157 abcde caracteristicas absolutismo e mercantilismo

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Características do Estado Moderno:

Absolutismo e Mercantilismo

Prof. Cristiano Pissolato

Absolutismo

• Regime político em que o rei tem poder para decretar leis, fazer justiça, criar e cobrar impostos.

• O rei estava acima da nobreza e da burguesia.

O absolutismo se consolidou de diferentes formas, variando conforme a nação entre os séculos XV a XVI.

O rei francês Luís XIV (1643-1715) foi um exemplo de absolutista, exigindo total obediência e lealdade dos súditos e ocupava-se pessoalmente dos assuntos ligados ao governo “O Estado sou eu”.

Teóricos do absolutismo

Thomas Hobbes (1588-1679) filosofo inglês, estudou na Oxford. Autor do livro Leviatã. Defendia que os homens viviam em seu estado natural atrás de seus interesses particulares. Assim viviam em um permanente conflito. “O homem era o lobo do homem.” Para evitar a destruição da humanidade os seres humanos entregaram o poderes totais a um rei.

Casa dos Comuns em Westminster, Hobbes viveu durante um período que ocorreu uma guerra civil e quando a monarquia chegou a ser abolida na Inglaterra.

Nicolau Maquiavel (1469-1527) natural da cidade italiana de Florença. Em sua obra, O Príncipe descreve como deve se comportar um governante. O governante deve alcançar objetivos como a segurança e estabilidade do país e fortalecer seu poder, “os fins justificam os meios”.

Jacques Bossuet (1627-1704) bispo e teólogo francês, foi autor de A política inspirada na Sagrada Escritura. Para este defensor do absolutismo o rei era representante de Deus na Terra, assim ele era considerado infalível, chamada de teoria do direito divino dos reis.

Economia: mercantilismo

• Para conseguir riqueza e poder as monarquias absolutistas passaram a adotar um conjunto de idéias e práticas econômicas entre o século XV a XVIII, chamadas de mercantilismo.

Lula lançando em 2007 o PAC (Programa de Aceleração do Crescimento) um conjunto de propostas com o objetivo de acelerar o crescimento econômico do Brasil.

Princípios básicos do mercantilismo:

• Metalismo: mais ouro e prata uma nação possuísse mais rica ela seria.

• Balança comercial favorável: exportar mais e importar menos.

• Protecionismo: proteger e incentivar o comércio, indústria e a marinha mercante nacionais.

• Exclusivismo comercial (Pacto colonial): a metrópole devia ter o controle absoluto da entrada e saída de mercadorias de suas colônias.

Bulionismo (ouro e prata em barras) praticado pelos espanhóis e em grande parte pelos portugueses sendo o mero acumulo de metais.

Comercialismo prática adotada pelo ingleses. Exportar mais e importar menos como forma de acumular metais.

Colbertismo (Jean-Baptiste Colbert ministro de Estado e da economia) adotada na França de Luís XIV incentivou as indústrias especialmente de produtos de luxo.

Mercantilismo e o Sistema Colonial

• A política mercantilista esteve intimamente ligada a exploração das colônias principalmente da América e de regiões da África e Ásia.

Charge de Biratan Porto, 04/04/2013.

O sistema de exploração baseava-se na relação entre metrópole e colônia:

• Metrópole: era o país que dominava a colônia.

• Colônia: a região dominada pela metrópole.

• “Pacto colonial”: era o domínio politico e econômico da metrópole sobre a colônia.

Características do “pacto colonial”

• Controle da metrópole na organização da economia da colônia, determinando o que seria produzido.

• Não desenvolvia-se uma economia voltada ao mercado interno da colônia.

• A colônia não podia comercializar com nenhuma outra nação – monopólio comercial.

Tipos de colônias

• Colônias de exploração: encaixadas dentro do rigoroso “pacto colonial” mercantilista (ex: Brasil, várias regiões da América Latina em sua maioria colônias de Portugal e da Espanha).

• Colônias de povoamento: não se enquadra no sistema colonial mercantilista, destacaram-se nessa regiões a imigração de famílias europeias e a pequena propriedade (ex: centro-norte das Treze Colônias da Inglaterra)

Extra

Regiões onde o poder continuou fragmentado até o século XIX

Península Itálica

Sacro Império Romano Germânico

Península Itálica (1492)

Lourenço de Médici governante da República Florentina (Florença) de 1469 a 1492.

Paolo Fregoso arcebispo e doge (chefe) de governo da República de Gênova. Está república era governada por uma aristocracia ligada ao comércio, que elegia doge (chefe).

Agostino Barbarigo doge (chefe) da República de Veneza de 1486 a 1501. O governante era eleito pela aristocracia veneziana ligada ao comércio.

Papa Alexandre VI (Rodrigo Borgia) no poder de 1492 a 1503 chefiava o governo dos Estados Pontifícios.

Fernando I rei de Nápoles de 1458 a 1494 filho ilegítimo do rei aragonês Afonso V, derrota a francesa Casa de Anjou que governava o território.

Fernando II rei de Aragão casado com Isabel I de Castela. Também torna-se rei da Sicília de 1468 a 1516.

Sacro Império Romano Germânico

• Formado a partir do ano 800 sendo Carlos Magno designado pelo Papa, Imperador.

• Os reinos, ducados, arcebispados etc. mantinham grande independência.

Frederico I mais conhecido como Frederico Barbarossa (Barba-Ruiva), duque da Suábia, foi eleito imperador do Sacro Império Romano Germânico em 1152 permanecendo no poder até 1190. Foi o período áureo desse império, que posteriormente continuou mantendo-se fragmentado.

Germânia com o brasão do Sacro Império Romano Germânico. Abaixo os sete eleitores à partir do século XIV.

Arcebispado de Mainz

Arcebispado de Tréveris

Arcebispado de Colônia

Reino da Boêmia Condado de Palatino do Reno

Marca de Brandemburgo

Ducado da Saxônia

Águia bicéfala (poder e nobreza) na bandeira o Sacro Império Romano Germânico.