A voz dos tempos - Psicografia

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Maria Romano Vilela, avó paterna do jornalista Batista Custódio, envia mensagem psicografada para auxiliar o editor-geral do jornal Diário da Manhã

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Sabemos que a vida não cessa notúmulo e que nossos corações nãomudam de gostos ou de afetos coma partida para a Eternidade. Aquelesque amamos, serão sempre e cadavez mais, mais caros aos nossos sen-timentos. Não à toa, a avó carinhosaafirma seu amor ao neto, após a sa-udação de abertura: “Saudade, estador que, às vezes, chega a nos sufo-car e aí chega a tristeza, para com-pletar a melancolia nas lembrançasdoces”, diz, esclarecendo que enten-de o turbilhão que mora no relicáriode emoções doídas que só o BatistaCustódio é portador.

“Mas é assim mesmo a vida, diasbons e dias ruins, cheios de aprendi-zagem a cada momento.

Pois bem, sinto-lhe um pouco pre-ocupado e ansioso com certos aconte-cimentos. Mas, meu neto querido,não se aflija; tudo tem o seu momen-to e a hora decretados por Deus”, ori-enta com a sabedoria amorável damulher experiente que atravessou di-ficuldades ímpares quando esteve emvida na batalha terrena.

O mestre Paulo, o apóstolo, ogrande difundidor do conhecimen-to cristão pela antiga Roma, deixouclaro em uma de suas anotações(Romanos 2:6:) “a cada um segundo

suas obras”, e aqui, dona Maria Ro-mana Vilela repete com o conheci-mento de quem sabe o que está fa-lando e tem condições de garantirque nada está fora do seu devido lu-gar: “Existem coisas que não pode-mos mudar e, é por isso que existe aLei de Causa e Efeito. O que planta-mos, vamos colher no futuro.”

Podemos dedicar todos os nossosesforços para a melhoria do mundo,como Batista tem o feito, e muitos so-mos testemunhas de vê-lo esgotarsua saúde para fazer um jornalismolivre, independente e cuja única ver-tente editorial é o amor. Longe dosataquismos ou patologias ideo-politi-cológicas. Contudo, ampliar estasfronteiras do pensamento alheio, éuma batalha ingrata e dolorosa, porisso a senhora Vilela acrescenta:“Querer ajudar é um ato nobre eamável de sua parte, desde que a pes-soa queira ser ajudada.”

“Existem limites para tudo nessavida, e devemos respeitar e aceitar asescolhas de quem amamos, por maisdifícil e complicada que sejam.”

Nas entrelinhas, a ascendentepaterna deixa o entendimento subje-tivo dos problemas familiares para areflexão, analisando-os como sagra-dos e dignos de respeito e aceitação

de nossa parte. E afirmaainda que não é precisotranspor os limites dooutro, visto que é tarefaquase impossível, já quecada qual é o roteirista desua própria consciência.

Para perpassar essescaminhos tortuosos das incompre-ensões de amigos, autoridades e fa-miliares, ela faz um apelo ao neto:“Continue, Batista, inabalável emsua Confiança e Fé em Deus”, repe-tindo, desta forma, um mantra quetodos os espíritos comunicantes quejá enviaram mensagens ao BatistaCustódio: Fábio Nasser, Humbertode Campos, Alfredo Nasser, Consu-elo Nasser, Pedro Ludovico Teixeira,Bezerra de Menezes e vários outrosanônimos ou famosos que reconhe-cem a determinação do jornalista:“continue seguindo sua intuição,ela é sua bússola segura e aponta nadireção correta” (o registro é nosso,sintetizando o que os vários amigosdo Além insistiram ao jornalista).

A avó, gentil, ainda avisa ao netosobre a condição de seu filho, o Fábio,que tanto trabalha nos Planos Superi-ores para o sucesso da empreitada es-piritual do Batista aqui naTerra, pedindo, de novo,que ele zele de sua saúde.O pedido que Fábio Nasserfez em sua última mensagempsicografada, publicada neste diário,

no último dia 29 de maio, e psicogra-fada dia 12 do mesmo mês. “O Fabi-nho está cada vez melhor na área queexerce aqui, manda um abraço cari-nhoso a todos e pede que você se cui-de, pois somos como um cristal e, se oquebramos, será muito difícil colar”.Nessa última frase, percebe-se a seri-edade do alerta. Afinal, Batista Custó-dio celebrou neste ano, os seus 80 eainda não temos, nessa civilização,notícias de um elixir que a nossa maisacurada ciência tenha criado paravencer a senilidade do corpo.

Contudo, a ancestral maternalança seu carinho em tom de despe-dida a todos os familiares, deixando-nos, leitores e contatos diretos dojornalista, na benquista “paz doCristo”, quando ela, esta fortalezafeminina, se despede do neto:“Abraços a todos e fiquem em paz.”

A ANÁLISE

Cachoeira da Samambaia, emCaipônia, município que abrigouMaria Romana, a mulher silenciosaque foi o esteio de uma geração

HOJE, vamos falar da primei-ra psicografia da avó pater-na do jornalista BatistaCustódio, Maria Romana

Vilela. O texto mediúnico chegou, noúltimo dia 27 de maio, pelas mãos deuma sensitiva que estuda e desen-volve suas faculdades psíquicas noCentro Espírita Irmã Dulce: a apren-diz Rosana. A mensagem foi conce-bida em sessão que ocorre todas asnoites de quarta-feira naquela casade amparo e auxílio aos aflitos.

Para vislumbrar o objetivo damensagem, é preciso voltar os olhosaos cenários do passado para con-textualização. Voltemos às terras ári-das, ao Cerrado grosso, às árvoresentortecidas pela firmeza bruta daNatureza. Aqui, estamos há quasecinco gerações anteriores, na antigaCaiapônia, que nascia. Hoje, ummunicípio centenário, chegou inclu-sive a ser linha de rota da FundaçãoBrasil Central. Seu patrimônio histó-rico, entretanto, foi quase que total-mente destruído, não restando qua-se nada das antigas edificações dolugar. O que temos de relato, é a pe-quena historiografia goiana escritapor alguns raros escritores que seaventuraram a narrar aquelas ban-das de lá. E aqui, vos trago uma pita-da do que me disse Batista Custódio,o jornalista destinatário do consolode sua avó, que hoje tem morada fixanas Residências Celestiais.

ÉPOCA DERUPTURAS

A cidade foi construída com san-gue, fazendas, gado e brigas de famí-lias que ocuparam os palanques polí-ticos (até hoje). Mas houve, o que háde melhor para se registrar: a belezade grandes líderes e inteligências quepassaram por lá para a construção doBrasil Central, deslocando o eixo decrescimento do País para o sentidodo Amazonas; naturalmente, ferindoos interesses do Rio de Janeiro e deSão Paulo, que sempre se vingaramcontra as mudanças que os deixari-am de lado. Juscelino Kubitschekcomprova esse fatídico, quando dis-se: “O que é bom para Rio e São Pau-lo é ruim para o resto do País”. Valetambém lembrar Getúlio Vargas e asua imperiosa Marcha para o Oeste.O gigante ideal incentivador do pro-gresso para o Centro-Oeste brasilei-

ro, onde muitas terras ainda estavamdesocupadas. Alguns anúncios deseu governo diziam: “Enriqueça qua-tro vezes mais, adquira lotes”. Isso, jána década de 30.

É provável que o leitor tenha ouvi-do a seguinte expressão: “mulher, ca-chorro, criança e preto valiam a mes-ma coisa: nada”. Aliás, naqueles tem-pos, se dois fazendeiros estivessemconversando na sala e uma destas cri-aturas supracitadas ousassem atra-vessar o caminho, era severamentepunida com a chibatada do chicoteou com a bronca de fazer urinar demedo. Tempos carrancudíssimos.

GENEALOGIAO esteio da família e espírito co-

municante da vez é Maria RomanaVilela, a mulher de Antônio Rodri-gues dos Santos. Um homem, aomesmo tempo, duro, como todo odesbravador de terras selvagens emeigo, como todo abridor de hori-zontes. E ela era uma santa. Magra,calada. Uma mulher que não des-perdiçava palavras. Nos sofrimen-tos alhures foram eles, um casalderramador de suores nas matas fe-chadas, abertas no facão e na luta,fazendo todos os herdeiros muitoricos, e com o avançar dos tempos,de herança em herança, uma gui-lhotina invisível foi fatiando a fortu-na dos muitos descendentes.

Seu marido Antônio era irmão daavó materna do jornalista BatistaCustódio, Feslibina Josefa dos San-tos, casada com o avô dele, o Anicé-sio Cardoso. Essa mulher, outra guer-reira, ainda mais imbatível. Não erra-va tiro com a carabina. Para se terideia, o Juarez Távora, que coman-dou a Coluna Prestes que passou porCaiapônia antes de Brasília, mais oJoão Alberto Lins e Barros e o LuisCarlos Prestes, eram admiradoresconfessos da dona Feslibina Josefa.

“Eu nunca vi deles nenhum exem-plo que não fosse o digno”, relembraBatista Custódio, em diálogo francocom este quem vos escreve. Com ba-se nessas características, podemosfazer algum juízo de valor da psico-grafia valiosa que nos chega para ainterpretação. Então, venha comigo.

90anos atrás

Arthur da PazDiretor de Redação doDiário da Manhã

PSICOGRAFIA

“Que a paz de Deus esteja consigo,meu querido Batista Custódio.

Saudade,esta dor que,às vezes,chega a nos sufocar e aí chega a tristeza,para completar a melancolianas lembranças doces.

Mas é assim mesmo a vida,dias bons e dias ruins, cheios deaprendizagem a cada momento.

Pois bem, sinto-lhe um poucopreocupado e ansioso com certosacontecimentos. Mas, meu neto querido,não se aflija; tudo tem o seu momento ea hora decretados por Deus.

Existem coisas que não podemosmudar e,é por isso que existe a Lei deCausa e Efeito.O que plantamos,vamos colher no futuro.

Querer ajudar é um ato nobre e amávelde sua parte,desde que a pessoaqueira ser ajudada.

Existem limites para tudo nessa vida,edevemos respeitar e aceitar as escolhas dequem amamos,por mais difícil ecomplicada que sejam.

Continue,Batista,inabalávelem sua Confiança e Fé em Deus.

Sobre nós aqui,estamos todos bem.O Fabinho está cada vez melhor na

área que exerce aqui,manda um abraçocarinhoso a todos,e pede que você secuide,pois somos como um cristal e,se oquebramos,será muito difícil colar.

Abraços a todos e fiquem em paz.

Maria Romana Vilela”.

A MENSAGEM

Fac-símileda psicografia

Na genealogia familiar,Maria Romana Vilela(no detalhe) é mãe deTanila Romana que émãe do jornalistaBatista Custódio. Esta éa primeira psicografiaenviada pela avó

Psicografado no dia 27/5/2015 pela médium Rosana no Centro Espírita IrmãDulce, Rua F28 nº 185, Setor Faiçalville, Goiânia-GO, Telefone: (62) 8466-3134

A VOZ DOS TEMPOSAvó paterna do jornalista Batista Custódio envia primeira psicografia em amparo ao neto. Ela se une à legião deespíritos que pede ainda mais resignação ao editor-geral do Diário da Manhã e garante que não haverá derrota

ARQUIVO DM

Assinatura do espírito, pelasmãos da médium Rosana

15Diário da Manhã ESPECIAL GOIÂNIA, SEXTA-FEIRA, 5 DE JUNHO DE 2015