is tor ias de la conquista, dice " . . .que ya deben estar m u y sabidas de otros que los h a n escrito, como fue fray B e r n a r d i n o de Saha-g n de la o r d e n d e l s e o r San Francisco, y fray T o r i b i o de M o t o -l i m a de la mi sma o r d e n . . . " . A s l a t r a n s c r i p c i n de Baudo t (p . 345 ) , pero independ ien temen te de u n detalle inexacto, la c i ta

    l a c o p i v o l u n t a r i a m e n t e incomple ta , porque Su rez de Peral ta i n c l u y e a fray B a r t o l o m de las Casas como au tor de u n a h i s to r i a de la conquista, " y a otros que yo no me s " . D i g o que la o m i s i n es v o l u n t a r i a po rque ind ica la fa l ta de i n f o r m a c i n precisa de S u r e z de Peral ta; que se sepa, Las Casas n o e s c r i b i n i n g u n a h i s to r i a de la conquista, y de haber vis to las obras que t an vaga-men te cita, e l cronis ta no h a b r a d icho " . . .y otros q u e no me s " , sino "otros que y o n o v i " . Y b i e n e x t r a o es que ignore la o b r a de G m a r a , e l h i s to r i ador de l a conquista p o r antonomasia, aparecida desde 1552 con m l t i p l e s ediciones subsecuentes inme-diatas. L a in fe renc ia es clara: S u r e z de Peral ta no est al tanto de lo que pasaba en el medio literario de la poca; cita de o d a s , y si i nc luye a M o t o l i n a junto con Las Casas, no se olvide en t re los que escr ib ieron "de lo que pasaron los e s p a o l e s hasta verse en p o s e s i n de M x i c o " sas son sus palabras se r se-gu ramen te po r conoc imien to , d i rec to o ind i rec to , de la Crnica de Cervantes de Salazar de q u i e n procede o r ig ina lmen te todo este e m b r o l l o .

    5. Pero he a q u u n a nueva muestra de los abismos que sa-be sortear nuestro profesor f r ancs , po rque a r e n g l n seguido de esa i n v o c a c i n de la insubs tancia l " a u t o r i d a d " as entre co-mil las de S u r e z de Peralta, dice: "debe, p o r tanto , considerarse (on doit done considrer) que esa Guerra de los indios de la-Nueva Espaa seguramente existi (a bien existe). P r imero , como u n b o r r a d o r a u t n o m o que l levaba ese t t u l o . . . y d e s p u s como u n a par te in t eg ran te de la ob ra d e f i n i t i v a de fray T o r i b i o " (p. 3 4 5 ) . N o es para quedarse pasmado, p regun to , ver que de aque-l l a premisa tan endeble pueda sacarse u n a c o n c l u s i n t a n p u n t u a l

    SUAREZ DE P E R A L T A , 1 8 / 8 .

  • 474 E D M U N D O O G O R M A N

    como decisiva? E l t ra tado Guerra, de los indios i ndudab lemente s e x i s t i y ya d i j e l o que es, pero todo l o d e m s que dice Baudo t es p u r a a r b i t r a r i a i n v e n c i n calculada por su audacia para sor-p r e n d e r a los ingenuos entre quienes deben contarse, mucho me temo, los i lustres profesores que le ap roba ron su tesis.

    6. Q u i z t o d a v a tembloroso p o r e l salto lg ico que acaba ele dar , B a u d o t cree poder prestarle u n m u y necesario socorro a su c o n c l u s i n , si en b r o m a puede d r s e l e ese n o m b r e a lo cjue l l l e g . Se acoge, para ese efecto, a u n a referencia de Cervantes de Salazar que, dice Baudot "puede servir de pista". De pista, se-guramente , para o t ro salto m o r t a l .

    Pues b i en , se trata, aclara Baudo t , "de la n i c a vez que Cer-vantes de Salazar ci ta con p r e c i s i n , a p r o p s i t o de la conquista, e l pasaje que toma de fray T o r i b i o y p ropo rc iona e l lugar en e l escrito d e l franciscano cjue t e n a a la v is ta" (p . 3 4 5 ) . Pero vamos p o r partes: esa c l u s u l a de "a p r o p s i t o de la conquis ta" ( propos de la conqute") es de la cosecha personal de Baudo t y tiene, eso s, e l p r o p s i t o de i n d u c i r a pensar cjue e l pasaje de M o t o l i n a a l que se refiere Cervantes fue escrito p o r e l franciscano "a p r o p -s i to de la conquis ta" como si s t e v i n i e r a t ra tando o se p ropu-siera t ra ta r de ese suceso. De ese m o d o ya e s t t c i t a m e n t e acep-tado que fray T o r i b i o e s c r i b i u n a h i s to r i a de la conquista, pe-t i c i n de p r i n c i p i o , si l o hay. Pero si n o caemos en la t r ampa se v e r cjue la cita expresa de Cervantes r emi te a u n lugar lg ico en la ob ra de M o t o l i n a y cjue, p o r tanto , nada ob l iga a suponer que e l franciscano se h a b a embarcado en u n re la to de l a con-qu i s t a m i l i t a r de M x i c o .

    As prevenidos, examinemos e l p rob lema . E l t ex to en c u e s t i n se refiere a los presagios que se dice observaron los mexicanos a n u n c i n d o l e s la ven ida de los e s p a o l e s , y a ese p r o p s i t o no a l que dice Baudot Cervantes aclara que de ellos " t r a t a en su tercera par te el padre M o t o l i n a . . . " (Crnica, l i b r o n i , cap. 5 ) . Pero prej^aremonos para e l n u e v o salto. "Se ve, p o r tanto , dice Baudo t , cjue Cervantes de Salazar t e n a a la vista e l l i b r o defi-n i t i v o [de M o t o l i n a ] . . . y que en ste la historia de la conquista haba encontrado un lugar preciso" (j), 345) . Parece, ciertamente, que Cervantes t e n a a la vista la obra de fray T o r i b i o , 2 ^ pero

    -5 Esto refuerza mi conjetura de que la historia de la conquista que utiliz Cervantes de Salazar podra hallarse fsicamente a conti-nuacin del manuscrito de Motolina que vio Cervantes. E n cuanto a

  • AL RESCATE DE MOTOLINA 475

    c m o se ve que en ella la h i s to r i a de la conquista h a b a encon-t r a d o su luga r preciso? A l u s i n , s in duda, a la tercera par te . Pues b i e n , es o b v i o que para poder ver eso en la cita de Cervantes se requiere u n supuesto a priori, o sea el de suponer que si Mo-lolina trat de aquellos presagios, es que necesariamente escribi una historia de la conquista; y ahora vemos e l m o t i v o que t u v o B a u d o t en aque l " propos de la conqute" que t a n subrepticia-m e n t e des l i z a l p lantear e l p rob lema . Si no comulgamos con ese a r b i t r a r i o supuesto, n i Argos p o d r ver lo que ve Baudot , y lo n i -co v i s ib le es que M o t o l i n a t r a t en la tercera parte de su l i b r o de los p r o n s t i c o s , que es cuan to dice Cervantes y nada m s .

    7. M u y conf iado en e l x i t o y verdad de su e q u v o c o razona-m i e n t o , B a u d o t an t i c ipa que l a c o n c l u s i n alcanzada p o r l le p e r m i t i r cuando pase a recons t ru i r l a obra pe rd ida de M o t o -l i n a ub ica r d e n t r o de el la ese c a p t u l o 55 de la p r i m e r a par te de los Memoriales a l concederle el lugar que tuvo o r i g i n a l m e n t e en la tercera par te de aquel l i b r o . Y es que, concluye, esa tercera par te es l a que Rebo l l edo s e a l bajo el t t u l o de Guerra de los indios, l a misma, aclara Baudo t , que Cervantes de Salazar, L p e z de G m a r a y S u r e z de Peral ta "conocieron b i e n (avaient bien connue)". Y en efecto, a l p r o p o n e r m s adelante el esquema de l l i b r o p e r d i d o de fray T o r i b i o , Baudo t remata la tercera parte con u n a h i p o t t i c a serie de, " p o r lo bajo", diez c a p t u l o s que c o m p r e n d e r a n la h i s to r i a de la conquis ta m i l i t a r de M x i c o , pero amparados con e l e p g r a f e general de Guerra de los indios de la Nueva Espaa ( p p . 379-380) .

    B i e n , b i e n , como d icen los franceses; pero todo eso m e r e c e r a a lguna c o n s i d e r a c i n siempre y cuando le p a s r a m o s a Baudo t aquel la a r b i t r a r i a apr ior i s t ica inferencia s e g n la cual M o t o l i n a e s c r i b i u n a h i s to r i a de la conquis ta po rque e s c r i b i u n c a p t u l o sobre los presagios que, se dice, la anunc i a ron a los indios , como si lo segundo ob l iga ra necesariamente a l o p r i m e r o . D e ser eso as , e l c a p t u l o 55 de l a p r i m e r a par te de los Memoriales (donde

    que los presagios narrados por Motol in a estuvieran en la tercera parte de su obra, slo quiere decir que en esa parte se hallaban, pero de ninguna manera que, por el hecho de hallarse en ese lugar, pueda infe-rirse que hab a n a historia de la conquista, t a m b i n en esa tercera parte. Ms adelante veremos por qu el relato de los presagios se halla en los Memoriales donde se halla y que nada autoriza sacarlo de su lugar como pretende hacerlo Baudot.

  • 476 EDMUNDO O GORMAN

    f ray T o r i b i o t ra ta de aquel los presagios) t e n d r a que aparecer s i n t o n n i son donde aparece, puesto que, s e g n la tesis de Bau-d o t , forzosa y n o t o r i a m e n t e e s t a r a fuera de lugar y de con tex to . Pe ro desgraciadamente para l , n o hay t a l . Si recurr imos a los Memoriales adver t i remos que, con e l c a p t u l o 52 de la p r i m e r a par te , fray T o r i b i o i n i c i a u n t r a t a d i l l o sobre la c iudad de M x i -co. E n se y en e l s iguiente c a p t u l o tenemos u n a d e s c r i p c i n de esa c iudad y de su comarca con not ic ias sobre la e t i m o l o g a de T e n o c h t i t l a n y de sus fundadores. E l c a p t u l o 54 prosigue e l tema, pero elevado a u n p l a n a l e g r i c o - e s p i r i t u a l , donde l a cap i t a l de los mexicanos se t rans f igura en " c iudad de p iedra y sangre", p res id ida p o r Moctezuma, e l ensoberbecido s e o r de muchedumbre de vasallos que se g l o r i a en la i n e x p u g n a b l e fortaleza de su me-t r p o l i , sede s a t n i c a p o r los m u y grandes pecados de que era o c a s i n y asiento. Y sobre este fondo de p ro te rv ia aparece, l u -minosa , la f igura hero ica de H e r n n C o r t s , e l i n s t rumen to de los designios providenciales , in tolerantes , ya, con t a n g ran suma de m a l d a d .

    Y as l legamos a l c a p t u l o 55 de la p r imera parte, e l mi smo que B a u d o t pre tende arrancar de cuajo para inser tar lo en u n a imag inada serie de c a p t u l o s de u n a i m a g i n a r i a h is tor ia de la con-qu i s t a baut izada p o r l y p o r e l padre Atanas io , n o p o r L p e z Rebo l l edo , con e l inadecuado y torpe n o m b r e de Guerra de los indios.

    Pero l a secuencia l g i c a de ese c a p t u l o no puede ser m s o b v i a respecto a l antecedente e s c a t o l g i c o d e l que le precede. Es c l a r s i m o que l a i n s e r c i n e n ese luga r de l re la to de las "se- a l e s y p r e n s t i c o s q u e e l s e o r de M x i c o y los otros naturales t u v i e r o n antes de l a d e s t r u i c i n de M x i c o " es secuela l g i ca de l cuadro que d e j trazado fray T o r i b i o en e l c a p t u l o i n m e d i a t o an te r io r , y p o r eso i n i c i a e l s iguiente (el 55) con unas conside-raciones sobre e l sent ido p r o v i d e n c i a l de esos anuncios sobrena-turales, demostrat ivos, dice, "de l a t r i b u l a c i n venidera" y cuyo ob je to es "que las gentes se apare jen y con buenas obras y en-m i e n d a de las vidas r e v o q u e n la sentencia que la jus t i c ia de Dios con t r a ellos qu ie re ejecutar".

    N a d i e mejor , c r e e r a u n o , que Baudo t para pe rc ib i r y respetar esa secuencia, puesto que t an to i n s i s t i en su c a p t u l o I I sobre la o r i e n t a c i n en p r o f u n d i d a d que i m p r i m i e l " s u e o mi l ena -r i s ta" a la a c c i n de los p r imeros franciscanos llegados a M x i c o . Y s in embargo, p o r l o que s lo merece calificarse de necio empe-

  • A L RESCATE DE MOTOLINIA 477

    c i n a m i e n t o , pretende m u t i l a r u n o de los m s elocuentes testimo-n ios d e l m i l e n a r i s m o de l mis ionero y conve r t i r a s te en re la tor d e l estruendo y crueldad de las batallas.

    S I G L A S Y R E F E R E N C I A S

    BAUDOT, Georges

    1977 Utopie et histoire au Mexique, Toulouse, Privat.

    B E A U M O N T , Pablo

    1932 Crnica de Michoacn, Mexico, Archivo General de la Nacin.

    C E R V A N T E S DE SALAZAR, Francisco

    1914-936 Crnica de Nueva Espaa, ed. de Francisco del Paso y Troncoso, Madrid-Mxico, 2 vols. (vol. i, Madrid, 1914; vols, il y ni, Mxico. 1936) . (Hay otra edicin de Madrid tambin de 1914: Francisco CERVANTES DE SA-LAZAR: Crnica de la Nueva Espaa que escribi el doctor d o n . . N u e s t r a s referencias son a la segunda edicin.)