Post on 26-Jan-2017
RACIONALISMO, EMPIRISMO E ILUMINISMO
Cristiane de Toni, Leticia Rossoni e Raiane Nascimento
23 MP
O racionalismo é uma teoria filosófica que dá
a prioridade à razão, como faculdade de conhecimento relativamente aos sentidos.
O racionalismo pode ser dividido em diferentes vertentes: a vertente metafísica, que encontra um caráter racional na realidade e indica que o mundo está ordenado de forma lógica e sujeito a leis.
RACIONALISMO
A vertente epistemológica ou gnosiológica,
que contempla a razão como fonte de todo o conhecimento verdadeiro, sendo independente da experiência, e a vertente ética, que acentua a relevância da racionalidade, respetivamente, à ação moral.
Os princípios da razão que tornam possível o
conhecimento e o juízo moral são inatos e convergem na capacidade do conhecimento humano ("lumen naturale").
A defesa da razão e a preponderância desta
corrente filosófica se transformou na ideologia do iluminismo francês e, no contexto religioso, criou uma atitude crítica em relação à revelação, que culminou na defesa de uma religião natural.
O racionalismo cristão consiste em uma filosofia
espiritualista sistematizada por Luís de Matos e que surgiu graças a uma separação do movimento espírita brasileiro. Seguidores dessa doutrina afirmam que o racionalismo cristão é uma ciência e não uma religião.
Tem como objetivo abordar a evolução do espírito humano, chegando a conclusões sobre fenômenos e matérias como razão e raciocínio.
Racionalismo Cristão
Diferentemente do empirismo, o racionalismo
aceita a existência das verdades inatas e as verdades "a priori". Kant realizou uma síntese de racionalismo e empirismo, ao manter como referência de todo o conhecimento o dado na experiência e afirmar ao mesmo tempo a existência de formas "a priori" no sujeito.
Racionalismo e Empirismo
Como corrente filosófica, o racionalismo
nasce com Descartes, e atinge o seu auge em B. Espinoza, G. W. Leibniz e Ch. Wolff. O racionalismo cartesiano indica que só é possível chegar ao conhecimento da Verdade através da razão do ser humano.
Racionalismo de Descartes
Para Descartes, existiam três categorias de
ideias: as adventícias, as factícias e as inatas. As adventícias representam as ideias que surgem através de dados obtidos pelos nossos sentidos, factícias são as ideias que têm origem na nossa imaginação.
As ideias inatas, que não dependem da
experiência e estão dentro de nós desde que nascemos. Segundo Descartes, conceitos matemáticos e a noção da existência de Deus eram exemplos de ideias inatas.
Movimento filosófico que acredita
nas experiências humanas como únicas responsáveis pela formação das ideias e conceitos existentes no mundo.
Empirismo
Caracterizado pelo conhecimento científico,
quando a sabedoria é adquirida por percepções; pela origem das ideias, por onde se percebem as coisas, independente de seus objetivos ou significados.
Consiste em uma teoria epistemológica que
indica que todo o conhecimento é um fruto da experiência, uma consequência dos sentidos. A experiência estabelece o valor, a origem e os limites do conhecimento.
O principal teórico do empirismo foi o filósofo
inglês John Locke (1632 – 1704), que defendeu a ideia de que a mente humana é uma "folha em branco" ou uma "tabula rasa", onde são gravadas impressões externas.
O empirismo lógico é conhecido
como neopositivismo, criado pelo círculo de Viena. Dentro do empirismo, existem três linhas empíricas: a integral, a moderada e a científica.
O Iluminismo, também conhecido como
"Época das Luzes", foi um período de transformações na estrutura social, principalmente na Europa, onde os temas giravam em torno da Liberdade, do Progresso e do Homem.
Empirismo e Iluminismo
Ao contrário do empirismo, o iluminismo dava
grande importância à razão, procurando sempre mobilizar o seu poder.
Este movimento surgiu na França do século
XVII e defendia o domínio da razão sobre a visão teocêntrica que dominava a Europa desde a Idade Média. Segundo os filósofos iluministas, esta forma de pensamento tinha o propósito de iluminar as trevas em que se encontrava a sociedade.
Iluminismo
Os pensadores que defendiam estes ideais
acreditavam que o pensamento racional deveria ser levado adiante substituindo as crenças religiosas e o misticismo, segundo eles, bloqueavam a evolução do homem. O homem deveria ser o centro e passar a buscar respostas para as questões, eram justificadas somente pela fé.
Foi atingido no século XVIII, passou a ser
conhecido como o Século das Luzes. O Iluminismo foi mais intenso na França, onde influenciou a Revolução Francesa através de seu lema: Liberdade, igualdade e fraternidade. Também teve influência em outros movimentos sociais como na independência das colônias inglesas.
Século das Luzes
Para os filósofos iluministas, o homem era
naturalmente bom, porém, era corrompido pela sociedade com o passar do tempo. Eles acreditavam que se todos fizessem parte de uma sociedade justa, a felicidade comum seria alcançada.
Por esta razão, eles eram contra as
imposições de caráter religioso, contra as práticas mercantilistas, contrários ao absolutismo do rei, além dos privilégios dados a nobreza e ao clero.
Os burgueses foram os principais interessados
nesta filosofia, pois, apesar do dinheiro que possuíam, eles não tinham poder em questões políticas devido a sua forma participação limitada.
John Locke (1632-1704), ele acreditava que o
homem adquiria conhecimento com o passar do tempo através do empirismo;
Voltaire (1694-1778), ele defendia a liberdade de pensamento e não poupava crítica a intolerância religiosa;
Jean-Jacques Rousseau (1712-1778), ele
defendia a ideia de um estado democrático que garanta igualdade para todos;
Montesquieu (1689-1755), ele defendeu a divisão do poder político em Legislativo, Executivo e Judiciário;
Denis Diderot (1713-1784) e Jean Le Rond d
´Alembert (1717-1783), juntos organizaram uma enciclopédia que reunia conhecimentos e pensamentos filosóficos da época.