Post on 15-Jan-2017
Almeida Garrett (1799-1854)
Painel de Columbano Bordalo Pinheiro, na Sala dos Passos Perdidos
(Assembleia da República Portuguesa), retratando Passos Manuel, Almeida
Garrett, Alexandre Herculano e José Estevão de Magalhães (1926).
Pedro Guglielmi, Litografia de Almeida Garrett (1844).
1799 — Nasce João Baptista da Silva Leitão
[de Almeida Garrett], perto da Cadeia
da Relação, no Porto.
1809 — A sua família parte para os Açores
(Angra do Heroísmo), no seguimento
da segunda invasão de tropas francesas.
1816 — Matricula-se em Leis na
Universidade de Coimbra.
1820 — Participa na revolução que iniciará
o período vintista e se traduzirá numa nova
Constituição. Um ano depois, termina
o curso.
1822 — Casa com Luísa Midosi.
«No fim de 1808, Napoleão
decidiu ocupar-se pessoalmente
da Península Ibérica.»
«A revolução de 1820 aconteceu
numa Europa onde a memória
da Revolução Francesa de 1789
e o revivalismo religioso tinham
criado um ambiente pouco
propício a revoluções.»
Rui Ramos (coord.), História de Portugal, 7.ª ed., Lisboa, A Esfera dos Livros, 2012,
pp. 445 e 458.
1823 — Parte para Inglaterra, depois
da reação conservadora à revolução
constitucional.
1824 — Passa a viver em França, onde
publica os poemas Camões e D. Branca
ou a Conquista do Algarve — primeiros
textos do Romantismo português.
1826 — Regressa do exílio, voltando
ao Ministério do Reino.
1828 — Parte novamente para Inglaterra.
Almeida Garrett(1799-1854).
1831-1834 — D. Pedro regressa do Brasil e junta-se aos liberais; desterro
definitivo de D. Miguel. Garrett regressa integrado na expedição de D. Pedro.
Em 1834, a Carta Constitucional é restaurada.
François-René Moreau, A Proclamação da Independência
[do Brasil] (1844).
1831-1834 — D. Pedro regressa do Brasil e junta-se aos liberais; desterro
definitivo de D. Miguel. Garrett regressa integrado na expedição de D. Pedro.
Em 1834, a Carta Constitucional é restaurada.
François-René Moreau, A proclamação da Independência
[do Brasil] (1844).
Joaquim Vitorino Ribeiro, Almeida
Garret de Sentinela à Porta do Convento
dos Grilos, durante o Cerco do Porto
(Museu Militar, Lisboa). (Garrett
enquanto voluntário do Batalhão
Académico durante o Cerco do Porto —
Guerra Civil Portuguesa.)
1836 — Separa-se de Luísa Midosi. Aliado às
reformas de Passos Manuel, cria a Inspeção-
-Geral dos Teatros e o Conservatório de Arte
Dramática. Apaixona-se por Adelaide Pastor.
1837-1838 — É deputado nas Cortes
Constituintes. Ajuda a redigir a Constituição
de 1838.
1840 — Torna-se crítico feroz do governo de
Costa Cabral. Morre Adelaide Pastor, e Garrett
fica com a filha recém-nascida. É nesta fase de
desilusão que compõe Frei Luís de Sousa (1844)
e Viagens na Minha Terra (1843-1846).
«Este é um século democrático:
tudo o que se fizer há de ser pelo
povo e com o povo... ou não se
faz. […] Os poetas fizeram-se
cidadãos, tomaram parte na
coisa pública como sua. […]»
Almeida Garrett, Memória ao Conservatório Real de Lisboa, 1843.
«É preciso não esquecer a sua [i.e.,
de Garrett] ação como pedagogo,
político, jornalista e tribuno,
legislador, jurista e fundador de
instituições culturais.»
A. J., Saraiva e O. Lopes, História da Literatura Portuguesa.
1851 — Início do período da Regeneração.
1852 — Desempenha o cargo de ministro
dos Negócios Estrangeiros e recebe o título
de Visconde.
1853 — Publica Folhas Caídas, volume de poesia
que exprime, num grau máximo, o sentimento
romântico.
1854 — Morre em Lisboa, a 9 de dezembro.
Inauguração da primeira linha de caminho de ferro em 1856
(aguarela de Alfredo Roque Gameiro, século XIX).
«Dizia um secretário de Estado
meu amigo que, para se repartir
com igualdade o melhoramento
das ruas por toda a Lisboa,
deviam ser obrigados
os ministros a mudar de rua
e bairro todos os três meses.»
Almeida Garrett, Viagens na Minha Terra.