Bordando la luna Remontando la luna Vicente López Tucán PILAR SALA, o misterioso ato criativo por...

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Bordando la luna

Remontando la luna

Vicente López

Tucán

PILAR SALA, o misterioso ato criativopor Oscar d'Ambrosio

Gatos negros

Pintando detrás del jarrón

Um dos elementos mais simbólicos da arte é a lua. Considerada, desde a Antiguidade, o

símbolo da noite e dos pensamentos mais escuros do ser humano, também, tem

conotações ligadas ao amor e à pureza, como aquelas relacionadas aos namorados. Sua

imagem, plena de mistérios, alimenta a imaginação e pode ser a porta de entrada

para o mundo pictórico de Pilar Sala.

Canasto con flores

Manzanas

Farola

O universo dessa artista autodidata, nascida em Buenos Aires, Argentina, em 26 de janeiro de 1944, e formada em Ciências

Políticas, atividade que não exerceu, é marcado pela presença de diversos elementos oníricos, principalmente pela combinação de

imagens inusitadas, que remetem ao trabalho dos pintores surrealistas.

Familia de visitas

Selva

Casa dentro del jarrón

Paloma

Ao pintar sem realizar esboços e com a utilização particular da cor, principalmente pelas combinações muito pessoais,

diferentes daquelas aprovadas pela academia, Pilar consegue criar atmosferas singulares.

Ventanas

Ao não realizar esboços, demonstra grande imaginação,

acompanhada de uma noção de conjunto

surpreendente, pois as obras revelam

muita harmonia e um grande senso de

equilíbrio estético.

Ventanas a la Argentina

Cada tela estabelece uma magia singular, sendo que, em muitas delas, a lua, seja cheia ou na forma crescente, surge com bastante força.

Como elemento integrante da composição ou como protagonista, a lua parece sugerir justamente a possibilidade que a pintura oferece de romper barreiras entre o conhecido e o desconhecido.

Tango

O fato é que real e imaginário ou razão e

loucura ganham novas dimensões quando se

contempla uma imagem de Pilar. As figuras

humanas que surgem, muitas vezes ela mesma

ou parentes e amigos, contribuem para dar às

suas criações calor humano.

Luna Rosa

Flores

Não se trata, portanto, de mero jogo retórico e imagético, muito comum no surrealismo, mas de criação vigorosa que alerta para a contínua possibilidade humana de usar a mente para atingir o inesperado.

Casco Rosado

Pintando el prado

Fiesta

Paraiso

O escritor norte-americano Mark Twain (1835-1910) afirmava que "cada um é uma lua e tem um lado escuro que nunca mostra a ninguém". Ao vislumbrar as telas de Pilar, paradoxalmente, parece que a artista tem diversos lados claros. Brota de cada trabalho uma intensa vontade de viver e um profundo amor pelo ser humano [e pelos bichos-Heloisa].

Convento

As imagens bem definidas de Pilar e a riqueza de detalhes surpreendem por se tratar de uma artista autodidata que nunca frequentou um ateliê, e apontam para a necessidade de uma observação atenta. Cada detalhe

articula-se com o todo formando um conjunto em que a integração imagética é preponderante.

Ventana por el prado

Prevalece no trabalho a espontaneidade, a liberdade e o compromisso estético e ético com a própria arte de pintar, num exercício contínuo de busca da qualidade. Suas luas, além de terem um resultado estético eficiente, estimulam o mistério do ato criativo.

O autodidatismo próprio do naïf e a poética surrealista se integram com maestria, apontando que a arte ultrapassa as barreiras do

aparentemente possível quando realizada com esmero e sinceridade, atributos que Pilar reúne em sua vigorosa e imaginativa pintura.

Casamiento di Mari

Arbol

Cantando bajo la luna

Limpiando la ciudad

Novicias en el tigre

Pinturas: Pilar Sala

Texto “Pilar Sala, o misterioso ato criativo”:

Oscar d'Ambrosio, jornalista, integra a Associação

Internacional de Críticos de Arte (AICA - Seção Brasil) e é autor de "Contando a arte de Ranchinho" e "Os pincéis de Deus: vida e obra do pintor

naïf Waldomiro de Deus".

Bolero: Maria Elena, de Lorenzo Barcelata

Idealização, pesquisa e

realização:Heloisa Guimarães

heloisagui@yahoo.com.br

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