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    Edio 183 - Mecnica Diesel

    Firme na estrada

    Confira as orientaes e dicaspara efetuar a manuteno deeixos diferenciais noscaminhes mdios para evitarquebras e colocar em risco asegurana dos seus ocupantes

    Carolina Vilanova

    Estabilidade e segurana so dois pontos de extrema importncia nofuncionamento de caminhes, por isso todos os componentesundercar (embaixo do carro) devem passar por revises criteriosas.Um desses componentes o eixo diferencial, responsvel portransmitir a potncia do motor para as rodas de trao, mesmo emalta velocidade, fazendo girar mais rapidamente a roda externa emrelao a interna em uma curva, compensando as diferentesdistncias percorridas por elas.

    Nessa matria, fazemos a reviso dos eixos traseiros de simplesvelocidade modelos MS-113 e MS-113 Plus, produzidos pelaArvinMeritor, que contam com diferencial de reduo simples,montado na carcaa do eixo, e que abriga o conjunto pinho e coroa.Esses componentes, as engrenagens satlites e planetrias, e os

    mancais com rolamentos de roletes cnicos so aplicados nosmodelos mdios Volkswagen 8.140 e 8.150, no micro-nibus damesma marca e nos caminhes da Agrale.

    Clique na imagem para ampliar

    De acordo com a empresa, esse diferencial tem fcil manuteno,mais rpida e mais barata, pois permite a retirada apenas dodiferencial e no do eixo inteiro para fazer os procedimentos. Oconjunto fixado por parafusos e permite que o diferencial seja

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    removido para fazer o reparo na bancada.

    Algumas recomendaes, porm, so importantes: estacione oveculo em uma superfcie plana, bloqueie as rodas, levante a traseirade modo que as rodas fiquem fora do cho, e coloque cavaletes desegurana. Para no sujar a oficina e nem o meio ambiente, prepare

    um recipiente para drenar o leo do sistema.

    Para trabalhar com segurana e oferecer um servio de qualidade, otcnico deve ter em mos o manual de servios e ter conhecimentosobre o assunto. Alm disso, use culos de proteo e utilize apenasmarretas de couro ou borracha para no danificar as peas e provocarum acidente.

    "Domingos Ferreira, tcnico da ArvinMeritor, orienta a revisoperidica do sistema a cada 40 mil Km, dependendo da aplicao, etroca inicial com 5 mil Km ou seis meses, para checar,

    principalmente, a folga do conjunto. "Quando um caminho est ematividade, a tendncia aumentar a folga entre o pinho e a coroa, oque compromete o seu funcionamento", explica.

    Vale lembrar que esse mesmo diferencial oferece tambm ummodelo com cruzeta no lugar do eixo dos satlites. O processo dereviso e desmontagem em caso de substituio, porm, o mesmo.

    Diagnsticos

    Entre as causas mais provveis de problemas no eixo diferencial

    esto: patinao, tranco, impacto por conta de muito peso e excessode carga no transporte. "No saber operar o caminho tambmprejudica o sistema, assim como aplicaes mais severas", alerta.

    "Um dos sintomas que indica problemas quando o componentecomea a fazer rudo, como se estivesse roncando. Isso indica que asengrenagens ou os rolamentos devem ser substitudos, pois orolamento est sem a pr-carga especfica, provocando o rudo. Amanuteno preventiva muito importante pois quando o sistematem avarias, o conjunto trava, ou seja, o caminho para", alerta otcnico.

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    Outras avarias podem ser causadas por fadiga do eixo, fadiga porchoque, dentes quebrados e quebra no anel do ajuste do lado daflange, entre outros danos provocados por desgaste natural ou porfatores externos. Se o rolamento est bom, tem que fazer o ajuste dafolga para no dar problemas de trinca nos dentes.

    O que fazer na reviso?

    As anlises para comprovar se o sistema tem danos devem ser feitasno caminho e depois numa bancada ou em um cavalete comsegurana. O mecnico deve retirar e inspecionar todas as peas doconjunto. Em seguida, desmontar, limpar e lavar as peas comquerosene para poder melhor avaliar suas condies.

    importante lembrar que o principal procedimento de manuteno a lubrificao correta, que reduz desgaste do atrito, protege o metalde oxidao e corroso, alm de dissipar o calor excessivo.

    O lubrificante correto o SAE 85W 140 API GL 5) e deve estarsempre no nvel indicado, sendo trocado em toda reviso.

    Para retirar o diferencial do caminho. Use ferramentas apropriadaspara carregar e coloque a pea numa bancada segura ou cavalete. Avantagem desse sistema exatamente a possibilidade de remover docaminho somente o conjunto do diferencial e no o eixo inteiro.

    Apesar de parecer um conjunto bruto, o diferencial temespecificaes precisas e encaixes delicados, que podem serdanificados com manuseio incorreto, por isso tenha cuidado aoremover e fazer a desmontagem do conjunto. Alm disso, os padresde montagem devem ser respeitados. Esse modelo possui uma caixa

    do pinho e toda vez em que for aberta, o retentor deve ser trocado.(A)

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    Outra caracterstica uma capa de mancal fixa e outra parafusada, oque diminui o peso e reduz a quantidade de componentes. (B)

    Faa uma boa inspeo para ver se h desgaste no alojamento dasarruelas das planetrias e das satlites. (C)

    As peas de maior desgaste so: satlite e planetria, coroa e pinho,eixo das satlites,e podem ser encontradas em kits de reparo.

    Montagem

    1) Depois de analisar os componentes e iniciar a montagem, limpe aface da carcaa, pois contm resduos de junta lquida, que tambmdeve ser usada para fechar. Preste ateno no torque dos parafusosque prendem a caixa: 110-150 Nm.

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    2) Monte os rolamentos do pinho com auxlio de uma prensa, (2a)assim como a capa do rolamento na caixa de pinho. (2b) dada a

    pr-carga atravs de rosca e com um auxlio de uma ferramentaespecifica. (2c) Aperte a caixa do pinho para ajustar apr-carga dosrolametos. Verifique a pr-carga girando o pinho pela porca dogarfo com uma chave de boca. O torque certo de: 5,8 - 23 Nm.

    3) O prximo passo colocar a placa de trava na carcaa. (3a) Emseguida, coloque os parafusos. O torque de 14 - 18 Nm. (3b)

    4) Monte o garfo e a porca com o auxlio de uma prensa e depois

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    7) Monte a outra planetria e a respectiva arruela. Feche a tampaposicionando-a corretamente. (7a)

    Obs.: Antes da montagem, marque com giz para encaixar no

    mesmo ponto da montagem original. (7b)

    8) O prximo passo passar a junta lquida antes de fechar e apertar

    os parafusos, de forma cruzada e com torque de 210 - 235 Nm.

    9) Com muito cuidado, coloque o conjunto do diferencial na carcaa.

    10) Instale nesse momento as capas dos rolamentos, uma de cadalado

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    11) Em seguida, encaixe os anis de ajuste, um de cada lado, erosqueie at fixar.

    12) Agora, coloque a capa do mancal.

    13)Faa o ajuste da folga da seguinte maneira: coloque aferramenta no lado oposto da coroa e aperte at sentir que encostouno pinho (resistncia da porca). Ento solte dois castelos da porca

    para o pinho girar.

    14) Posicione a ferramenta do outro lado para dar a pr-carga norolamento. Aperte a porca de ajuste at travar. Depois aperte umcastelo. A, determinar a folga do par coroa e pinho e a pr-

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    cargados rolamentos.

    15)Coloque o relgio comparador com base magntica e verifique afolga entre os dentes do par pinho/coroa. Posicione-o nos dentes dacoroa e zere o relgio. Faa movimentos na pea, empurrando parafrente e para trs, tomando cuidado para no movimentar o pinho. Afolga a ser encontrada deve ser de 0,13 a 0,38 mm.

    16) Depois, instale o relgio nas costas da coroa e veja se hempenamento. Zere o relgio, gire a coroa e mea. O valor de 0,2mm.

    17) Em seguida, pinte os dentes da coroa e rode a pea para checar area de contato do par pinho/ coroa.

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    Colaborao tcnica: ArvinMeritor

    Anis sincronizadores

    Desgaste natural, aplicao e condies de uso so os fatores mais

    comuns que comprometem o funcionamento perfeito dos anissincronizadores. Acompanhe o procedimento correto para

    desmontar a caixa e substituir as peas de caminhes com at 120

    toneladas de PBTC.

    Carolina Vilanova

    Responsveis por sincronizar as engrenagens dasmarchas, os anis sincronizadores atuam como"freios" para que todas as peas girem namesma rotao, o que garante o engate rpido eseguro sem embreamento duplo na mudana

    para a marcha seguinte e sem aceleraointermediria ao reduzir para a marcha anterior, mesmo em situaes

    severas.

    Os componentes que compe a sincronizao so anis desincronismo, pressionador, corpo de acoplamento, corpo desincronizao e luva de engate. Esses itens so de extrema importnciano conjunto da transmisso, tanto em automveis quanto em veculos

    pesados, e merecem inspees e manutenesperidicas.

    O desgaste da sincronizao de veculos pesadospode ocorrer em funo de problemas noconjunto de embreagem, qualidade e nvel do

    leo da transmisso, condies de uso, mudanas de marchas erradas eexcesso peso. " difcil prever quando a manuteno deve serrealizada, afinal a durabilidade do equipamento depende da aplicao.

    O usurio deve, ento, ficar atento aos sintomasque podem representar avarias nos anis, soeles: dificuldade de engate, rudos e escape demarchas", explica Fernando Zanin, supervisor deengenharia de aplicaes da ZF.

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    Essa caixa de transmisso do tipo 16 S-1650,com 16 possibilidades de marchas sincronizadase capacidade de 1.650 Nm de torque de entrada. composta por uma caixa bsica de 4velocidades frente, uma r, um grupo redutor(planetrio) para gerar 8 marchas e um grupo

    desmultiplicador, que permite o uso de mais 8 marchas, somando 16 aotodo. Esse modelo equipa modelos pesados das marcas Volvo,Mercedes-Benz, Iveco e outros de at 70 toneladas de carga.

    Manuteno

    No abusar da capacidade de carga do veculo,completar o leo e efetuar as trocas necessriasno tempo determinado pela montadora com o

    produto homologado so exigncias para amanuteno da caixa de mudanas. "Geralmentea troca realizada a cada 45 mil km quandoutilizado em condies severas, 60 mil Km em condies mistas e 90mil km em uso rodovirio", analisa Zanin.

    Ao motorista do caminho cabe avisar o mecnico sobre os sintomasdo veculo, pois nem sempre o defeito na caixa, sendo que muitasvezes o dano est na embreagem, diferencial ou cardan. Quando omecnico detecta que o problema nos anis, o equipamento apresentadesgaste e marcas nas peas, que geram dificuldade ao tentar engataruma marcha. A m qualidade do leo e a operao incorreta formamsulcos no corpo de acoplamento e dificultam o engate.

    Nesses casos, a ZF recomenda a utilizao de peas originais,ferramentas adequadas para desmontagem e montagem, eequipamentos de segurana, como luvas e culos. De acordo comZanin, a inspeo dos componentes implica em lavar as peas comdesengraxante (sem solvente) e remover resduos de massa de vedaoe impurezas nas superfcies de contato. Examine as engrenagensquanto s condies dos dentes e superfcie de trabalho de rolamentos.Outro detalhe a checagem dos rolamentos, que inclui os roletes e as

    pistas. Todos os retentores e juntas devem sertrocados.

    - Dificuldade de engate, reserva de sincronismo

    zerado entre o anel e o corpo de acoplamentocausam arredondamento dos dentes.

    - Pea nova para substituio, com os dentes em

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    perfeito estado.

    - Os anis no conseguem expulsar leo de mqualidade, o que causa queima da pea.

    - Na reposio necessrio inspecionar aoriginalidade do produto.

    - O pitting (crie nas engrenagens) se d na faceda trao da engrenagem e causado por mqualidade do leo, temperatura de trabalho,esforo e aplicao incorreta.

    Esse problema gera rudos e, comoconsequncia, a quebra de dente ao trocar a

    marcha. O veculo continua rodando masfazendo muito barulho. Nesse caso, verifique atrao e retrao do conjunto.

    Desmontagem

    1) O primeiro procedimento para desmontar a caixa coloc-la numcavalete. Drene o leo, verificando se h

    partculas e impurezas. Lave a caixaexternamente com gua sem solvente. Analise

    todas as peas, veja se no h desgaste ecorroso nos dentes.

    2) Na hora da desmontagem, fixe o dispositivo9X56 000 864 no eixo intermedirio para retiraro conjunto completo (eixos e garfos).

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    3) Comece desmontando os garfos e separe os eixos primrios esecundrios. Coloque o eixo na morsa e remova a porca com aferramenta 9X56 000 867. Desmonte o conjunto de engrenagens da 4marcha e da 3 . Em seguida vire o eixo e retire as marchas restantes.

    Montagem

    A seqncia de encaixe das engrenagens e outros componentes no eixo a seguinte: 2, 1 e r, depois gire o eixo e instale as 3 e 4 marchas.Verifique se as peas esto lavadas e livres de impurezas.

    1) O processo de montagem inicia com a colocao da gaiola deagulhas (rolamentos) da 2 marcha. (Foto 1A). Depois, coloque a

    engrenagem e o corpo de acoplamento e o anel sincronizador. (Foto1B)

    Foto 1A Foto 2A

    2) Coloque o corpo de sincronizao entre a 2 e a 1 marchas. O item montado no eixo e luva trabalha sobre ele. Para isso, deve ser aquecido

    em at 180 para dilatar e montar por interferncia. O tcnico podeutilizar o aquecedor indutivo ou a chapeira.

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    3) Em seguida, encaixe a bucha de rolamento da 1 marcha,previamente aquecida, e monte a luva.

    4) Faa a montagem dos pressionadores (macaquinhos) que auxiliamno engate, jogando o anel contra o corpo como uma mola, da seguintemaneira: coloque o primeiro pressionadores com a luva montada,utilizando-o como um guia, para conseguir a posio exata. Levante aluva e posicione os outros dois macaquinhos e encaixe-a, com o auxliodo anel sincronizado, da primeira marcha e apenas ento pressione oconjunto para encaixe total.

    5) Encaixe o rolamento da 1 marcha. Faa a lubrificao na gaiolapara evitar riscos e desgastes prematuros. Agora, o corpo deacoplamento e a engrenagem da 1 marcha.

    6) Para posicionar a arruela dentada da r, aquea-a e utilize odispositivo de fixao para o encaixe perfeito. O lado abaulado da peafica voltado para cima. Monte a engrenagem da r e o rolamento.

    7) O prximo passo acoplar a engrenagem solar. Aquea a pea a

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    120oC e coloque-a sobre o eixo. Exera presso sobre a pea, at atemperatura atingir o grau ideal e encaixar, alinhando as estrias do eixocom a solar. Com o conjunto montado faa uma lubrificao.

    8) Vire o eixo com a ajuda de um equipamento apropriado (guincho)para fazer a montagem das engrenagens restantes, das 3 e 4 marchas.Comece colocando a gaiola da 3 engrenagem e repita a operaorealizada para as 1 e 2 marchas. Em seguida, monte o rolamento da 4engrenagem. importante girar a engrenagem da 4 marcha enquantomonta o rolamento para evitar ranhuras dos roletes. Lubrifique ecoloque a porca de travamento. Utilize o dispositivo 9X56 000 867. O

    torque da porca de 50 kgf.

    Instalao do conjunto

    1) Posicione o anel sincronizador e o corpo de acoplamento do Split ouGV (grupo desmultiplicador de velocidade) no eixo piloto. Coloque o

    rolamento e a engrenagem constante, lubrifique a pista de rolamentodo piloto, que j foi aquecida para ser encaixada. Monte a luva com ospressionadores no eixo piloto. Em seguida, o corpo de acoplamento daengrenagem da 4 marcha e o anel, que o calo das folgas entre oeixo piloto e o eixo principal.

    2) O segredo do fechamento da caixa est na medio da folga. Com odispositivo 9X95 000 014 encaixe no rolamento traseiro do eixo

    principal.

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    3) A regulagem do calo da folga de sincronizao deve ser entre0,6mm e 0,9mm na carcaa 2. Para medir, coloque uma nova junta eanote a distncia entre a face da carcaa e o rebaixo do corpo deacoplamento. Depois vire a carcaa 1 e encaixe o eixo piloto, agoramea a folga. Coloque duas travas de rolamento da caixa 1 para que o

    peso do eixo piloto no empurre o componente para fora.

    Exemplo do Clculo:25mm - 21 mm = 4 mmFolga estipulada em: 0,6mm - 0,9mmVariao do calo: 3,1mm - 3,4mm

    4) Para unir o conjunto do eixo principal e o piloto comece retirando oeixo principal da caixa, coloque-o na morsa para montar o conjunto doeixo intermedirio. Agora utilize m guincho para posicionar o

    intermedirio. Como medida de segurana, sempre que for movimentaro conjunto, amarre uma corda em volta, para que os eixos no caiam.

    5) Monte os garfos, primeiramente o das 3 e 4 marchas, em seguidacoloque o componente que une a 1 e a 2 marchas, e por ltimo, fixe ogarfo da r. Inspecione se as pastilhas deslizantes do garfo esto em

    boas condies e bem posicionadas.

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    6) Com o equipamento apropriado, encaixe os eixos na carcaa (Foto6A). Depois, coloque o guia novamente no eixo principal para encaixe

    perfeito do rolamento na carcaa 2. Preste ateno no pino de bloqueio.Trave-o para encaixar a pea. Feche a caixa com o torque de 4,9kgf(Foto 6B).

    Foto 6A Foto 6B

    Edio 160 - Mecnica Diesel

    Eixo diferencial

    Acompanhe o passo-a-passo da montagem de um eixo diferencial

    duplo, equipamento utilizado pelos caminhes pesados.

    Carolina Vilanova

    O diferencial um conjunto mecnico de engrenagens que tem funes distintas e deextrema importncia para a estabilidade e segurana dos caminhes. Transmitir a

    potncia do motor para as rodas de trao, mesmo em alta velocidade fazendo girarmais rapidamente a roda externa em uma curva, compensando as diferentes distncias

    do veculo, so algumas das finalidades do eixo diferencial.

    Os principais itens de um diferencial so as engrenagenssatlites,planetrias e semi-eixos. Os satlites so instalados nacruzeta do diferencial e engrenados nas planetrias, que por suavez so acopladas nos semi-eixos, fazendo girar as rodas.

    "O funcionamento difere conforme o percurso do veculo: se estrodando em linha reta, as rodas esto girando na mesma velocidade, os satlites no se

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    movem. Por outro lado, em uma curva, a velocidade das rodas so diferentes e obrigamos satlites a girarem na cruzeta, o que permite velocidades diferentes entre as

    planetrias e, consequentemente, entre as rodas", explica Marcelo Gabriel daArvinMeritor.

    O eixo cardan a conexo para transmitir a potncia do motor para a transmisso, esta

    para o diferencial para as rodas . A pea acoplada ao pinho ou eixo de entrada dodiferencial, que est engrenado com a coroa e este a caixa dos satlites. Esse conjuntotransmite o movimento dos semi-eixos e estes para as rodas.

    Coroa e pinho

    A coroa e o pinho so itens que merecem muita ateno na horada manuteno, principalmente, se o veculo opera em condiesseveras. Esse conjunto formado por duas engrenagens que

    permitem a reduo do torque vindo do motor para as rodas,devido as combinaes de dentes do par coroa e pinho. A divisoentre o nmero de dentes da coroa e do pinho a reduo, que

    significa as voltas que o pinho precisa dar para a coroacompletar uma volta. Quanto maior for a reduo mais fora emenos velocidade ter o veculo e quanto menor for a reduo mais velocidade e menosfora ter o veculo.

    "Os dentes da coroa e do pinho podem ser fabricados com diferentes formas degeometria. A ArvinMeritor utiliza o tipo hipide, mais resistente, silencioso e leve, almde contar com dimenses possveis da coroa e do pinho", comenta Gabriel. "Devido aotipo de engrenamento, o tipo hipide possui uma caracterstica chamada "off-set", que a distncia entre a linha de centro da coroa e a linha de centro do pinho no sentidovertical", completa.

    Manuteno

    A lubrificao um dos itens mais importantes para manter o conjunto do diferencialem boas condies porque reduz desgaste do atrito, protege o metal de oxidao ecorroso, e dissipa o calor excessivo.Utilizar o lubrificante correto (SAE 85W 140 API GL 5), e no nvel indicado, indispensvel. O nvel e a viscosidade do leo devem ser checados a cada 2 mil km e atroca recomendada quando o veculo atinge 160 mil Km ou um ano de uso. Emcondies severas de trabalho, esse prazo diminui para 50 mil km ou a cada seis meses.

    A falta de lubrificao, nvel baixo, leo vencido, no apropriado, e vazamento do

    vedador do pinho ou dos cubos de roda, podem causar srios danos ao componente dodiferencial. Todos os torques e ajustes aplicados devero seguir as especificaes damontadora.

    Diagnstico de falhas

    Danos no conjunto do eixo diferencial podem ser causados pelos seguintes fatores:aplicao, operao do motorista, falta de manuteno, modificao do veculo ou do

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    trem de fora, uso incorreto do Peso Total Bruto (PTB) e do Peso Total Brutocombinado (PTBC). O componente mais sujeito a sofrer avarias o semi-eixo.

    Os problemas podem ser causados por fadiga do eixo, fadiga por choque, dentesquebrados e quebra no anel do ajuste do lado da flange, entre outros defeitos

    provocados por desgaste natural ou por fatores externos.

    A quebra por carga de choque causa fratura instantnea ou trinca (a parte danificada visvel) e pode acontecer devido ao acionamento incorreto do bloqueio na passagem

    para trao. Outros defeitos so fadiga do eixo traseiro e fadiga de superfcie.Rolamentos avariados tambm prejudicam o conjunto. Alguns fatores so: falta delubrificao, manuseio incorreto, lubrificante contaminado e carga excessiva.

    O contato e a folga entre os dentes do par coroa e pinho so muito importantes, poispodem aparecer trincas prematuras ou provocar rudo nos componentes.

    Desmontagem e montagem

    Utilizar ferramentas adequadas e equipamentos de proteo, como luvas e culos,

    principalmente, se estiver manuseando peas quentes ou martelo so essenciais para suasegurana. Nessa matria mostramos o processo de montagem de um modelo de duasvelocidades, utilizado em caminhes com bloqueio de diferencial.

    1) Comece desmontado a caixa de satlites, onde trabalham as 2planetrias e os 4 satlites em forjado de preciso. Em seguidaretire a cruzeta, os planetrios e os satlites.

    2) Para tirar o eixo, o profissional deve sacar o pino trava e batercom cuidado para destravar.

    3) Tirar o pino-trava. Esse componente descartvel, substituapor um novo. Retire as engrenagens. Ateno ao retirar a peapois o rolete pode cair.

    Montagem da engrenagem

    1) Na hora de montar as arruelas, tenha certeza de que

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    esto em simetria correta para encaixar o eixo. Obs.: cuidado para no montar odiferencial faltando roletes, para no ter falhas prematuras.

    2) Coloque o novo pino. Este dever estar abaixo da face da caixados satlites. Se o pino ficar acima da especificao poder rasparem outro componente (caixa suporte) e causar desgastes(limalhas).

    3) Monte a arruela e a planetria de cubo curto. Encaixe a cruzetanos satlites e arruelas.

    4) Coloque a planetria de cubo longo e sua arruela. Lembrandoque todo o conjunto dever ser montado oleado.

    5) Aplique trava lquida na rosca dos parafusosda caixa dos satlites e feche-a caixa.

    6) Com a caixa de satlites apoiada em uma base limpa, coloque

    os pinos- guia para encaixar a coroa.

    7) Monte, com um pouco de graxa, a arruela no fundo da caixasuporte e encaixe a caixa de satlites.

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    8) Coloque a tampa de caixa de suporte. Antes de colocar osparafusos, aplique cola lquida e faa o aperto de forma cruzada

    (em "X").

    Profundidade do pinho

    Use um pinho falso ( dispositivo) para medir sua profundidadeem relao coroa. Mea a distncia da linha de centro do mancalat o rolamento, com a cota nominal determinada de acordo como fabricante.

    a) Instale a caixa do pinho, j com a capa do rolamentotraseiro montada no dispositivo. Coloque a outra face dacaixa do pinho o rolamento dianteiro. Em seguida, encaixe a

    caixa do pinho na caixa do diferencial.

    b) Acople o dispositivo da caixa do diferencial e com umrelgio comparador ajustado para a leitura zero e com uma pr-carga de aproximadamente 1 volta, deslize-o sobre o eixo atobter uma medida mxima. Esta leitura ser a quantidade decalos a ser colocada, tendo no pinho a gravado o nmero zero.Caso no pinho esteja gravado outro nmero. Ex: + 6, adicionar

    0,06mm ou - 6, retirar 0,06mm de calos.

    c) Mea os calos. Depois, retire a caixa do pinho e o dispositivo. Agoraaplique junta lquida na caixa do diferencial, instale os calos seletivosdeterminados e aplique a junta lquida em cima.

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    d) Monte os calos de pr-carga e o rolamento externo do pinhocom o auxlio de uma prensa. Verifique o torque de arraste comuma balana.

    e) Monte o vedador.

    f) Monte a caixa do pinho na caixa do diferencial. Monte a porca dopinho e aplique o torque especificado.

    g) Coloque a caixa de satlites conjunto dentro da carcaa. Monte acapa do rolamento e o anel de ajuste. Coloque os dois mancais.

    Ajuste dos rolamentos do pinho

    A pr-carga obtida por meio do posicionamento correto dos anis

    de ajuste dos rolamentos e deve ser entre 6 e 10 Kg.Mtodo para ajuste da pr-carga

    a) Aperte o anel de ajuste (lado direito) at eliminar a folga entre os dentes do parhipoidal (folga de engrenamento zero). Obs.: O aperto deve ser gradativo para evitarque o anel pressione o rolamento.

    b) Aperte o anel de ajuste (lado esquerdo) at eliminar a folga axial do rolamento.

    c) Solte o anel de ajuste (lado direito) 3 ou 4 dentes do castelo. (porca)

    d) Verifique a folga de engrenamento conforme especificado pelo fabricante.

    rea de contato

    Pinte com p xadrez ou xido de ferro amarelo diludo em leo, cinco dentes da Coroa.Com uma alavanca d uma pr-carga e gire o pinho com uma manivela. Depois gire dooutro lado. Dessa maneira pode-se observar a rea de contato do pinho.

    Os ltimos procedimentos so:

  • 7/29/2019 62666924 Diferencial e Caixa

    23/23

    - torquear os parafusos da capa do mancal.

    - encaixar a placa de travamento e o pino.

    - colocar a solar.

    - selar o eixo do garfo.

    - monte o garfo.

    - verificar se o parafuso de impulso da coroa bate na coroa, ento,solte meia volta para ter uma folga de 0,6 mm a 0,9 mm paracarga.

    - coloque silicone para juntar e fechar como parafuso o mecanismo de mudana de velocidade.