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PROPOSTA DE REDIMENSIONAMENTO DEINSTRUMENTO SOBRE CONSUMO SUSTENTÁVEL APARTIR DA ÓTICA DE UNIVERSITÁRIOS BRASILEIROS
SILVANA SILVA VIEIRA TAMBOSIUniversidade Regional de Blumenau - FURBprofa.silvana.vieira@gmail.com VANESSA EDY DAGNONI MONDINIFURB - Universidade Regional de Blumenauprofevanessamondini@gmail.com GUSTAVO DA ROSA BORGESFURB - Fundação Universidade Regional de Blumenaugustavodarosaborges@gmail.com NELSON HEINFURBhein@furb.br
PROPOSTA DE REDIMENSIONAMENTO DE INSTRUMENTO SOBRE CONSUMO
SUSTENTÁVEL A PARTIR DA ÓTICA DE UNIVERSITÁRIOS BRASILEIROS
RESUMO
O objetivo deste estudo é propor um redimensionamento de um instrumento de pesquisa sobre
consumo sustentável a partir da ótica de universitários brasileiros. Para isso, utilizou-se uma
pesquisa quantitativa e descritiva com 182 estudantes de uma instituição de ensino superior
do sul do Brasil. Os dados foram analisados pela análise fatorial exploratória, a qual indicou
um redirecionamento dos itens propostos por Cardoso e Cairrão (2007), quando estudaram
universitários portugueses. Após o tratamento estatístico, percebeu-se a existência de oito
dimensões ao invés das três originais. Elas foram assim batizadas: Consciência ambiental,
Embalagens sustentáveis, Produtos naturais, Crescimento controlado, Controle humano sobre
a natureza, Sustentabilidade, Impactos ambientais e Reciclagem. Dentre elas, a Consciência
ambiental, a preferência por embalagens sustentáveis e o consumo de Produtos naturais foram
as mais importantes na ótica dos acadêmicos brasileiros pesquisados. Outros resultados foram
encontrados e discutidos no trabalho.
Palavras-Chaves: Sustentabilidade; Consumo Sustentável; Produtos Ecológicos; Consciência
ambiental.
RESIZING PROPOSAL OF A RESEARCH INSTRUMENT ABOUT SUSTAINABLE
CONSUMPTION IN THE PERCEPTION OF BRAZILIAN UNIVERSITY STUDENTS
ABSTRACT
The goal of this article is to propose the resizing of a research instrument about Sustainable
Consumption from the perception of Brazilian university students. For this, a quantitative and
survey research was used, with 182 university students from the south of the country. The
data was analyzed by means of exploratory factor analysis, which indicated a resizing of the
items proposed by the authors and Cairrão Cardoso (2007). After statistical analysis, eight
dimensions were found, instead of the original three. They were then denominate:
environmental consciousness, environmental packaging, controlled growth, human control
over nature, and sustainable, environmental and recycling impacts. Among them,
environmental consciousness, the preference for environmental packaging and the consumption of natural products was the most important in the perception of Brazilian
university students. Other results were found and are discussed in this article.
Key-words: Sustainability. Sustainable Consumption. Ecological Products. Environmental
Consciousness
1 INTRODUÇÃO
Discussões sobre questões ecológicas, sustentabilidade e consciência ambiental são
cada vez mais freqüentes em todas as esferas. Se inicialmente os motivos de preocupação
ambientais se voltavam para as práticas organizacionais, atualmente, os hábitos de consumo
da sociedade e do indivíduo passaram a permear os discursos ambientalistas com igual
intensidade. Sob esta perspectiva, é fundamental entender se a percepção sobre questões
ecológicas e hábitos de consumo sustentáveis já permeiam o cotidiano e a prática dos
consumidores, uma vez que nem o rigor da legislação ambiental e nem campanhas em prol da
sustentabilidade parecem ter se mostrado completamente eficientes até o momento.
Apesar das constantes exigências de verificações e certificações ambientais, o
desenvolvimento de produtos sustentáveis, por parte das empresas, ainda é insipiente, se
comparado às pressões sofridas. Quanto aos consumidores, uma diversidade de estudos sobre
seus hábitos vêm demonstrando que as pessoas se dizem propensas a comprar de forma
sustentável, mas essas declarações nem sempre refletem suas práticas cotidianas (Horne,
2009, Young et al., 2010). Gorni, Gomes e Dreher (2012) estudaram o público jovem, mais
especificamente os universitários, e verificaram que, apesar de se mostrarem conscientes
sobre o consumo sustentável, a aquisição de produtos ecológicos só acontecerá se o preço for
acessível.
Dentre os consumidores, o público jovem é sempre associado ao consumismo e ao
materialismo (Cardoso & Cairrão, 2007). Porém, quando questões relacionadas ao consumo
sustentável são direcionadas para jovens universitários, presume-se que este público, por
freqüentar uma instituição de ensino superior e trocar informações constantemente com
professores e colegas, esteja bem informado sobre questões atuais, nas quais o tema
sustentabilidade se insere. Desta maneira, este artigo apresenta a seguinte questão de
pesquisa: pode haver um redimensionamento de questões que venham a mensurar o consumo
sustentável? Assim sendo, o objetivo deste estudo é testar o instrumento de consumo
sustentável proposto por Cardoso e Cairrão (2007) e verificar um possível
redimensionamento. A escolha do instrumento deve-se ao fato de ele medir o que se pretende
e ao fato de ele ser pouco utilizado no Brasil, onde se busca uma verificação da percepção das
questões ambientais em um contexto nacional.
Como objetivos secundários, serão analisados dois aspectos, o desempenho das
dimensões que mensuram o consumo sustentável e o desempenho dos itens da escala, na ótica
de estudantes brasileiros.
Este artigo foi estruturado em cinco partes. Na introdução são apresentados temas
relacionados a questões ambientais e consumo sustentável, o objetivo e a justificativa da
pesquisa. Em seguida, é apresentado o referencial teórico que servirá de base para a discussão
dos resultados. A terceira parte contém os aspectos metodológicos e a caracterização da
população de pesquisa. A quarta etapa apresenta os resultados e a quinta, contêm as
considerações finais e as limitações da pesquisa, assim como, as recomendações para futuros
estudos.
2 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA
Este tópico apresenta uma revisão da literatura a respeito de hábitos de consumo
sustentável, intenção de compra de produtos ecológicos e consciência ambiental.
2.1 Produtos ecológicos e hábitos de consumo sustentável
A preocupação com o impacto ambiental causado pelo consumo descontrolado
desencadeou movimentos denominados de "consumo verde" e, posteriormente, "consumo
sustentável". Estes movimentos, iniciados nos anos 70 e entendidos como atribuições do
Estado, se expandiram e, por volta dos anos 80, as cobranças de atitudes ambientalmente
responsáveis passaram a envolver a iniciativa privada. Após os anos 90, os hábitos de
consumo da sociedade também entraram em pauta. A partir destas três fases, assumiu-se que a
crise ambiental é responsabilidade de todos, Estado, organizações e indivíduos (Portilho,
2005).
Atualmente, a sociedade vem exibindo uma maior preocupação com a natureza.
Percebe-se que aos poucos se desenvolve um movimento ambientalista destinado a pressionar
governos, organizações e indivíduos a se voltarem a questões ecológicas (Portilho, 1999). Isso
exige das empresas inovação em produtos e processos e a oferta de soluções que satisfaçam os
consumidores sem agredir a natureza (Kruter, Barcellos & Silva, 2012) e, em contra partida,
que os consumidores repensem seus hábitos de compra. Correspondendo a estas pressões,
ainda que de forma insipiente, as empresas têm aumentado o número de lançamentos de
produtos “verdes”, idealizados para atender além dos consumidores, às necessidades de
preservação ambiental (Ottman, 1994).
A concepção de produtos ecologicamente corretos implica na escolha de matérias-
primas adequadas, renováveis, recicláveis e que preservem os recursos naturais durante a
extração. Além disso, é preciso desenvolver um processo produtivo que preveja o uso
eficiente da água, energia e solo, e que apresente alternativas de descarte correto ou
reutilização (Calomarde, 2000). A elaboração de produtos verdes exige condições que
favoreçam a redução ou a reutilização de embalagens, o aumento da vida útil dos produtos e a
possibilidade de sua transformação em adubo (Lambin, 2002).
Já com relação ao consumo, a sociedade o entende como um indicador de qualidade de
vida e isto é um problema. A ampliação dos níveis de consumo, especialmente nos países
industrializados, é um dos principais influenciadores da degradação ambiental. O grande
dilema da sociedade contemporânea é equacionar qualidade de vida e manutenção de índices
de consumo em quantidades que não impliquem no esgotamento dos recursos naturais (Mont
& Plepys, 2008).
Alguns consumidores parecem já ter despertado para esta realidade e, além de critérios
como qualidade e preço, passaram a considerar variáveis ambientais ao executarem suas
compras. Estes consumidores, ao preferirem produtos favoráveis ao meio ambiente, acabam
pressionando as organizações a produzirem com responsabilidade e sem degradar a natureza
(Portilho, 2005).
Analisar o comportamento do consumidor exige o estudo dos processos inerentes aos
momentos de seleção, aquisição e uso de produtos pelos clientes (Solomon, 2002). Este
comportamento, no entanto, é moldado por variáveis como diferenças individuais, influências
ambientais e processos psicológicos difíceis de serem identificados (Engel, Blackwell &
Miniard, 2000). Enquanto alguns consumidores já se dizem propensos a considerar atributos
sustentáveis em suas compras, a maioria ainda utiliza o preço e a qualidade dos produtos
como critérios para nortear suas aquisições (Horne, 2009).
Diversos estudos sobre a intenção de compra de produtos ecológicos já foram
realizados, alguns com resultados positivos Wiedmann et al. (2014), Motta e Oliveira (2007),
Silva, Ferreira e Ferreira (2009), Monteiro et al (2012), Nagar (2013) e outros com resultados
contraditórios Young et al. (2010); Vieira, (2013).
Wiedmann et al. (2014) afirmam que a sensibilização coletiva sobre questões
ambientais e a preocupação com a saúde, vêm desencadeando um aumento na procura por
produtos classificados como orgânicos, verdes ou ecológicos. Estes produtos são percebidos
pelos consumidores como superiores com relação a sabor, qualidade, segurança, impacto na
saúde e no meio ambiente, refletindo em uma disposição em pagar mais ou recomendar estes
produtos a amigos.
Motta e Oliveira (2007) realizaram uma pesquisa exploratória, na cidade de São Paulo,
com o objetivo de verificar se as consumidoras adquirem (ou já adquiriram) produtos levando
em conta o fator ecológico. Como resultado, identificaram uma predisposição destas
consumidoras em pagar um preço superior por produtos ecologicamente corretos,
demonstrando que se atribui maior valor a esses produtos.
Silva, Ferreira e Ferreira (2009) se propuseram a testar um modelo teórico para avaliar
os impactos das estratégias de marketing verde sobre o comportamento de 272 consumidores
da Grande São Paulo. Os resultados revelaram que a propaganda do produto verde no ponto
de venda influencia a intenção de compra dos consumidores.
Monteiro et al (2012) mensuraram o grau de consciência ecológica de 150 graduandos
de administração de uma instituição do interior de São Paulo. Os autores concluíram que,
apesar de não poderem ser caracterizados como consumidores com consciência ecológica,
estes estudantes se mostraram atentos às causas ambientais.
Nagar (2013) ao realizar uma pesquisa com 180 consumidores de bens ecológicos
descobriu que este público se mostra disposto a pagar mais por produtos verdes, além de
desenvolverem maior lealdade a estas marcas. Isto se deve, segundo o autor, pela percepção
de que produtos e serviços anunciados como ecológicos são entendidos como mais seguros de
usar, transferindo à empresa maior credibilidade.
Por outro lado, Young et al. (2010) em seus estudos sobre hábitos de consumo,
concluíram que há um gap entre a atitude declarada e o comportamento praticado pelos
indivíduos. Apesar de 30% dos consumidores pesquisados se revelarem muito preocupados
com questões ambientais, estas afirmações não se concretizaram no momento de efetivar as
compras.
Vieira (2013), ao pesquisar 261 consumidores de supermercados da cidade de Porto
Alegre verificou que já há uma pré-disposição destes compradores para a aquisição de
alimentos orgânicos. Porém, os motivos ainda não se relacionam com a consciência ambiental
e sim, com crenças sobre os benefícios à saúde ou status que este tipo de compra confere.
Apesar de não haver um consenso sobre o interesse dos consumidores a respeito do
consumo sustentável, todas as nações concordam que atitudes, escolhas e estilos de vida
impactam fortemente no rumo do planeta e precisam ser reavaliados (Marchand & Walker,
2008).
2.2 Consciência ambiental
A consciência ambiental se forma a partir de valores aprendidos na infância e
informações recebidas ao longo da vida sobre benefícios e prejuízos ambientais causados
pelos seres humanos (Dias, 2007). Estes conhecimentos e experiências arraigadas são
decisivos no momento da aquisição de produtos ecologicamente corretos (Calomarde, 2000).
Ao atrelarem responsabilidade ambiental a seus padrões de compra, os consumidores mudam
seu foco e passam a preferir alternativas de produtos que minimizem o impacto negativo no
meio ambiente (Motta e Rossi, 2003). Adquirindo produtos verdes o consumidor atesta que se
seus valores estão em consonância com as questões ecológicas atuais e que, de sua parte,
existe preocupação com o meio ambiente. A construção desta consciência ambiental está
relacionada à inserção social e é influenciada também por relacionamentos interpessoais
(Anderson Jr. & Cunningham, 1972).
Se cultura, valores e experiências determinam as formas de consumo é preciso que a
consciência ambiental seja ensinada desde cedo (Mattar, 2013). Existem avançadas
ferramentas tecnológicas de informação e comunicação atualmente disponíveis para
disseminar ações educativas que promovam um engajamento à causa ambiental. Quanto
maior o nível de consciência ecológica, maior a possibilidade de o consumidor preocupar-se
com o impacto ambiental causado por seus atos (Bedante & Slongo, 2004).
A proposta de expansão do conceito de consumo verde parte da premissa de que é
preciso conhecimento para que os consumidores desenvolvam uma consciência ambiental. A
partir de então, será possível a adoção de atitudes e comportamentos ambientalmente
responsáveis. Partindo deste princípio, estratégias que enfatizem programas educacionais e
pesquisas sobre o tema, são fundamentais (Portilho, 2005).
3 MÉTODO DE PESQUISA
Nesta pesquisa adotou-se uma abordagem quantitativa. Esta abordagem é comumente
utilizada para a mensuração de dados numéricos, usados diretamente para representar as
propriedades de algo (Hair Jr. et al., 2005). Com relação à técnica, utilizou-se, inicialmente,
uma survey, procedimento adotado para coleta de dados primários a partir de um grande
número de indivíduos (Hair Jr. et al., 2005).
O instrumento de coleta de dados utilizado foi um questionário estruturado, baseado
nas três dimensões propostas no estudo de Cardoso e Cairrão (2007): hábitos de consumo
sustentável; intenção de compra de produtos ecológicos e consciência ambiental. Estes
autores realizaram sua pesquisa com 330 universitários das cidades de Porto e Coimbra, em
Portugal. No Brasil, este modelo foi utilizado por Gorni, Gomes e Dreher (2012), com 312
estudantes de cursos de Administração, de uma universidade de Blumenau, SC, no entanto,
não houve uma nova de agrupamentos por meio da técnica aqui adotada.
Para o processo de coleta de dados deste estudo, foi disponibilizado um questionário
no Google docs, cujo link foi enviado por e-mail para os 736 universitários (população), dos
cursos de Administração, Artes Visuais, Gestão Comercial, Logística, Processos Gerenciais,
Pedagogia e Psicologia, de uma instituição de ensino superior do sul do Brasil. O questionário
ficou disponível entre os dias 06 e 18 de fevereiro de 2014 e, durante este período, 182
questionários retornaram devidamente preenchidos (correspondendo a 24,8% do universo),
passando a configurar a amostra deste estudo.
A partir do modelo utilizado por Cardoso e Cairrão (2007) com universitários de
Portugal, objetivou-se identificar o agrupamento de questões que pudessem representar a
percepção do aluno universitário de uma instituição de ensino superior do sul do Brasil, em
relação ao consumo sustentável. Para isso foi utilizada como técnica estatística a Análise
Fatorial Exploratória. Esta técnica analisa o padrão de correlações existentes entre as variáveis
e, por meio destes padrões, busca agrupar suas variáveis em fatores, as variáveis não
observadas que se objetiva medir a partir das variáveis observadas. A técnica procura
descobrir a existência de estruturas que não podem ser observadas diretamente (Corrar & Dias
Filho, 2007).
4 RESULTADOS DA PESQUISA
Neste tópico serão apresentados e discutidos os resultados da pesquisa. Na primeira
parte, apresenta-se o perfil dos estudantes, em seguida são apresentados os dados das
dimensões originais (iniciais) do modelo de Cardoso e Cairrão (2007). Estas dimensões foram
analisadas utilizando a técnica de análise fatorial exploratória a fim de responder ao objetivo
desse estudo: propor um redimensionamento de um instrumento de pesquisa sobre consumo
sustentável a partir da ótica de universitários brasileiros.
4.1 Caracterização dos respondentes
Neste capítulo é apresentado o perfil dos estudantes que participaram da pesquisa,
quanto à idade (tabela 1), gênero, estado civil, pessoas com quem mora e o curso superior que
frequenta (tabela 2).
Tabela 1 – Idade dos respondentes
Média Desvio padrão Análise N
Idade 29,93 8,177 182
Fonte: Dados da pesquisa (2014)
Na tabela 1 por meio da estatística descritiva, verifica-se que a média de idade dos
respondentes está entre 29 e 30 anos.
Tabela 2 – Perfil dos respondentes
Variáveis Frequência Porcentual Porcentagem
acumulativa
Gênero
Masculino 127 69,8 69,8
Feminino 55 30,2 100,0
Total 182 100,0
Estado Civil
Solteiro 71 39,0 39,0
Casado 108 59,3 98,4
Separado 3 1,6 100,0
Total 182 100,0
Com quem
mora
Sozinho 15 8,2 8,2
Família 162 89,0 97,3
Amigos 5 2,7 100,0
Total 182 100,0
Cursos
Processos Gerenciais 63 34,6 34,6
Gestão Comercial 46 25,3 59,9
Administração 24 13,2 73,1
Pedagogia 40 22,0 95,1
Artes Visuais 1 ,5 95,6
Logística 7 3,8 99,5
Psicologia 1 ,5 100,0
Total 182 100,0
Fonte: Dados da pesquisa.
Na tabela 2, é possível verificar que a maioria dos respondentes, 69,8% são homens e
30,2% são mulheres. Quanto ao estado civil a maioria, 59,3% dos estudantes são casados e
39% são solteiros, corroborando com o dado que indica que 89% residem com a família. Com
relação ao curso que os estudantes realizam, houve uma distribuição equilibrada entre quatro
cursos, Processos Gerenciais (34,6%), Gestão Comercial (25,3%), Pedagogia (22%) e
Administração (13,2%). Por meio desses dados é possível perceber que há uma concentração
maior de respondentes, nos cursos relacionados à área de gestão.
4.2 Análise das médias
Neste capítulo, na tabela 3, são apresentadas as médias de todas as questões.
Tabela 3 – Valor da média das questões.
Questões Média Desvio padrão Análise N
Q32 4,76 0,610 182
Q31 4,71 0,636 182
Q30 4,49 0,872 182
Q29 4,29 0,979 182
Q21 4,28 0,869 182
Q22 4,19 0,929 182
Q4 4,18 0,989 182
Q26 4,15 1,071 182
Q25 4,14 0,878 182
Q19 4,02 1,003 182
Q13 3,97 1,097 182
Q1 3,96 1,032 182
Q20 3,94 0,993 182
Q8 3,89 1,198 182
Q14 3,87 1,067 182
Q15 3,74 1,164 182
Q3 3,71 1,192 182
Q7 3,7 1,133 182
Q24 3,67 1,166 182
Q28 3,61 1,121 182
Q10 3,58 1,167 182
Q9 3,52 1,169 182
Q16 3,48 1,096 182
Q2 3,46 1,154 182
Q11 3,26 1,168 182
Q6 3,25 1,133 182
Q18 3,24 1,007 182
Q12 3,2 1,174 182
Q17 3,2 1,121 182
Q5 3,07 1,217 182
Q27 2,14 1,279 182
Q23 2,08 1,191 182
Q33 2,04 1,139 182
Q34 1,69 1,100 182
Fonte: dados da pesquisa.
A tabela 4 demonstra a avaliação das 34 questões pesquisadas. As mais bem avaliadas
foram: Q32 (A humanidade está abusando seriamente do meio ambiente), Q31 (Os seres
humanos devem viver em harmonia com a natureza para que possam sobreviver melhor) e
Q30 (Quando os seres humanos interferem na natureza, isso frequentemente produz
consequências desastrosas). Estas questões remetem a ideia da consciência ambiental.
Já as questões que obtiveram resultados mais inferiores são: Q23 (As plantas e os
animais existem, basicamente, para serem utilizados pelos seres humanos); Q33 (Os seres
humanos têm o direito de modificar o meio ambiente para ajustá-lo as suas necessidades) e
Q34 (A humanidade foi criada para dominar a natureza). Estas indicações sugerem o
pressuposto que de a dominação do homem sobre a natureza é condenada pelos participantes
da pesquisa.
Estes resultados demonstram que as pessoas parecem estar mais conscientes sobre a
sua atuação frente à natureza, visto que a relação de dominação evidenciou não ser bem
aceita. Portilho (1999) ratifica esta informação ao afirmar que a sociedade vem exibindo uma
maior preocupação com a natureza. Este fato é percebido por meio das inúmeras
manifestações e movimentos ambientalistas que vem ocorrendo, destinados a pressionar
governos, organizações e indivíduos a se voltarem para as questões ecológicas.
4.3 Análise fatorial exploratória
Para esta análise, inicialmente foi realizado o cálculo relacionado à matriz de
correlação. Optou-se pelo KMO (Kaizer-Meyer-Olkin) e o teste de esfericidade de Barlett. O
teste KMO, mede o grau de correlação parcial entre as variáveis. Já, o teste de Barlett, indica
se a matriz de correlação é uma matriz de identidade, correlação zero entre as variáveis
(Corrar & Dias Filho, 2007).
Tabela 4 – Teste de KMO e Bartlett
Medida Kaiser-Meyer-Olkin de adequação de amostragem ,850
Teste de esfericidade de Bartlett
Qui-quadrado aprox. 3261,869
df 561
Sig. ,000
Fonte: dados da pesquisa.
Nesta pesquisa, percebe-se que o KMO, segundo Fávero et al (2009), é considerado
bom, visto que o valor foi maior que 0,8. O teste de Bartlett, por sua vez, confirma que o
conjunto de itens pode representar o construto proposto.
A seguir realizou-se a análise fatorial exploratória dos 34 itens pesquisados e
agrupados incialmente em três dimensões. Para utilização da técnica, optou-se pela rotação
varimax, usualmente utilizada em estudos de ciências sociais e comportamentos do
consumidor. Os resultados são apresentados na tabela 5.
Tabela 5 – Rotação das questões.
Questões Componente Alfa de
Cronbach 1 2 3 4 5 6 7 8 9
Q6 ,785
0,87
Q7 ,758
Q2 ,692
Q1 ,674
Q8 ,624
Q5 ,574
Q3 ,550
Q4 ,539
Q9 ,839
0,89
Q10 ,815
Q11 ,758
Q12 ,645
Q18 ,554
Q15 ,715
0,86
Q14 ,707
Q13 ,686
Q16 ,601
Q32 ,871
Q31 ,829 0,81
Q30 ,757
Q29 ,569
Q21 ,794
0,81
Q20 ,780
Q22 ,750
Q19 ,727
Q26 ,748
0,70
Q28 ,715
Q24 ,696
Q25 ,594
Q27 ,730 0,51
Q23 ,723
Q33 ,777
Q34 ,658 0,64
Q17 ,751
Variância
Explicada 28,42% 10,46% 6% 5,6% 4,6% 4,1% 3,5% 3,2% 2,96%
Fonte: dados da pesquisa.
Na tabela 5 apresenta-se a carga fatorial e o agrupamento das questões, formando
novas dimensões (constructos), além do Alfa de Cronbach de cada nova dimensão formada
por esses agrupamentos. Verifica-se que os seis primeiros componente possuem a maior
intensidade da associação, acima de 0,8, que segundo Hair (2005) é considerada muito boa.
Além da carga fatorial e do Alfa de Cronbach, na tabela 6 também são apresentadas as
variâncias de cada dimensão (componentes). Percebe-se que o componente 1 é o que possui a
maior variância explicada (28,42%), seguido do componente 2 (10,46%) e o componente 3
(6%). O último componente apresentou um item isolado, ao qual foi excluído da análise pelo
fato de não haver agrupamento com outras dimensões.
A seguir, no quadro 1, será demonstrado o agrupamento de cada uma das dimensões,
assim como, a nomeação das mesmas realizada pelos autores.
Quadro 1: Conjunto de dimensões Dimensão 1 Variáveis (questões)
Q6 Para a minha casa não compro produtos que prejudiquem o meio ambiente.
Q7 Não compro um produto quando sei dos possíveis danos que ele pode causar ao meio
ambiente.
Q2 Não compro produtos fabricados ou vendidos por empresas que prejudicam ou
desrespeitam o meio ambiente.
Q1 Quando tenho que escolher entre dois produtos iguais, eu escolho sempre o que é
menos prejudicial às outras pessoas e ao meio ambiente.
Q8 Não compro produtos e alimentos que possam causar a extinção de algumas espécies
animais ou vegetais.
Q5 Já convenci amigos e familiares a não comprar produtos que prejudicam o meio
ambiente.
Q3 Faço sempre um esforço para reduzir o uso de produtos feitos de recursos naturais
escassos.
Q4 Quando possível, escolho sempre produtos que causam menos poluição.
Dimensão 2 Variáveis (questões)
Q9 Procuro comprar produtos feitos em papel reciclado.
Q10 Sempre que possível, compro produtos feitos de material reciclado.
Q11 Tento comprar apenas produtos que possam ser reciclados.
Q12 Evito comprar produtos que não sejam biodegradáveis.
Q18 Prioriza compra de produtos em embalagens biodegradáveis.
Dimensão 3 Variáveis (questões)
Q15 Estou disposto a pagar um pouco mais por produtos e alimentos que estejam livres de
elementos químicos que prejudiquem o meio ambiente.
Q14 Prefiro alimentos sem fertilizantes químicos porque respeitam o meio ambiente.
Q13 Compro produtos naturais porque são mais saudáveis.
Q16 Quando compro produtos e alimentos a preocupação com o meio ambiente influencia a
minha decisão de escolha.
Dimensão 4 Variáveis (questões)
Q32 A humanidade está abusando seriamente do meio ambiente.
Q31 Os seres humanos devem viver em harmonia com a natureza para que possam
sobreviver melhor.
Q30 Quando os seres humanos interferem na natureza, isso frequentemente produz
consequências desastrosas.
Q29 O equilíbrio da natureza é muito delicado e facilmente perturbado.
Dimensão 5 Variáveis (questões)
Q21
Compraria um produto numa embalagem pouco tradicional (por exemplo, redonda
quando a maioria é quadrada) se isso se traduzisse na criação de menos resíduos
sólidos (lixo).
Q20 Estaria disposto a comprar alguns produtos (que agora compro em embalagens
menores) em embalagens maiores e com menor frequência.
Q22 Compraria um produto com uma embalagem menos atrativa se soubesse que todo o
plástico e/ou papel desnecessário nesta embalagem tivesse sido eliminado.
Q19 Compraria um produto numa embalagem reciclável em alternativa a comprar um
produto similar numa embalagem não reciclável.
Dimensão 6 Variáveis (questões)
Q26 O planeta Terra é como uma aeronave, com espaço e recursos limitados.
Q28 Existem limites de crescimento para além dos quais a nossa sociedade industrializada
não pode expandir-se.
Q24 Estamos nos aproximando do número limite de habitantes que a terra pode suportar.
Q25 Para manter uma economia saudável teremos que desenvolvê-la para que o
crescimento industrial seja controlado.
Dimensão 7 Variáveis (questões) (revertidas)
Q27 Os seres humanos precisam se adaptar ao ambiente natural porque podem adaptar o
meio ambiente às suas necessidades.
Q23 As plantas e os animais não existem, basicamente, para serem utilizados pelos seres
humanos.
Dimensão 8 Variáveis (questões) (revertidas)
Q33 Os seres humanos não têm o direito de modificar o meio ambiente para ajustá-lo as
suas necessidades.
Q34 A humanidade não foi criada para dominar a natureza.
Obs.: as últimas questões foram revertidas do questionário original.
Fonte: dados da pesquisa.
O quadro 1 demonstra as 8 dimensões resultantes da pesquisa. A Dimensão 1,
nomeada de “Consciência Ambiental”, é composta pelas variáveis: Q6, Q7, Q2, Q1, Q8, Q5,
Q3, Q4. Esta dimensão possui uma variância explicada de 28,42% e a confiabilidade
estatística de 0,87, (Alfa de Cronbach), o que demonstra uma alta correlação entre as suas
variáveis.
Verifica-se, por este resultado, que as oito questões que compõem esta dimensão são
as mais representativas na percepção dos alunos e possuem uma grande associação entre si.
De maneira geral, estas questões envolvem afirmações a respeito da não aquisição de
produtos que colaborem para a destruição da natureza, não causem extinção de espécies
animais ou vegetais, nem poluam o ambiente ou usem recursos naturais escassos em seus
processos produtivos. Assim como afirma Calomarde (2000) as organizações precisam adotar,
em seus processos produtivos, ferramentas e tecnologias para responder a essa demanda por
produtos sustentáveis, desenvolvendo processos que possam utilizar materiais recicláveis e
embalagens menos agressivas, por exemplo. Portilho (2005) salienta que as pessoas vêm
despertando para as preocupações ambientais, levando em consideração não somente,
variáveis de consumo como qualidade e preço, mas também a produtos que levem
consideração as questões ambientais na fabricação dos produtos.
A Dimensão 2, nomeada de “Embalagens sustentáveis”, é formada pelas variáveis:
Q9, Q10, Q11, Q12, Q18. Esta dimensão possui uma variância explicada de 10,46% e
confiabilidade estatística de 0,89, (Alfa de Cronbach), demonstrando uma alta correlação
entre as variáveis da dimensão. Já, a Dimensão 3, nomeada de “Produtos naturais”, é
composta pelas variáveis: Q15, Q14, Q13, Q16. Esta dimensão possui uma variância
explicada de 6% e confiabilidade estatística de 0,86, (Alfa de Cronbach), demonstrando uma
alta correlação entre as variáveis da dimensão. As dimensões 2 e 3 referem-se à aquisição de
produtos feitos em papel reciclado e embalagens biodegradáveis (Dimensão2) e questões
referentes à aquisição de produtos naturais, sem fertilizantes, e livres de elementos químicos
que prejudiquem ao meio ambiente (Dimensão 3).
A seguir, será demonstrada a média e o desvio padrão de cada uma das dimensões
criadas.
Tabela 6 – Média e desvio padrão das dimensões.
N Média Desvio padrão
Consciência Ambiental 182 4,6401 0,65087
Embalagens sustentáveis 182 4,1731 0,81015
Produtos naturais 182 4,1374 0,96074
Crescimento controlado 182 3,9918 0,89423
Controle humano sobre a
natureza 182 3,8901 1,01318
Sustentabilidade 182 3,7995 1,02706
Impactos ambientais 182 3,5549 1,01631
Reciclagem 182 3,3681 1,06251
Fonte: dados da pesquisa.
A tabela 6 demonstra a média e o desvio padrão das dimensões, percebe-se que os
alunos dão mais atenção a consciência ambiental. Este consciência ambiental pode ocasionar
duas ações: a preferência por embalagens sustentáveis e por produtos naturais. Para
Calomarde (2000) a consciência ambiental é fundamental para que consumidores venham a
adquirir produtos ecologicamente corretos. A consciência ambiental pode ser percebida como
um pré-requisito importante, corroborando com os achados de Bedante e Slongo (2004), no
qual retrataram que o aumento do nível de consciência ambiental leva a uma maior
preocupação com possíveis impactos ambientais causados pelo homem. Gorni, Gomes e
Dreher (2012) foram outros autores a verificar que estudantes possuem de fato uma
consciência ambiental.
Em relação à embalagem, Kruter, Barcellos e Silva (2012) verificaram que os
consumidores possuem atitudes positivas em relação a embalagens recicláveis, sendo esta
percepção aqui confirmada. Lambin (2002) reforça que a elaboração de produtos verdes exige
condições que favoreçam a redução ou a reutilização de embalagens, o aumento da vida útil
dos produtos e a possibilidade de sua transformação em adubo. Motta e Rossi (2003)
ressaltaram que a responsabilidade ambiental interfere nos padrões de compra, fazendo com
que os consumidores passem a preferir produtos que minimizem o impacto negativo no meio
ambiente, neste caso, embalagens recicláveis.
Em relação aos Produtos naturais, percebe-se que os respondentes possuem uma
preferência pelo consumo destes tipos de alimentos. Sobre esta temática, Mont e Plepys
(2008) e Wiedmann et al. (2014) constataram uma preocupação das pessoas com a qualidade
de vida, sendo que Vieira (2013), demonstrou haver uma pré-disposição das pessoas para a
aquisição de alimentos orgânicos, o que se confirma neste trabalho.
5 CONSIDERAÇÕES FINAIS
Neste estudo, partiu-se do pressuposto que é fundamental discutir sobre questões
ecológicas, hábitos de consumo sustentáveis e consciência ambiental. O objetivo principal
deste estudo foi testar o instrumento de consumo sustentável proposto por Cardoso e Cairrão
(2007) e verificar um possível redimensionamento.
Os resultados demonstram haver um redimensionamento das questões propostas, onde
se constatou a existência de oito e não três dimensões anteriormente propostas. Estas oito
dimensões foram assim batizadas: Consciência ambiental, Embalagens sustentáveis, Produtos
naturais, Crescimento controlado, Controle humano sobre a natureza, Sustentabilidade,
Impactos ambientais e Reciclagem.
Dentre estes, a Consciência ambiental, a preferência por Embalagens sustentáveis e o
consumo de Produtos naturais foram as questões indicadas como fundamentais para os
acadêmicos brasileiros pesquisados, sendo esta descoberta o primeiro objetivo secundário
aqui proposto. Estes resultados sugerem que essa preferência possa ser decorrente da
consciência ambiental. Cabe ressaltar que Calomarde (2000) já alertou a importância da
consciência ambiental, sendo fundamental para a mudança de hábitos de consumo,
especificamente para a aquisição de produtos ecologicamente corretos.
Em relação à análise dos 34 itens pesquisados, segundo objetivo secundário deste
trabalho, verificou-se que os mais bem avaliados foram: “a humanidade está abusando
seriamente do meio ambiente”, “os seres humanos devem viver em harmonia com a natureza
para que possam sobreviver melhor” e “quando os seres humanos interferem na natureza, isso
frequentemente produz consequências desastrosas”. Estes resultados remetem à ideia de uma
consciência ambiental presente entre os participantes do estudo.
Já as questões que obtiveram resultados mais insignificantes foram: “as plantas e os
animais existem, basicamente, para serem utilizados pelos seres humanos”, “os seres humanos
têm o direito de modificar o meio ambiente para ajustá-lo as suas necessidades” e “a
humanidade foi criada para dominar a natureza”. Estas indicações sugerem o pressuposto de
que a dominação do homem sobre a natureza é condenada pelos participantes da pesquisa.
5.1 Sugestões e limitações
O fato de o estudo ter sido realizado com estudantes de uma única instituição de
ensino superior é um fator de limitação da pesquisa. Outra limitação foi o trabalho ter tido
como foco a análise de apenas um instrumento validado. Isto quer dizer que se houvesse a
inclusão de outras questões, os resultados poderiam ter sido diferentes.
Como sugestão, recomenda-se que, em estudos futuros, esta proposta de instrumento
redimensionado seja utilizada para averiguar a percepção de outros públicos, de diferentes
estados, a respeito de questões ambientais. Também se recomenda que estudos futuros
busquem a resposta para a seguinte questão: a preferência por embalagens recicláveis e por
alimentos naturais, resultados aqui encontrados, são decorrentes da consciência ambiental?
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