10 - La Educación Intercultural en Los Ámbitos No Formales

8/16/2019 10 - La Educación Intercultural en Los Ámbitos No Formales

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La educación intercultural

en los ám bitos no formales

J. Alfonso García Martínez

Universidad de Murcia

«Contamíname, mézclate conmigo,

que bajo mi rama tendrás abrigo.. .»

(Ana Belén y Víctor Manuel)

1 . I N T R O D U C C I Ó N

La mayor par te de las re f lex iones e fec tuadas sobre e l in te rcu l tu ra

l i smo , y ya van s i endo numerosa s , pa r t en de l a s s i t uac iones soc io - cu l

tu ra les p roduc idas por l a coexis tenc ia de d iversas e tn ias y cu l tu ras en

un mi smo con tex to geog rá f i co - soc i a l . S in emba rgo , l a mayor í a de e s

tas inves t igac iones y re f lex iones t i enen como marco de desar ro l lo de

sus p ropues t a s y p royec to s educa t i vos e l ma rco fo rma l de l a educa

c ión , l a e scue l a , como in s t anc i a púb l i ca donde e l ap rend iza j e de pau

tas de acc ión soc ia l puede cont r ibu i r a l desar ro l lo de formas de re la

c ión no t r aumá t i ca s en t r e pe r sonas pe r t enec i en t e s a cu l t u r a s y /o e t

n ias d i fe ren tes . Se s igue as í l a pau ta in ic iada por los es tud ios

n o r t e a m e r i c a n o s , p i o n e r o s d e l a E d u c a c i ó n I n t e r c u l t u r a l .

Parece obvio que e l s i s tema educa t ivo , los «ámbi tos fo rmales» de

l a educac ión , j uegue un pape l e senc i a l en l a con f igu rac ión de nuevas

fo rmas de pe rcepc ión y de comun icac ión con o t r a s r ea l i dades en sus

a lumnos , pad re s y p ro fe so rado que l e s p r epa re pa r a a sumi r su s r e s

p o n s a b i l i d a d e s c o m o c i u d a d a n o s e n u n m u n d o q u e e v o l u c i o n a a

marchas fo r zadas hac i a l a cons t i t uc ión de soc i edades p lu r i cu l t u r a l e s .

En esa perspec t iva es mucho lo que deberá ex ig í r se le a l a escue la y

mucho más aún l o que é s t a debe rá ap rende r , s i qu i e r e a f ron t a r un fu

t u r o , cada vez más p r e sen t e , de sde una pe r spec t i va de de sa r ro l l o de

una v ida soc iopo l í t i c a democrá t i c a que no r e inc ida l a s pe rve r s iones

d e l e n f r e n t a m i e n t o e t n o c u l t u r a l , e n c u a l q u i e r a d e s u s m o d a l i d a d e s .


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P e r o ,

co n s e r f undame n ta l , e l pape l que ha de de se mpe ña r e l s i s

t e m a e d u c a t i v o n o p u e d e c o n s i d e r a r s e c o m o e l ú n i c o a t e n e r e n c u e n

t a , y e l l o po r do s r azo ne s fundame n ta l e s , que ya so n l uga r co mún e n

las adquis ic iones t eór icas educa t ivas :

a ) E l p roceso educa t ivo de las pe r son as n o se rem i te ún ica m en te a

los años de esco la r izac ión , s ino que se t r a ta de un proceso pe rmanente .

b ) Lo s p r o ce so s e duca t i vo s a l canzan y se p r o d uc e n , c ada ve z e n

mayo r me d ida , e n l o s ámb i to s no e sco l a r i zado s , «no fo r ma le s» , de l a

e d u c a c i ó n , s i e n d o i n c l u s o d e t e r m i n a n t e s e n l a p u e s t a e n p i e d e m u

cho s me can i smo s e duca t i vo s so c i a l e s .

Además , cada vez es más d i f íc i l e s tab lece r una d i s t inc ión ta jan te

en t re marcos fo rmales y no fo rmales en e l e spac io educa t ivo , dada la

in t e r co ne x ión e x i s t e n t e e n t r e e l l o s . De he cho cada ve z más l o s e l e

me n to s ca r ac t e r í s t i co s de e s to s mar co s so n u t i l i z ado s r e c íp r o came n te .

S i n e m b a r g o , s e g u i r e m o s u t i l i z a n d o la d i s t i n c i ó n c o m o e l e m e n t o

o pe r a t i vo pa r a nue s t r a e xpo s i c ión .

Por o t ra par te nues t ra r e f lex ión sobre la in te rcu l tu ra l idad en los

ámbi to s e duca t i vo s no fo r ma le s v i e ne co nd ic io nada po r l a r e a l i dad

mayor i ta r ia , en re lac ión con las nuevas s i tuac iones que le toca v iv i r a

nues t ro pa í s , en espec ia l e l hecho de que , en su mayor par te , los in

mig r an t e s so n pe r so nas adu l t a s que de sa r r o l l an su v ida e n un mar co

ajeno al escolar .

2 EL F E N Ó M E N O P L U R I C U L T U R A L :

I D E N T I D A D Y D I F E R E N C I A

E n E s p a ñ a e l f e n ó m e n o p l u r i c u l t u r a l e s r e c i e n t e e n c o m p a r a c i ó n

c o n m u c h o s o t r o s p a í s e s e u r o p e o s q u e h a n a f r o n t a d o s i t u a c i o n e s p l u -

r icu l tu ra les desde hace bas tan tes años . La progres ión de los f lu jos mi

g r a to r io s ha mo d i f i cado l a co mpo s i c ión de l mapa so c i a l e spaño l y no s

ha s i t uado an t e un he ch o so c ia l an t e s só lo co no c id o — y no po r e ll o

r e sue l t o — po r nue s t r a s r e l ac io ne s , e n e l ámb i to i n t e r i o r , co n l a e tn i a

g i t ana y , e n e l e x t e r i o r , po r s e r no so t r o s l o s que e mig r ábamo s .

E n o t r a s o c a s i o n e s h e t e n i d o l a o p o r t u n i d a d d e m a n i f e s t a r

( G A R

CÍA, 1994 ) que an t e e s t a nue va r e a l i dad cabe n do s o pc io ne s funda -


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menta les , consc ien te de que segui r una u o t ra de e l las equ iva le o b ien

a r echaza r v i s ce r a lmen te l a p lu r a l i dad , o b i en a i n t en t a r comprende r l a

y l ucha r po r acep t a r l a como un nuevo da to de nues t r a v ida soc i a l , po

l í t ica y cul tural .

La primera puede ident i f icarse como un repl iegue defensivo ante las

personas que se nos presen tan como cu l tu ra l y é tn icamente d i fe ren tes y

que se manif ies ta en la host i l idad y/o e l rechazo de la convivencia con

ellas. Esta es la forma que adoptan las acti tudes xenófobas y racistas.

La segunda pre tende no abso lu t iza r l as d i fe renc ias y s í cons t ru i r

un modo de v ida en e l que no só lo t engamos t odos cab ida , s i no que

además pe rmi t a e l en r iquec imien to mu tuo de l a s f o rmas cu l t u r a l e s en

presenc ia , a l a vez que dé p ie a que muchas de las d i fe renc ias puedan

desapa rece r po r c ruzamien to , o po r supe rac ión l i b r emen te dec id ida .

En e s t a s egunda opc ión e s donde a r r a iga l a pos ib i l i dad de una acc ión

educa t iva que prepare para la l ib re y pac í f ica convivenc ia de hombres

y mujeres de d iversas cu l tu ras y e tn ias . Ent re o t ras cosas porque la o r

gan izac ión de la v ida soc ia l es t ambién una ta rea co lec t iva que no

puede de l ega r se en n inguna i n s t anc i a s a lvado ra que nos exone re de

toda r e sponsab i l i dad .

As í , e s c i e r t o que nos encon t r amos con l a con t r ad i cc ión de que

«la iden t idad persona l o soc ia l no puede formarse s in e l reconoc i

mien to de la d i fe renc ia ; y , s in embargo , l a d i fe renc ia es cons iderada

o s c u r a m e n t e c o m o u n p e l i g r o e x t e r n o » . ( B A R C E L L O N A , 1 9 9 2 : 8 1 ) .

Pe ro no l o e s menos que l a f o rmac ión de e sa i den t idad e s una p ro

ducc ión soc i a l en l a que l a educac ión , en t odas su s d imens iones , j ue

ga un impor tan te pape l . De ah í l a re levanc ia de las p ropues tas de la

Educac ión In t e r cu l t u r a l , ya que é s t a s ponen de man i f i e s to que , en l a

fo rmac ión de l a i den t idad de l o s i nd iv iduos y g rupos , l a d i f e r enc i a no

só lo ex is te s ino que es una neces idad ps icosoc io lóg ica de pr imer or

den pa ra l og ra r nues t ro p rop io au to r r econoc imien to ; e s l a o t r a c a r a

de l a moneda de nues t r a i den t idad y s i n e l l a no hab r í a moneda .

Reconocer l a ex i s tenc ia de la d i fe renc ia es , por t an to , un pre r re -

qu i s i t o de l a con f igu rac ión po t enc i a l de l a p rop i a i den t idad . Ahora

b ien , s i has ta ahora la d i fe renc ia ha s ido perc ib ida «oscuramente

como un pe l i g ro ex t e rno» , e s po rque c i e r t o s mecan i smos de l p roceso

soc ia l izador han inc id ido en esa d i recc ión percep t iva . Luego la fo rma

de i luminar l as zonas oscuras no puede pasar por l a e l iminac ión de las


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d i fe renc ia s , l o que con l l eva r í a l a au todes t rucc ión de l a i den t idad pe r

sonal y soc ia l ; an tes b ien , habr ía de pasar por la expos ic ión a p lena

luz de los e l emen tos soc iocu l tu ra l e s y los in t e re ses que nos impul san a

«aniqui la r» esa d i ferencia . Es te proceso conduci r ía a avanzar en la

cons t rucc ión de una r ea l idad d i a l éc t i ca supe r io r : l a soc iedad in t e rcu l

tura l .

Desde e s t a d i s t anc ia c r í t i ca r e spec to de l a p rop ia iden t idad pe r so

na l y cu l tu ra l e s pos ib l e adqu i r i r capac idades de ape r tu ra a l mundo

que sos l ayen los mecan i smos marg inadores y donde l a r e l ac ión con

los demás se s i túe en te r renos d is t in tos a los de la amenaza y e l miedo

( G A R C Í A , 1 9 9 2 ) .

L a i m p o r t a n c i a q u e p a r a n u e s t r o f u t u r o t i e n e l a d i

l u c i d a c i ó n d e e s t a p r o b l e m á t i c a h a s i d o c r u d a m e n t e e x p u e s t a p o r P i e -

t ro BA RCE L L O N A (19 9 2 : 8 2 ) e n u n i n e s t i m a b l e e n s a y o , e n el q u e c o n

s idera que

«Los procesos de homologación/homogeneización y el uni

versalismo abstrac to del din ero y de los derech os que disuelven

cualqu ier idea de lo com ún en el individ ualism o de la indiferen

cia recíproca replantean dramáticamente el problema de la identi

dad personal y social.

Por esta razón la cuestión racial está destinada a convertirse

en una cuestión central de este fin de siglo. Pero no estoy conven

cido de que pueda ser reducida a un fenómeno puramente dege

nerativo y externo.»

En e fec to , d i f í c i lmen te un f enómeno como és t e puede se r cons i

de rado a lgo ex te rno s ino que t i ende a conver t i r se en una cues t ión no

da l que r ep resen ta una «ve rdade ra pues t a a p rueba de nues t r a c iv i l i za

c ión». Puede ser que las c i f ras var íen , pero todos los pronós t icos

apun tan a que , en l a s p róx imas décadas , c i en tos de mi l e s de pe r sonas

pe r t enec ien te s a o t r a s cu l tu ras y e tn i a s y con co lo r de p i e l d i s t in to de l

n u e s t r o v e n d r á n a i n s t a l a r s e e n t r e n o s o t r o s , b u s c a n d o u n a o p c i ó n v i

t a l que no encuen t r an en sus luga res de o r igen . Con e l lo e l f enómeno

de la a ldea g lobal no será so lamente un espectáculo te levis ivo , s ino

una r ea l idad co t id i ana con l a que hemos de ap render a conv iv i r .

Y a ese proceso de aprendiza je de la convivencia es a l que in ten

t an con t r ibu i r l o s d ive r sos p rocesos de Educac ión In t e rcu l tu ra l , a t r a

vés de l a pues t a en cues t ión de los p resupues tos de

reductio ad unum


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carac te r í s t i cos de l Es tado nac iona l , cuya consecuenc ia más perversa

en e l t e r reno mul t icu l tu ra l ha s ido la de «reconocer só lo a l idén t ico» ,

t r ans fo rmando a l o t ro , a l d i f e r en t e , en un ob j e to de s t i nado a s e r do

m i n a d o .

De e s t e modo , l a Educac ión In t e r cu l t u r a l no s e r educe a una

m e r a a c c i ó n e d u c a t i v a p u n t u a l p u e s t a a p u n t o p o r e d u c a d o r e s p a r t i

dar ios de in t roduc i r un p lus de rac iona l idad en los p rocesos soc ia les

m u l t i c u l t u r a l e s . E s s o b r e t o d o u n c o m p o n e n t e f u n d a m e n t a l d e u n

nuevo modo de en t ende r l a s r e l ac iones en una soc i edad d i s t i n t a im

p regnada de una nueva pe r spec t i va de l a un ive r sa l i dad y de l modo de

ges t i ona r l a r e so luc ión de l o s p rob l emas de r ivados de su d imens ión

mul t i r rac ia l . Ent re los e lementos bás icos de es ta perspec t iva se en

cuen t r an como p remisa s i n sos l ayab l e s , a ) l a neces idad de pensar al

otro

l o que imp l i ca l a r up tu ra de l a l óg i ca de l a i den t idad que p r e t en

de la

neutralización

de las diferencias de to d o t ip o: é tni cas , sexuales ,

de es t i lo de v ida , e tc . ; b ) l a negac ión de l e tnocent r i smo, y c ) l a asun

c ión de l a a l t e r i dad como un e l emen to sus t anc i a l a nues t r a p rop i a

vida que nos l leva a sent i rnos diferentes en los diversos es tadios vi ta

les por los que a t ravesamos . Premisas que conf iguran e l espac io de la

soc iab i l idad y la rec iproc idad , es dec i r , e l espac io de la so l idar idad no

i m p u e s t a n o r m a t i v a m e n t e , q u e e s e l q u e p e r m i t e l a m a n i f e s t a c i ó n d e

opc iones d i fe ren tes .

En esta perspect iva , la asignación a la diferencia y el respeto de la

d i f e r enc i a no son concep tos s im i l a r e s . Mien t r a s e l s egundo supone l a

premisa de que no se fuerza a nad ie a renunc ia r a sus es t i los y p re fe

renc ias v i ta les y cu l tu ra les , l a p r imera s ign i f ica b loquear l a pos ib i l idad

de au tocon f igu rac ión pe r sona l y soc i a l y l a l i be r t ad de opc ión cu l t u

ral , inc lu ida la l ibe r tad de modi f ica r l as pau tas cu l tu ra les o r ig ina les .

Lo que no e s s i no una fo rma de nega r l a c apac idad de evo luc ión i nd i

v idua l . S in emba rgo , l a h i s t o r i a ha negado su f i c i en t emen te e s t a p r e

misa a l demos t ra r que las cu l tu ras son evolu t ivas y se in te rpene t ran .

Sólo son es tá t icas l as cu l tu ras muer tas .

L a E d u c a c i ó n I n t e r c u l t u r a l

D e s d e h a c e m u c h o t i e m p o h e m o s s i d o e d u c a d o s e n l a m o n o c u l

tu ra . En e l lo rad ica una de las p r inc ipa les d i f icu l tades para logra r l a


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convivenc ia in te rcu l tu ra l , ya que és ta requie re de un aprendiza je que

es inv iab le s i e l t ipo de re lac ión en t re personas au tóc tonas e inmi

gran tes se reduce a l a ignoranc ia rec íproca o a l a pe t ic ión de pr inc ip io

de que los d i fe ren tes que v ienen de fuera se as imi len a l as pau tas de

v ida y cu l tu ra les de los que acogen .

I n t r o d u c i r m e c a n i s m o s e d u c a t i v o s r a c i o n a l e s q u e p e r m i t a n a s u

m i r l o q u e c o n s t i t u i r á u n d a t o p e r m a n e n t e d e n u e s t r a s o c i e d a d s i g

n i f i c a , pues , op t a r po r una nueva v í a de en t end imien to en t r e gen t e s

y pueb los d ive r sos que supe re l o s mecan i smos i r r ac iona l e s que sos

t i enen la mi to log ía de las re lac iones in te ré tn icas a l se rv ic io de un s i s

t e m a d e d o m i n a c i ó n . A s í p a r e c e e n t e n d e r l o G . K .

V E R M A

( 1 9 8 4 :

1 43 ) a l de f in i r l a Educac ión In t e r cu l t u r a l como un « s i s t ema que t r a

ta de a tender a l as neces idades cu l tu ra les (p r ivadas y públ icas ) , a fec

t ivas y cogni t ivas de los g rupos y de los ind iv iduos de todos los g ru

p o s é t n i c o s d e n t r o d e u n a s o c i e d a d . E s t a e d u c a c i ó n b u s c a p r o m o v e r

l a pa r idad de l og ros educac iona l e s en t r e g rupos y en t r e i nd iv iduos , e l

r e spe to y l a t o l e r anc i a mu tuas en t r e d i f e r en t e s g rupos é tn i cos y cu l

turales .»

A u n q u e

V E R M A

u t i l i z a e l t é rmino «mul t i cu l t u r a l» , he op t ado po r

el de interculturalidad po rqu e c r eo qu e s e ada p t a me jo r a l a na tu r a l ez a

de l p roceso educa t ivo y s i túa a l as d i s t in tas cu l tu ras en un p lano s i

mé t r i co de i gua ldad y de i n t e r comun icac ión , que r emi t e a l a a cc ión

consc ien te de los impl icados y no a l a recepc ión pas iva de e lementos

soc iocu l tu r a l e s . I n t eg ra a s í una d imens ión de « in t e r acc ión , i n t e r cam

bio , aper tura y so l idar idad e fec t iva : reconoc imien to de los va lores , de

los modos de v ida , de las represen tac iones s imból icas , b ien den t ro de

los reg is t ros de una misma cu l tu ra o b ien en t re cu l tu ras d i s t in tas .»

( P u i G I

M O R E N O ,

1 991 , 1 6 ) . No imp l i ca , po r t an to , que s e dé un do

min io comple to de l o s r eg i s t ro s de cada cu l t u r a , s i no e l domin io de l a

d i n á m i c a d e l a c o m u n i c a c i ó n i n t e r c u l t u r a l .

Po r su pa r t e , e l t é rmino

multiculturalismo (PAREKH,

1 9 8 6 ) t e n

dr ía una s ign i f icac ión po l i sémica , y por e l lo más imprec isa , que po

dr ía des ignar : a ) l a coexis tenc ia de d iversas cu l tu ras , de manera des

c r ip t i va ; b ) e l hecho de domina r más de dos cu l t u r a s med ian t e l a ad

qu i s i c ión de de t e rminadas hab i l i dades ; c ) l a i nco rpo rac ión a una

ma t r i z cu l t u r a l de t e rminada de l a s apo r t ac iones ex t e rnas p roceden te s

de o t ras cu l tu ras .


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L a E d u c a c i ó n I n t e r c u l t u r a l

no se

a p o y a s o l a m e n t e ,

por

t a n t o ,

en

b u e n o s s e n t i m i e n t o s s i n o

en

anál is is cr í t icos

del

c o n t e x t o c u l t u r a l ,

so

cial

y

po l í t i co

que

p r o p o r c i o n e n

el

i n s t r u m e n t a l

que

p e r m i t a

a los su

j e to s y g r u p o s a c t u a r a u t ó n o m a m e n t e en una s o c i e d a d que no c ierra

p u e r t a s

ni

v e n t a n a s , p a r t i e n d o

de sus

con tex tos v i t a le s con c re to s .

L a i n t r o d u c c i ó n de esa c u o t a de r a c iona l idad capaz de satisfacer

las diversas necesidades sociales y cu l tura les ape la , por t a n t o , a la exis

t e n c i a

de un

dob le f r en te educa t ivo ,

el de la

p o b l a c i ó n a u t ó c t o n a

y el

d e las p o b l a c i o n e s i n m i g r a n t e s , en el que hay que a b o r d a r un n a d a

desprec i ab le e spec t ro

de

t e m a s

y

casos

que

o sc il an d esde

la

a l fabet iza

c ión bás i ca has t a

el

d e sa r ro l lo

de

nuevas ac t i t udes

y

va lores so l idar ios

y de r e s p e t o m u t u o y su p l a s m a c i ó n j u r í d i c a . La n e c e s i d a d de esta

educac ión r ad ica , s egún

J.

O R T E G A 1 9 9 1 : 8 ) ,

no

só lo

en que

«así

se

c o n s t r u y e la c o n v i v e n c i a y la jus t ic ia en una s o c i e d a d p r o g r e s i v a m e n

te

más

p l u r a l , s i n o t a m b i é n p o r q u e e l lo s u p o n e

una

r i queza cogn i t iva

y soc ia l pa ra todos , t ambién pa ra las p e r s o n a s de la m a y o r í a d o m i

nan te . »

N o p r e t e n d e m o s con e l l o s o b r e d i m e n s i o n a r la c a p a c i d a d ni las

pos ib i l i dades educa t ivas .

No

o b s t a n t e ,

su

a c t u a c i ó n s e r á i m p r e s c i n d i

ble, en t a n t o que p r o c e s o , en la o r i e n t a c i ó n s o c i o c u l t u r a l y po l í t i ca de

l a soc i edad in t e r cu l tu r a l , e spec ia lmen te

en su

d i m e n s i ó n c o m u n i t a r i a .

D e h e c h o la E d u c a c i ó n I n t e r c u l t u r a l ya s u p o n e en sí m i s m a « u n a

buena ca j a de r e s o n a n c i a de t o d o un c o n j u n t o de d eba te s s i t uados en

e l co razón

de la

m o d e r n id a d » ( V E R N E , 1 9 8 7 ) ,

con lo que la

co lec t iv i

d a d o c o m u n i d ad se c o n v i e r t e en una « u n i d a d de a cc ión» educa t iva

a t r avesada

por la

i n t e r r e la c i ó n

y la

i n t e r c o m u n i c a c i ó n . D e s d e n u e s t r o

p u n t o

de

v i s ta , e l lo supone

que los

p rocesos

de

E d u c a c i ó n I n t e r c u l t u

r a l a b o r d e n de fo rma rea l i s ta la c o m p l e j id a d de m o d o tal que és ta no

i m p i d a

la

i g u a l d a d .

Una

i g u a l d a d

que

t e n d r á

que

s o s t ene r se

en el

res

pe to gene ra l a un m í n i m o de n o r m a s , e s t o es en lo que se ha d a d o en

l l a m a r

«un

p a c t o

de

c i u d a d a n í a »

que

i m p i d a

la

d e s i g u a l d a d

de

d e r e

chos pa ra nad ie .

C o n

esa

p r o y e c c i ó n h a b r í a

que

e n t e n d e r

la

p r o p u e s t a

de

Son ia

A B A D I R R A M C I ( 1 9 8 4 :

2 8 ) sobre la conveniencia de «emprender cam

p a ñ a s d e s t i n a d a s

a

h a c e r

que nos

r e c o n o z c a m o s c o m o s o c ie d a d e s

plu-

r i cu l tu r a l e s

y

p l u r i é t n i c a s

y que

a s u m a m o s

tal

f e n ó m e n o

con

t o d a s

las

c o n s e c u e n c i a s

que de él se

d e s p r e n d e n

en

r e l ac ión

con la

e scue la ,

el


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1 5 4

t raba jo , l a v ida co lec t iva , e l de recho , los medios de comunicac ión , los

e spa rc imien tos , e t c .» . Lo que de en t r ada imp l i ca l a cons ide rac ión de

lo s i nmig ran t e s como pe r sonas con sus capac idades , de seos , neces ida

des y derechos y no só lo como meros «fac tores económicos» .

4 . E L S O P O R T E S O C I O C U L T U R A L

A L AS M I N O R Í A S É T N I C A S

El conoc imien to de l en to rno y de l a cu l t u r a au tóc tona e s un

p re r r equ i s i t o pa r a l a i n t eg rac ión de l o s i nmig ran t e s en l a soc i edad r e

cep tora . Pero eso no resu l ta t an senc i l lo cuando , p res ionados por l as

u rgenc i a s económicas y po r e l de sconoc imien to de l i d ioma , s e ven

envue l to s en un c í r cu lo v i c io so . No obs t an t e s i gue s i endo un p r imer

paso i nev i t ab l e pa r a s i t ua r se en un mundo aún desconoc ido . En e s t e

sen t ido la u t i l i zac ión de los recursos de aprendiza je que of rece la c iu

d a d c o m o e d u c a d o r a LEICESTER, 1 9 9 0 ; GARCÍA, 1993) es funda

men ta l y a s í l o han comprend ido muchas de l a s o rgan i zac iones que

t r aba j an en e l ámb i to de l a Educac ión In t e r cu l t u r a l en l o s ámb i to s no

formales , a l incorporar e lementos ta les como las « ru tas cu l tu ra les» en

s u s p r o g r a m a s e d u c a t i v o s . D e e s t e m o d o e l c o n o c i m i e n t o d e l e n t o r n o

f í s ico y cu l tu ra l abre las puer tas a una mejor comprens ión de las co

o rdenadas en que s e mueve l a soc i edad de acog ida .

De o t r a pa r t e , e l domin io de l i d ioma de l pa í s de acog ida en t an

t o q u e p r i n c i p a l v e h í c u l o d e c o m u n i c a c i ó n , c o n s t i t u y e u n e l e m e n t o

espec í f ico por l a t rascendenc ia que t i ene en las pos ib i l idades fu turas

de desar ro l lo persona l y p rofes iona l as í como en la in tegrac ión soc ia l

de l o s i nmig ran t e s . Po r e l l o ha s i do e l p r i nc ipa l pun to de ac tuac ión

de l a a cc ión educa t i va no fo rma l con i nmig ran t e s . A l hab l a r de i n t e

g r ac ión nos e s t amos r e f i r i endo a «un p roceso gu i ado po r e l ob j e t i vo

d e l a e q u i p a r a c i ó n e n e l r e c o n o c i m i e n t o j u r í d i c o , e n l a c i u d a d a n í a ,

l o que no supone l a c lonac ión , s i no e l r e conoc imien to de l a i gua ldad

en l a d i f e r enc i a . A l con t r a r io , e l mode lo de a s imi l ac ión cond ic iona e l

r e c o n o c i m i e n t o d e l o s d e r e c h o s a u n p r o c e s o d e m i m e t i z a c i ó n r e s

pec to de l a mayor í a , l o que conduce a l s ac r i f i c io i nd i s c r iminado de

esas diferencias .» LUCAS, 1 994 : 1 27 ) . Es t e p roceso r equ i e r e , pues , l a

capac idad de l o s su j e to s ( au tóc tonos e i nmig ran t e s ) pa r a r emode la r

su i den t idad cu l t u r a l de acue rdo con su p rop i a expe r i enc i a v i t a l , e s


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1 5 5

dec i r , una i n t eg rac ión «ac t i va» , como p ropone F rancesc CARBONELL

( 1 9 9 3 ) .

Pero jun to a es tos p re r requis i tos es p rec i so ver tebra r o t ro t ipo de

ac tuac iones de más l a rgo a l i en to , r e cu r r i endo inc lu so a l o que cono

cemos como «d i sc r iminac ión pos i t i va» pa ra compensa r l a s s i t uac iones

de t ipo carenc ia l , e spec ia lmente en mate r ias de v iv ienda , sa lud y edu

cac ión . La pues t a en p i e de mecan i smos fo rma t ivos ocupac iona l e s y

de e spac io s de acog ida y encuen t ro i n t e r cu l t u r a l pod r í an comple t a r

una pr imera aproximación a l a sa t i s facc ión de las neces idades de los

inmig ran t e s . La conqu i s t a de l a p l ena equ ipa rac ión de de rechos (de

deberes ya exis te) en todos los terrenos, laboral , socia l y pol í t ico, ser ía

e l ob j e t i vo ú l t imo , que imped i r í a l a conso l idac ión de una c iudadan ía

de segunda c lase y la p rofundizac ión de la dua l izac ión soc ia l .

5 . L O S I N S T R U M E N T O S D E L A E D U C A C I Ó N

I N T E R C U L T U R A L N O F O R M A L

L a E d u c a c i ó n I n t e r c u l t u r a l r e q u i e r e , p a r a s u d e s a r r o l l o , d e m e

d i o s m a t e r i a l e s y p e r s o n a l e s . H a s t a a h o r a , la m a y o r í a d e la s a c t u a

c i o n e s h a n p a r t i d o d e d e c i s i o n e s e m a n a d a s d e o r g a n i z a c i o n e s n o

i n s t i t u c i o n a l e s ( O N G , S i n d i c a t o s , A s o c i a c i o n e s s o c i o c u l t u r a l e s , et>

c e t e r a ) y ú n i c a m e n t e c o n a p o y o p u n t u a l d e c i e r t a s i n s t i t u c i o n e s .

E l lo e s un s ín toma de buena s a lud de l a « soc i edad c iv i l » . Pe ro , en

u n a p e r s p e c t i v a i n t e r c u l t u r a l c o m o l a q u e c o n f i g u r a l a E d u c a c i ó n

I n t e r c u l t u r a l , n o b a s t a . S e h a c e p r e c i s o u n a a c c i ó n c o n s c i e n t e y

c o n c e r t a d a e n l a q u e l o s a g e n t e s s o c i o e d u c a t i v o s ( e d u c a d o r e s y t r a

ba j ado re s soc i a l e s , e spec i a lmen te ) s ean p r epa rados pa ra ac tua r , en

un s ec to r dec i s ivo pa ra e l f u tu ro de nues t r a soc i edad , como agen t e s

i n t e r c u l t u r a l e s . D i c h o s e a d e p a s o , e s a m i s m a p r e p a r a c i ó n d e b e

aba rca r a l s i s t ema educa t i vo fo rma l , ya que una vez pa sada l a «p r i

m e r a o l a » d e i n m i g r a c i ó n l a e s c u e l a d e b e r á a s u m i r s u r e s p o n s a b i l i

d a d i n t e r c u l t u r a l , e n e s p e c i a l a n t e l a s s e g u n d a s g e n e r a c i o n e s d e i n

m i g r a n t e s . P o r o t r a p a r t e , e s a s i m i s m o n e c e s a r i o q u e l a s i n s t i t u c i o

nes l oca l e s y e s t a t a l e s con t r i buyan s in r e se rvas a po t enc i a r l a s i n i

c i a t i va s y p royec to s i n t e r cu l t u r a l e s , s ab i endo que no s e t r a t a de una

d á d i v a , s i n o u n a i n v e r s i ó n e n l a c o n s t r u c c i ó n d e u n a s o c i e d a d m á s

j u s t a y d e m o c r á t i c a .


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No ob s t a n t e , d eb emos s e r c on s c i en t e s d e q u e u n a p o l í t i c a d e

Ed u c a c i ó n I n t e rc u l t u ra l t en d rá p os i b i l i d a d es r ea l e s d e é x i t o en l a me

d i d a q u e p os i b i l i t e u n a p ro f u n d a r ec on s i d e ra c i ó n d e l a s e s t ru c t u ra s

socia les es tablec idas , en part icular de las escolares , ya que és tas t ien

d en a r ep rod u c i r l a s d es i g u a l d a d es ex i s t en t e s d e u n a ma n e ra « n a t u

ra l» . S i l a Educac ión In te rcu l tu ra l ha de favorecer l a pa r t i c ipac ión de

todos los a fec tados en l a in te racc ión soc ia l , eso debe t raduc i rse con

c re t a men t e en e s t r a t eg i a s ed u c a t i v a s q u e p e rmi t a n a l a s mi n o r í a s a c

c ed e r a u n a i g u a l d a d r ea l en l a s op o r t u n i d a d es t a n t o s oc i a l e s c omo

educa t ivas : acceso p leno a l a red de se rv ic ios soc ia les comuni ta r ios ,

i g u a l d a d d e op o r t u n i d a d es l a b o ra l e s , d e rec h os s i n d i c a l e s , v i v i en d a ,

seguridad socia l , escolarizac ión de los h i jos , e tc .

El camino ha s ido ab ie r to por l a in ic ia t iva y perseveranc ia de

mú l t i p l e s c o l ec t i v os q u e , d e s d e p os i c i on es d i v e r s a s , h a n a c t u a d o

c o m o p i o n e r o s e n e l c a m p o d e l a E d u c a c i ó n I n t e r c u l t u r a l y e n a p o y o

de los d i s t in tos co lec t ivos inmigran tes . Desde l a acog ida in ic ia l has ta

l a o r i en t a c i ó n l a b o ra l , p a s a n d o p o r l a a l f a b e t i z a c i ó n y e l a p oy o j u r í d i

co y s ind ica l , es t a ac t iv idad ha es tado d i r ig ida a l a conf igurac ión de

u n c l i ma i n t e rc u l t u ra l p os i t i v o y n o d i s c r i mi n a n t e . As í , d e s d e Va l l a -

d o l i d h a s t a M u r c i a y d e s d e G i r o n a h a s ta C ó r d o b a , t o d a n u e s t r a g e o

g ra f í a ha v i s to e l su rg imien to de exper ienc ias in te rcu l tu ra les , con una

o r i en t a c i ó n p ró x i ma a l a d e l a Ed u c a c i ó n I n t e rc u l t u ra l .

Ad en t ra r s e y p ro f u n d i z a r en e s a d i r ec c i ó n p rec i s a d e l a i n c o rp o ra

c i ó n d e i mp or t a n t e s s ec t o re s d e c i u d a d a n os y c i u d a d a n a s e s p a ñ o l e s a

una p rác t i ca re f l ex iva y co labora t iva sobre su p rop ia rea l idad cu l tu ra l

y sobre l a s nuevas rea l idades in te rcu l tu ra les en e l seno mismo de sus

c omu n i d a d es y en s u s r ed es a s oc i a t i v a s . Un p roc es o q u e d eb e rá i n c o r

p o ra r a l a s mi n o r í a s med i a n t e l a o rg a n i z a c i ó n d e ma rc os d e en c u en

t ro i n t e ra c t i v os q u e p e rmi t a n l a c on s t ru c c i ó n c omú n d e l a r ea l i d a d .

C O N C L U S I Ó N

La ed u c a c i ó n q u e d es d e l a i n f a n c i a r ec i b i mos v i en e ma rc a d a p o r

la s pau tas es tab lec idas por p re ju ic ios y concep tos de t ipo rac ia l

( T E M

PRANO,

1 9 9 0 ) p r o f u n d a m e n t e e s t e r e o t i p a d o s q u e , p o r s u p r o p i a e s

t ru c t u ra p s i c os oc i a l , s on d e d i f í c i l mod i f i c a c i ó n . Qu e l o s mi s mos r e s

p o n d a n a i n t e r e s e s s o c i o p o l í t i c o s p a r e c e h a b e r s i d o a m p l i a m e n t e d e -


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m o s t r a d o p o r g r a n d e s e s t u d i o s o s d e l f e n ó m e n o c o m o T .

A D O R N O

y

H . TAJFEL, lo que pone de re l ieve lo conf l ic t ivo de su so luc ión. Pero ,

porque los va lores in tercul tura les de convivencia pac í f ica , respeto

y superac ión de d i ferencias ent re cul turas y e tn ias se s i túan en o t ra

b a n d a d e i n t e r e s e s , v i n c u l a d o s a u n n u e v o m o d e l o d e s o c i e d a d d e m o

c rá t i ca , e s po r lo que l a Educac ión In t e rcu l tu ra l adqu ie re su p l ena v i

gencia .

E s c i e r t o q u e a ú n n o d i s p o n e m o s d e s u f i c i e n t e s m e c a n i s m o s e d u

ca t ivos adecuados pa ra l a cons t rucc ión de e s tos va lo res . Pe ro t ambién

es c ier to que contamos con las capacidades y con la re ferencia h is tór i -

co - soc ia l que lo hacen pos ib l e . Porque l a c reac ión de marcos in t e rcu l

tura les es tables y rac ionales no sólo puede proceder , con ser impor

t a n t e s ,

de las pol í t icas of ic ia les , s ino de la acc ión consc iente de quie

nes pugnan por ese nuevo marco rac ional universa l i s ta , s in e l cua l la

democrac ia no e s s ino una fó rmula r e tó r i ca vac ia . En e l con tex to

m u n d i a l a c t u a l , u n a d e m o c r a c i a q u e n o s e a i n t e r c u l t u r a l e s u n a d e

mocrac ia r e s t r i c t iva , cens i t a r i a , pe ro sobre todo e s una democrac ia s in

f u t u r o . T a n t o m á s c u a n t o , c o m o i n d i c a R o l a n d

CA ST RO

( 1 9 9 0 ) , l a

c i u d a d - m u n d o , l a c i u d a d e n q u e s e h a c o n v e r t i d o e l m u n d o , e s n u e s

t ro des t ino .

Por e s t a r azón , dada l a p lu ra l idad y comple j idad de l a s t emá t i cas

y c a m p o s d e c o n o c i m i e n t o i m p l i c a d o s , d e s d e l a s o c i o l i n g ü í s t i c a h a s t a

l a s opc iones pedagóg icas , pasando por l a an t ropo log ía , l a po l í t i ca , e l

de recho , e l u rban i smo y l a acc ión soc ia l , su d imens ión no puede se r

o t r a que in t e rd i sc ip l ina r . Es t a ca rac t e r í s t i ca ha s ido pues t a de man i

f i e s to por los expe r tos de l a Comis ión de l Conse jo de Europa a l con

s i d e r a r l a i n t e r c u l t u r a l i d a d c o m o « u n i n s t r u m e n t o p a r a l u c h a r c o n t r a

la in to lerancia y la xenofobia . Por eso es por lo que se ha optado por

un p roced imien to g loba l , y no só lo por los a spec tos educa t ivos s ino

también por e l con jun to de l desa r ro l lo cu l tu ra l de los migran tes . »

Un ins t rumento , en de f in i t i va que en los ámbi tos no fo rma les

puede pe r fec t amen te segu i r l o s cana le s de l a acc ión soc ioeduca t iva

ex i s t en te s — asoc iac iones cu l tu ra l e s , de vec inos , s ind ica tos , p rogramas

d e e d u c a c i ó n d e a d u l t o s , f o r m a c i ó n o c u p a c i o n a l , a n i m a c i ó n s o c i o -

cu l tu ra l , e t c . — o c rea r o t ros nuevos — asoc iac iones e spec í f i cas de

e m i g r a n t e s , o r g a n i z a c i o n e s d e s o l i d a r i d a d h i s p a n o - e m i g r a n t e s , e t c . —

para l a d i fus ión , ap l i cac ión y conso l idac ión de sus p r inc ip ios bás i cos .


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L a c o o p e r a c i ó n y l a p a r t i c i p a c i ó n d e t o d o s l o s i m p l i c a d o s m e d i a n t e

procesos de re f lexión co lec t iva y acc ión conjunta hará pos ib le que los

o b j e t i v o s d e m o c r á t i c o s d e l a E d u c a c i ó n I n t e r c u l t u r a l s e c o r r e s p o n d a n

c o n u n m o d e l o s o c i o e d u c a t i v o i g u a l m e n t e d e m o c r á t i c o .

La t a r ea de l a Educac ión In t e r cu l tu r a l s e iden t i f i ca , pues , con e l

i n t e n t o d e p r o v o c a r u n a c o n t i n u a a p e r t u r a h a c i a e l e x t e r i o r , d e m o d o

ta l que lo s p rocesos comunica t ivos supe ren l a s d imens iones ve r t i ca l e s

y h o r i z o n t a l e s p r o m o v i e n d o r a m i f i c a c i o n e s h a c i a u n a t e r c e r a d i m e n

s ión (DALLAREI, 1985 ) , l a que conf igura un mosa ico cu l tu r a l y una

c o m u n i c a c i ó n a b i e r t o s a t o d o s l o s i n t e r l o c u t o r e s .

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10 - La Educación Intercultural en Los Ámbitos No Formales

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