34337830 Historia Da Beleza Seculo XVI

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    Histria da beleza sculo XVI

    A construo da beleza: sculo XVI

    (Maria Stuart)

    "Que necessidade de se preocupar com as pernas j que no a coisa que precisa mostrar?"(dilogo entreme e filha no fim do sculo XVI)

    A anatomia era moralizada e hierarquizada pelos tratados de beleza deste sculo. Elapunha em evidncia "os membros honrados" e "fora do olhar" os membros depreciados:"A natureza induz as mulheres e os homens a desvendar as partes altas e a esconder as

    partes baixas, porque as altas, como sede da beleza, devem ser vistas, o que no ocorrecom as outras, que so apenas o fundamento e a sustentao das superiores"(Firenzoule,Discurso sobre a beleza das damas).

    http://amulhernaoexiste.blogspot.com/2009/06/construcao-da-beleza-seculo-xvi.htmlhttp://3.bp.blogspot.com/_yfDfQI7zErM/SjqRxHDaA1I/AAAAAAAAAEQ/hax-MY1oWME/s1600-h/Maria%2520Stuart.jpghttp://amulhernaoexiste.blogspot.com/2009/06/construcao-da-beleza-seculo-xvi.html
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    Os vestidos acrescentam s suas formas sobrepostas um intensoalargamento. Eles quase ficam horizontais abaixo da cintura, sustentados por "anquinhas" esuas lminas de ferro ou de madeira, transformando a saia em pedestal do busto,destacando a importncia do "alto".

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    (Bronzino)

    O busto, o rosto e as mos seriam os nicos lugares chamando para a esttica fsica,descobrindo-se "principalmente numa parte, a saber, a parte superior que olha para a luzdo Sol".

    Flurance Rivault organiza uma aparncia fsica mais do que nunca hierarquizada: partesbaixas tornadas "pilotis", partes mdias tornadas "escritrios e cozinhas", partes altas feitaspara o olhar e a ostentao entregues beleza. Na literatura, a aluso a essas partesocorre vrias vezes:

    "Seios esbranquiados como alabastro/Teus olhos como dois sis/Teus belos cabelos"

    (Ronsard).

    A mo e o brao tambm participam desse prestgio do "alto"...

    http://1.bp.blogspot.com/_yfDfQI7zErM/SjqUZUi3rwI/AAAAAAAAAEg/LvdHqhD6HZE/s1600-h/Portrait_of_a_Young_Girl_by_Agnolo_Bronzino.jpg
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    (Catarina de Mdicis)

    A mo deve ser longa, branca, leve. Henrique VIII se demora encarregando vriosemissrios de avaliar a beleza da duquesa de Npoles que ele deseja desposar:

    "Eles vero sua mo nua e observaro exatamente como ela feita, se ela espessa oudelgada, grossa ou magra, comprida ou curta. Eles observaro seus dedos, se socompridos ou curtos, grandes ou pequenos, grossos ou estreitos nas pontas".

    A beleza passa a ter sexo ou a feminizao da beleza:

    A fora foi dada ao homem, a beleza mulher. Para um, o "trabalho da cidade e docampo", para a outra, "o agasalho da casa". O homem no saberia cuidar de sua tez paramelhor enfrentar "trabalhos e intempries". A mulher deveria vigiar sua tez, para alegrar edeleitar o homem fatigado e enfastiado. O homem deve ser dominador, terrvel e belo. Ele

    precisa impressionar mais do que seduzir:

    "Os homens tm o corpo robusto feito de fora, o queixo e grande parte das bochechasprovidos de plos, a pele rude e espessa porque os costumes e condies do homem seacompanham de gravidade, severidade, audcida e maturidade" (J. Libault).

    Nas palavras de Vigarelo:

    "A beleza valoriza o gnero feminino a ponto de aparecer nela como a perfeio. Issoaprofunda a nova ascedncia do sensvel e do gosto. E confirma uma mudana de cultura:o reforo do estatuto da mulher na modernidade, mesmo se no puder superar a obscura

    e repetitiva certeza de uma inferioridade"(Vigarelo, 2006, p. 23) e mais adiante: " aprimeira forma moderna de um reconhecimento social"(p. 24).

    http://3.bp.blogspot.com/_yfDfQI7zErM/SjqXBEl2_xI/AAAAAAAAAEw/Anyd07q0Ong/s1600-h/catarina-de-madicis.jpg
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    (Jeanne dAragon)

    Jeanne DAragon, de quem Francisco I quis adquirir o retrato, era julgada to bela que setornou objeto de vrias "apoteoses poticas". Em 1551, a academia veneziana de Dubbiosiredigiu um decreto para lhe dedicar um templo, honraria dedicada ao seu esplendor evirtude. Jacomo Ruscelli, em 1552, considerou-a um exemplo arquetpico, ao qual todas asoutras belezas deveriam ser comparadas.

    (trechos retirados do livro A histria da beleza, de Georges Vigarello*).

    *VIGARELLO, G. Histria da beleza. Rio de Janeiro: Ediouro, 2006.