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8/17/2019 A Perífrase Verbal e o Aspecto
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Título do artigo: A perífrase verbal e o aspecto
Nome da autora: Reina Marisol Troca Pereira
Endereço electrónico: reynamtp@hotmail.com
Resumo: Clarificada de modo sucinto a noção de aspecto o presente arti!o
contempla uma an"lise sobre as construç#es perifr"sticas verbais utili$adas com maior
fre%u&ncia para e'primir valores aspectuais. (m foco encontram)se al!umas das
principais lín!uas rom*nicas e o portu!u&s +europeu e do ,rasil- em particular.
Abstract: nce briefly clarified the notion of aspect this article contemplates ananalysis over the periphrastic constructions most often used to e'press aspectual values.
/t focuses the main romance lan!ua!es and the Portu!uese +both (uropean and
,ra$ilian- in particular.
Palavras-chave: aspecto perífrase verbo lín!uas rom*nicas
Key ords: aspect periphrasis verb romance lan!ua!es
A !erí"rase verbal e o as!ecto
The verbal !eri!hrasis and the as!ect
A denominação aspecto aparece pela primeira ve$ na tradução de uid por Ch. Ph.
Reiff 0 tradutor de uma !ram"tica russa. Vid 1 tamb1m o termo empre!ue para denotar a
oposição aspectual. A especificidade do seu estudo ori!inou o sur!imento de uma
disciplina lin!uística denominada aspectolo!ia.
A. 2. ,ond"r3o aborda a aspectualidade como sendo 4as características qualitativo-
cronológicas e quantitativas do evento expresso pelo verbo" 5. Pode ser denotada por
verbos ou por outros elementos do enunciado tais como adv1rbios ou e'press#es
adverbiais6 progressivamente, aos poucos.
(mbora relativamente recentes ensaios como este não foram totalmente pioneiros.
Com efeito 7" na Anti!uidade 8re!a os est9icos consideravam %ue os tempos verbaisnão e'pressavam somente valores temporais. Assim conceberam os tempos
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determinados +horisménoi- e os indeterminados +aóristoi6 aoristo e futuro-. (ntre os
determinados distin!uiam)se os durativos + paratatioí 6 presente e imperfeito- e os
cumpridos + syntelikoí 6 perfeito e mais)%ue)perfeito-.
ri!inariamente a ordem do processo a %ualidade ou aspecto verbal +actionis
modus- não apresentava %ual%uer relação com os !raus de tempo + eitstu!en- uma ve$
%ue o valor temporal não tinha %ual%uer e'pressão material no tema nem na forma
verbal no seu con7unto. Cada um dos temas poderia pois e'primir passado presente e
futuro: dependendo do conte'to apesar do aumento denotar fre%uentemente o
passado este ;ltimo por norma actuali$ado !raças a adv1rbios %ue inte!rariam o
conte'to.
< possível entender)se o aspecto como um operador fr"sico +ou predicado mais alto
se!undo o !erativismo- determinante do aspecto de toda a frase. A sua manifestação pode processar)se de formas multíplices nomeadamente le'icais conte'tuais fle'ionais
e tamb1m perifr"sticas entre outras.
Com efeito al!umas e'press#es perifr"sticas comportam um conte;do adicional de
car"cter aspectual +fase colocação visão-. A título de e'emplo uma forma simples
como trabalha difere por um lado de outras como trabalhar, trabalhou, trabalhava
na medida em %ue os diferentes tempos verbais tradu$em vis#es ou aspectos diversos= e
por outro tamb1m de formas compostas ou perifr"sticas pertencentes ou não acon7u!aç#es perifr"sticas como6 tenho de trabalhar, devia trabalhar, comecei a
trabalhar, continuei a trabalhar, acabei de trabalhar, etc.#.
>uando num determinado enunciado nos deparamos com uma construção
perifr"stica não obstante o facto de esta comportar pelo menos duas formas verbais tal
não dever" encarar)se como se de duas oraç#es distintas se tratasse se!uindo a re!ra de
%ue um período apenas det1m um morfema verbal. ?a verdade a perspectiva mais
ade%uada ser" a sintem"tica na medida em %ue as formas verbais %ue antecedem a
denominada principal constituem com ela um todo indivisível e'pressivo de um ;nico
valor para cu7a construção contribui ine!avelmente o se!mento verbal conotado como
au'iliar.
iferentes construç#es perifr"sticas podem denotar valores distintos desi!nadamente
aspectuais assim como temporais diat1ticos e modais +a mesma modalidade
modalidades variadas etc.-.
As perífrases temporais +e tamb1m modais- suscitaram uma particular atenção da
parte de Boão de Almeida o %ual distin!uiu construç#es do tipo dever, ir, haver de,
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querer $ in!initivo + !uturidade-= vir de, acabar de $ in!initivo + passado recente-= estar
$ a $ in!initivo + presente-.
As perífrases diat1ticas por seu turno são mais recorrentes nas lín!uas rom*nicas
actuais e'pressando um valor positivo + ser $ particípio ) e'pressão da vo$ passiva-
assim como uma si!nificação de passiva de estado +estar $ particípio-.
?a maior parte das lín!uas rom*nicas incluindo no portu!u&s o aspecto verbal
perifr"stico afi!ura)se como um sistema complementar constante em termos normativos
e sistem"ticos= de li!ação ou secund"rio defectivo= subsidi"rio ou ainda mar!inal face a
um sistema fundamental= plenoD ou tamb1m composto pelas cate!orias de modo tempo
n;mero e pessoa.
Ema perífrase verbal na realidade um sinta!ma definido paradi!m"tica sint"ctica e
semanticamente comporta uma estrutura de um verbo auxiliar ou mor!emtico
con%ugado +i.e. au'iliaridade ou comple'o de au'iliação- F Gconectivo preposicional &
con%un'(o copulativaH F !orma nominal do verbo principal +!er;ndio6 desenvolvimento
particípio6 t1rmino infinitivo possibilidade-I. ?ote)se todavia %ue o uso de
determinada forma nominal não 1 indiferente dependendo do conte'to e +ou- do valor a
e'pressar. Re!istam)se i!ualmente e'press#es perifr"sticas constituídas por dois
au'iliares na fase pré) !inal e durativa ou ainda durativa inde!inida6 auxiliar !inito $
auxiliar n(o !inito +particípio ou infinitivo- F in!initivo do auxiliado.A forma au'iliar perde o conte;do sem*ntico %ue actuali$a %uando isolada +e'6
4deitou-se na cama" - e contribui para a constituição de um sentido diferente do verbo
nocional %ue acompanha +e'6 4deitou-se a !a)er" - precisando ou modificando o seu
valor.
Reformulando a %uestão poderemos constatar %ue a !ram"tica !eral tende para a
!ramaticali$ação da perífrase verbal ou se7a para a consideração de tais construç#es
não apenas em termos le'icais mas i!ualmente face a um valor !ramatical. Por
conse!uinte torna)se necess"rio considerar %uer os crit1rios sem*ntico paradi!m"tico e
sinta!m"tico concernentes J delimitação do au'iliar= %uer os !raus de !ramaticali$ação.
Assim continuaremos a nossa e'posição constatando %ue numa acepção funcional 1
possível reunir as e'press#es verbais perifr"sticas em tr&s cate!orias principais
distin!uindo as %ue denotam essencialmente a temporalidade tal como e'pressa o futuro
romenoK6 am s* vin +o avea se!uido de con7untivo- ou o s* vin +o posposto pelo
con7untivo- ou voi veni + a voi prosse!uido de infinitivo-. ?ote)se no mesmo sentido
italiano ho !atto correspondente J forma latina decadente habeo !actum tamb1m
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e'pressa no franc&s6 %+ai !ait ou no castelhano voy a venir +e%uivalente a vado ad $
in!initivo# em detrimento de vendré entre outros casos.
Lubse%uentemente conta)se de i!ual modo um con7unto de formas perifr"sticas
consa!radas J e'pressão da di"tese passiva e causal +e'6 4elle est !ormée par ..." -.
Por ;ltimo distin!uem)se as perífrases %ue denotam al!umas cate!orias envoltas num
maior ou menor !rau de aspectualidade como o franc&s 4 %e viens de recevoir 4e 4 %+ai
re'u" .
As formas verbais para al1m de poderem indicar a ordem são i!ualmente passíveis de
denotar o aspecto e'pressando o passado6 4he has learnt", "he had learnt" +4ele tem
aprendido", "/ele teve aprendido" - ou adu$indo um vector acess9rio6 4ele ir
aprender" +4he 0ill learn" - 4ele ter ou teria aprendido" 1"he 0ould learn"#. s seus
referentes são eventos não cíclicos ou indesinentes.s verbos utili$ados em formas pro!ressivas são diferentes nas v"rias lín!uas6 estar,
no castelhano portu!u&s catalão italiano= o correspondente a ser em in!l&s alemão
holand&s franc&s !uyrati hindu 7apon&s malaio pun7abi servo)croata island&s
dinamar%u&s urdu am"rico hebraico ar"bico basco= o e%uivalente a aguentar em
sueco= o similar de sentar em malaiala= uma forma verbal com o sentido de embrenhar )
se em em basco. s utili$ados para e'pressar um factor acess9rio de mais)valia são o
e%uivalente a ser em polaco arm1nio malaio 7apon&s= a dever em 7apon&s e sardo= ater na maioria das lín!uas rom*nicas= a poder tamb1m em malaio= a tornar-se no
alemão e bai'o alemão= e tamb1m a ser, dever, em alemão b;l!aro e ma!iar= a querer,
no romeno !re!o moderno alban&s servo)croata mandarim thai. Le o primeiro !rupo
não cont1m verbos volitivos o mesmo 7" não se aplica ao se!undo6 querer, dever, ter de.
N" determinadas formas em portu!u&s como no espanhol %ue podem ser nomes e
verbos dependendo do conte'to. Comparem)se comida e comer . Podem ser ambos
substantivos passíveis de modificar)se pelo arti!o definido6 a comida, o comer = 1
possível serem determinados pelo plural O6 as comidas, os comeres= são passíveis de se
precederem de preposição6 das comidas, dos comeres= podem ser ob7ecto de outros
verbos6 come a comida, quer comer = conse!uem ser modificados por formas livres %ue
denunciam aspecto ou ordem6 terminada a comida, terminado o comer . A !rande
diferença sur!e no sinta!ma comer comida sendo comer ine!avelmente um verbo.
2antar, en%uanto nome e verbo tem propriedades sist1micas distintas. Por si s9
cantar não pode denotar o aspecto per!ectivo ou imper!ectivo. /sso s9 1 possível
pelo contraste cantar & ter cantado tradicionalmente desi!nado por in!initivo impessoal & in!initivo per!eito. infinitivo pode associar)se normalmente ao aspecto
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imper!ectivo indicando uma acção simult*nea ou posterior6 4cantar assim neste
momento" por oposição a 4ter cantado assim neste momento" .
2antar pode ser interpretado imper!ectiva e per!ectivamente6 4ele pode cantar"
e%uivale a 4ele pode e est a cantar" ou a 4ele pode e ir cantar posteriormente" o
mesmo acontecendo com o latim cantat . Posteriormente %uando habere se tornou um
au'iliar resultou cantar h 3 cantar4 cantabo +futuro temporal- Q cantare habeo
+futuro modal- Q cantar-ai1o# 3 cantarei +futuro modal temporali$ado-. Assiste)se nas
circunst*ncias precedentes a um fen9meno de morfolo!i$ação isto 1 de transformação
de um morfema livre de si!nificação !ramatical +cate!orema- numa unidade presa de
si!nificação !ramatical +morfema-. Tamb1m o mesmo ocorreu com stat face a est
cantado est a cantar .
Mattoso C*mara Br. reflecte acerca dos motivos %ue se encontram na base da pro!ressiva prefer&ncia por formas sint1ticas em detrimento de formas analíticas
nomeadamente a !ramaticali$ação do au'iliar a disposição sinta!m"tica dos elementos
da e'pressão perifr"stica etc.
A imper!ectividade 1 passível de ser au'iliada por agora em canta agora, est
cantando ou a cantar agora, cantar agora.
>uanto a amanh(, denota al!o posterior e possível6 canta amanh(, est a cantar
amanh(5 cantar amanh(6 cantar has 3 cantars. -r 1 um factor de mais)valia como yao no mandarim. A forma cantando denota o aspecto imper!ectivo ao passo %ue
cantado tradu$ a per!ectividade.
Lão tr&s os aspectos sob os %uais se perspectivam os acontecimentos e cinco as
ordens de relaç#es entre os aspectos e um ei'o das %uais apenas tr&s possíveis no
passado.
N" tamb1m %ue ressalvar o %ue ,elloS desi!na por acontecimentos desinentes ou
cíclicos e'pressos por verbos como girar e levantar . Todas essas acç#es pressup#em
uma estrutura de princípio meio fim e %uando são referidas reportam)se J acção 7"
completa.
A forma levantar-se pode actuali$ar o sentido de colocar-se em pé6 ele est a tentar
levantar-se, levantou-se etc. >uanto a outra unidade como girar, denota o início de um
movimento de rota'(o. Contudo levantar-se e girar enunciam dois tipos diferentes de
acontecimentos cíclicos. Com girar no fim da acção o su7eito retorna ao ponto de
imobilidade em %ue começou e poder" reiniciar o movimento imediatamente sem
%ual%uer acção interm1dia. B" relativamente a levantar-se para %ue a acção torne a processar)se 1 necess"rio %ue se processe uma outra acção de permeio não podendo
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por isso voltar a processar)se de imediato sem %ue decorra um lapso de tempo para se
verificar um outro acto se7a de cair, sentar-se, deitar-se etc.
Em tipo diverso de eventos n(o cíclicos ou indesinentes 1 evidenciado por verbos
como dormir, o %ual J semelhança de levantar-se para ser repetido necessita do
decurso de um intervalo de tempo para al1m do processamento de outra acção como a
de acordar . Por outro lado pode prolon!ar)se indefinidamente no tempo não sendo
pontual como o acto de levantar-se.
Le a pessoa pode 4dormir uma hora", reportando)se o se!mento uma hora J duração
de uma acção= 4 girar uma hora" tradu$ a repetição de uma acção na%uele período de
tempo= ao passo %ue 4levantar-se uma hora" desi!na o interre!no entre o acto de
levantar )se e outro %ue poder" ser o retorno ao estado precedente como voltar a
sentar )se a deitar-se etc. se!mento uma hora refere o período decorrido entre ot1rmino do acto de levantar-se e o início de outra acção tradu$indo o estado de estar
levantado e não se reportando por tal ao tempo anterior ao acto de levantar-se, nem ao
pra$o dispendido para concreti$")lo. Contrariamente em "girou durante uma hora"
encontra)se definida a duração do acto de girar .
As formas cíclicas não evidenciam pois o início da acção. Todas as manifestaç#es
per!ectivas %ue se lhe combinarem indicam o aspecto terminativo6 tinha-se
levantado & levantou-se. ?o passado uma ocorr&ncia n(o cíclica s9 pode ser terminativa ) ontem morreu.
Em evento ocorre e desenrola)se sempre no tempo. Ema unidade de tempo pessoal
ou p;blica pode ser utili$ada tanto para medir a duração como o intervalo entre
acontecimentos.
?uma s1rie de eventos um começa %uando o outro acaba. A c1lebre frase de C1sar
ao passar o Rubricão 4ueni, uidi, uici" pode or!ani$ar)se em seis padr#es diferentes
desi!nadamente Veni, uidi, uici & Veni, uici, uidi & Vidi, ueni, uici & Vidi, uici, ueni & Vici,
ueni, uidi & Vici, uidi, ueni. Cada evento 1 per!ectivo. Mesmo alterando o tempo a
s1rie não poderia ser imper!ectiva num ei'o de orientação6 4vir, ver, vencer"4
"vem, v6, vence" .
A perífrase +verbal ou não- recebe variadas desi!naç#es como as de forma composta
forma analítica forma circunscrita ou construção perifr"stica entre muitas outras.
Combina numa ;nica unidade duas ou mais formas lin!uísticas individualmente
aut9nomas e independentes.
Contam)se ao lon!o dos anos diversos estudos efectuados nesse *mbito !eraldi!nos de desta%ue nomeadamente sob as mais diversas perspectivas +pardi!m"ticas
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sinta!m"ticas sem*nticas- donde destacamos os de N. rei0U V. ThWmmel X. TesniYre
8. 8uillaume00 B.Nolt +diferencia o termo positivo ) perfeito do ne!ativo ) presente e do
neutro ) aoristo- A./. Lmirnic3i7 (. ,enveniste05 M. Raether ,. Pottier 0: X.
Za[ado[s3i para referenciar apenas al!uns.
?a lín!ua castelhana as formas verbais perifr"sticas e'primem)se de diversas formas.
Al!umas pertencem ao sistema semi9tico prim"rio oficiali$ado no territ9rio espanhol e
outras mais recorrentes nos domínios da Am1rica do Lul de e'pressão castelhana
outrora sob o domínio hisp*nico como no Per; no Chile na 2ene$uela no Porto Rico
na Cuba na Col\mbia entre outros.
Contribuem para a constituição perifr"stica elementos como tomar, agarrar, ir, saltar,
llegar %uando conformam sinta!mas copulativos como llego y ... = salir, se!uido de
!er;ndio= estar para, estar por construídos com infinitivo= formas como comen)ar a ,
romper a, echarse a entre outras se!uidas de infinitivo= continuar a, acabar de,
empe)ar por, acabar por, llegar a, volver a, ir a entre muitas outras postadas com o
infinitivo= salir, llevar, ir, venir, estar, seguir, continuar, quedar1se#, com !er;ndio= tener,
andar, seguir 7untamente com o particípio passado.
i!nos de desta%ue são os diversos estudos empreendidos neste domínio
nomeadamente por R.B.Cuervo autor da anotação da !ram"tica de A. ,ello=
R.].Lpauldin!0
%ue retrata o percurso evolutivo diacr9nico da perífrase em castelhano=N. Chmeli^e3 0D empreendedor de uma an"lise profunda acerca das construç#es de
!er;ndio no anti!o castelhano= ].N. ]_rner 0I= N. ]eniston +partindo de um sistema de
cate!orias tendo por base as oposiç#es lin!uísticas-= L. 8ili 8aya 0K %ue inte!ra as
perífrases verbais no sistema verbal= B. Roca Pons= (. Coseriu o %ual considera uma
possível influ&ncia do !re!o anti!o sobre o latim vul!ar neste domínio= L. Namplov" de
entre uma profícua pan9plia de estudiosos.
]eniston0efectua a distinção entre aspecto ob%ectivo e aspecto sub%ectivo. ?este
;ltimo considera o integrativoO +e'6 agarró e hi)o- e o parciali)ador O no seio do
%ual destaca essencialmente o aspecto iterativoO +e'6 andar haciendo-= o progressivoO
+e'6 estar haciendo- = o iterativoO em combinação com o progressivoO +e'6 ir
haciendo- = e o continuativoO +e'6 seguir haciendo-. ?o %ue respeita ao aspecto
ob%ectivo sublinha o início da acção +aspecto e!ectivoO6 llegar a hacer e aspecto
incoativoO6 empe)ar a hacer -= o final da acção +aspecto per!ectivoO6 terminar de
hacer aspecto terminativoO6 de%ar de hacer - e a repeti'(o da acção +e'6 volver a
hacer -.
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estudo de Roca Pons0S considera os diversos au'iliares passíveis de ocorrer e o seu
valor aspectual 6 reiterativoO +volver a F infinitivo-= !uturo próximoO +ir $ a F
infinitivo-= !actitivoO +hacer, mandar, de%ar F infinitivo-= a!ectivoO +acabar $ por F
infinitivo-= ingressivo +romper $ a F infinitivo-= actuali)a'(o do estadoO +estar F
!er;ndio-= ac'(o per!eita recenteO +acabar $ de F infinitivo-= ordemO exorta'(oO
+ ir $ a F infinitivo-= entre outros.
Le!undo a autora Lylva Namplov"5U a perífrase verbal e'pressa em castelhano o
modo do verbo as relaç#es temporais as acç#es !actitivas a di"tese passiva e o modo
da acção +alemão6 7ktionsart - i.e. o modo de ac'(o ob%ectivo +ob%ective 7ktionsart - de
(. Nermann ou ainda o aspecto ob%ectivoO de ]eniston.
?a sua an"lise distin!ue v"rias classes de modos de acção denotados
perifrasticamente. Assim as perífrases de frase podem ser ingressivasO durativas eterminativas. A primeira cate!oria en!loba as perífrases ingressivas com car"cter
progressivo +e'6 empe)ar $ a, hacer, ir $ a, proceder $ a, echarse $ a F infinitivo
ou quedarse F !er;ndio- e as perífrases ingressivas sem car"cter progressivo
+comen)ar $ por, empe)ar $ por F infinitivo ou comen)ar, empe)ar F !er;ndio-. A
se!unda cate!oria compreende perífrases progressivas +ir, venir, andar, llevar F
!er;ndio- perífrases continuativas + seguir, quedar1se#, continuar F !er;ndio ou
seguir, quedar, continuar F particípio- e perífrases de dura'(o simples +estar F!er;ndio-. A terminar a cate!oria %ue en!loba perífrases de !im de uma acção
+terminar $ de, acabar $ de, venir $ a, alcan'ar $ a F infinitivo- ou a ;ltima de duas
ou mais acç#es +terminar $ por, concluir $ por F infinitivo ou terminar, acabar F
!er;ndio- e as perífrases %ue denotam a Ointerrup'(oO de um processo +de%ar $ de F
infinitivo-. (sta subcate!oria en!loba as perífrases de mudan'a de estado + ponerse,
quedarse F particípio-= as perífrases reiterativas +volver $ a, tornar $ a F infinitivo
ou estar F !er;ndio-= as perífrases consuetudinrias + saber, soler, acostumbrar F
infinitivo- e as perífrases distributivas embora estas não possam considerar)se como
cate!orias independentes dada a sua estreita comunhão com as perífrases durativasO.
>uando comparadas com o castelhano as formas utili$adas pelo catalão possuem
muitíssimas similitudes.
Para um estudo aprofundado da realidade lin!uística %uer catalã +lín!ua oficial de
Andorra- %uer occitana muito contribuiu ,ri!itte Lchlieben)Xan!e50. Assim na
construção perifr"stica verbal aspectual do catalão são di!nas de desta%ue as se!uintes
f9rmulas6 tornar $ a, acabar $ de, continuar $ a, anar $ a, comen'ar $ a adu$idas doinfinitivo= estar, anar, venir, seguir, persistir, comen'ar, continuar, acabar, a %ue se ap#e
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o !er;ndio= tenir se!uido do particípio passado4 aga!ar, %uando imiscuído num sinta!ma
copulativo.
?a lín!ua francesa são estas as principais construç#es de perífrases verbais6 precede
o !er;ndio a forma aller 1en#= o infinitivo aparece não raro antecedido de aller, venir,
venir $ 8, venir $ de, sortir $ de, commencer $ par, !inir $ par, continuer $ 8, se
trouver $ 8, se mettre $ 8, commencer $ 8, 6tre $ 8, 6tre sur le point de, 6tre en train
de.
seu estudo !ran7eou a participação e empenho de vultos tão eminentes como X.M.
,rie`r)van)A3erla3en55 N.8.Lcho!t A.B. Nenrichsen %ue tendo por base To!eby5:
distin!ue a priori entre locuç#es verbais perífrases verbais e formas perifr"sticas
verbais= 8. 8ou!enheim5 o %ual salienta as se!uintes combinaç#es temporais e
aspectuais6 perífrases durativasO +6tre $ 8, 6tre $ apr9s, 6tre en train de F infinitivoou aller F !er;ndio ou 6tre F particípio presente- perífrases de futuro +devoir F
infinitivo- suplementos do futuro + aller, venir $ 8, pouvoir, devoir F infinitivo-
perífrases de futuro pr9'imo +6tre $ pour, vouloir F infinitivo ou s+en aller F particípio
passado- de passado recente +venir $ de, ne !aire que de F infinitivo- perífrases de
acção %uase completa + !aillir, manquer $ de, penser F infinitivo-. A construção ir $
!er;ndio poder" em certos conte'tos indiciar uma circunst*ncia n(o acabadaO
e%uivalendo)lhe por tal um sentido adverbial de quase+ +4ele ia morrendo4-. edestacar tamb1m P. /mbs B. amourette e (. Pichon5D X. lydal entre outros.
?a lín!ua italiana são se!uidas de infinitivo as formas stare $ a, stare $ per, essere $
per, mettersi $ a, cominciare $ a, continuare $ a, venire $ a, andare $ a, cominciare $
col, !inire $ col . Construem)se copulativamente pigliare, prendere= fa$)se suceder de
particípio passado ou de ad7ectivo andare= e acompanham)se de !er;ndio andare,
venire.
istin!uiram)se nos estudos efectuados neste *mbito na lín!ua italiana ,.
Letterber!)Br!ensen tomando como ponto de partida os verbos andare venire e
tornare para analisar diacronicamente as perífrases verbais do italiano= A. 8ranville
Natcher e M Musa5I N. Marchand5K Ltan3o 3erl75 entre outros.
?o occitano verificam)se construç#es com infinitivo contunhar $ de, !inir $ de,
venir $ de, estre a punt de, comen'ar $ de, contunhar $ de, contunhar $ a, comen'ar
$ a, estre $ a, 9sser $ a, se metre $ a, se botar $ a, anar, anar $ per, 9sser $ per.
orma)se copulativamente se prendre. 7nar pode tamb1m fa$er proceder)se pelo
!er;ndio.
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As perífrases verbais na lín!ua romena contaram com uma particular atenção
consa!rada por estudos de relevo de %ue destacamos os de 2. 8uu)Romalo 5S de ].
Landfeld:U e de . umitrescu:0.
As formas de e'pressão mais utili$adas para as perífrases verbais aspectuais em
romeno são6 a sta, a :edea, a 1se# lua, a se apuca, a se pune, a se ;ndemna em
construção copulativa= ian F imperativo= a sta, a da, a !i, a vrea, a urma, a se pune, a
prinde, a se apuca F con7untivo= a !i F !er;ndio= a prinde F infinitivo= a se pune la &pe F
supino.
Partindo de trabalhos como os de M.X. Va!ner :5 e de Ma' Pittau:: podemos
resumidamente aludir a al!umas formas de e'pressão da perífrase verbal no sardo tais
como6 essere F !er;ndio= se puanto ao portu!u&s neste sistema semi9tico h" %ue distin!uir diversas variaç#es decari$ diat9pico não apenas no %ue concerne ao interior do territ9rio luso mas tamb1m
entre o portu!u&s europeu e o portu!u&s variedades do ,rasil e de frica. Al!umas
destes re!ionalismos ad%uirem i!ualmente um car"cter diastr"tico por%uanto em
determinadas situaç#es evidenciam marcas socioculturais dos falantes intervenientes.
?a lín!ua portu!uesa J semelhança dos sistemas lin!uísticos anteriormente referidos
se!uem)se de infinitivos formas como ir => , ir $ a, estar $ a, andar $ a, viver $ a,
continuar $ a, !icar $ a, desatar $ a, deitar $ a, p?r-se $ a, dar1-se# $ a, tornar $ a,desandar $ a +essencialmente na variedade brasileira- , voltar $ a, vir $ a, acabar $ de,
deixar $ de, vir $ de, estar $ para, estar $ por, continuar $ em ...
Al!uns conectores preposicionais são na realidade solecismos ainda %ue o uso
recorrente possa vir a le!itim")los como custar a acreditar4 deparei com um amigo,
etc. A construção come'ar $ de $ infinitivo 1come'ou de perguntar# era assa$ fre%uente
nos períodos medieval e subse%uentes podendo encontrar)se em autores como ernão
Xopes.
Construem)se com !er;ndio ir, vir, estar, andar, viver, !icar, deitar, acabar, terminar,
sobretudo no Portu!u&s do ,rasil. Combinados com o particípio passado e em certos
conte'tos com um ad7ectivo e'emplificamos com ir, vir, andar, ter . Admitem uma
construção copulativa ir, pegar, agarrar entre outros:D.
Pelo e'posto sumariamente no par"!rafo anterior se conclui %ue al!uns verbos
morfem"ticos possuem uma influ&ncia directa sobre a forma nominal subse%uente +vou
espalhando# outros indirecta por interm1dio de um conector preposicional Ga, de, para,
por, em, com +deixou de treinar # ou con7uncional +que-$ e muitos contemplami!ualmente ambas as possibilidades +estou a cantar , estou cantando-H. A incid&ncia
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indirecta 1 preferível no portu!u&s europeu sobretudo em construç#es de verbo
morfem"tico F conectivo a +com maior recorr&ncia- & de & para & por F infinitivo.
aspecto verbal %uer en%uanto cate!oria universal de presença marcante mesmo
em certas lín!uas %ue carecem de tempo %uer na lín!ua portu!uesa fomentou sobretudo
a !1nese de al!umas refle'#es estudos aborda!ens +mormente nas diversas !ram"ticas
por autores como Celso Cunha e Xindley Cintra:I Chaves de Melo Laid Ali Ant9nio
8omes aria e Bos1 ?unes de i!ueiredo:K- mais do %ue trabalhos de con7unto
notoriamente em escasso n;mero.
Lão di!nos de desta%ue no %ue concerne ao estudo do valor da perífrase verbal no
portu!u&s autores como ].N. ]l_ppel: %ue empreendeu uma an"lise centrada na
construção de querer, vir, ir, cuidar, come'ar, pensar se!uidos do infinitivo= N.R.
]ahane e N.L.Nutter :S= 2"$%ue$)Cuesta e Mendes da Xu$U= entre outros. A títuloe'emplificativo V.Z. Lhetter 0 dedica)se J consideração do aspecto verbal perifr"stico
na lín!ua portu!uesa conferindo especial atenção J combinação estar $ !er;ndio por
oposição J forma verbal simples correspondente +e'6 !ala & est !alando & est a !alar#.
Assenta essa distinção na noção de "!oco" . enota i!ualmente a nomenclatura de Martin
Boos5 relativamente J diferenciação entre "process verbs" utili$ados para tradu$ir do
ponto de vista le'ical um acontecimento= e "relation verbs" para a e'pressão de uma
%ualidade saber ou estado.,ento de liveira não foca em particular o aspecto como cate!oria distinta contudo
emite al!umas consideraç#es di!nas de desta%ue. Atribui a v"rias construç#es diferentes
valores.
Assim as f9rmulas estar $ particípio imperfeito +!er;ndio- & estar $ a $ infinitivo
impessoal tradu$em perman&ncia ou continuação da acção anteriormente iniciada= estar
F particípio perfeito & estar $ !er;ndio & estar $ a $ infinitivo denota uma acção
acabada= estar $ a & estar $ para $ infinitivo denuncia uma acção futura +mais pr9'ima
com a preposição a e menos pr9'ima com para-= come'ar, desatar, deitar, meter $ a $
infinitivo revela um valor incoativo +início da acção-= andar $ particípio imperfeito &
andar $ a $ infinitivo evidencia um valor !requentativo= deixar, cessar $ de $
infinitivo e'pressa o término= ir, vir $ particípio imperfeito denota progressividade
movimento real ou virtual de dentro para fora= !icar $ particípio imperfeito & !icar $ a
$ infinitivo demonstra persist6ncia conclus(o= !icar $ particípio perfeito indica
um estado permanente= acertar $ de, dever $ de, tornar $ a $ infinitivo actuali$a
causalidade probabilidade, conveni6ncia, ou renova'(o respectivamente=dar $ em $ infinitivo concreti$a os sentidos respeitantes ao valor @incoativo.
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Laid Ali alude Js con7u!aç#es perifr"sticas aspectuais como con%uga'Aes compostas
definidas da se!uinte forma6 4combina'Aes de auxiliares com verbos principais".
istin!ue ainda o autor diversos au'iliares aspectuais. Afirma serem %uatro as principais
perífrases aspectuais incluindo construç#es da con7u!ação perifr"stica activa
nomeadamente ter $ de F infinitivo= estar F !er;ndio +note)se a prop9sito a
naturalidade brasileira do autor-= ter F particípio= ser F particípio.
Por seu turno Ataliba T. de Castilho: apresenta uma definição de aspecto como uma
cate!oria !ramatical de se!undo !rau a par do tempo modo pessoa n;mero e vo$
referindo)o como "a vis(o ob%ectiva da rela'(o entre o processo e o estado expressos
pelo verbo e a ideia de dura'(o ou desenvolvimento" . (fectua ainda a diferença entre
valor e aspecto do se!uinte modo6 para os valores de @dura'(o4
@complementaridade4 @repeti'(o e @neutralidade, o aspecto imper!ectivo4
per!ectivo4 iterativo e indeterminado respectivamente.
Lalienta o autor %uatro aspectos essenciais6 per!ectivo + pontual resultativo
cessativo- imper!ectivo +inceptivo inceptivo propriamente dito incoativo
imper!ectivo cursivo cursivo propriamente dito progressivo terminativo-
iterativo +imper!ectivo per!ectivo- indeterminado +aspecto nem per!ectivo
nem imper!ectivo-.
Refere ainda Castilho %ue o aspecto incoativo pode e'pressar)se atrav1s de perífrases como passar $ a, principiar $ a, come'ar $ a, p?r-se $ a, agarrar $ a
+pop.- , dar1-se# $ a, dar1-se# $ para, dar1-se# $ em, cair $ a, deitar $ a, desatar $ a,
romper $ a, se!uidos de infinitivo ou ainda ir-se, p?r-se, deitar, come'ar, principiar
combinados com o !er;ndio. Para denotar o aspecto imper!ectivo conclusivoO
distin!ue acabar $ de, acabar $ por, deitar $ de, cessar $ de, terminar $ de, vir $ de
F infinitivo. >uanto ao aspecto cursivo poder" e'primir)se atrav1s de ir, prosseguir,
estar, vir, permanecer, seguir F !er;ndio ou ainda estar $ a, continuar $ a, deixar $ a,
!icar $ a F infinitivo. Como perífrases cursivo) progressivas destaca as se!uintes
construç#es6 ver F infinitivo ter F verbo incoativo , ir, vir, estar F !er;ndio.
Le o aspecto indeterminado não possui para Castilho uma e'pressão formal
pr9pria e específica o per!ectivo por sua ve$ conta com tr&s subclasses
desi!nadamente a pontual +acabar $ por, acabar $ de F infinitivo a vo$ passiva )
ser F particípio passado , acabar $ de F !er;ndio de um verbo t1lico numa dada
situação mais)%ue)perfeito composto- a cessativa +pret1rito de estar F particípio
passado- e a resultativa +estar, ter F partcípio passado-. Por ;ltimo o aspectoiterativo divide)se em imper!ectivo e per!ectivo. primeiro e'prime)se por
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interm1dio de ir, vir, viver, andar $ a, costumar, habituar-se F infinitivo de um verbo
at1lico ou andar, viver F !er;ndio de uma forma verbal at1lica. se!undo serve)se de
ser de, viver, andar, soer +arc.- F infinitivo de um verbo t1lico ou andar, viver F
!er;ndio de um verbo t1lico.
Ema refer&ncia não tão estruturada como a anterior mas ainda assim das mais anti!as
a respeito da lín!ua portu!uesa procede de um arti!o da autoria de 8onçalves 2ianna.
p#e as formas verbais simples ao %ue desi!na por função virtual ou aspectual capa$es
de denotar a acção como predicados do su7eito= a perífrases com valor !uncional tais
como6 ir & vir +função progressiva ou gradual-= estar +função actual- F
preposição a F infinitivo F !er;ndio.
Paiva ,ol1oD apresenta al!umas refle'#es acerca da !radativa substituição do
perfeito simples pelo perfeito composto ou perifr"stico nas principais lín!uas rom*nicase !erm*nicas fen9meno de dimens#es apreci"veis no franc&s pese embora não
verific"vel na sua maior abran!&ncia no portu!u&s. ?esta lín!ua %ue 1 a nossa a
oposição entre perfeito simples e composto acarreta um valor aspectual desi!nadamente
de acção concluída no passado acção iniciada no passado e continuada no presente i.e.
acabadoO durativoO e +ou- iterativoO. Considera ,ol1o o iterativoO como um
valor decorrente do durativoO. utras si!nificaç#es apensas ao pret1rito perfeito
composto são de acordo com o autor as de progress(oO !requ6nciaO resultadoO.istin!ue i!ualmente diversos pares aspectuais de entre os %uais ressalvamos os
se!uintes6 acabado inacabado= determinado indeterminado= pontual
contínuo= ingressivo ou inceptivo resultativo= per!ectivo imper!ectivo=
e tamb1m valores como o causativo e o incoativo.
(pif*nio iasI contempla os diversos sentidos actuali$ados por v"rias construç#es
perifr"sticas desi!nadamente por ter $ particípio +pret1rito indefinido ) continua'(o+
repeti'(o+ impossibilidade+ ou !alta de dese%o de continuar -= estar F particípio
presente ou estar $ a $ infinitivo ++o que est a ocorrer no presente ou no pretérito+ -= ir
$ a & para $ infinitivo ++ac'(o inacabada+ no presente no pret1rito imperfeito ou no
futuro imperfeito-= ir $ particípio presente ++progressividade+ ou +ac'(o quase iniciada+ -=
ir & vir $ particípio presente ++ac'(o gradual+ -= estar $ para $ infinitivo ++imin6ncia+ =
+ac'(o prestes a iniciar-se-= andar $ a $ infinitivo & andar $ particípio presente
+ prolongamento+ -= ser $ particípio de certos verbos intransitivos ou de sentido
intransitivo ++ac'(o consumada+ - e%uivalendo ao pret1rito simples= cessar $ de,
continuar $ a, vir $ a $ infinitivo , entre muitos outros.
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scar XopesK considera as cate!orias verbais de tempo e de aspecto. (mbora opine
%ue ambos denotam "intervalos ordenados e quali!icados" ressalva todavia o facto de o
aspecto e'pressar valores distintos das cate!orias temporais de presente pret1rito e
futuro. Atesta dois n;cleos essenciais de aspecto a saber en%uanto ordena'(o complexa
de intervalos +aoristo ou pontual= durativo ou pro!ressivo= imperfeito ou inacabado
perfeito ou acabado- e conforme quanti!ica'(o da !requ6ncia +universal ou !n9mico
%ue compreende a +probabilidade, a +!requ6ncia+, o +hbito+, a +possibilidade
permanente+ -.
istin!ue de i!ual modo neste *mbito o contributo valorativo +imper!eito
durativo aorístico incoativo- dos au'iliares utili$ados6 sou doente & estou doente
& !iquei doente & andei doente.
scar Xopes realça tamb1m a acção de desin&ncias perífrases afi'os ad7untosverbais para a definição do valor aspectual no seu con7unto.
Relativamente aos verbos au'iliares do portu!u&s contempor*neo X;cia Xobato
tomando em consideração factores como os de unidade sem*ntica falta de imperativo
circunstante temporal e'tensão apassivação entre outros conclui serem apenas %uatro
os au'iliares na lín!ua portu!uesa desi!nadamente ser, estar, ter, haver
Coube a Albano CostaS definir v"rios tipos aspectuais em perfeita conformidade com
estudos anteriores a saber6 ingressivo progressivo terminativo durativo pontual resultativo aoristo. (ntre as construç#es perifr"sticas aspectuais
salienta as de valor ingressivo + p?r-se $ a, meter-se $ a, desatar $ a, romper $ a,
largar $ a, entrar $ a, deitar $ a $ infinitivo #= durativo +estar $ a, andar $ a, !icar
$ a $ infinitivo de um verbo durativo-= iterativo +estar $ a, andar $ a $ infinitivo de
um verbo monomomentBneo4 ir, vir $ !er;ndio #= resultativo +ter $ complemento
directo $ particípio4 estar $ particípio-= pontual +chegar $ a $ infinitivo de um verbo
momentBneo-.
ias da Costa por seu turno distancia)se de outros trabalhos na medida em %ue não
considera determinadas e'press#es perifr"sticas como ir, andar $ para, ir $ para, estar
$ para, vir $ a $ infinitivo.
>uanto a CoseriuDU diferencia dois !randes tipos de construç#es perifr"sticas sendo a
primeira constituída pela combinação de formas de verbos como andar, estar, salir,
venir entre muitos outros 7untamente com substantivos sinta!mas nominais ad7ectivos
e particípios. a se!unda cate!oria participam os verbos combinados com o !er;ndio ou
uma preposição se!uida de infinitivo6 anda llorando, sale diciendo. ?ote)se por1m %ue
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as afirmaç#es do autor concernem Js lín!uas hisp*nicas em !eral e não o portu!u&s em
particular.
Considera especialmente al!umas construç#es perifr"sticas parat"cticas com valor de
resolu'(o intensividade a!ectividade 6n!ase ou de decis(o de um acto
perspectivado na sua !lobalidade com au'iliares J e'pressão da se!unda forma verbal
estatuídos como modificadores !ramaticais6 agarrar e ..., ir e ..., agarrar e ... 1 e'6
4agarrei e disse"#.
utras e'press#es perifr"sticas tradutoras de uma visão parciali)ante tendo em conta
o desenvolvimento da acção e'emplificam)se com formas como andar, continuar,
estar $ gerCndio 1& $ a $ in!initivo#, ir, vir $ gerCndio.
Coseriu opina %ue o aspecto deve ser encarado como uma cate!oria !ramatical
universal potenciadora de diferentes actuali$aç#es consoante o sistema lin!uísticoconsiderado pelo %ue não devem aplicar)se Js restantes realidades lin!uísticas como as
hisp*nicas princípios de conceptuali$ação aspectual v"lidos para as lín!uas eslavas
baseadas nas oposiç#es @acabado&@inacabado, @durativo&@n(o durativo. < para as
lín!uas rom*nicas %ue concebe uma lista de dimensAes aspectuais onde constam
elementos como resultado, nCmero verbal ou itera'(o, determina'(o, orienta'(o, vis(o
1estar $ a $ infinitivo #, !ase 1estar $ por & p?r-se $ a & acabar $ de $ infinitivo #, grau,
orienta'(o, coloca'(o 1acabar $ !er;ndio , vir $ a $ infinitivo # entre outros. Perfilha i!ualmente a ideia de %ue o aspecto não constitui uma cate!oria isolante ou
estan%ue sendo pluridimensional e podendo combinar)se com outros elementos
nomeadamente com o tempo +antes em simult*neo ou posterior-.
?o mesmo sentido efectua uma oposição nem sempre verdadeiramente absoluta
entre 7spekt e 7ktionsart.
Mattoso C*mara Br.D0 partiu da forma nominal %ue enforma as construç#es
perifr"sticas para distin!uir entre perífrases com particípio perfeito +ter $ particípio
perfeito aspecto permansivoO- com infinitivo ) o mais usual +ir $ infinitivo com valor
modal acabar de $ infinitivo terminativoO come'ar $ a, principiar $ a, p?r-se $ a $
infinitivo inceptivoO- e com !er;ndio +estar $ !er;ndio sobretudo na variante do
,rasil da construção latina stat legendo - aspecto durativo ou continuadoO-.
portu!u&s europeu privile!ia as e'press#es estar $ a $ infinitivo dura'(o estticaO= ir,
vir, andar $ a $ infinitivo & !er;ndio terminativoO.
Boão de AlmeidaD5 estrutura o sistema verbal aspectual da lín!ua portu!uesa como
en!lobando aspectos lato sensu + per!ectivo imper!ectivo- e aspectos stricto sensu.(ntre estes salienta os aspectos de fase +cursivoO inceptivo terminativo- e os de
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e'tensão +durativo iterativo pontual-. As perífrases verbais manifestam al!uns
valores aspectuais nomeadamente o inceptivo reportando)se ao início de uma acção
+come'ar $ a, principiar $ a, romper $ a, desatar $ a $ infinitivo- o durativo ou
cursivo referido ao desenvolvimento da acção +andar $ a, continuar $ a, !icar $ a,
estar $ a $ infinitivo !er;ndio sem conector # o estado de término +acabar $ por,
terminar $ por, parar $ de $ infinitivo !er;ndio sem conector # a consequ6ncia de
términoO +chegar $ a $ infinitivo- a itera'(o simplesO relativa J repetição da acção
+voltar $ a, tornar $ a $ infinitivo- e a itera'(o !requentativaO +viver $ a $ infinitivo-.
efine i!ualmente dois !randes n;cleos de modalidades6 modalidade ob7ectiva
+exist6ncia & n(o exist6ncia, necessidade e obrigatoriedade e'pressas por dever,
precisar $ de, haver & ter $ de & que $ infinitivo= possibilidade & impossibilidade
denotadas por poder, dever, saber $ infinitivo4 e probabilidade- e modalidade sub7ectiva+dCvida ou certe)a, ordem e proibi'(o6 querer, poder, ir, dever $ infinitivo= voli'(o e
dese%o6 dese%ar, querer, pretender, pre!erir, pensar em $ infinitivo-.
Contudo se de facto se constata a e'ist&ncia de perífrases modais com acumulação de
valores como querer $ infinitivo +ordem+ e +proibi'(o+4 +voli'(o+ e +dese%o+ - face aos
princípios saussurianos +uma forma um valor- esses mesmos ditos valores+ não poderão
ser na realidade mais do %ue sentidos actuali$ados. Com efeito uma e'pressão formal
como ir $ infinitivo , pode 7untar um valor modal +ordem e proibi'(o- e um valor aspectual + !uturidade- mas não dois valores da mesma classe.
Lhiro gana!aD: analisa o aspecto en%uanto cate!oria sem*ntica não deíctica como
est"vel eventual processual. Considera a e'ist&ncia de nove fases +momentos
correspondentes e paralelos ao tempo cronol9!ico- aspectuais da situação or!ani$adas
em seis cate!orias6 fases antes da face inicial= fase inicial= fases da situação)n;cleo não
iniciais nem terminais= fase antecedente da fase terminal= fase terminal= fase se%uente J
situação)n;cleo. A perspectiva de observação do deslocamento f"sico pode ser
prospectiva +início- laterospectiva +meio- e retrospectiva +fim-.
< vasta a lista apresentada referente Js perífrases verbais passíveis de e'pressar o
aspecto de fases +e em certos casos refira)se %ue tamb1m de visão demarcação etc-6
estar $ particípio , ter $ complemento directo F particípio a concordar com o ob7ecto
directo ) p9s terminativo= estar $ a & acabar $ de $ infinitivo ) pr1)terminativo=
acabar & deixar $ de $ infinitivo ) terminativo= vir, ir & estar, ir $ a & estar, ir $ para $
infinitivo ) pr1)incoativo= vir, chegar, p?r-se, passar, !icar, come'ar $ a $ infinitivo )
incoativo= estar, continuar, andar $ a $ infinitivo & ir, vir, estar, andar $ !er;ndio )cursivo.
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s 7" citados 2"$%ue$ Cuesta e Mendes da Xu$ numa sum"ria aborda!em J cate!oria
em %uestão diferem construç#es de posterioridade espont*nea e familiar + ir F infinitivo-=
duratividade= continuidade entre muitas outras.
>uanto a ietrichD no seu trabalho de f\le!o sobre o aspecto verbal perifr"stico nas
lín!uas rom*nicas distin!ue v"rias cate!orias e subcate!orias aspectuais
desi!nadamente colocação +demarcação disposição resultante e ordem- e visão
parciali$adora +com especial desta%ue para a visão e'tensiva-.
Contempla o autor a distinção entre perífrases com uerba adiecta e com uerba
denominativa. ?os primeiros o seu si!nificado instrumental conserva o seu valor l1'ico
ao contr"rio dos se!undos cu7a !ramaticalidade a ser mensurada 1 superior J dos
anteriores.
Nerculano de CarvalhoDD por seu turno concebe o verbo como uma entidade portadora de uma dupla face6 tempo e aspecto este ;ltimo revestido de uma ine!"vel
comple'idade o %ue dificulta o seu estudo. ?o mesmo sentido distin!ue entre
reali$aç#es aspectuais de e'pressão le'ical e de e'pressão !ramatical.
A oposição prim"ria per!ectivo imper!ectivo pode combinar)se com outros
pares aspectuais +durativo momentBneo incoativo permansivo cursivo
iterativo permansivo terminativo ingressivo permansivo egressivo-.
autor consa!ra especial atenção ao valor durativo en%uanto denotação dasmorfota'es dos tempos compostos e das perífrases verbais.
Nenri%ueta CamposDI J semelhança de Castilho opera a distinção entre verbos t1licos
ou transit9rios e at1licos ou não transit9rios passíveis de estender)se indefinidamente
no tempo. Processa a e%uival&ncia entre determinados tempos verbais e os valores
aspectuais concreti$ados6 imperfeito ) aspecto imper!ectivo !ramatical perfeito )
aspecto per!ectivo !ramatical. Adu$ ainda uma e'posição subordinada J tem"tica
perfeito simples +cantei- perfeito composto +tenho cantado-.
trabalho de Lchemann e Lchemann)iasDK acarreta al!umas informaç#es acerca de
perífrases verbais %ue não veiculadas ;nica nem primacialmente sobre a lín!ua
portu!uesa podem a ela ser aplicadas. s verbos são cate!ori$ados em modais +querer,
poder, etc.- e perceptivos +tactear, ouvir, etc.-. As cate!orias aspectuais concebidas são
as de duração fase repetição e resultado não sendo a visão considerada pelos autores
determinante para a lín!ua portu!uesa.
Tendo em conta o aspecto as perífrases verbais podem ser de determinação
pra!m"tica +hip9teses e actos de fala- de perspectiva e de relacionamento +entreacç#es-.
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Maria Nelena Mira Mateus et al .D distin!uem em primeira inst*ncia as classes
aspectuais do predicador +estados eventos e processos- e as formas aspectuais
+adv1rbios temporais formas verbais ) com valor habitual inacabado iterativo
e perífrases verbais-.
As !ram"ticas portu!uesas da d1cada de oitenta +de val&ncias dependenciais e
inte!radas- adu$em novas perspectivas analíticas sobre o aspecto. Andrade PeresDS
concebe os estados-de-coisas como 4as parcelas de um mundo designadas pelas
proposi'Aes" . (ram duas as vari"veis a considerar para os estados-de-coisas6 o
dinamismo6 F din*mico +eventos- ) din*mico +situaç#es- e o controle6 F controlado
+acç#es e posiç#es- ) controlado +processos e estados-. Relativamente ao aspecto
verbal toma)o como um operador !rsico denotado pela fle'ão por e'press#es
adverbiais ou por au'iliares aspectuais.Recentemente N. ,arrosoIU apresentou um %uadro e'tenso dos au'iliares verbais
distribuídos por cinco fases de !ramaticali$ação ainda %ue ressalve o seu car"cter aberto
e incompleto6 primeira fase +e'6 dese%ar, esperar $ infinitivo # se!unda fase +e'6
come'ar, terminar $ !er;ndio4 come'ar $ a, terminar $ de $ infinitivo- terceira fase
+e'6 andar $ a, ir $ !er;ndio4 andar $ a, p?r-se $ a $ infinitivo # %uarta fase +e'6 ser $
particípio , estar $ para $ infinitivo- %uinta fase +respeitante a morfolo!i$aç#es-.
A fase ou !rau constitui uma cate!oria aspectual capa$ de referenciar o !rau ou a fasede reali$ação da acção. Lão sete as fases denotadas perifrasticamente na lín!ua
portu!uesa6 iminencial egressiva +ambas atestadas perifrasticamente em al!umas lín!uas
rom*nicas mas não nas suas con!1neres da Anti!uidade Cl"ssica- continuativa, pré-
!inal, !inal, inceptiva, progressiva a %ue se acresce uma fase neutra cu7o au'iliar se
encontra no presente do indicativo +come'ar $ a4 estar $ para4 continuar $a4 estar $ a
$ acabar $ de4 acabar $ de4 ir $ infinitivo4 ter $ particípio passado-. conector
se!uido do infinitivo podem substitui)se pelo !er;ndio em certas variedades-.
Ressalve)se por1m %ue o anteriormente e'posto se aplica maioritariamente aos
verbos durativos +7" %ue os momentBneos tamb1m podem tradu$ir o !rau iminencial da
acção- uma ve$ %ue podem comportar diversas fases na reali$ação da acção. Al!umas
fases restrin!em)se ainda a tipos específicos de verbos durativos como a fase
egressiva confinada a verbos durativos transitivos.
A fase continuativa tradu$ uma acção ap9s o seu início e'primindo a perman&ncia da
sua pro!ressão e não referenciando o seu t1rmino. Reportam)se a esta fase as se!uintes
perífrases aspectuais6 continuar $ a $ infinitivo4 continuar $ !er;ndio4 andar $ a $infinitivo4 andar $ !er;ndio4 !icar $ a $ infinitivo4 !icar $ !er;ndio.
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A desi!nar o fim de uma acção em momentos distintos encontram)se a fase pré-!inal
+etapa %ue antecede de perto o t1rmino- e a fase !inal +o !im da acção-. A primeira
representa)se perifrasticamente por estar +no presente imperfeito futuro futuro do
pret1rito do indicativo= presente imperfeito futuro do con7untivo= formas nominais do
infinitivo e do !er;ndio- $ a $ acabar $ de $ infinitivo +sobretudo de verbos
durativos-.
A fase !inal tradu$)se pelas construç#es acabar $ de $ infinitivo +com um valor
temporal nal!uns conte'tos %ue não dever" confundir)se com o aspectual# a mais
fre%uente e terminar $ de $ in!initivo.
ietrichI0 admite ainda cessar +no presente imperfeito perfeito mais)%ue)perfeito do
indicativo= infinitivo e !er;ndio- $ de $ infinitivo , deixar +no presente imperfeito
perfeito mais)%ue)perfeito futuro do pret1rito do indicativo= presente imperfeito docon7untivo= imperativo= formas nominais de infinitivo impessoal !er;ndio- $ de $
infinitivo e cessar +no presente perfeito mais)%ue)perfeito do indicativo- $ de $
infinitivo. ?ote)se por1m %ue estas e'press#es desi!nam na afirmativa a interrupção
de uma acção em %ual%uer instante do seu desenvolvimento independentemente da sua
efectiva concreti$ação uma ve$ %ue não aludem ao t1rmino da acção permanecendo
por tal incompleta. Para al1m disso deixar $ de $ infinitivo acarreta na afirmativa
sobretudo uma car!a sem*ntica de abandono. ?a ne!ativa o sentido %ue actuali$am 1 oda não interrupção do desenrolar de uma acção. Combinam)se %uer com verbos c9pula
%uer com verbos plenos sobretudo durativos
s au'iliares podem ocorrer no modo indicativo +presente imperfeito perfeito mais)
%ue)perfeito futuro futuro do pret1rito- con7untivo +presente imperfeito futuro-
imperativo ou ainda apresentar)se sob uma forma verbal nominal +infinitivo !er;ndio-.
A consideração da acção ap9s o seu t1rmino 1 denotada pela fase e!ressiva. a$)se
representar pela perífrase ter $ particípio fle'ionado por ve$es au'iliada por adv1rbios
como %. Revela uma compatibilidade restrita s9 permissível a verbos transitivos com o
ob7ecto directo manifesto.
A fase iminencial reprodu$ o início de uma acção e'pressa pelas se!uintes perífrases
aspectuais6 estar +no presente imperfeito perfeito mais)%ue)perfeito futuro futuro do
pret1rito do indicativo presente imperfeito futuro do con7untivo infinitivo impessoal-
$ para $ infinitivo & estar $ !er;ndio4 andar +apenas morfota'es do indicativo presente
imperfeito perfeito mais)%ue)perfeito- $ para $ infinitivo & estar $ !er;ndio4 ir
+imperfeito perfeito do indicativo- $ a $ infinitivo4 ir +presente imperfeito perfeito- $ para $ infinitivo.
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As construç#es com !er;ndio constituem variaç#es da norma europeia.
as perífrases anteriores a mais recorrente 1 a %ue se serve do au'iliar estar . (ste
;ltimo pode teoricamente ocorrer com verbos c9pula J e'cepção de estar +estar a
estar -. < i!ualmente possível encontrar estar $ para $ infinitivo com o sentido de
+disposi'(o+ . ?otem)se todavia certos brasileirismos tais como n(o $ estar $ para $
infinitivo4 estar a !im de $ nomepronome verbo respectivamente. Desatar $ a $
infinitivo , largar $ a $ infinitivo , deitar $ a $ infinitivo , romper $ a $ infinitivo
e'primem dentro da inceptividade ou se preferível da ingressividade o início
repentino de uma acção. Todavia desatar $ a, romper $ a poderão representar
i!ualmente idiotismos na medida em %ue admitem construç#es como desatar $ a &
romper $ a $ substantivo 1"desatou 8s risadas"#, ou ainda desatar $ em & romper $ em
$ substantivo 1"rompeu em prantos"#.
As perífrases construídas com o au'iliar andar aplicam)se a verbos durativos
momentBneos c9pula. ?ecessita para a sua concreti$ação de um denotador temporal
+e'6 %#.
As construç#es com o au'iliar ir podem indiciar a introdução da acção na fase
iminencial %uando se!uidas da adversativa mas ou de uma preposição. >uando
acompanhado com o conector preposicional a, apenas admite verbos moment*neos.
A fase inceptiva tradu$ o ponto de início da acção. Lão v"rias as formas de e'pressão perifr"stica desi!nadamente agarrar $ a $ infinitivo4 cair $ a $ infinitivo4 dar $ a $
infinitivo4 desandar $ a $ infinitivo4 despe%ar $ a $ infinitivo4 sair $ !er;ndio.
Al!umas tradu$em perífrases e'tensivas de uerba adiecta como principiar $ a $
infinitivo4 recome'ar $ a $ infinitivo4 come'ar $ a $ infinitivo. utras constituem
perífrases intensivas de uerba denominata6 desatar $ a $ infinitivo4 pegar $ a $
infinitivo4 largar $ a $ infinitivo4 romper $ a $ infinitivo +variantes conte'tuais-= p?r-se
$ a $ infinitivo4 passar $ a $ infinitivo4 meter-se $ a $ infinitivo4 entrar $ a $
infinitivo. Lão variedades do portu!u&s do ,rasil entrar $ a $ infinitivo4 meter-se $ a $
infinitivo combinando)se preferencialmente com verbos durativos em detrimento dos
verbos c9pula e momentBneos.
A e'pressão perifr"stica come'ar $ a $ infinitivo pode substituir)se estilisticamente
por principiar $ a $ infinitivo.
Eecome'ar $ a $ infinitivo tradu$ para al1m do car"cter inceptivo a recorr6ncia
de uma acção do mesmo modo %ue p?r-se $ a $ infinitivo acarreta i!ualmente o valor
secund"rio de motiva'(o não ocorrendo normalmente com verbos de c9pula.
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Ema variante conte'tual empre!ue somente em conte'tos denotativos do início de
uma acção por suspensão de uma orientação anterior 1 a construção p?r-se $ a $
infinitivo. Fegar $ a $ infinitivo e largar $ a $ infinitivo representam construç#es de
menor fre%u&ncia e de combinação al!o restritiva.
Ema subcate!oria aspectual %ue visuali$a uma acção ap9s o seu início e em
particular no seu decurso 1 a fase progressiva. Concilia uma visão pro!ressiva a
f9rmula ir $ !er;ndio ficando a visão retrospectiva aliada a vir $ !er;ndio.
?a norma o aspecto assume uma cate!ori$ação al!o similar ainda %ue distinta na
lín!ua portu!uesa6 cate!oria aspectual de visão +visão parciali$adora visão
!lobali$adora-. A visão perspectiva o desenvolvimento de uma acção entre dois pontos
da sua pro!ressão. ?ote)se %ue a visão !lobali$adora não encontra e'pressão perifr"sticana lín!ua portu!uesa.
A visão parcial compreende a visão angular +angular &@n(o angular O- comitativa,
continuativa, extensiva, prospectiva e retrospectiva.
A visão angular manifesta)se em portu!u&s por interm1dio das se!uintes e'press#es6
estar $ !er;ndio & estar a $ infinitivo impessoal. ?a primeira construção o au'iliar pode
encontrar)se em diferentes tempos %uer do indicativo +presente6 est a cantar
imperfeito6 estava a cantar pret1rito perfeito6 estive a cantar pret1rito mais)%ue) perfeito6 estivera a cantar futuro imperfeito6 estar a cantar futuro do pret1rito6
estaria a cantar - %uer do con7untivo +presente6 este%a a cantar imperfeito6 estivesse a
cantar futuro6 estiver a cantar -= e ainda em diversas formas nominais do infinitivo
+pessoal e impessoal- e do !er;ndio. utro sinta!ma %ue proporciona uma visão angular
1 estar $ !er;ndio. au'iliar pode encontrar)se tanto no indicativo +presente
imperfeito perfeito mais)%ue)perfeito futuro futuro do perfeito- como no con7untivo
+presente imperfeito futuro- como numa forma nominal do infinitivo +pessoal
impessoal-.
s verbos principais podem ser ob7ectivos transitivos intransitivos impessoais de
c9pula entre outros. A construção estar $ a $ infinitivo não 1 e'clusiva do portu!u&s
europeu em detrimento de estar $ !er;ndio mais fre%uente do portu!u&s do ,rasil
podendo a primeira e'clusivamente denotar %uando o verbo principal for télico ou
per!ectivo ou momentBneo o valor de imin6ncia.
Ambas as construç#es aludidas no par"!rafo anterior conse!uem actuali$ar
secundariamente outros sentidos como os se!uintes6 continuativo, durativo,neutrali)a'(o das !ases inceptiva, continuativa, progressiva, regressiva.
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?a visão parcial distin!ue)se a comitativa %ue perspectiva a acção em dois pontos
+coincidentes ou não- ainda %ue em momentos distintos e tradu$ secundariamente um
valor durativo.
Perfilha duas formas de e'pressão principais uma de incid&ncia directa mais
característica +ainda %ue não e'clusiva- do Portu!u&s do ,rasil +e de al!umas variedades
europeias- ) andar $ gerCndio= e outra de incid&ncia indirecta ) andar $ a $ in!initivo.
infinitivo pertence maioritariamente a verbos plenos atélicos ou imper!ectivos ou
durativos e tamb1m a verbos cópula +com ser mas nunca com estar um verbo est"tico6
ando a ser elogiada, /ando a estar bem e evita)se com andarG /ando a andar de
bicicleta & estou a andar de bicicleta- ainda %ue em ocorr&ncias espor"dicas por força
da dificuldade em combinar os valores aspectuais do verbo e da perífrase para al1m de
verbos per!ectivos6 ando a degol-lo.('pressa)se i!ualmente ainda %ue com uma menor produtividade por viver $
!er;ndio , viver $ a $ !er;ndio. au'iliar de ambas as f9rmulas pode ocorrer no
presente ou no imperfeito do indicativo.
au'iliar andar concreti$a)se no presente imperfeito perfeito mais)%ue)perfeito
futuro futuro do pret1rito do indicativo em ambas as construç#es. (m andar $
infinitivo admite o presente imperfeito e futuro do indicativo e ainda as formas
nominais de infinitivo e de !er;ndio. (m andar $ !er;ndio o au'iliar poder" encontrar)se no imperfeito do con7untivo ou na forma nominal do infinitivo.
Ema subpartição da visão parcial 1 a prospectiva. Transmite o valor aspectual de
progressividade e e'pressa)se por ir $ !er;ndio sobretudo com verbos plenos
durativos mas tamb1m ainda %ue mais esporadicamente com verbos momentBneos e de
cópula + ser e estar# admitindo do mesmo modo formas como iam indo.
< possível encontrar o au'iliar como forma nominal +infinitivo e !er;ndio- e tamb1m
no indicativo +presente imperfeito perfeito mais)%ue)perfeito futuro futuro do
pret1rito- e no con7untivo +presente imperfeito futuro-.
/!ualmente parciali$adora 1 a visão extensiva %ue denota a duração da acção entre
pontos limite. ('pressa)se por duas construç#es de uso distribuído da forma
anteriormente referida. alamos de !icar $ !er;ndio e de !icar $ a $ infinitivo
primacialmente de verbos durativos e cópula. enotam)se os valores permansivo
durativo resultativo e secundariamente tamb1m o continuativo. ('ceptuam)se
construç#es %ue s9 aparentemente se inserem neste *mbito de e'pressão sendo na
realidade idiotismos como !ica sabendo & !ica a saber que ...
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Ambas as construç#es admitem o au'iliar no indicativo +presente imperfeito perfeito
mais)%ue)perfeito futuro futuro do pret1rito- embora a f9rmula com infinitivo permita
i!ualmente o con7untivo +presente imperfeito- bem como o infinitivo impessoal e o
!er;ndio como formas nominais ao passo %ue !icar $ !er;ndio apenas aceita o
infinitivo impessoal como forma nominal do au'iliar.
>uanto J subcate!oria retrospectiva manifesta)se pela perífrase vir $ !er;ndio ainda
%ue com uma fraca recorr&ncia normativa. < aplic"vel a verbos momentBneos, durativos,
plenos, cópula com valores de dura'(o +secund"rio- ou prospectivo. Admite de
i!ual modo o verbo vir como principal. au'iliar J semelhança dos casos anteriores 1
passível de ocorrer tanto no indicativo +presente imperfeito perfeito mais)%ue)
perfeito- como no con7untivo +presente imperfeito futuro- como no infinitivo.
A visão continuativa en%uanto subcate!oria aspectual como a pr9pria desi!naçãosu!ere e'prime)se pela se%u&ncia continuar $ !er;ndio & continuar $ a $ infinitivo
evidenciando as mesmas distribuiç#es de uso 7" anteriormente referidas não obstante
ambas denotarem i!uais funç#es !ramaticais a primeira de incid&ncia directa e a
se!unda indirecta. Concerne especialmente a verbos c9pula plenos e sobretudo
durativos na medida em %ue reforçam o car"cter aspectual do au'iliar.
?os dois casos os au'iliares admitem)se no indicativo +presente imperfeito perfeito
mais)%ue)perfeito futuro futuro do pret1rito- no con7untivo +presente imperfeitofuturo- no imperativo e sob uma forma nominal +infinitivo e !er;ndio no caso da
primeira f9rmula e infinitivo no %ue respeita J se!unda-.
A colocação representa uma outra cate!oria aspectual portadora de v"rias
subcate!orias6 alinhamento disposição resultante e demarcação.
alinhamento ou ordem da acção +início meio fim- pode tradu$ir)se
perifrasticamente face ao seu início ou t1rmino na realidade lin!uística portu!uesa6
come'ar & acabar +no presente imperfeito perfeito mais)%ue)perfeito futuro futuro do
pret1rito do indicativo= presente imperfeito do con7untivo= imperativo= formas nominais
do infinitivo impessoal e do !er;ndio # $ por $ infinitivo4 terminar +no imperfeito
perfeito mais)%ue)perfeito do indicativo= !er;ndio- $ por $ infinitivo4 ou come'ar +no
presente imperfeito perfeito do indicativo-$ !er;ndio4 acabar +no presente imperfeito
perfeito mais)%ue)perfeito futuro do pret1rito do indicativo= imperfeito do con7untivo=
infinitivo impessoal- $ !er;ndio4 terminar +no presente perfeito do indicativo=
imperfeito do con7untivo- $ !er;ndio= e outras de uso menos fre%uente como !indar
+no perfeito do indicativo !er;ndio- $ por $ infinitivo +alinhamento final-.
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conectivo preferencial 1 como pode constatar)se por. mesmo se aplica a
outras e'press#es perifr"sticas cu7o valor 1 o da n(o reali)a'(o desi!nadamente
estar +no presente imperfeito do indicativo- $ por $ infinitivo +neutro-4 !icar +no
presente imperfeito futuro do indicativo- $ por $ infinitivo +valor positivo-4
continuar +no presente imperfeito do indicativo- $ por $ infinitivo +estado
permansivo-. Preferem)se verbos durativos re7eitando)se de um modo !eral os de
cópula.
As perífrases au'iliadas por acabar e terminar ordenam a acção no seu t1rmino ao
passo %ue as au'iliadas por come'ar a alinham no seu início.
?o %ue toca J disposição resultante referencia uma acção considerada resultante de
outras não consideradas em momentos precedentes. ('pressa)se pelas perífrases chegar
+no presente imperfeito perfeito futuro futuro do pret1rito mais)%ue)perfeito doindicativo= presente imperfeito futuro do con7untivo= imperativo= infinitivo e !er;ndio-
$ a $ infinitivo +denotativa de um certo alinhamento-= e vir +no presente imperfeito
perfeito futuro futuro do pret1rito do indicativo= presente imperfeito futuro do
con7untivo= infinitivo e !er;ndio-$ a $ infinitivo.
?o respeitante J demarcação h" %ue considerar a acção independentemente do
conte'to em %ue ocorre ainda %ue o mesmo se encontre implícito. A perífrase de
demarcação prospectiva +correspondente J se!unda perspectiva prospectiva de Coseriu-1 ir +no presente imperfeito perfeito futuro futuro do pret1rito do indicativo= presente
imperfeito futuro do con7untivo= imperativo= infinitivo e !er;ndio- $ infinitivo e a de
demarcação retrospectiva +correspondente J se!unda perspectiva retrospectiva de
Coseriu- vir +no presente imperfeito perfeito mais)%ue)perfeito futuro do pret1rito do
indicativo= presente imperfeito do con7untivo= imperativo= infinitivo- $ infinitivo. Hr $
infinitivo , sobretudo %uando o au'iliar se encontra no presente +sentido histórico+ - ou no
perfeito do indicativo possui a capacidade de substituir)se sobretudo colo%uialmente ao
fraco valor aspectual das formas simples correspondentes.
utra cate!oria aspectual 1 a de duração referente ao período de tempo necess"rio J
reali$ação de uma acção. (m conson*ncia com o crit1rio e'posto as acç#es podem ser
pois pontuais se não necessitam especificamente de um período de tempo determinado
e mensur"vel= ou durativas.
A duração tamb1m desi!nada por duração indefinida e'prime)se perifrasticamente
pelas construç#es ter $ vindo $ a $ infinitivo +ou vir $ a $ infinitivo este ;ltimo numa
%ual%uer forma composta- e tamb1m ter $ estado $ a $ infinitivo +ou forma compostade perfeito do indicativo de estar $ a $ infinitivo-4 ter $ andado $ a $ infinitivo +ou
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forma composta de perfeito do indicativo de andar $ a $ infinitivo- 4 ter $ continuado
$ a $ infinitivo +ou forma composta de perfeito do indicativo de continuar $ a $
infinitivo-4 ter $ !icado $ a $ infinitivo +ou forma composta de perfeito do indicativo de
!icar $ a $ infinitivo- estas ;ltimas analis"veis como perífrases de ter se!uidas da
e'pressão da visão parciali$adora. A construção ter $ estado $ a $ infinitivo em termos
de combinação com verbos de c9pula apenas admite o ser .
Capa$ de reflectir o efeito ou resultado ou não de uma acção a cate!oria aspectual
resultativa pode ser ob7ectiva +se refere o efeito ) resultado produtivo- ou sub7ectiva
+caso denote o a!ente ) resultado efectivo-. resultado efectivo tradu$)se atrav1s do
pret1rito perfeito do indicativo composto6 ter $ particípio passado.
Representando tamb1m ainda %ue secundariamente a fase e!ressiva a construção de
resultado produtivo ter +presente imperfeito perfeito do indicativo= presente docon7untivo= imperativo= forma nominal de infinitivo impessoal- $ ob7ecto directo F
particípio a concordar com o ob7ecto. Apenas se admitem naturalmente verbos
transitivos com o complemento directo e'presso.
A passiva de estado estar $ particípio 1 uma construção de verbos transitivos com o
complemento directo e'posto %ue reflecte a cate!oria aspectual de cumprimento ou
acabamento cu7o valor actuali$ado 1 o de término de uma acção.
utra cate!oria aspectual de realce 1 a repetição ou n;mero verbal. Reflecte asoposiç#es semel!activoO +acção efectuada uma ve$6 latim semel - repeti'(o simplesO
+acção efectuada duas ve$es !requentativoO +acção repetida v"rias ve$es-. (sta
compreende uma subcate!oria desi!nadamente a de repetição simples perifrasticamente
manifesta pelas e'press#es tornar 1 presente imperfeito perfeito mais)%ue)perfeito
futuro futuro do pret1rito do indicativo= presente imperfeito futuro do con7untivo=
imperativo= formas nominais do infinitivo e do !er;ndio- $ a $ infinitivo e voltar
1 presente imperfeito perfeito mais)%ue)perfeito futuro futuro do pret1rito do
indicativo= presente imperfeito futuro do con7untivo= imperativo= formas nominais do
infinitivo impessoal e do !er;ndio- $ a $ infinitivo. s restantes valores consi!nam)se
ao conte'to ou ao semantema verbal.
< possível pois pelo anteriormente e'posto concluir %ue as formas e construç#es
utili$adas para e'primir perífrases verbais aspectuais nos principais sistemas semi9ticos
prim"rios rom*nicos revelam ine!avelmente al!umas similitudes sob os pontos de vista
funcional e material mutatus mutandis.
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0 8R(j ?./. Frostranna%a grammatika rossi%skago %a)yka Lan Petersbur!o6 05K.5 2d. LAR(L M.A.,.P. 7 semBntica do aspecto verbal em russo e em portugu6s. Rio de Baneiro6 aculdade de Xetras daEniversidade ederal do Rio de Baneiro. 0SK. p.00.: ?ote)se o verbo eslavo capa$ de e'pressar o mesmo aspecto em todas as suas formas. AXM(/A Boão de. Hntrodu'(o ao Istudo das Ferí!rases Verbais de Hn!initivo. Assis)Lão Paulo6 /XNPA)NEC/T(C.0SU.D 2d. ,ELL( Vinfried= 2ilela M"rio. Jramtica de Val6ncias. Coimbra6 Xivraria Almedina.0SI.I 2d. uma breve refer&ncia ainda %ue recente por N(R/?8(R N.B.= X/MA B. P. de. Falavra Fuxa FalavraG
2omunica'(o e Jramtica Dependencial. Xisboa6 /nstituto de Cultura e Xín!ua Portu!uesa. 0SK p.S)0UK.K 2d. PP X. EomBna cu sal !*r* pro!esor . Clu76 (ditura (chino'. 0SS:. CkMARA Br. B. M. Kistória e Istrutura da Língua Fortuguesa. Rio de Baneiro6 Padrão ) Xivraria (ditora. 0SKS. p.0I:)0K0.S ,(XX A. 8ramtica de la lengua castellana . Paris. 0S5D.0U R(/ N. Xunit1 lin!uisti%ue comple'e. Lingua MN, 5:)5. 0SI:.00 8E/XXAEM( 8. Oemps et Verbe. Ohéorie des aspects, des modes et des temp., Paris. 0S5S. Cerne da teoria psicomec*nica distin!ue entre tempo ou tempo e'plicado e aspecto ou tempo implicado.05 ,(?2(?/LT(
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:S ]ANA?( N.R. Nutter N.L. "Ohe Verbal 2ategories o! 2olloquial ra)ilian Fortuguese", _ord X 0SD: pp.0I).U 2L>E(Z)CE(LTA P. Xu$ M.A.Mendes daJramtica Fortuguesa Madrid :0SK0.0 LN(TT(R Villiam Z. "Durative Rormulas in ra)ilian FortugueseG Ohe Verbal Dimension o! +Rocus+ " Language
Learning +Ann Arbor- 00 0SI0 pp.:)I5.5 BL Martin Ohe Inglish Verb. Rorm and Qeanings Madison and Mil[au3ee 0SI.: CALT/XN A. de. /ntrodução ao estudo do aspecto verbal na lín!ua portu!uesa. 7l!a MN p.K)0:D. 0SIK. 2d. idem. Asinta'e do verbo e os tempos do passado em portu!u&s. 7l!a X. Marília Lão Paulo. p.0UD)0D:. 0SII. 2/A??A 8. (mpre!o dos verbos au'iliares6 estar ir vir se!uidos de 7er;ndio. Eevista Lusitana, N +0SU)0S5-.D
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