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Jornal Oficial da AAUM DIRECTOR: Vasco Leão DISTRIBUIÇÃO GRATUITA 191 / ANO 9 / SÉRIE 4 TERÇA-FEIRA, 07.MAI.13 academico.rum.pt facebook.com/jornal.academico twitter.com/jornalacademico Sinergia AAUM/ UMinho: O desporto como fado do triunfo’ desporto Página 12 e 13 Nova tuna feminina chega à UMinho campus Página 06 GNRation em modo ON local Página 03 Para os The Glockenwise o futuro é tramado... cultura Página 16

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ACADEMICO 20

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Jornal Oficial da AAUMDIRECTOR: Vasco LeãoDISTRIBUIÇÃO GRATUITA191 / ANO 9 / SÉRIE 4TERÇA-FEIRA, 07.MAI.13

academico.rum.pt facebook.com/jornal.academicotwitter.com/jornalacademico

Sinergia AAUM/UMinho: O desporto como fado do triunfo’

desporto

Página 12 e 13

Nova tuna feminina chega à UMinho

campus

Página 06

GNRation em modo ON

local

Página 03

Para os The Glockenwise o futuro é tramado...

cultura

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07.MA

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NO PONTOEM ALTA EM BAIXO

Sp. Braga/AAUMÉ um momento histórico aquele que a equipa vive. Este fim de se-mana irá jogar, em Guimarães, a final four da Taça de Portugal. O Fabril, que no passado sábado venceu os “estudantes” por 6-2, será o adversário da meia final. Um jogo intenso que poderá levar o Sp.Braga/AAUM à tão desejada final. É este mais um feito numa época de sucessos e recordes da equipa comandada por Paulo Tavares. Importante dar os parabéns e dar um “em-purrãozinho” de força!

Violência na Queima do PortoFicou manchado o início das grandes festas académicas na-cionais. Os estudantes não são isto nem devem ser alvos deste tipo de ações. O que se passou no Porto é algo muito difícil de perceber. Nesta altura, questiona-se tudo e mais alguma coisa. A seguran-ça, a festa, as tradições.Isto foi um ato covarde, ma-léfico, sem precedentes, mas, acima de tudo, terrorista e que deve, urgentemente, ser exem-plarmente condenado.

Enterro da GataEstá aí a semana mais ansiada do ano para os estudantes da UM. A forma como tudo está pensado, a “absurda” quantidade de promoção dos cursos e suas “barraquinhas” nas redes sociais, deixam antever que os estudan-tes estão a dar tudo por tudo para uma semana inesquecível. Será um momento em que a crise, a austeridade, os exames e as aulas de manhã passam para segundo plano. Com moderação, a sema-na poderá ser inesquecível.Aproveitem!

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FICHA TÉCNICA // Jornal Oficial da Associação Académica da Universidade do Minho. // quarta-feira, 07 Maio 2013 / N191 / Ano 9 / Série 4 // DIRECÇÃO: Vasco Leão // EDIÇÃO: Daniel Vieira da Silva Chefes de redacção: Cláudia fernandes e Rita Magalhães // REDACÇÃO: Adriana Couto, Alexandre Vale, Ana filipa Gaspar, ana Pinheiro, Bárbara araújo, Bárbara martins, Bruno Fernandes, Cataraina Hilário, Catarina silva, Cátia Silva, césar carvalho, Cláudia Fernandes, Daniel mota, Dinis Gomes, Filipa Barros, Filipa Sousa Santos, Isabel Ramos, Joana Martins, Joana Videira, João Pereira, Marta Soares, Rita Magalhães e Vânia Barros // COLABORADORES: Elsa Moura, José Reis e ricardo carvalhoGRAFISMO: gen // PAGINAÇÃO: Daniel Vieira da Silva // MORADA: Rua Francisco Machado Owen, 4710 Braga // E-MAIL: [email protected] //TIRAGEM: 2000 exemplares // IMPRESSÃO: GráficaAmares // Depósito legal nº 341802/12

VENCEDORES DO CONCURSO UM AO QUADRADO:

SEMANALMENTE O ACADÉMICO VAI DIVULGAR OS TRABALHOS VENCEDORES.David Lourenço - 4º ano - Engenharia Civil

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LOCAL

PUB.

gnration em modo on AlexAndre vAle

[email protected]

A semana passada ficou marcada pelo GNRation ON, um festival de criativi-dade que, como o nome in-dica, serviu para dar início às atividades culturais do espaço. De 30 de abril a 5 de maio, o GNRation, para marcar o seu “momento de ignição” e dar-se a conhecer, apre-sentou à cidade de Braga uma mostra cultural, com atividades divididas em três eixos: as artes, o digi-tal e o empreendedorismo. Concertos, exposições e workshops ligados a áreas do design, da fotografia, do vídeo, entre outras áreas criativas, fizeram parte de uma das programações cul-turais mais ambiciosas que Braga recebeu.

“O novo lugar de encontro de Braga consigo própria e com o mundo”

A inauguração decorreu na manhã de 1 de maio, com uma intervenção por parte do presidente da Câmara de Braga, Mesquita Machado.

Este realçou o significado do projeto e elogiou a dire-ção: “O GNRation pode ser uma boa ferramenta para a juventude poder aprender aqui novas coisas, criar os seus negócios e estou certo que vai ter um grande êxito. E vai ter um grande êxito porque tem pessoas que estão à frente, a orientar os destinos de GNRation, que têm um grande entusiasmo pelo projeto, a Ângela Fer-reira e o Rui Dória”. Já Hugo Pires, presidente da Fundação Bracara Augusta, mentora do espaço, escla-receu o propósito desta in-fraestrutura: “Afinal o que é o GNRation? Perguntam--me se é um novo espaço cultural ou um lugar de acolhimento de associações juvenis, perguntam-me se é uma incubadora de empre-sas ou um espaço comercial e inovador, se é uma área de co-working ou um centro de formação e qualificação, se é uma sala de concertos ou uma residência para ar-tistas em criação, se é um laboratório digital ou uma galeria de arte, se é um sí-tio para investigar ou para o lazer e entretenimento. O GNRation é tudo isto e muito mais. O GNRation é

a resposta aos problemas e desafios do século XXI”. O vereador salientou tam-bém a importância que este espaço pode assumir para os jovens de Braga: “O GN-Ration é o novo lugar de encontro de Braga consigo própria e com o mundo. O lugar onde os criadores en-contrarão outros criadores e os seus públicos, onde as ideias encontrarão novas ideias, onde a inovação se transformará em negócios, onde se colaborará, experi-mentará, arriscará e onde se vai falhar, com certeza, e acertar também”.

que se encontrava a assis-tir o concerto de Norberto Lobo, ficou com uma “boa impressão”, salientando as “boas condições” do espaço e o “bom potencial” que este transparece, e espera “que seja um bom ponto de en-contro com as artes.”Resta esperar que o tempo passe e ver se o GNRation, um projeto sempre alvo de imensas críticas por parte da oposição e de acesos de-bates, irá cumprir os seus objetivos e promessas, e fa-zer de Braga um dos centros culturais mais relevantes do país.

Afluência notável nos con-certos

Os concertos de bandas como Dead Combo e Nor-berto Lobo e foram dos eventos que maior adesão registaram, entre aqueles que estavam programados. No primeiro dia, os bilhetes para o concerto gratuito, de entrada limitada, de Rhys Chatham, em conjunto com outras bandas de Braga, es-gotaram perto das 16:00. A primeira impressão que o GNRation deixa junto dos bracarenses, para já, parece ser positiva. Juliana Vieira,

GNRation

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CAMPUS

cAtArinA sousA silvA

[email protected]

O livro tradicional já pode fundir-se ao eletrónico, que-brando o seu carácter está-tico ao oferecer conteúdos dinâmicos e interativos. Na Universidade do Minho, o laboratório engageLab de-senvolveu um projeto que permite fundir o livro físico ao livro eletrónico. Bridging Book é o nome da aplicação, que já foi exibida na maior conferência internacional na área da interação entre o Homem e o computador, a CHI 2013, em Paris. O sistema foi criado com um objetivo: desenvolver novos modelos de livros com componente digital. A aplicação permite que ao co-locarmos um livro de papel junto a um dispositivo tablet ou smartphone, os seus con-teúdos sejam sincronizados, acompanhando o folhear das páginas do livro. Neste sentido, torna-se possível

dispor de conteúdos intera-tivos complementares ao ca-rácter estático da página do livro em papel. Nelson Za-galo, professor envolvido na investigação, explicou a ra-zão desta investigação: “Isto tem a ver com alguma ten-dência que as pessoas têm a deixar o livro para trás. E o que nós quisemos foi tentar manter, junto com o digital, o físico, numa tentativa de juntar os dois mundos”. “É como se conseguíssemos acrescentar uma nova ca-mada de significados ao li-vro de papel, utilizando a in-teração, a animação e o som, que o iPad traz ao livro em papel, podemos alargar a sua capacidade de atração”, justificou o professor.

Leitura interativa para crian-ças

A aplicação é direcionada para as crianças, entre os 7 e os 9 anos, contudo Zaga-lo esclareceu que “não quer

livro de papel funde-se ao digital num projecto da uminho

dizer que não se venha a alargar esse leque, numa fase em que se pense já co-mercializar o protótipo”. Ao promover o interesse simul-tâneo pelo ebook e pelo livro físico, pretende-se atrair os mais novos para a leitura. “Nós esperamos que, de cer-ta forma, esta componente mais multimédia contribua

para estimular a leitura”, revelou Nelson Zagalo. De acordo com o professor, o objetivo é colmatar a falha que existia no mercado, no que toca ao insucesso da lei-tura em ambientes digitais e à quebra do interesse por conteúdos estáticos. “Por isso, o livro físico aqui aju-da a focar a mensagem e, ao mesmo tempo, o livro digi-tal oferece a componente in-terativa que faltava”. O livro não necessita de liga-ção física ao dispositivo nem de nenhum tipo de eletróni-ca. “Os livros não têm que ser desenhados especifica-mente para funcionarem com a aplicação, porque os livros têm, em cada página, uma determinada quanti-dade de energia magnética, que pode ser reconhecida pelo iPad”, esclareceu Nel-son Zagalo. Ou seja, a apli-cação pode funcionar com qualquer livro, “mas tem de ser feito o trabalho digital do livro, um trabalho que é fei-to ao nível da edição”.

Investigação reconhecida in-ternacionalmente

Depois de o projeto ter sido

aceite e muito bem recebido em Paris, numa conferência prestigiada na área da inte-ração, segue-se Nova Iorque. “Nós vamos estar em junho em Nova Iorque, a apresen-tar também o projeto, mas desta vez vamos estar com pessoas da área da edição já a tentar perceber como é que poderíamos então avan-çar para uma componente comercial”, adiantou o in-vestigador. Até ao final do ano, a aplicação poderá vir a estar disponível online. Esta fusão entre o livro tra-dicional e o ebook envolve os investigadores Ana Lúcia Pinton, Ana Carina Figuei-redo, Pedro Branco, Eduar-da Coquet, Ido Iurgel e Nel-son Zagalo.A investigação foi desenvol-vida no âmbito do projeto “EngageBook: touch, read and play”, criado pelo enga-geLab, um laboratório que cruza artes e tecnologia. Co-financiado pela Fundação para a Ciência e Tecnologia e pelo FEDER/COMPETE, este laboratório serve o Cen-tro Algoritmi e o Centro de Estudos em Ciências da Co-municação (CECS) da UMi-nho.

DR

DR

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PUB.

cÁtiA silvA

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A Universidade do Minho adere, pelo segundo ano consecutivo, à iniciativa “7 dias com os média”, um projeto nacional de sensibi-lização para o papel e lugar que os média tradicionais ocupam no quotidiano de todos nós. A iniciativa que no ano pas-sado ocupava apenas um dia, foi este ano alargada para sete, decorrendo assim entre os dias 3 e 9 de maio. Dentro e fora da Universi-dade do Minho vão aconte-cer vários projetos apoiados por diversos meios audiovi-suais: imprensa, televisão e rádio. A licenciatura e o

mestrado em Ciências da Comunicação (CC), bem como o mestrado em Co-municação, Cidadania e Educação são os envolvidos. Sara Pereira, docente da cadeira de Média, Públicos e Cidadania do 3º ano do curso de Ciências da Co-municação, propôs aos estu-dantes aderirem à iniciativa como “trabalho prático” da cadeira. Joana Quintas, aluna da li-cenciatura, juntamente com o seu grupo de trabalho or-ganizou uma palestra no grupo de jovens de S. Tomé de Negrelos, no dia 25 de maio. “É uma espécie de palestra sobre o curso de Ci-ências da Comunicação e as suas áreas, em que aliamos

isso aos média. Além disso faremos um workshop onde os miúdos vão criar notícias, press releases, vão filmar e simular o que os média “fa-zem”, explica a aluna. Já João Gonçalves do mes-trado em Ciências da Co-municação, com o apoio do Gaccum, criou um espaço de discussão e de debate online sobre os média, aber-to à participação de todos, intitulado de Caixa de Co-mentários e alojado no wor-dpress. Para além disso, vai ainda decorrer um debate presencial na sala de atos do ICS, no dia 7 de maio, terça--feira, pelas 16 horas. Outra das iniciativas é uma parceria com o Diário do Minho. Os estudantes uni-

versitários e do ensino se-cundário são desafiados a escrever um texto sobre o papel dos média na atua-lidade, em que os sete me-lhores são publicados numa rúbrica do jornal, entre os dias 3 e 9 de maio. Na semana da iniciativa de-corre uma crónica da auto-ria de bloggers, leitores e in-vestigadores, que discutem e refletem a importância dos blogues na sociedade. Também a rádio se fez sen-tir nesta iniciativa. A Rádio Universitária do Minho permitiu que um dos gru-pos preparasse a emissão da tarde do dia 7 de maio. Nesta emissão especial vai haver espaço para alguns momentos: um debate so-

os media na voz da região

bre o futuro da rádio, uma reportagem sobre o papel da mesma e a atuação em dire-to de uma banda musical. Joana Teixeira, aluna de Ciências da Comunicação, e também ela protagonista de uma das iniciativas reco-nhece o valor desta ativida-de. “Ajuda a demonstrar ao público a importância que os média têm na nossa vida, o que leva estes a darem o devido valor aos meios de comunicação social”, expli-ca a aluna. Também os estudantes Erasmus vão sensibilizar para o papel e o lugar que os média ocupam na nossa vida ao som da guitarra, na cantina de Gualtar, no dia 7 de maio.

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Realizaram-se a 2 de abril as eleições da Erasmus Stu-dent Network (ESN) Minho. A única lista candidata foi eleita por maioria. Desta constam 14 elementos da di-reção e mais de 17 colabora-dores espalhados por vários cursos da Universidade do Minho. A secção da ESN Minho mantem a sua estrutura ba-seada numa divisão em dois núcleos: o de Braga e o de Guimarães, acompanhan-

do os polos constituintes da Universidade do Minho, com desdobramento dos departamentos em ambas as cidades, sempre que se justifique. Foi, igualmente, elaborado e aprovado um plano de ati-vidades anual juntamente com os respetivos orçamen-tos para o ano de 2013, a in-cluir no plano de atividades da AAUM. Hélder Dias, presidente re-eleito, em declarações ao ACADÉMICO, esclarece: “Uma das principais ativi-dades para este mandato é a de que a ESN Minho

continuará a acompanhar voluntários enviados para o exterior e preparar-se-á para receber, pela primeira vez, voluntários de outros países. A secção está ainda a preparar ações de sensi-bilização junto dos jovens estudantes de escolas se-cundárias, assim como de estudantes da Universidade do Minho, para este tipo de projetos europeus. Por ou-tro lado, a seção está a ela-borar um projeto para o Pro-grama Juventude em Ação com o intuito de se propor a acolher um evento deste âmbito na ESN Minho. Este

irá chamar-se “Erasmus + creativity! Social entrepre-neuship and the generatio-nal approach” e irá incidir sobre os programas de estu-dos comunitários Erasmus enquanto ferramenta poten-cial de suporte laboral para os jovens europeus”. Recorde-se que a ESN está dividida em vários depar-tamentos, nomeadamente: Tesouraria, Administração Interna, Património, Via-gens, Secretariado, Despor-

esn minho elege nova direção e prepara-se para receber os primeiros voluntários europeus

to, Comunicação, Cultura, EVS, Recreativo e Pedagó-gico. A ESN é um órgão inde-pendente da AAUM e têm como principal objetivo au-xiliar todos os estudantes estrangeiros na sua adap-tação à realidade portugue-sa e minhota , assim como promover oportunidades de intercâmbio para todos os estudantes da Universidade do Minho em projetos inter-nacionais.

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nova tuna feminina chega à uminhoAdriAnA couto

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Tun’ao Minho – Tuna Aca-démica Feminina da Uni-versidade do Minho, é o nome da nova tuna da aca-demia minhota, que será formalmente apresentada esta quarta-feira, dia 8 de maio, no Largo dos Peões. O mais recente grupo cultu-ral, acolhe cerca de 30 estu-dantes onde o destaque vai para a paixão pela música. As novas tunantes, junta-ram-se em novembro mas só agora é que decidiram

começar as primeiras apari-ções públicas. Depois da atuação no XX-XIV Colóquios de Relações Internacionais, a convite do Centro de Estudos do Curso de Relações Internacionais, a Tun’ao Minho lança-se num evento para toda a aca-demia, que contará com a presença dos Bomboémia – Grupo de Percussão da Uni-versidade do Minho, numa noite que promete casa cheia para se conhecer as primeiras músicas da nova tuna feminina. O espetáculo começará por volta das 22H30.

azeituna surpreende na séAdriAnA couto

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A Azeituna – Tuna de Ciên-cias da Universidade do Mi-nho, surpreendeu os seus seguidores com um espetá-culo diferente do habitual realizado na Sé de Braga. Na passada terça-feira, dia 30 de abril, com cerca de 50 membros presentes e com uma Sé pintada de azul, os estudantes e bracarenses encheram um dos sítios mais emblemáticos da ci-dade de Braga, num espe-táculo que contou com as participações especiais da Gatuna – Tuna Feminina da Universidade do Minho, da cantora Raquel Teixeira, pertencente ao grupo Ori-gem Tradicional e Arrefole, dos escuteiros do Agrupa-mento 233, bem como de três músicos convidados. No dia em que terminava as comemorações do seu 20º aniversário, a Azeitu-na surpreendeu o público bracarense com um espetá-culo pouco usual nas tunas académicas: um concerto na Sé de Braga, com um re-portório repleto de músicas tocadas em cerimónias re-ligiosas. As 21 músicas que compuseram o espetáculo, distribuídas por quatro te-

mas, “Origem”, “Matrimó-nio”, “Paz” e “Futuro”, são o resultado de duas décadas de variados espetáculos da Azeituna em cerimónias religiosas, tendo sido gra-vadas ao vivo e resultarão na edição de um CD, um dos objetivos traçados pelo grupo para as comemora-ções do seu 20º aniversá-rio. Brevemente, será ainda lançada a autobiografia em livro da Azeituna. Para a or-ganização, a explicação para este espetáculo não podia ser mais simples: “Come-çámos a tocar este tipo de música em casamentos dos primeiros Azeitunos. Sem-pre foram músicas alegres e como tal começamos a ganhar o prazer e o gosto de tocar este tipo de repertório. Pensámos, então, em gravar

um CD para que pudesse fi-car registado e foi com essa ideia que a de proporcionar-mos o espetáculo pouco ha-bitual, que se realizou na Sé de Braga”. Com cerca de 2000 pessoas presentes no concerto, entre amigos, colegas, seguidores ou curiosos, o feedback por parte do público não podia ser mais positivo, estando representadas todas as fai-xas etárias. Mas a adesão ao espetáculo conseguiu surpreendeu a Azeituna: “Muito sinceramente está-vamos à espera de uma Sé bem composta, mas não esperávamps presenciar a afluência que tivemos no espetáculo.” Num ano recheado dos mais variados eventos or-ganizados pelo grupo, a

organização destaca como sendo os mais memoráveis o “Espetáculo dos 20 anos”, as “Festas WAY” em parce-ria com a Braga 2012 – Ca-pital Europeia da Juventude, o “Arraial Azeiteiro” ou o “XIX CELTA Rock”. Mas se o 20º aniversário chegou ao fim, as comemorações do 21º ano da Tuna de Ciências da Universidade do Minho, promete voltar a surpreen-der: “Costumamos dizer que a Azeituna não para,

sendo assim este ano não será diferente e novas ini-ciativas e muitas surpresas estão para vir. Relembra-mos também que este ano o CELTA atinge a sua 20ª edição e esperamos poder elevar ainda mais a fasquia que estabelecemos com o XIX CELTA Rock”. A noite terminaria já com a comemoração do 21º aniver-sário da Azeituna no Insóli-to Bar, fundada no dia 1 de maio de 1992.

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INQUÉRITO

“Considero que o ACADÉ-MICO é um jornal impor-tante para a Universidade do Minho, pelo facto de ser o jornal em papel mais pró-ximo dos alunos, que retrata a realidade que eles viven-ciam”, disse Rita Pereira.No entanto, a aluna refe-riu: “O jornal podia apostar mais na área do desporto. Tendo em conta o tamanho do jornal, mas também a variedade de modalidades praticadas na universidade, acho que era importante apostar em mais uma ou duas páginas dedicadas ao desporto, com entrevistas, perfis, reportagens”.Já no que toca à presença do jornal no mundo online, a estudante expôs: “Tal como acontece em muitos órgãos de comunicação social em Portugal, o online dos jor-nais acaba por ser uma ex-tensão do impresso, em que só existe uma passagem do texto escrito em papel para a internet. Deste modo, acho que o ACADÉMICO podia apostar num site mais di-nâmico, com infografias, reportagens online e até mesmo apostar mais em imagens, que penso que é algo que escassa no site“.

Paula Amorim, estudante do primeiro ano de Direito, ao ser questionada sobre o que mais gostava de ler no jornal, respondeu: “O inquérito, pois gosto de ler as opiniões dos meus cole-gas relativamente a temas atuais, acho importante o “contacto” com os dife-rentes pontos de vista, que muitas vezes nos permitem olhar para as coisas de outra maneira. Também gosto do campus porque me permite manter-me atualizada.”.A aluna referiu também que gostava de ver no ACADÉ-MICO “assuntos do país no geral e acontecimentos in-ternacionais” e acrescentou que “não faria mal ter partes mais lúdicas”.Paula, que considera o jor-nal em questão “muito in-teressante” e disse em tom sugestivo: “Infelizmente sei que a grande maioria das pessoas não lê o jornal académico, aliás, há quem nem esteja a par da sua exis-tência, portanto acho que o jornal deveria arranjar uma forma de chamar mais leito-res, encontrar uma maneira de despertar a atenção da co-munidade académica.”

“Gosto das seções de no-tícias, que abrangem des-de assuntos relacionados à vida académica, até as novidades de tecnologias e últimos acontecimentos internacionais. Acho exce-lente a disponibilização do formato em PDF para des-carregar no site, entretanto acredito que a tiragem do jornal poderia ser maior. Poucas vezes tive o prazer de o ler na Universidade do Minho, pois não havia edi-ções. Isso pode também ser uma questão de distribui-ção. Acredito que o jornal também poderia ter uma base de dados de leitores e enviar uma newsletter se-manal para estes, através de e-mail, a dar conta das últimas notícias. Isso tra-ria uma comunicação mais próxima com o público.”, disse Mateus de Melo ao ACADÉMICO. O aluno bra-sileiro referiu ainda: “ É um jornal bem completo e com um foco bem definido. Um excelente meio para nós, universitários, ficarmos a par das notícias relevantes da comunidade académica e temas relacionados, como desporto, cultura e política.”

PAULA AMORIM1º ANO//DIREITO

MATEUS DE MELO2º ANO// MESTRADO CIÊNCIAS

COMUNICAÇÃO

BÁrBArA MArtins

[email protected]

A última edição do ACADÉMICO, deste ano letivo, está quase aí. Sendo este o único semanário académico do país e feito para os alunos e por alunos, o feedback dos seus leitores é fundamental para o seu desenvolvimento. Assim, com o intuito de fazer uma retrospeção sobre o trabalho elaborado ao longo de todo este ano, o ACADÉMICO procurou, junto dos alunos, perceber quais são os assuntos que estes mais gostam de ler no jornal e o que lhes chama mais à atenção. Para além disso, solicitou também sugestões e opiniões na tentativa de compreender melhor o que é preciso melhorar na forma de trabalhar do jornal no próximo ano. Aqui, as vossas opiniões contam!

RITA PEREIRA1º ANO //

CIÊNCIAS COMUNICAÇÃO

qual a tua opinião acerca do ACADÉMICO?

“Acho a existência deste e dos outros jornais dos alu-nos da Universidade do Mi-nho essencial, porque per-mite a comunicação entre alunos de cursos diferentes, que de outra forma seria difícil, e, ao mesmo tempo, possibilita a aplicação prá-tica dos conhecimentos ad-quiridos para os alunos de CC”, disse Nuno Barbosa quando questionado sobre a sua opinião acerca do ACA-DÉMICO.Relativamente ao que falta no jornal, o estudante de Economia respondeu: “O jornal podia dar mais aten-ção à grande comunidade de start-ups que se tem vindo a desenvolver na região do Minho, dando um contribu-to na aproximação entre o mercado de trabalho e a co-munidade académica. Falta também uma maior atenção ao trabalho das várias orga-nizações de estudantes e à importância dos estudantes participarem nestas.”.Já no que toca à presença online do ACADÉMICO, Nuno disse: “tenho apenas a apontar que falta a possi-bilidade de comentar as no-tícias, porque isso permite que as pessoas se sintam mais envolvidas”.

NUNO BARBOSA1º ANO //

MESTRADO ECONOMIA

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PÁGINA 08 // 07.MAI.13 //ACADÉMICO

primeiras jornadas de marketing assinalam saída dos primeiros marketeers minhotos

ritA MAGAlHÃes

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No próximo dia 24 de maio vão realizar-se as primeiras Jornadas de Marketing na Universidade do Minho, sendo este um projeto inte-grado na Unidade Curricu-lar de Comunicação de Ma-rketing.Este evento, organizado pe-los alunos do 2º ano da Li-cenciatura em Marketing, vai dividir-se em dois mo-mentos: na parte da manhã, entre as 9:30 e as 12:00, a atividade vai ser direcionada para os estudantes percebe-

rem as potencialidades do marketing; ao final da tarde, entre as 18:00 e as 20:00, vai realizar-se um debate de ideias, perspetivas e experi-ências sobre o papel multi-facetado do profissional de marketing, entre empresá-rios, académicos e público em geral. No ano em que é assinalado o fim do primeiro ciclo e a saída dos primeiros marke-teers made in Universidade do Minho, “torna-se perti-nente mostrar à comuni-dade académica, estudantil e empresarial, o que é o marketing e qual o papel do marketeer”, afirma, ao

ACADÉMICO, Sónia Coe-lho, uma das responsáveis do evento.Sónia Coelho explicou tam-bém que “esta é uma área de franco crescimento in-ternacional mas ainda tí-mido a nível nacional e, por isso, as Primeiras Jornadas de Marketing podem tra-zer algumas respostas para empresários, free-lancers, industriais, jovens ou todos aqueles que não querem perder o comboio do futuro”Este atividade, orientada pela docente Beatriz Ca-sais, destina-se a toda a co-munidade académica, pois, segundo a organização, “o

marketing, neste momen-to, não é apenas para os marketeers, mas sim uma área transversal a muitas outras”. Assim sendo, estas jornadas são uma oportu-nidade para “posicionar o marketing no contexto atual em que se aprofunda os con-textos numa lógica holística e do interesse de todos aque-les que não querem perder o comboio do progresso”, salientou Sónia Coelho ao nosso jornal. Para além do interesse em contar com alunos de toda a academia, a organização expressou o seu interesse em receber alunos de outras institui-

ções, alunos do secundário, profissionais e público em geral.A organização aguarda ain-da algumas confirmações dos oradores que estarão presentes durante este even-to e, por esse motivo, o pro-grama só vai ser oficialmen-te publicado nos próximos dias. As Primeiras Jornadas de Marketing decorrem na Universidade do Minho e as inscrições são gratuitas, mas limitadas.Para os interessados, as ins-crições são feitas através do site:ht tp://mktuminho.wix .com/mktuminho.

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Hélio Morais é o nome em destaque esta semana na Burning List. A força motriz por detrás de projetos como If Lucy Fell, Linda Martini ou Paus vem esta semana à Univer-sitária para escolher e conversar sobre cinco temas da sua preferência. E digo força motriz porquê? Porque Hélio toca um instrumento que, na sua opinião, tem uma importância decisiva numa banda de rock n rol. A bateria. Ao que parece, os Europe foram os grandes re-sponsáveis pela incursão de Hélio Morais pelo universo da música. músico confessa que se apaixonou pelo instrumento no momento em que viu o videoclip de The Final Countdown. Mas só aos 13 anos começou a tocar bateria numa igreja protestante perto do campo de futebol onde jogava. Um dos seus ídolos de juventude era Lars Ulrich, baterista dos Metal-lica. Os Linda Martini são um dos diversos proje-tos de Hélio Morais, que está ainda envolvidos com Paus e If Lucy Fell, que regressaram este ano após um período de paragem. Formados em 2003, os Linda Martini são um enérgico quarteto conhecido pelas suas intensas atu-ações ao vivo. Têm já dois álbuns de originais, sendo que o seu primeiro EP foi remaster-izado por Niels Kinela, baixista dos irlandeses God is An Astronaut. O mais recente projeto de Hélio Morais resulta de uma parceria com Joaquim Albergaria, dos extintos Vicious 5. Os Paus são uma banda manifestamente experimental, cujos temas são criados de forma instintiva e que Hélio confessa que têm de aprender não para gravar no estúdio mas sim para tocar ao vivo. O álbum de estreia dos Paus é lançado a 24 de outubro.

Segunda: Dead Combo - Anadamastor (Lisboa Mulata, 2011)“Acho que este tema ilustra bem o título do disco e o que são os dead combo. Por muito limitativo que o conceito musical deles (uma guitarra e um contrabaixo) possa parecer eles, disco após disco mostram que, de fato, não se esgota e eles conseg-

uem reinventar-se.”

Terça: St. Vincent - Chloe in the afternoon (Strange Mercy, 2011)“neste momento, ao contrário do que as pessoas possam pensar, as bandas mais pesadas que ouço são as minhas! não costumo estar muito a par do que se passa na cena rock e as bandas que ouço continuam a ser aquelas que ouvia na década de 2000... em relação à st. vincent, ela toca com um feeling semelhante àquele com que qualquer elemento dos linda Martini toca, ela é muito rock a tocar... vê-se que ela está a sentir a coisa. ”

Quarta: Fleet Foxes - Montezuma (Helpless-ness Blues, 2011) “existe um elemento de um banda que me inf lu-enciou muito - os Blood Brothers - que toca neste disco... ele é um excelente músico. Quando soube que ele tinha integrado a banda, fui ouvir o disco e percebe-se a sua presença na banda. As músicas têm partes mais experimentais e acho que eles têm a ganhar. continuam com a dimensão mais pop e com uma componente melódica vocal incrível mas tem apontamentos também interes-santes noutras áreas.”

Quinta: Filho da Mãe - Não sei desenhar bar-cos, (Palácio, 2011) “isto era o que o rui [companheiro de Hélio Mo-rais nos if lucy Fell] deveria ter feito desde sempre (risos). eu toco com ele desde 1994 e os primeiros concertos que dei foi com ele. depois, por entre um hiato de 4 a 5 anos em que estivemos sem tocar juntos, o rui começou a tocar guitarra portuguesa. É incrível como ele, sem qualquer espécie de escola de guitarra portuguesa, conseg-ue tocar as coisas que toca! Aquilo que tu ouves na guitarra clássica ele já tinha lá na guitarra portuguesa.“

Sexta: Warpaint - Undertow (The Fool, 2011) “As Warpaint têm agora uma baterista que tem um groove incrível. elas antes tinham um baterista que gravou o álbum anterior e não há comparação com as baterias deste novo álbum. esta baterista é mil vezes melhor do que o outro baterista e acho que elas ganharam muito com isso.”

HÉLIOMORAIS

Adriana Boiça Silva

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PÁGINA 11 // 07.MAI.13 //ACADÉMICO

A data da competição de surf e bodyboard do Troféu Reitor está ainda por defi-nir, podendo variar entre os fins de semana de 25 e 26 de maio ou 1 e 2 de junho, de-pendendo das condições do mar. Qualquer membro da academia minhota, ou seja, alunos, ex-alunos, docentes, funcionários não-docentes e investigadores podem par-ticipar e inscrever-se nesta atividade que tem um custo de 5 euros por participan-te. Rui Rebelo, responsável pela organização do evento, expecta sucesso e aponta o número 30 como objetivo no que toca ao número de participantes.

patrocinadores e a parceria com outras escolas irão ser as ferramentas utilizadas pela equipa para combater o problema. Ainda assim, ambos os responsáveis consideram o apoio dos SASUM e da Associação Académicada Universidade do Minho ful-crais para a sobrevivência da equipa. Nos dias 4 e 5 de maio, a equipa da AAUM venceu o título coletivo do circuito universitário de Bodyboard e Surf em Peniche seguin-do-se a Universidade Nova de Lisboa e o Instituto Supe-rior Técnico de Lisboa, res-petivamente.

AnA FiliPA GAsPAr

[email protected]

Após 18 edições, o Troféu Reitor da Universidade do Minho irá incluir pela pri-meira vez as modalidades de Surf e Bodyboard. Em meados de 2000, Bru-no Vasconcelos, um dos atuais responsáveis técnicos da equipa “trouxe o Surf e o Bodyboard até à Universida-de do Minho”. Ainda assim, foi apenas em 2007, com a inclusão das modalidades no Campeonato Nacional Universitário (CNU), que a equipa se oficializou. O gru-po considera este o campeo-nato mais importante, onde visam levar o maior número de participantes e obter os melhores resultados possí-veis. Foi na edição de 2012 do CNU, que a equipa de Surf e Bodyboard da Universi-dade do Minho (equipa da AAUM) alcançou os me-lhores resultados até então. Após 3 etapas, a primeira na praia da Cordoama (Sagres) e as duas últimas em Leça

da Palmeira, a equipa de Bo-dyboard sagrou-se vice-cam-peã nacional universitária e a equipa de Surf arrecadou o quinto lugar na classifica-çãocoletiva. No entanto, este ano a Fe-deração Académica de Des-porto Universitário (FADU) reduziu o CNU a uma etapa apenas, a realizar nos dias 18 e 19 de maio na praia de Leça da Palmeira. “Como vice-campeões nacionais va-mos tentar corresponder às espectativas que estão depo-sitadas em nós e vamos lutar por um dos títulos que estão em disputa”, afirma Rui Re-belo, responsável técnico da equipa de Bodyboard. Os treinos são realizados o mais regularmente possí-vel, utilizando-se uma car-rinha cedida pelos Serviços de Ação Social da Univer-sidade do Minho (SASUM) para transportar os atletas da academia até à praia mais próxima. A disponibilidade de transporte e o estado do mar são duas condicionan-tes, pelo que não existem dias ou horas fixas para os

treinos. João Pedro Almeida, alu-no do 2º ano de Gestão, e membro da equipa desde o ano de ingresso na Univer-sidade do Minho considera o espírito da equipa pró--ativo. Destaca assim, a or-ganização de “Surf Trips” em diversas praias e a parti-cipação no máximo de com-petições possíveis. Admite ainda que às vezes é difícil conciliar o surf com os estu-dos, devido à peculiaridade deste desporto que só pode ser praticado quando um conjunto de variáveis assim o permite.

Necessidade de chegar a ou-tros públicos

Bruno Vasconcelos e Rui Rebelo admitem a necessi-dade de fazer chegar aos alu-nos uma mensagem mais sólida, pois esta atividade é desconhecida por uma grande parte da comunida-deacadémica. Desta forma, pretende-se reforçar a visi-bilidade para o exterior. A publicidade, a aquisição de

bodyboard e surf na crista da onda universitária

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PÁGINA 12 // 07.MAI.13 // ACADÉMICO

A Gala do desporto serve, anualmente, para premiar aqueles que mais se destacam na academia minhota

Andebol da AAUMinho tem conquistado vitórias atrás de vitórias e é um dos casos de sucesso

FADU

REPORTAGEMsinergia aaum/uminho: o desporto como fado do triunfo

boxing). Falta mencionar ainda a recente vitória da AAUM, em Faro, na final dos CNU’s de futebol de 7 masculino, diante da equipa da Universidade do Porto.

Qual a chave deste sucesso?

O ACADÉMICO foi tentar perceber qual é o ‘segredo’ para o fenómeno desportivo bem-sucedido da academia minhota. De acordo com Carlos Videira: “Existe uma forte relação entre a direção da AAUM, através do seu Departamento Desportivo, e os Serviços de Ação Social da Universidade do Minho

seguintes dados: nos CNU’s de 2013, realizados na Beira Interior, a AAUM conquis-tou cinco medalhas de ouro (andebol, futebol 11, futsal masculino, voleibol e futsal feminino) e uma de bron-ze (basquetebol feminino); nos CNU’s de natação, que decorreram em Lisboa, a academia minhota arreca-dou sete medalhas (quatro de ouro e três de bronze); no primeiro dia dos CNU’s in-dividuais, que têm lugar em Guimarães (5 a 12 de maio), a UM acumulou para o seu mealheiro mais 20 conquis-tas (cinco na modalidade de karaté e 15 na de kick-

FiliPA sAntos sousA

[email protected]

Todos nós sabemos, ou pelo menos já ouvimos falar dos benefícios da prática des-portiva. Afinal médicos, professores de Educação Física e até os próprios mé-dia, um pouco por toda a parte, apregoam a boa ‘arte’ do desporto. Ainda assim, o sedentarismo é uma reali-dade que afeta muitos por-tugueses. Recentemente em entrevista ao ACADÉMICO, o presidente da Federação Académica do Desporto Universitário (FADU), Bru-

no Barracosa, afirmou que a taxa de prática desportiva no país é inferior a 5%. Neste ‘deserto’ desportivo português existem vários oásis, que se distinguem e fogem a léguas desses con-tornos murchos. Bem, tal-vez o termo deserto soe um pouco hiperbolizado, mas tendo em conta o valor da taxa, em cima referida, tal-vez não seja descabido, pelo menos não de todo. Mas, voltando ao que interessa; quem parece inserir-se nes-ta categoria de refrigério do desporto são os alunos da Universidade do Minho (UM). No ano letivo transa-

to, segundo o Podium 2012, da autoria do Departamen-to Desportivo e Cultural da UM a par da Associação Académica da Universida-de do Minho (AAUM), es-tavam inscritos mais de 10 mil utentes nos complexos desportivos da academia. No ano passado, nos Cam-peonatos Nacionais Uni-versitários (CNU’s) a UM conquistou 77 medalhas (17 de ouro, 29 de prata e 31 de bronze). Mas o louvor desportivo dos estudan-tes minhotos não se ficou por aí. No presente defeso, repetiram-se mais feitos memoráveis. Atente-se nos

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Bruno Barracosa deixa o cargo de presidente da FADU em outubro

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peto importante na saúde de toda a academia minho-ta. Apesar das razões, an-teriormente referidas, não só os apoios das entidades UM/AAUM são cruciais para esta escalada rumo ao sucesso. Sem o esforço e empenho dos próprios atle-tas, que têm que conciliar estudos com treinos, nada disto seria possível. “É pre-ciso muita dedicação para depois de um dia estudos/ trabalho, ainda ter vontade de treinar e chegar a casa e jantar quando todos os ou-tros familiares já jantaram. É preciso vontade para en-frentar qualquer tipo de cli-ma. É preciso muita força de vontade para superar lesões, castigos, mal estares”, con-clui o jogador de futebol de 11 e de 7, Nuno Valença.O desporto é, assim, peça fundamental e de orgulho na academia minhota. E se todos seguíssemos este exemplo?

Em 2011/2012, só a título de exemplo, decorreram os Campeonatos Europeus de taekwondo, os CNU’s e ainda o Campeonato Mun-dial Universitário (CMU) de xadrez. Para além disso, está prevista, já para 2014, a realização do CMU de ande-bol, o qual recorde-se é um dos pontos fortes no panora-ma desportivo da academia minhota. Ou esta equipa não se tivesse sagrado re-centemente pentacampeã nacional, feito a que convém acrescentar, também, a con-quista do 2º lugar a nível mundial, na prova que teve lugar em Blumenau (Brasil), no ano passado.“A Universidade do Minho mostrou a sua vontade em receber o Campeonato do Mundo de karaté em 2016”, revelou o presidente da FADU, Bruno Barracosa, numa entrevista concedida ao ACADÉMICO.O desporto é, assim, um as-

(SASUM), através do seu Departamento de Desporto e Cultura. Esse é um dos principais eixos do suces-so”. O presidente da AAUM conta também que ambas as entidades se reúnem sema-nalmente, com o intuito de “planear e avaliar a atividade desportiva universitária de uma forma regular, dentro das responsabilidades defi-nidas no contrato” celebrado entre ambas. Entre as impu-tações atribuídas a cada um abarcam-se questões como: as instalações; o material; o financiamento; o enqua-dramento técnico; o apoio médico; as deslocações; o alojamento; a alimentação ou ainda, por exemplo, a responsabilidade institu-cional. Há, portanto, uma “supervisão técnica das ati-vidades desportivas por par-te dos SASUM e um acom-panhamento permanente de dirigentes da AAUM ao longo de toda a competição

desportiva.”, reitera. Por sua vez, Nuno Valen-ça considera que, “aliado à qualidade dos atletas que a AAUM dispõe, junta-se uma forte preparação e de-dicação de todo o staff do Departamento de Desporto da Universidade do Minho, o que permite que a UM/AAUM siga apenas e só, por um caminho de sucesso.” O jogador das equipas de fute-bol de 11 e de 7 acrescenta ainda que, “a Universidade do Minho possuiu condi-ções mais do que suficien-tes para que todos os atle-tas possam melhorar a sua performance, e consequen-temente melhorar as suas capacidades.” Para rematar, o estudante minhoto expli-ca mesmo que o facto de a UM/AAUM disponibilizar “todos os meios que estão ao seu alcance para facilitar a vida dos seus atletas”, faz “toda a diferença no final das competições.”

O desporto como um pilar essencial

A fatia orçamental destina-da à prática desportiva pela AAUM, para este ano letivo, situa-se na ordem dos 250 mil euros. Quando questio-nado acerca do desporto ser ou não um pilar fulcral, a resposta de Carlos Videira é perentória: “Sim, a todos os níveis. Na vertente de com-petição, onde temos alcan-çado sucessivos recordes de medalhas a nível nacional. Mas também na vertente or-ganizativa, sendo a AAUM/UM reconhecida pela ex-celência dos campeonatos que organiza. Por fim, não esquecemos também a ver-tente do desporto recreativo de forma a promover hábi-tos de vida saudável.” De facto, a realização de provas desportivas universitárias de grande importância na Universidade do Minho não é novidade nenhuma.

Nuno Gonçalves

Sucesso dentro do campo reflecte-se, também, nos eventos mundiais que organiza

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TECNOLOGIA E INOVAÇÃO

cAtArinA HilÁrio

[email protected]

O filme mais pequeno do mun-do contado por átomos

O filme não é o mais pequeno do mundo pela sua duração, mas sim devido aos protago-nistas da história. A Boy and His Atom é uma história con-tada por átomos, as pequenas partículas invisíveis ao olho humano. A IBM é a responsável pelo projeto e recorreu a um microscópio especial, que op-

era a uma temperatura de -268 graus Celsius, para visualizar todo o processo. A imagem foi ampliada 100 milhões de vezes, foi utilizada uma agulha para posicionar cada um dos átomos e foram precisas 250 fotografias para criar a animação.

China compra mais computa-dores que EUA

Em 2012, as vendas de portá-teis de secretária (PC) atingiram as 69 milhões de unidades na China, mas 3 milhões do que nos EUA. Isto significa que, pela primeira vez, a China destro-

nou os EUA como principal mercado mundial. Ao contrário da tendência que se verifica no resto do mundo, onde as vendas de portáteis são muito superiores às de PC, na China dividem-se em partes iguais.“A percentagem relativamente elevada das vendas de PC deve-se à enorme procura nas regiões rurais, que representam a maior parte dos 1,34 mil mil-hões de habitantes”, comentou Peter Lin, analista da IHS.

Conhecer Portugal sem sair do sofá

Portugal juntou-se à galerias do

Google Street View, uma aplica-ção que, através do computa-dor, permite viajar por quase todo o mundo.Em parceria com algumas en-tidades nacionais, a Google recolheu imagens panorâmicas que permitem o acesso aos principais monumentos e pon-tos turísticos portugueses.A partir de qualquer lugar do globo, é possível conhecer Por-tugal de uma ponta à outra.

Moda à distância de um clique

A Shazam, uma das aplicações mais populares do momento

nos aparelhos móveis e pc’s, criada em 2009, que permite identificar a música que esta-mos a ouvir, prepara-se para lançar uma versão para o mun-do da moda.“Já temos capacidade de iden-tificar um produto num pro-grama de televisão de forma a que, quando um utilizador usar o Shazam, possa descobrir a marca do vestido da apresen-tadora em apenas um clique», explicou o CEO da Shazam, An-drew Fisher, ao The Guardian.Ainda sem data de lançamento, é o fim da dúvida feminina: “onde é que ela comprou aquele vestido?”.

twittadas

AnA PinHeiro

[email protected]

O CERN, laboratório euro-peu de investigação nuclear, para celebrar o seu vigésimo aniversário, disponibilizou online o primeiro site do mundo. Esta versão de 1993 foi a mais antiga que conse-guiram encontrar. Contém um conjunto de páginas que explica o que é a Web, incluindo notas his-tóricas, uma página sobre as pessoas que estiveram envolvidas, vários detalhes técnicos e uma secção a explicar como poderiam os utilizadores ajudar a Web a crescer. Continha também um en-dereço de email para quem quisesse comunicar bugs encontrados.De acordo com o CERN, no

final de 1993, havia mais de 500 servidores Web e o trá-fego das páginas representa-va 1% de todos os dados que circulavam na Internet. O CERN aproveitou o ende-reço original para lançar um site sobre a história da Web. Há 20 anos atrás o CERN disponibilizou ao mundo

o regresso do primeiro site da internet

DR

a tecnologia inventada por Berners-Lee. Nos anos pos-teriores, especialmente com o impulso de sites e empre-sas, a Web massificou-se e tornou-se um mecanismo crucial na expansão e ado-ção da Internet em todo o mundo. Segundo James Gillie, di-

retor de comunicação do CERN, existem várias da-tas de aniversário da World Wide Web:A primeira é em março de 1989, quando o conhecido inventor da Web, entregou uma proposta para gestão de informação que traçava as bases do que podia vir a

ser a Web. A segunda data é por volta do Natal de 1990, quando Berners-Lee concretizou a proposta. Este concluiu o primeiro servidor, browser e páginas Web, usando um computador NeXT, criado pela empresa fundada por Steve Jobs.

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TECNOLOGIA E INOVAÇÃOPÁGINA 15 // 07.MAI.12 // ACADÉMICO

Departamento Comercial - Assistente (M/F) - Braga

Perfil:- Elegibilidade para Estágio Profissional (condição prefer-encial;- Experiência em vendas e pub-licidade;- Persistência, Capacidade de Argumentação e Persuasão;- Dinamismo e Orientação para os objectivos; Oferta: - Vencimento base + Prémios

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Candidaturas em:www.aaum.pt/gip

Ofertas de emprego

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liftoff,gabinete do empreendedor da AAUM

promove...

O Concurso lançado a 24 de Outubro de 2012 vai perma-necer aberto em permanên-cia até 13 de Novembro de 2013, repartido por 6 fases com datas limite para apre-sentação de candidaturas:

Próximas Fases:

- Fase III - até 15-Mai-13

- Fase IV - até 15-Jul-13

- Fase V - até 13-Set-13

- Fase VI - 13-Nov-13

http://liftoff.aaum.pt/facebook.com/aaum.liftoff

O Vale Empreendedorismo (+E) destina-se exclusiva-mente a empresas criadas há menos de um ano e apoia projetos que visam a aquisi-ção de serviços de consulto-ria, nomeadamente:

- Elaboração de planos de negócio;

- Serviços para proteção e comercialização de direitos de propriedade intelectual e industrial;

- Serviços na área da econo-mia digital;

Vale Empreendedorismo (+E) Sistema de Incentivos

Qualificação de PME (QREN)Vale Simplificado

> 10 MAIO ‘13Conferência “Emprego Bom e Já” Campus de Gualtar, em Braga

>

Projetos de Empreendedorismo QualificadoSistema de Incentivos à Inovação

O Sistema de Incentivos à Inovação apoia projetos de investimento de criação de empresas e atividades nos primeiros anos de desenvolvimento (até 3 anos), dotadas de recursos qua-lificados ou que desenvolvam atividades em setores com fortes dinâmicas de crescimento.A importância de criar condições favoráveis ao aumento das exportações justifica a orienta-ção do investimento em favor das atividades transacionáveis e a consequente concentração dos esforços nos projetos das empresas portuguesas orientados para mercados interna-cionais. A par da dimensão Internacionalização este concurso abrange ainda as seguintes prioridades:- Criação de empresas em setores de alta/média tecnologia ou de forte intensidade de co-nhecimento ou de serviços qualificados com valor acrescentado em atividades turísticas; - Criação de empresas com potencial de crescimento, que valorizem a aplicação de resulta-dos de anteriores projetos de I&DT na produção de novos bens ou serviços.- O Concurso lançado a 24 de Out. de 2012 vai permanecer aberto em permanência até 12 de Dez. de 2013, repartido por 4 fases com datas limite para apresentação de candidaturas:

Próximas fases:- Fase IV - até 05-Set-13

> 30 MAIO ‘13Sessão “Inteligência Emocional”Liftoff, Campus de Gualtar

www.aaum.pt/gip

Gabinete-de-Inserção-Profissional-da-AAUM

> 22 MAIO ‘13Sessão de Apresentação “Building Global Innovators”Campus de Gualtar

> 29 MAIO ‘13Startup Tour

> 04 JUNHO ‘13Sessão “Lidar Eficazmente com os Conflitos Interpessoais”Liftoff, Campus de Gualtar

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CULTURA

JosÉ reis

[email protected]

“Leeches” é o nome do novo disco dos The Glockenwise. A banda de Barcelos regres-sa às edições com um som mais compacto, denso e ma-duro onde aborda a situação crítica do país na visão dos rapazes com pouco mais de 20 anos. Palavras de Nuno Rodrigues, vocalista do gru-po. José Reis Há uma marca (entre mui-tas) que diferencia a música dos The Glockenwise dos restantes grupos: a duração dos temas. Cada uma das músicas presentes no novo “Leeches” mão tem mais que 2 minutos cada. “É toda a energia condensada em pouco tempo”, começa por

dizer Nuno Rodrigues, o vocalista da banda, quando a pergunta da curta duração dos temas se impõe. “Ten-tamos canalizar tudo para esse tempo. No fundo, ten-tamos respeitar a métrica do ‘verso-refrão’ de uma forma que não tornasse a música uma seca”, ri o músico, em conversa com o ACADÉMI-

para os the glockenwise o futuro é tramado...

um romance ainda em busca de uma essência

CO. A banda edita o segun-do disco de originais, “Le-eches”, a 20 de maio pela Lovers and Lollypops. Um disco que, diz a banda, “pre-tende refletir a situação do país e que chama a atenção para as dificuldades que os jovens, como estes quatro, têm de lidar para entrar no mercado de trabalho”.

Banda atua em Braga

O disco surge depois de al-guns meses sem nada dize-rem, em que aproveitaram para “dar concertos e expe-rimentar algum material”. “Confessamos que também somos um pouco preguiço-sos (risos). Mas no essencial demorou todo este tempo a ser editado porque houve elementos que estiveram fora de Portugal e outros que se dedicaram mais a alguns projetos musicais”, revela o vocalista da banda. Surge assim o novo disco, diferente do anterior, mas com elementos similares. “Diria que o género pelo qual somos conhecidos (o garage rock) continua lá, mas há algumas diferenças. O disco é composto por can-ções mehores, com melhor

composição e influenciadas pelos trabalhos anteriores”, revela Nuno Rodrigues, logo acrescentando que “al-gumas das canções não fo-ram muito pensadas, algu-mas até surgiram no ensaio para outros temas”.O disco novo conta com a ajuda de Pedro Sousa nos saxofones de “Bad Weather” e João Vieira (X-Wife), Edu-ardo Maltez (L&L) e João Brandão (Estúdios Sá da Bandeira) foram os pro-dutores de serviço neste novo disco que terá apre-sentações de norte a sul do país. “Estaremos em Braga, no Enterro da Gata, a 17 de maio”, avisa Nuno Rodri-gues. Uma oportunidade para testar os novos temas ao vivo e animar as hostes para o nome da noite, Kaiser Chiefs.

SALA DE CINEMA

constrói uma mensagem, dentro de mensagens me-nores, tudo dentro do seu próprio cubículo abstrato. Sem apego por qualquer uma das personagens, o que se forma é a divagação exte-nuante, em incontáveis pre-ces à figura do ‘divino’, dos vários narradores para lugar nenhum. E deus, como refe-re o padre interpretado por Bardem, nunca responde. A fotografia continua o maior triunfo do cinema de Malick. A sensibilidade com que nos aproxima de sim-ples pormenores, com que capta a proximidade entre seres, como que dançando entre os corpos e extraísse deles o mais profundo, tem de ser repetidamente elogia-do. O cineasta tem esta vir-tude inigualável, o de conse-guir reproduzir num raio de sol, transpondo uma árvore florada, um pensamento tão puro como a natureza que venera – o panteísmo

que pauta os seus recentes apontamentos soam a um obsessão doentia que, ine-vitavelmente, resulta numa coletânea de ápices espiritu-ais, dando a mordaz impres-são que o realizador aprovei-tou as cenas apagadas de “A Árvore da Vida”. O filme, esse, não é mais que a condução despegada de uma relação com uns altos e baixos inexplicá-veis, com o aparecimento de uma terceira pessoa que desaparece, levando a réstia de interesse que a narrativa poderia suscitar. O desar-ranjo na construção de algo que não se formou, uma

história, faz Malick cair pela primeira vez no carácter ter-reno do erro. E pela forma como ele se preocupa com as questões etéreas, não será fácil fazê-lo voltar, em plena saúde, à mestria das disser-tações simples.

cÉsAr cArvAlHo

[email protected]

Depois de assistir a “To the Wonder” (título original), apetece repreender Malick e preveni-lo da espiral de redundância para o qual ca-minham os seus trabalhos. Um realizador que em 40 anos produziu 5 filmes, dos quais é difícil definir qual o melhor, entra agora numa agenda demasiado prolífe-ra (com 3 filmes marcados para os próximos 3 anos), a adivinhar-se o erro crasso no qual Woody Allen cai todos os anos, o da banali-dade. Intocável está, porém, o seu toque onírico nas mil refe-rências a deus e à sua con-dição, na qual se faz poesia visual sem aparente esfor-ço. O tema – amor – não é fácil de explicar e, portan-to, muito menos é de fácil retrato. Malick ousa, num experimentalismo estranho

às suas raízes e mantendo o já conhecido desrespeito pela linearidade, sacrificar a construção das personagens em detrimento da signifi-cação do que elas transmi-tem. Por outras palavras, em “A Essência do Amor” não existem pessoas vivas, existem somente sombras que carregam uma mensa-gem que parece demasiado pesada para a fragilidade humana. Um casal que, no auge da sua relação, se muda de Paris para os EUA, onde surgem os problemas e se desencadeia a crise na re-lação. Tão simples assim, aquilo que deveria ser a história, é somente o mote para o realizador americano se debruçar sobre questões já exploradas em “A Árvore da Vida”. Aqui, sem quase haver diálogos (a expressivi-dade mais nítida faz-se por narração, dividida pelos vá-rios protagonistas), Malick

A essência do amor

Realizador: Terrence Malick

Elenco: Olga Kurylenko, Ben Affleck, Rachel Mc-Adams, Javier Bardem

Nacionalidade: Americano

Pontuação: 2/5

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No país das pessoas tristes, sem liberdade de falar e decidir sobre o seu destino, Manuel António Pina deu-nos o seu último “tesouro” literário e o 25 de Abril. Obrigatório em todos os níveis de ensino, fica a recomendação.

PÁGINA 17 // 07.MAI.13 // ACADÉMICO

RUM BOXTOP RUM - 18 / 201303 MAIO

1 JUNIP - Your life your call

2 YEAH YEAH YEAHS Sacrilege3 KNIFE, THEA tooth for an eye

4 ORLANDO SANTOSFor real (electric mood)

5 DEAR TELEPHONEThat violin lesson sucks

6 MIRALDO - The ancient days

7 NICK CAVE & THE BAD SEEDS - We no who u r

8 PALMA VIOLETSBest of friends

9 LITTLE FRIEND - Sunken low

10 DEERHUNTERBack to the middle

11 FOXYGEN - No destruction

12 RHYE - The fall

13 ALT-J - Breezeblocks

14 DAFT PUNK - Get lucky

15 ATOMS FOR PEACEBefore your very eyes

16 CAT POWER - Ruin

17 DEPECHE MODE - Heaven

18 LUÍSA SOBRAL - Mom says

19 QUEENS OF THE STONE AGE - My god is the sun

20 LIARSNo. 1 against the rush

POST-IT

06 abril > 10 maio

PEIXE AVIÃOAvesso

THE CHILD OF LOVGive Me

THE FALLSir William Wray

elisABete APresentAÇÃo

[email protected]

Chamam-se Junip, são uma banda sueca formada por Elias Araya, Tobias Win-terkorn e José González. No final do ano de 2005 lan-çaram o seu primeiro tra-balho, o ep “Black Refuge”. Entretanto fizeram uma pausa para que Jozé Gonzá-lez desse continuidade à sua

carreira a solo. Por vezes as músicas de González e Junip podem-se confundir, embora o músico siga numa vertente mais acústica. De-pois de um hiato de 5 anos, a setembro de 2010, a banda regressa com o disco “Fiel-ds”, trabalho muito aclama-do pela crítica e pelo públi-co, e que continha sucessos como o tema “Always”. No passado mês de dezembro

CD RUMa banda anunciou que re-gressaria aos discos ainda em 2013, e no passado mês de abril o álbum homóni-mo viu a luz do dia. Este novo trabalho já apresentou dois singles, “Line fo Fire” e

“You Life You Call” (que já foi um dos post-it da RUM), cujos vídeos perfazem uma espécie de curta-metragem pelas mãos de Mikel Cee Karlsson. As sonoridades dos Junip andam à volta do

folk rock, aliados à voz úni-ca de González. O cd rum vai dar a conhecer cinco temas deste novo trabalho. Para ouvir de 06 a 10 de maio na Rádio Universitária do Minho.

AGENDA CULTURALBRAGA

TEATRO10 de MaioA Elegante Melancolia do CrespúsculoThetaro Circo

MÚSICA

10 a 18 de MaioEnterro da Gata ‘13Centro da cidade + Gatódromo + Arraial Minhoto

11 de MaioAurea – Soul Notes AcústicoTheatro Circo

11 de MaioLado B – os sons da utopiaVelha a Branca

GUIMARÃESTEATRO10 de MaioVamos lá então perceber as mulheresSão Mamede

MÚSICA11 de MaioMAZGANICommon GroundCCVF

FAMALICÃO

EXPOSIÇÃO07 a 30 de MaioRetartos da biodiversidade do Parque - Exposição de fotografiaServiços Educativos do Parque da Devesa

LEITURA EM DIAPara ouvir de segunda a sexta (9h30/14h30/17h45) na RUM ou em podcast: podcast.rum.pt Um espaço de António Ferreira e Sérgio Xavier.

DR

o mundo folk dos junip

1 - Contos Capitais de vários autores - Parsifal. Uma pérola literária com as afinidades e imaginários que as grandes capitais/cidades provocam nos escritores. Uma nova editora a seguir com atenção.2 - A Encíclica Escondida de Pio XI de Bernard Suchecky e Georges Passelecq - Piaget. Pio XI, 1938, a ascensão dos totalitarismos europeus e a encíclica Humani Generis Unitas, e “perceber” o porquê da frase “somos todos semitas”.

3 - O mistério do lago de Arnaldur Indridason - Porto Editora. O policial nórdico, neste caso, da fria e distante Islândia, o inspector Erlendur e a Guerra Fria, num excelente romance4 - Correspondência (1952 – 1978) de Jorge Sena e António Ramos Rosa - Guimarães. A correspondência entre dois grandes escritores da Literatura Portuguesa do Séc.XX.5 - O Tesouro de Manuel António Pina - Assírio e Alvim.

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PÁGINA 18 // 07.MAI.13 // ACADÉMICO

DESPORTO

resultados na gestão do Des-porto.Este momento irá contar com a presença de Miguel Vaz (Sócio Gerente e Respon-sável pela Direção Financeira e Comercial do Kalorias), José Teixeira (Diretor de Operações na Solinca Health &Fitness Clubs), Rui Lança (Coach e Formador em Co-aching e Liderança de Equi-pas e Projetos), entre outros. Nesse mesmo dia, Marinho de Sousa (Procurador da Re-pública e pai do tenista João

clAudiA FernAndes

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maio é um mês preenchido na agenda de Cidade Euro-peia do Desporto, Guima-rães 2013 (CED).Entre os dias 6 e 12, a AAUM organiza os Campeonatos Nacionais Universitários (CNU’s), em que cerca de mil desportistas irão dispu-tar os torneios de atletismo, futvolei, karaté, taekwondo, kickboxing, bilhar, ténis, té-nis de mesa, squash, xadrez, tiro com arco, pólo aquático, corfebol e floorbal. O campeão do mundo de vela adaptada em 2005, Ben-to Amaral, dá uma conferên-cia motivacional, no dia 9, pelas 21h30, no pequeno Au-ditório do CCVF. Tetraplégi-co desde 1994, o desportista chegou ainda a bater o record do mundo oficioso de ski na neve adaptado. Nos dias 11 e 12, joga-se a fi-nal four da Taça de Portugal de futsal. SCBraga/AAUM, Fabril, Dramático e Sporting lutam pelo troféu.No dia 15, no âmbito dos

encontros de Desporto e Ci-ência, o convidado é Jaime Sampaio, professor e inves-tigador da UTAD, que vai apresentar uma visão quase matemática do comporta-mento dos atletas que aju-dam a explicar muito do que o que os adeptos veem como magia ou aselhice. Pela primeira vez na sua his-tória, a cidade berço recebe, nos dias 17 e 18, uma prova do Campeonato de Portu-gal de ralis, o Rally Cidade de Guimarães/Targa Clube.

cidade europeia do desporto com muita atividade em maio

A prova engloba 10 etapas, num total de 86 quilómetros. No dia seguinte, segue o ci-clo de cinema e desporto, na Plataforma das Artes, através de uma viagem pela vida do malogrado piloto de Fórmu-la 1, Ayrton Senna, com a passagem do documentário “Senna”. No dia 24, decorrerá um seminário destinado a ges-tores, técnicos de desporto, dirigentes, professores e es-tudantes, em que o tema se centra na maximização dos

Sousa) junta-se a Neno (anti-go guarda-redes internacio-nal de futebol) em mais um debate impensável. A mode-ração estará a cargo de Pedro Chagas Freitas. No dia 25, a Federação Nacio-nal de Karate Portugal e a As-sociação Juvenil de Karaté de Portugal e em parceria com a CED, organizam a maior aula de Karaté de sempre, que pretende juntar o maior número de pessoas ligadas à modalidade, não sendo ne-cessário ser-se atleta.

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