A Graça de Viver na Nova Aliança

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A Graça de Viver na Carlos Calvino Souto Brasil Nova Aliança

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A Graça de Viver na

Carlos Calvino Souto Brasil

Nova Aliança

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Título: A Graça de viver na Nova AliançaCategoria: Crescimento EspiritualAutor: Carlos Calvino Souto BrasilDiagramação: Timóteo de Souza BrasilCapa: Calvino e Timóteo BrasilFoto da Capa: Jon Sullivan/Public Domain1ª Edição: Agosto de 2011

Contatos, Cursos e Palestras:[email protected]

(87) 8804 2649

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Sumário

Dedicatória 5

Agradecimentos 7

Introdução 9

Capítulo 1 15

Capítulo 2 25

Capítulo 3 33

Capítulo 4 39

Capítulo 5 47

Conclusão 57

Outros Livros do Autor 61

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Dedico esta obra ao meu Pai celestial que, por seu muito amor, me concedeu a graça de ter sido alcançado pelo sacrifício de Jesus, me libertando da condenação do pecado e da maldição da lei, me transportando para o Reino do seu Filho amado, e, por me permitir ver estas coisas contidas neste pequeno livro. Sei que tudo o que sofri e passei neste caminho, serviu de experiência para que pudesse repartir com você esta palavra de alerta.

Dedicatória

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Agradeço ao meu filho Timóteo, pela paciência e dedicação ao diagramar esta obra e estar ao meu lado, dando suporte técnico na área de informá-tica. À Minha esposa Dulce e filhas, Paula e Lee.

Agradeço ainda à Ordem de Pastores Evangéli-cos de Garanhuns e Região, OPEGAR, na pessoa do seu Presidente Osman Martins representando os demais colegas.

Agradecimentos

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Tenho ficado inconformado com o que tenho presenciado em relação ao evangelho que é viven-ciado no Brasil nestas três últimas décadas, fato que me levou a pesquisar sobre a autenticidade do genuíno evangelho pregado por Jesus e pelos após-tolos primitivos. Descobri que Paulo já alertava quanto ao fato do surgimento da apresentação de outro evangelho que desviaria os fiéis e da apos-tasia que já identificava nas raízes do cristianismo primitivo pelo fato de surgirem no meio da igreja, falsos apóstolos que tentavam diluir a pureza da simplicidade e liberdade do evangelho introdu-zindo a necessidade da observância da lei entre os próprios judeus que creram e até mesmo entre os gentios visitados por Paulo.

O objetivo deste trabalho é alertar que não devemos pregar outro evangelho que vá além da sua essência fundamentada unicamente na graça e sacrifício de Jesus.

Introdução

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Quero deixar claro que não se pode misturar judaísmo com cristianismo. Esse é outro assunto de relevância vital para quem deseja voltar à pratica do primeiro amor per-dido há muito por grande parte do que se denomina cris-tianismo nos dias de hoje.

Ao vermos o que fizeram com o evangelho nos dias de hoje, o nosso coração se perturba inconformado com tanta contaminação dentro da Igreja de Jesus. Digo de Jesus, porque o que mais se vê no meio que se diz evan-gélico nestes dias que vivenciamos, é a construção, cada vez maior, dos impérios particulares dos homens que bri-gam por poder tentando erguer suas torres mais altas que os concorrentes, esquecendo-se que o Corpo de Cristo é só um e que os que foram comprados e libertos pelo pre-cioso sangue de Cristo devem entender que a unidade é um sinal para que o mundo entenda que Jesus foi enviado pelo Pai para reconciliar o mundo perdido, com o Altís-simo, através do novo nascimento.

A nossa intenção é continuar com o tema, criando uma série de estudos que será iniciada com a tentativa se intro-duzir a lei na liberdade do evangelho, o que deu certo, e maculou a pureza e simplicidade das boas novas anuncia-das pelo Senhor da Igreja.

Acredito que existe um remanescente fiel que está insatisfeito e que não se conformará com tanta injustiça, escândalos e exploração que denigrem a identificação com

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Cristo. No entanto, inicialmente, sirvo-me deste trabalho para denunciar o primeiro passo que tem desviado a igreja de se firmar e depender unicamente da graça de Jesus.

O que veremos a seguir é fruto de estudo pessoal sem ser baseado em outros trabalhos, apenas, sendo utilizadas referências bíblicas com o objetivo de respaldar biblica-mente a tese levantada. São muitas confirmações da pala-vra para que não restem dúvidas em relação ao tema. Uso também algo extraído do livro Jesus o Sumo Sacerdote da Ordem de Melquisedeque de minha autoria. Peço que você leia, releia e compare cada versículo, porque, sem dúvida, terá que tomar uma decisão muito séria em rela-ção ao conteúdo a ser estudado.

Está na hora de tomarmos sérias decisões em relação ao nosso posicionamento espiritual. Há urgente necessi-dade de um despertar, porque os dias são maus e os falsos sinais, se possível, enganariam os próprios eleitos.

Espero que o Espírito Santo encontre lugar para dar uma sacudida em nossas estruturas engessadas, e que nos convença de que devemos buscar espaço para arrependimento.

Calvino Brasil

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Capítulo 1Breve Histórico

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Capítulo 1

Este estudo objetiva alertar a liderança temente a Deus e sedenta da verdade, que estamos vivendo dias difíceis em que a apostasia está imperando no mundo cristão de uma forma viral avançando de modo avassalador, qual tsunami, invadindo as mentes desprovidas de maturidade arrastando os incautos para outro evangelho. Paulo já havia advertido isto há quase dois mil anos atrás:

“Admira-me que estejais passando tão depressa daquele que vos na graça de Cristo para outro evangelho; o qual não é outro, senão que há alguns que vos perturbam e querem perverter o evange-lho de Cristo. Mas, se ainda que nós, ou mesmo um anjo vindo do céu vos pregue evangelho que vá além do que vos temos pregado, seja anátema”. (Gálatas: 1:6-9)

Anátema: Definição

Empregado na septuaginta traduzindo herem,

Breve Histórico

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isto é, tudo que for entregue à destruição, solenemente e por mandamento de Deus, significando: homem ou coisa inteiramente abandonados e abomináveis.

Desde aquela época, Paulo já estava sentindo que o evangelho seria maculado. Note outra advertência, desta vez feita aos coríntios:

“Quisera eu me suportásseis um pouco mais na minha loucura. Suportai-me, pois. Porque velo por vós com zelo de Deus; visto que vos tenho preparado para vos apre-sentar como virgem pura a um esposo, que é Cristo. Mas receio que, assim como a serpente enganou a Eva com sua astúcia, sejam corrompidas as vossas mentes, e se apartem da simplicidade e pureza devidas a Cristo. Se, na verdade, vindo alguém prega outro Jesus que não temos pregado, ou se aceitais espírito diferente que não tendes recebido, ou evangelho diferente que não tendes abraçado, a esses de boa mente o tolerais, porque supo-nho em nada ter sido inferior a esses tais apóstolos. E, embora seja falto no falar, não o sou no conhecimento; mas em tudo e por todos os modos vos temos feito conhe-cer isto”. (I Coríntios 11: 1- 6)

Pseudo Apóstolos

Note que desde o tempo da Igreja primitiva, Paulo denunciava pseudos apóstolos que vinham dissimulando, tentando desviar os convertidos com outro evangelho des-

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provido da graça. Paulo já enfrentava uma barra com uma turma de falsos ministros que tentavam diminuí-lo: Veja nos versos, 10 a 15 e sinta o clima que já existia naquela época:

“A verdade de Cristo está em mim; por isso não será me tirado esta glória na região da Acaia Por que razão? É porque não vos amo? Deus o sabe. Mas o que faço, e farei, é para cortar ocasião àqueles que a buscam com o intuito de serem considerados iguais a nós naquilo em que se glo-riam. Porque os tais são falsos apóstolos, obreiros fraudu-lentos, transformando-se em apóstolos de Cristo. E não é de se admirar; porque o próprio Satanás se transforma em anjo de luz. Não é muito, pois, que os seus próprios ministros se transformem em ministros de justiça; e o fim deles será conforme as sua obras”.

Nos versos 19 e 20, Paulo continua afirmando a falta de discernimento dos cristãos em Corinto declarando:

“Porque, sendo vós sensatos, de boa mente tolerais os insensatos. Tolerais os que vos escravize, quem vos devore, quem vos detenha, quem vos esbofeteie no rosto”.

Sincretismo

Aqueles falsos ministros trabalhavam com a intenção mesclar o cristianismo com o judaísmo e isto anularia a graça e era inegociável. Na Nova Aliança as coisas velhas

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ficaram para trás. A apostasia ficou mais séria quando, no terceiro século, Constantino oficializou o sincretismo judaico introduzindo ainda os costumes pagãos no cristia-nimo estatizado de Roma descaracterizando o evangelho de Jesus. Agora, imagine que durante séculos de mácu-las, como ficou descaracterizado o evangelho do Reino de Deus?

A Reforma

Em 1517 Lutero teve a coragem de se levantar contra aquela coisa mortal introduzida no evangelho que tinha se firmado no fundamento dos apóstolos e profetas. O grande lapso de Lutero foi tentar reformar uma anomalia espiritualmente genética.

Nova Aliança: Revogação e não reforma

Não foi isso que Jesus fez quando estabeleceu a Nova Aliança. Ele não tentou remendar o Judaísmo. O antigo pacto foi revogado e introduzida em seu lugar, uma Nova Aliança que trazia uma esperança superior.( Ver Hebreus 7:18,19) Aqueles que tiverem as mentes livres e sem enges-samento preconcebido, passarão a entender este conceito. A apostasia prevista no Novo Testamento, não é instantâ-nea. Foi crescendo gradativamente tendo início ainda na Igreja primitiva em Jerusalém por causa da influencia do Judaísmo. Para eles, as coisas velhas não ficaram para trás.

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Analise:

“Tendo chegado nós em Jerusalém, os irmãos (note: os irmãos da Igreja em Jerusalém) nos receberam com alegria. No dia seguinte Paulo foi conosco encontrar-se com Tiago, e todos os presbíteros (note que não eram os escribas e fariseus, eram os presbíteros) se reuniram. E, tendo-os saudado, contou minuciosamente o que Deus fizera entre os gentios por seu ministério. Ouvindo-o, deram eles glória a Deus e lhe disseram: Bem vês, irmão, quantas dezenas de milhares há entre nós de judeus que creram, e todos são zelosos da lei; e foram informados a teu respeito que ensinas todos os judeus entre os gentios a apostatarem de Moisés, dizendo-lhes que não devem cir-cuncidar nem andar segundo os costumes da lei”. Atos 21: 17 – 20 (grifo meu)

A lei ou a graça

Entenda o cerne da questão. O evangelho pregado por Paulo estava fundamentado da graça do Senhor Jesus, enquanto a Igreja em Jerusalém já estava contaminada com os preceitos da lei.

Dissimulação

Por motivo de não constrangerem o grande número de judeus (dezenas de milhares, note que o nome dezenas

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está no plural e a Igreja era muito grande e poderosa), e eram zelosos da lei a ponto de fazerem voto para matar a Paulo porque este ensinava que a lei e os profetas vigoram até João Batista, segundo tinha ensinado Jesus em Lucas 16:16, Tiago, que aparentemente tinha a hegemonia entre os apóstolos, tentou dar um jeitinho brasileiro para tentar enganar os zelosos:

“Que se há de fazer, pois? Certamente saberão da tua chegada. Faze, portanto o que te vamos dizer: Estão entre nós quatro irmãos que voluntariamente aceitaram voto (note que Tiago já havia arquitetado um plano) ; toma--os, purifica-te com eles e faze a despesa necessária para que raspem a cabeça; e saberão todos que não é verdade o que se diz a teu respeito; e que, pelo contrário, andas tam-bém tu mesmo guardando a lei”. Atos 21: 22 - 24 (Texto entre parênteses acrescentado)

E Paulo caiu na armadilha. Talvez temendo as pro-fecias alertando que não fosse a Jerusalém, pois iria ser preso (ver Atos 21: 10 – 13). A verdade é que até o próprio Paulo, para salvar a pele, terminou caindo em um engano, mas isso não o livrou das garras dos “queridos irmãos” da Igreja em Jerusalém. Será que verdadeiramente Paulo guardava a lei como insinuou Tiago? Continue lendo o contexto e veja o que aconteceu com Paulo e que fruto de amor manifestava a Igreja.

Este episódio aconteceu na Igreja que tentava se justifi-

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car pela lei; era apenas a mistura com o judaísmo. Imagine a igreja sincretizada com Judaísmo, paganismo, huma-nismo secular, feitiçaria evangélica, gnosticismo, esote-rismo e capitalismo avançado entre outras misturas!

Alerta

Precisamos estar atentos e rever os nossos conceitos se quisermos não ser levados pelo engano que impera na instituição apenas religiosa, sem o Espírito Santo de Deus, com Jesus do lado de fora batendo à porta como aconte-ceu na Igreja de Laodicéia. Se você é líder, veja bem o que tem de outro evangelho em sua igreja. Volte à pratica das primeiras coisas, do primeiro amor retornando à simpli-cidade e autenticidade do evangelho do Reino de Deus e não o evangelho dos reinos dos homens que são espelha-dos em Babel. (Façamos uma torre e tornemos célebre o nosso nome) Gen. 11:4. Mais adiante falaremos mais sobre a apostasia em que estamos vivendo nos dias de Hoje.

“examinai-vos a vós mesmos se realmente estais na fé; provai-vos a vós mesmos. Ou não reconhecereis que Jesus Cristo está em vós? Se não é que já estais reprovados”. II Cor. 12:5

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Capítulo 2Lei e Promessa

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Repito: Não cairá um til da lei. Mas repito tam-bém: A lei não pode aperfeiçoar ninguém. E, repito mais uma vez: Quem tenta se justificar pela lei está anulando a graça e o sacrifício de Jesus por nós. A Igreja em Jerusalém estava totalmente enraizada na lei com votos e tudo o mais. Uma coisa que não podemos esquecer é que a promessa veio antes da lei e que nós fomos chamados na promessa. Paulo deixa isto muito claro na epístola aos Gálatas:

“...irmãos, falo como homem. Ainda que uma aliança seja meramente humana, uma vez ratifi-cada, ninguém a revoga, ou lhe acrescenta alguma cousa. Ora, as promessas foram feitas a Abraão e ao seu descendente. Não diz: E aos descendentes, como falando de muitos, porém como de um só E no teu descendente que é Cristo. E isto digo: Uma aliança já anteriormente confirmada por Deus, a lei, que veio quatrocentos e trinta anos depois, não a pode ab-rogar de forma que venha desfazer a promessa (note que a lei não pode desfazer a

Capítulo 2Lei e Promessa

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promessa que veio antes). Porque se a herança provém de lei, já não decorre da promessa; mas foi pela promessa que Deus a concedeu gratuitamente em Abraão. Qual, pois, a razão de ser da lei? Foi adicionada por causa das transgressões, até que viesse o descendente a quem se fez a promessa, e foi promulgada por meio de anjos, pela mão de um mediador”. Gálatas 3: 15–19 (parênteses e grifo meus)

A lei dada à nação de Israel tinha um objetivo: Guar-dar os hebreus para não descambarem nas transgressões, e permanece para o Israel natural até hoje. Entenda este conceito:

“Mas, antes que viesse a fé, estávamos sob a tutela da lei, e nela encerrados, para essa fé que de futuro have-ria de revelar-se. De maneira que a lei nos serviu de aio para nos conduzir a Cristo, a fim de que fôssemos justi-ficados por fé. Mas, tendo vindo a fé, já não permanece-mos subordinados ao aio” (à lei). Gálatas 3:23-25 (grifos e parêntesis meus)

Os versículos que seguem deixarão esta revelação ainda mais clara:

“Assim também nós, quando éramos menores, estávamos servilmente sujeitos aos rudimentos do mundo; vindo, porém, a plenitude do tempo; Deus enviou seu Filho, nascido de mulher, nascido sob a lei, para resgatar os que

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estavam sob a lei, a fim de que recebêssemos a adoção de filhos”. Gálatas 4: 3-5 (Grifos meus)

Jesus Nasceu debaixo da lei para resgatar os que esta-vam a ela sujeitos. Então, por que muitos não entenderam ainda, que veio a plenitude do tempo trazendo mudanças e libertação? Veja mais estes textos:

“Todos quantos, pois, os que são das obras da lei, estão debaixo de maldição; porque está escrito:

“Maldito todo aquele que não permanece em todas as cousas escritas no livro da lei, para praticá-las”. Gálatas 3:10 (grifos meus)

“Cristo nos resgatou da maldição da lei, fazendo-se ele próprio, maldição em nosso lugar, porque está escrito: Maldito todo aquele que for pendurado em madeiro”. Gálatas 3:13 (grifos meus)

Mais claro impossível. Então, porque não viver de acordo com a fé valorizando o que Jesus fez por nós? Se ele nos resgatou da maldição da lei, por que então, tentar se justificar por guardar preceitos, ordenanças, dogmas e mandamentos da lei, e não aceitar o resgate feito com o preço do seu sangue derramado na cruz. Ou nós vivemos debaixo da maldição da lei ou na liberdade do Espírito. Ten-tar se justificar por qualquer ordenança da lei, é cair da graça e rejeitar o sacrifício de Jesus. Quanto a isto, não há

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barganha. Não pode haver jeitinho para se viver nos dois caminhos. Ou um, ou outro. Ou lei ou graça. Ou Nova Aliança ou Velha Aliança. Ou Sacerdócio Levítico ou Sacerdócio de Melquisedeque. Ou tabernáculo de Moisés, ou tabernáculo de Davi. Ou a lei da morte e do pecado, ou a lei do Espírito da vida, ou Moisés, ou Jesus. Não pode haver mistura no evangelho de Jesus! Se você ainda não atentou para esta verdade, pare e procure entender a per-feita vontade de Deus para a sua Igreja.

No livro aos Hebreus encontramos uma palavra escla-recedora quanto a este tema:

“... então acrescentou: Eis aqui estou para fazer, ó Deus, a tua vontade. Remove o primeiro para estabelecer o segundo. Nessa vontade é que temos sido santificados, mediante a oferta do corpo de Jesus Cristo, uma vez por todas”. Hebreus 10:9 (grifo meu)

Atenção! Não se pode reformar o primeiro. Ele tem que ser removido!

“Tendo, pois, irmãos, intrepidez para entrar no Santo dos Santos, pelo sangue de Jesus, pelo novo e vivo caminho que ele nos consagrou pelo véu, isto é, pela sua carne...” Hebreus 10:19 (Grifo meu)

Ou nós entendemos que o véu que fazia separação entre Deus e o homem, já foi removido para nos dar acesso ao

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Pai, ou continuamos tentando nos enganar querendo nos justificar pela lei que nunca aperfeiçoou ninguém. Infe-lizmente muitos de nós e da “igreja” vive uma religião sincretizada que anula a graça de Jesus. As barbaridades que presenciamos nas três últimas décadas especialmente no Brasil, são assustadoras e bem distantes do evangelho genuíno. Uma igreja mercantilizada que se diz rica e abas-tada e não sabe que miserável, pobre, cega e nua. Quanto a isso falaremos mais adiante.

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Capítulo 3Abraão e Moisés:

Duas linhagens

diferentes

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Cada aliança tem uma linhagem, um patriarca um sacerdócio, um sumo sacerdote, um taber-náculo, um nome específico de Deus, um tipo de justificação.

LINHAGEM DA LEI » O PAI – Moisés » A ORDEM SACERDOTAL – De Levi » O SUMO SACERDOTE – Arão » O TABERNÁCULO – De Moisés » A JUSTIFICAÇÃO – Pela lei » O NOME NATUREZA DE DEUS – Yahweh

(Jeová)

LINHAGEM DA PROMESSA » O PAI – Abraão » A ORDEM SACERDOTAL – De

Melquisedeque » O SUMO SACERDOTE – Jesus » O TABERNÁCULO – De Davi

Capítulo 3Abraão e Moisés:

Duas linhagens diferentes

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» A JUSTIFICAÇÃO – Pela graça

Não existe mistura nestas linhagens. Jesus nunca seria sacerdote na linhagem de Moisés, pois era da tribo de Judá e os sacerdotes mosaicos provinham da tribo de Levi.

Cada linhagem faz parte de uma aliança » Uma está firmada na lei » A outra está firmada na Promessa » Uma é figurativa » A outra é real » Uma é temporal » A outra é eterna » Uma é incapaz de aperfeiçoar » A outra é superior

Não se pode pertencer às duas linhagens, ou você é da lei ou é da graça. Na verdade, todos nós, nascemos na pri-meira, e somente depois do novo nascimento passamos a fazer parte da linhagem de Abraão, especialmente nós, os que éramos considerados gentios. E quanto aos judeus? Não se preocupe, pois está escrito que todo Israel será salvo:

“Porque não quero, irmãos, que ignoreis este mistério, para que não sejais presumidos em vós mesmos, que veio o endurecimento em parte a Israel, Até que haja entrado a plenitude dos gentios. E assim todo o Israel será salvo como está escrito: De Sião virá o libertador, ele apartará

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de Jacó as impiedades. Romanos 11: 25-26

Outra alegoria importante:

Sua decisão decide sua linhagem. Ao se converter, uma mudança radical deve acontecer na vida. Muitos pensam que é somente em relação ao mundo secular. Isto é uma realidade, mas a decisão é mais séria do que se pensa, a conversão genuína coloca Jesus no centro da existência, ele é reconhecidamente o Senhor da vida. Infelizmente, não vemos hoje, na grande maioria das adesões a uma denominação, o genuíno nascer de novo, mesmo por-que o evangelho que é pregado hoje por grande parte, é outro evangelho e Paulo considerou anátema tudo aquilo que saia da simplicidade de Cristo. Vejamos uma alegoria mostrada por Paulo na epístola aos Gálatas:

“Dizei-me vos, os que quereis estar sob alei; acaso não ouvis a lei? Pois está escrito que Abraão teve dois filhos, um da mulher escrava e outro da livre. Mas o da escrava nasceu segundo a carne, o da livre, mediante a promessa. Estas cousas são alegóricas; porque estas duas mulheres são duas alianças; uma, na verdade, se refere ao monte Sinai, que gera para a escravidão; esta é Hagar. Ora, Hagar é o Monte Sinai na Arábia, e corresponde à Jeru-salém atual que está em escravidão com os seus filhos. Mas a Jerusalém lá de cima é livre, a qual é nossa mãe; porque está escrito: Alegra-te, ó estéril, porque não dás à luz, exulta e clama, tu que não estais de parto; porque

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são mais numerosos os filhos da abandonada, que os da que tem marido. Vós, porém, irmãos, sois filhos da pro-messa, como Isaque. Como, porém, outrora, o que nas-cera segundo a carne perseguia ao que nasceu segundo o Espírito, assim também agora. Contudo, Que diz a Escritura? Lança fora a escrava e o seu filho, porque de modo algum o filho da escrava será herdeiro com o filho da livre. E assim, irmãos, somos filhos não da escrava, e, sim, da livre”. Gálatas: 2:21-31 (Grifos meus)

Herdeiro ou Escravo

Espero que você já esteja seguro (a) do que já leu até agora. Espero também que esteja claro que ou pertence-mos à promessa ou a lei. É muito duro de admitir que dois filhos do mesmo pai tenham destinos tão diferentes. Con-cluímos que, ou você é herdeiro ou é escravo. Somente os filhos da promessa são herdeiros. Não sou eu quem radi-calizou a esse respeito. Esta é a mais pura verdade, não se deixe enganar. A promessa está na linhagem de Abraão (Os filhos da fé, a Jerusalém espiritual). A escravidão está em Moisés, (O Monte Sinai). Lembre-se que Moisés não entrou na terra da promessa, e este fato faz parte de outra alegoria. O meu desejo é que você entenda com clareza:

» - Uma aliança é da carne e leva para a escravidão » - A outra é espiritual e leva para a herança.

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Capítulo 4Quem vos acusa é Moisés

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É bom que fique bem claro, que, quando é usado o nome Moisés, estou referindo à linhagem, não ao homem. Na Bíblia, Moisés é identificado com a lei. Visto que estamos estudando sobre as duas linhagens, os dois sacerdócios, as duas formas de justificação, etc. Torna-se necessário que não haja nenhuma sombra de dúvida. Explicando a sua missão, Jesus deixou bem claro as diferenças entre si mesmo e Moisés quando disse:

“Não penseis que eu vos acusarei perante o Pai; quem vos acusa é Moisés, em quem tendes fir-mado a vossa confiança”.

Mais claro é impossível. Esta declaração explicita de Jesus não deixa dúvidas sobre as duas linhagens. A Ordem Sacerdotal de Melquisedeque não acusa. Jesus, o seu Sumo Sacerdote é o nosso interces-sor. Quem acusa é Moisés, isto é, a lei. Então, por-que muitos preferem andar debaixo de acusação, cobrança, ordenanças, julgo pesado e maldição?

Capítulo 4Quem vos acusa é Moisés

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Os filhos da Nova Aliança não têm nada a ver com Moisés, Levi e Arão. Entenda isto. Se olharmos honestamente para muitas congregações, o espírito que está operando, desco-briremos qual a Ordem Sacerdotal está sendo observada. E, neste quesito, não pode haver mistura. Se sua congrega-ção usa o medo, a pressão, a disciplina sem misericórdia, as ordenanças pesadas que colocam jugo sobre os irmãos, a “cobertura espiritual” imposta, a obrigação de observar usos e costumes, esquecendo o amor, a misericórdia, a graça, a paz, o perdão, alguma coisa está errada com ela pois ainda não foi descoberto que nenhuma acusação há para os que estão em Cristo Jesus. (ver Romanos 8:1)

“Pois a lei foi dada por Moisés, mas a graça e a verdade vieram através de Jesus Cristo”. João 1: 17

Engano perigoso

Alguns crentes querem justificar-se através da lei, e usam somente algumas partes dela (as que são conve-nientes). As outras que parecem difíceis, deixam prá lá. Está escrito que a lei jamais aperfeiçoou alguém. Nenhum esforço humano, que é carnal consegue aperfeiçoar ou san-tificar alguém. Você quer guardar a lei? Que tal, ser obri-gado, por força da lei, casar com sua cunhada se seu irmão morrer? Não importa se ela é bem mais velha que você ou se não exista atração ou amor. Por que não sacrifica uma pombinha para remissão dos seus pecados? Quem quiser continuar debaixo da lei, tem que guardar toda a lei.

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“Porque qualquer que guardar toda a lei, mas tropeça em um só ponto, se torna culpado de todos”. Tiago 2:10 (grifo meu)

“porquanto, aquele que disse: Não adulterarás, porém matas, vens a ser transgressor da lei. Falai de tal maneira, e de tal maneira procedei, como aqueles que hão de ser julgados pela lei da liberdade porque o juízo é sem mise-ricórdia para com aquele que não usou de misericór-dia. A misericórdia triunfa sobre o juízo”. Tiago 2: 11-13 (Grifo meu)

Pseudo Evangelho

Responda por que, mesmo sabendo que a misericórdia triunfa sobre o juízo, muita gente insiste em desprezar a lei da liberdade, para viver um pseudo evangelho que impõe sobre os mais fracos a lei da condenação. Se você é líder e não chefão, depois de ficar sabendo destas verdades, con-tinuar querendo a justificação e a santificação de fora para dentro, através de ordenanças que já foram cravadas na cruz, você está anulando a graça de Jesus e o seu sacrifício e com certeza, faz parte da geração escrava e não é filho herdeiro. E não sou eu quem está julgando. Não venha me condenar por isso. Releia tudo o que já viu e volte à pratica do primeiro amor. É exatamente para que você desperte que este livro foi feito.

Portanto não tente cumprir parte da lei para se justificar

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perante Deus porque, assim fazendo, você estará simples-mente negando a Jesus. Ora, se alguém for justificado por observar alguma parte da lei de Moisés, prá que Jesus foi enviado para estabelecer uma Nova Aliança no seu san-gue? É só guardar algumas regras e pronto.

Por falta de uma compreensão clara, nós temos tantas denominações, cada uma estabelecendo quais os preceitos da lei devem observar e quais rejeitar. Às vezes, em uma mesma rua existem igrejas com leis totalmente diferentes. Pergunto: Isto é o evangelho de Jesus?

Quer nós aceitemos estas palavras, quer não, teremos que decidir e tomar uma atitude que mudará a nossa vida. Ou você agradará a Deus, ou aos os homens. A ordem de Deus é para ouçamos ao Filho. Somente ao Filho.

Ouça ao Filho

Esta é a verdade que liberta. Jesus estava transfigurado no monte, diante de Pedro Tiago e João, falando com Moi-sés e Elias e foi ouvida a voz do Pai:

“Este é o meu Filho amado em quem me comprazo. A ele ouvi”. Mateus 17:5b (Grifo meu)

A ordem é ouvir ao Filho e não a Moisés ou a Elias. O tempo deles já passou. Hoje é o Dia do Filho. Se nos deci-dimos em ouvir o Filho, não devemos procurar ouvir a lei

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e os profetas (Moisés e Elias aqui simbolizados), e nem a letra morta, porque é o Espírito quem vivifica.

Ministros da Nova Aliança

Nunca devemos esquecer que no propósito eterno de Deus, nós fomos chamados e habilitados para sermos ministros da nova Aliança e não da velha. Você entende isto?

“... o qual nos habilitou para sermos ministros de uma Nova Aliança, não da letra, mas do espírito, porque a letra mata, mas o Espírito vivifica”. II Coríntios 3:6 (Grifo meu)

Você entendeu que fomos habilitados para sermos ministros da Nova Aliança? Então esqueça a velha. A ordem é clara e objetiva:

“E assim, se alguém está em Cristo, é nova criatura; as cousas antigas passaram; eis que se fizeram novas”. II Coríntios 5: 17

Ministério da Reconciliação

“Ora, tudo provém de Deus que nos reconciliou consigo mesmo por meio de Cristo, e nos deu o ministério da reconciliação, a saber, que Deus estava em Cristo, recon-ciliando consigo o mundo , não imputando ao mundo

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as suas transgressões, e nos confiou a palavra da recon-ciliação. De sorte que somos embaixadores em nome de Cristo, como se Deus exortasse por nosso intermédio. Em nome de Cristo, pois, rogamos que vos reconcilieis com Deus. Aquele que não conheceu pecado, ele o fez pecado por nós; para que nele fôssemos feitos justiça de Deus. E nós, na qualidade de cooperadores com ele, também vos exortamos a que não recebais em vão a graça de Deus. II Coríntios 5: 18-21/6:1 (Grifos meus)

Meus amados irmãos, está na hora de despertarmos para o tipo de evangelho que vem sendo pregado nos dias de hoje e cuidarmos para não nos encontramos nós mesmos sem entendermos que fomos chamados para o ministério da Nova Aliança como embaixadores de Cristo sendo orá-culos da palavra de reconciliação e não para mantermos as ovelhas de Jesus debaixo de jugo e maldição.

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Capítulo 5Tirai o véu!

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Depois de tudo o que já vimos, não tem como brigar contra a Palavra. O que impede de vivermos conforme os ensinamentos e doutrinas de Jesus e dos apóstolos? Será a força das denominações, onde na maioria os estatutos são mais importan-tes que a Bíblia? Ou será a posição de poder e de comando? A verdade é que não tem como misturar as duas alianças sem desprezar a graça e o sacrifício de Jesus. Não há como continuar debaixo da mal-dição da lei se quisermos viver o genuíno evange-lho. Ou nós estamos em Aliança Superior que nos coloca sobre a lei, ou rejeitamos o fato de Jesus ter--se tornado maldição em nosso lugar, porque não cairá um só til da lei.

Agora vejamos um fato de vital importância para a vida cristã genuína. Alguns textos serão repetidos para embasar com mais firmeza o que veremos a seguir. No terceiro capítulo da epístola de IICoríntios encontramos:

Capítulo 5Tirai o Véu!

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Remova o véu

“Tendo, pois, tal esperança, servimo-nos de muita ousa-dia no falar. E não somos como Moisés que punha o véu sobre a face, para que os filhos de Israel não atentassem na terminação do que se desvanecia. Mas os sentimentos deles se embotaram

ATENÇÃO

Pois até mesmo no dia de hoje, quando fazem leitura da Antiga Aliança, o mesmo véu permanece, não lhes sendo revelado que em Cristo é removido. Mas até hoje, quando é lido Moisés, o véu está posto sobre o coração deles”. II Coríntios 3:12-15 (Grifos meus)

Somente o Espírito Santo poderá fazer muitos religio-sos entenderem esta revelação. Porque está muito claro para não ser entendido e observado. Atente que Paulo está dizendo que basta fazer a leitura de Moisés para que o véu permaneça nos corações. Ora, por que então usar Moisés para tentar justificação diante de Deus? Torna-se necessá-rio ficar bem claro que “não há homem justo sobre a terra que faça o bem e que não peque”. Não fossem as misericór-dias de Deus e seríamos consumidos. Tem que ficar mais claro ainda que a justificação vem pela graça mediante o sacrifício de Jesus. O que não se pode fazer é anular a graça, e, neste quesito, basta ler Moisés. Veja o que diz o verso 16:

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“Quando porém, algum deles se converte ao Senhor, véu lhe é tirado”.

Isto implica que, quem permanece com véu, ainda não se converteu ao Senhor Jesus. Está claro? Isto não é inven-ção da minha cabeça e muito menos heresia. É somente uma questão de conversão. E olha que existe muita gente sem conversão ao Senhor Jesus. Muita gente se converte à denominação e é ensinado e obrigado a viver debaixo de pesados jugos de ordenanças de Moisés e dos dogmas dos homens.

Doutrina dos homens

Veja o que Paulo escreveu aos Colossenses:

“Ninguém, pois vos julgue por causa de comida e bebida, ou dia de festa, ou lua nova ou sábados. Porque tudo isso tem sido sombra das cousas que haviam de vir; porém o corpo é de Cristo”. Colossenses 2:16,17 (Grifos meus)

Continue lendo e veja que a partir do verso 20, a expli-cação fica mais clara:

“Se morrestes com Cristo para os rudimentos de mundo, por que, como se vivêsseis no mundo, vos sujeitais a orde-nanças: Não manuseies isto, não proves aquilo, não toques aquiloutro, segundo os preceitos e doutrinas dos homens? Pois todas estas cousas, com o uso se destroem. Tais cou-

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sas, com efeito, têm aparência de sabedoria, como culto de si mesmo, e falsa humildade, e rigor ascético; todavia, não têm valor algum contra a sensualidade”. Colossenses 2:20-23 (Grifos meus)

Sou obrigado a perguntar: Por que um texto tão claro não é observado por algumas igrejas? Preferem encher a cabeça das ovelhas com dogmas e doutrinas dos homens? Estes tais estão pregando outro evangelho. E você? Qual evangelho tem recebido? O bíblico ou o evangelho das doutrinas escravizantes que colocam o véu nos corações dos incautos? E você meu pastor, que tipo de evangelho tem pregado? Contra a Palavra de Deus não há argumen-tos nem desculpas. A verdade é que o engano não triun-fará sobre a verdade. Se você está pregando outro evange-lho, está na hora de buscar o leite genuíno, não adulterado para alimentar o rebanho de Jesus que lhe foi confiado. Não esqueça que além da intromissão do judaísmo que coloca véu nos corações cegando o entendimento, ainda existe o sincretismo pagão herdado do romanismo, a espi-ritualização gnóstica e esotérica, o humanismo secular, as feitiçarias evangélicas, e, mais sutilmente as modas inven-tadas pelo neo-pentecostalismo, a doutrina da prosperi-dade, o cristianismo capitalista e tantas deformações que estão imperando no que se chama de cristianismo hoje. Neste volume, só estamos estudando a respeito do juda-ísmo introduzido desde a Igreja em Jerusalém. Os restan-tes temas serão analisados em outros estudos que forma-rão uma coleção.

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A Liberdade do Espírito

A graça de Deus através de Jesus traz libertação e não cegueira e escravidão espirituais.

“Quando porém, algum deles se convertem ao Senhor, o véu lhe é tirado”.

Você entendeu o que significa isto? Então glorifique ao Altíssimo, ouça o Filho e viva na graça, sem véu no coração.

“Ora, o Senhor é o Espírito, e onde há o Espírito do Senhor, aí há liberdade”. II Coríntios 3:17

Vou repetir estas duas opções para que fique bem claro que nos foi dada a opção de viver na liberdade do Espírito sem véu ou carga de ordenanças. O evangelho de Jesus nos ensina amar a Deus sobre todas as cousas e ao pró-ximo com a nós mesmos.

“Pois, até o dia de hoje, quando fazem a leitura da Antiga Aliança, o mesmo véu permanece”.

“Quando porém, algum deles se converte ao Senhor, o véu lhe é tirado”.

Resumindo: Ou nós nos convertemos realmente ao Senhor e passamos a ser novas criaturas, para quem as cousas velhas já passaram (e isto inclui a lei e os profe-

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tas que tiveram vigor legal até João Batista), (Lucas 16:16)(II Coríntios 5:17) ou continuaremos enganados e enga-nando, vivendo a Velha Aliança em nome do cristianismo, permanecendo com o véu em nossos corações. Espero que a palavra que diz: “e conhecereis a verdade e a verdade vos libertará” seja uma realidade para a nossa vida espiri-tual, pois “Se o Filho nos libertar, verdadeiramente seremos livres”. Veja o capítulo 8 de João e entenda todo o contexto.

Esperança Superior

“Portanto, por um lado, se revoga a anterior aliança, por causa da sua fraqueza e inutilidade (pois a lei nunca aperfeiçoou coisa alguma), e, por outro lado, se introduz esperança superior, pela qual nos acheguemos a Deus”. Hebreus 8:18,19 (grifos meus)

Este texto é muito forte e duro de aceitar, especialmente para quem pensa que está fazendo a vontade de Deus, seguindo-o conforme a aliança fraca e inútil que nunca aperfeiçoou ninguém. Estes, como os fariseus, que eram zelosos da lei, estão rejeitando a esperança superior trazida na Nova Aliança em Cristo Jesus.

Ministério Mais Excelente

“Agora, com efeito, obteve Jesus ministério tanto mais excelente quanto é ele também mediador de superior

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aliança, instituída com base em superiores promes-sas. Porque, se aquela primeira aliança tivesse sido sem defeito, de maneira alguma estaria sendo buscado lugar para uma segunda”. Hebreus 8:6,7 (Grifos meus)

É certo que devemos viver conforme o ministério tanto mais excelente, em aliança superior e em superiores pro-messas. Será que depois de ver tudo isso ágüem ainda desejará ser guiado por leis revogadas e inúteis que nunca aperfeiçoaram ninguém? Ainda está com dúvidas? Então leia mais pedindo ao Espírito Santo para revelar estas ver-dades ao seu coração.

“Quando ele diz nova, torna antiquada a primeira. Ora, aquilo que se torna antiquado e envelhecido está prestes a desaparecer”. Hebreus 8:13 (Grifos meus)

Continua a indagação: Nós vamos firmar nossa vida e ministério em algo antiquado prestes a desaparecer?

Mudança de Lei

“Se, portanto, a perfeição houvera sido mediante o sacer-dócio Levítico (pois nele baseado, o povo recebeu a lei), que necessidade haveria ainda de que se levantasse outro sacerdote, segundo a Ordem de Melquisedeque, e que não fosse contado segundo a Ordem de Arão? Pois, quando se muda o sacerdócio, necessariamente há também mudança de Lei”. Hebreus7:11,12 (Grifos meus)

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Vida Indissolúvel

“E isto é ainda evidente, quando, à semelhança de Mel-quisedeque, se levanta outro sacerdote, constituído, não conforme a lei do mandamento carnal, mas segundo o poder da vida indissolúvel. Porquanto se testifica: Tu és sacerdote para sempre segundo a Ordem de Melquisede-que”. Hebreus 7:15-17 (Grifos meus)

É na lei do mandamento carnal que muitos estão que-rendo estabelecer uma santidade importa de fora para dentro que não tem condições de aperfeiçoar ninguém, pois é exterior semelhante a sepulcros caiados. O sacerdó-cio de Melquisedeque, cujo Sumo Sacerdote é Jesus, que agora intercede por nós à direita de Deus, é desconhecido da maioria, para quem indico um estudo atencioso no livro de Hebreus e também outro livro que escrevi cha-mado: Jesus o Sumo Sacerdote da Ordem de Melquisedeque.

Remoção

“Depois de dizer, como acima: Sacrifícios e ofertas não quiseste, nem holocaustos e oblações pelo pecado, nem com isto te deleitaste (cousas que se oferecem segundo a lei), então acrescentou: Eis aqui estou para fazer, ó Deus a tua vontade, remove o primeiro para estabelecer o segundo”. Hebreus 10:8,9 (grifos meus)

Não tem como reformar um evangelho sincretizado.

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A vontade de Deus é que o primeiro tabernáculo seja totalmente removido para, em seu lugar, ser estabelecido o segundo, pois enquanto o primeiro estiver de pé, não haverá lugar para o do segundo e a vontade de Deus é esta: Remove o primeiro para ser estabelecido o segundo. Com certeza Lutero não teve revelação sobre este assunto, senão, não teria tentado reformar o que era incorrigível. Hoje, a situação ainda é pior e precisamos de intrepidez para enfrentar todo o poderio da Babilônia espiritual esta-belecido no que se chama cristianismo e que prega outro evangelho que vai além daquele que Paulo pregou, é aná-tema e deve ser removido. Como se dará isto? Não se pre-ocupe. O passo agora é despertar, levantarmo-nos de entre os mortos e Cristo nos esclarecerá. Ou você acha que isto que se chama igreja hoje é a noiva do Senhor, sem ruga e sem mácula que o noivo espera encontrar? Pode ficar certo que antes da vinda de Jesus e da última trombeta ser tocada, o Senhor, pelo Espírito Santo, fará grande obra de santificação e purificação da sua noiva, para apresentá-la a si mesmo, sem ruga e sem defeito. (Ver Efésios 5:25-27)

“O mesmo Deus da paz vos santifique em tudo; e o vosso espírito, alma e corpo sejam conservados íntegros e irre-preensíveis na vinda do Senhor Jesus Cristo. Fiel é o que vos chama o qual também o fará”. I Tessalonicenses 5:23,24

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Uma coisa precisa ficar muito clara: Não existem condições de se misturar as duas alianças, assim como não se pode misturar as linhagens, os sacer-dócios, as formas de justificação e assim por diante. O filho da escrava nunca poderá ser herdeiro junto com o filho da promessa. A lei nunca poderá andar de braços dados com a graça. O verdadeiro cristia-nismo é unicamente fundamentado na justificação feita pelo sacrifício de Jesus, movido pelo amor na graça gloriosa que nos atingiu nos levando de volta ao coração do Pai. Não existe nada que o homem nascido debaixo do pecado e da condenação da lei possa fazer par se justificar diante do Altíssimo.

Se entendermos que hoje não é pregado o evan-gelho genuíno em sua essência, saberemos que estamos vivendo tempos em que grande parte do se denomina igreja acha que está rica e abastada sem saber que na realidade está em uma condi-ção de pobre, miserável e nua. Por um lado, vemos aqueles que aprisionam o rebanho através do medo

Conclusão

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e das ordenanças carnais que só servem para alimentar o ego dos mandantes e capatazes. Por outro lado, obser-vamos a competição e concorrência entre as estrelas que lutam para ter um ministério maior. O título de pastor, tornou-se muito pequeno para aqueles que almejam os picos do sucesso ministerial. Se autodenominam, bispos, apóstolos, agora já tem gente até se chamando de papa; já ouvi de alguém que se auto denominou de arcanjo. Os escândalos e explorações financeiras já estão chegando ao limite. Permita-me usar um verso de uma música popular que serve para nos alertar:

“Tudo isso acontecendo e eu aqui na praça dando milho aos pombos...”

Está na hora de tomamos uma posição radical no sen-tido de fazermos nós mesmos, uma auto avaliação, e, honestamente buscar arrependimento por termos permi-tido que fôssemos canais legalistas em lugar de entender-mos que fomos chamados para sermos embaixadores de Deus e portadores da palavra da reconciliação.

Finalizando permita-me dizer que, se a nossa herme-nêutica não tiver Jesus como centro e chave para o enten-dimento da Bíblia, nunca entenderemos distinguir o velho do novo separando-os para a aplicação da Nova Aliança.

Como alerta final deixo a advertência contida no capí-tulo 12 de Hebreus.

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“Aquele, cuja voz abalou então, a terra; agora, porém, ele promete, dizendo: Ainda vez por uma todas, farei abalar não só a terra, mas também o céu. Ora, essa palavra: Ainda uma vez por todas, significa a remoção dessas cou-sas abaladas, como tinham sido feitas, para que as cousas que não são abaladas permaneçam. Por isso, recebemos nós um reino inabalável, retenhamos a graça, pela qual sirvamos a Deus de modo agradável, com reverência e santo temor; porque o nosso Deus é fogo consumidor”. Hebreus 12:26-29 (Grifos meus)

Que o Espírito Santo que nos ensina todas as cousas, nos revele mais sobre a perfeita vontade de Deus e que não brinquemos de igreja nem preguemos mais outro evangelho.

“Se, pois, o Filho vos libertar, verdadeiramente serei livres”. João 8:36

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Carlos Calvino Souto Brasil